transformarte fev 012

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O Fanzine da BDM

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[editorial]

Numa folha de papel deixamos as letras fugirem do nosso controlo. Como uma película que armazena informação, transformamo-nos em pequenos detalhes feitos da experiência com os outros. Deixamo-nos existir para além da nossa imagem e vivemos para além da linha que conseguimos traçar à nossa volta.Se a linha for feita de terra, a opacidade impede-nos de ver o mundo que nos rodeia, pouco o experienciamos como nosso – mesmo que por breves momentos, mesmo quando do outro sabemos ser. As cores de pele, as línguas faladas, os tons das palavras, a textura dos sotaques. As comidas, os sabores, os cheiros, as emoções. Tudo isto fica por sentir, por deleitar. Reduzimos a nossa linha a meros pontos que se intercetam.Se por outro lado a linha for feita de ar, tudo entra e tudo se entranha. O que é nosso – se existir – transforma-se no dia-a-dia, permeabiliza-se no querer beber do(s) outro(s), no querer comer com os olhos, mesmo que uma barriga não chegue. Adaptamo-nos, moldamo-nos e, nesse processo, descobrimos quem somos. O que queremos ou o que não queremos ser. O que queremos no nosso mundo. O que queremos jan-tar no dia seguinte. Se cremos amarelo ou vermelho. Em que políticas nos revemos. Em que dança rodamos. Em que música nos encontra-mos.Entre a linha de terra e a linha de ar, há uma imensidão de dinâmicas, de sinergias passíveis de pensar, estender, acordar e criar. De vida.Não somos todos iguais, não pensamos todos da mesma forma, não partilhamos todos a mesma cultura, ética, moral, valores, religiões, pa-lavras, conceitos, formas de arte. Somos, contudo, todos humanos a coabitar o mesmo espaço. Somos complexos. Cheios de complexida-des. Cheios de especificidades. Cheios de individualidades. Cheios de vontades e de sonhos. Sabe-nos bem quando não mimicamos o que já existe e já foi falado, discutido, batido, experimentado, falhado, aprendido, reproduzido. O mundo não é uma ervilha... Quanto muito, é uma melancia!

[índice]

ilustraçãofotografialiteraturaintervenção

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[ficha técnica]

transformarteFevereiro 2012Isento de registo na ERC ao abrigoda lei da imprensa 2/99 de 13 de Janeiro, art. 9.º, n.º 2ediçãoAssociação Cultural Burra de Milhocoordenação geralTânia Fonsecaconselho editorialIris Dominguez, Helena CordeiroMarcia Mendonça, Miguel CostaRogério Sousa, Tânia FonsecarevisãoRogério SousaMiguel CostaTânia Fonsecacolaboradores nesta ediçãoCláudio Ferreira, CIM (Pedro Sena Nunes), Filipe Rocha, Hermano Noronha, Isidro Fagundes, Jesse James, Joana Dias, Jorge Pereira, Miguel Costa Rosa, Paulo Sousa, Rúben Tavares, Rui de Sousa, Sónia Bettencourt, Teresa Azevedo.capaZé Branco design gráfico / editorialZé BrancoPaulo Sousatiragem 500 exemplaresperiodicidade Sazonalimpressão e acabamentos Diário Insularcontactosburra.de.milho@gmail.comburrademilho.blogspot.com

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ilustração

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ilustraçãojoana diasjoanadiasdesign.blogspot.com/

joana.dias

Nasceu em Ponta Delgada a 12 de Setembro de 1974. Trabalha como designer free-lancer.

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ilustraçãofilpe rocha

www.filiperocha.com/blog/

filipe. rocha

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ilustraçãofilipe rochawww.filiperocha.com/blog/

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ilustraçãofilipe rocha

www.filiperocha.com/blog/

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ilustraçãozé artur brancohttp://www.behance.net/embranco

zé a.branco

Freelancer. Licenciado em Design e Artes Gráficas, em Tomar. Caracterizo-me por uma constante evolução, inspirada numa arte pluricultural e atemporal adquirida desde Lisboa a Pequim, passando pela Horta e Ponta Delgada até à minha essencia, ilha Terceira. Nasci em 82, na Praia da Vitória. Actualmente trabalho como designer criativo, conjugando as competências técnicas ao conceito, fornecendo matéria-prima baseada numa cultura visual, lógica, social e psicológica ,de acordo com o objectivo: a comunicação. A minha experiência consolida-se nas diversas vertentes do design e comunicação: direcção de arte, design gráfico e web, design de edição e design multimédia.É com o cruzar de culturas que desenvolvo a minha arte e cá a deixo.

