tramita
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projeto grafico do trabalho de conclusao da agencia academica, tramita. esamc uberlandia - 2011/2TRANSCRIPT
1
esamc
2011/1_____________plano de marketing e
comunicação orientado
para o mercado
torrefaçãofazenda juliana
pge 1_____________
x
2
uberlândia/mg
2011
escola superior de administração,marketing e comunicação
aline alves guedes soares
andressa mundim fontes
juliana naves amorim
ludmilla silva pádua
lívia carrijo sampaio
mayara omena costa pereira
vanessa guimarães da cruz
plano de marketing e comunicação orientado para o mercado
torrefação fazenda juliana
aline alves guedes soares
andressa mundim fontes
juliana naves amorim
ludmilla silva pádua
lívia carrijo sampaio
mayara omena costa pereira
vanessa guimarães da cruz
professor orientador: rubens santos batista
Projeto de Graduação ESAMC (PGE) do Curso de Comunicação e Market-
ing com habilitação em Propaganda e Marketing e Relações Públicas, da
Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação - ESAMC,
sobre o plano de marketing e comunicação orientado para o mercado.
uberlândia/mg
2011
escola superior de administração,marketing e comunicação
plano de marketing e comunicação orientado para o mercado
torrefação fazenda juliana
1 introdução ................................................................ 19
1.1 agência trâmita ................................................................19
1.2 metodologia ......................................................................22
2 apresentação fazenda juliana .................... 29
3 caracterização da indústria .......................... 33
3.1 histórico do café ..............................................................33
3.2 o café no brasil..................................................................33
3.3 região do cerrado mineiro ........................................34
3.4 o café e a saúde ..............................................................35
3.5 tipos de café .......................................................................35
3.6 café torrado .........................................................................36
3.7 abic (associação brasileira da indústria de café) ................36
3.7.1 PRoGRAMAS AbiC ......................................................................................... 37
3.8 categorias do café ......................................................... 40
3.9 embalagens para café ..................................................41
3.10 nova regulamentação do café ............................42
4 análise interna ....................................................... 47
4.1 o nome e a marca fazenda juliana .....................47
4.2 porte ..........................................................................................47
4.3 setor ..........................................................................................47
4.4 instalações ............................................................................47
4.5 organograma ......................................................................48
4.6 recursos humanos ..........................................................48
4.7 treinamentos .......................................................................49
4.8 principais clientes ..............................................................49
4.9 declarações institucionais ..........................................49
4.10 responsabilidade social e ambiental ................49
4.10.1 RESPonSAbilidAdE SoCiAl ................................................................ 49
sumário 4.10.2 RESPonSAbilidAdE AMbiEntAl .......................................................... 50
4.11 linha de produtos ......................................................... 50
4.11.1 ExtEnSão dA linhA dE PRodutoS ............................................ 51
4.12 embalagens .......................................................................51
4.13 unidade estratégica de negócios (uen).........51
4.14 cadeia de valor ...............................................................52
4.15 fatores críticos de sucesso ....................................53
4.16 análise financeira ............................................................53
5 microambiente ...................................................... 57
5.1 mercado .................................................................................57
5.1.1 tEndênCiAS dE MERCAdo ...................................................................... 57
5.1.2 PREço Médio do CAfé ............................................................................ 58
5.1.3 PERfil do ConSuMidoR .......................................................................... 58
5.1.4 EStiMAtivA dE MERCAdo ........................................................................ 60
5.2 análise de clientes ...........................................................63
5.2.1 buSinESS to ConSuMER (b2C) ............................................................ 63
5.2.2 buSinESS to buSinESS (b2b)................................................................. 65
5.3 análise de fornecedores .............................................68
5.3.1 PRinCiPAiS foRnECEdoRES ...................................................................... 68
5.3.2 RiSCoS dE AbAStECiMEnto .................................................................... 68
5.4 análise de concorrentes .............................................69
5.4.1 CAfé Pilão......................................................................................................... 70
5.4.2 CAfé itAú ............................................................................................................. 71
5.4.3 CAfé boM diA ................................................................................................... 72
5.4.4 GRuPo vEltA CAfé fino GRão .......................................................... 73
5.4.5 CAfé CAjubá ..................................................................................................... 74
5.4.6 CAfé toko ........................................................................................................ 75
5.4.7 CAfé tRêS CoRAçõES ................................................................................ 76
5.4.8 CAfé CAboClo ................................................................................................ 77
5.4.9 ConCoRRênCiA indiREtA ........................................................................... 78
5.5 cinco forças de porter ....................................................78
5.6 análise do composto de marketing (4p’s) .....81
5.6.1 PRoduto ........................................................................................................... 71
5.6.2 PREço ................................................................................................................... 87
5.6.3 PRAçA ..................................................................................................................... 87
5.6.4 PRoMoção ........................................................................................................ 90
5.7 grupos estratégicos ....................................................... 90
5.7.1 AnáliSE no nívEl dE MARCA ................................................................ 92
5.7.2 AnáliSE no nívEl dE ClASSifiCAção ............................................ 92
5.7.3 tRAdiCionAl ...................................................................................................... 93
5.7.4 SuPERioR ............................................................................................................. 93
5.8 conclusão ..............................................................................94
6 macroambiente .................................................... 99
6.1 ambiente cultural...............................................................99
6.2 ambiente natural ............................................................103
6.3 ambiente político-legal ..............................................105
6.4 ambiente econômico ................................................106
6.5 ambiente demográfico ..............................................108
6.6 ambiente tecnológico................................................110
6.7 conclusão ...........................................................................112
7 diagnóstico ............................................................117
7.1 matriz ansoff ....................................................................117
7.2 matriz swot .......................................................................118
7.2.1 CRuzAMEntoS dA Swot ....................................................121
7.3 conclusão ...........................................................................124
8 plano de marketing .........................................129
9 segmentação ......................................................135
10 plano estratégico ...........................................141
10.1 posicionamento ..........................................................143
10.1.1 PoSiCionAMEnto AMPlo ...................................................................143
10.1.2 PoSiCionAMEnto ESPECífiCo ..........................................................144
10.2 reformulação da marca..........................................145
10.2.1 dEfESA dA MARCA ....................................................................................146
10.2.2 EMbAlAGEM ....................................................................................................153
10.3 ampliar a área de atuação da marca...........160
10.4 plano de comunicação e relacionamento .....161
11 proposta criativa .............................................165
12 plano de comunicação .............................171
12.1 propaganda ....................................................................172
12.1.1 Ação 1 - novA MARCA E idEntidAdE viSuAl ......................172
12.1.2 Ação 2 - Rádio E tElEviSão.........................................................172
12.1.3 Ação 3 - REviStAS E joRnAiS ........................................................173
12.1.4 Ação 4 - outdooR E PlACAS dE EStRAdA ........................178
12.1.5 Ação 5 - MídiA inhoME ........................................................................179
12.2 promoção de vendas .............................................180
12.2.1 Ação 1 - EMbAlAGEnS PRoMoCionAiS ...................................180
12.3 merchandising ...............................................................181
12.3.1 Ação 1 - MERChAndiSinG E CoMuniCAção no Ponto dE
vEndA ...............................................................................................................................................181
12.4 internet ...............................................................................184
12.5 relações públicas ........................................................188
12.5.1 PúbliCo intERno ......................................................................................191
12.5.2 PúbliCo ExtERno ....................................................................................208
i imprensa - mídia, blogueiros, colunistas,
jornalistas gastronômicos .............................. 208
ii clientes b2b ............................................................212
iii prospects b2b .....................................................213
iv clientes b2c ..........................................................214
v prospects b2c .....................................................215
13 plano de mídia .................................................221
14 orçamento geral .............................................225
15 kpi .............................................................................229
16 viabilidade financeira ....................................235
17conclusão .............................................................241
a. referências .............................................................245
b. glossário.................................................................253
c. anexos ....................................................................263
figura 1: logomarca trâmita ......................................................................................................................................................................................................19
figura 2: organograma trâmita ...............................................................................................................................................................................................21
figura 3: entrada da torrefação fazenda juliana .........................................................................................................................................................29
figura 4: recepção da torrefação fazenda juliana.....................................................................................................................................................29
figura 5: mapa de regiões de produção de café .....................................................................................................................................................34
figura 6: selo de pureza abic ..................................................................................................................................................................................................37
figura 7: selo de qualidade abic ............................................................................................................................................................................................37
figura 8: selo cafés sustentáveis do brasil abic .........................................................................................................................................................38
figura 9: selo nível mínimo de qualidade abic ............................................................................................................................................................38
figura 10: selo círculo do café de qualidade abic ....................................................................................................................................................38
figura 11: selo cafés do brasil abic .....................................................................................................................................................................................39
figura 12: selo café na merenda - saúde na escola abic ..................................................................................................................................39
figura 13: selo certifica minas abic ......................................................................................................................................................................................39
figura 14: escala da qualidade das categorias de café abic .............................................................................................................................40
figura 15: logomarca fazenda juliana ................................................................................................................................................................................47
figura 16: maquinário de torrefação e moagem ......................................................................................................................................................48
figura 17: organograma fazenda juliana ..........................................................................................................................................................................48
figura 18: sala de aula da escola paulo freire .............................................................................................................................................................49
figura 19: horticultura da escola paulo freire ...............................................................................................................................................................49
figura 20: biodigestor da fazenda juliana .......................................................................................................................................................................50
figura 21: biodigestor da fazenda juliana........................................................................................................................................................................50
figura 22: produtos da fazenda juliana .............................................................................................................................................................................51
figura 23: cadeia de valor fazenda juliana .....................................................................................................................................................................52
figura 24: características dos hábitos de consumo de café ............................................................................................................................59
figura 25: gráfico perfil dos consumidores por classe ..........................................................................................................................................59
figura 26: gráfico locais de consumo ...............................................................................................................................................................................60
figura 27: gráfico intenção de pagar a mais por qualidade ..............................................................................................................................60
índice de figuras
figura 28: gráfico de crescimento de faturamento ..................................................................................................................................................63
figura 29: possíveis substitutos para o café ................................................................................................................................................................80
figura 30: expectativa de novos produtos à base de café ..............................................................................................................................80
figura 31: reconhecimento do produto reserva carmelo expresso e torrado ...................................................................................81
figura 32: logomarca café afrika ...........................................................................................................................................................................................82
figura 33: embalagem café afrika ........................................................................................................................................................................................82
figura 34: logomarca café sabor do cerrado ..............................................................................................................................................................84
figura 35: embalagem café sabor do cerrado............................................................................................................................................................84
figura 36: logomarca café reserva carmelo .................................................................................................................................................................84
figura 37: embalagem café reserva carmelo ...............................................................................................................................................................84
figura 38: gráfico de preços médios por quilo praticados .................................................................................................................................87
figura 39: fluxo de distribuição...............................................................................................................................................................................................88
figura 40: fachada supermercado ki-jóia, monte carmelo - mg ...................................................................................................................88
figura 41: fachada supermercado super seu, monte carmelo - mg...........................................................................................................88
figura 42: imagem interna da cafeteria pereira, em salvador - ba ................................................................................................................89
figura 43: imagem interna da cafeteria pereira, em salvador - ba ................................................................................................................89
figura 44: gráfico de representatividade de vendas ...............................................................................................................................................89
figura 45: cruzamento mix de produtos x comunicação ..................................................................................................................................92
figura 46: cruzamento distribuição x comunicação ...............................................................................................................................................92
figura 47: cruzamento certificação x preço - café tradicional ........................................................................................................................93
figura 48: cruzamento certificações x preço - café superior ..........................................................................................................................93
figura 49: gráfico da evolução do consumo interno de café no brasil ................................................................................................100
figura 50: gráfico de hábitos de consumo de cafés especiais ...................................................................................................................101
figura 51: gráfico sobre intenção de pagar mais por produto de qualidade.....................................................................................102
figura 52: gráfico sobre intenção de pagar mais por produto de qualidade por classe ..........................................................102
figura 53: gráfico de determinantes de compra de café ..................................................................................................................................103
figura 54: metas de inflação e inflação efetiva .......................................................................................................................................................107
figura 55: matriz ansoff ............................................................................................................................................................................................................117
figura 56: matriz swot ...............................................................................................................................................................................................................120
figura 57: perfil de consumidores 2003 e 2010 ......................................................................................................................................................136
figura 58: estratégias genéricas .........................................................................................................................................................................................141
figura 59: perspectivas de posicionamento ..............................................................................................................................................................143
figura 60: logomarca atual - fazenda juliana ............................................................................................................................................................147
figura 61: tipografia conservadora - fragment core roman ............................................................................................................................148
figura 62: comparação entre novo símbolo e ramo de café ......................................................................................................................149
figura 63: cor utilizada ...............................................................................................................................................................................................................150
figura 64: nova logomarca - fazenda juliana ............................................................................................................................................................151
figura 65: aplicação - positiva e negativa ...................................................................................................................................................................152
figura 66: tipografia café - embalagem .........................................................................................................................................................................153
figura 67: tipografia - superior e tradicional ...............................................................................................................................................................154
figura 68: cores da embalagem - cymk ......................................................................................................................................................................155
figura 69: aplicação - tradicional e superior ..............................................................................................................................................................156
figura 70: aplicação café - negativa e positiva .......................................................................................................................................................157
figura 71: área de respiro........................................................................................................................................................................................................158
figura 72: redução mínima .....................................................................................................................................................................................................158
figura 73: embalagem final - superior e tradiciona...............................................................................................................................................159
figura 74: anúncio pág. dupla - revista cult junho .................................................................................................................................................173
figura 75: opção i e ii- anúncio pág. simples - cult setembro .....................................................................................................................174
figura 76: opção iii e iv - anúncio pág. simples - cult setembro ................................................................................................................175
figura 77: opção v e vi - anúncio pág. simples - cult setembro ................................................................................................................176
figura 78: cinta de jornal .........................................................................................................................................................................................................177
figura 79: anúncio jornal .........................................................................................................................................................................................................177
figura 80: outdoor .......................................................................................................................................................................................................................178
figura 81: placa de estrada ....................................................................................................................................................................................................179
figura 82: modelo lata promocional ...............................................................................................................................................................................180
figura 83: display de gôndola ..............................................................................................................................................................................................181
figura 84: whobbler .....................................................................................................................................................................................................................182
figura 85: display de mesa.....................................................................................................................................................................................................182
figura 86 estande .........................................................................................................................................................................................................................183
figura 87: uniformes - promotores de venda ..........................................................................................................................................................183
figura 88: novo layout - site fazenda juliana ............................................................................................................................................................185
figura 89: mural de recados ..................................................................................................................................................................................................192
figura 90: cartão de aniversário.........................................................................................................................................................................................193
figura 91: kit férias .......................................................................................................................................................................................................................194
figura 92: código de conduta ..............................................................................................................................................................................................196
figura 93: cartão de visita frente .......................................................................................................................................................................................197
figura 94: assinatura de e-mail ............................................................................................................................................................................................198
figura 95: crachá frente ............................................................................................................................................................................................................198
figura 96: envelope carta frente ........................................................................................................................................................................................199
figura 97: envelope a4 frente ..............................................................................................................................................................................................200
figura 98: bloco de notas frente .......................................................................................................................................................................................201
figura 99: pasta aberta .............................................................................................................................................................................................................203
figura 100: papel timbrado .....................................................................................................................................................................................................204
figura 101: uniforme - camisa social ..............................................................................................................................................................................205
figura 102: uniforme - pólo ...................................................................................................................................................................................................205
figura 103: exemplos de placa indicativa ....................................................................................................................................................................206
figura 104: comunicação da embalagem especial ..............................................................................................................................................211
tabela 1: matriz ge .........................................................................................................................................................................................................................23
tabela 2: swot ...................................................................................................................................................................................................................................24
tabela 3: cronograma ..................................................................................................................................................................................................................25
tabela 4: características das categorias de cafés ....................................................................................................................................................41
tabela 5: volume de vendas de 2010, em quilo.......................................................................................................................................................53
tabela 6: faturamento de 2010..............................................................................................................................................................................................53
tabela 7: exposição por categoria de qualidade .....................................................................................................................................................61
tabela 8: divisões de classes sociais no brasil ..........................................................................................................................................................62
tabela 9: dimensões do comportamento de compra .........................................................................................................................................68
tabela 10: café pilão .....................................................................................................................................................................................................................70
tabela 11: café itaú ........................................................................................................................................................................................................................71
tabela 12: café bom dia .............................................................................................................................................................................................................72
tabela 13: grupo velta café fino grão ...............................................................................................................................................................................73
tabela 14: café cajubá .................................................................................................................................................................................................................74
tabela 15: café toko .....................................................................................................................................................................................................................75
tabela 16: café três corações ................................................................................................................................................................................................76
tabela 17: café caboclo .............................................................................................................................................................................................................77
tabela 18: certificados café afrika .......................................................................................................................................................................................83
tabela 19: certificados cafés sabor do cerrado e reserva carmelo ...........................................................................................................86
tabela 20: tabela de preços médios por quilo praticados ................................................................................................................................87
índice de tabelas
tabela 21: representatividade de vendas .......................................................................................................................................................................89
tabela 22: distribuição de notas - marca .......................................................................................................................................................................91
tabela 23: distribuição de notas - classificação café tradicional ...................................................................................................................91
tabela 24: distribuição de notas - classificação café superior .......................................................................................................................92
tabela 25: tipos de consumo de café ..........................................................................................................................................................................136
tabela 26: objetivos e estratégias ....................................................................................................................................................................................142
tabela 27: segmentação por região ..............................................................................................................................................................................160
tabela 28: roteiro vt para tv 15’ .........................................................................................................................................................................................172
tabela 29: mapeamentos dos públicos .......................................................................................................................................................................190
tabela 30: plano de contingência - público interno ............................................................................................................................................207
tabela 31: cronograma ação 2 - imprensa ...............................................................................................................................................................209
tabela 32: cronograma ação 3 - imprensatabela 15: cronograma ação 1 - clientes b2b ......................................................210
tabela 33: cronograma ação 1 - prospects b2b ...................................................................................................................................................212
tabela 34: cronograma ação 1 - prospects b2c ...................................................................................................................................................215
tabela 35: cronograma ação 2 - prospects b2c ...................................................................................................................................................216
tabela 36: plano de contingência - público externo ..........................................................................................................................................217
tabela 37: timeline plano de mídia 2012 .....................................................................................................................................................................221
tabela 38: orçamento geral do plano de comunicação .................................................................................................................................225
tabela 39: objetivos e kpis ...................................................................................................................................................................................................229
tabela 40: estimativas de crescimento.........................................................................................................................................................................236
tabela 41: fluxo de caixa - fazenda juliana ................................................................................................................................................................236
17
01._____________
depois do petróleo, o café é
a segunda mercadoria mais
importante para a economia
do planeta
_____________introdução
fonte: organização internacional do café
O Projeto de Graduação Esamc desenvolvido pela Trâmita Comunicação e Marketing tem como objetivo desenvol-ver o Plano de Marketing e Comunicação Orientado para o Mercado dos cafés da torrefação da Fazenda Juliana.
A fazenda está localizada em Monte Carmelo - MG. É uma em-presa do setor de alimentos, mas está inserido no mercado de bebidas que é como o café é consumido. O objeto deste projeto são os cafés prontos para o consumo, Afrika, Sabor do Cerrado e Reserva Carmelo, torrados, moídos e embalados.
A qualidade final da xícara de café depende não apenas do seu modo de preparação, mas principalmente da forma como ele é cultivado. Sua perfeita alquimia é resultado de muito traba-lho e cuidado dos produtores com cada etapa da produção.
Dessa mesma forma que o café é processado, essa primeira parte do projeto de graduação foi elaborada, respaldada em análises e detalhes que farão a diferença na colheita final.
introdução_________________
19
01 introdução1.1 agência trâmita
A Trâmita é uma agência que foi criada com finalidade acadêmica
em 2008, por um grupo de alunos de Publicidade e Propaganda e Relações
Públicas. É uma equipe que tem como objetivo descobrir o detalhe, não se
satisfazendo apenas com o serviço esperado, mas sim, buscando uma par-
ticularidade que supere e se sobreponha às expectativas tanto do cliente
quanto do mercado.
A palavra Trâmita originou-se do vocábulo trâmite, que significa
direção, meio ou termos para que possamos chegar a um fim determina-
do. A cereja utilizada na antiga logomarca sugere ao detalhe, singularidade
e distinção de nossas ações.
Para tanto houve a necessidade de modernizá-la, desenvolvendo
uma tipografia que faz referência subjetiva ao cabo da cereja.
Nossa responsabilidade engloba desde a empresa que neces-
sita de nossa consultoria, até o consumidor final que utiliza do serviço e/
ou produto da mesma. Com isso, torna-se necessário conhecer, entender,
estudar, interagir, auxiliar a organização contratante, analisando o cenário
interno intrinsecamente ligado ao mercado, a fim de criar estratégias de
marketing e comunicação que resultem em soluções eficazes e benéficas
para todos os envolvidos.
figura 1: logomarca trâmita / fonte: trâmita¹ Composição cereja: Água 79,0 g; carboidratos 17,3 g;
proteínas 1,0 g; gorduras 0,8 g e sais minerais 1,9 g.
missãosurpreender com soluções de comunicação, estratégia
e marketing que tragam reconhecimento e destaque
aos clientes no mercado, entregando propostas que
gerem valor e reconhecimento da empresa ou cliente.
visãoser referência por oferecer soluções inovadoras e que
geram resultados.
valoresinovação, engajamento, comprometimento, interação.
Imaginando a cereja¹ como um todo, a mesma não é composta por
apenas um elemento, mas sim por diversos, que contribuem para o
resultado final, sendo que cada componente possui uma finalidade.
Gerando uma analogia, as integrantes da Trâmita não são 100%
compostas de apenas um atributo, mas sim conseguem se especiali-
zar em alguma competência, sem deixar de ter conhecimento e habi-
lidade de todo o processo. Sendo assim, segue a divisão das áreas e
atribuições relacionadas a cada integrante.
20
área de marketing e comunicação: De acordo com Philip Kotler, 2006, Marketing é “uma orientação da administração que visa proporcionar a Satisfação do Cliente e o bem-estar do Consumidor a longo prazo, como forma de satisfazer aos objetivos e as re-sponsabilidades da organização”. A partir disso, a área de Marketing e Comunicação da Trâmita representa o centro
da agência, ao qual todos os outros departamentos estão ligados. Para tanto, dividimos a mesma em três setores;
1. Marketing e Estratégia: responsável pela análise de marketing e desenvolvimento de estratégias a longo prazo;
2. Planejamento de Comunicação: coordena, estrutura e define o desenvolvimento das campanhas e ações que deverão ser realizadas com base nas análises feitas;
3. Criação: responsável pelo desenvolvimento criativo das campanhas e ações definidas pelo Planejamento de Comunicação.
1. Atendimento: tem como objetivo manter um contato constante com o cliente buscando colher informações e materiais para o desenvolvimento do projeto, assim como encaminhá-los para a área de Marketing e Comunica-ção. Também é responsável por agendar reuniões para acompanhamento, com o intuito de evitar erros durante todos esses processos;
2. Relações Públicas: estudam os meios de comunicação e relacionamento com todos os públicos com os quais a empresa interage (stakeholders) de forma a construir, manter e proteger sua imagem e reputação. Este setor é responsável por gerenciar o relacionamento com o cliente do projeto, assim como os públicos envolvidos, desta forma também atuar como um suporte para o Atendimento.
área de atendimento e relações públicas: Esta área representa a ligação entre a agência e o cliente do projeto, além do contato com todos os públi-
cos envolvidos com o plano. Está subdividida em dois setores:
Andressa Mundim Fontes Lívia Carrijo Sampaio Mayara Omena Costa Pereira
marketinge estratégia
marketinge estratégia
marketinge estratégia10% 60% 30%
planejamentode comunicação
planejamentode comunicação
planejamentode comunicação30% 10% 60%
criação criação criação60% 30% 10%
21
1. Mídia/Orçamento: é responsável pela elaboração do plano de mídia que irá definir os melhores meios para disseminar as propostas de comunicação e suas mensagens, com a intenção de atingir o objetivo do projeto da maneira mais eficiente possível. O orçamento fica encarregado de selecionar os melhores fornecedores de acordo com as necessidades do cliente: qualidade, preço ou prazo de entrega;
2. Produção: responsável por colocar em prática as ideias, avaliando a viabilidade do projeto desenvolvido pela agência. Também é a área encarregada pelo controle e qualidade de todo o material que é aprovado pelo cliente e pela cobrança dentro do prazo de entrega.
área de mídia/orçamento e produção: Esta área está diretamente ligada com a realização e concretização do projeto e das ações já estabelecidas
em conjunto com a área de Marketing e Comunicação. Está dividida em dois setores:
Aline Alves Guedes Soares
Juliana Naves Amorim
Ludmilla Silva Pádua
Vanessa Guimarães da Cruz
atendimento
mídia eorçamento
atendimento
mídia eorçamento
80%
30%
20%
70%
relaçõespúblicas
produção
relaçõespúblicas
produção
20%
70%
80%
30%
figura 2: organograma trâmita / fonte: trâmita
aline + ludmilla juliana + vanessa
22
1.2 metodologia
apresentação da empresa Nesta etapa, a partir dos dados da empresa, serão
apresentadas as principais características: histórico, declara-
ções institucionais, porte, instalações, organograma, recur-
sos humanos, responsabilidade social e linha de produtos.
A análise interna da empresa permite entender as
forças e fraquezas da organização, assim como seus prob-
lemas e limitações.
análise do mercado 1. Caracterização da Indústria 2. Microambiente
a) Análise de Clientes b) Análise de Distribuidores c) Análise de Fornecedores d) Análise de Concorrentes
I. Cinco Forças de Porter II. Grupos Estratégicos III. Fatores Críticos de Sucesso
Por meio dessas informações conseguiremos
identificar a posição competitiva da empresa, sua poten-
cialidade no mercado e os principais fatores decisivos para
o sucesso da organização, bem como todos os indicadores
que serão necessários para o acompanhamento dessas for-
ças competitivas.
23
análise macroambiental As principais forças do macro ambiente que serão
analisadas são:
1. Ambiente Sócio-Cultural 2. Ambiente Natural 3. Ambiente Político-Legal 4. Ambiente Econômico 5. Ambiente Demográfico 6. Ambiente Tecnológico
Ao final de cada variável será feita uma listagem
com as principais necessidades e tendências detectadas,
com a finalidade de descobrir sua relevância e se são fa-
voráveis ou não ao negócio.
análise dos 4 p’s
Philip Kotler define os 4P’s do marketing como “o
conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir
seus objetivos de marketing no mercado alvo”. Os 4P’s são
importantes, pois influenciam sobre os canais de comer-
cialização e consumidores finais. Eles se dividem em:
1. Produto 2. Preço 3. Praça (Distribuição) 4. Promoção (Comunicação)
Ao analisar os 4P’s teremos como produto final
o posicionamento da empresa, no qual todos os itens
(produto, preço, praça e promoção) devem estar intrin-
secamente ligados.
instrumentos de análise É importante viabilizar e agilizar as análises de mar-
keting qualitativas, portanto neste capítulo serão apresen-
tadas análises devidamente quantificadas por meio de ma-
trizes e ferramentas que ilustram de forma clara e objetiva a
situação detectada.
1. Matriz GE Avaliar o relacionamento da empresa em relação a
sua posição competitiva e a sua atratividade.
tabela 1: matriz ge / fonte: trâmita comunicação
24
2. Matriz SWOT Permite a análise dos Pontos Fortes (Strengths),
Pontos Fracos (Weaknesses), Oportunidades (Opportuni-
ties) e Ameaças (Threats), para uma criteriosa avaliação da
posição competitiva da empresa no mercado.
