transporte de produtos perigosos

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Transporte de produtos perigosos Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação , pesquisa O transporte de produtos perigosos é um caso particular do transporte de mercadorias numa cadeia de fornecimento . Durante esta atividade, vários fatores passam a ser críticos e a imprudência pode significar não só a perda de mercadoria como um elevado risco para as pessoas envolvidas no transporte e para o meio ambiente envolvente (Paiva, 2008). Movimentação de cargas perigosas Produtos perigosos são classificados por classes de riscos, conforme abaixo; 1 Explosivos 2.1 Gases Inflamáveis o 2.2 Gases não-Inflamáveis 2.3 Gases Toxícos 3 Líquidos inflamáveis 4.1 Sólidos inflamáveis o 4.2 Substâncias sujeitas a combustão espontânea 4.3 Substancias que em contato com água emitem gases inflamáveis 5.1 Oxidantes o 5.2 Peroxidos Orgânicos 6.1 Sustâncias Tóxicas o 6.2 Substâncias Infectantes 7 Material Radioativo 8 Corrosivos ou Sustâncias corrosivas 9 Substância Perigosas diversas ou materias que podem causar Diversos perigos Todos os materiais perigosos podem ser transportados desde que sejam atendidas as exigencias de cada pais ou localidades.

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Transporte de produtos perigososOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.Ir para: navegao, pesquisa O transporte de produtos perigosos um caso particular do transporte de mercadorias numa cadeia de fornecimento. Durante esta atividade, vrios fatores passam a ser crticos e a imprudncia pode significar no s a perda de mercadoria como um elevado risco para as pessoas envolvidas no transporte e para o meio ambiente envolvente (Paiva, 2008).

Movimentao de cargas perigosasProdutos perigosos so classificados por classes de riscos, conforme abaixo; 1 Explosivos 2.1 Gases Inflamveis 2.2 Gases no-Inflamveis 2.3 Gases Toxcos 3 Lquidos inflamveis 4.1 Slidos inflamveis 4.2 Substncias sujeitas a combusto espontnea 4.3 Substancias que em contato com gua emitem gases inflamveis 5.1 Oxidantes 5.2 Peroxidos Orgnicos 6.1 Sustncias Txicas 6.2 Substncias Infectantes 7 Material Radioativo 8 Corrosivos ou Sustncias corrosivas 9 Substncia Perigosas diversas ou materias que podem causar Diversos perigosTodos os materiais perigosos podem ser transportados desde que sejam atendidas as exigencias de cada pais ou localidades.ndice[esconder] 1 Riscos no transporte rodovirio 2 Segurana no transporte 3 Sinalizao no transporte 4 Como actuar em caso de acidente rodovirio 4.1 Primeiras medidas de segurana 4.2 Identificao do cenrio 4.3 Identificao do incidente 4.4 Avaliao dos riscos 4.5 Avaliao dos recursos 4.6 Aes de urgncia 4.7 Reduo do dano 5 Referncias 6 Ver tambm 7 Ligaes externas 8 Bibliografia

[editar] Riscos no transporte rodovirioDurante o transporte de produtos perigosos, estes encontram-se sujeitos a uma forte combinao de factores adversos, os quais se denominam de riscos. Aquando do transporte nas vias de circulao esses factores podem dever-se a (Freitas, 2003, p. 4): Estado da via: traado, estado, manuteno, volume de trfego, acidentes e sinalizao; Condies atmosfricas; Estado do veculo (falhas nos mecanismos de transporte da mercadoria): mecanismos de conteno (embalagem ou tanque) ou de vedao (vlvulas ou conexes); Experincia do condutor; Fogo ou exploso;Da exposio a um ou mais destes factores, o transporte de produtos perigosos sujeita-se ao que se denomina de Incidente Rodovirio com Produtos Perigosos (IRPP). Um IRPP qualquer acontecimento, durante o transporte, que resulte num derrame ou vazamento de um material considerado perigoso no eixo rodovirio (Real et al., 2000, p. 1).De forma a evitar estes incidentes, devemo-nos concentrar em medidas de precauo que diminuam os riscos. Os riscos dependem tanto das fontes de perigo como dos mecanismos de controlo (tambm conhecidos por medidas de proteco, salvaguarda ou simplesmente proteco), sendo directamente proporcionais aos primeiros e inversamente proporcionais aos ltimos. Assim sendo, quanto maiores e melhores forem os mecanismos de controlo aplicados sobre uma fonte de perigo, menor ser a intensidade do risco. Contudo, embora se consiga atingir altos nveis de minimizao do risco adjacente ao transporte de matrias perigosas, este impossvel de eliminar por completo (Real et al., 2000, p. 2).[editar] Segurana no transporteCom vista optimizao da segurana na movimentao de cargas perigosas, devemos ter em conta os seguintes aspectos (Ruriani, 2008): Classificao do material antes de o transportar: Conhecer o material que est a ser transportado crucial. Saber quais as suas propriedades fsicas, vulnerabilidades e riscos associados ao seu transporte. Estas informaes devem ser guardadas de forma a permitir o rpido acesso da equipa da cadeia de abastecimento s mesmas, em caso de necessidade. Ambiente de distribuio: As circunstncias e a zona por onde o transporte ser realizado envolvem cuidados e preveno de riscos adicionais, que devem ser tomados em conta na preparao do transporte. Regulamentao: O transporte de produtos perigosos pode envolver a necessidade de requerimentos especiais, podendo o regulamento mudar consoante a localidade. Conhecer e cumprir a regulamentao no s ajuda na preveno de riscos como evita severas multas. Embalagem: Uma embalagem apropriada essencial para o transporte seguro de uma mercadoria perigosa. Embalagens rachadas ou danificadas pem em risco no s quem as transporta como o meio ambiente envolvente. A utilizao de recipientes apropriados, material de amortecimento e absorvente e trancas seguras, faro com que o material no se desloque durante o transporte. Documentao: Deve-se ter tudo documentado. Documentos com os detalhes do contedo e caractersticas do material a ser transportado facilita todo o processo na cadeia logstica. Marcao e identificao: Todos os embarques devem ser marcados e identificados. Os envolvidos no transporte e movimentao dos materiais perigosos devem ter condies de identificar com clareza o tipo de material com que actuam e os riscos aos quais esto expostos. A informao suplementar ou as marcaes devem ser retiradas de forma a no causar confuses. Treino: H que investir no treino das actividades especficas de cada operador, antes do manuseamento de cargas perigosas. Este treino, pode ser conseguido atravs de seminrios sobre as regras de manuseamento de cargas perigosas. Alteraes: Mudanas nas leis, propriedades dos materiais ou condies ambientais, so inevitveis. Associando-se isto s alteraes de operao e fornecimento por parte das transportadoras e fornecedores, fundamental que o cenrio seja permanentemente monitorizado e tomadas aces preventivas e correctivas em caso de necessidade. Transportadora: Algumas transportadoras possuem requerimentos especficos e/ou limitaes quanto ao transporte de materiais perigosos. Antes de se dar o transporte, deve-se estar familiarizado com a transportadora e o mtodo como esta actua, assim como com as capacidades tecnolgicas da mesma. Conexo: A ligao entre os diferentes elos da cadeia de abastecimento deve ser clara e eficiente. Situaes imprevistas, variaes e problemas, fora do planeado, devem sofrer interveno de imediato. Alteraes nos produtos ou condies atmosfricas imprevistas devem ser comunicadas a todos os envolvidos no transporte.[editar] Sinalizao no transporteA sinalizao das substncias a serem transportadas diferencia-se por classes, tendo como base as suas propriedades, acima referidas. De forma ao meio de transporte se encontrar em conformidade com as regras internacionais de transporte de produtos perigosos obrigatria a aplicao dos seguintes smbolos, caso a matria a transportar possua tais caractersticas (Smbolos, 2008):Classe 1 - Materiais e objectos explosivos

