transtornos alimentares pré e pós cirurgias bariátricas ds em 2011ctba
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Aula sobreTranstornos Alimentares Pré e Pós Cirurgias Bariátricas em Curitiba no evento DSBrasil 2011TRANSCRIPT
IMONE DALLEGRAVE MARCHESINICRP:08/04760
O Que Comemos
Quando comemos
Quanto comemos
Mecanismos de RecompensaNo Cérebro
GOSTAR
QUERER
Quando disfuncionais determinam a Obesidade e os Transtornos Alimentares
Mecanismos de Gostar e de Querer alimentos estão na interface com Mecanismos regulatórios de Fome e Saciedade
□
Mecanismos do Gostar- envolvem circuitos hedônicos, nos quais sistemasopióides, endocanabinóides, e sinais orexígenos podem ampliar a sensação
de PRAZER
Mecanismos do Querer- envolvem redes opióides maiores (núcleo accumbensstriatum, e amigdala) ; sistemas de dopamina e glutamato
A dopamina e os opióides estão envolvidos no sistema de motivação e recompensa , responsável pelo controle
do querer e gostar de alguma coisa.
Área Tegmental Ventral
Corpo Inteligente - Michael Roizen, Mehmet Oz
•CART- fator de transcriçãococaína-anfetamina dependente
•NPY- neuropeptídio Y
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Moduladores Hipotalâmicos do Apetite
CART- fator de transcriçãococaína-anfetamina dependente
NPY- neuropeptídio Y
� 2 carros para 1 vaga
CART X NPY
☼
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STRESSEm 30% da população aumenta o apetite para alimentos palatáveis
2011
Dallman et. All, 2003; Dallman, 2010 Em
Hiperfagia induzida pelo stress- tem explicações psicológicas e neurobiológicas
•Aspecto aversivo do stress - procura de comidas palatáveis
•Aspecto calmante da comida palatável-reforço hedônico
•CRF- Fator liberador de corticotropina - mecanismo cerebral do stress- estimula o consumo e alimentos palatáveis para reduzir o efeito aversivo do estado de stressque ele mesmo libera (automedicação hedônica)
•O consumo de doces ou alimentos confortantes reduzem a resposta do eixo Hipotálamo- Pituitária- Adrenal (HPA) abaixando o CRF (fator liberadorde corticotropina) que foi elevado pelo stress no no hipotálamo.
Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (BED)
Síndrome do Comer Noturno (NES).
- comer grande quantidade de comida, num período curto de tempo, quantidades maiores do que comeria na maioria das vezes ou queas pessoas comeriam num intervalo de tempo similar nas mesmas circunstâncias.
- sensação de perda de controle sobre o ato de comer, em relação ao que está comendo ou à quantidade que está comendo
Mais prevalentes emobesos e pessoas com
sobrepeso
Ataques de comilança são caracterizados por:
No TCAP não existem comportamentos compensatórios
Purgação:
Vômitos auto induzidosAbuso de laxantes e EnemasUso exagerado de diuréticosExercício compulsivo
Vergonha e/ou nojo de si próprio relacionados àelevação do nível do stress após o ataque de comer:
Início da obesidade em fase precoce
Tentativas precoces de dietas
Maior incidência de psicopatologia associada
DÉCADA DE 80 – TEVE SUA HIPÓTESE CONFIRMADA COM ESTU DO FEITO EM PACIENTES QUE PROCURARAM TTO PARA EMAGRECER.
1994 1994 –– DSM DSM –– MANUAL DIAGNMANUAL DIAGN ÓÓSTICO E STICO E
ESTATESTATÍÍSTICO DE DESORDENS MENTAISSTICO DE DESORDENS MENTAIS
DÉCADA DE 50- ALBERT STUNKARD UN. PENSILVANIA
ALGUNS PCTES OBESOS COM
SEMELHANTE AOS ATAQUES BULÍMICOS
ALIMENTAR
TCAP é mais comum
Quanto mais severa a obesidade
Em 27% dos pacientes obesos submetidos a Cirurgia Bariátrica (dados de 2001)Wadden T.A., Sarwer D.B., Womble L.G., Psychosocial obesity andobesity surgery. Surg Clin North (2001) 81 : pp 1001-1024.
Em 47% em estudos de quantidades massivas de pacientes candidatos a CB(1997).
Adami G.F., Bandolfo P., Bauer B., Binge eating in massively
obese patients undergoing bariatric surgery. IntEat Disord (1995)
Em um estudo de conexões neurais entre as regiões cerebrais, os neurônios do núcleo arqueado (canto inferior esquerdo), que têm sido associada ao controle do apetite, aumentaram os axônios para o núcleo paraventricular (superior direito).