São realizadas análises internas e externas para
a construção desta matriz. As análises internas mostrarão
pontos fortes e fracos dentro da empresa, já a externa, por
sua vez, mostrará as oportunidades e/ou ameaças que são
associadas a tendências, mudanças ou acontecimentos
que devem ser constantemente monitorados.
diagnóstico De acordo com Newman e Warren (1980), o di-
agnóstico organizacional é um processo de verificação
tabela 2: swot / fonte: trâmita comunicação
temporal e espacial que visa analisar a empresa ou deter-
minado processo como um todo, especificar desvios de
desempenho e analisar condições internas e externas, ou
seja, diagnosticar sintomas de procedimentos não adequa-
dos ou que poderiam estar mais delineados com as neces-
sidades da organização.
plano de ação O plano de ação definirá o que será feito, com o
objetivo de solucionar os problemas e falhas diagnostica-
dos durante o projeto. Ele contempla o planejamento de
Comunicação e Relações Públicas.
1. Plano de Comunicação
a) Objetivo b) Mensagem
c) Destinatários d) Abordagem
e) Avaliação
O Plano de Comunicação ainda incluirá um orça-
mento e plano de mídia, que estabelece os custos e meios
para cada ação constante no mesmo.
2. Plano de Relações Públicas
a) Apoio no lançamento de produtos;
b) Apoio no reposicionamento de um produto maduro;
c) Captação do interesse por uma categoria de produtos;
d) Influência sobre grupos-alvo específicos;
e) Defesa de produtos que enfrentam problemas públicos;
f) Construção de uma imagem corporativa que se reflita,
favoravelmente, nos produtos.
25
tabela 3: cronograma / fonte: trâmita comunicação
avaliação e controle Nesta etapa são consideradas formas de controle
de resultado e acompanhamento para as ações elaboradas.
Além disso, o plano deverá considerar possíveis correções
por meio do feedback que o mercado-alvo retribuirá a par-
tir da implantação de cada etapa.
cronograma
02._____________
um brasileiro, em média,
consome 1.200 xícaras de
café ao ano
x
x
_____________apresentação
fazenda juliana
fonte: agência uva
“a fazenda apresenta diversos selos quecomprovam toda asua qualidade e co-laboram para agregar valor ao produto.”
29
02 apresentação fa-zenda juliana A Fazenda Juliana sempre teve como seu principal negócio o
plantio e comercialização de café em grãos verdes. Essa comercialização
tem sua abrangência no território nacional e também através de exporta-
ção. A empresa está localizada em uma área que é considerada privilegiada
para a atividade do plantio de café: o cerrado brasileiro.
Através de necessidades encontradas pelo próprio negócio, a
Fazenda criou e administra hoje mais três empresas que juntas formam o
grupo Fazenda Juliana. Dentre o grupo estão: um laboratório de análises
agrícolas, que presta serviços tanto internamente quanto externamente
e é o único que não está dentro do território da empresa; a Escola Paulo
Freire, dedicada a alfabetização dos filhos dos funcionários da Fazenda Juli-
ana e de fazendas vizinhas, que embora tenha um cunho voltado ao social,
necessita de administração, funcionários e tudo que demanda a organiza-
ção de uma instituição; e completando, o grupo, a torrefação, que será o
objeto de análise deste trabalho.
A torrefação surgiu através da percepção da oportunidade de um
negócio que poderia ser agregado às atividades da Fazenda que produ-
zia apenas café em grão, não destinado para o consumo final. Assim, em
junho de 2003 a Fazenda Juliana que antes só comercializava o grão verde
passou também comercializá-lo torrado e moído, já pronto para consumo.
figuras 3 e 4: entrada torrefação e recepção / fonte: fazenda juliana
A torrefação foi criada de maneira a comportar o crescimento da
demanda pelos seus produtos. Suas instalações contam com os mais mo-
dernos equipamentos. E tudo foi rigorosamente planejado e executado
para que o café torrado e moído garantisse a qualidade dos serviços e
produtos já oferecidos pela Fazenda.
Com intuito de apresentar ao mercado um café puro e de quali-
dade, a empresa fez com que a equipe buscasse certificações que compro-
vassem a diferenciação e uma possível superioridade frente aos produtos
semelhantes que estavam disponíveis para os consumidores. Hoje a Fa-
zenda apresenta diversos selos que comprovam toda a sua qualidade.
Além desses selos, a empresa possui parcerias com as univer-
sidades federais de Lavras e Uberlândia, sede de Monte Carmelo, (UFLA e
UFU), auxiliando a empresa no desenvolvimento constante de suas práti-
cas de plantação e colaborando para agregar valor ao produto final.
São três os cafés produzidos na torrefação da Fazenda Juliana, e
eles se mantém no mix de produtos da empresa desde o início: Café Afrika,
Sabor do Cerrado e Reserva Carmelo, em que o primeiro se encaixa na ca-
tegoria de café tradicional e os demais se classificam como café superior.
Embora a empresa conte com uma pequena demanda, os cafés
podem ser encontrados tanto na sua cidade de produção, Monte Carmelo
- MG, quanto em grandes capitais, como Salvador - BA, Belém - PA, São
Paulo - SP e Rio de Janeiro - RJ.
03._____________em inglês, café é “coffee”. em
alemão, “kaffee”. em italiano,
“caffé”. em francês e em
espanhol, “café”. em portugal,
porém, café é “bica”
_____________caracterização
da indústria
fonte: google tradutor e wikipédia
33
03 caracte-rização da indústria3.1 histórico do café
O café é uma planta nativa da Etiópia,
mas foi na Arábia que a cultura do café se propa-
gou, quando pastores de cabras observavam que
as que comiam aquela pequena cereja (fruto do
café), tornavam-se mais espertas e resistentes. No
início, o café foi utilizado como alimento, logo
passou a vinho, artigo medicinal e finalmente no
século XVI, os primeiros grãos foram torrados e
transformados em bebida.
O café tornou-se de grande importância
para os árabes, que tinham completo controle
sobre o cultivo e preparação da bebida. Era um
produto guardado a sete chaves, sendo proibida
a aproximação de estrangeiros. O café começou
a ser saboreado no continente europeu, levado
por viajantes ao oriente. Até o século XVII, so-
mente os árabes produziam café. Alemães, fran-
ceses e italianos procuravam desesperadamente
uma maneira de desenvolver o plantio em suas
colônias.
Mas foram os holandeses que con-
seguiram as primeiras mudas e as cultivaram nas
estufas do jardim botânico de Amsterdã, que tor-
nou a bebida uma das mais consumidas no velho
continente, assim, encorajando outros países a
plantar também o grão.
O crescente mercado consumidor euro-
peu propiciou a expansão do plantio de café em
países africanos e a sua chegada ao Novo Mun-
do. Pelas mãos dos colonizadores europeus, o
café chegou ao Suriname, São Domingos, Cuba,
Porto Rico e Guianas. Foi por meio das Guianas
que chegou ao norte do Brasil. Desta maneira,
o segredo dos árabes se espalhou por todos os
cantos do mundo.
3.2 o café no brasil
Bebida de sabor forte e aroma marcante,
o café chegou pelas terras paraenses através da
Guiana Francesa, por volta do século XVIII, e en-
controu aqui o habitat perfeito para seu cultivo.
O surto e incremento da produção do
café foram favorecidos por uma série de fatores
existentes a época da Independência. As culturas
do açúcar e do algodão estavam em crise, por
isso, os fazendeiros precisavam encontrar outro
produto de fácil colocação no mercado interna-
cional. Outros fatores decisivos foram a estabiliza-
ção do comércio internacional depois das guer-
ras napoleônicas (Tratado de Versalhes, 1815) e a
expansão da demanda européia e americana por
uma bebida barata.
A importância econômica do café re-
fletiu-se em sua expansão geográfica. No início,
difundiu-se pelo Vale do Paraíba (Rio de Janeiro
e São Paulo), Sul de Minas e Espírito Santo. De-
pois, atingiu Campinas, no “Oeste Velho” de São
Paulo; dali expandiu-se para o chamado “Oeste
Novo” (Ribeirão Preto e Araraquara) e passou,
mais tarde, para as regiões de terra roxa do Norte
do Paraná e Mato Grosso.
Hoje, as áreas de cultivo localizam-se
nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná,
Espírito Santo, Bahia e Rondônia pelo clima mais
favorável ao plantio.
O Brasil é hoje o maior produtor de café
e a maior fonte mundial de cafés sustentáveis.
O país possui uma variedade de climas que per-
mitem a produção de uma ampla gama de tipos
e qualidades de café. Os produtores brasileiros
preservam florestas e fauna nativa, controlam a
erosão e protegem as fontes de água. A busca
pelo equilíbrio assegura a preservação de uma
das maiores biodiversidades do mundo.
34
figura 5: mapa de regiões produção do café / fonte: cafés do brasil
3.3 região do cerrado mi-neiro
A Região do Cerrado Mineiro é a primei-
ra região produtora de café demarcada no Brasil
com certificado de origem com base na sua Indi-
cação Geográfica, segundo decreto do Go-verno
de Minas Gerais. São 55 municípios abrangidos,
localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro
e Noroeste de Minas, apresentando padrões de
solo e clima favoráveis possibilitando a produção
de cafés de alta qualidade.
A região produz mais de cinco milhões
de sacas de café e, nos últimos anos, alcançou
expressiva valorização no mercado nacional e
internacional. A região exporta cerca de 2,45 mi-
lhões de sacas principalmente para torrefadores
dos Estados Unidos, Europa e Japão. Hoje, cerca
de 220 fazendas da região já estão certificadas,
elas respondem por 20% da produção, o equiva-
lente a 700 mil sacas.
O cerrado mineiro apresenta estações
climáticas bem definidas, tipicamente continen-
tais com verão chuvoso e quente, enquanto o
inverno é seco e de temperatura amena. O grão
denota aroma intenso com notas entre cara-
melo, nozes e frutas secas. Bebida adocicada e
encorpada, acidez cítrica muito delicada e sabor
achocolatado de longa duração.
ético:cafés produzidos com práticas sustentáveis, que
geram desenvolvimento, reconhecimento e
valor compartilhado para os produtores, para a
Região do Cerrado Mineiro e para os parceiros
estratégicos.
rastreável:cafés produzidos por um processo de fabricação
único, tendo como base os atributos singulares
da Indicação Geográfica protegida da Região
do Cerrado Mineiro, comprovados e garantidos
pela certificação de origem, sustentabilidade e
qualidade.
alta qualidade:cafés diferenciados, produzidos com origem
preservada em um teor singular que caracteriza a Região do Cerrado Mineiro.
3.4 o café e a saúde
A maioria das pessoas que tomam café
diariamente, ignora quais são as substâncias que
estão presentes na bebida e pensa que o café
contém, apenas ou principalmente, cafeína. A
composição do café não possui apenas esse úl-
timo composto, mas também é constituída de
potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros
minerais, embora em pequenas quantidades.
O grão do café também possui aminoácidos,
proteínas, lipídeos, além de açúcares e polis-
sacarídeos.
Mas, se tratando especificamente da
cafeína, a substância estimula a vigília, atenção,
concentração, capacidade intelectual e os áci-
dos clorogênicos modulam o estado de humor,
impedindo a depressão que leva ao consumo
de drogas legais como o álcool ou ilegais, como
cocaína, maconha e outras. Por isso, o consumo
diário de café com ou sem leite em doses mo-
deradas, de até quatro xícaras diárias, é reco-
mendado tanto para jovens quanto para adul-
tos. A bebida, uma solução aquosa, não contém
gorduras e proteínas, sendo destituída de valor
calórico.
De acordo com o médico e professor
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Dr.
Darci Roberto Lima, responsável pelo site Café
& Saúde (www.cafeesaude.com.br), o café con-
sumido moderadamente protege contra o sur-
gimento da diabetes do adulto (Tipo II), parece
proteger contra doenças degenerativas como o
Parkinson, pode fazer bem ao coração, não faz
mal aos pulmões, não interfere na absorção do
cálcio e não causa osteoporose e, além disso,
pode diminuir o risco de depressão e suicídio.
O café não causa vício, é um hábito
saudável como o exercício. É considerada uma
bebida natural e a mais saudável para atletas.
Não causa úlcera ou gastrite, mas deve ser evi-
tado por pessoas que possuem estas doenças,
juntamente com refrigerantes, chá, bebidas
quentes e gasosas.
3.5 tipos de café
A planta do café é um arbusto da família das
rubiáceas, podendo alcançar até 10 metros de
altura, mas são cortadas para facilitar a colheita.
As folhas são oblongas e verdes, sua maior ca-
racterística é ter simultaneamente flores e frutos
no mesmo ramo. As flores são brancas, peque-
nas e tem um perfume intenso. O fruto maduro
tem cor vermelha, se parece com uma cereja.
Cada planta demora cerca de cinco anos para
começar a produzir e o seu ciclo de produção
esgota-se em 30 anos. Existem inúmeras espé-
cies de café cultivadas no mundo, mas dentre
o mercado, segundo a ABIC, se destacam dois
tipos: o Café Arábica (Coffea Arábica) e Café Ro-
busta (Conilon).
arábica Este tipo de grão produz cafés de me-
lhor qualidade, mais finos e requintados. A plan-
ta é bastante delicada e necessita de tratamento
intenso. Os grãos antes de torrados, tem forma
ovóide e alongada, de cor verde azulada e apre-
sentam um sulco pouco pronunciado e sinuoso.
O habitat ideal de cultivo situa-se entre 600 e
2000 metros de altitude: quanto maior a altitude,
mais chances para a obtenção de excelentes
grãos.
Hoje, o café tipo arábica representa três
quartos da produção mundial. A taxa de cafeína
desse tipo de grão é cerca de 1,4%.
robusta (conilon) Originário da África tem um trato
mais rude e pode ser cultivado ao nível do
mar (altitudes mais baixas) e resiste melhor em
condições climáticas quentes e úmidas. Possui
um sabor típico e único, com grãos de tom ama-
relo esverdeado. Sua acidez é mais baixa que o
tipo arábica e é utilizado intensamente nos cafés
solúveis.
Seu crescimento é rápido, com melhor
rendimento, além de ser mais resistente aos
36
parasitas. Floresce várias vezes ao ano e, por isso,
sua produção por planta é ligeiramente superior
à do Arábica. A taxa de cafeína em média tem
cerca de 2,5%.
blendados A bebida do café é produzida a partir
dos frutos das espécies arábica e robusta, que
produzem sabores e aromas bem distintos de-
nominados Blends ou, para ficar mais claro, a
harmonização da mistura dos grãos, que pode
ser elaborada com cafés crus ou torrados.
3.6 café torrado
O café torrado deve ser constituído por
grãos torrados procedentes de espécimes ve-
getais genuínos, sãos e limpos, ou o pó proveni-
ente dos mesmos. É tolerada porcentagem em
máximo de até 1% de impurezas (cascas, paus,
etc.) no café torrado, em grão ou moído.
O produto é designado “Café Torrado”
seguido de sua forma de apresentação em grão
ou moído:
café torrado em grão
é o endosperma (grão) beneficiado do fruto
maduro das espécies arábica e robusta, submeti-
do a tratamento térmico adequado até atingir o
ponto de torra escolhido;
café torrado e moído
é o café torrado em grão, submetido a processo
de moagem adequado.
3.7 abic (associação brasileira da indústria de café)
Fundada em 12 de março de 1973, a
Associação Brasileira da Indústria de Café - ABIC
- representa as indústrias de torrefação e moa-
gem de café de todo o país. Criada por decisão
de representantes dos Sindicatos das Indústrias
de Café de diversos estados que viram na criação
de uma entidade nacional, a melhor forma de
negociar com o governo o estabelecimento de
políticas de real interesse do setor. A ABIC, nasceu
com a incumbência de iniciar um trabalho que
interrompesse a queda vertiginosa do consumo
de café ocorrida entre as décadas de 70 e 80.
Foi o primeiro estatuto do país a se
preocupar em garantir a satisfação dos consumi-
dores. Em 1991, interessada em elevar a quali-
dade do café consumido pelo povo brasileiro, a
ABIC lançou o Programa de Autofiscalização da
Indústria de Café, um projeto inédito e ousado
no setor de alimentos e bebidas, mais conhecido
como Selo de Pureza - ABIC.
O sucesso da atitude pioneira da ABIC
chamou a atenção da Organização Internacio-
nal do Café - OIC, que vem utilizando o caso
brasileiro como modelo para outros 60 países
consumidores do produto. Atualmente, a ABIC
tem aproximadamente 500 empresas de tor-
refação e moagem de café de todo o território
nacional.
A entidade disponibiliza aos seus asso-
ciados um completo banco de dados com es-
tudos macroeconômicos, pesquisas de opinião
e de mercado, além de diagnósticos setoriais;
orientação jurídica nas áreas fiscal, trabalhista,
constitucional e de defesa do consumidor; deta-
lhado cadastro de empresas, marcas e produtos;
informações estatísticas de produção e consu-
mo; assessoria financeira e empresarial e infor-
mações sobre o desenvolvimento tecnológico.
37
3.7.1 programas abic Os programas da ABIC foram desenvolvidos com o objetivo de produzir mais, melhor e com baixos
custos, oferecendo aos clientes e consumidores produtos de qualidade a preços acessíveis. O intuito da
associação é possibilitar o aumento no consumo interno através dos programas e selos de qualidade, que
serão detalhados abaixo.
figura 6: selo de pureza abic / fonte: abic
figura 7: selo de qualidade abic / fonte: abic
proposta:o Programa Permanente de Controle da Pureza do Café, certificação pioneira da ABIC, lançada em 1989 e que atesta a pureza do café torrado e moído, con-tinua ativo e consistente. São mais de 2 mil amostras coletadas e analisadas por ano. O objetivo, desde o início, é o monitoramento contínuo das marcas, a fim de inibir a ação de empresas que adulteram seus produtos.
proposta:criar três categorias de produtos a partir de níveis de qualidade, Tradicional, Superior e Gourmet, com o objetivo de agregar valor e ampliar o consumo a partir da melhoria contínua dos cafés. É o único programa que se tem co-nhecimento no mundo que avalia a qualidade do café torrado e moído (as demais certificações avaliam o café verde, apenas). Lançado no final de 2004, o seu objetivo é diferenciar os produtos em qualidade e preço. Para as indús-trias, a vantagem está na possibilidade de melhor focar seu negócio, lançan-do ou reposicionando sua marca de acordo com o perfil de seus consumido-res. Para o varejo, é um diferencial importante poder ofertar cafés certificados e uma garantia no quesito Segurança Alimentar. Para os consumidores, as categorias têm um papel também educativo: fazê-los descobrir que café não é tudo igual, que existem diferenças inclusive entre as marcas produzidas por uma mesma empresa e que existem cafés para todos os gostos e bolsos.
38
figura 8: selo cafés sustentáveis do brasil abicfonte: abic
figura 9: selo nível mínimo de qualidade abicfonte: abic
figura 10: selo círculo do café de qualidade abicfonte: abic
proposta:introduzir o mercado brasileiro dentro da nova tendência mundial que é do consumo consciente: produtos que são adquiridos porque foram feitos res-peitando-se a sustentabilidade econômica, social e ambiental. Lançado em novembro de 2006 e colocado em prática em maio de 2007, esse programa certifica o café desde a produção até a industrialização, o fato que o torna úni-co no mundo. O objetivo é estimular um segmento ainda pequeno no Brasil, calculado em pouco mais de 1% dos 17,66 milhões de sacas industrializadas, mas que tem enorme potencial de crescimento. Na Europa, em países como a França, o consumo consciente chega a ser superior a 20% do mercado.
proposta:lançado em 2003, este programa foi criado para sensibilizar os organismos públicos que a Lei 8.666, de 21/06/1993, que determinava nas licitações o critério do menor preço, na verdade estava levando à deterioração da quali-dade, à insatisfação dos consumidores e, consequentemente, ao uso inade-quado dos recursos públicos.
proposta:o Círculo do Café de Qualidade é uma evolução em relação ao PQC ABIC.Lançado em 2004, está inserido dentro das diretrizes da ABIC de aumento do consumo interno de café no Brasil. O projeto visa o fortalecimento do setor e a melhoria do padrão de qualidade do café, diferenciando os melhores esta-belecimentos e promovendo o café de alta qualidade.
39
figura 11: selo cafés do brasil abic / fonte: abic
figura 12: selo café na merenda - saúde naescola abic / fonte: abic
figura 13: selo certifica minas café abicfonte: abic
proposta:fomentar a exportação de café industrializado e a promoção do produto bra-sileiro no mercado internacional. Trata-se de uma nova área de negócios que vem sendo trabalhada de forma consistente desde 2002, quando foi firmado o primeiro convênio com a Agência de Promoção e Exportações e Investi-mentos - APEX Brasil para o PSI - Projeto Setorial Integrado para Exportação de Café Torrado em Grão e Moído.
proposta:lançado em 2007 o Programa traz uma grande contribuição das Indústrias de Café as escolas de todo Brasil. Além do aspecto social, representado pela me-lhoria do valor nutricional da merenda escolar e do aprendizado, o programa contribui também na parte pedagógica, mostrando aos alunos a importância do café na história do Brasil. Além disso, o programa busca resgatar o hábito do consumo de café com leite e de formar novos consumidores.
proposta:a ABIC assinou um convênio de cooperação técnica com o Governo de Minas que estabelece o pagamento de um adicional entre 10% e 25% sobre o preço de mercado para o café produzido nas propriedades aprovadas pelo Certifica Minas Café, em função da qualidade do café.Para a indústria tem-se uma melhoria da imagem do setor, com a comercia-lização de cafés que atendem requisitos sustentáveis, aumento da qualidade da bebida, diferenciação de suas marcas com selo de qualidade e aumento do consumo consciente de cafés diferenciados.
40
3.8 categorias do café
De acordo com a ABIC, para classificação das categorias de café, a associação leva em consideração o grau de pureza e qualidade do mesmo.
Assim, as categorias são divididas em:
gourmetcafés com qualidade recomendável do tipo
100% arábica de origem única ou blendados,
que atendam aos requisitos característicos
e de qualidade global da bebida. São consti-
tuídos por grãos de café arábica tipo 2 a tipo
4 COB, com ausência de grãos com defeitos
pretos, verdes e ardidos, preto verdes e fer-
mentados. Cafés classificados como gourmet
somente são admitidos como bebidas finas,
ou seja, bebida mole.
tradicionalcafé com qualidade recomendável do tipo
arábica, robusta/conilon ou blendados, que
atendam aos requisitos característicos e de
qualidade global da bebida. Sendo que, os ca-
fés devem ser constituídos por grãos de café
tipo 8 COB ou melhores, com máximo de 20%
em peso de grãos com defeitos pretos, verdes
e ardidos, admitindo-se a utilização de grãos
de safras passadas de cafés verde claros com
qualquer bebida. Recomenda-se evitar a pre-
sença de grãos pretos-verdes ou fermentados;
superiorcafés com qualidade recomendável do tipo
arábica ou blendados com café robusta/co-
nilon, que atendam aos requisitos caracte-
rísticos e de qualidade global da bebida. São
constituídos por grãos de café tipo 6 COB ou
melhores, com máximo de 10% em peso de
grãos com defeitos pretos, verdes e ardidos,
admitindo-se a utilização de grãos de safras
passadas de cafés verde claros com qualquer
bebida. Recomenda-se evitar a presença de
grãos pretos-verdes ou fermentados;
figura 14: escala da qualidade das categorias de café abic / fonte: abic
tradicionalnão recomendável• nota: 4,5 - 5,9
• café do dia-a-dia
• qualidade recomendável
• custo acessível
• nota: 0 - 4,4
superior• nota: 6,0 - 7,2
• boa qualidade
• maior valor agregado
• sabor mais acentuado
gourmet• nota: 7,3 - 10
• qualidade excelente
• sabor mais refinado
• aroma intenso
• prazer a cada xícara
escala de qualidade
41
tabela 4: características das categorias de cafés / fonte: abic
aroma
acidez
amargor
sabor
sabor estranho
adstringência
corpo
qualidade global
característicafraco a moderado
baixa
fraco a moderadamente intenso
razoavelmente característico
moderado
moderada
pouco encorpado a encorpado
regular a ligeiramente bom
tradicionalcaracterístico
baixa a moderada
moderado
característico e equilibrado
livre de sabor de terra, fermentado e mofado
baixa
razoavelmente encorpado
razoavelmente bom a bom
superiorcaracterístico, arcante e intenso
baixa a alta
típica
característico, limpo e equilibrado
livre de sabor estranho
nenhuma
encorpado, suave e redondo
muito bom a excelente
gourmet
3.9 embalagens para café
almofada/travesseiroEntre os tipos de embalagem, há a do tipo almofada, plástica e porosa, que não impede a troca do ar contido no produto com o ar da at-
mosfera. Esse oxigênio que entra pode rançar o café. Ela é mais utilizada para os cafés tradicionais.
valvuladaEsse tipo de embalagem, é considerada uma das melhores de acordo com alguns especialistas, pois permite a saída de ar interno, mas barra
a entrada do externo. Geralmente usada para o produto em grãos.
vácuoA embalagem a vácuo, usada para envolver o pó, tira todo o ar do café. Nesse sistema, antes do acondicionamento a vácuo, o produto passa
por um processo de desgaseificação, permitindo maiores períodos de vida útil, preservando ao máximo as características sensoriais do café.
atmosfera/pouch sem válvulaExiste também a atmosfera protetora, usada em embalagens flexíveis, com substituição do ar por nitrogênio que protege o pó.
42
3.10 nova regulamentação do café
Para saborear o que há de melhor em café “made in Brazil”, o bra-
sileiro não precisa mais sair do país. Agora nosso café precisa apresentar
os mesmos padrões de qualidade do produto exportado, ou seja, com
100% de condições para o consumo. É o que exige o Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que promete fiscalização rigo-
rosa para evitar fraudes e adulterações. A Instrução Normativa (IN) n° 16 do
MAPA, que traz o novo regulamento técnico para café torrado em grão e
café torrado e moído, entrou em vigor no dia 23 de fevereiro. A IN 16 atua
diretamente na indústria. Nesta fase de implantação, o papel principal do
ministério é fiscalizar e monitorar o processo de produção do grão à sua
transformação em pó nas torrefações. Esse controle será feito mediante a
coleta de amostras, realizadas por fiscais agropecuários em qualquer local
onde exista comercialização de café.
O novo regulamento determina os limites de 1% de impurezas
(cascas, paus e sementes) e de 5% de umidade para o produto. Aqueles
que não se adequarem não poderão ser comercializados. Embora já fos-
sem impostas ao mercado, agora as exigências ganham força de lei. Os
estabelecimentos que comercializarem o café fora do padrão serão adver-
tidos na primeira abordagem e, no caso de reincidência, haverá punição
com multa e apreensão da mercadoria.
Até então a fiscalização era feita pela Associação Brasileira da In-
dústria de Café, que concedia ou não o Selo de Pureza. A auto-regulação
concedia à entidade a função de coibir fraudes na produção e denunciar as
infrações, o problema é que a ABIC não tinha poder de punir os infratores.
“Com a IN 16 será possível melhorar a qualidade do café”, diz Nathan Her-
szkowicz, presidente da associação. “Na prática, com o rigor da fiscalização
o objetivo é que as impurezas desapareçam e o produto ganhe valor”, diz
ele. Ainda conta que a fraude atinge entre 2% e 3% do café produzido no
Brasil. Ou seja, são 500 mil sacas de impurezas adicionadas ao café vendido
no país a cada ano.