Explosivo

Explosivo (perigo de incndio de grandes propores)

Explosivo (contm agentes explosivos)

Explosivo (explosivos extremamente sensveis)

Classe 2 - Gs

Gs inflamvel

Gs inflamvel no-txico

Gs txico

Classe 3 - Lquidos inflamveis

Lquido inflamvel

Classe 4 - Outros inflamveis

Slido inflamvel

Espontaneamente inflamvel

Liberta gs inflamvel ao contacto com a gua

Classe 5 - Favorece o incndio

Matrias comburentes

Perxidos orgnicos

Classe 6 - Txicos infecciosos

Matrias txicas

Matrias infectuosas

Classe 7 - Materiais radioactivos

Radioactivo

Radioactivo

Radioactivo

Cindvel

Classe 8 - Materiais corrosivos

Material corrosivo

Classe 9 - Outros

Produtos quentes

Matrias e objectos perigosos

Esta sinalizao no s se aplica ao transporte rodovirio como ao ferrovirio, martimo e areo (Smbolos, 2008).[editar] Como actuar em caso de acidente rodovirioEm caso de sinistralidade (IRPP), o atendimento rodovirio urgente a veculos com produtos perigosos, deve-se efectuar com base em oito etapas operacionais (Real et al., 2000, p. 5-6):1. Primeiras medidas de segurana;2. Identificao do cenrio;3. Identificao do incidente*;4. Avaliao dos riscos*;5. Avaliao de recursos;6. Aco de urgncia;7. Reduo do dano*;8. Restaurao do trfego.(*Etapas exclusivas a incidentes com produtos perigosos. Todas as outras so comuns a outros incidentes rodovirios)[editar] Primeiras medidas de segurana Preservao da sua segurana Isolamento do local Sinalizao rodoviria de emergncia[editar] Identificao do cenrio Aes defensivas Identificao dos riscos Definir se foi acidente ou incidente (se foi de origem humana ou em outro fator externo a essa causa) Comunicao ao Centro de Operao Rodovirio Proceder ao bloqueio do trnsito automvel* Solicitao de apoio*[editar] Identificao do incidente Identificao do produto Avaliao do porte do incidente Isolamento da rea* Solicitao de apoio*

Avaliao dos riscos Estado da via Condies meteorolgicas presentes Quais os riscos para o ser humano Quais os riscos para o ambiente Quais os riscos para o patrimnioAvaliao dos recursos Capacidade e limitao dos recursos disponveis DisponibilidadeAes de urgncia Abordagem do acontecimento Reavaliao dos riscos Resgate de vitimas* Combate ao incidenteReduo do dano Conteno de vazamentos Remoo de material Limpeza da via(*Em caso de necessidade)