[ auto ]

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ilustraçãozé artur branco

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fotografiajorge pereiraJobé @ http://emainada.blogspot.com/

jorge.pereira

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fotografia

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fotografiarúben tavareswww.rubentavares.com

Nasceu a 1 de Novembro de 1980 em Angra do He-roísmo onde actualmente reside. Conta com um Cur-so Técnico-Profissional de Electricidade mas exerce funções de Formador e de Técnico de informática na Escola Profissional da Praia da Vitória. A fotografia surgiu da curiosidade de experimentar novas tecno-logias e mais recentemente desenvolveu o gosto pelo vídeo.Foi um dos pioneiros na utilização de máquinas foto-gráficas DSLR na captura de vídeo na nossa região. Conta já com vários spots publicitários, uma curta--metragem e um vídeo clip criado para um artista açoreano (PutoEMS) e mais recentemente a rubrica Conversas In Concreto. Também já participou em vá-rias exposições colectivas realizadas pelo Museu de Angra do Heroísmo, Associação Acreditar e Acade-mia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira.

rúben.tavares

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fotografiarúben tavares

www.rubentavares.com

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fotografiarúben tavareswww.rubentavares.com

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www.rubentavares.com

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fotografiahermano noronhawww.hermanonoronha.net

título > “corvo”

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www.hermanonoronha.net

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fotografiahermano noronha

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you take slow steady stepsin the wrong direction

carefully lay down the chartsin tune with the stars

within

make way for the new manthat does not fear

that does not believean historical mistake

free

sailing on sightalone

Poem’s Café Sportwelcome home.

poem’s peter sport

literaturarui de sousawww.blogdoruisousa.com

Rui de Sousa, 32 anos, nascido na ilha Terceira. Autodi-data, vencedor do concurso LABJOVEM 09 na categoria de Literatura com o projecto “Adeus Amanhã”. Autor do livro com o mesmo título.

rui de.sousa

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literatura

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literaturasónia bettencourtwww.soniabettencourt.com

Nasceu em 1977, em Angra do Heroísmo. É jornalista de profissão. Como poeta, publicou “Pena e Pluma”, em 2003, edição de autor, reeditado em 2007 no Brasil, em edição bilingue, Português/Espanhol, pela chancela Demónio Negro. No mesmo ano publicou “As Três Faces de Eva”, pela Corpos Editora.Com o conto “Mar Vazio”, venceu o Prémio Conto, ca-tegoria sénior, do Certame da Macaronésia de Jovens Artistas, Lanzarote, Canárias, 2005. Tem contos publi-cados na colectânea Eldorado, Vol.II (Brasil, 2006); na antologia Inverno: Aconchego das Palavras (Brasil, 2007), e nas revistas Alhucema, 16 (Espanha, 2006); Magma, 3 (Açores, 2006); SeixoReview, 8 (Canadá, 2006); Neo, 7 (Açores, 2007); Almiar Margen Cero (Espanha, 2007); Cru-a, 4 e 5 (Portugal, 2007); Minguante, 5 (Portugal, 2007); Mininas, 12 (Brasil, 2007); Neo, 9 (Açores, 2009).

IA primeira metade de si próprio cabia dentro do vaso de loiça branca.Cheirava o pêndulo, o poço e as gotas que fariam parte da sua antologia pessoal – a hora mágica de uma vida que já não sabia como vivenciar.Podia ser uma depressão catastrófica sofrida num espaço ao mesmo tempo tão familiar e estrangeiro. Ou a segunda metade de si próprio aflita por prosseguir caminho.Dormir nas retretes privadas parecia motivar uma estranha análise, introspectiva; reflorir os sonhos e ajustar o olfacto e, quase sempre, dentro ou fora do vaso de loiça branca, presenciar um renascimento diário.

“Era possível dormir nas retretes, nas re-tretes privadas, nas retretes das casas das outras pessoas! (…) Chegava a hora do sono alheio, cada um subia até à sua retrete. Uma ascensão! Talvez Deus estivesse lá em cima à nossa espera.”

Herberto Hélder

[ dormir na retrete ]sónia.bettencourt

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literaturasónia bettencourt

www.soniabettencourt.com

IIO perpetuum continuum em que passava os dias, de curtas distâncias entre uns e outros, envoltos em cená-rios habitáveis, a ferro e fogo e águas escuras – retretes onde carinhosamente se movimentavam os mais belos parasitas. Causavam dores interiores, um género de atro-pelo intestinal classificado como tragicomédia sanitária, forçando a entrada e, logo depois, a saída.

IIO perpetuum continuum em que passava os dias, de curtas distâncias entre uns e outros, envoltos em cená-rios habitáveis, a ferro e fogo e águas escuras – retretes onde carinhosamente se movimentavam os mais belos parasitas. Causavam dores interiores, um género de atro-pelo intestinal classificado como tragicomédia sanitária, forçando a entrada e, logo depois, a saída. Ali coabitavam o homem e a sua outra liberdade, orgulhosa e encardida. Deixavam-se encerrar por algumas horas no paraíso (pouco) perdido dos gemidos do corpo.