De acordo com reportagem da revista Dinheiro Rural, apesar disso,
só no ano passado foram feitas 250 denúncias de irregularidades no setor.
“A normativa do ministério é um reforço ao combate à fraude no merca-
do”, afirma Herszkowicz, que completa “o selo da ABIC permanecerá como
registro da qualidade do café.” Neste ano, a associação vai colher 2,9 mil
amostras do produto em todo o Brasil.
O trabalho do MAPA, nesta primeira fase de fiscalização, estará
mais focado no controle da umidade e das impurezas do café oferecido ao
43
consumidor. Porém, a fiscalização baseada na análise sensorial (que define
a qualidade do café) só começa em 2013, por solicitação da indústria que
pediu tempo para preparar técnicos especializados em um controle mais
detalhado. “As razões para solicitar esse adiamento são as dificuldades para
a formação, treinamento e calibração dos provadores em todo o país, da
chamada prova da xícara, que testa o sabor do café”, diz Manoel Vicente
Bertone, Secretário de Produção e Agroenergia do MAPA. “É tarefa que de-
manda tempo e muito exercício para se obter bom resultado, pois precisa-
remos de mão de obra especializada”, completa.
De acordo com Bertone, está prevista a contratação de 340 técni-
cos. Durante o ano, representantes da indústria e técnicos da agricultura
vão estabelecer os parâmetros para manter a qualidade do café, dentro das
exigências, levando em consideração itens como aroma, sabor, fragrância,
nível de acidez e amargor, dentre vários outros.
As mudanças impostas pelo novo regulamento do MAPA tendem
a contribuir para o aumento do consumo per capita de café torrado no
Brasil, que em 2010 atingiu marca histórica. O consumo foi de 4,81 kg por
habitante, volume que supera os 4,72 kg registrados em 1965, que vinha
sendo o melhor índice até o ano passado, segundo dados do Instituto Bra-
sileiro do Café (IBC).
“com o rigor da fiscalização o
objetivo é que as impurezas
desapareçam e o produto
ganhe valor”
45
04._____________em alguns lugares da áfrica e
do oriente médio, o café é
consumido com canela, alho
ou gengibre
x
_____________análise interna
fonte: grupo rastro
47
04 análise interna4.1 o nome e a marca fazenda juliana
Quando foi adquirida por Renato Baiardi, o local já tinha o nome
de Fazenda Juliana que já era conhecido na região e no mercado de co-
mercialização de café. Valendo-se desse prestígio e por ter uma filha cha-
mada Juliana, Renato decidiu mantê-lo e reforçá-lo como uma marca forte
no quesito “café de qualidade”.
Já a marca, por sua vez, foi criada por um profissional da área de
comunicação. Embora não tenha nenhuma representatividade como o
negócio, conseguiu transmitir a tradicionalidade cafeeira e agradou o pro-
prietário, tornando-se assim a marca oficial da Fazenda Juliana.
figura 15: logomarca fazenda juliana / fonte: fazenda juliana
4.2 porte
Dentro das classificações existentes, a torrefação é considerada
uma empresa de pequeno porte. Porém, pode abranger um maior nível
de produção, saciando um possível crescimento de demanda devido aos
investimentos na infraestrutura feitos inicialmente.
4.3 setor
Embora depois de preparado o café seja uma bebida, sua comer-
cialização está no setor de alimentos e é considerado uma commodity.
4.4 instalações
Sua sede, com aproximadamente 1.000m², abriga o que há de
mais moderno em tecnologia, favorecendo a produção e a superioridade
do produto oferecido aos clientes. Sua estrutura obedece a rigorosos pa-
drões de qualidade, e isso se confirma através das mais avançadas e inova-
doras normas de produção, embalagem e controle microbiológicos.
Localizada na Rod. Monte Carmelo - São Felix, sentido “Cunhas”,
km 04, sua área abriga todos os setores da empresa, como os departamen-
48
tos de vendas, financeiro, recursos humanos, marketing, pós-venda (SAC),
distribuição, produção, compras e administração.
O maquinário utilizado na empresa é em sua grande parte de ori-
gem brasileira, salvo um torrador que é importado dos Estados Unidos. A
empresa utiliza somente 10% da produção do plantio de café da Fazenda
Juliana, os outros 90% são destinados à comercialização dos grãos verdes.
Visando a não saturação do estoque, a fábrica produz de acordo com a de-
manda solicitada e utiliza apenas 6% de toda a sua capacidade de produção.
Mesmo sendo grandemente favorecido em qualidade por sua
área de produção, antes de ser destinado para a torrefação, o café passa
por uma criteriosa seleção no laboratório da própria torrefação. O adminis-
trador seleciona os grãos de todas as áreas de plantio da fazenda e faz a ex-
perimentação destes. Após constatar o lugar onde o grão detém o melhor
sabor, ele solicita a quantidade de café necessário para a produção. Assim,
é sempre do melhor café de cada safra que são produzidos os produtos da
Torrefação Fazenda Juliana.
figura 16: maquinário de torrefação e moagem fonte: fazenda juliana
figura 17: organograma fazenda juliana / fonte: grupo trâmita
4.5 organograma
A empresa é composta por um diretor geral, seguido do responsá-
vel pela área de torrefação, sendo que ambos coordenam as áreas serviços
gerais e produção.
4.6 recursos humanos
A torrefação conta com cinco funcionários distribuídos nas se-
guintes funções:
diretorgeraldiretor da
torrefação
serviços gerais produção
49
figura 18: instalações escola paulo freire, sala de aula / fonte: fazenda juliana
figura 19: horticultura / fonte: fazenda juliana
• 1 funcionário para serviços gerais que além de cuidar de toda limpeza e
higiene do local, auxilia na produção quando necessário;
• 1 funcionário como diretor da fábrica que também acumula todas as
funções administrativas da torrefação;
• 1 funcionário que exerce a função de diretor geral, que é o próprio dono
da Fazenda Juliana;
• 2 funcionários da produção que acompanham todo o processo de torra
e moagem, além de embale e organização para transporte.
4.7 treinamentos
A Fazenda oferece aos seus funcionários programas de treinamen-
to para torná-los capacitados a exercer suas funções dentro da empresa.
4.8 principais clientes
Como a demanda ainda é pequena frente toda a sua capacidade,
a empresa tem também um número pequeno de clientes, dentre os quais
destacam-se os supermercado Ki-Jóia e Super Seu, compradores da região
onde a fábrica se localiza. Os demais clientes são a redes hoteleiras, grandes
escritórios, empresas e restaurantes finos, tais como Organização Odebre-
cht S/A, Braskem S/A, MRGC Restaurante e Capone Ristorante.
4.9 declarações institucionais
A torrefação da Fazenda Juliana não possui declarações institucionais.
4.10 responsabilidade social e ambiental
4.10.1 Responsabilidade Social A Escola Paulo Freire é a parte social que a Fazenda Juliana desem-
penha. É uma escola de ensino fundamental criada a partir da necessidade de
oferecer aos filhos dos funcionários da Fazenda um acesso a educação mais
fácil, visto que o fato da fazenda estar na zona rural da cidade dificulta o acesso
das crianças à escola.
Com o passar do tempo, a administração da escola constatou que as
fazendas vizinhas também tinham o mesmo problema de acesso à educação.
Assim a escola que antes era de uso exclusivo dos funcionários da fazenda, pas-
sou a atender também os filhos dos funcionários das fazendas vizinhas.
50
4.10.2 Responsabilidade Ambiental Em diversos aspectos, a torrefação é beneficiada pelas conquistas
da Fazenda Juliana, e isso não é diferente no que tange a responsabilidade
ambiental da mesma. A Fazenda já conquistou selos de responsabilidade
ambiental pelos órgãos regulamentadores do setor devido as suas ações, e,
por estar dentro da área da fazenda e utilizar o café lá produzido. Este selo
foi facilmente conquistado pela torrefação, que também executa ações
que visam a sustentabilidade de seus produtos e exibe com orgulhos este
selo nas embalagens de seus produtos.
Todo maquinário utilizado na fabricação dos produtos foi adquiri-
do tendo em vista ações que tivessem o menor impacto possível, gastando
menos energia e não emitindo odores nem ruídos que pudessem trazer
algum tipo de incômodo.
Todos os dejetos da torrefação são tratados através de biodigesto-
res. O biofertilizante resultante deste processo, é misturado com a película
que sobra do processo da torra e utilizado como fertilizante nos jardins da
torrefação. Já o biogás juntamente com o óleo de girassol extraído da se-
mente do girassol que é plantado na própria fazenda, é utilizado em um
grupo gerador que responde por 85% de toda a energia consumida pela
torrefação.
4.11 linha de produtos
São usados grãos de cafés, produzidos na fazenda, com caracte-
rísticas 100% arábica, composto de Cereja Descascado (CD) e café natural.
Todos os cafés passam por um extremo e rigoroso controle de qualidade.
Com quatro vezes menos cafeína do que o café feito com grão robusta.
Menos nobre, o café da Fazenda Juliana tem como principais característi-
cas o aroma requintado e o sabor intenso. Produzido especialmente para o
mercado premium, é preparado e selecionado seguindo à risca um rigoro-
so controle de qualidade.
Como já foi mencionado anteriormente, a torrefação produz hoje
três tipos de café diferentes, que são: Afrika, Sabor do Cerrado e Reserva
Carmelo. Em suma, eles diferem pelo seu grau de categoria e torrefação,
mas ainda sim existem algumas particularidades de cada um.figura 20: instalações fazenda juliana, biodigestores / fonte: fazenda juliana
figura 21: instalações fazenda juliana, biodigestores / fonte: fazenda juliana
51
O café Afrika foi criado para atender uma demanda específica en-
contrada no mercado africano no momento em que a empresa expandia
seus horizontes de atuação, por isso trata-se de um café com o grau de tor-
refação maior e tem sabor mais forte e marcante que os demais, caracterís-
ticas essas essenciais para adentrar no mercado pretendido. Hoje este café
tem boa aceitação entre os clientes brasileiros e não é mais exportado para
o mercado africano. É comercializado com 250g e 500g, torrado ou moído.
O Sabor do Cerrado é aceito somente na cidade de Monte Carme-
lo e é comercializado pelos revendedores da cidade dos cafés, por isso não
tem considerável representação financeira nos números da empresa, mas
seu nome já registrado tem grande importância por conter a palavra “cer-
rado” que faz menção à sua região de produção. É encontrado em 250g e
500g torrado e moído.
Já o Reserva Carmelo é o carro chefe dos produtos. O nome “Re-
serva” se deve ao fato de ser o melhor produto da empresa, e o “Carmelo”
é uma referência à região onde se produz um dos melhores cafés do mun-
figura 22: produtos da fazenda juliana / fonte: grupo trâmita
do. Tem grande aceitação entre os clientes e tem sabor muito agradável.
É o que tem o menor grau de torrefação, e, junto com o Sabor do Cerrado
pertence a categoria de cafés superiores, considerados mais puros e sabo-
rosos. Esse café é o maior responsável pelo faturamento da empresa. Pode
ser encontrado em embalagens de 250g e 500g torrado ou moído e 500g
e 1Kg torrado ou em grãos para café expresso.
4.11.1 Extensão da linha de Produtos Está em desenvolvimento a entrada de mais um produto no mer-
cado com a marca da Fazenda Juliana, o Café Gourmet. Após pesquisas de
sabores e aromas dentro da própria fazenda, foi descoberta uma região
da lavoura que produz grãos com características próprias de um café mais
sofisticado. Apesar de já ter aprovação da ABIC, ainda não tem nome nem
data definidos para ser lançado.
4.12 embalagens
A torrefação da Fazenda Juliana usa como embalagem para seus
cafés torrados e moídos a embalagem à vácuo, no qual se forma um tijolo
não permitindo a entrada de ar no café e o conservando por muito mais
tempo.
Já para o Reserva Carmelo Expresso, no qual é vendido em grãos,
a embalagem utilizada é a valvulada, que permite que o ar saia, com uma
barreira que permite a entrada do ar.
4.13 uen (unidade estratégica de negócios)
Uma unidade estratégica de negócios (UEN), ou simplesmente
52
unidade de negócios, é uma parte de uma dada empresa que é separada
para fins de análise, planejamento e implementação estratégica. Pode ser
uma divisão, linha de produtos, ou outro centro de lucro de uma empresa.
A Fazenda Juliana possui apenas uma UEN, porque os seus produ-
tos, separadamente, não conseguem se responsabilizar pelos resultados,
pois não são um centro de lucro legítimo.
Todos os produtos ou serviços da torrefação da Fazenda Juliana
são substituíveis e sua cadeia de concorrentes está em um conjunto bem
definido, como mostra o capítulo de concorrentes.
Percebe-se também que seus produtos podem ser considerados
como uma entidade econômica autônoma numa venda ou liquidação,
onde cada um poderia ser promovido individualmente.
4.14 cadeia de valor
Cadeia de valor de uma empresa é um conjunto de atividades
empresariais a que ela se dedica para desenvolver, produzir e comerciali-
zar seus produtos ou serviços, de acordo com material complementar do
oitavo período de Estratégia Empresarial, da ESAMC Uberlândia.
Para levantar as atividades, processos e ações que a empresa reali-
za e que traz valor para o cliente, analisou-se o ambiente da empresa, seus
recursos e capacidades e o modo como ela realiza seus negócios, sendo
definida assim a cadeia de valor abaixo:
• fazenda
• sistema • qualidade
• site
• maquinário • laboratório • escritório
• atendimento • revendedor • cadastar clientes
fornecedor
logística
divulgação
estrutura
processo de venda
pós-venda
figura 23: cadeia de valor fazenda juliana / fonte: grupo trâmita
A cadeia de valor da Fazenda Juliana é composta por: fornecedores A fazenda conta com um número pequeno de fornecedores, sen-
do em sua maioria da região, apenas o fornecedor da embalagem de alu-
mínio que está localizado em São Paulo – SP. Todos eles apresentam boa
relação com a empresa, cumprem o prazo de entrega e apresentam boa
qualidade dos produtos oferecidos.
logística O Sistema: um único funcionário da empresa faz o controle de
compra e venda de café através de um sistema que a fazenda possui.
o Controle de qualidade: como a Fazenda trabalha com um equipamento
moderno, dificilmente algum produto sai danificado. O próprio funcioná-
rio é quem faz o acompanhamento da separação dos grãos, produção e o
processo de embalagem.
divulgação O Site: a única forma de divulgação utilizada é um site que apre-
senta um perfil institucional.
estrutura O Maquinário: o maquinário utilizado na empresa é em sua gran-
de parte de origem brasileira, salvo um torrador que é importado dos Esta-
dos Unidos. Conta com dois funcionários na produção, que acompanham
todo o processo de torra e moagem, além de embale e organização para
transporte.
O Laboratório: onde é feita criteriosa seleção dos grãos e onde se
faz a experimentação.
O Escritório: parte administrativa e RH (Recursos Humanos), que
conta com o diretor da fábrica, que também acumula todas as funções
administrativas da torrefação, e o diretor geral que é o próprio dono da
Fazenda Juliana.
53
tabela 5: volume de vendas de 2010, em quilo / fonte: fazenda juliana
tabela 6: faturamento de 2010 / fonte: fazenda juliana
processo de venda O Atendimento: todo o atendimento da fazenda é feito pessoal-
mente ou através de telefone e e-mail para as localidades mais distantes.
O Revendedor: a empresa possui um representante em Salvador
responsável por levar pedidos e atender os clientes na cidade. Existem tam-
bém dois supermercados, Ki-jóia e Super Seu, e uma loja de conveniência
no posto Ermari Petrobrás, que fazem a comercialização na cidade de Mon-
te Carmelo - MG.
O Cadastro de clientes: Existe na empresa um cadastro simples
com todos os dados de clientes ativos e inativos da fazenda.
pós-venda Não apresenta processo de pós-venda.
4.15 fatores críticos de sucesso
Os Fatores Críticos de Sucesso são condições fundamentais toma-
das por uma instituição para que esta sobreviva e tenha sucesso onde atua.
Analisando a cadeia de valor da Fazenda Juliana, observa-se que
os fatores que possuem maior prevalência para alcançar um bom alinha-
mento entre as características do negócio, da empresa e os valores perce-
bidos pelos clientes são:
relacionados com fornecedores Relação com os Fornecedores; O estreitamento da relação da Fazenda Juliana com os seus for-
necedores é algo que viabiliza os prazos de entrega, evitando atrasos que
comprometem toda a empresa. Além do que, o pequeno número de for-
necedores facilita as negociações, implicando indiretamente na qualidade
entregue ao consumidor.
relacionados com a fabricação Processo de qualidade na fabricação do produto; Sistema: A proximidade com que toda matéria prima da Fazenda
Juliana é cuidada, permite um controle intensivo e rigoroso para o desen-
volvimento de um produto de qualidade, sem falhas e de acordo com as
normas estabelecidas pelos órgãos.
Estrutura: O maquinário utilizado na empresa acopla um processo
de torra e moagem de última geração que permite o controle da qualidade
do produto, bem como o laboratório, um dos módulos da Fazenda Juliana
que faz uma análise criteriosa ao selecionar os grãos.
4.16 análise financeira
reserva carmelo
sub-total
sabor do cerrado
sub-total
afrika
sub-total
total geral
9.664,25
608,50
4.406,00
14.678,75
descrição total 2010 (kg)
reserva carmelo
sub-total
sabor do cerrado
sub-total
afrika
sub-total
total geral
137.860,00
5.310,80
32.935,86
176.107,26
descrição total 2010 (rs)
55
05._____________
o café é a segunda bebida
mais consumida no mundo,
ficando atrás apenas da água
mineral
x
_____________microambiente
fonte: sucesso news
57
5.1 mercado
Segundo dados da ABIC (Associação
Brasileira da Indústria de Café), o consumo in-
terno brasileiro de café continua crescendo. No
período compreendido entre Novembro/2009
e Outubro/2010 foi registrado um consumo
de 19,13 milhões de sacas, isso representa um
acréscimo de 4,03% em relação ao período an-
terior correspondente (Nov/08 a Out/09), que
havia sido de 18,39 milhões de sacas.
Esse resultado mostra que o país am-
pliou seu consumo interno de café em 740 mil
sacas nos 12 meses considerados. As empresas
associadas da ABIC, que participam com 68,4%
do café torrado e moído industrializado produzi-
do, mostraram uma evolução mais significativa,
de 5,93% em relação a 2009 - o que confirma
as expectativas iniciais, que eram de um cresci-
mento de 5%, levando em conta a recuperação
da economia brasileira.
O consumo doméstico, predominante-
mente de cafés do tipo tradicional, tanto quan-
to o consumo fora do lar, onde predominam os
cafés superiores e gourmet, apresentaram taxas
de crescimento positivas. Maiores investimentos
em produtos e no marketing interno do café im-
pulsionaram as vendas das marcas mais conheci-
das. Mensalmente, novas marcas de cafés espe-
ciais são lançadas, fazendo com que o mercado
05 microam-biente
apresente uma oferta muito significativa de pro-
dutos de alta qualidade para os consumidores
brasileiros. A ABIC estima que este segmento de
cafés diferenciados, embora represente a menor
parte do consumo, continue apresentando taxas
de crescimento de 15% a 20% ao ano.
Já o consumo per capita foi de 6,02 kg
de café em grão cru ou 4,81 kg de café torrado,
quase 81 litros para cada brasileiro por ano, re-
gistrando uma evolução de 3,5% em relação ao
período anterior. Os brasileiros estão consumin-
do mais xícaras de café por dia e diversificando
as formas da bebida, adicionando ao café filtrado
consumido nos lares, também os cafés expressos,
cappuccinos e outras combinações com leite.
Esse consumo de 4,81 kg/ano supera o
de 1965, que foi de 4,72 kg/hab.ano, tornando-se
o maior consumo já registrado. Um verdadeiro re-
corde.
Este resultado aproxima o consumo per
capita brasileiro ao da Alemanha (5,86 kg/hab/
ano) e já supera os índices da Itália e da França, que
são grandes consumidores de café. Os campeões
de consumo, entretanto, ainda são os países nór-
dicos - Finlândia, Noruega, Dinamarca - com um
volume próximo dos 13 kg/por habitante/ano.
5.1.1 Tendências de mercado O estudo “Tendências de Consumo de
Café” é realizado anualmente pela ABIC com
apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e tem como objetivo identificar
a posição do café nos hábitos de consumo das
pessoas e levantar informações que permitam
acompanhar a evolução do mercado e detectar
novas oportunidades nele.
hábitos de consumoPesquisas mostram que o café coado ou filtra-
do, puro e sem leite, é preferido em todos os
momentos do dia dos brasileiros. São determi-
nantes de compra a marca com a qual está ha-
bituada e a data de validade. Os consumidores
passaram também a avaliar nas embalagens
itens que antes não eram observados, como tipo
de café, peso, composição do produto e dados
do fabricante.
aumento do consumoCom a economia brasileira sendo impulsionada
em 2011 e as boas previsões que se fazem para
o crescimento do PIB do consumo das classes
C, D e E, mais a previsão de que as classes A e
B poderão crescer 50% ate 2015, é natural que
o consumo do café siga crescendo. Assim, o li-
mite desafiador de 21 milhões de sacas poderá
ser atingido em 2012, desde que a evolução se
mantenha em, pelo menos, 5% ao ano. Com
isso, o Brasil passará a ser o maior país consumi-
dor de café, superando todos os outros países.
58
consumo de café entre os jovensSegundo a revista Supersul Online, os jovens
brasileiros estão consumindo mais café segundo
uma pesquisa divulgada em maio de 2011 que
aponta que de 2003 a 2010, subiu de 85% para
91% o percentual de pessoas entre 15 e 19 anos
que declararam ter o café como bebida habitual.
Na faixa de 20 a 26 anos, o percentual passou de
83% para 90%, no mesmo período.
consumo fora de casa O crescimento do hábito de se tomar café fora
do lar cresceu surpreendentemente de 14% em
2003 para 57% em 2010. Nos diversos pontos de
consumo fora de casa, o café coado ou filtrado
tem a preferência de 94% dos consumidores. Já
o consumo de café expresso e de café gourmet
cresceu 21,3%. Os pesquisadores verificaram ain-
da, que há um aumento no nível de participação
das pessoas que tomam a bebida fora de casa à
medida que se eleva o nível de escolaridade. “Das
pessoas sem instrução, apenas 23% declararam
que bebem café fora do lar e esta proporção foi
se elevando até atingir o máximo de 78% entre
as pessoas com nível superior completo”, diz o
pesquisador Roberto de Assumpção, de acordo
com o ICA - Instituto de Economia Agrícola.
qualidade e certificaçõesA qualidade é cada vez mais importante para o
consumidor. Conforme atesta a pesquisa, para
55% dos entrevistados, um bom café é aquele
que é saboroso e deixa uma lembrança agradá-
vel na boca; 39% apontaram também o aroma
agradável e gostoso, e 31% disseram que um
bom café é aquele que dá vontade de repetir. Já
45% disseram ter a intenção de pagar mais por
um bom café. Essa nova percepção decorre do
intenso trabalho realizado pela ABIC com o PQC
- Programa de Qualidade do Café, lançado em
2004 e que qualifica os produtos nas categorias
Tradicional, Superior e Gourmet.
mulheresHoje no Brasil, mais de 54% das mulheres conso-
mem café, além de serem as principais responsá-
veis pela compra do produto. Está comprovado
que a bebida tem propriedades relaxantes. “O
efeito do café no organismo das pessoas pode
variar, depende da sensibilidade de cada um às
propriedades da bebida. Nas mulheres, geralmen-
te, as deixa mais atentas, concentradas, estimula a
memória e ainda pode ajudar a prevenir diferentes
tipos de doença” diz Francisco Alberto Pino, pes-
quisador do IEA - Instituto de Economia Agrícola.
5.1.2 Preço médio do café De acordo com dados da ABIC, análises
feitas em maio de 2011, apontam os preços mé-
dios de acordo com as categorias do café:
categoria tradicional: R$ 10,90categoria superior: R$ 18,80categoria gourmet: R$ 44,15
5.1.3 Perfil do consumidor O café é uma bebida que está inserida
nos hábitos e no cotidiano dos brasileiros, muitas
vezes o consumo vem desde criança. O gráfico
abaixo mostra alguns dos hábitos que fazem as
pessoas consumir a bebida:
59
2003 2010
76%
57%
61%
61%
hábito/tradição
mãe oferecia quando criança
tradição da família
é saboroso
17%
40%
18%
39%
aroma agradável
para acompanhar o cigarro
é estimulante
por influência de outros
16%
9%
11%
6%
10%
5%6%
11%
Dentre o perfil de consumidores do café, a idade e o sexo não são
relevantes, o que mais se percebeu na pesquisa feita em 2010, em relação
a 2003 é o aumento expansivo da classe C.
O consumo fora de casa também teve um aumento considerável
e a tendência é só crescer, de acordo com o ritmo de vida cada dia mais
corrido e o nível de escolaridade.
figura 24: características dos hábitos de consumo de café / fonte: pesquisa tendências de consumo 2010 - mapa figura 25: gráfico perfil dos consumidores por classe / fonte: pesquisa tendências de consumo 2010 - mapa
6%
classe a classe b classe d
23%
classe c
5%
23%
42%
34%
37%
30%
2003 2010
60
2003 2009 2010
em casa fora de casa
96%
14%
98%
48%
57%
99%
Mediante as novas regras de qualidade do café impostas pelo
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, já é possível
perceber um resultado através das intenções de compra: as pessoas estão
dispostas a pagar mais por um produto melhor e de qualidade.
figura 26: gráfico locais de consumo / fonte: pesquisa tendências de consumo 2010 - mapa figura 27: gráfico intenção de pagar a mais por qualidade / fonte: pesquisa tendências de consumo 2010 - mapa
34%
totalmente/muitodisposto
indiferente pouco/nadadisposto
45%
20%
25%
30%
46%
2008 2010
5.1.4 Estimativa de mercado
mercado total O mercado total é o conjunto de todos os compradores de uma
61
tabela 7: exposição por categoria de qualidade (%) coleta de: 10/05/11 / fonte: abic
oferta de mercado, sejam eles efetivos ou potenciais. Assim, vamos con-
siderar como mercado total, toda a população brasileira estimada para o
ano de 2012 que é de 196.526.293 habitantes. Adultos, crianças e idosos, os
possíveis consumidores de café.
Para estimar o volume máximo de vendas de café no mercado,
pode ser feita uma projeção utilizando três variáveis:
• Total de pessoas no mercado: 196.526.293 habitantes; • Consumo médio: 5 kg/ano; • Preço médio do café: R$ 13,58.
tradicional
superior
gourmet
categoriaT88%
-S 5%
G 7%
frentes
preço médio geral R$ 13,58
R$ 10,90
R$ 18,80
R$ 44,15
preço (kg)
sa análise, a Fazenda Juliana tem intenção de incluir em seu mix de pro-
dutos, um café que se encaixa na categoria gourmet. Sendo assim, iremos
utilizar o preço médio dos três tipo de café para estimar a demanda para o
ano de 2012.
O volume máximo de vendas que o mercado de café pode atingir
a partir destas três variáveis é de R$ 13.344.135.294,7.
mercado potencial Os consumidores que demonstram certo nível de interesse por
uma oferta do mercado representam o mercado potencial. Segundo da-
dos da ABIC em sua última pesquisa de tendência de consumo, cerca de
5% da população não consome café por diversos motivos, entre os quais
estão questões relacionadas à saúde, e especialistas não indicam o consu-
mo de café em crianças com menos de 6 anos. Excluindo esses dois gru-
pos do mercado total, ou seja, 9.826.314,65 dos 5% que não bebem café
e 23,1 milhões de crianças até 6 anos, tem-se um mercado potencial de
163.599.978 habitantes.