Produto perigoso toda e qualquer substncia que, dadas, s suas caractersticas fsicas e qumicas, possa oferecer, quando em transporte, riscos a segurana pblica, sade de pessoas e meio ambiente, de acordo com os critrios de classificao da ONU, publicados atravs da Portaria n 204/97 do Ministrio dos Transportes. A classificao desses produtos feita com base no tipo de risco que apresentam. Alm das pssimas condies de certas estradas, roubos de cargas e imprevistos com o caminho, a falta de conhecimento do risco que representa transportar produtos perigosos outro fator que pode colocar em risco a vida do carreteiro. Isso porque so poucos os profissionais que trafegam pelas rodovias e sabem identificar o perigo de uma carga pelo painel laranja obrigatrio dos quase 3.100 produtos considerados perigosos, que na maioria so constitudos por combustvel (lcool, gasolina, querose, etc.) e produtos corrosivos, como soda custica e cido sulfrico.A identificao no veculo feita atravs de retngulos laranjas, que podem ou no apresentar duas linhas de algarismos, definidos como Painel de Segurana; e losangos definidos como Rtulos de Risco, que apresentam diversas cores e smbolos, correspondentes classe de risco do produto a ser identificado.No retngulo, a linha superior se refere ao Nmero de Risco do produto transportado e composto por no mnimo dois algarismos e, no mximo, pela letra X e trs algarismos numricos. A letra X identifica se o produto reage perigosamente com a gua. Na linha inferior encontra-se o Nmero da ONU (Organizao das Naes Unidas), sempre composta por quatro algarismos numricos, cuja funo identificar a carga transportada. Caso o Painel de Segurana no apresente nenhuma identificao, significa que esto sendo transportados mais de um produto perigoso.

Para efetuar a consulta, voc dever preencher um dos campos abaixo solicitados:Exemplo: Caso voc esteja procurando por Cloreto de Etila, basta digitar no campo Tipo de carga perigosa a palavra Cloreto. Mas, se voc no tiver o nome do produto, basta digitar o n ONU referente ao produto, no caso do Cloreto de Etila 1037. Suponhamos que voc no tenha nem o nome do produto e nem o n ONU, nessa situao basta clicar no boto "Lista Completa".

Legislao Transportes Produtos PerigososPortaria MT n 204/1997, de 20/05/1997, publicada em 26/05/1997.Aprova as Instrues Complementares aos Regulamentos dos Transportes Rodovirios e Ferrovirios de Produtos Perigosos(as Instrues foram publicadas, na sua ntegra, no Suplemento ao Dirio Oficial da Unio de n. 98, de 26.05.1997). VIDE: Instrues Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos (GEIPOT)O MINISTRO DE ESTADO DOS TRANSPORTES, INTERINO, no uso das atribuies que lhe so conferidas pelo art. 87, pargrafo nico, inciso II, da Constituio Federal, e tendo em vista o disposto no art. 3 do Decreto n 96.044, de 18 de maio de 1988, e no art. 2 do Decreto n 98.973, de 21 de fevereiro de 1990, resolve:I - Aprovar as anexas Instrues Complementares aos Regulamentos dos Transportes Rodovirios e Ferrovirios de Produtos Perigosos.II - Conceder os seguintes prazos para entrada em vigor das disposies referentes aos padres de desempenho fixados para embalagens:a) trs anos para embalagens novas; eb) cinco anos para embalagens j produzidas, ou que venham a s-lo no prazo previsto na alnea anterior, e passveis de reutilizao.III - Conceder prazo de dois anos, a partir da data de aprovao pelo Conselho Nacional de Trnsito, para entrada em vigor do programa de reciclagem peridica destinado a condutores de veculos automotores utilizados no transporte de produtos perigosos.IV - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao, revogadas as Portarias n 291, de 31 de maio de 1988, e n 111, de 5 de maro de 1990, e demais disposies em contrrio.

ALCIDES JOS SALDANHADocumentao

Para transportar produtos perigosos sem correr o risco de ser multado ou ter o veculo e a carga apreendidos o carreteiro deve . car atento com a documentao obrigatria:

Documento Fiscal: deve apresentar o nmero da ONU, nome do produto, classe de risco e declarao de responsabilidade do expedidor de produtos perigosos.

Ficha de Emergncia: deve conter informaes sobre a classi. cao do produto perigoso, risco que apresenta e procedimentos em caso de emergncia, primeiros socorros e informaes ao mdico.

Envelope para Transporte: apresenta os procedimentos genricos para o atendimento emergencial, telefones teis e identi. cao das empresas transportadoras e expedidoras dos produtos perigosos.

Certificado de Capacitao para o Transporte de Produtos Perigosos Granel: documento expedido pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia e Normalizao e Qualidade Indstrial) empresa por ele credenciada, que comprova a aprovao do veculo (caminho, caminho trator e chassis porta continer) ou equipamento (tanque, vaso para gases, etc) para o transporte de produtos perigosos granel (sem embalagem). Para o transporte de carga fracionada (embalada) este documento no obrigatrio. Tambm no exigido para o continer-tanque.

Certificado de Concluso do Curso de Movimentao de Produtos Perigosos- MOPP: somente obrigatrio o porte deste documento, quando o campo de observaes da Carteira Nacional de Habilitao no apresentar a informao Transportador de Carga Perigosa. Esta informao deve ser inserida no ato da renovao do exame de sade do condutor.

Guia de Trfego: obrigatrio para o transporte de Produtos Controlados pelo Exrcito (explosivo, entre outros).

Declarao do Expedidor de Material Radioativo e Ficha de Monitorao da Carga e do Veculo Rodovirio: obrigatrio para os produtos classi. cados como radioativos, expedido pela CNEN (Comisso Nacional de Energia Nuclear).

