trançados musculares - aula 02 -adely couto & renata muniz

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23/1/2011 1 Oficina Trançados Musculares Aula 02 ,Janeiro de 2011 Profs. Adely Couto, Kiran Giordani Gorki, Renata Muniz, Valéria Vicente “O alongamento é um meio de compensar a rigidez relacionada à idade, reduzir o risco de lesões, melhorar a postura e a simetria corporal, incrementar o relaxamento, aliviar a dor, ampliar o condicionamento físico e otimizar a movimentação funcional na vida diária” (ALTER, 2010) Tipos de Músculo Músculo Estriado Cardíaco Músculo Estriado Esquelético Músculo Liso

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Oficina Trançados Musculares

Aula 02

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“O alongamento é um meio de compensar a rigidezrelacionada à idade, reduzir o risco de lesões,melhorar a postura e a simetria corporal,incrementar o relaxamento, aliviar a dor, ampliar ocondicionamento físico e otimizar a movimentaçãofuncional na vida diária”

(ALTER, 2010)

Tipos de Músculo

Músculo Estriado Cardíaco

Músculo Estriado Esquelético

Músculo Liso

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Músculo Estriado Esquelético

Principais funções

•Produção de força para a locomoção e a respiração•Produção de força para a sustentação postural•Produção de calor durante a exposição ao frio

Características funcionais do músculo

•Excitabilidade•Contratilidade•Elasticidade

“O corpo humano contém mais de quatrocentos músculos esqueléticos voluntários, os quais representam 40-50% do peso corporal total.”

(POWERS E HOWLEY, 2005)

Músculo Estriado Esquelético

Célula muscular

Miócito ou fibra muscular - Célula contrátil

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As fibras de contração lenta(Tipo I) têm coloraçãovermelha estão associadasaos músculos que mantêm apostura(antigravitacionais) esustentam atividadesprolongadas, de baixaintensidade, como a corridaem distância. Elas contêmmaior concentração decolágeno, portanto são menosflexíveis.

(ALTER, 2010)

As fibras de contração rápida (Tipo II) predominam em atividades de altaintensidade e curta duração. Em humanos, as fibras de contração rápida,principalmente em músculos bi-articulares (por exemplo: isquiotibiais, retofemoral, tríceps sural) são as que mais comumente sofrem distensão ematletas.

(GARRET ET AL, 1987)

Tipos de fibra muscular

Características dos tipos de fibras musculares esqueléticas humanas

Características Tipo IIb Tipo IIa Tipo I

Número de Mitocôndrias Baixo Alto/moderado Alto

Resistência à fadiga Baixa Alta/moderada Alta

Sistema energético

predominante Anaeróbico Combinação (aeróbico + Aeróbico

anaeróbico)

MMÁX. (Velocidade de

Encurtamento) A mais alta Intermediária Baixa

Eficiência Baixa Moderada Alta

Tensão específica Alta Alta Moderada

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Tipos de fibra muscular

Cada grupo muscular contém uma proporção diferente de fibras, de acordo com sua função e seu histórico de treinamento, também pela genética e pelos níveis hormonais no sangue.

Tipos de fibra muscular

• Músculos com predomínio de fibra do Tipo I são menos flexíveis

• Grupos musculares compostos por fibras Tipo II estão associados a dano muscular, como por exemplo a distensão

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Músculo Estriado Esquelético

Tecido Conjuntivo - Fáscias

Epimísio – Mais externo, envolve todo o músculo

Perimísio – Envolve feixes individuais (chamados de FASCÍCULOS) de fibras musculares

Endomísio – Envolve cada fibra muscular(POWERS E HOWLEY, 2005)

Tecido Conjuntivo

Funções• Manutenção do músculos unidos e do alinhamento adequado dasfibras, vasos sanguíneos, nervos etc• Transmissão de forças ao músculo como um todo de modo seguroe eficaz• Lubrificação entre as fibras e os fascículos, permitindo que omúsculo modifique sua própria forma

CARACTERÍSTICAS•Constitui até 30% da massa muscular•A fáscia é responsável por 41% da resistência ao movimentopassivo, seguida pela cápsula articular, tendão e pele. “Comoconsequência, o programa de alongamento deve ser orientado, emessência, para o esticamento da fáscia, mas não dos ligamentos,pois alongar essas estruturas pode resultar na desestabilização daarticulação.” (ALTER, 2010)

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Fisiologia da Contração Muscular

Unidade Contrátil da fibra muscular

Miofibrila – filamentos proteicos que compõem as fibras

musculares

Fisiologia da Contração Muscular

As miofibrilas contêm dois tipos principais de proteína contrátil:ACTINA (filamentos finos) e MIOSINA (filamentos espessos).

Pontes cruzadas

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As fibras musculares se contraem peloencurtamento de suas miofibrilas em razão dodeslizamento da actina sobre a miosina.

(POWERS E HOWLEY, 2005)

SarcômeroUnidades funcionais da miofibrila, distribuídas em série.

A força gerada pelacontração musculardepende da quantidadede pontes cruzadas entreos filamentos de actina emiosina no interior dosarcômero.

(MARQUES, 2005)

Relação Comprimento-Tensão

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Relação Comprimento-Tensão

O grau desobreposição dosfilamentos deactina e miosinavaria conforme ocomprimento dosarcômero. Isso, porsua vez, afeta onúmero de pontescruzadas formadase a tensãodesenvolvida.