• Total de pessoas no mercado potencial: 163.599.979 habitantes;• Consumo médio: 5 Kg de café;• Preço médio: R$ 13,58.
A previsão de faturamento da indústria de café torrado para o ano
de 2012, com base no cálculo destas três variáveis é de R$ 11.108.438.574.
Este quadro mostra o resultado de pesquisas realizadas até maio
de 2011 para calcular o preço médio do café. Como já foi mencionado nes-
62
mercado disponível Os que possuem renda, interesse e acesso a uma determinada
oferta fazem parte do mercado disponível. Excluindo deste total as 300 mil
pessoas que estão abaixo da linha da miséria e por isso não poderiam ad-
quirir o café, temos:
• Total de pessoas no mercado disponível: 163.299.979 habitantes;• Consumo médio: 5 Kg;• Preço médio: R$ 13,58.
O resultado é de R$ 11.088.068.574 que a indústria do café pode
faturar no mercado disponível.
Fazendo uma análise mais específica do cliente que trabalha com
cafés do tipo tradicional e superior, exclui-se a parcela dos 0,5% que conso-
mem café do tipo gourmet, que não é o público atendido pela torrefação
da Fazenda Juliana atualmente.
mercado alvo Corresponde à parte de mercado disponível, na qual a empresa
decide concentrar seus esforços. Esse mercado é composto pela popula-
ção brasileira que tem interesse no consumo de cafés do tipo tradicional,
superior e gourmet, com uma qualidade superior do que é usualmente
encontrado no mercado. Assim, consideram-se as classes A, B e C, que so-
mam 72% da população brasileira e um total de 117.575.984 habitantes.
• Total de pessoas no mercado alvo: 117.575.984 habitantes; • Consumo médio: 5 Kg; • Preço médio: R$ 13,58.
O total de faturamento com a venda de cafés dos tipos tradicio-
nal, superior e gourmet para as classes A, B e C é de R$ 7.983.409.313,60.
Esse número corresponde ao tamanho do mercado em que a torrefação
a1
a2
b1
b2
c1
c2
d
e
classe
1%
4%
9%
15%
21%
22%
25%
3%
% da pop. de até
9.733,47
6.563,73
3.473,36
2.012,67
1.194,53
726,26
484,97
276,70
1.500,00
acima
9.733,47
6.563,73
3.473,36
2.012,67
1.194,53
726,26
484,97
2.600,00
renda média mensal familiar (rs/pessoa)
classe média (renda aproximada)
tabela 8: divisão de classes sociais no brasil / fonte: ibge
63
5.2 análise de clientes O que difere cliente de consumidor é o estágio em que se encon-
tram suas necessidades, se são de imediato ou não. Partindo desse concei-
to, verifica-se que o consumidor quer “apenas” comprar o que necessita
sem que para isso, tenha que se envolver com a empresa fornecedora de
forma mais profunda, se deixando encantar pelos princípios básicos na re-
lação de consumo (marketing de vendas). Em outra ponta, o cliente já tem
um envolvimento maior com a empresa. Envolvimento esse, causado pela
estrutura implantada para atrair, informar, vender, satisfazer (pós-venda) e
fidelizar o cliente. Ou seja, é o impacto que essa conjuntura (marketing e
qualidade) tem sobre o nicho.
5.2.1 business to consumer (b2c)
análise qualitativa • Quem constitui o mercado (ocupantes)? Consumidores de café em geral (donas de casa, estudantes e tra-
balhadores de longas jornadas, que têm necessidade de se manter alerta)
e pessoas que buscam um café com sabor mais requintado, que levam em
consideração a pureza da bebida (geralmente com grau de instrução maior
e que entendem a diferença entre um café tradicional e um diferenciado).
• O que o mercado compra (objetos)? Café tradicional e superior prontos para consumo.
figura 28: gráfico de crescimento de faturamento / fonte: grupo trâmita
da Fazenda Juliana está inserida, e ajuda a determinar suas possibilidades
de crescimento.
mercado penetrado É o conjunto de consumidores que compram o produto da
empresa. A Fazenda Juliana apresentou um faturamento no valor de R$
176.104,26 no ano de 2010, considerando a venda dos três produtos de
seu mix. Para o ano de 2012, a previsão de faturamento da torrefação da
Fazenda Juliana é de R$ 584.269,96, com base na curva de crescimento da
empresa nos últimos cinco anos.
participação de mercado Considerando todas as informações analisadas no que diz respeito
aos números nacionais da venda de café, concluímos que a torrefação da
Fazenda Juliana detém uma participação de 2,01% do mercado de comer-
cialização dos cafés torrados e moídos.
2006 2007 2008 2009 2010
0%63,97%
-11,4%-15,91%
769,79%
64
• Por que o mercado compra (objetivos)? Para suprir a necessidade cada vez maior de consumir café de qua-
lidade superior, sabor diferenciado e dentro das normas de produção.
• Quem participa da compra (comprador e influenciador)? O comprador pode ser o próprio usuário do produto, ou em ca-
sos que há uma limitação para o usuário, a compra é realizada por pessoas
aptas ao processo. Os influenciadores podem ser os familiares, grupos de
referência, a própria empresa, formadores de opinião (pessoas ou órgãos
que possuem o poder de influenciar na decisão de compra do comprador).
• Como o mercado compra? Contato direto com a empresa ou seu representante em Salvador,
via e-mail, telefone e outros meios de comunicação, ou diretamente nos
pontos de venda (supermercados e lojas de conveniência). Além de com-
prar dos clientes B2B, que são as empresas que compram e revendem o
café pronto para consumo imediato.
• Quando o mercado compra (ocasiões)? Como não há sazonalidade para o consumo de café, não existe
uma época que o produto é mais vendido ou menos vendido, portanto a
compra é feita quando acabam os estoques ou quando há desejo de con-
sumir um café diferenciado.
• Onde o mercado compra (ponto de venda)? Nos pontos de venda (supermercados e lojas de conveniências),
na própria Fazenda Juliana, diretamente com o representante, caso de Sal-
vador, e dos clientes B2B, que são as empresas que compram e revendem
o café pronto para consumo imediato.
comportamento de compra • Fatores culturais A classe social é um fator que pode influenciar muito no consu-
mo de café, principalmente dos superiores, devido ao fato de pessoas com
melhores condições financeiras serem capazes de pagar um valor mais alto
pela qualidade de um produto, com isso geralmente buscam consumir
produtos de qualidade diferenciada.
• Fatores sociais Muitas vezes a família age como um grupo de referência. A pessoa
é influenciada desde criança pelos pais e avós que tem o hábito de consu-
mir café, e ao crescer, a criança dá continuidade ao mesmo hábito.
• Fatores pessoais O estilo de vida reflete como cada indivíduo interage por inteiro
com seu ambiente. Grande parte dos consumidores de café ingere o pro-
duto com o objetivo de se manter alerta no trabalho, despertar do sono
logo de manhã e até mesmo pelo hábito de consumo, que às vezes pode
ser definido como “vício” na bebida. O status e a auto-imagem são fatores
que também podem gerar influência no consumo de cafés diferenciados,
já que eles, principalmente quando feitos em cafeterias, podem traduzir e
refletir uma imagem que seus consumidores tem um grau de instrução
maior, são cultos, dentre outros.
papéis do comprador • Iniciador: pode ser a própria pessoa que vai consumir o café ou
65
aqueles pertencentes ao seu círculo de convivência (esposa, marido, filhos,
amigos e outros).
• Influenciador: pessoas líderes de opinião, amigos da família que
já consumiram o produto ou similares e baristas (especialistas em café).
• Decisor: pessoa que decide sobre o processo de compra em ge-
ral. Quem decide as exigências que deverão ser atendidas, pesquisa mais
sobre o produto, seu preço e suas vantagens.
• Comprador: quem efetiva a compra.
• Usuário: a pessoa que vai consumir o café diferenciado.
processo de decisão de compra • Reconhecimento do problema: acontece quando o consumidor
identifica a necessidade ou um problema que pode ser resolvido pela aqui-
sição do produto. No caso dos cafés diferenciados, por exemplo, necessitar
de um complemento alimentar para aumentar o rendimento, sentir desejo
de ingerir uma bebida com um sabor puro e específico ou precisar se man-
ter alerta para realizar algum trabalho.
• Busca de informações: o consumidor interessado tende a buscar
mais informações. Nesse processo existem dois níveis: o de atenção eleva-
da, quando a pessoa está mais receptiva a informações sobre café e o outro
é a busca ativa de informações, que acontece no momento que o consu-
midor pede opiniões a amigos que já consumiram o produto, especialistas
(baristas), faz pesquisas na internet e em pontos de vendas.
• Avaliação: avalia opções disponíveis em função da importância
que confere aos atributos e benefícios da ingestão de cafés diferenciados.
Nesse caso, o consumidor avalia qual café é produzido da maneira correta,
com grãos selecionados, sem inclusão de demais substâncias que possam
modificar o sabor da bebida.
• Decisão: realiza a compra propriamente dita. Nesse momento há
fatores que influenciam no processo de compra, como o destaque do pro-
duto no ponto de venda, a facilidade de encontrá-lo no mercado, a vonta-
de de adquirir uma marca específica e a rapidez para realizar a compra.
• Comportamento pós-compra: utilização do produto ou servi-
ço. Este estágio é que produz satisfação ou insatisfação, que pode ou não
construir fidelidade. No caso dos cafés diferenciados, seus consumidores
escolhem uma marca que se diferencie das demais pelo processo de pro-
dução e apresentem a pureza que um café diferenciado deve ter, caso isso
não ocorra, ela é substituída.
5.2.2 Business to Business (B2B) análise qualitativa • Quem constitui o mercado (ocupantes)? A Fazenda Juliana, os concorrentes diretos (cafés especiais), os ór-
gãos regulamentadores do setor, os fornecedores, os distribuidores e os
clientes (varejistas, atacadistas de pequeno porte e comerciantes).
• O que o mercado compra (objetos)? Café tradicional e superior prontos para o consumo.
66
• Por que o mercado compra (objetivos)? Para suprir a necessidade cada vez maior das pessoas consumirem
café de qualidade, sabor diferenciado e dentro das normas de produção.
• Quem participa da compra (comprador e influenciador)? Quem geralmente participa da compra nas empresas são os res-
ponsáveis pelas compras realizadas pela empresa (comprador, dono, di-
retor, departamento de compras, etc.). Os influenciadores podem ser os
sócios, consultores e baristas (profissionais especializados em cafés de alta
qualidade).
• Como o mercado compra? As compras são feitas diretamente com a empresa, via e-mail ou
telefone, ou por meio de contato com representante, no caso de clientes
em Salvador.
• Quando o mercado compra (ocasiões)? Quando há maior procura dos consumidores por cafés superiores
e quando acabam os estoques. Como não há sazonalidade para o consu-
mo de café, não existe uma data especifica para que isso aconteça.
• Onde o mercado compra (ponto de venda)? Na Fazenda Juliana ou por meio de contato telefônico ou e-mail,
nesses casos, o envio é feito via transportadora para maiores quantidades,
correios em menores volumes, ou são entregues pela empresa quando o
destino é a cidade de Monte Carmelo. Os clientes também podem com-
prar com o representante em Salvador.
comportamento de compra • Fatores ambientais Por não haver sazonalidade no consumo de café, o nível da de-
manda costuma ser o mesmo durante todo o ano, porém, fatores como
a economia ou a taxa de juros podem influenciar no processo de compra.
Outros como a preocupação com a responsabilidade social e a política de
regulamentação, principalmente no setor cafeeiro, tem sido fundamentais
nesse processo, tendo em vista que há maior preferência por empresas so-
cial e ambientalmente responsáveis e que estão de acordo com a lei.
• Fatores organizacionais A preocupação da Fazenda Juliana em manter a qualidade na pro-
dução do seu café, visa o objetivo que a Fazenda tem de se destacar en-
tre as empresas com melhor produto para consumo do país, o que reflete
uma imagem positiva para ela perante o mercado em geral.
papéis do comprador • Iniciadores: muitas vezes são comerciantes e empresários que
identificam a necessidade do mercado e a procura cada vez maior por ca-
fés diferenciados com qualidade superior aos tradicionais.
• Usuários: nesse caso são as cafeterias e hotéis, por exemplo, que
67
vendem o produto direto na forma como deve ser consumido, e também
os consumidores finais, clientes destas empresas.
• Influenciadores: sócios, diretores, consultores e baristas.
• Decisores: responsáveis por compras e negociações da empresa.
• Aprovadores: diretamente são os sócios e diretores, mas muitas
vezes agem por perceberem a aprovação indireta dos clientes finais, que
buscam o produto.
• Compradores: donos, diretores, financeiro, dentre outros.
• Fiscais internos: responsáveis pelas compras e vendas da Fazen-
da Juliana, setor administrativo.
processo de decisão de compra • Reconhecimento do problema: um comerciante ou empresário
percebe o crescimento do mercado consumidor de cafés diferenciados,
uma oportunidade de atrair maior clientela com uma bebida de qualidade
e diferenciada.
• Descrição da necessidade geral: o comprador determina as ca-
racterísticas do produto que será adquirido pela empresa. Fatores como o
preço, processo de produção e embalagem do produto podem influenciar
nesse momento.
• Especificação do produto: a equipe faz uma análise produto-
valor, esta é uma análise para redução de custos e para saber qual produto
trará mais benefícios.
• Procura de fornecedores: os empresários buscam empresas espe-
cializadas em trabalhar com a produção e/ou venda de cafés diferenciados.
• Solicitação da proposta: os compradores pedem para que os res-
ponsáveis pelas vendas apresentem suas propostas.
• Seleção do fornecedor: a primeira coisa a se fazer é especificar
os atributos desejados de um fornecedor e indicar suas importâncias re-
lativas. Só então ele vai avaliar os fornecedores para saber qual é o mais
conveniente.
• Especificação do pedido de rotina: depois que os fornecedores
foram selecionados, o comprador negocia a forma final do pedido, relacio-
nando as especificações técnicas, quantidades, prazo de entrega e garantia.
• Revisão do desempenho: o comprador tem uma avaliação final
do produto entrando em contato com os usuários finais, assim ele mo-
nitora o desempenho do produto para ver se o benefício prometido foi
mesmo cumprido.
68
comportamento de compra O comportamento de compra pode ser ilustrado em três dimensões:
Os cafés diferenciados da Fazenda Juliana possuem um preço
competitivo e sua proposição de valor é tangível, pois o consumidor de-
gusta e sente o sabor do café que tem um potencial de diferenciação alto,
pois se destaca dos demais por sua pureza e qualidade. O comportamento
de compra em busca de variedade, define baixo envolvimento e diferença
significativa entre marcas.
Outro ponto relevante sobre os clientes que foi mencionado pelo
administrador da empresa, é o fato dos produtos da Fazenda serem trata-
dos como “cafés da Fazenda Juliana” e não pelos seus nomes Afrika, Reser-
va Carmelo ou Sabor do Cerrado. Este é um ponto que deve ser levado em
consideração no momento de criação das soluções para este plano.
Anexo I - Pesquisa cliente Ki-Jóia e Super Seu Anexo II - Pesquisa cliente Pereira Café
dimensão 1
dimensão 2
dimensão 3
baixo envolvimento (baixo desembolso, mercadorias compradas frequentemente);
proposição de valor tangível ou física;
potencial de diferenciação alto.
tabela 9: dimensões do comportamento de compra / fonte: grupo trâmita
5.3 análise de fornecedores
5.3.1 Principais Fornecedores
matéria prima Os grãos para preparo e torrefação vem exclusivamente da Fazen-
da Juliana - Monte Carmelo - MG, sendo do tipo 100% arábica.
embalagens Embalagem de alumínio que suporta alto vácuo é adquirida na
empresa Rangel Embalagens - São Paulo - SP.
Embalagem de papel (caixa do café), que é utilizada para colocar o
café já embalado pelo alumínio, é feita pela Gráfica Brasil - Uberlândia - MG.
Adesivos que são colados da embalagem de alumínio, são produ-
zidos pela Gráfica Freitas - Monte Carmelo - MG.
5.3.2 Riscos de abastecimento Ao listar os fornecedores, é feita a análise da dependência da em-
presa com seus fornecedores. No caso da Fazenda Juliana, ela tem uma
maior dependência somente do fornecedor da matéria prima, já os outros,
são substituíveis.
Como não houve falha de fornecimento por parte de nenhum
fornecedor, a Fazenda apresenta apenas um para o produto - da própria
Fazenda Juliana - e para o restante de materiais também.
69
A relação entre a empresa e os fornecedores é bem profissional,
sendo que cumprem seus prazos e sempre apresentam níveis de qualida-
de muito bons. Para cada fornecedor é apresentada uma forma de paga-
mento diferente, sendo:
• Fazenda Juliana: à vista; • Rangel Embalagens: 28 dias; • Gráfica Brasil: 28 dias; • Gráfica Freitas: 20 dias.
5.4 análise de concorrentes
Mais quente que o cafezinho que os consumidores costumam be-
ber diariamente é a concorrência mercadológica, que excita o mercado em
seu constante desenvolvimento e inovação. Em suas diversas situações,
esta disputa estimula a diferenciação e aprimoramento do que é oferecido
aos consumidores.
A concorrência é a existência de um grande número de organiza-
ções que atuam no mesmo segmento e é impulsionada através dos agen-
tes: preço, qualidade, disponibilidade nos pontos de venda e imagem.
Assim como a seleção dos grãos de café da Fazenda Juliana, a es-
colha de seus concorrentes foi feita por meio de uma análise minuciosa nas
principais cooperativas de café do Brasil, que apontaram como principais
players as marcas listadas abaixo.
70
5.4.1 Café Pilão Sara Lee Cafés do Brasil é uma multinacional líder no segmento de
café torrado e moído que possui diferentes marcas de café espalhadas não
somente pelo Brasil. Dentre o seu portfólio está o Café Pilão.
O Café Pilão surgiu em 1978, porém, somente no ano de 2000 que
a empresa norte americana Sara Lee o acrescentou em seu mix de marcas.
Atualmente a multinacional atua em 36 países, com mais 20 mar-
cas de cafés espalhadas pelo mundo, sendo que o Café Pilão está presente
na maioria das regiões brasileiras. A empresa Café Pilão possui uma intensa
comunicação nos diversos meios de mídias:
Televisão• Campanhas televisivas divulgando tanto a marca Pilão, quanto cada
tipo de café que a marca possui.
Revistas• Anúncios institucionais e promocionais.
Internet • Site principal que contém informações institucionais, portfólio, re-
ceitas relacionadas à mercadoria e área para contato com a empresa;
• Todos os segmentos de café torrado e moído tem um site próprio, in-
terativo, com notícias de bem estar e características de cada produto;
• Abrangendo redes sociais, está presente no Facebook e Twitter.
Ações de Marketing• A empresa possui uma cafeteria da marca Pilão no Morumbi Shop-
ping, em São Paulo, para mais o Café Pilão não se restringe somente
no segmento de torrado e moído, mas também abrange seu portfó-
lio com cafés: Cappuccino (Tradicional, Cioccalata D’oro, Cappuccino
Light e Vanilla Dreams), Expresso e Solúvel.
tradicional
intenso
sabor e leveza
espresso
reserva especial
blend
blend
predominânciagrãos arábica
100% arábica
predominânciagrãos arábica
tradicional
tradicional
tradicional
gourmet
tradicional
pureza abic eparceira da natureza
pureza abic eparceira da natureza
pureza abic e parceira da natureza
pureza abic eparceira da natureza
pureza abic eparceira da natureza
250g500g
250g500g
250g500g
1kg
500g
almofada/vácuoalmofada/vácuo
almofadaalmofada/vácuo
almofada/vácuoalmofada
pouch sem válvula
vácuo
torradoe moído
torradoe moído
torradoe moído
torradoem grãos
torradoe moído
R$ 5,29R$ 6,48
R$ 6,49
R$ 6,69R$ 6,49
R$ 33,50
R$ 9,94
café pilão (marketing mix)
produto tipo de grão categoria certificações peso embalagem característica preço (500g)
tabela 10: café pilão / fonte: grupo trâmita
71
5.4.2 Café Itaú A empresa de café Itaú, está localizada em Perdões no Sul de Mi-
nas, e a maior parte da sua distribuição, está para o Centro Oeste e Sul de
Minas, cidades como: Paracatu, Arinos, Três Marias, João Pinheiro, Coração
de Jesus, entre outras.
A maioria de seus compradores é B2B. Além dos varejistas, distri-
buem também para hotéis, pousadas e lojas de conveniência.
A comunicação é feita através do site que contém informações
básicas da empresa, porém incompletas, além de ações nos pontos de
venda. A última campanha que realizaram foi na Copa do Mundo de 2010,
em que criaram ações de mídias tradicionais: outdoors, cartazes e ações
nos pontos de venda.
tabela 11: café itaú / fonte: grupo trâmita
café itaú
café itaútradicional
café montrealforte
blend
blend
predominânciagrãos arábica
tradicional
tradicional
tradicional
pureza abic
pureza abic equalidade abic
pureza abic e qualidade abic
250g500g
250g500g
250g500g
almofadaalmofada
pouch sem válvulapouch sem válvula
pouch sem válvulapouch sem válvula
torradoe moído
torradoe moído
torradoe moído
R$ 3,19R$ 5,99
R$ 3,69R$ 6,19
R$ 4,00R$ 7,29
café itaú (marketing mix)
produto tipo de grão categoria certificações peso embalagem característica preço
72
5.4.3 Café Bom Dia A Café Bom Dia iniciou suas atividades em 1992, na cidade de
Varginha-MG. Em 2002 conseguiram realizar a primeira exportação para os
Estados Unidos. Hoje é uma das maiores produtoras de café sustentável do
Brasil, para mais, tem parceria com uma empresa de torrefação colombiana.
Possuem uma logística integrada para todos os lugares de distri-
buição, englobando principalmente, varejistas em toda América do Sul,
América do Norte (instalações nos estados de Arkansas e Flórida – EUA) e
algumas regiões da Ásia.
Em 2003 o Café Bom dia se tornou Empresa Amiga da Criança.
Este apoio é dado através de ajuda financeira a quatro entidades sociais na
cidade de Varginha.
Entre seu mix de produto, todos derivados do café, tem-se: café
com leite em pó, cappuccino em pó e café solúvel. A empresa também
comercializa filtros para café. Além da marca Bom Dia, a empresa tem ou-
tras marcas em seu portfólio. No total, conta com 12 tipos de certificações,
entre ambientais, qualidade e segurança alimentar. Como forma de divul-
gação da marca/produto, a organização utiliza:
Site• Contêm as informações institucionais, linha de produtos com des-
crição nutricional, tamanho, embalagem e especificação do produto.
RevistasPonto de VendaStands de degustação
café bom dia
extra forte
superior
gold
gourmet espresso
predominânciagrãos arábica
blend
predominânciagrãos arábica
blend
100% arábica
tradicional
tradicional
superior
tradicional
gourmet
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
pureza abic esuperior abic
pureza abic equalidade abic
pureza abic egourmet abic
250g500g
250g500g
500g1kg
250g500g
1kg
almofada/vácuoeasy pack
almofadaalmofada/\vácuo
easy packlata
pouch sem válvula
pouch sem válvula
torradoe moído
torradoe moído
torradoe moído
torradoe moído
torradoem grãos
R$ 2,45R$ 4,80
R$ 2,45R$ 5,10
R$ 6,10R$ 14,20
R$ 3,10R$ 4,50
R$ 22,00
café bom dia (marketing mix)
produto tipo de grão categoria certificações peso embalagem característica preço
tabela 12: café bom dia / fonte: grupo trâmita
73
tabela 13: grupo velta café fino grão / fonte: grupo trâmita
5.4.4 Grupo Velta Café Fino Grão Empresa surgiu em 2004, e com apenas 6 anos de existência é
uma das maiores marcas de café de Minas Gerais.
Está presente nas seguintes regiões: Alto Paranaíba, Zona da Mata,
Norte de Minas e Vale do Aço.
O site contém todo o processo de qualidade da empresa, mix
de produtos e suas características, espaço para barista e fale com a orga-
nização. Entre sua linha de produtos a empresa também trabalha com:
Cappuccino (Tradicional e Zero), Expresso (Top Expresso, 100% Arábica) e
Filtros de Café.
tradicional
extra forte
mais forte
estrada real
café divinópolis tradicional
café divinópolis tradicional
predominânciagrãos arábica
predominânciagrãos arábica
predominânciagrãos robusta
blend
predominânciagrãos arábica
predominânciagrãos arábica
tradicional
tradicional
tradicional
tradicional
tradicional
tradicional
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
250g500g
250g500g
250g500g
250g500g
250g500g
250g500g
pouch semválvula
pouch semválvula
pouch semválvula
pouch semválvula
pouch semválvula
pouch semválvula
torradoe moído
torradoe moído
torradoe moído
torradoe moído
torradoem grãos
torradoe moído
R$ 3,10R$ 5,69
R$ 3,69R$ 6,10
R$ 3,69R$ 6,10
R$ 3,58R$ 5,89
R$ 3,70R$ 6,69
R$ 3,89R$ 6,99
café fino grão (marketing mix)
produto tipo de grão categoria certificações peso embalagem característica preço
74
tabela 14: café cajubá / fonte: grupo trâmita
5.4.5 Café Cajubá A empresa Icatril surgiu em 1972 e tem como principal marca de
café o Cajubá. A marca Cajubá, além de ser composta pelos cafés tradicionais,
torrados e moídos e os cafés expressos e em grão, possui uma linha ampla de
produtos em seu portfólio, como filtros de papel, cafés solúveis e cappuccinos
diferenciados. Atua no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sudoeste Goiano e
Distrito Federal. Utiliza dos seguintes meios de comunicação:
café cajubá
exportação
especial paramáquina
minas rio
gourmet
blend
100% arábica
100% arábica
100% arábica
100% arábica
tradicional
tradicional
gourmet
tradicional
tradicional
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
pureza e qualidade abic e sustentável
pureza abic equalidade abic
pureza abic
250g500g
500g
1kg
500g
500g
almofadaalmofada
pote
vácuo valvulado
caixa vácuo
caixa vácuo
torradoe moído
torradoe moído
torradoem grãos
torradoem grãos
torradoem grãos
R$ 3,20R$ 3,89
R$ 11,50
R$ 42,99
R$ 10,90
R$ 10,90
café cajubá (marketing mix)
produto tipo de grão categoria certificações peso embalagem característica preço
RevistasJornaisTVRádio
Quiosques de degustaçãoOutdoorsInternet• Site, Twitter e Facebook
Além disso, a empresa é reconhecida pelo mercado consumidor
através de pesquisas como Top of Mind anualmente e participa do desen-
volvimento da comunidade, onde atua através de projetos focados em
educação, cultura e esporte.
