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    TRASTORNO DEPRESSIVO EM CRIANAS E ADOLESCENTES(Depression in Children and Adolescents)

    Fonte: Health Latin America

    A depresso no considerada doena, mas sim uma reao psicolgica, cujo transtorno tem o percursona famlia, sendo que crianas e adolescentes procuram apaziguamento em drogas e/ou suicdios. Ascrianas esto menos preparadas do que os adultos para suportar presses e frustraes, vindas dos meiosde comunicao, podendo a depresso na criana estar associada a: avaliao negativa dos amigos e dosprofessores, baixa auto-estima, baixo rendimento escolar, sensao de fracasso nas provas, transtornosanti-sociais, afastamento social, mgoa e choros, falta de concentrao, distrao e dificuldades escolarese recusa em ir para a escola - fobia escolar.

    A imaturidade neuroqumica diferente nos sintomas de depresso entre adultos e crianas e asmanifestaes de mania so mais freqentes nos adolescentes. Normalmente aparece como exaltao,com falta de crtica e confuso das idias, podendo ser confundida com esquizofrenia e evoluindo paratranstornos bipolares, podendo ainda apresentar desinibio social, alto nvel de energia e comportamentoanti-social.

    Nas crianas, apresenta-se como irritabilidade e inquietao motora, confundida muitas vezes comhiperatividade. A depresso mais freqente nas mulheres aps a puberdade ou em crianas comproblemas de ateno, com transtornos das habilidades escolares. Tem alto ndice de comorbidade comatos de delinqncia, transtorno desafiante de oposio, de ansiedade e dficit de ateno.

    A distimia pode iniciar-se na infncia ou adolescncia de maneira insidiosa, caracterizando-se com doisdos sintomas: apetite diminudo ou hiperfagia, insnia ou hipersonia, baixa energia ou fadiga e baixa auto-estima. Ela ainda pode evoluir para transtorno grave de depresso maior ou bipolar, e tambm apresentarepisdios depressivos ou manacos.

    O diagnstico clnico feito atravs da aplicao de teste para interveno teraputica ao paciente eorientao da famlia, so eles: escala especfica (Hamilton ou a de Beck para depresso); o teste deRorschach ou inventrio de personalidade; multifsico de Minnesota (mmpi); a poligrafia no sono (aumento

    do sono Rem passando em mdia de 60 a 70 minutos para 90 a 100 minutos); o exame de laboratrio com oteste de supresso da dexametasona (aps 16 horas de ingesto testar a dosagem do cortisol).

    No tratamento, quanto mais o transtorno depressivo se igualar ao do adulto em gravidade, mais efetiva setorna interveno medicamentosa, no adolescente. As prescries de antidepressivos tricclicos no soconvenientes por ter efeito colateral cardiotxicos, sendo mais conveniente os antidepressivos inibidoresseletivos de recaptao da serotonina. Os timolpticos podem prevenir tanto a mania como a depresso,tendo efeito semelhante a carbamazepina.

    As terapias familiares, interveno na sala escolar e psicoterapia de suporte so indicadas como ajudapara os problemas emocionais com componentes depressivos, sendo que a psicoterapia de crianas eadolescentes com o uso de medicamentos, antidepressivos tranqilizantes (Buspirona) e sintomticosclnicos so indicados para a somatizao da depresso mascarada.

    A terapia cognitiva - comportamental tem despertado um interesse crescente, pois tem o propsito demudar a cognio negativa, melhorar a auto-estima e aumentar a capacidade cognitiva de enfrentar asdificuldades com o componente comportamental, tem-se o propsito de aumentar o envolvimento dojovem em atividades normais e gratificantes, e desenvolver as habilidades sociais.

    Transtornos Hipercinticos - Hiperatividade

    Tambm chamado de transtorno de dficit de ateno, com prevalncia de 1 a 3 % nas crianas. maiscomum nos homens. Sabe-se que a hiperatividade do lobo frontal ao eletroencefalograma estaria ligado a

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    este desequilbrio e provocada por um distrbio referente a: desateno que necessita atmosfera calma,pedir para repetir as coisas, distrair-se facilmente, confundir os detalhes, no terminar o que comeou,ouvir porm no parecer escutar, impulsividade, gritar alto e fazer barulho, no conseguir esperar a vez,falar excessivamente, perturbar outras crianas e hiperatividade.