Outros: existem outros documentos previstos por outras legislaes, conforme o produto transportado, ou municpio por onde o veculo transitar. H tambm documentos previstos pela Polcia Federal, para produtos utilizados no re. no e produo de substncias entorpecentes e de rgos de Meio Ambiente, para o transporte de resduos. No municpio de So Paulo, para o transporte de alguns produtos, deve-se portar a Autorizao Especial para o Transporte de Produtos Perigosos.

CuidadosEm caso de acidentes que envolvam veculos transportadores de cargas perigosas, vejam algumas recomendaes que devem ser seguidas: - Se ocorrer vazamento, primeiro coloque o EPI- Equipamento de Proteo Individual -, afaste o veculo da rodovia, sinalize o perigo para os outro motoristas e isole rea, pois ela poder ser afetada pelos vapores do produto (se houver).- Afaste os curiosos e tente neutralizar o produto e/ou contenha-o com areia (no usar p de serra ou material orgnico). O produto pode ser neutralizado com um agente alcalino, como cal, calcita, dolomita, etc...- Se houver fogo, com o recipiente exposto s chamas, mantenha-o frio, jogando gua (quando o produto permitir).- No caso da poluio, se houver derrame que contamine o solo, rio ou represa, avisar a Polcia Rodoviria e ao rgo de Defesa Civil. Isole a rea que poder ser atingida pelos vapores do produto.- Se houver pessoas envolvidas, atingida nos olhos, lave-os imediatamente com bastante gua durante 15 minutos, pelo menos.- No caso de pele atingida, lave com bastante gua e sabo. Se tiver bicarbonato, ponha-o imediatamente no local atingido e depois lave novamente com gua e sabo.Fiscalizao

A Policia Rodoviria Federal realiza durante o ano diversas aes preventiva e de fiscalizao com o transporte de produtos perigosos. O objetivo aumentar a segurana nas estradas, da populao - que reside ao longo das rodovias - e proteger o meio ambiente.

A PRF informa que so realizadas pelo menos dez operaes por ms, no Estado de So Paulo e que os valores das multas variam de acordo com o infrator e a infrao cometida. O que fiscalizadoDos transportadores:

Informaes no documento fiscal, Ficha de emergncia e envelope, Certificado de Inspeo de Produtos Perigosos CIPP (tanque), Curso MOPP, painis de segurana e rtulo de risco, Equipamento de proteo individual (EPI), equipamento de emergncia e etc.

Do expedidor:

Todos os itens do transportador Compatibilidade das cargas e mistura com alimentos e remdios.

A proporo dos danos advindos de um acidente com este tipo de carga , via de regra, muito superior ao acidente envolvendo o veculo transportador de carga comum. Vrios produtos, como gs de cozinha, gasolina, lcool e cloro, entre outros, so transportados em grande quantidade por via rodoviria e em caso de algum vazamento podem causar danos incalculveis ao maio ambiente, sade pblica e as pessoas que forem diretamente atingidas.

Eduardo Sartor, coordenador da comisso de transporte da Abiquim- Associao Brasileira da Indstria Qumica, explica que em caso de acidente o motorista orientado a isolar a rea, para evitar que curiosos cheguem perto do local, e a se comunicar com a transportadora, que possui contato com empresas especializadas em atendimento de acidentes com produto qumico. O pro. ssional deve receber treinamento e fazer o curso MOOP. Alm em seu caminho obrigatrio um Kit de emergncia, com cones, . ta zebrada, enxada, p e outros itens necessrios para isolar a rea e um kit de primeiros socorros j que possui informaes bsicas para prestar pequenos atendimentos caso exista contato com o produto.

Clasificao Produtos PerigososA classificao adotada para os produtos considerados perigosos, feita com base no tipo de risco que apresentam e conforme as Recomendaes para o Transporte de Produtos Perigosos das Naes Unidas, stima edio revista, 1991, compe-se das seguintes classes, definidas nos itens 1.1 a 1.9:Classe 1 -EXPLOSIVOS

Classe 2 -GASES, com as seguintes subclasses: Subclasse 2.1 - Gases inflamveis; Subclasse 2.2 - Gases no-inflamveis, no-txicos; Subclasse 2.3 - Gases txicos.

Classe 3 -LQUIDOS INFLAMVEIS

Classe 4 -Esta classe se subdivide em: Subclasse 4.1 - Slidos inflamveis; Subclasse 4.2 - Substncias sujeitas a combusto espontnea; Subclasse 4.3 - Substncias que, em contato com a gua, emitem gases inflamveis.

Classe 5 -Esta classe se subdivide em: Subclasse 5.1 - Substncias oxidantes; Subclasse 5.2 - Perxidos orgnicos.

Classe 6 -Esta classe se subdivide em: Subclasse 6.1 - Substncias txicas (venenosas); Subclasse 6.2 - Substncias infectantes.

Classe 7 -MATERIAIS RADIOATIVOS

Classe 8 -CORROSIVOS

Classe 9 -SUBSTNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS.

Os produtos das Classes 3, 4, 5 e 8 e da Subclasse 6.1 classificam-se, para fins de embalagem, segundo trs grupos, conforme o nvel de risco que apresentam:

- Grupo de Embalagem I - alto risco; - Grupo de Embalagem II - risco mdio; e - Grupo de Embalagem III - baixo risco.