75
tabela 15: café toko / fonte: grupo trâmita
5.4.6 Café Toko O Café Toko é uma empresa familiar de Juíz de Fora, que iniciou
sua produção em 1969. Com uma linha extensa de produtos, o Café Toko
também destina sua comercialização a produtos como filtros de papel,
cafés solúveis e capuccinos. A marca está presente na região Sudeste e
Centro-Oeste e foca sua comunicação em seu site e nos pontos de venda.
café toko
café apolo
café astoriareal
café minas rio
espresso
café da casa
minas rio espresso
blend
blend
100% arábica
blend
100% arábica
diferentesorigens
100% arábica
superior
tradicional
gourmet
tradicional
superior
tradicional
superior
pureza abic esuperior abic
pureza abic equalidade abic
pureza e qualidade abic e sustentável
pureza abic equalidade abic
pureza e superior abic e sustentável
pureza abic
pureza e superior abic e sustentável
250g500g
250g500g
250g500g
250g500g
500g
250g500g
500g
flexívelfundo chato
almofadaalmofada
sacos laminadossacos laminados
flexívelfundo chato
sacos laminados
almofadasalmofadas
sacos laminados
torradoe moído
torradoe moído
torradoe moído
torradoe moído
torradoem grãos
torradoe moído
torradoem grãos
R$ 2,75R$ 5,29
R$ 2,19R$ 5,15
R$ 4,15R$ 7,29
R$ 4,19R$ 7,25
R$ 5,20
R$ 1,99R$ 2,79
R$ 4,79
café toko (marketing mix)
produto tipo de grão categoria certificações peso embalagem característica preço
76
5.4.7 Café Três Corações Lançada em 1970, o Café Três Corações iniciou sua produção e
hoje detém um portfólio imenso de produtos. Sua linha se estende a pro-
dução de filtros de papel, capuccinos, cafés orgânicos e solúveis. Desde
2000 a empresa pertence ao Grupo Internacional Strauss e sua distribuição
que era em todo território nacional passou a ser efetuada também no exte-
rior. A empresa se comunica através:
tradicional
extra forte
astoria real
expresso gourmet
predominânciagrãos arábica
predominânciagrãos arábica
100% arábica
100% arábica
tradicional
tradicional
gourmet
gourmet
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
pureza abic equalidade abic
250g500g
250g500g
250g
1kg
vácuopouch sem válvula
vácuopouch sem válvula
caixa - saco laminado
vácuo valvulado
torradoe moído
torradoe moído
torradoe moído
torradoem grãos
R$ 3,47R$ 5,29
R$ 4,19R$ 5,99
R$ 6,49
R$ 17,11
café 3 corações (marketing mix)
produto tipo de grão categoria certificações peso embalagem característica preço
TVRádiosPontos de venda
Internet• Site, Twitter
tabela 16: café três corações / fonte: grupo trâmita
77
5.4.8 Café Caboclo Produzido na região Nordeste, precisamente em Salvador, o Café
Caboclo está no mercado há mais de 80 anos, produzido e comercializado
pela empresa Sara Lee. Distribuído por todo o país sua comunicação é efe-
tivada por meio de:
TV Ponto de venda Internet
A essência do Café Caboclo consiste em levar ao consumidor o
sabor do campo; conforme seu slogan “Caboclo. O sabor do campo na
sua casa”.
tabela 17: café caboclo / fonte: grupo trâmita
café caboclo
espresso
arábica conilion
arábica conilion
tradicional
tradicional
pureza abic eibdn
pureza abic eibdn
250g500g
1kg
almfadavácuo/pouch
vácuo
torradoe moído
torradoem grãos
R$ 3,29R$ 7,19
R$ 18,99
café caboclo (marketing mix)
produto tipo de grão categoria certificações peso embalagem característica preço
78
5.4.9 Concorrência Indireta A concorrência também se estabelece indireta-
mente. No caso da Fazenda Juliana, entende-se por con-
corrência indireta aqueles produtos semelhantes, que
acabam diminuindo a demanda do café por disputarem o
mesmo tipo de desejo do consumidor, como por exemplo
o leite, o chá, achocolatados e sucos. Essas bebidas suprem
a mesma necessidade do café para alguns consumidores,
o que pode interferir na hora da compra.
5.5 cinco forças de porter
poder de barganha dos fornecedores A torrefação da Fazenda Juliana conta com forne-
cedores para matéria prima e embalagens. Como nunca
houve problemas com o atendimento, mantêm-se os mes-
mos fornecedores desde o início das atividades da torrefa-
ção, o que gerou um grande e bom relacionamento entre
as partes envolvidas.
Todo o café utilizado na produção dos cafés Afri-
ka, Sabor do Cerrado e Reserva Carmelo, vem da plantação
da própria Fazenda Juliana, o que daria a ela grande poder
de barganha sobre a torrefação, mas em virtude de ambas
as empresas serem de um mesmo proprietário, este poder
não é utilizado.
A compra de embalagens é bem dispersa, e com-
preende três cidades de dois estados diferentes, por isso
quase não existe poder de barganha desses fornecedores
perante a empresa. Mas caso haja alguma pressão nesse
aspecto, a torrefação pode optar por realizar uma integra-
ção para frente, passando a produzir suas embalagens.
Assim ela praticamente dominaria sua cadeia de produ-
ção obtendo todas as vantagens existentes neste sentido.
E como os fornecedores são empresas especializadas em
embalagem, a Fazenda também não teria muito poder de
barganha, pois seu fornecedor trabalha com diversas em-
presas de vários segmentos diferentes.
poder de barganha dos compradores Os cafés da Fazenda Juliana não têm muito conhe-
cimento em sua região de produção. São, em sua maioria,
vendidos para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e
Bahia. Sua produção ainda é muito pequena, apenas ge-
rada pela demanda de seus clientes, que não são muitos.
Assim, as suas compras representam muito no faturamen-
to da empresa. Essas questões favorecem o cliente quando
se trata de negociações de compra com a torrefação, pois
valorizam e aumentam seu poder de barganha.
Por outro lado, os cafés da Fazenda tem grande
aceitação por parte de seus compradores, e sua qualidade
já comprovada faz deles um produto importante no mix de
vendas do cliente. Quando o produto é conhecido pelos
consumidores finais, passa a ser exigido com frequência,
como foi constatado através de pesquisas. Outra maneira
de amenizar este poder de barganha de compradores, é
fazer uma ameaça de integração para frente, fazendo com
que os cafés cheguem ao consumidor final pela própria
torrefação da Fazenda Juliana, ou também dispersar as
vendas, visto que esse produto só poderá ser adquirido por
meio da própria Fazenda.
barreiras de entrada Como acontece com outros tipos de mercado,
uma importante barreira de entrada a ser analisada seria o
custo financeiro para iniciar as atividades dentro do merca-
79
do pretendido. A indústria torrefadora é caracterizada por
baixas barreiras de entrada, pois trata-se de uma indústria
com poucas restrições tecnológicas e com pequeno inves-
timento inicial mínimo quando comparamos a produção
de outros tipos de café.
O café solúvel, por exemplo, pode ser produzido
por formas convencionais, o que poderia tornar seu mer-
cado um pouco mais acessível, porém para operar com
plantas industriais sofisticadas, fazendo uma produção
economicamente viável que requer equipamentos de alta
tecnologia e alto custo. Para tanto, é necessário um investi-
mento alto que torna essa indústria bem mais concentrada
e restritiva do que a anterior, sendo uma enorme barreira
para os pequenos empreendedores, que não dispõem de
capital suficiente para iniciar a atividade.
Outra importante barreira a ser considerada foi
criada pela ABIC em 2004. Trata-se do Programa de Qua-
lidade do Café - PQC, um programa de Certificação e Se-
gurança Alimentar para o café torrado e moído. Essa cer-
tificação que identifica os cafés produzidos por empresas
auditadas por técnicos credenciados da ABIC, mostra que
o café de determinada empresa foi avaliado por degusta-
dores e especialistas da área, e o que antes era um selo de
qualidade, passou a ser obrigatório. Portanto, quem deseja
adentrar nesse mercado precisa conquistar cada selo ABIC
para poder comercializar seus produtos.
Além dessas, a ANVISA (Agência Nacional de Vi-
gilância Sanitária) tem uma legislação específica sobre as
Boas Práticas de Fabricação e sobre os Padrões de Identi-
dade e Qualidade do Café. Legislações essas, que devem
ser observadas e cumpridas para que o produto tenha au-
torização para ser comercializado no país e para receber o
selo PQC da ABIC, pois o órgão considerou essas legislações
como requisitos técnicos para a concessão do Símbolo de
Qualidade ABIC do PQC - Programa de Qualidade do Café.
barreiras de saída As empresas da indústria de café procuram sem-
pre aprimorar seus métodos de produção para se adequa-
rem às normas exigidas pela ABIC, pois assim há maiores
chances de conquistar os selos que o órgão coloca a dispo-
sição dos produtores de café, desde que eles cumpram as
exigências previamente estabelecidas.
São vários selos diferentes como já visto nesta análi-
se, e isso se configura em uma barreira de saída, visto que as
empresas demandam de vários esforços para conseguirem
esses selos, e ao cogitarem a saída do mercado deparam-se
com o abandono de todo um esforço feito anteriormente
para àquela conquista. Isso pode fazer com que a adminis-
tração decida permanecer no mercado desfrutando dos
benefícios advindos com a conquista desses selos.
Já a Fazenda Juliana, encontraria uma barreira de
saída emocionalmente forte. Os clientes são fiéis, pois apre-
ciam o puro sabor dos cafés produzidos pela torrefação
da Fazenda. Muitos não adquirem outro produto similar, e
caso a Fazenda opte por sair da indústria do café, teria que
deixar esses clientes sem a distribuição de seus produtos.
Isso não seria muito fácil, visto que os clientes são de regi-
ões distantes da produção e, ainda assim optam por adqui-
rir os cafés da empresa.
O café da Fazenda Juliana é considerado um pro-
duto de alta qualidade comercializado no país e até mes-
mo exportado. Mas essa comercialização não garante que
o produto da Fazenda chegue até o consumidor final com
todo potencial que sai da empresa, pois os compradores
não necessariamente o revendem com seu grau de pureza
e qualidade. Através da torrefação, a Fazenda Juliana tem
a oportunidade de levar até o consumidor o café puro e
de qualidade que é produzido em suas terras. Ao deixar de
comercializar este café, a empresa deixará de mostrar ao
mercado toda a qualidade existente no sabor do seu café.
80
ameaças de produtos substitutos Segundo dados da pesquisa de Tendência de Consumo realizada
pela ABIC no ano de 2010, 69% dos entrevistados declararam sua preferên-
cia pelo consumo do café a despeito de seus concorrentes, (suco natural,
chá, leite e outros) e afirmaram não acreditar que haverá um produto para
substituir o café.
Esta pesquisa afirma ainda que há uma tendência de consumo de
novos produtos feitos á base de café, o que não configura um substituto,
pois em sua composição ainda irá predominar o uso do café.
2003 2010
65%
semsubstituto
suconatural
leite outras
17%
chá
69%
14%
8% 9%
14%
4%5%
4%
figura 29: possíveis substitutos para o café / fonte: abic
figura 30: expectativa de novos produtos à base de café / fonte: abic
2009 2010
0% 5%
café que nãoirrite o estômago
3%6%
mistura de café,leite e chocolate
3% 0%
café que mostrebenefícios à saúde
3% 4%
café em saquinho(como chá)
60%61%
não tem nadaque eu deseje
9% 10%
mistura decafé com leite
7% 9%
café prontopara beber
6% 5%
café maispuro
5% 9%
café jáadoçado
2% 9%
café já adoçadocom adoçante
2%3%
produtos docescom sabor de café
2% 2%
mais opções emembalagens prontas
1% 3%
café em embalagensindividuais
1% 2%
café em embalagensecofriendly
81
5.6 análise do composto de marketing
5.6.1 Produto A Fazenda Juliana possui um portfólio composto por três produ-
tos, nas categorias tradicional e superior. São eles:
Afrika:• disponível em embalagens de 250g e 500g (café tradicional);
Sabor do Cerrado:• disponível em embalagens de 250g e 500g (café superior);
Reserva Carmelo:• disponível em embalagens de 250g, 500g e 1kg (café superior).
A qualidade dos produtos da empresa se deve ao alto grau de cui-
dado durante todo o processo de produção.
Como a torrefação utiliza uma matéria-prima provida por uma di-
visão do mesmo Grupo do qual faz parte, a equipe possui um controle de
todas as etapas, desde a plantação, colheita e seleção dos grãos até o café
na xícara. Além disso, todos os produtos são compostos somente de café
arábica (considerado o melhor do mercado) e a matéria-prima é produzida
na melhor região para plantação de café (Cerrado).
O uso exclusivo de matéria-prima de primeira qualidade e o con-
trole de qualidade, garantem aos cafés da R.J. Baiardi, razão social da Fa-
zenda Juliana, as primeiras colocações nos concursos da ABIC para cafés
superiores. figura 31: reconhecimento do produto reserva carmelo expresso e torrado / fonte: abic
82
A Fazenda também conta com diversas certificações de empresas
e organizações de renome para garantir a qualidade de seus produtos.
I. Descrição dos produtos
figura 32: logomarca café afrika / fonte: grupo trâmita figura 33: embalagem café afrika / fonte: grupo trâmita
a) café afrika O café Afrika, do tipo tradicional, é feito 100% a partir de grãos ará-
bica e possui aroma e sabor intensos, moagem fina, torração média e é
uma bebida dura e encorpada, de acordo com perfil de sabor da ABIC.
Além disso, é certificado pelo Selo de Pureza e pelo Programa de
Qualidade do Café, ambos da ABIC, na categoria tradicional, que foram des-
critos no capítulo três, Caracterização da Indústria.
83
selo de pureza abic
pqc - programa de qualidade do caféPor ser um café tradicional, o café Afrika possui o Selo de Qualidade ABIC Tradicional (imagem), cujo padrão de qualidade
recomendado pela norma é: qualidade global mínima de 4,5, até 20% de defeitos de PVA (grãos pretos, verdes e ardidos),
pureza e produto de acordo com a Ficha Técnica.
tabela 18: certificados café afrika / fonte: grupo trâmita
84
figura 34: logomarca café sabor do cerrado/ fonte: grupo trâmita figura 35: embalagem sabor do cerrado / fonte: trâmita
figura 37: embalagem café reserva carmelo / fonte: trâmitafigura 36: logomarca café reserva carmelo / fonte: grupo trâmita
b) sabor do cerrado e reserva carmelo Os produtos Sabor do Cerrado e Reserva Carmelo, ambos do tipo superior, são feitos em sua totalidade a partir
de grãos arábica e possuem aroma e sabor intensos, moagem fina, torração média e são bebidas duras e encorpadas,
de acordo com perfil de sabor da ABIC.
Assim como o café Afrika, estes produtos são certificados pelo Selo de Pureza e pelo Programa de Qualidade
do Café, ambos da ABIC, que foram descritos no capítulo três, Caracterização da Indústria.
85
pqc - programa de qualidade do caféPor ser um café superior, o café Reserva Carmelo e Sabor do Cerrado possuem o Selo de Qualidade ABIC Superior (imagem),
cujo padrão de qualidade recomendado pela norma é: qualidade global mínima de 6,0, no máximo 10% de defeitos de PVA
(grãos pretos, verdes e ardidos), pureza e produto de acordo com a Ficha Técnica.
certificação rainforest allianceA Rainforest Alliance é uma organização fundada em 1987 e que possui mais de 17 mil membros no mundo todo com o com-
promisso de preservar os ecossistemas e a biodiversidade, por meio de projetos ambientais junto a empresas, comunidades
locais e proprietários de terras.
Essa certificação visa, através da promoção e incentivo do manejo florestal e agrícola, ambientalmente corretos e economica-
mente viáveis, contribuir para a preservação da biodiversidade e justiça social, tendo como base a certificação, treinamento,
capacitação dos trabalhadores e o incentivo ao desenvolvimento de políticas públicas ambientais.
No Brasil, a certificação é concedida pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e pode ocorrer de
duas formas: certificação de cadeia de custódia e certificação de unidade de produção agrícola.
A certificação é uma garantia de que o produto foi produzido de forma ambiental e socialmente responsável, agregando
valor a ele.
certificação de origem e qualidade do café do cerradoEssa certificação de propriedade constitui uma importante ferramenta de venda para cafés, por garantir que a sua origem é a
região do Cerrado, uma das melhores do mundo para se produzir café. Sua norma está registrada no INPI como Regulamento
da Região Demarcada do Cerrado Mineiro. Esta certificação tem como fundamentos aqueles pertinentes ao conceito de
Appèllation, relatados a seguir:
• Demarcação oficial da região produtora;• Perfeita caracterização e identificação sensorial da bebida;• Possuir normas e condições de produção padronizadas, homogêneas e codificadas, denominadas terroir.
O produto certificado por este selo cumpriu os seguintes requisitos:
• Lote de café sob certificação produzido na região demarcada do Cerrado Mineiro, advindo de uma Fazenda Certificada pelo CACCER;• Bebida que apresenta as características sensoriais do Café do Cerrado, cafés pontuados acima de 75 pontos pela metodologia da SCAA;• Lote sob certificação depositado em armazém certificado/credenciado pelo CACCER.
Além dos selos da ABIC, os produtos Reserva Carmelo e Sabor do Cerrado possuem as seguintes certificações:
selo de pureza abic
86
cafés sustentáveis do brasilA proposta desse programa de certificação é introduzir o mercado brasileiro dentro da nova tendência mundial que é a do
consumo consciente: produtos que são adquiridos porque foram feitos respeitando a sustentabilidade econômica, social e
ambiental.
Lançado em novembro de 2006 e colocado em prática em maio de 2007, esse programa certifica o café desde a produção até
a industrialização, o que o torna único no mundo.
Gerenciado pelo Instituto Totum, foi criado um regulamento único de certificação, no qual são observados todos os requisitos
de sustentabilidade e garantia de origem dos grãos nas fazendas, e o processo industrial, com as boas práticas de fabricação,
incluindo avaliação da qualidade global do produto, que deve ser café Superior ou Gourmet. Para receber o selo do PCS o café
certificado deve compor, no mínimo, 60% do blend.
utz certified good insideUTZ significa “bom” na língua maia. A UTZ Certified é uma rede mundial de programa de certificação que define o padrão
para a produção e abastecimento responsáveis do café.
O conceito de qualidade do café entre os consumidores está se espalhando mundialmente. O sabor é importante, mas há
também um interesse crescente nas condições em que foi feito. Legislações alimentares na Europa, América e Japão estão se
movendo na direção da transparência de origem e rastreabilidade do produto final.
O Programa UTZ Certified oferece a garantia de produção responsável do café e do abastecimento que os seus consumidores
esperam. Ele responde à duas questões cruciais para a cadeia global de café: de onde ele veio e como foi produzido.
O Programa é baseado no Código de Conduta UTZ: um conjunto de critérios sociais e ambientais para práticas de cultivos de
café responsáveis e gestão eficiente de fazendas.
tabela 19: certificados cafés sabor do cerrado e reserva carmelo / fonte: grupo trâmita figura 38: gráfico de preços médios praticados / fonte: fazenda juliana
tabela 20: tabela de preços médios por quilo praticados / fonte: fazenda juliana
Além das certificações, estes produtos fazem parte da iniciativa do
Código Comum para a Comunidade Cafeeira (4C), apoiando seu enfoque de
sustentabilidade. A Associação 4C busca criar um ambiente benéfico e har-
monioso entre os produtores de café, os trabalhadores do setor do café, as co-
munidades rurais, comércio e indústria, os consumidores e o Meio Ambiente.
Seus objetivos a longo prazo são maior eficiência, redução de cus-
tos, melhoria da qualidade e aumento da rentabilidade na produção de
café. A Associação 4C visa fazer a diferença ao proporcionar acesso a boas
práticas agrícolas e de gestão, especialmente para pequenos produtores;
estabelecer uma rede aberta e global de aprendizagem para o intercâmbio
de experiências e conhecimentos sobre café; melhorar a capacidade dos
produtores de auto-organização; aumentar a transparência e rastreabilida-
de na cadeia de fornecimento de café; e ao fornecer uma base para outras
atividades para a produção sustentável de café.
87
figura 38: gráfico de preços médios praticados / fonte: fazenda juliana
tabela 20: tabela de preços médios por quilo praticados / fonte: fazenda juliana
5.6.2 Preço A torrefação sempre busca repassar seus produtos pelo preço jus-
to, ou seja, este valor não é influenciado pela quantidade de sacas de café
em estoque: os produtos são vendidos pelo mesmo preço independente
da demanda. Em Salvador, o produto mais comprado é o Reserva Carmelo
Expresso, lá o valor é mais alto devido ao ICMS.
A empresa trabalha com uma margem de lucro de 15%, é a partir
dela que os preços dos produtos são estipulados.
Abaixo, apresenta-se, em gráfico e tabela, o preço médio pratica-
do para cada produto da Fazenda Juliana:
5.6.3 Praça A praça ou ponto de venda inclui as várias atividades
assumidas pela empresa para tornar o produto acessível e dis-
ponível ao consumidor.
Existem diversos níveis de canais que são utilizados no
mercado, no caso da Fazenda Juliana, são utilizados dois:
• Canal de nível zero (ou canal de marketing direto): a em-
presa vende o produto diretamente ao consumidor final, a
partir do contato direto;
• Canal de um nível: conta com um único intermediário de
vendas, no caso da Fazenda: varejistas, cafeterias e um repre-
sentante em Salvador.
A empresa trabalha com pedidos mensais, atendendo a
demanda de seus clientes fixos.
O processo de vendas funciona da seguinte maneira: o
cliente realiza o pedido por meio de e-mail, contato telefônico
ou direto (pessoal) com o escritório da Fazenda Juliana. A partir
disso, o fluxo de distribuição pode seguir dois caminhos. Caso
o cliente seja da cidade de Monte Carmelo, na qual é localizada
a sede da empresa, a entrega é feita pela Fazenda com veículo
próprio (canal de nível zero).
Para as outras cidades, o tamanho do pedido determina
o tipo de distribuição (canal de um nível). Se o pedido for pe-
queno, até 8kg, ele é enviado diretamente para o endereço do
cliente, via encomenda PAC pelos Correios. Acima deste peso, os
pedidos são entregues por meio de duas transportadoras:
• Transportadora União: para as cidades de São Paulo, Rio de
Janeiro, Brasília e Belo Horizonte;
• Transportadora Ramos: para as cidades de Salvador, Belém
e Recife.
R$ 32,04
R$ 12,24
R$ 24,18
R$ 18,38
afrika reservacarmeloespresso
sabor docerrado
reservacarmelotorrado
afrika
reserva carmelo espresso
reserva carmelo torrado
sabor do cerrado
produtoR$ 12,24
R$ 32,04
R$ 24,18
R$ 18,38
preço médio
88
A figura abaixo ilustra esse fluxo.
Antigamente, eram contratados os serviços da empresa Atlas, po-
rém, a parceria foi encerrada após uma mudança na estratégia da transpor-
tadora que passou a atender somente grandes demandas.
Ainda integrando o canal de um nível, a empresa possui um repre-
sentante em Salvador, que desempenha o papel de transportador, viajan-
do para levar os produtos da Fazenda à cidade. Além disso, ele prospecta
novos clientes e atua como intermediário de pedidos, os clientes entram
em contato com ele para realizarem suas compras.
A empresa possui seus pontos de venda concentrados em Monte
Carmelo, principalmente pelo maior controle que isto oferece e pela faci-
lidade na distribuição. São dois supermercados: Ki-Jóia, localizado na Ave-
nida João Pinheiro, 244 e Super Seu, na Av. 15 de Novembro, 325, ambos
supermercados de tradição na cidade. Outro ponto de venda da empresa
é a loja de conveniência do Posto de Gasolina Ermari Petrobrás, localizada
na Av. Olegário Maciel, 439.
Em todos os pontos de venda da cidade, são comercializados os
três tipos do produto, sendo que o Sabor do Cerrado é vendido apenas em
Monte Carmelo.
cliente
montecarmelo
veículopróprio
outrascidades
até 8kg correios (pac)
acimade 8kg
transportadora união
transportadora ramos
são paulo / rio de janeirobelo horizonte / brasília
salvador / belém / recife
figura 39: fluxo de distribuição / fonte: grupo trâmita
figura 40: fachada do supermercado ki-jóia, monte carmelo - mg. / fonte: grupo trâmita
figura 41: fachada supermercado super seu, monte carmelo - mg. / fonte: grupo trâmita
89
Em Salvador, a Fazenda Juliana possui uma parceria com a cafete-
ria Pereira, que utiliza os seus produtos como ingredientes de suas bebidas.
Caso haja interesse por parte dos consumidores em comprar o
produto da Fazenda ao experimentar a bebida, a Cafeteria revende o pro-
duto, mas em nenhum momento ela cria estímulos para compra. A empre-
sa também possui outro ponto de venda nesse estilo em Belém, no caso, o
restaurante Capone.
O pagamento é feito por meio de nota fiscal diretamente para o
encarregado da empresa, a nota é emitida após confirmação da compra
figuras 42 e 43: imagens internas da cafeteria pereira, em salvador (ba) / fonte: site cafeteria pereira
figura 44: gráfico de representatividade de vendas / fonte: grupo trâmita
tabela 21: representatividade de vendas / fonte: fazenda juliana
4%30%
21%45%
afrika
reserva carmelo espresso
reserva carmelo torrado
sabor do cerrado
afrika
reserva carmelo expresso
reserva carmelo expresso
reserva carmelo torrado
reserva carmelo torrado
sabor do cerrado
sabor do cerrado
produto250 g / 500 g
500 g
1 kg
250 g
500 g
250 g
500 g
embalagem4.406 kg
964,5 kg
2.081 kg
6.338 kg
280,75
254 kg
354 kg
quantidade30%
6,57%
14,17%
43,18%
1,91%
1,73%
2,44%
vendas
juntamente com o boleto bancário. O prazo médio de recebimento é de
30 a 40 dias, sendo que o cliente só realiza o pagamento após receber a
mercadoria, no banco de sua preferência.
dados 2010 O Afrika, café tradicional do mix da Fazenda Juliana representa
30% das vendas da empresa, o Reserva Carmelo torrado, carro-chefe da
empresa e produto de categoria superior, possui 45%, já o Sabor do Cerra-
do, também classificado como superior, contribui com aproximadamente
4%. Considerando que os cafés Reserva Carmelo e Sabor do Cerrado são
superiores, observa-se que eles concorrem entre si e o segundo não possui
uma margem satisfatória de vendas.
90
5.6.4 Promoção A promoção engloba todas as ativida-
des desempenhadas pela empresa para comuni-
car e promover seus produtos ao mercado-alvo,
como por exemplo, propaganda, promoção de
vendas, assessoria de imprensa, relações públi-
cas, merchandising, força de vendas, marketing
direto e on-line.
A empresa possui um site institucional
com diversas informações sobre sua história, linha
de produtos, certificações, dentre outras, além de
um canal para contato destinado a quem tiver in-
teresse em mais informações.
Além do site, não é realizado nenhum
outro tipo de comunicação com os públicos.
5.7 grupos estratégicos
Para desenvolvimento dos Grupos Es-
tratégicos, algumas dimensões relevantes e in-
fluenciadoras no mercado analisado foram de-
finidas, e para sua comparação as notas foram
distribuídas de forma crescente de acordo com
cada atributo agregado.
Para determinação da pontuação de
cada concorrente, teve como base a nota maior
avaliada como 100%, assim para ordenação das
demais, foi realizada uma regra de três de acordo
com a nota base.
comunicação Analisar a comunicação do setor cafe-
eiro é analisar o esforço gerado pelas empresas
em busca de trabalhar a valorização de seus pro-
dutos em função da qualidade em um mercado
que ainda considera a atividade de compra de
café algo rotineiro.