    Em geral de incio precoce, com sintomas crnicos, freqentes e em situaes diversas. importantelembrar que o transtorno caracterizado, pela falta de controle de seus atos, e no pela quantidadeexagerada de suas atividades.

    No diagnstico diferencial, a famlia pode buscar excesso de atividade em uma criana normal, devido adiversas informaes recebidas dos meios de comunicao. Crianas que s apresentam hiperatividade emsituaes determinadas, como por exemplo, s na escola, ou s no parque. Acontecem ainda ostranstornos emocionais como ansiedade, depresso e mania, movimentos anormais como tiques ediscinesias.

    As causas possveis so a hereditariedade, leses orgnicas, inibio do lobo frontal, carncias e privaesem idade precoce e conflitos sociais contribuem no prognstico. O tratamento se d a partir de educaoespecializada com orientao familiar, tcnicas psicoterpicos, mais indicado psicoterapia familiar, aondese discute os segredos familiares. As abordagens comportamentais alcanam bons resultados com acriana. A abordagem cognitiva positiva no trabalho com os pais.

    O uso de medicamentos primariamente feito com estimulantes, sendo o metilfenidato (Ritalina) aprimeira escolha, entretanto existem outros estimulantes como a Dextro-Anfetamina e a Pemolina.Utilizando dois estimulantes diferentes, a grande maioria das crianas responde melhor, pois se um falharo outro atua com 25% de probabilidade de xito. Um estimulante de curta durao pode durar de 3 a 4horas, e se o retorno abrupto dos sintomas ocorrer, verificar formas de liberao lenta ou a permolina. Umestimulante demonstra efeito quando ocorre logo. Se a melhora for mnima ou parcial, a dosagem podeser aumentada como probabilidade. Eles reduzem: a atividade motora; a impulsividade; a habilidadeemocional, aumentando a viglia, a ateno e a memria de curta durao (o comportamento maisnormal). O desempenho escolar e o comportamento (de ateno) esto relacionados com a dosagem doestimulante.

    O tratamento de segunda linha baseia-se em casos mais leves, usando-se antidepressivos como a

    desipramina (Norpramin), imipramina (Iofranil), a fluoxetina (Prozac), amitriptilina (Tryptanol) e osinibidores da monoaminoxidose. Ainda podem ser utilizadas cafenas e a clonidina (Atensina). Paramedicao de terceira linha ou quando em comorbidade, podem ser utilizados os neurolpticos,Haloperidol e Risperidona, anticonvulsivantes, carbamazepina e valproato, os ansiolticos como abuspirona e os timorticos, como o ltio.

    O transtorno pode remitir na adolescncia, com ou sem terapia, mas em muitos casos, persistem pela vidaadulta, com resultado educacional e profissional no satisfatrio, podendo at desenvolver personalidadeanti-social e o uso de drogas.

    Transtornos de Conduta - Delinqncia Juvenil

    O transtorno de conduta restrito ao contexto familiar: ex: furtos no lar, destruio deliberado (rasgar

    roupas, estragar moblias, atos de violncia contra membros da famlia) e socializado com formao degrupos de delinqncia.

    Os transtornos de conduta no socializados causam isolamento, rejeio por companheiros, comdiscrdias, hostilidade e ressentimentos. Os transtornos desafiadores de oposio em crianas antes dosnove anos de idade, com comportamento desafiador, desobediente e provocativo com agresses.

    O mdico explica que o prognstico em geral tende a delinqncia juvenil com genocdios, e continuidadehomotpica (persiste na delinqncia por toda a vida). Em menor porcentagem, os sintomas no

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    continuam, se modificam e se normalizam, (continuidade heterotpica). As causas podem ser genticos,ambientais e por problemas familiares.

    Os tratamentos so a psicoterapia, com psicodrama, terapia familiar de aconselhamento e dinmicas coma famlia. Nestes casos pode-se utilizar o ltio e a carbamazepina, como possveis respostas estabilizaodo humor, e quando associado a hiperatividade pode ser usado estimulantes.