O transporte de resduos perigosos deve atender s exigncias prescritas para a classe ou subclasse apropriada, considerando os respectivos riscos e os critrios de classificao constantes destas Instrues. Os resduos que no se enquadram nos critrios aqui estabelecidos, mas que apresentam algum tipo de risco abrangido pela Conveno da Basilia sobre o Controle da Movimentao Transfronteiria de Resduos Perigosos e sua Disposio (1989), devem ser transportados como pertencentes Classe 9. Exceto se houver uma indicao explcita ou implcita em contrrio, os produtos perigosos com ponto de fuso igual ou inferior a 20C, presso de 101,3kPa, devem ser considerados lquidos. Uma substncia viscosa, de qualquer classe ou subclasse, deve ser submetida ao ensaio da Norma ASMT D 4359-1984, ou ao ensaio para determinao da fluidez prescrito no Apndice A-3, da publicao das Naes Unidas ECE/TRANS/80 (Vol. 1) (ADR), com as seguintes modificaes: o penetrmetro ali especificado deve ser substitudo por um que atenda Norma da Organizao Internacional de Normalizao - ISO 2137-1985 e os ensaios devem ser usados para substncias de qualquer classe.

Porque acontecem os acidentes

O transporte de produtos perigosos sofre a influncia de diversos fatores. Os mais comuns so:

Condies das vias de trfego Intensidade do trnsito Estado de conservao dos veculos transportadores Despreparo de motoristas e ajudantes Carncia de profissionais treinados para a fiscalizao deste tipo de transporte

Muitos veculos que atuam no segmento continuam operando com irregularidades. Entre as irregularidades mais freqentes esto:

Falta de sinalizao no veculo com simbologia de risco Painel de segurana incompatvel com o produto transportado Falta de kit de emergncia Falta de certificado de capacitao ou vencido Carga mal acondicionada

Rtulo de Risco

Nmero de Risco

Os nmeros que indicam o tipo e a intensidade do risco, so formados por dois ou trs algarismos. A importncia do risco registrada da esquerda para a direita.Os algarismos que compem os nmeros de risco tm o seguinte significado: 2Emisso de gs devido a presso ou a reao qumica;

3Inflamabilidade de lquidos (vapores) e gases, ou lquido sujeito a auto-aquecimento

4Inflamabilidade de slidos, ou slidos sujeitos a auto-aquecimento;

5Efeito oxidante (favorece incndio);

6Toxicidade;

7Radioatividade;

8Corrosividade;

9Risco de violenta reao espontnea.

A letra "X" antes dos algarismos, significa que a substncia reage perigosamente com gua.A repetio de um nmero indica, em geral, aumento da itensidade daquele risco especfico.Quando o risco associado a uma substncia puder ser adequadamente indicado por um nico nmero, este ser seguido por zero (0).As combinaes de nmeros a seguir tm significado especial: 22, 323, 333, 362, X362, 382, X382, 423, 44, 462, 482, 539 e 90 (ver relao a seguir).

NMEROS DE RISCO e seus respectivos significados: 20Gs inerte

22Gs refrigerado

223Gs inflamvel refrigerado

225Gs oxidante (favorece incndios), refrigerado

23Gs inflamvel

236Gs inflamvel, txico

239Gs inflamvel, sujeito a violenta reao espontnea

25Gs oxidante (favorece incndios)

26Gs txico

265Gs txico, oxidante (favorece incndios)

266Gs muito txico

268Gs txico, corrosivo

286Gs corrosivo, txico

30Lquido inflamvel (PFg entre 23C e 60,5C), ou lquido sujeito a auto-aquecimento

323Lquido inflamvel, que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

X323Lquido inflamvel, que reage perigosamente com gua, desprendendo gases inflamveis (*)

33Lquido muito inflamvel (PFg < 23C )

333Lquido pirofrico

X333Lquido pirofrico, que reage perigosamente com gua (*)

336Lquido muito inflamvel, txico

338Lquido muito inflamvel, corrosivo

X338Lquido muito inflamvel, corrosivo, que reage perigosamente com gua (*)

339Lquido muito inflamvel, sujeito a violenta reao espontnea

36Lquido sujeito a auto-aquecimento, txico

362Lquido inflamvel, txico, que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

X362Lquido inflamvel, txico, que reage perigosamente com gua, desprendendo gases inflamveis (*)

38Lquido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo

382Lquido inflamvel, corrosivo, que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

X382Lquido inflamvel, corrosivo, que reage perigosamente com gua, desprendendo gases inflamveis(*)

39Lquido inflamvel, sujeito a violenta reao espontnea

40Slido inflamvel, ou slido sujeito a auto-aquecimento

423Slido que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

X423Slido inflamvel, que reage perigosamente com gua, desprendendo gases inflamveis (*)

44Slido inflamvel, que a uma temperatura elevada se encontra em estado fundido

446Slido inflamvel, txico, que a uma temperatura elevada se encontra em estado fundido

46Slido inflamvel, ou slido sujeito a auto-aquecimento, txico

462Slido txico, que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

48Slido inflamvel, ou slido sujeito a auto-aquecimento, corrosivo

482Slido corrosivo, que reage com gua, desprendendo gases inflamveis

50Produto oxidante (favorece incndios)

539Perxido orgnico, inflamvel

55Produto muito oxidante (favorece incndios)

556Produto muito oxidante (favorece incndios), txico

558Produto muito oxidante (favorece incndios), corrosivo

559Produto muito oxidante (favorece incndios), sujeito a violenta reao espontnea

56Produto oxidante (favorece incndios), txico

568Produto oxidante (favorece incndios), txico, corrosivo

58Produto oxidante (favorece incndios), corrosivo

59Produto oxidante (favorece incndios), sujeito a violenta reao espontnea

60Produto txico ou nocivo

63Produto txico ou nocivo, inflamvel (PFg entre 23C e 60,5C)