IV É como se o acto de evacuação fosse um brinde ao País! Na retrete privada estamos todos condenados a bater e debater os planos para o espaço público. Uma pátria estuporada onde só nascem flores de plástico.

VSimulam Lisboa, Angra e aquele cantinho do outro lado da fronteira do pensamento, forrado a azulejos azuis e brancos, na ponta da caneta e no olho do quotidiano, com as mãos enfiadas no bolso.Porque descargas de água, potável ou não, só acreditam uns naquilo em que os outros duvidam? E o que é que tu podes e não deves e queres mas não podes e, ainda, deves mas não queres? Resta-te o culto da contracultura e a tendência para deixar cair as boas ideias pelos esgotos da conveniência polí-tica suprema que, sem embargo, trabalha para manter a donzela e o cavalheiro no interior do vaso de loiça branca, só com a cabeça de fora. No mesmo orifício concentravam-se a primeira e a segunda metade de si próprio, recorda, numa borra completa de fazer faltar o ar.

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intervençãoteresa azevedo

Este Verão, entre Julho e 14 de Agosto, São Miguel nos Açores viveu momentos emocionan-tes. O WALK&TALK Azores, primeiro festival de Street Art na ilha invadiu as ruas, pintando-as com as cores da vida, imprimindo aqui um ritmo (ainda mais) urbano, pela presença de no-mes importantes internacionais e nacionais do Street Art. Para Jesse James e Diana Sousa, responsáveis pela organização do festival “Como açorianos, fez todo o sentido desenvolver o projecto num local que vive sobre a sua insularidade”. Na escolha do tema pesaram factos como a arte urbana (leia-se, a arte no espaço urbano) ter a vantagem de ser grátis e acessível a todos e “ democrática”. Em locais como a Academia das Artes ou num bar-galeria como o Arco 8 era possível ver o que se estava a produzir, além dos vários spots previamente escolhidos para os artistas intervirem. Entidades como a Câmara Municipal de Ponta Del-gada, a Direcção Regional do Turismo e a Direcção Regional da Juventude foram algumas das “que se juntaram ao movimento” auxiliando de modo precioso a realização do festival. Num meio algo conservador mas comprovadamente aberto ao associativismo cultural, as paredes que eram mudas e que queriam falar tornaram-se veículo da arte única de nomes como VHILS / Alexandre Farto, que se tem notabilizado por expor em galerias de renome como a Lazaride’s (Londres) ou na Magda Danysz (Paris e Xangai). A sua obra escultórica em pedra, através da combinação do stencil com os explosivos resulta em retratos de grande dimensão cuja expressividade impressiona. Na cena nacional, outros como ±MAISMENOS, ARM COLLECTIVE, SMILE 1ART, PANTÓNIO, Vanessa Teodoro, Isabel Sampaio e Pedro Ribeiro, entre outros, acrescentaram cada um mais um ponto às histórias ilustradas das ruas de São Miguel. Também os ARM COLLECTIVE (MAR e RAM) continuam a encantar-nos com um seu universo narrativo de personagens antigas envoltas em fundos psicadélicos. De um total de 30 artistas, entre os nomes internacionais destacaram-se os retratos em stencil do ilustrador gráfico BAZE. Além de os espanhóis ESCIF e MIOLO, por cá passaram os gregos WOOZY+KEZ. O mural de PHLEGM, com um cheirinho a arte medieval representando peixes a todos agradou. Da Ucrânia, os INTERESNI KAZKI trouxeram a sua arte realista que trata e lida com questões sociais, tendo realizado um dos mais extensos murais de todo o Festival.

E enquanto o próximo festival não acontece, resta-nos ouvir os comentários que os mais velhos não se abstêm de fazer e apreciar o barco abandonado que o artista Pantónio pintou e que irá ficar em exposição permanente no centro da cidade!

teresa.azevedo

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intervençao

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intervençãowalk&talkhttp://walktalkazores.org/

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fotos walk&talk da autoria de isidro fagundes e de jesse james

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intervençãowalk&talk

www.soniabettencourt.com

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1 e 2- fotos workshop de grafitti organizado pela bdm no festival azure 2011, fotografias

da autoria de rúben tavares

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intervenção paulo ávila sousawww.refunction.pt

Natural de Angra do Heroísmo, licenciado em Design de Comunicação pela faculdade de Belas Artes do Porto.Cedo me apoiei no aproveitamento de materiais e na descontextualização dos objectos como base conceptual dos vários projectos de expressão artística que tenho vindo a desenvolver. Desde o Design às Artes Plásticas, passando pela Moda e Música, várias são as minhas áreas de intervenção. Não esquecendo também, o gosto pela organização de eventos, pelo trabalho em equipa e dinâmicas de grupo associadas a estes projectos.A criação de espaços e movimentos culturais, assentes em ideais de sustentabilidade, representam as minhas maiores motivações profissionais de momento.

paulo.sousa

A reutilização de materiais como base de um trabalho de crítica social. O lixo que consumimos e produzimos.O excesso de informação de um sistema mediático.