    A fobia escolar inclu o transtorno do humor, transtorno de ansiedade, rivalidade entre irmos, conflitosfamiliares e vrias dificuldades psicosociais. O tratamento com sucesso est ligado a um corretodiagnstico e de sua causa bsica ou especfica, podendo ser utilizados antidepressivos tricclicos ou usode benzodiapepnicos como o clonazepan (Rivotril), alprazolan (Frontal), ou a buspirona (Buspar). Emgeral o resultado do tratamento tem sucesso em 70% dos casos. A incidncia maior por volta dos 5 a 6anos de idade pr-escolar, podendo ocorrer tambm aos 11 e 14 anos, ocasionando o medo na criana e noadolescente

    O fator biolgico est ligado ao instinto de conservao, como proteo e defesa e o psicolgico ainda um fator de proteo, mas incomodativo e dependente de experincias no totalmente controladas. Jo fator condicionado: j ameaado, e por muitas vezes causam sofrimento descontrolado: ameaasfeitas por adultos, como arrancar orelha, cortar o pnis, etc.

    O quadro clnico est ligado a medos de estranhos, timidez e retraimento, medo do escuro, medo de serperdido, medo da morte, medo de hospitalizao, medo do fracasso escolar, medo abstrato (em geral naadolescncia a realizaes afetiva, sexual ou profissional). O tratamento se d atravs da ludoterapiaindividual ou em grupos e o uso de medicamentos ansiolticos para casos mais extremos e raros, pois oprognstico favorvel.

    Os transtornos neurticos so: a ansiedade generalizada, apreenso, tenso motora, hiperatividadeautonmica, preocupao exagerada, com dvidas, escrpulos e medos. Tais transtornos tm maiorincidncia no sexo feminino, podendo levar ao pnico com a agorafobia, sensao de falta de ar, deasfixia, dor e desconforto torcico, nuseas, tonturas, perda de sensibilidade nas mos, ondas decalafrios.

    As fobias so o medo acentuado de objetos e situaes no claras e alguns tipos de fobias so: zoofobia

    (medo de animais); fobia ao ambiente natural (gua de rio, escurido, tempestades); claustrofobia (medode ambientes fechados); acrofobia (medo de lugares altos); talossofobia (medo do mar). Outros tipos defobias que podem existir so: eritrofobia (temor de ruborizao em pblico); tanatofobia (temor demorte); tatafiofobia (temor de ser enterrado vivo); homlofobia (temor de maus pensamentos a seurespeito); fobofobia (temor de ter medo).

    A fobia social se inicia na adolescncia e tem medo de se expor a outra pessoa. Ex: falar em pblico,sendo mais comum no sexo feminino. O tratamento compe-se com: orientao psicodinmica, individualou de grupo - psicodrama - terapia cognitiva - comportamental, que melhoram a auto-estima e aumentama habilidade de enfrentar os sintomas. Havendo necessidade, em alguns casos de adolescentes que jsofreram vrios anos e no tiveram respostas com outros procedimentos teraputicos, a tcnica a serutilizada a psicanaltica.

    O uso de medicamentos no quadro de ansiedade, se d atravs de benzodiazepnicos, com riscos dedependncia. Os mais comuns so: Diazepan, Flurazepan, Clonazepan. Em tratamento de pnico eagorafobia, usa-se antidepressivos inibidores de recaptao da serotonina (Fluoxetina) e os triciclcos(Imipramina).

    No caso de transtorno obsessivo-compulsivo que se manifesta em torno de 1 e 12 anos, mais comum nosexo masculino, caracterizando-se por anormalidades estruturais e funcionais nos gnglios da base,transmisso familiar, podendo haver a elevao do nvel de ocitocina no lquor e casos de infecesestreptoccicos com leso nos gnglios basais.

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    O tratamento psicoteraputico inclusive a terapia cognitivo-comportamental tem resultados poucofavorveis, sendo necessrio sempre o uso de medicamentos como o clonipromino (Anafranil) e fluoxetina(Prozac), com melhor resposta na associao da medicao com a psicoterapia. Quando existem infecesfreqentes com os estreptococos, usa-se a plasmaferese. O prognstico reservado e com persistncia navida adulta.

    O transtorno dissociativo - transtorno convencivo ou histerias est ligado a um trauma ou estresse intenso. pouco comum nas crianas e com maior incidncia no sexo feminino. O quadro clnico compe-se deamnsia, fuga, estupor, transtornos motores, convulses, anestesia e perda sensorial.

    O tratamento compe-se de psicoterapia com orientao psicodinmica, psicodrama e terapiascomportamentais. Poucas drogas so utilizadas, sendo feito o tratamento medicamentoso, em raros casos,com drogas ansiolticas, antidepressivo e antipsicticos, quando em comorbidade para no ser dado a idiade organicidade do quadro.