638Produto txico ou nocivo, inflamvel (PFg entre 23C e 60,5C), corrosivo

639Produto txico ou nocivo, inflamvel (PFg entre 23C e 60,5C), sujeito a violenta reao espontnea

66Produto muito txico

663Produto muito txico, inflamvel (PFg at 60,5C)

68Produto txico ou nocivo, corrosivo

69Produto txico ou nocivo, sujeito a violenta reao espontnea

70Material radioativo

72Gs radioativo

723Gs radioativo, inflamvel

73Lquido radioativo, inflamvel (PFg at 60,5C)

74Slido radioativo, inflamvel

75Material radioativo, oxidante

76Material radioativo, txico

78Material radioativo, corrosivo

80Produto corrosivo

X80Produto corrosivo, que reage perigosamente com gua(*)

83Produto corrosivo, inflamvel (PFg entre 23C e 60,5C)

X83Produto corrosivo, inflamvel (PFg entre 23C e 60,5C), que reage perigosamente com gua(*)

839Produto corrosivo, inflamvel (PFg entre 23C e 60,5C), sujeito a violenta reao espontnea

X839Produto corrosivo, inflamvel (PFg entre 23C e 60,5C), sujeito a violenta reao espontnea e que reage perigosamente com gua(*)

85Produto corrosivo, oxidante (favorece incndios)

856Produto corrosivo, oxidante (favorece incndios), txico

86Produto corrosivo, txico

88Produto muito corrosivo

X88Produto muito corrosivo, que reage perigosamente com gua(*)

883Produto muito corrosivo, inflamvel (PFg entre 23C e 60,5C)

885Produto muito corrosivo, oxidante (favorece incndios)

886Produto muito corrosivo, txico

X886Produto muito corrosivo, txico, que reage perigosamente com gua(*)

89Produto corrosivo, sujeito a violenta reao espontnea

90Produtos perigosos diversos

(*) No usar gua, exceto com a aprovao de um especialista.

Tipo de Infrao Transportar produto cujo deslocamento rodovirio seja proibido pelo Ministrio dos Transportes Transportar produto perigoso a granel que no conste do Certi. cado de Capacitao (produtos a granel) Transportar produto perigoso a granel em veculo desprovido de Certificado de Capacitao vlido; Transportar, juntamente com produto perigoso, pessoas, animais, alimentos ou medicamentos destinados ao consumo humano ou animal ou, ainda, embalagens destinadas a estes bens Transportar produtos perigosos incompatveis entre si, apesar de advertido pelo expedidor.617 UFIR

No der manuteno ao veculo ou ao seu equipamento; Transportar produtos cujas embalagens se encontrem em ms condies; No adotar, em caso de acidente ou avaria, as providncias constantes da Ficha de Emergncia e do Envelope para o Transporte; Transportar produto a granel sem utilizar o tacgrafo ou no apresentar o disco autoridade competente, quando solicitado.308,5 UFIR

Transportar carga mal estivada; Transportar produto perigoso em veculo desprovido de equipamento para situao de emergncia e proteo individual; Transportar produto perigoso desacompanhado de Certi. cado de Capacitao para oTransporte de Produtos Perigosos a Granel; Transportar produto perigoso desacompanhado de declarao de responsabilidade do expedidor aposta no Documento Fiscal; Transportar produto perigoso desacompanhado de Ficha de Emergncia e Envelope para o Transporte; Transportar produto perigoso sem utilizar, nas embalagens e no veculo, rtulos de risco e painis de segurana em bom estado e correspondente ao produto transportado; Circular em vias pblicas nas quais no seja permitido o trnsito de veculos transportando produto perigoso; No dar imediata cincia da imobilizao do veculo em caso de emergncia, acidente ou avaria.123,4 UFIR

Transporte de Agrotxicos O transporte por rodovias de agrotxicos regulamentado por legislao especfica e fiscalizado pela polcia rodoviria. Em todas as fases do transporte, deve-se garantir com absoluta segurana a integridade das pessoas, animais, habitaes e do meio ambiente.O Decreto n 96.044 de 18 de maio de 1988 e a Portaria n 204 do Ministrio dos Transportes de 20 de maio de 1997 publicada em 26 de maio de 1997 (Suplemento especial do Dirio Oficial da Unio) que regulamentam o transporte rodovirio de produtos perigosos, incluindo os agrotxicos.A pgina do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias - INPEV assim mostra a classificao dos produtos perigosos:CLASSIFICAO DOS PRODUTOS PERIGOSOS

classeproduto

1Explosivos

2Gases inflamveis ou no e txicos

3Lquidos inflamveis

4Slidos inflamveis, substncias de combusto expontnea e as que em contato com gua emitem gases inflamveis

5Oxidantes e Perxidos orgnicos

6Txicos e infectantes

8Corrosivos

9Substncias perigosas diversas

FONTE: www.inpev.org.br visitado em 23/11/2004 Nos casos em que o transporte de produtos perigosos exige uma sinalizao, a unidade de transporte deve possuir:

a) Uma sinalizao geral, indicativa de "transporte de produtos perigosos", atravs de painel de segurana; eb) Uma sinalizao indicativa da "classe de risco do produto transportado", atravs do rtulo de risco.Rtulos e SmbolosOs rtulos de risco e painis de segurana se constituem numa sinalizao da unidade de transporte de agrotxicos. Os rtulos de risco aplicveis aos veculos transportadores devem ter o tamanho padro mnimo no limite da moldura de 300 x 300 mm para unidade de transporte, com uma linha na mesma cor do smbolo a 12,5 mm da borda, e paralela a todo seu permetro. Veja a figura abaixo, elaborada pelo INPEV:

Os painis de segurana devem ter o nmero da ONU e o nmero de risco do produto transportado apostos em caracteres negros, no menores que 65 mm, num painel retangular de cor laranja, com altura de 300 mm e comprimento de 400 mm, com uma borda preta de 10 mm, conforme n 7500 da ABNT. No transporte de mais de um produto o painel de segurana no deve apresentar nmeros. Quando for expressamente proibido o uso de gua no produto, deve ser colocada a letra X no incio antes do nmero de identificao de risco.