Para gerar uma comparação e assim
surgirem as diferenciações foram analisados os
meios que as empresas utilizam como forma de
comunicação. Assim, quanto mais mídias, maior
a visibilidade da empresa e/ou produto.
certificações Pontos que são considerados impor-
tantes para valorização do produto são a con-
fiabilidade, sanidade e qualidade, características
que são traduzidas por meio de certificações. A
tendência do mercado é validar atributos que
permitem caracterizar o café, desde indicadores
físicos (origem, variedade, cor e tamanho) até
preocupações de ordem ambiental e social sob
as quais o café é produzido (sistemas de produ-
ções e condições de mão de obra).
preço A definição do preço do produto está
vinculada aos custos envolvidos em todo o pro-
cesso de comercialização. Tendo que a agre-
gação de valor ao produto através do preço
inclui as sensações que podem ser passadas no
momento em que o cliente está escolhendo a
mercadoria. Sendo que a empresa através de seu
preço final transmite seu posicionamento.
Para uma possível análise competitiva,
toma-se como referência que produtos com
preços mais altos possuem uma nota superior as
das outras concorrentes.
91
mix de produtos É importante apresentar diferenciações
quanto à forma do café, pois em um ambiente
no qual a sociedade está cada vez mais exigente
e interessada em experimentar novos sabores,
possuir um mix de produto é um diferencial que
permitirá a empresa aumentar sua rentabilidade,
conseguir novos consumidores e elevar sua ima-
gem percebida no mercado.
Os critérios para avaliação dessa dimen-
são foram baseados tanto na variedade de pro-
dutos, quanto nos diferentes formatos. Portanto,
quanto maior a linha de produtos de uma em-
presa, maior sua nota em relação às outras orga-
nizações.
distribuição O grau de proximidade entre compra-
dores e vendedores possibilita além do relacio-
namento, a formação de alianças estratégicas
que visam melhorar a cadeia de comercializa-
ção. Assim, a análise desta variável é relevante ao
modo que se percebe a presença da marca nas
diferentes regiões.
distribuição de notas - marca
distribuição de notas - segmento de café • tradicional
tabela 22: distribuição de notas - marca / fonte: fazenda juliana
tabela 23: distribuição de notas - classificação café tradicional / fonte: fazenda juliana
fazendajuliana
3,5
1,25
2
caboclo
3,5
5
6
toko
8,5
10
4
três corações
10
6,25
10
bomdia
10
3,75
10
pilão
8,5
6,25
6
mix de produtos
comunicação
distribuição
cajubá
8,5
10
4
itaú
1,5
3,75
2
finogrão
6,5
1,25
2
fazendajuliana
6
10
1,25
caboclo
1,5
8
5
toko
2,5
7
2,5
três corações
1,5
7
6,25
bomdia
10
7
3,75
pilão
1,5
7
6,25
certificação
preço
distribuição
cajubá
2,5
4
10
itaú
1,5
3,75
2
finogrão
1,5
7
1,25
92
• superior
5.7.1 Análise no nível de marca O acompanhamento das estratégias de comunicação e as ofertas
de mix de produtos se fazem necessário para avaliar o quanto e em qual
nível as marcas de café estão presentes no mercado.
A vantagem competitiva de cafés no Brasil é respaldada por dire-
trizes que estabelecem qualidade (determinada através, também, da pure-
za), precificação e presença, seja por meio de distribuição ou comunicação.
Os gráficos acima caracterizam o cruzamento do esforço de pro-
moção de cada concorrente, sua linha de produtos e sua distribuição.
Observa-se que os grupos em destaque apresentam qualidades compe-
titivas importantes por promoverem melhor seus produtos e possuírem
um portfólio mais diversificado que a Fazenda Juliana, no mercado.
Outro ponto considerado é a semelhança da estratégia competi-
tiva entre a Fazenda Juliana e o Café Fino Grão na plotagem 2, onde eles
pertencem ao mesmo grupo estratégico, com pouca distribuição e baixo
nível de comunicação.
5.7.2 Análise no nível de classificação Tão importante quanto analisar a concorrência por marcas é sepa-
rá-la por tipos de café, pois cada classificação tem sua característica própria
e que apresenta especificações quanto à certificação e precificação.
Com as maiores exigências do mercado, as marcas precisam oti-
mizar os benefícios intrínsecos, como qualidade, desde o processo de plan-
fazendajuliana
6
10
1,25
toko
2,5
1
2,5
bomdia
10
5
3,75
certificação
preço
distribuição
tabela 24: distribuição de notas - classificação café superior / fonte: fazenda juliana
figura 46: cruzamento da distribuição x comunicação / fonte: grupo trâmita
figura 45: cruzamento mix de produtos x comunicação / fonte: grupo trâmita
figura 47: cruzamento certificações x preço - café tradicional / fonte: grupo trâmita
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
dis
trib
uiç
ão
comunicação
a. fazenda juliana b. itaú c. caboclo d. pilão e. três corações
f. cajubá g. bom dia h. toko i. fino grão
b
c
d
e
f
i
a
g
h
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
dis
trib
uiç
ão
comunicação
a. fazenda juliana b. itaú c. caboclo d. pilão e. três corações
f. cajubá g. bom dia h. toko i. fino grão
b
c d
e
f
ia
g
h
93
O cruzamento acima representa em suma a classificação do preço
em relação à quantidade de certificações dos principais players de cafés tra-
dicionais. A distinção consiste na garantia de uma maior qualidade do grão
de café tradicional por um preço compatível e acessível com o de mercado.
Nota-se que a Fazenda Juliana fica atrás apenas da marca Bom Dia.
O preço da Fazenda Juliana apesar de ser mais alto comparando
aos outros concorrentes, está de acordo com a qualidade de seu produto,
que mesmo tradicional, possui grãos 100% arábica, que colabora também
para a justificativa de suas certificações. Observando a plotagem, existe um
grupo que trabalha com estratégias de preços similares e possui a mesma
quantidade de certificados.
5.7.4 Superior
No cruzamento acima, aparecem três grupos estratégicos quando
se analisa as marcas que possuem apenas cafés superiores, apenas três tra-
balham com esta classificação. O café Toko é um concorrente que compe-
te com o café Reserva Carmelo Torrado em Grãos (Expresso), porém uma
de suas estratégias, que pode ser explicada pelo processo de produção, é
um preço inferior ao da Fazenda.
Já o café Bom Dia superior, compete com o Reserva Carmelo Tor-
rado e Moído. Assim, constata-se que a marca Bom Dia apresenta exce-
lente precificação comparando com o número de selos de qualidade que
possui. Em segundo plano está a Fazenda Juliana, que também apresenta
atributos que caracterizam seu produto como um café diferenciado.
conclusão Ao final das análises, observa-se que a Fazenda Juliana não possui
uma marca tão consolidada e presente no mercado quanto aos seus concor-
rentes, tanto na categoria superior quanto tradicional. Pode-se analisar tam-
bém que os café da Fazenda possuem um preço competitivo e uma grande
quantidade de certificações . Constata-se então que a falha da empresa pe-
rante a concorrência está na área de atuação e na falta de comunicação.
figura 47: cruzamento certificações x preço - café tradicional / fonte: grupo trâmita
figura 48: cruzamento certificações x preço - café superior / fonte: grupo trâmita
tação até o produto para consumo final, com o objetivo de se posicionar
no mercado de acordo com suas diretrizes.
Para tanto, as análises seguintes foram embasadas de acordo com
o produto carro-chefe de cada empresa concorrente da fazenda.
5.7.3 Tradicional
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
cert
ific
ação
preço
a. fazenda juliana b. itaú c. caboclo d. pilão e. três corações
f. cajubá g. bom dia h. toko i. fino grão
b cd
f
i
a
g
h
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
cert
ific
ação
preço
a. fazenda juliana b. itaú c. caboclo d. pilão e. três corações
f. cajubá g. bom dia h. toko i. fino grão
a
g
h
94
5.8 conclusão
É nítido que existem forças próximas à empresa que podem sus-
tentar a sua competitividade no mercado e criar assim um impacto sobre
os planos e ações de marketing. Determinadas forças, puderam ser obser-
vadas na análise microambiental.
Nota-se neste capítulo o constante crescimento do consumo
geral de cafés, em especial dos diferenciados e pelo público jovem. Além
disso, é estrategicamente importante levar em consideração que os consu-
midores, em seus hábitos de compra, estão cada vez mais atentos às carac-
terísticas das embalagens e à qualificação dos produtos.
O fato dos benefícios do café estarem sendo valorizados, atrai as
mulheres a consumirem cada vez mais cafeína, o que é um ponto positi-
vo para o mercado cafeeiro, já que são elas as principais responsáveis pela
compra.
Vale ressaltar que o café não possui um público específico ou uma
sazonalidade de consumo, porém são nas classes A, B e C que estão as prin-
cipais oportunidades, devido ao crescimento de renda das mesmas.
A busca por empresas socialmente e ambientalmente responsá-
veis estabelece abertura àquelas que se preocupam com estes fatores, pois
os líderes de opinião têm influenciado a sociedade a consumir produtos
de organizações que são atuantes e que se preocupam com o ambiente e
com a comunidade a sua volta.
A análise deste capítulo também destacou a falta de comunicação
da empresa, que não realiza nenhum tipo de interação ou relacionamento
com seus clientes, prospects e públicos de interesse, tendo apenas um site
institucional como meio de informação e contato. Além disso, a Fazenda
possui uma área de atuação que poderia ser maior, já que ela opera com
apenas 10% de sua capacidade produtiva. Atualmente ela está presente
no varejo apenas na cidade de Monte Carmelo, e nas outras cidades vende
seu produto como ingrediente para restaurantes e cafeterias, ou para con-
sumo interno de empresas.
Foi também neste capítulo que identificou-se a força da empresa
na qualidade dos seus produtos, que passam por um controle rigoroso em
todas as etapas de produção. Tudo isso, garantido e reconhecido por diver-
sas certificações de diferentes organizações.
Portanto, todos os dados levantados devem coexistir em harmo-
nia para oferecer valor superior e satisfação nas ações oferecidas aos cliente
e públicos de interesse nos próximos capítulos.
95
97
06._____________
entre os vários métodos de
preparo de café, o espresso,
por ter o menor tempo de
infusão, é o que contém o
menor teor de cafeína
_____________macroambiente
fonte: saúde pública
99
06 macroambiente6.1 ambiente cultural
Variável Ambiental Críticaregião do cerrado mineiro(indicação geográfica)
Por quê é crítica? A iniciativa visa o reconhecimento dos produtores
e o desenvolvimento da região, e tem como objetivo os
novos mercados mais qualificados, e o crescente segmen-
to de consumidores conscientes, que exigem produtos éti-
cos e valorizam a alta qualidade e a origem dos produtos
que consomem.
Histórico da Variável. Produtora de café há pouco mais de 40 anos, a Re-
gião do Cerrado Mineiro se destacou no cenário nacional
tanto pela alta qualidade de seus grãos quanto pela ousadia
com que se diferencia e pelas formas alternativas da ativida-
de, sempre contemplando produtores e comunidades.
Esse formato de organização teve início em 1992,
quando foi criado o Caccer - Conselho das Associações dos
Cafeicultores do Cerrado para a representação institucional
da região e do marketing da marca Café do Cerrado.
Desde então, conquistas relevantes têm se desta-
cado no cenário nacional e internacional.
Em 2002, foi implantado o sistema de Certificação
de Origem e Qualidade para o controle dos cafés que leva-
vam o selo da região, primeiramente com a chancela do
IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária e, posteriormente,
com controle interno próprio, por meio da parceria com a
Associação Americana de Cafés Especiais – SCAA. Em 2005,
em vista da importância das questões socioambientais,
implantou-se o programa de Certificação de Propriedade.
Em 2007, firmaram parceria com a ABIC – Associa-
ção Brasileira da Indústria de Café, para atender as demandas
de torrado e moído no projeto Cafés Sustentáveis do Brasil.
Em 2008, uma parceria estratégica foi feita com a Rainforest
Alliance, uma das maiores certificadores socioambientais
do mundo, aliando sustentabilidade no empreendimento
rural com a origem e qualidade do Café do Cerrado.
Em 2009, em parceria com o Sebrae-MG, partiram
para mais um desafio: estruturar um projeto para a ob-
tenção da Denominação de Origem junto ao INPI, com o
objetivo de angariar mais uma ferramenta competitiva do
agronegócio, bastante valorizada pelo mercado externo
e de vanguarda no interno: a intenção é refinar a bebida
café ao nível dos vinhos. Também em 2009 foi alterada a
razão social do Caccer para Federação dos Cafeicultores do
Cerrado. A mudança traz consigo não só a ratificação da
nomenclatura, mas tem como intuito principal a adoção
de uma postura mais democrática, na inclusão de todos os
cafeicultores da região.
Tendências e projeções. Consolidação da certificação e expansão do des-
taque da Região do Cerrado Mineiro como uma das me-
lhores para se produzir café.
Possíveis consequências para a empresa. A criação dessas organizações e certificações regu-
fonte: café do cerrado
100
lamentadoras, além do aumento do consumo consciente,
tornam o mercado dos cafés diferenciados mais promissor
e auxiliam no aumento do seu consumo. Elas fornecem aos
consumidores uma certeza de que estão consumindo pro-
dutos de qualidade e foco da empresa analisada, que deve
sempre buscar estar de acordo e regulamentada por essas
organizações e certificações.
Fonte: www.cafedocerrado.org
Variável Ambiental Críticaconsumo de café Por quê é crítica? O consumo de café retrata como funciona a de-
manda deste produto no mercado brasileiro, do qual a em-
presa analisada faz parte.
Histórico da Variável O consumo doméstico, predominantemente de
cafés do tipo Tradicional, tanto quanto o consumo fora
do lar, onde predominam os cafés Superiores e Gourmet,
apresentaram taxas de crescimento positivas. Maiores in-
vestimentos em produtos e no marketing interno do café
impulsionaram as vendas das marcas mais conhecidas.
A ABIC estima que este segmento de cafés dife-
renciados, embora represente a menor parte do consumo,
continue apresentando taxas de crescimento de 15% a
20% ao ano.
Já o consumo per capita foi de 6,02 kg de café em
grão cru ou 4,81 kg de café torrado, quase 81 litros para
cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 3,5%
em relação ao período anterior. Os brasileiros estão consu-
mindo mais xícaras de café por dia e diversificando as for-
mas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado
consumido nos lares, também os cafés expressos, cappuc-
cinos e outras combinações com leite.
A melhora da qualidade pode ser apontada como
uma das razões que justificam o aumento do consumo in-
terno.
figura 49: gráfico da evolução do consumo interno de café no brasil / fonte: indicadores da indústria de café no brasil - abic/2010
16,3
17,1
17,7
18,4
19,1
2006 2007 2008 2009 2010
milhões de sacas
101
figura 50: gráfico de hábitos de consumo de cafés especiais / fonte: tendências de consumo de café - abic
Tendências e projeções. A meta da ABIC para o consumo interno atingir 21
milhões de sacas, proposta em 2004, poderá ser atingida
em 2012. Com a economia brasileira sendo impulsionada
em 2011 e as boas previsões que se fazem para o cresci-
mento do PIB, do consumo das classes C, D e E, mais a pre-
visão de que as classes A e B poderão crescer 50% ate 2015,
é natural que o consumo do café siga crescendo.
Assim, o limite desafiador de 21 milhões de sacas
poderá ser atingido em 2012, desde que a evolução se
mantenha em, pelo menos, 5% ao ano. Com isso, o Brasil
passará a ser o maior país consumidor de café, superando a
tradicional liderança dos Estados Unidos.
Expectativas para 2011. Para 2011 a ABIC projeta um crescimento de 5,0%
em volume, o que elevaria o consumo para 20,27 milhões
de sacas. Pesquisas permanentes mostram que o produto
manteve preços estáveis para os consumidores nos últi-
mos 4 anos.
As vendas do setor em 2010 podem ter atingido
R$ 7,0 bilhões e espera-se atingir R$ 7,5 bilhões em 2011.
Possíveis consequências para a empresa. O consumo crescente de café e suas variações
possui uma estimativa alta de crescimento, de 15% a 20%
no mercado de cafés diferenciados, negócio da empresa.
Tendências e projeções. Investimentos no setor e na produção, certifica-
ções e outros fatores contribuem para o futuro do consu-
mo de cafés especiais que tende a continuar crescendo. Em
Variável Ambiental Críticahábitos de consumo(cafés especiais)
Por quê é crítica? Os principais produtos da empresa analisada são
classificados como cafés especiais.
Histórico da Variável.
0,5%
1%
especial descafeinado orgânico de regiãocertificada
1%
1,2%
0,4% 0,4%
0% 0%
2003 2009
102
adição, os consumidores estão mais conscientes, buscando produtos
de melhor qualidade.
Possíveis consequências para a empresa. Apesar do crescimento se dar em ritmo lento, ele mostra que
esse nicho no qual a empresa está inserida, possui potencial.
Apesar de ainda ser alto, o menor índice de desconhecimento
está na região Sudeste, 48% de acordo com o estudo Tendências de
Consumo de Café – Ivani Rossi Consultoria em Pesquisa para ABIC.
Variável Críticaintenção de pagar mais porqualidade Por quê é crítica? A empresa trabalha com um produto de qualidade, com preço
superior ao dos cafés tradicionais e similares.
Histórico da Variável. De acordo com os gráficos a seguir, o nível de disposição para
pagar mais por um produto de qualidade aumentou de 2008 para
2010, principalmente na classe A.
Tendências e projeções. Crescimento da classe C e consumidores mais
conscientes tendem a aumentar a sua disponibilidade para
pagar mais caro por produtos de maior qualidade.
Possíveis consequências para a empresa.
Esta variável representa uma grande oportunida-
de para a empresa, pois o mercado no qual ela está inseri-
da está disposto a pagar pelo seu produto, e o número de
pessoas que não estão dispostas a pagar diminui e tende a
continuar regredindo, de acordo com a pesquisa Tendên-
cias de Consumo de Café da ABIC (anexo VII).
Variável Ambiental Críticadeterminantes de compra Por quê é crítica? É de grande importância determinar quais fatores
que influenciam o consumidor a escolher o café que irá
comprar.
34%
20%
totalmente/muitodisposto
indiferente pouco/nadadisposto
45%
25%
46%
30%
2008 2010
figura 51: gráfico sobre intenção de pagar mais por produto de qualidade / fonte: tendências de consumo de café - abic
figura 52: gráfico sobre intenção de pagar mais por produto de qualidade por classe / fonte: tendências de consumo de café - abic
49% 48%
classe a classe b classe c classe d
58%
42% 43%
35%36%
29%
2008 2009
103
figura 53: gráfico de determinantes de compra de café / fonte: pesquisa tendências de consumo de café - ABIC
Histórico da Variável
Tendências e projeções. Qualidade é um fator que vem ganhando impor-
tância no processo de decisão de compra e continuará cres-
cendo. Cada vez mais as pessoas se desprenderão da marca
e passarão a valorizar informações e qualidade.
Possíveis consequências para a empresa. Esta pesquisa mostra alguns determinantes im-
2008 2009
51%
20%
35%
17%
marca habitual
qualidade
informações na embalagem
preço
promoção/ofertas
sabor do café
11%
8%
12%
12%
4%
6%
4%
6%
selo de qualidade/pureza
tipo de café
tamanho da embalagem
selo de qualidade certificada
tipo da embalagem
3%
1%
2%
1%
1%
0%
1%
1%
1%
3%
portantes para o produto da empresa analisada que estão
em crescimento, como: o selo de qualidade/pureza, selo
de certificação, qualidade e informações na embalagem. E
mostra também que as pessoas estão menos fiéis às mar-
cas, já que esta variável teve uma queda considerável, o
que é bom para a empresa que busca se inserir em novos
mercados.
6.2 ambiente natural
Variável Ambiental Críticaaquecimento global Por quê é crítica? Analisando os parâmetros do clima tais como a
temperatura, a luminosidade e a precipitação total, deter-
mina-se a aptidão climática da região para a planta e a me-
lhor época e forma de plantio e colheita.
Histórico da Variável. Nos últimos anos, a produção de café despencou
na Colômbia e em muitas outras regiões produtoras de
café da América Latina. O aumento das temperaturas e as
chuvas mais intensas e imprevisíveis são os culpados, fenô-
menos que muitos cientistas ligam parcialmente ao aque-
cimento global. As temperaturas médias nas regiões cafe-
eiras aumentaram quase 1 grau em 30 anos e, em algumas
áreas de montanha, o dobro disso, segundo a Cenicafé, o
centro de pesquisa do café da Colômbia. A chuva nessa
área foi mais de 25% acima da média nos últimos anos.
Tendências e projeções. Com temperaturas mais altas, os brotos das plan-
104
tas abortam ou seus frutos amadurecem depressa demais.
O calor também traz a ferrugem do café, um fungo devas-
tador. As chuvas fortes danificam as flores do Arábica, e os
períodos de seca de duas semanas que levam a planta a
produzir grãos ocorrem com menos frequência. “A produ-
ção de café está sendo ameaçada pelo aquecimento glo-
bal, e a previsão para o Arábica em particular não é boa”,
disse Peter Baker, especialista em café do grupo de pesqui-
sa CABI, no Reino Unido, que se concentra em agricultura e
Meio Ambiente, notando que as mudanças climáticas pre-
judicaram as plantações nas Américas Central e do Sul.
Possíveis consequências para a empresa. Com o aquecimento global interferindo na pro-
dução do café, haverá um aumento significativo no preço
do café, tanto na compra da saca, quanto no produto final
pronto para consumo.
fonte: http://www.cafepoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/producao-de-cafe-ameacada-pelo-aquecimento-global-70626n.aspx
Variável Ambiental Críticagases de efeito estufa Por quê é crítica? Estudos apontam que os fertilizantes nitrogena-
dos são os maiores responsáveis pelas emissões de gases
de efeito estufa (GEE).
Histórico da Variável. Estudo realizado pelo Centro de Energia Nuclear
na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena/USP)
indica que os cafezais do Brasil têm um baixo grau de emis-
são de gases de efeito estufa (GEE).
Segundo o levantamento, que considerou apenas a
variedade arábica responsável por 75% da produção nacio-
nal, as emissões de gás carbônico equivalente podem variar
entre 2,03 toneladas por hectare e 4,95 toneladas por hectare,
dependendo da região. “Não é possível comparar esses volu-
mes às emissões de países como Colômbia ou Vietnã, pois
eles não tem esse tipo de levantamento. O que podemos
dizer é que as emissões da cafeicultura são de duas à quatro
vezes menores que outros grãos que se tem informação”.
fonte: cena / usp
Tendências e projeções. O desafio do setor é adequar as doses de fertilizan-
tes utilizadas, além de buscar outras fontes e também no-
vas maneiras de aplicação. A utilização de algumas tecno-
logias já disponíveis, como fertilizantes com inibidores de
emissão, também pode contribuir para melhorar a eficiên-
cia do setor. O inventário de carbono da cafeicultura foi fi-
nanciado pela torrefadora italiana illycaffè. O estudo servirá
de base para que a empresa possa informar nos rótulos de
seus produtos a quantidade de gases de efeito estufa que
emite. “A empresa percebeu que o mercado exigirá esse
tipo de informação em breve. O que ela fez foi se antecipar
a essa demanda”, afirmou Cerri.
Possíveis consequências para a empresa. De acordo com o site Café Point, pelo fato do café
ser um grão com menores índices de emissões e a maior
região produtora do país apresentar indíces menores ain-
da, o Brasil poderá obter maior sucesso na produção de
cafés de qualidade.
fonte: http://www.cafepoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/cafe-emite-ate-quatro-vezes-menos-gee-que-graos-70515n.aspx
105
6.3 ambiente político-legal
Variável Ambiental Críticacertificação de qualidade do café
Por quê é crítica? A certificação garante ao consumidor a escolha de
um café de qualidade.
Histórico da Variável. O novo regulamento que entrou em vigor em 23
de Fevereiro de 2011, determina os limites de impurezas
para o café. Aqueles que não se adequarem não poderão
ser comercializados. Embora já fossem impostas ao merca-
do, agora as exigências ganham força de lei. Até então a
fiscalização era feita pela Associação Brasileira da Indústria
de Café (ABIC), que concedia, ou não, a certificação do Selo
de Pureza e através do Programa de Qualidade do Café, o
Nível Mínimo de Qualidade, o Café Sustentável do Brasil e o
Círculo Café de Qualidade.
Tendências e projeções. As mudanças impostas pelo novo regulamento
do Mapa tendem a contribuir para o aumento do consumo
per capita de café torrado no Brasil.
Possíveis consequências para a empresa Uma vez que a regulamentação se tornará mais
rígida, a empresa deve estar sempre atenta para atender
todas as normas impostas pelo MAPA para garantir o seu
produto no mercado.
Variável Ambiental Críticacódigo florestal Por quê é crítica? O novo projeto do código Florestal prevê mudan-
ças radicais na produção agrícola.
Histórico da Variável. O projeto do novo Código Florestal em debate na
Câmara dos deputados propõe três tamanhos de reserva
na Amazônia Legal: 80% para os imóveis em área de flo-
resta; 35% em área de Cerrado; e 20% nas áreas de campos
gerais. Nas demais regiões do país, também 20%.
Ambientalistas defendem a reserva legal como
um benefício também para a agricultura. “A gente tem
uma imensa oportunidade de criar uma marca Made in
Brazil “igual a ambientalmente correto, sem contribuir para
o desmatamento e sem contribuir para o aquecimento
global”, destacou o superintendente de conservação da
WWF, Carlos Scaramuzza.
Tendências e projeções. Com a implementação do novo Código Florestal,
os produtores e as empresas terão que se adequar às nor-
mas do novo projeto, para manterem sua responsabilidade
ambiental
Possíveis consequências para a empresa. Os produtos fabricados de acordo com a nova lei
serão vendidos com a marca de ambientalmente correto.
fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/04/ambientalistas-e-produ-tores-estao-longe-de-acordo-sobre-reserva-legal.html
fonte: http://www.ABIC.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=59&infoid=774
106
6.4 ambiente econômico
Variável Ambiental Críticataxa de juros Por quê é crítica? A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo Ban-
co Central para manter a inflação sob controle ou para es-
timular a economia. Se os juros caem muito, a população
tem maior acesso ao crédito e consome mais. Este aumen-
to da demanda pode pressionar os preços caso a indústria
não esteja preparada para atender um consumo maior.
Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade mo-
netária inibe consumo e investimento, a economia desace-
lera e evita-se que os preços subam ou que ocorra inflação.
Histórico da Variável. A taxa de juros brasileira sempre figurou-se entre
a mais altas do mundo, mas em virtude dos efeitos da crise
econômica, o COPON procurou estimular o consumo bai-
xando esta taxa. Com a ameaça de inflação, o governo tem
como principal aliado o aumento desta taxa para conter o
consumo e reduzir a volta da inflação.
Tendências e projeções. Todas as projeções analisadas dão conta de que a
taxa de juros poderá chegar a 12% no final de 2012. Um au-
mento de 0,25% acima do projetado anteriormente.
Possíveis consequências para a empresa. Com o aumento da taxa de juros verifica-se que os
níveis de investimento e consumo podem diminuir.
fonte: http://www.jb.com.br/economia/noticias/2011/05/02/mercado-volta-a-elevar-previsao-da-inflacao-para-este-ano
Variável Ambiental Críticaimpostos Por quê é crítica? As cargas tributárias podem influenciar nos custos
e preços finais dos produtos comercializados. Afetam dire-
tamente no desempenho econômico e financeiro de um
segmento.
Histórico da Variável. Dados históricos apontam que os impostos brasi-
leiros figuram entre os mais altos do mundo sendo o 17°
em arrecadação.
Tendências e projeções. Não há nenhuma previsão de cortes em impostos.
Algumas campanhas tais como a redução do PIB ocorrida
recentemente podem até ocorrer, mas isto não mudará o
quadro de arrecadação de impostos no Brasil por enquanto.