    Estresse - Transtorno de Estresse Ps-Traumtico

    O especialista comenta que eles incluem transtornos identificveis que acompanham um eventoexcepcionalmente traumtico, produzindo uma reao aguda, causando rompimento agudo dahomeostase. Tambm caudado o equilbrio interno e ajustamento externo, ocasionando ansiedadeinterna, dependendo das respostas individuais e no da gravidade do estressor. um transtorno transitrioque na criana ou adolescente diminui em horas ou poucos dias. Os sinais so autonmicos indo ataquicardia, sudorese e rubor estar sempre presentes e as reaes podem ser de ataque ouenfrentamento, escape ou fuga, atordoamento ou passividade.

    Suas causas geralmente so as catstrofes, acidentes emocionais; perda de uma relao pessoalimportante (me no hospital), introduo de um novo membro na famlia ou rbita (ex: novo irmo) emudana do status social ou escolar (escola pblica). Os sintomas em geral iniciam nos primeiros trsmeses aps o trauma, embora possa haver um lapso de meses ou mesmo de anos. A gravidade, durao eproximidade da exposio ao evento, so fatores importantes ao desenvolvimento desses transtornos, que influenciado pela histria familiar da criana e/ou adolescente e seus suportes sociais, experinciaspregressas e variveis da personalidade.

    O tratamento pode ser atravs da psicoterapia a ser direcionada ao reconhecimento do trauma,aumentando a segurana da criana. Pois os professores devem ser implicados no problema. A abordagemcognitiva positiva para adultos e crianas. As tcnicas de relaxamento podem ser utilizadas, sendo que amedicao pode ser til, mas no a interveno prevalente.

    A ciproeptadina tem efeito sedativo, alm de antialrgico e pode ser dada em doses crescentes para casosde dificuldade em dormir. Nos casos de pnico, a clornipramina em doses pequenas, com monitorizaopode ser usada por perodos mais longos. A fluoxetina, atualmente, tem sido indicada com segurana,principalmente quando h sintomas depressivos.

    Transtornos Somatoformes - Psicossomticos

    Eles se caracterizam principalmente pela apresentao de sintomas fsicos que incomodam a criana e afamlia, e que tem explicao por causa mdica. So presentes os seguintes aspectos: incio na infncia;comprometimento de rgos relacionados maturidade biolgica; curso estvel (quando apresentaremisses e recadas, os sintomas so os mesmos, podendo ser eczema da pele, diarria, vmitos cclicos,cefalia e outro); histria familiar com transtornos similares em muitos casos.

    Estes tipos de transtornos podem ser classificados de acordo com os diferentes sistemas e nasmanifestaes orgnicas.No sistema respiratrio: choro, tosse, espirro, pigarro, asma, crise de apnia, etc. No sistema digestivo

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    acontecem os distrbios na salivao, na mucosa oral, nusea e vmitos (cclicos ou no), enjo deviagem, dor abdominal, obstipao, e encoprese etc.No sistema dermatolgico: o prurido, urticria, eczema, alopecia, verruga, dermatografisinos, etc. Nosistema cardiovascular a palidez, desmaio, bradicardia, taquicardia, hipertenso.Sistema urinrio: reteno urinria, poliria, noctria, disria, polaquiria, enurese.No sistema msculo esqueltico: torcicolo, espasmos, soluo, tremores, tiques.No sistema nervoso central: tonturas, cefalia, enxaqueca.No sistema glandular acontece a hipofuno e hiperfuno, dores abdominais e de cabea, sendo asqueixas mais freqentes entre crianas de 03 a 09 anos, e tem ligao com estresse psicolgico.

    Nestes casos tem interveno psicossomtica, sem necessidade de medicamentos. A atuao clnica deveser do especialista conforme o local da dor. Geralmente, as crianas so tmidas e colaborativas nasorientaes teraputicas e precisam de suporte psicolgico para compreenso e superao da dor eassociao com tcnica de relaxamento, produzem uma interveno eficaz.

    Os transtornos de tiques - movimentos involuntrios, rpidos, recorrentes e no rtmicos podem ser umaproduo vocal, com incio sbito e sem propsito aparente, tendem a ser incontrolveis, porm podemser suprimidos por perodo de tempo e podem ser simples ou complexos, mas sem limites definidos.