RISCO SUBSIDIRIO (2o. algarismo)

No.Significado

2Emisso de gases devido a presso ou reao qumica

3Inflamabilidade de lquidos (vapores) ou gases, ou lquido sujeito a autoaquecimento

4Inflamabilidade de slidos, ou slidos sujeitos ao autoaquecimento

5Efeito oxidante

6Toxicidade

7Radioatividade

8Corrosividade

9Risco de violenta reao espontnea

FONTE: www.inpev.org.br visitado em 23/11/2004 (Port. 204/97, pg.11 DOU) Veculos UtilitriosTransporte de carga fracionada de um nico produto em veculos utilitrios. Em caso de produtos perigosos fracionados na mesma unidade de transporte, esta deve portar o descrito abaixo:

a) na frente: o painel de segurana, do lado do motorista. Na parte superior, deve haver o nmero de identificao de risco do produto, e na parte inferior, o nmero de identificao do produto (nmero de ONU, conforme Portaria do Ministrio dos Transportes - Instrues complementares ao Regulamento do Transporte Rodovirio de Produtos Perigosos), quando transportar apenas um produto;

b) na traseira: o painel de segurana, do lado do motorista, idntico ao colocado na frente, e o rtulo indicativo do risco do produto, se todos os produtos pertencerem a uma mesma classe de risco;

c) nas laterais: o painel de segurana, idntico aos colocados na frente e na traseira, e rtulo indicativo do risco do produto, colocado do centro para a traseira, em local visvel, conforme regra acima.

Se houver mistura de produtos de nmero de ONU diferentes, o painel deve ser alaranjado e sem nmeros. Para utilitrios, o tamanho do painel de segurana 22,5 x 30 cm e o rtulo de risco, 25 x 25 cm. No transporte de apenas um produto que tenha risco subsidirio, dever ser colocado nas laterais e traseira o rtulo correspondente.Transporte para a FazendaQuando um agricultor compra um agrotxico e vai transport-lo para a sua fazenda, tambm se fazem necessrias medidas de segurana. Seguem-se algumas indicaes para o transporte no varejo: proibido o transporte de agrotxicos dentro das cabines de veculos automotores ou dentro de carrocerias quando esta transportar pessoas, animais, alimentos, raes, etc. O transporte de agrotxicos acima da quantidade isenta exige que o motorista seja profissional e tenha curso para transporte de produtos perigosos. Embalagens que contenham resduos ou que estejam vazando no devem ser transportadas. Para pequenas quantidades de agrotxicos, o veculo recomendado do tipo caminhonete, onde os produtos devem estar, preferencialmente, cobertos por lona impermevel e presos carroceria do veculo. Acondicionar os agrotxicos de forma a no ultrapassarem o limite mximo da altura da carroceria. Ao transportar qualquer quantidade de agrotxicos, levar sempre consigo as instrues para casos de acidentes, contidas na ficha de emergncia do produto. Uma caixa fechada pode ser usada para separar pequenas quantidades de produtos fitossanitrios, quando misturados com outro tipo de carga.

Ao transportar qualquer quantidade de agrotxicos, levar sempre consigo as instrues para casos de acidentes, contidas na ficha de emergncia do produto. Em caso de acidentes, devem ser tomadas medidas para evitar que possveis vazamentos alcancem mananciais de guas ou que possam atingir culturas, pessoas, animais, depsitos ou instalaes, etc. Deve ser providenciado o recolhimento seguro das pores vazadas. No caso de derramamento de grandes quantidades, devem ser avisados o fabricante e as autoridades locais, e deve-se seguir as informaes contidas na ficha de emergncia.Armazenamento dos Produtos Quando armazenados corretamente, os agrotxicos (produtos fitossanitrios) oferecem pouco risco sade das pessoas e ao meio ambiente. As informaes a seguir so essenciais para manter estes riscos em nveis bem reduzidos.

O armazenamento correto dos agrotxicos pode ser feito na origem (fbrica), no intermedirio (comrcio) e no destino final (propriedade agrcola). Este ltimo o que nos interessa mais de perto. Na Propriedade Rural, mesmo para guardar as embalagens vazias lavadas, algumas regras bsicas devem ser observadas para garantir o armazenamento seguro. O depsito da foto acima, destina-se guarda temporria das embalagens vazias, antes que sejam devolvidas ao fabricante.Os usurios/agricultores devem armazenar as embalagens nas suas propriedades temporariamente, at no mximo um ano, a partir da data de sua aquisio, obedecidas as condies citadas abaixo:a) As embalagens lavadas devero ser armazenadas com as suas respectivas tampas e rtulos e, preferencialmente, acondicionadas na caixa de papelo original, em local coberto, ao abrigo de chuva, ventilado ou no prprio depsito das embalagens cheias;b) Nunca armazenar as embalagens, lavadas ou no, dentro de residncias ou de alojamentos de pessoas ou animais;c) Nunca armazenar as embalagens junto com pessoas, animais, medicamentos, alimentos ou raes; ed) Certificar-se de que as embalagens estejam adequadamente lavadas e com o fundo perfurado, evitando assim a sua reutilizao.Observar o Tipo da Embalagem