[ refunction ]

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intervençãopaulo ávila sousawww.refunction.pt

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E um dos aspetos mais importantes em toda a atividade em torno da arte e cultura, por parte dos artistas e restantes agentes, é a sua democratização, ou seja, torná-la acessível a todos, promovendo valores culturais humanistas e críticos.E é com base na participação popular, da sociedade civil, que essa democratização tem de evoluir, pois se as grandes decisões relacionadas com as políticas culturais centrais são da responsabilidade dos governos (centrais e regionais), é sobre a esfera pública que recai a responsabilidade da iniciativa e criatividade em eventos, momentos e intervenções, com destaque óbvio para as associações culturais e cooperativas.Quanto mais os eventos e os trabalhos artísticos se aproximarem das pessoas, quanto mais “fácil” for ao público conhecer e compreender os trabalhos apresentados, mais pensaremos e questionaremos os aspetos importantes da vida, originando uma discussão permanente tendo em vista uma melhoria das condições civilizacionais. Assim, quanto mais acesso à cultura, melhor democracia.

Felizmente ao longo dos últimos anos, principalmente a partir dos anos 90, os governos e a sociedade tem vindo a olhar para a arte e cultura em geral com outros olhos, compreenden-do o seu papel e importância para o desenvolvimento socioeconómico das comunidades modernas.Passou a perceber-se e a aceitar que é uma área com regras próprias, com as suas con-dutas, as suas especificidades, levando a que as pessoas que nela estão envolvidas se vão tornando especialistas ou conhecedoras dessas suas características.Existe um número cada vez maior de profissionais da cultura, que se formam, trabalham e aprendem diariamente com atividades que consideramos culturais. Desde os programa-dores culturais, aos responsáveis pela logística, passando pelos técnicos de som e luz, e aos artistas, evidentemente, representando um extenso grupo profissional, e que muito tem batalhado pelo seu reconhecimento legal.

intervençãomiguel costa rosahttp://aviventar.blogspot.com/

[ mais cultura. mais democracia ]

miguel.costa rosa

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A CiM, Companhia Integrada Multidisciplinar, nasceu em 2007, a partir do projecto Mode H, criado especificamente para participar no Festival Europeu de Moda Adap-tada para Pessoas com Deficiência, que se realizou em Tours - França. Para o início do projecto da CiM foi criada uma parceria entre as associações, APCL – Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, Associação Vo’Arte e o CRPCCG – Centro de Reabi-litação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian.

A parceria mantém-se e assumiu novos compromissos por parte da direcção artís-tica (Ana Rita Barata e Pedro Sena Nunes) e direcção executiva (A. Roque e Célia Carmona), com os intérpretes, técnicos e instituições, e sobretudo para com o pú-blico, para novas motivações, desafios e na constante reflexão da arte associada à pessoa com necessidades especiais, como meio integrador e de desenvolvimento de competências. Neste momento estão em digressão O AQUI e o O DEPOIS espectáculos pertencen-tes à trilogia O TEMPO. A trilogia ficará completa com O NADA – actualmente em processo de criação.

A CiM procura a diversidade de caminhos e um constante enriquecimento com expe-riências, onde a multidisciplinaridade surge como impulso de novos métodos e res-postas à criação e exploração, de forma a esquecer as limitações e centrar a acção naquilo que cada um tem de melhor para dar.

intervençãocompanhia integrada multi dispiclinar

www.ciaintegradamultidisciplinar.blogspot.com

[ no reportório da cim contam-se as criações ] espectáculos de palco – baton rouge, o aqui e o depois

espectáculos de rua – sobre rodasperformance – memórias de peixe e waste

instalação vídeo – mergulhoexposição – etéro

fotografias da autoria de cláudio ferreira/vo’arte - cim

cim

A CiM, Companhia Integrada Multidisciplinar, nasceu em 2007, a partir do projecto Mode H, criado espe-cificamente para participar no Festival Europeu de Moda Adaptada para Pessoas com Deficiência, que se realizou em Tours - França. Para o início do projecto da CiM foi criada uma parceria entre as associações, APCL – Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, Associação Vo’Arte e o CRPCCG – Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian.

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