    Os tiques motores simples so o piscar de olhos, movimentos buscar de cabea, ou pescoo, sacudir deombros, caretas faciais. Os motores complexos, a auto-agresso, saltar e o pular. Os vocais simples:pigarros, fungados gritos, batidas e os vocais complexos (repetio de determinadas palavras, ou depalavras socialmente inaceitveis, de seus prprios sons ou palavras (palilalia)). Uma em cada cinco e umaem cada 10 crianas tem tiques transitrios. O caso mais grave a sndrome de Gilles de la Tourette, que um transtorno incomum, crnico e incapacitante, que caracterizada por tiques motores e fnicos,tiques curtos e rpidos, e movimentos estereotipados e sons variados. associado com o transtornohipercintico nas crianas menores e na adolescncia com o transtorno obsessivo-compulsivo tendo umaetiologia gentica.

    O tratamento para este transtorno inclui medicao e psicoterapia, e tambm lidar com a comorbidadedos outros transtornos. Geralmente os sintomas aparecem nas crianas, provam na adolescncia e persistena vida adulta. Os tiques podem ocorrer isolados, mas tambm em fases de perturbaes emocionais, notendo uma linha divisria entre o transtorno e a perturbao emocional.

    A fisiopatologia aponta para anormalidades neuro-anatmicas e neuroqumicas, pelas semelhanas dostiques e transtornos de Tourette a outros distrbios de movimentos com patologia do sistema nervosocentral, como doena de Parkinson e Coria de Huntigton, que evidenciam disfuno dos gnglios da base,que respondem aos agentes farmacolgicos e tem procedimento neuro-evolutivos como exame de lquor,eletroencefalograma com mapeamento computadorizado, tomografia simples e contrastada, r.m. e p e t .,nvel e funo dos neurotransmissores no sangue e no lquor e medidas neuroqumicas ps-morte.

    O tratamento dirigido aos tiques e de preferncia farmacolgica, sendo as drogas mais indicadas aosagentes bloqueadores de dopamina, que tem efeitos colaterais que precisam ser acompanhados e arisperidona cujos efeitos so menores. A clonidina uma droga que pode ser til para os tiques. Otratamento psicolgico indicado para tiques transitrios e crnicos, com interveno comportamental,tcnicas de relaxamento e a associao do treino de relaxamento com reforo positivo comportamental.

    A enurese no orgnica um tratamento caracterizado pela eliminao involuntria ou intencional daurina noturna ou diurna, anormal em relao a idade mental do indivduo, e que no conseqncia detranstorno neurolgico ou do trato urinrio. O diagnstico feito a partir de cinco anos de idade, e ostratamentos a partir dos seis anos. A prevalncia no sexo masculino e a enurese noturna maisfreqente. Aps os 15 anos associado com diagnstico psiquitrico.

    As indicaes de possveis causas so a histria familiar, infeco do aparelho urinrio, estresse poreventos, desvantagem scio econmicos, desenvolvimento imaturo, problemas de sono, treino tardio no

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    toalete (aps 24 meses).

    O tratamento com terapia comportamental para melhorar comportamento desejado:orientaes de pais, educadores, especialistas da sade mental e urologistas, utilizao de reforopositivo (premiao), remoo do estmulo do reforo negativo, proporcionar modelo (identificao dacriana), treino de habilidades (ensaiar e repetir); remoo de condies que interferem para reduzircomportamento indesejvel: mudar o estmulo, extinguir premiao e dar ateno; reforo diferenciado:prmio/lutar contra ou sem castigo; castigo: estmulos negativos, afastar do ambiente, exposio contnuapara um estmulo aversivo; alarme (uso de colcho alarme).

    O tratamento medicamentoso com Imipramina e Desmopressina (ter cuidados no que diz respeito a noingesto de lquidos noite e monitorizao para os efeitos colaterais dos medicamentos). O tratamentocom uso de antibiticos para diagnstico de infeco ou anomalias congnitas pode ajudar na cura daenurese.

    A encoprese no-orgnica a evacuao repetida, voluntria ou no de fezes em locais no adequadospara o contexto scio-cultural ( diagnosticado acima de quatro anos). Pode ser a encoprese primria:continuao anormal da incontinncia infantil ou a encoprese secundria que se d atravs da perda decontinncia seguida a aquisio do controle intestinal. A encoprese provocativa a deposio deliberadade fezes em locais no adequados, mesmo na roupa. mais comum nos homens e as causas podem estarligadas ao manejo. Normalmente o tratamento atravs da psicoterapia, depois tratar a encopreseassociado. Desbloquear o intestino e restabelecer uma rotina de toalete e rotina alimentar. Programacomportamental com calendrios e mapas de acompanhamento, explica o mdico.