As embalagens flexveis primrias (que entram em contato direto com as formulaes de agrotxicos) como: sacos ou saquinhos plsticos, de papel, metalizados ou mistos devero ser acondicionadas em embalagens padronizadas (sacos plsticos transparentes) todas devidamente fechadas e identificadas, que devero ser adquiridas pelos usurios nos canais de comercializao de agrotxicos.As embalagens flexveis secundrias, no contaminadas, como caixas coletivas de papelo, cartuchos de cartolina e fibrolatas, devero ser armazenadas separadamente das embalagens contaminadas e podero ser utilizadas para o acondicionamento das embalagens lavadas ao serem encaminhadas para as unidades de recebimento.

As embalagens rgidas primrias (cujos produtos no utilizam gua como veculo de pulverizao) devero ser acondicionadas em caixas coletivas de papelo todas devidamente fechadas e identificadas. Ao acondicionar, estas devero estar completamente esgotadas, adequadamente tampadas e sem sinais visveis de contaminao externa.

Todas as embalagens no lavveis devero ser armazenadas em local isolado, identificado com placas de advertncia, ao abrigo das intempries, com piso pavimentado, ventilado, fechado e de acesso restrito. Podero ser armazenadas no prprio depsito das embalagens cheias, desde que devidamente identificadas e separadas das embalagens lavadas.Como construir um Armazm

O site do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias - INEP d detalhes tcnicos sobre a construo de armazm para guarda de agrotxicos, com vistas aos comerciantes dos produtos, mas diz que algumas dicas podem ser teis ao prprio agricultor. Abaixo, reproduzimos algumas orientaes tcnicas.1. O armazm deve ser construdo de alvenaria. 2. P direito com no mnimo 4 metros de altura, para otimizar a ventilao natural diluidora (vide croqui acima). 3. Acesso ao depsito por dois lados ou mais, para o servio de salvamento e corpo de bombeiros. 4. Via de acesso adequado para carga e descarga dos veculos, com no mnimo 10 metros de largura, tambm para a rota de fuga em casos de acidentes. 5. Telhado em boas condies: telhas de barro ou amianto, que no tenha infiltrao. 6. Instalaes eltricas dentro de normas de segurana, com aterramento, quando necessrio, com fiao embutida. 7. Sistema de alarme contra incndios. 8. Escritrios, banheiros, cozinha, sala de caf, devem ser construdos fora do depsito. Se houver escritrio dentro do armazm, este deve ter pelo menos uma sada que no passe pelo depsito. Cuidados no Armazenamento

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias - INPEV tambm fornece uma relao dos cuidados que o agricultor deve ter ao acondicionar as embalagens dos agrotxicos no Armazm, com destaque para a altura mxima das pilhas dos vrios tipos de materiais.Mesmo no caso do armazenamento em pequenos depsitos ou da estocagem de pequenas quantidades de produtos fitossanitrios nas fazendas, algumas regras bsicas devem ser observadas para garantir um correto armazenamento. So elas: recomendado a construo de um compartimento isolado para o armazenamento de agrotxicos. Se os produtos forem guardados num galpo de mquinas, a rea deve ser isolada com tela de proteo ou parede, e mantido fechado sob chave. No fazer estoque de produtos alm das quantidades para uso a curto prazo, como uma safra agrcola. Todos os produtos devem ser mantidos nas embalagens originais. Aps uma remoo parcial do contedo, as embalagens devem ser novamente fechadas. No caso de rompimento das embalagens, estas devem receber uma sobre capa, preferencialmente de plstico transparente, com o objetivo de evitar o vazamento de produto. importante o rtulo permanecer sempre visvel ao usurio. No armazenar os agrotxicos junto com alimentos ou medicamentos. No armazenar embalagens abertas, danificadas ou com vazamento. No armazenar agrotxicos em local sujeito a umidade. As embalagens devem ser armazenadas sobre paletes para evitar o contato direto com o piso do depsito. As embalagens contendo produtos lquidos devem ser armazenadas com a tampa voltada para cima. As embalagens devem ser dispostas de tal forma que as pilhas fiquem afastadas das paredes (50 cm) e do teto (1 metro). As embalagens devem ser dispostas de tal forma a proporcionar melhores condies de aerao do sistema e permitir facilidade de manuseio e/ou movimentao do conjunto. As embalagens devem ser dispostas de tal forma, que na mesma pilha haja somente embalagens iguais e do mesmo produto. As embalagens de formato retangular devem ser empilhadas com apoios cruzados, o que assegura uma auto-amarrao do conjunto, bem como uma maior resistncia do mesmo. Deve ser efetuado um controle permanente das datas de validade dos produtos, para evitar o vencimento. importante aplicar um sistema de rodzio, de tal forma que a primeira mercadoria a entrar seja a primeira a sair. Periodicamente (2 vezes ao ano), devem ser realizadas vistorias no depsito, para checar suas condies de segurana. A altura mxima de empilhamento vem especificada na embalagem, Ficha de Informao de Segurana de Produto (FISP) ou cheque direto com o fabricante. Pode variar em funo da qualidade e resistncia do material utilizado na embalagem.