(Sebastian Bouret Ph.D., / Universidade do Sul da Califórnia)
O uso da comida alivia o desconforto provocado pela disforia mas, como as demais drogas, ao longo do consumo provoca disfunções cognitivas. Os Transtornos Alimentares, que têm claro vínculo com depressão, ansiedade e estados mistos do humor, também levam às mesmas condições.
Gold MS, Oppenheim HC, Frost-Pineda K. Obesity and Substance Use Disorders. In: McElroy, SL,Allison DB, Bray GA. Obesity and Mental Disorders. Taylor & Francis Group, New York/London. 2006.p.103-122.
Wadden TA, Sarwer DB , Fabricattore NA, Jones L, Stack R,Williams NS. Psychosocial Behavioral Status and of Patients Undergoing Bariatric Surgery: What to Expect Before and After Surgery. The Med Clin of N A. 2007.91: 451-469
Estudo do Departamento da Universidade da Pensilvânia
comportamento de vomitar e purgar em operados bariátricos 2/3
O vomito tanto como reflexo quanto auto-induzido não éconsiderado comportamento purgativo no paciente bariátrico
Não é consideradobulimia nervosa!!
Esse vômito ocorre em função da comida que fica alojada no trato digestivo alto.
Comer demais, não mastigar suficientemente ou comer determinados tipos de alimento ”devolução” alimentar.=
“Comer e cuspir” seria um comportamento prévio para evitar entalar-se com o alimento, ou mesmo não ter de vomitá-lo, como ocorre com a carne vermelha.
Nossa Prática Clínica Marchesini
A velocidade alimentar predispõe ao ato de “vomitar”personalidade de base que conduz o comportamento do operado,
fundamentais para a determinação dos episódios de “devolução da comida”.
É possível inferir que alguns pacientes beneficiam-se desse efeito da cirúrgiatransformando-o em purgação.
Facilitadores:
Dificuldades com a mastigação
Velocidade no ato de comer (distração e características da personalidade)
Dificuldade no fracionamento das refeições
Ronna Saunders Centro de Mudança do Comportamento de Virginia
�Período aproximado de seis meses após a cirurgia
�Padrão alimentar preponderante é o “beliscador”.
�Tende a transferir a compulsão a comer, ao longo do tempo
�O ganho de peso se dá por que falha o processo mecânico da cirurgia
-Em nossa prática, de oito a 18 meses após a cirurgia
Cirurgias do tipo DS:
�o paciente muda o padrão alimentar para carboidratos e doces dos quais a operação não o protege em termos de absorção.
Pacientes submetidos à técnica mista Duodenal Switch quando:
�Menor absorção de gorduras + Personalidade propensa predisposta a transtornos alimentares
�Tendem a usar alimentos gordurosos como método purgativo
a primeira: bloqueadora de efeitos opióides utilizada no tratamento do alcoolismo; a segunda: usada para depressão com especial efeito sobre tabagismo e cuja estrutura molecular se assemelha à anfetamina e ao medicamento dietilpropi iona . Há tendência de se considerar que o adicto à comida sofre de deficiência de dopamina
Sadock B, Sadock V, Sussman N. Bupropiona In: Manual de Farmacologia Psiquiátrica de Kaplan & Sadock . Sadock B, Sadock V, Sussman N. Artmed. Porto Alegre. 2007.10: 131-140
Comer como adição
Última proposta medicamentosa Naltrexona + Bupropiona
Naltrexona + Bupropiona
Hipótese- Explosões de CRF (Fator Liberador de Corticotropina)
ÁREA TEGMENTAL VENTRAL
Stewart,2008
Perspectiva Aditiva da Compulsão Alimentar
Davis & Carter,2009
Indivíduos que:
•Apresentam comportamento compulsivo de comer
•Apresentam obesidade
•Descrevem comportamento de descontrole semelhante à compulsão
•Relatam comportamentos recaídas.
Para haver a consideração da adição à comida
Esses autores encontraram combinações genéticas de alelos que potencializam sinais opióides e receptores dopaminérgicos D2 simultaneamente, que seriam
responsáveis por elevar tanto o GOSTAR quanto o QUERER comer.
Para que as recaídas não venham a ocorrer Alexander em seu “Guia Prático para a Vida Após a Cirurgia Bariátrica” éassertiva:
“Você nunca mais comerá como os outros novamente. Você é especial e precisa de considerações especiais. Faça as pazes com isso e você se sentirá menos ansioso. Tente olhar para suas diferenças individuais de modo positivo. Mantenha os olhos na balança e tenha um diálogo positivo consigo mesmo.”
Alexander C L, Weight Maintenance.In: The Emotional First + Aid Kit. A Practical Guide to Life AfterBariatric Surgery. Second Ed. Matrix Medical Communications, 2009.p.151
Doenças Crônicas
�Aderência ao tratamento e seguimento
�Foco do tratamento
�Comportamento de adição
�Programa terapêutico = prevenção de recaídas
MUITO OBRIGADA