(HANSEN E KOEPPEN, 2003)

VÍDEO

Arquitetura das Fibras

A forma e o arranjo das fibras no músculo determinam:quantidade de força e capacidade de mudança decomprimento.

Fusiforme – Paralelo à linha de tração, força na mesma direção, altas velocidades.GRANDES NÍVEIS DE ENCURTAMENTO

Peniforme - Fibras diagonais a um tendão central, forma de PENA.MAIOR NÍVEL DE FORÇA

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Músculo FUSIFORME

SARTÓRIO

Músculo UNIPENADO

SEMIMEMBRANOSO

Músculo MULTIPENADO

GLÚTEO MÍNIMO

Músculo BIPENADO

RETO FEMORAL

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Papel do músculo

• Agonista X Antagonista

• Motor Primário X Acessório

• Estabilizadores X Neutralizadores

Músculo quanto ao número de inserções

Bíceps

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QuadrícepsTríceps

Tipos de Contração

Isométrica – sem alteração de comprimento

Isotônica – Concêntrica (origem e inserção se aproximam)

Excêntrica (origem e inserção se afastam)

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Alongamento

1 FLEXIBILIDADE x 2 ALONGAMENTO

1 Amplitude de movimento disponível em uma articulação ou em um grupo de articulações (ALTER, 2010)

1 AQUECIMENTO x 2 ALONGAMENTO

1 Exercícios que visam aumentar o DC e o fluxo sanguíneo aos músculosesqueléticos. Aumentam a temperatura muscular, elevando a atividadeenzimática, assim preparando o atleta para a realização de alongamentos

(POWERS E HOWLEY, 2005)

1 EXTENSIBILIDADE x 2 ELASTICIDADE

1 Capacidade do músculo de alongar-se além de seu comprimento de repouso2 Capacidade de retornar ao seu comprimento e repouso, quando cessa aforça que o alongou (HAMILL, 2008)

1 PLASTICIDADE x 2 ALONGAMENTO

1 Capacidade de adaptação e modificação do músculo frente a diferentescargas e estímulos2 Tensão aplicada aos tecidos moles no intuito de aumentar suaextensibilidade, ADM e reverter encurtamentos (LIMA, 2006)

Alongamento

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Benefícos do alongamento

• Aumento do número de sarcômeros próximo a junção músculo-tendínea

• Aumento da ADM

• Contração mais eficiente (relação comprimento-tensão)

•Menor gasto energético em exercícios físicos

•Preparação para AVD`s, atividades físicas

•Reversão de encurtamento, espasticidade muscular

•Reabilitação

•Alívio de dores

•Prevenção de lesões e redução da gravidade das mesmas

•Diminuição da dor muscular tardia

Efeitos

AGUDOS Imediatos ou a curto prazoComponente elástico

CRÔNICOS Longo prazoAlongamento prolongadoAcréscimo de sarcômeros

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Alongamento

Tipos

ATIVO x PASSIVO

ESTÁTICO – Manutenção de uma posição por certo período, com ou sem repetição (ex.: Ioga)•Menor gasto energético•Técnica mais segura para não treinados

DINÂMICO - Usa certo limite de ADM, menos força, vigor e amplitude que o balístico

BALÍSTICO – Tipo de alongamento dinâmico rápido

(ALTER, 2010)

ARGUMENTOS CONTRA(reflexo de alongamento, adaptação inadequada do músculo ou nervo)

BALÍSTICO x ESTÁTICO

• Vujnovich e Dawson

1994 - Balístico após estático

•Shrier e Gossal

2000 – Menos perigoso que as próprias atividades atléticas

(ALTER, 2010)

Alongamento

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Intensidade

É subjetiva, se for além da adaptabilidade dos tecidos, pode resultar em lesão dos mesmos (pra quem?)

Frequência

Mínimo de uma vez por dia para manutenção da flexibilidade (pra quem?)

...

Duração

Diferentes durações – diferentes efeitos...

30 segundos a 1minuto fase plástica – GANHO MAIS DURADOURO

(ALTER, 2010)

Alongamento

Fatores que podem limitar a flexibilidade (ADM)

• Falta de elasticidade dos tecidos conjuntivos nos músculos ou articulações

• Distúrbios da pele, por exemplo, cicatrizes de queimaduras

• Tensão muscular

• Contraturas

• Reflexos

• Falta de coordenação no caso do movimento ativo

• Limitações impostas por outros músculos sinergistas

• Paralisia

• Espasticidade

• Comprimento dos ligamentos e tendões

• Limitações estruturais dos ossos e articulações

(ALTER, 2010)

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Referências

• ALTER, M. J. Ciência da Flexibilidade. Porto Alegre: Artmed, 2010.

• BRODY, L. T. e HALL C. M. Exercícios Terapêuticos. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2007.

• HAMILL, J. e KNUTZEN, K. M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. Barueri:

Manole, 2008.

• HANSEN, J. T; KOEPPEN, B. M. Atlas da Fisiologia da Contração Muscular. Porto

Alegre: Artmed, 2003.

• LIMA, V. P.; TEIXEIRA, A. S. M.; FERNANDES, A. Cinesiologia do Alongamento. Rio de

Janeiro: Sprint, 2006.

• MARQUES, A. P. Cadeias Musculares. São Paulo: Manole, 2005.

• POWERS, S. K. e HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício. Barueri: Manole, 2005.

• WYON, M. et al. Streching for Dance. In:

http://www.iadms.org/associations/2991/files/info/Bulletin_for_Teachers

_2- 1_pp9-12_Wyon.pdf

Obrigada!