Possíveis consequências para a empresa. Como o imposto incide sobre o valor final da mer-
cadoria, quanto mais elevado e em maior quantidade forem
os impostos, maior será o valor financeiro do produto final.
fonte: http://www.webartigos.com/articles/39948/1/Impostos-no-Brasil/pagina1.html
Variável Ambiental Críticainflação Por que é crítica? A inflação pode promover a redução do poder
107
de compra do consumidor, aumentar os preços nacionais
em níveis superiores aos preços internacionais, influenciar
as expectativas dos empresários, que evitam decisões de
investimento em um cenário de inflação alta e ainda deses-
timula o investimento e a poupança.
Histórico da Variável. A inflação mostrou-se controlada oscilando entre
os níveis superior e inferior estipulados pelo Banco Central,
porém, a baixa taxa de juros acumulada nos últimos anos
estimulou o consumo e isso ameaçou a estabilidade eco-
nômica brasileira.
Tendências e projeções. O governo estuda aplicar medidas para conter o
consumo e consequentemente a inflação, pois analistas
afirmam que somente assim a inflação voltará a oscilar en-
tre os níveis aceitáveis pelo BC.
Possíveis consequências para a empresa. A correção da desvalorização da moeda interfere
limite superior inflação efetiva meta limite inferior
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
figura 54: metas de inflação e inflação efetiva / fonte: banco central
no nível de consumo. Logo, se houver medidas para conter
a inflação, o consumo pode desacelerar.
Fonte: www.hcinvestimentos.com/2011/02/21/ipca-e-igp-m-inflacao-historica-no-brasil
Variável Ambiental Críticaproduto interno bruto Por quê é crítica? A variável em questão pode até ser uma aproxi-
mação um tanto quanto falha do nível de bem estar de
uma sociedade, uma vez que não considera concentração
de renda, níveis de poluição, condições de trabalho, con-
dições de lazer, etc., mas é o primeiro indicador geral do
desempenho de uma economia. Se um país apresenta PIB
crescente, há maiores probabilidades de uma empresa si-
tuada no mesmo território de estar em expansão, e com
boas perspectivas de vendas, investimentos e lucro. Já
uma economia que apresenta severas quedas no PIB em
um determinado ano, provavelmente apresenta empresas
com pobres perspectivas de lucro, o que pode ser um sinal
vermelho para o investidor.
Histórico da Variável. A variação do PIB tem se mostrado positiva nos úl-
timos anos, apresentando em 2010 uma variação de 7,5% a
mais do que o mesmo período do ano anterior.
Tendências e projeções. Com certa cautela, analistas prevêem que o cresci-
mento do PIB continuará. A previsão para 2012 é de 4,25%.
108
Possíveis consequências para a empresa. O aumento do PIB estimula as negociações pois,
valoriza a moeda interna e favorece o consumo como um
todo, interna e externamente.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/03/110303_pib_2010_rp.shtml
Variável Ambiental Críticataxa cambial Por quê é crítica? A taxa de câmbio influencia uma ampla gama de
preços da economia: os preços de produtos importados
para consumo no país e os preços dos produtos que, mes-
mo produzidos no Brasil, tem seus preços internacionaliza-
dos, como os produtos exportáveis, cujo exemplo são os
commodities.
Histórico da Variável. Após a crise financeira que abalou a economia
mundial, principalmente os EUA, as cotações do dólar vem
caindo ao longo do período. Isso se deve ao fato de que
o Brasil vem vendendo mais aos americanos do que com-
prando. Assim entram mais dólares no país do que saem,
defasando seu valor.
Tendências e projeções. Embora tenha apresentado tímidas recuperações,
a cotação do dólar tende a ficar em baixa no próximo ano.
Segundo especialistas, caso haja aumento nessa cotação,
esse valor deverá permanecer na margem de R$1,80.
Possíveis consequências para a empresa. O café, assim como outras commodities exporta-
das pelo Brasil, tem seu preço doméstico influenciado pela
taxa de câmbio e pelo preço internacional. O câmbio é um
fator importante na competitividade de um país. No caso
de uma commodity como o café, a instabilidade cambial
afeta o preço interno e a quantidade exportada.
Fonte: http://www.creditoemercado.com.br/blogconsultoriaeminvestimentos/?p=616
6.5 ambiente demográfico
Variável Ambiental Críticarenda per capita Por que esta variável é crítica? A renda per capita auxilia para entendimento do
grau de desenvolvimento econômico de um país ou re-
gião, sendo que esta variável é derivada da divisão da renda
nacional pela população. Tal variável pode ser considerada
falha, pelo fato de que esconde dissemelhanças na distri-
buição de renda, já que um país pode ter uma grande con-
centração de renda, paralelo a isso, grande desigualdade
social. Porém, através da renda, consegue-se ter uma ideia
de como está o desenvolvimento econômico da popula-
ção, aliado ao poder e intenção de compra.
Histórico da variável. O número de famílias com rendimento per capi-
ta de até ½ salário mínimo caiu de 32,4% para 26,6%, em
dez anos. Como a renda per capita deriva do PIB, tem-se
também que de 1995 a 2009, o PIB per capita, passou de
R$4.441,00 para R$5.405,00. É como se cada pessoa aumen-
tasse seus rendimentos em R$964,00 (alta de 21,7%) nesse
período. Estudo realizado pelo próprio Ipea mostra que, em
30 anos, a transferência de renda saltou de 8% para 20% de
participação no rendimento familiar do brasileiro. Além de
109
que outro fator que impulsionou o poder de compra das
famílias foi o aumento real do salário mínimo. Um estudo
da economia brasileira mostra que a renda per capita do
país aumentou US$3,4 mil, de 2002 a 2010.
De acordo com um estudo realizado pela MB As-
sociados, com suporte do IBGE, revelou que mais de 300
mil famílias ingressaram no que se denomina classe A.
Como base de comparação, do fim de 2002 até 2009, 1,146
milhão de famílias passaram à classe B (renda de 10 a 20
salários mínimos) e 7,772 milhões à classe C (renda de 3 a
10 salários mínimos).
O crescimento da renda não foi muito diferente
entre as categorias: dobrou na classe A, cresceu 116% na
classe B e 142% para a C. De 2001 a 2009, a renda brasilei-
ra cresceu 49,52% no grupo dos 20% mais pobres, contra
8,88% dos 20% mais ricos, uma vantagem que se acumula
40,63% no total para a base da população.
Tendência e projeções. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) tem
como intuito desenvolver medidas que garantem o cres-
cimento do PIB em 5,5% ao ano, o permitindo assim o au-
mento da renda per capita em 4,5% a cada ano. Assim, a
renda per capita poderia dobrar em 15 anos, ao invés dos
21 anos atuais. Pela renda per capita, estar diretamente liga-
da ao PIB per capita, dado que o último tem projeção para
o crescimento, mesmo que gradativo.
Possíveis conseqüências para a empresa. Quanto melhor a renda por brasileiro, melhor o
poder e intenção de compra, acarretando em um possível
aumento nas vendas.
Fonte: http://noticias.r7.com/economia/noticias/desigualdade-na-distribuicao-de-renda-diminuiu-pouco-em-16-anos-diz-ibge-20100901.html;
Variável Ambiental Críticagênero Por que esta variável é crítica? Esta variável é de grande importância, pois a pes-
quisa de Tendências de Consumo de Café da ABIC (anexo
VII) mostra que o gênero que mais consome e que efetiva a
compra do café é o feminino.
Histórico da variável. Em 1980, para cada grupo de 100 mulheres, havia
98,7 homens. Já em 2000, a média era de 97 homens para
cada 100 mulheres. O Brasil passou a ter quase quatro mi-
lhões de mulheres a mais do que os homens em dez anos,
segundo o Censo Demográfico 2010. A relação entre os gê-
neros, de acordo com o estudo, é de 96 homens para cada
100 mulheres. Isto porque mesmo nascendo mais homens,
a taxa de mortalidade deste sexo é superior à das mulhe-
res ao longo da vida. Nascem 105 homens a cada 100 mu-
lheres. De acordo com o Censo 2010, haviam 93.390.532
homens em vista de 97.342.162, representando 48,96% e
51,04%, respectivamente.
Tendência e projeções. Fazendo uma previsão, imagina-se que a razão de
sexo da população fique por volta de 94%. Dessa forma, ve-
rificam-se elevações no excedente feminino na população
total que, em 2000, era de 2,5 milhões de mulheres e, em
2050 poderá atingir quase sete milhões.
Possíveis conseqüências para a empresa. Relacionando o gênero da população com o con-
sumo de café, pode-se saber para que público a empresa
irá destinar e focar sua comunicação, facilitando o processo
110
de desenvolvimento de estratégias.
fonte: www.jangadeiroonline.com.br/nacional/populacao-feminina-brasileira-supera-a-masculina-em-4-mil-hoes/; http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1272&id_pagina
Variável Ambiental Críticagrau de escolaridade Por que esta variável é crítica? Na medida em que as inovações vão ocorrendo, as mesmas re-
querem a superação dos conhecimentos básicos. O nível de instrução de
uma pessoa auxilia para entendimento e maior exigência para com um
produto e/ou serviço. Quanto maior o grau de conhecimento de um in-
divíduo, mais ampla será sua visão do mundo, podendo assim questionar
e exigir mais das empresas. O nível de escolaridade afeta diretamente a
escolha e formas de participação na sociedade.
Histórico da Variável Em 2008, o brasileiro de 15 anos ou mais de idade, tinha em média
7,4 anos de estudo. Na região sudeste, essa média atingiu 8,1 anos. Obser-
va-se que, de 1999 para 2009, a proporção das pessoas economicamente
ativas de 18 a 24 anos de idade com 11 anos de estudo quase dobrou,
passando de 21,7% para 40,7%. Por outro lado, para o conjunto das pesso-
as economicamente ativas com 11 anos ou mais de estudo, os resultados
foram de 7,9% passando para 15,2%. Para o segmento etário de 25 a 34
anos de idade, a proporção era mais elevada para quem tinha 11 anos ou
mais de estudo, sendo o crescimento de 12,8% para 21,1%. Em relação a
educação continuada, se aplica às pessoas de 25 e 64 anos de idade que
visa mensurar o acesso à escola da população adulta na busca da melho-
ra de do seu nível educacional. A proporção daqueles que continuam a
estudar, em 2009, ficou em torno de 5,7%. Entre as mulheres a proporção
é mais alta, 6,6%. O Brasil, dentre todos os países avaliados pelo Programa
Internacional de Avaliação Estudantil, foi o terceiro.
Tendência e Projeções. O Brasil, dentre todos os países avaliados pelo Programa Interna-
cional de Avaliação Estudantil, foi o terceiro que mais evoluiu em qualidade
da educação. Segundo Fernando Haddad, atual Ministro da Educação, o
Brasil está no rumo certo, apontando que no Plano Nacional de Educação
2011 - 2020 o governo pretende que até 2020, 7% do PIB seja investido em
educação. O Ministério está investindo desde a creche até a universidade.
Possíveis consequências para a empresa. A partir do momento em que existem mais pessoas instruídas,
maior será a exigência das mesmas. Possivelmente haverá a procura de
produtos certificados e que estejam nos padrões de qualidade, fazendo
com que as empresas aumentem a fiscalização em sua produção para ga-
rantia do produto.
fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2010/12/13/plano-nacional-de-educacao-2011-2020-sera-enviado-ao-congresso-nesta-quarta-feira-15;
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsoci-ais2009/indic_sociais2010.pdf
6.6 ambiente tecnológicoVariável Ambiental Críticapesquisa Por que é crítica? As pesquisas que relacionam o café abrangendo ciência básica,
cafeicultura, industrialização, consumo, mercado e informação, informam
e facilitam a vida dos produtores de café, influenciando sobre seus investi-
mentos.
Histórico da Variável Em 2010, 47 novos projetos foram iniciados e cerca de 150 novos
111
bolsistas foram contratados. Pela primeira vez foi aberta uma linha de pro-
jetos específica para transferência de tecnologias, consolidando as ações
iniciadas em 2009.
“Não houve outro momento em que o mundo esteve com tantas pesquisas sendo desenvolvidas, tantas instituições em ação e se interagindo”.fonte: café point
Tendências e projeções. De acordo com a Programação de P&D em execução, existem 439
projetos de pesquisa com entrega prevista entre 2011 e 2014, sendo estu-
dados pelas instituições INCAPER, UFV, CPAFRO, UNIR, CPAC, EBDA, UNIU-
BE, UFLA, EPAMIG, EMBRAPA CAFÉ, etc.
Possíveis consequências para a empresa. Os projetos de pesquisa relacionados ao melhoramento genético
do cafeeiro, biotecnologia, manejo da lavoura cafeeira, combate de pragas
e doenças, geoprocessamento, colheita e pós-colheita, aumentam a cada
ano e visam auxiliar a Fazenda, fazendo com que ela conheça seus resulta-
dos e aplique no processo produtivo do café, tornando-o melhor.
http://www.cafepoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/scaa-2011-esse-e-o-momento-do-cafe-71361n.aspx;http://www.sapc.embrapa.br/index.php/ultimas-noticias/consorcio-pesquisa-cafe-retrospectiva-2010;http://www.sapc.embrapa.br/index.php/start-download/diversos/921-programacao-de-pd-em-execucao
Variável Ambiental Críticatecnologia Por que é crítica? Considerando as rápidas mudanças tecnológicas, torna-se impor-
tante sua análise porque a empresa deve estar atualizada sobre as novas
tecnologias para aplicação e modernização do processo produtivo do café.
“De acordo com o pesquisador do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), a tecnologia, que tem de estar presente em to-das as etapas da produção, está ao alcance do produtor brasi-leiro, e este precisa tomar decisões para escolher entre as me-lhores para o contexto dele”.fonte: portal do agronegócio
Histórico da Variável. Carlos Brando, consultor brasileiro e sócio da empresa P&A Inter-
national Marketing, mencionou o exemplo do Brasil onde, nos últimos 10
anos, a produção cresceu 33% sem aumento de área plantada e a produ-
tividade subiu de 14 sacas por hectare para 20 sacas por hectare. Segundo
o especialista, essa mudança ocorreu por causa do uso intensivo de tecno-
logia, de melhores variedades de café, de uma fertilização mais eficiente e,
mais recentemente, do uso de irrigação.
Tendências e projeções. Brando lembrou que Brasil e Vietnã juntos têm 20% da área plan-
tada do mundo, porém, representam 50% da produção mundial. O consul-
tor brasileiro acredita que esse patamar de preços (aumento do preço) irá
incentivar ainda mais a adoção de tecnologia na lavoura e permitirá uma
super safra no país em 2014.
Possíveis consequências para a empresa. EPAMIG alerta: Não investir em tecnologia para reduzir despesas
inviabiliza a cafeicultura.
Há uma relação direta entre o uso de novas tecnologias e a perma-
nência no competitivo mercado nacional e mundial.
Logo, é importante estar sempre atualizada e informada sobre as novas
tecnologias, e aplicá-las no processo de produção.
http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=52325;http://cafezinhocomamigos.blogspot.com/2011/04/nova-realidade-do-mercado-de-cafe-e.html;http://cafezinhocomamigos.blogspot.com/2011/04/nova-realidade-do-mercado-de-cafe-e.html;http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=27830.
112
6.7 conclusão
Após todas as análises macroambientais, foram
levantados os principais fatores que influenciam e apresen-
tam oportunidades ou ameaças para a empresa.
Foi constatado que os consumidores estão mais
atentos à qualidade dos produtos e não são tão mais in-
fluenciados pelo preço. Eles passam a buscar atributos po-
sitivos, tornando-se conscientes e interessados em cafés
diferenciados.
Juntando estes fatores com o aumento de regu-
lamentações, encontra-se um cenário que favorece a Fa-
zenda Juliana, que já está de acordo com as novas regras e
possui certificações que garantem sua qualidade e respon-
sabilidade ambiental.
Porém, essas variáveis também apresentam opor-
tunidades para as concorrentes, o que destaca a importân-
cia da empresa se diferenciar por meio de comunicação e
relacionamento.
Outro fator relevante que foi encontrado nessas
análises, foi a importância da mulher no mercado de café.
Ela é a principal compradora e maior consumidora de pro-
dutos, representando um público de importância para a
empresa e que deverá ser levado em consideração no de-
senvolvimento do Plano de Comunicação.
113
07._____________
espresso, com “s”, vem do termo
italiano sob pressão. já expresso, com
“x”, quer dizer rápido. por isso, o café é
chamado de expresso, com “x”.
_____________diagnóstico
fonte: mexido de ideias
117
07 diagnóstico7.1 matriz ansoff
A Matriz Ansoff, também conhecida como Matriz Produto/Mercado, tem como
característica avaliar e determinar a oportunidade de crescimento das unidades de negó-
cios, deixando claro que as estratégias da organização terão um impacto significante nas
ações tomadas, mas que, quando bem estudadas e elaboradas, serão o fator determinante
para um sucesso mais próximo e focado.
penetração de mercado:a empresa foca na mudança de clientes ocasionais para clientes regulares e de clientes
regulares para usuários intensivos do produto;
desenvolvimento de mercado:a empresa tenta conquistar clientes da concorrência, introduzir produtos existentes em
mercados externos ou introduzir novas marcas no mercado;
desenvolvimento de produtos:a empresa busca vender outros produtos a clientes regulares, frequentemente intensifi-
cando os canais existentes de Comunicação;
diversificação:sendo a mais arriscada das estratégias, a empresa normalmente foca na comunicação ex-
plicando porque está entrando em novos mercados com novos produtos, visando ganhar
credibilidade.
Definiu-se, dentro dessa ferramenta, a estratégia
de desenvolvimento de mercado, tendo como objetivo
principal a conquista de clientes da concorrência, introdu-
ção de produtos existentes em mercados externos ou in-
trodução de novas marcas no mercado.
Aplica-se então essa estratégia, pois a Fazenda
Juliana busca novos clientes que consomem produtos de
seus concorrentes, também quer ser conhecida em regiões
ainda não exploradas e já desenvolveu um novo produto a
ser lançado para empresa, para assim, atingir novos clientes.
figura 55: matriz ansoff / fonte: grupo trâmita
118
7.2 matriz swot
forças1. Parceria com a universidade UFLA, para pesquisas de melhorias no pro-cesso de produção do café e torrefação, contribuindo para a constante melhoria e aprimoramento da qualidade do produto final;2. Estrutura completa e com capacidade para atender altas demandas, atualmente utiliza somente 6% da capacidade produtiva;3. Controle de qualidade de toda cadeia produtiva. Este controle começa desde a plantação do grão, que é feita no cerrado brasileiro, a melhor re-gião para produção de café, até a embalagem do produto e experimen-tação nos laboratórios da fazenda. Um fator que influencia muito neste controle é o relacionamento com o fornecedor, como ele faz parte do mesmo grupo Fazenda Juliana (de uma outra divisão), a torrefação tem garantida a qualidade dos grãos e conhece o processo de qualidade que vai da plantação, colheita até chegar na torrefação;4. Produtos de qualidade, feitos 100% com café tipo Arábica em toda linha, e certificados por diversas instituições e organizações de renome, algumas dessas certificações são do café da Fazenda, mas como ele é a matéria-prima do produto final, pesa positivamente;5. Sustentabilidade é uma preocupação constante da empresa e algo que ela valoriza. A Fazenda desenvolve ações de responsabilidade social, como a escola Paulo Freire de ensino fundamental, e ambiental, como o tratamento de todos os dejetos da torrefação por meio de biodigestores, dentre várias outras ações.
fraquezas1. Equipe pequena, a Fazenda possui apenas uma pessoa que atua como secretária, supervisiona a torrefação, realiza as vendas, atende e envia os pedidos, gerencia o financeiro da empresa, faz análise nos laboratórios (escolha dos grãos), dentre outras funções de escritório e gestão. Os ou-tros integrantes da equipe se dividem em: dois para a produção e um para serviços gerais, como limpeza;2. Nenhum tipo de ação de relacionamento com cliente é feita pela em-presa. Ela não possui nenhum contato constante com ele, para fidelização ou outros objetivos. Além disso, não possui ação para pós-venda e nem controle de vendas. A empresa não tem controle do fluxo e frequência; se o cliente não aparece há muito tempo, por exemplo, eles não buscam entrar em contato para feedback, com o intuito de incentivar um possível ato de recompra;3. A empresa não trabalha sua comunicação. Ela não possui nenhum tipo de ação para seus públicos.
119oportunidades1. Renda per capita: de 2002 à 2010, 300.000 famílias ingressaram na classe A, 1.146.000 ingressaram na classe B e 7.772.000 de famílias ingressaram na classe C. Isso representa uma oportunidade para a empresa, já que a classe C é a maior consumidora de café e está cada vez mais se preocupando com qualidade. Para mais, a melhoria de renda possibilita que as pessoas bus-quem produtos de melhor qualidade, caso do produto da empresa;2. Consumidores mais conscientes e exigentes: os consumidores estão avaliando novos atributos na hora de comprar café, como embalagem, tipo do café, peso, composição do produto, fabricante, dentre outros. Uma pesquisa feita pela ABIC indica que as pessoas estão comprando café pela qualidade e não mais pelo preço (a influência deste atributo na decisão de compra está caindo). Esta mudança de comportamento está ocorrendo principalmente na classe C, devido ao aumento do consumo nessa clas-se e nível de instrução. O grau de escolaridade também contribui para a conscientização desses consumidores, principalmente nas mulheres, que são as maiores consumidoras de café fora do lar (local que representa de 15% a 20% do consumo de café diferenciado) e a maioria no nosso país; as mulheres estão se especializando mais, ou seja, ao serem mais instruídas buscam produtos de maior qualidade;3. Consumidores menos fiéis às marcas: os atributos que influenciam a decisão de compra de café estão mudando; a marca faz parte dessa mu-dança. Os consumidores estão se preocupando menos em serem fieis a uma marca, já que estão em constante busca por qualidade;4. Consumo de café: o Brasil passará a ser o maior consumidor de café em 2012, impulsionado pelo crescimento do PIB e boa economia do país. O consumo interno brasileiro aumentou 4,03% de novembro de 2009 a outubro de 2010. Prevê-se um aumento de consumo fora do lar para cafés superior e gourmet, devido a investimentos em produtos e marketing, a ABIC estima que este segmento crescerá de 15% a 20% no ano de 2011;5. Investimento em pesquisa: as universidades, empresas e instituições au-mentaram seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento, buscando desenvolver novas e melhores práticas de plantação, conservação grão, terra, etc.; que influenciarão na qualidade do produto final;6. Instrução Normativa Nº 16 Do MAPA - Ministério da Agricultura: novo regulamento técnico para café em grão, e café torrado e moído. Determi-na o limite de 1% de impureza para o café (cascas, paus e sementes) e 5% de umidade. Aqueles produtos que não se adequarem, não poderão ser comercializados. A fiscalização começará em 2013. Uma vantagem para a empresa que já possui o selo de pureza em todos os seus produtos.
ameaças1. Aquecimento global: as mudanças climáticas interferem na produção do café. Com uma menor produção, seu preço de venda aumenta, o que afeta diretamente o negócio da torrefação, já que o café é sua matéria-prima;2. Mito: “café faz mal à saúde”. Muitas pessoas ainda acreditam que o café faz mal à saúde, concepção que já foi desmentida pela ciência e por estu-dos médicos. Porém, essa percepção ainda está fixada na mente das cul-turas, o que pode provocar redução na compra de quem já consome e até rejeição da compra por quem nunca consumiu;3. Mix de produto dos concorrentes: a grande maioria dos concorrentes da Fazenda Juliana possui uma quantidade maior de produtos em seu mix, como cappuccino, café gourmet, dentre outros. Isso possibilita que estes concorrentes atendam um maior número de segmentos de mercado, au-mentando seu valor e conhecimento de marca;4. Comunicação dos concorrentes: os concorrentes trabalham com alto nível de comunicação em diversos tipos de meios em âmbito regional e nacional, como televisão, rádio, revistas, jornais, internet, dentre outros. Um ponto importante que é muito trabalhado por eles é a comunicação no ponto de venda, que é de extrema importância por estar presente na hora da compra efetiva.
120
oportunidades
consumidores menosfiéis a marcas
renda per capita
consumidores maisconscientes
consumo de café
investimentoem pesquisa
instrução normativa
ameaças
aquecimento global
mito: café fazmal à saúde
mix de produtosda concorrência
comunicaçãoda concorrência
forças
parceria comuniversidades
sustentabilidade
controle dequalidade
fraquezas
equipe
comunicação
relacionamentocom cliente
estrutura
produtos
figura 56: matriz swot / fonte: grupo trâmita
121
7.2.1 cruzamentos da swot
força: parceria com universidadesCruzamento A1:Consumidores mais conscientes e exigentesCruzamento A2: Investimento em pesquisa (oportunidades)
O crescimento do investimento em pesquisa para a constante
melhoria do processo de produção e consequentemente do produto final,
juntamente com o perfil dos consumidores atuais, que são mais exigentes
e conscientes, representam oportunidades para a empresa que já possui
uma preocupação em se manter em constante melhoria e desenvolver no-
vas práticas de produção, ao firmar parceria com universidades de renome.
A empresa deve utilizar esta força para aproveitar as oportunida-
des e desenvolver pesquisas para que seu produto continue mantendo
sua alta qualidade. Além disso, essa força pode ser utilizada como uma
vantagem competitiva e deve ser comunicada para todos os públicos.
força: sustentabilidadeCruzamento B1: Consumidores mais conscientes e exigentes (oportunidade)
Atualmente, sustentabilidade vem se tornando um termo recor-
rente e de grande importância quando se fala em empresas inovadoras de
sucesso e com imagem positiva. Com a grande competitividade do mer-
cado, não basta simplesmente oferecer o produto, a empresa deve criar
ações que agreguem valor à sua marca. Na hora de comprar os produtos,
os consumidores estão procurando saber qual a sua origem, para descobri-
rem se a empresa deles possui algum diferencial.
A Fazenda Juliana possui um grande diferencial, ao ser uma em-
presa ambiental e socialmente responsável, que desenvolve ações com a
comunidade na qual está inserida e se preocupa com os impactos ambien-
tais que seu negócio produz. A empresa deve comunicar essa força para
que os consumidores mais conscientes e exigentes conheçam a origem
dos seus produtos.
força: controle de qualidadeCruzamento C1: Consumidores menos fieis a marcas (opor-tunidade)Cruzamento C2: Consumidores mais conscientes e exigentes (oportunidade)Cruzamento C3: Instrução normativa (oportunidade)
A empresa possui um controle rigoroso na qualidade de seus pro-
dutos que engloba todo o processo, desde a plantação da semente, pas-
sando pela colheita e seleção, até a torrefação, embalagem e testes feitos
em seu laboratório próprio. Essa força pode ser aproveitada nessas oportu-
nidades, já que os consumidores estão deixando de ser fiéis às marcas por
estarem buscando qualidade, devido ao seu novo perfil.
Além disso, com o surgimento dessa nova regulamentação, a em-
presa se destaca, pois já possui o selo de pureza em todos os seus produtos.
122
força: produtosCruzamento D1: Consumidores menos fiéis às marcas (opor-tunidade)Cruzamento D2: Renda per capita (oportunidade)Cruzamento D3: Consumidores mais conscientes e exigentes (oportunidade)Cruzamento D4: Consumo de café (oportunidade)
Os produtos da empresa compõem uma de suas principais forças,
já que a empresa está inserida em um mercado no qual qualidade é o prin-
cipal atributo e exigência.
Todas essas oportunidades contribuem para o mercado da em-
presa: consumidores mais conscientes e exigentes passam a valorizar mais
a qualidade do que outros atributos, como marca, e o aumento da renda
per capita, que contribui para que eles possam adquirir tais produtos. O
consumo do café aumentou e prevê-se que o de café superior e gourmet
crescerá de 15% a 10% neste ano.
O mercado está propício e apresenta um cenário muito positivo para
a empresa, que já possui produtos de qualidade que têm potencial de venda.
Cruzamento D5: Aquecimento global (ameaça)Cruzamento D6: Mito: café faz mal à saúde (ameaça)
Apesar disso, existem ameaças que podem afetar o negócio e o
produto da empresa. Uma delas é o aquecimento global, cujos impactos
influenciam no valor da matéria-prima da produção e podem acarretar no
encarecimento do produto final, podendo afetar suas vendas. Além disso,
muitas pessoas ainda acreditam que o café faz mal a saúde, o que já foi
desmentido pela ciência e por estudos médicos.
Cabe a empresa se preparar para os impactos do aquecimento
global, se aproveitando também de outra força sua, as parcerias com uni-
versidades, para buscar alternativas e soluções para estes problemas e, in-
formar seus públicos sobre os benefícios que seus produtos possuem.
força: estruturaCruzamento E1: Consumidores menos fiéis às marcas (opor-tunidade)Cruzamento E2: Consumo de café (oportunidade)
O aumento no consumo dos cafés tradicional, superior e gourmet,
e a mudança no comportamento do consumidor, que está menos fiéis às
marcas, representam oportunidades que aumentam a demanda do mer-
cado no qual a empresa está inserida.
Tais oportunidades podem ser muito bem aproveitadas pela em-
presa, pois ela já possui uma estrutura completa capaz de atender uma
alta demanda. Elas também oferecem à empresa uma possibilidade de
aumentar sua produção, já que atualmente ela utiliza apenas 6% de sua
capacidade produtiva.
fraqueza: equipe Cruzamento F1: Mix de produtos da concorrência (ameaça) Cruzamento F2: Comunicação da empresa (ameaça)
A Fazenda Juliana possui apenas uma pessoa em sua equipe de
gestão, que é encarregada de diversas atividades em diferentes áreas: ad-
ministrativa, financeira, recursos humanos, marketing e comercial.
Portanto, a empresa não possui um funcionário destinado a anali-
123
sar o mix de produtos da Fazenda, comparando-o com os dos concorren-
tes, e assim podendo realizar da inteligência competitiva para alavancar
novas possibilidades de negócio, por exemplo, não possui outra pessoa
para o gerenciamento de comunicação, que é algo de grande importân-
cia e extremamente explorado pela concorrência, deixando a empresa em
desvantagem. Por conta da indisponibilidade de recursos humanos, a em-
presa pode estar perdendo oportunidades de crescimento no mercado.
fraqueza: comunicaçãoCruzamento G1: Consumidores menos fiéis às marcas (opor-tunidade)Cruzamento G2: Consumidores mais conscientes e exigentes (oportunidade)
Consumidores mais conscientes e exigentes, que não são apega-
dos às marcas, estão em busca de produtos de qualidade, novos ou já exis-
tentes no mercado, para aquisição.
Como uma das principais e maiores fraquezas da empresa é a sua
comunicação, perde constantemente a oportunidade de atrair esses con-
sumidores e mostrar a qualidade de seus produtos, já que não é conhecida
no mercado. A Fazenda deve trabalhar esta fraqueza, e começar a se co-
municar com o mercado e seus públicos, para atrair esses consumidores e
aumentar a sua demanda.
Cruzamento G3: Mix de produtos da concorrência (ameaça)Cruzamento G4: Comunicação da concorrência (ameaça)
Concomitantemente, por causa dessa fraqueza, a empresa é amea-
çada pela força da concorrência, que investe constantemente em comunica-
ção, trabalha com uma maior distribuição, possui tradição de mercado e na
maioria dos casos já possui uma imagem formada, e um mix maior de produ-
tos que agregam valor e lhes dão um maior destaque nos pontos de venda.
Em vista disso, a empresa deve dedicar atenção a esta fraqueza,
pois ela desempenha um papel importante no sucesso do negócio.
fraqueza: relacionamento com clienteCruzamento H1: Consumidores mais exigentes e conscientes (oportunidade)
As empresas começaram a investir no relacionamento com seus
clientes para conquistar os consumidores atuais, que não são satisfeitos
apenas pelos produtos. Este relacionamento engloba ações de propagan-
da e relações públicas, como divulgação, contato pessoal, ações em datas
comemorativas, dentre vários outros.
O objetivo é passar uma imagem positiva da empresa, e criar um
vínculo entre ela e o consumidor. Como a Fazenda não realiza nenhum
tipo de ação de relacionamento, perde a oportunidade de atrair e atender
esses consumidores e, consequentemente, de aumentar suas vendas, nú-
meros de clientes e demanda.
Cruzamento H2: Comunicação da concorrência (ameaça)
Ao mesmo tempo, a concorrência investe em comunicação e se
torna mais evidente no mercado do que a Fazenda, aumentando suas pos-
sibilidades de atrair tais consumidores. Mais do que perder a oportunidade,
a falta de comunicação da Fazenda Juliana está abrindo espaço para a con-
corrência aproveitá-la sozinha.
124
7.3 conclusão
Por meio das análises dos cruzamentos da Matriz SWOT, percebe-
se que a Fazenda Juliana tem à sua frente grandes oportunidades de
crescimento e internamente possui forças para aproveitá-las, como o con-
trole de qualidade de seus produtos, sua estrutura e sua preocupação com
responsabilidade social e ambiental.
Porém, ela não se comunica e nem se relaciona com o mercado
e seus públicos de interesse. Esse fato, juntamente com as ameaças apre-
sentadas no mercado, como o mix de produto e a comunicação intensa da
concorrência, representam uma grande barreira que pode ser solucionada
com a correção de falhas de comunicação e implementação de ações de
relacionamento.
125
08._____________
_____________
o brasil participa com
cerca de 25% da produção
mundial de café
plano de marketingfonte: site revista cafeicultura
128
129
08 plano demarketing O segmento de cafés diferenciados no
Brasil surge como uma possibilidade para os pro-
dutores do grão conquistarem compradores dis-
postos a pagar mais por um produto de qualida-
de e com características particulares, o que exige
constantes investimentos em pesquisas, comuni-
cação e relacionamento.
A Fazenda Juliana, como visto após a
análise interna, sustenta uma estrutura moderna
quanto à produção de seus cafés, um rigoroso
controle de qualidade, uma política de respon-
sabilidade social e ambiental, e certificações que
qualificam seus processos produtivos. Todos esses
pontos apresentam uma grande capacidade de
crescimento, tendo em vista que além de tudo, ela
só utiliza 10% da sua capacidade de produção.
Porém, foi observado em comparação
ao ambiente mercadológico, que a empresa não
apresenta uma comunicação efetiva, não repassa
sua imagem de forma condizente com todas as
diretrizes que preza, refletindo na dificuldade de
se posicionar para os consumidores em relação a
seus concorrentes. Dado isso, a Fazenda não con-
segue sair do estágio de produção para uma po-
sição de destaque no mercado. Sabendo disso, e
após todas as análises do micro e macroambiente
efetuadas ao longo deste projeto, conclui-se que a
Fazenda Juliana é uma empresa com grande ca-
pacidade de crescimento e muitas oportunidades
a sua volta, precisando trabalhar alguns pontos
para destacar suas qualidades para o mercado e
aproveitar as suas oportunidades para se sobres-
sair aos seus concorrentes.
Vale ressaltar que os públicos que mais se
destacam no consumo de cafés diferenciados são
os jovens e as mulheres, o primeiro por ser mais
acessível a novidades e possuir um papel de in-
fluenciador e o segundo por ser o principal decisor
de compra.
Dado o exposto, existem fatores que in-
centivam a Fazenda a permanecer e se desenvol-
ver no mercado, visto que seu produto já se en-
quadra nos padrões de qualidade exigidos. Fato
comprovado pelas alterações na legislação que
reforçam o controle de qualidade do grão nacio-
nal, que exige com que as empresas garantam o
mínimo de qualidade e pureza em seus cafés para
que sejam comercializados. Ademais, a mudança
de comportamento dos consumidores (busca
por empresas sustentáveis e produtos de melhor
qualidade) e o crescimento do consumo de cafés
diferenciados comprovam que a empresa possui
produtos que estão de acordo com as tendências
de mercado.
Em contrapartida existem dificuldades e
barreiras que precisam ser sanadas ao inserir um
produto em novos mercados, como a comunica-
ção forte e alta presença dos concorrentes nesses
mercados além da falta de conhecimento da mar-
ca. É preciso enfrentar a concorrência e estimular
as pessoas a apreciarem um café diferenciado. Em
seguida, ampliar o público e os rendimentos da
empresa.
Diversas possibilidades de desenvolvi-
mento foram detectadas nas análises iniciais, mas
como o universo de planejamento é a curto prazo,
não se optou por contemplá-las. Como exemplo o
crescimento do consumo de café fora de casa, que
favorece o café expresso que a empresa possui em
seu mix. Além da parceria com as universidades,
que embora tragam muitos benefícios para o pro-
cesso produtivo da organização, esse público não
tem relevância para os objetivos que a empresa
almeja a curto prazo.
Após esse levantamento, os objetivos de
marketing que a Fazenda Juliana deve almejar no
período deste plano, de Março de 2012 a Dezem-
bro de 2012, são:
130
Com o intuito de guiar e unificar a comunicação e
estratégias da empresa, foi criado um posicionamento que
será apresentado nos próximos capítulos.
Como a empresa não se comunicava, isso dificul-
tava a consolidação de um posicionamento definido, pois
como foi mencionado anteriormente, cada cliente se referia
a empresa e a seu mix de maneira diferente, endossando a
marca do fabricante ao produto. Essas necessidades foram
levantadas, pois a partir dessa definição a organização terá
um guia que reflete tudo o que ela almeja, de acordo com
as declarações institucionais sugeridas, e como ela deseja
ser vista.
Logo, o objetivo é que esse posicionamento saia
do papel e se consolide no mercado, fazendo com que a
imagem percebida dos públicos alvo seja igual à imagem
que empresa deseja passar.
reposicionar e consolidar a marca da empresa no mercado.
131
Atualmente, os cafés da Fazenda Juliana são pouco
conhecidos no mercado, por sua atuação em poucas cidades
e pela falta de comunicação da empresa.
Por isso, o segundo objetivo proposto por este pla-
no de marketing é aumentar o conhecimento da marca, por
meio da comunicação e da inserção dessa em novas áreas,
e o reconhecimento, já que no mercado atual não basta ser
conhecido, ela deve ser reconhecida por seus valores e novo
posicionamento, como qualidade do produto, sustentabili-
dade e pureza.
Apesar de não possuir uma carteira grande de clien-
tes, a Fazenda Juliana sempre prezou a qualidade de atendi-
mento, assim como a garantia de qualidade de seus produ-
tos. Até hoje, a empresa não recebeu nenhuma reclamação e
pretende se manter deste modo.
Para tanto, definiu-se como um dos objetivos o atin-
gimento do índice de satisfação dos clientes acima de 90%.
Isso porque, o intuito do plano, que será apresentado poste-
riormente, é ampliar a quantidade de clientes, considerando,
assim, uma margem inferior de satisfação, devido à amplitu-
de da estratégia. Ressalta-se aqui, a importância da atenção a
possíveis falhas para correção e melhoramento.
Este índice será mensurado com pesquisas de satis-
fação com clientes, análise de ocorrências e utilização de SAC,
que será especificado no capítulo Avaliação e Controle, pois
atualmente a empresa realiza este acompanhamento ape-
nas considerando o número não existente de reclamações,
por isso propõe-se algo mais organizado que permita um
melhor acompanhamento destas informações para que elas
sejam utilizadas em benefício da organização.
aumentar o conhecimentoe reconhecimento da marca. atingir índice de satisfação dos clientes acima de 90%.
133
09._____________
historicamente, o Brasil
é o maior produtor e
exportador de café do mundo
_____________segmentação
fonte: site revista cafeicultura
135
09 segmentação Para que o esforço de comunicação seja mais preci-
so, analisa-se o mercado e quais os diferentes comportamen-
tos, necessidades e desejos que os consumidores possuem
em relação a algum tipo de produto.
Assim, para melhor entendimento do mercado de
consumidores de cafés diferenciados, foram utilizadas para
embasamento as seguintes variáveis: demográfica, compor-
tamental e ocasião.
O café torrado e moído, de acordo com a Pesquisa
de Tendência de Consumo de Café - ABIC de 2010, é o mais
consumido quando comparado aos diferentes tipos de con-
sumo. 97% da população da região Sudeste, utiliza o produto
torrado e moído, enquanto que Norte e Nordeste juntos to-
talizam 96%. Visto que são as regiões que mais apreciam a
bebida. O fato de consumir o café preparado em filtro, não
exclui a possibilidade das pessoas beberem as variações dos
tipos de café apresentados no mercado.
Quando analisado o consumo da bebida no Brasil,
as mulheres são responsáveis por 54%, contra 46% dos ho-
mens. Porém, não há mudanças significativas no perfil dos
consumidores relacionadas a idade e sexo, mas vale ressaltar
que são as mulheres que mais influenciam a compra, já cita-
do na análise microambiental.
Nos últimos oito anos, houve o aumento da pene-
tração de consumo de café na população, destacando o pú-
blico jovem, que contribui para o rejuvenescimento do perfil
dos consumidores, sendo seu crescimento gradativo por se
tratar de um produto que não é sazonal.
Referente ao café tradicional torrado e moído, as
classes não se diferem em relação ao consumo desse produ-
to. Todas possuem uma representatividade considerável e
muito similar. No entanto, a classe C está crescendo gradu-
almente, tornando-se uma das principais consumidoras do
país. Essa é responsável por 42% do consumo de café, dado
significativo quando confrontado com o ano de 2003, 37%, e
com as demais classes.
136
6%
23%
classe a classe b classe c classe d
5%
23%
42%
30%
37%
34%
2003 2010
figura 57: perfil de consumidores 2003 e 2010 / fonte: pesquisa tendências de consumo de café - 2010 - abic
tabela 25: tipos de consumo de café / fonte: pesquisa tendências de consumo de café - 2010 - abic
O consumo do café tradicional e superior torrado e moído é contínuo
durante o dia, não apresentando mudanças significativas no local de consumo
(dentro/fora de casa), salvo após o almoço, em que a discrepância aumenta, pois
as pessoas geralmente estão em seu ambiente de trabalho.
Assim, a ingestão do café expresso tem força nos momentos em que
os consumidores não estão no lar, já que as máquinas utilizadas para o preparo
deste tipo de café possuem um valor mais alto. Logo, cafeterias, restaurantes e
hotéis, são os principais pontos de consumo desta bebida.
em casa
97%
8%
4%
2%
7%
1,2%
fora decasa
94%
14%
8%
7%
18%
3,3%
moído/coado/filtrado
instântaneo/solúvel
capuccino instântaneo
capuccino não instântaneo
expresso
especiai
137
139
10._____________
consumo moderado de café
pode ajudar na prevenção de
várias doenças, do câncer de
cólon ao mal de Parkinson
plano estratégicofonte: blog mais que curiosidade
141
10 plano estratégico Para atingir os objetivos, este planejamen-
to irá definir a estratégia corporativa que deverá ser
utilizada pela empresa e as estratégias de marketing
mix.É de grande importância a diferenciação desses
dois tipos de estratégias. Será utilizada a estratégia
corporativa de diferenciação. Ela irá envolver e diri-
gir todas as atividades da empresa.
Essa estratégia consiste no desenvolvi-
mento das atividades, buscando agregar valor aos
produtos, oferecendo atributos distintos que serão
notados e valorizados pelos clientes.
unicidade obser-vada pelo cliente
posição debaixo custo
alvo estratégicono âmbito de
toda a indústria
apenas umsegmento
vantagem estratégica
diferenciação
foco
liderançaem custo
figura 58: estratégias genéricas / fonte: trâmita comunicação
142
No caso da Fazenda Juliana, a diferenciação se dará na imagem da
marca e na qualidade de seu produto. Como será apresentado posteriormen-
te, a marca da Fazenda foi reformulada para passar o novo posicionamento e
a imagem do seu produto, destacando desde a origem de qualidade até os
atributos e certificações existentes.Pode-se dizer então, que a diferenciação da
Fazenda será feita por imagem, por meio do posicionamento, propaganda,
embalagem, marca e outros atributos, e por qualidade, já que a empresa de-
senvolve um produto melhor que o dos concorrentes.
A comunicação com o mercado-alvo é de grande importância para a
eficácia desta estratégia, já que o público deve ser convencido dos benefícios
e atributos diferenciados da empresa e seus produtos. Um atendimento que
preza excelência e a construção de relacionamento com os clientes, também
são condições muito importantes para sustentar a diferenciação.
Já as estratégias vinculadas ao marketing mix influenciam as ativida-
des de marketing da empresa, como pode ser visto no quadro a seguir:
objetivosreposicionar e consolidar amarca da empresa no mercado
aumentar o conhecimentoe reconhecimento da marca
atingir índice de satisfaçãodos clientes acima de 90%
estratégias- definição e implementação de posicionamento
- reformulação da marca e criação de identidade- ampliar a área de atuação da marca- plano de comunicação e relações públicas
- relacionamento com os clientes
tabela 26: objetivos e estratégias / fonte: trâmita comunicação
143
As análises de macroambiente mostraram o cresci-
mento do mercado de cafés diferenciados e seu alto poten-
cial. Dado isso, uma das estratégias desse plano é ampliar a
área de atuação da marca com o intuito de aproveitar essa
oportunidade e aumentar o faturamento da empresa.
Atualmente, a torrefação Fazenda Juliana opera
com apenas 10% de sua capacidade produtiva. Portanto há
grandes possibilidades de aumento de produção para aten-
der novas demandas.
10.1 posicionamento
Como não existe um posicionamento definido, utili-
zamos como base para sua criação, os princípios já estabele-
cidos na empresa, suas ambições, as percepções já existentes
dos clientes e o marketing mix.
10.1.1 Posicionamento Amplo. O posicionamento amplo determina como a em-
presa irá atuar no mercado de café, no caso da Fazenda Ju-
liana, no nicho de cafés diferenciados. Ele define a orientação
para todo o marketing mix, o que reforça a mensagem e ga-
rante a sua solidez e confiabilidade.
Definiu-se uma orientação para a diferenciação, por
meio do valor agregado da alta qualidade. Este tipo de dife-
renciação estipula que a Empresa oferece um produto com
percepção de valor clara e compreensível para o cliente, que
conseguirá facilmente diferenciá-lo do concorrente e eventu-
almente pagar um pouco mais caro.figura 59: perspectivas de posicionamento / fonte: portal do marketing
diferenciação
valoragregado
relevânciada marca
precificaçãoapricionamento
precificação
premium
recorrência
144
A Fazenda Juliana pode se aproveitar deste posicio-
namento com seu produto puro, com um grão de boa pro-
cedência e origem, e por sua vantagem competitiva de con-
trole de toda a cadeia produtiva, que assegura a qualidade
do produto final. Além disso, por meio de pesquisas, perce-
bemos que a qualidade de um produto é um fator de grande
importância no mercado que a Empresa atua.
Outro fator que influencia no produto final é a sua
origem. O grão utilizado, pesquisas em laboratório, controle
da plantação, conhecimento da origem e constantes análises
da safra. Tudo isso interfere na qualidade do produto que é
entregue para o consumidor.
Dentro do marketing mix, é necessário manter o alto
padrão dos produtos, assegurado por um processo rigoroso
de controle e certificações de importantes instituições e orga-
nizações; o preço condizente com o mercado e aos pratica-
dos pelos concorrentes com produtos da mesma categoria;
buscar novos meios de distribuição para tornar o produto
conhecido por seus atributos de qualidade e reforçar tudo
isso por meio da promoção do produto, que deve ter como
mensagem central o posicionamento de alta qualidade (va-
lor agregado).
Outro importante atributo do produto que deve
ser ressaltado e faz parte do posicionamento, é a sua com-
posição 100% arábica. Esse tipo de café é produzido apenas
em altitude maiores e os plantios comerciais estão acima de
800 m. Estudos demonstram que a altitude é um fator de-
terminante na qualidade do café, devido a diferença entre as
temperaturas do dia e da noite, que são maiores. Isso propor-
ciona uma bebida de boa qualidade e consequentemente
um preço mais elevado, ao contrário do café conillon (mais
utilizado comercialmente), que pode ser produzido em alti-
tudes pequenas, resultando em um café menos aromático
e menos encorpado, e por isso, considerado de menor quali-
dade. Além disso, o café conillon possui 6 vezes mais cafeína
do que o café arábica, o que representa uma vantagem para
o produto da Fazenda Juliana, já que a cafeína em excesso,
assim como o seu alto teor em bebidas, pode ser prejudicial à
saúde. Portanto o posicionamento amplo pode ser definido
como: a Fazenda Juliana é uma empresa que fornece produ-
tos diferenciados com valor agregado, por sua qualidade ga-
rantida em toda cadeia produtiva, desde a origem no plantio,
até o momento do consumo da bebida.
10.1.2 Posicionamento Específico. Para dar suporte ao posicionamento amplo, definiu-
se que a empresa deverá desempenhar um papel de agente
que busca conscientizar os consumidores sobre os benefícios
do consumo do café de qualidade, que se referem principal-
mente a saúde e pureza do produto. Este posicionamento foi
baseado na sustentabilidade, nos produtos de alto padrão
que a empresa preza em sua produção.
A empresa deverá sempre buscar informar os con-
sumidores sobre como o café deve ser consumido, as van-
tagens de um produto puro, como é o mercado, as novas le-
gislações de regulamentação da qualidade do café que estão
entrando em vigor, dentre várias outras informações. Sempre
com a intenção de colaborar para transmitir a mensagem e
importância do consumo consciente de café.
Este posicionamento será utilizado para se atingir
cada vez mais os públicos-alvo e atuais clientes, do mercado
B2C e B2B, e, principalmente, atrair prospects.
145
10.2 reformulação da marca
O principal fator que faz os cafés da Fazenda Juliana
serem diferenciados, ou seja, apresentarem uma boa quali-
dade na xícara, possuírem um aroma especial, uma acidez
equilibrada e um sabor amargo discreto e agradável ao pala-
dar, é a boa origem de seus grãos. O café da Fazenda possui
excelente qualidade genética que é ainda mais exaltada pela
forma adequada como os frutos são cultivados e tratados.
Diante desse cenário que faz toda diferença na en-
trega de valor aos consumidores e casa perfeitamente com
o mercado atual, onde as pessoas estão cada vez mais cons-
cientes e preocupadas com a procedência do que conso-
mem, é favorável comercializar os cafés da Fazenda utilizan-
do o próprio nome da empresa.
A decisão de utilizar a marca “Fazenda Juliana” nos
cafés da torrefação prontos para consumo, e não apenas nos
cafés in natura ou commodities da Fazenda como é feito atu-
almente, estabelece uma promessa de garantia da Empresa
ao fornecedor, criando uma associação positiva nos compra-
dores dos cafés e fortalecendo assim a marca. Comunicar a
força do fabricante nos próprios produtos é uma estratégia
que facilita também a competição da empresa no dinâmico
mercado cafeeiro. Porém, é preciso antes de qualquer ação,
trabalhar a personalidade e fixação da marca do fabricante,
mesmo porque, embora o foco deste projeto seja a Torrefa-
ção e não a própria Fazenda, o fato de utilizar o nome Fazen-
da Juliana em todos os produtos do mix faz-se necessário a
realização de um trabalho de branding visando fortalecer a
“marca mãe” da empresa.
“fazenda juliana como decisão de marca”
146
Mais do que se certificar que o logotipo da empresa ou o nome dos produtos
da Fazenda sejam reconhecidos, precisa-se despertar no cliente um real inte-
resse pelos atributos e benefícios do que é oferecido. Por isso, a reformulação
de marca não pode ser superficial e a troca dos nomes “Café Carmelo” e “Café
Afrika” , bem como o novo apelo visual da empresa, precisam sinalizar seu novo
posicionamento e endossar seus atributos e sua cultura.
Em essência, a nova marca institucional deve comunicar a alta qualida-
de e a pureza de seus produtos. Além disso, chamar a atenção das pessoas ao
que elas vêem consumindo, incentivando a troca por um produto da mesma
categoria com uma qualidade superior. A marca deve ser bem resolvida, trans-
parecer a tradição da empresa e principalmente respeitar sua filosofia.
Com essas mudanças, a Fazenda Juliana passará de uma simples pro-
dutora de café à uma marca, o que ajudará a empresa futuramente a reduzir
custos com publicidade, aumentar o poder de negociação com os distribuido-
res e varejistas porque os consumidores já estarão esperando que eles tenham
a marca. Poderão também cobrar um preço maior do que o de seus concor-
rentes, pois a marca tem maior qualidade percebida e poderá também lançar
extensões de linha mais facilmente, pois o nome da marca já será reconhecido.
10.2.1 Defesa da marca. A intenção de mudança da marca da Fazenda Juliana, é refletir seu
novo posicionamento através de um conjunto de atributos que tornam a em-
presa facilmente reconhecida pelas suas características.
A atual logomarca é composta por ícones de difícil assimilação, cores
que conduzem sensações desordenadas e uma tipografia antiga e inadequada
tanto para aplicação em peças, por ser muito rebuscada, quanto para conceitu-
ar a empresa no mercado de cafés diferenciados e para um público mais jovem
e feminino.
147
figura 60: logomarca atual - fazenda juliana / fonte: fazenda juliana
facilitar a identificação da fazendae propagar a qualidade dos seus produtos
148
figura 61: tipografia conservadora - fragment core roman / fonte: trâmita comunicação
abcdefghijklmnopqrstuvwxyzABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
0123456789 “‘!@#$%¨&*()_+-=,.;/<>:?
A nova logomarca deve facilitar a identificação
da empresa e propagar a qualidade, a singularidade e a
pureza dos produtos aos consumidores, por isso foi utili-
zada uma tipografia serifada e sem excessos, que remete
a tradicionalidade do café na nossa cultura.
tipografia conservadora
149
figura 62: comparação entre novo símbolo e ramo de café / fonte: trâmita comunicação
Seu símbolo, composto pela própria matéria
prima dos produtos da Fazenda Juliana, no caso o café,
foi trabalhado em sua forma in natura para evidenciar a
origem e preparação quase que artesanal dos grãos.
ícone como referência direta
150
Foram utilizados os tons de marrom e ocre para
transmitir o calor, a cor diferenciada da bebida dos produtos
da Fazenda e o aconchego que o café desperta, além de pro-
mover uma imensa associação com a estabilidade e a pureza
da natureza e com valores sustentáveis da empresa.
a cor marrom
figura 63: cor utilizada / fonte: trâmita comunicação
151
Os traços da marca são modernos e possuem uma in-
tensidade média, que equilibram o layout e inspiram uma marca
tradicional e moderna ao mesmo tempo. Além disso, a marca
possui um elemento em sua volta que sustenta a tipografia e o
logotipo, interligando e harmonizando o conjunto
a nova marca da fazenda
figura 64: nova logomarca - fazenda juliana / fonte: trâmita comunicação
152
A nova logomarca é memorável, significativa, atra-
tiva e aplicável por sua simplicidade. Ela é direta e bastante
funcional, se trabalhada de forma coerente, consegue até
despertar emoções
algumas aplicações
figura 65: aplicação - positiva e negativa / fonte: trâmita comunicação
153
10.2.2 Embalagem Possui um estilo minimalista, pura e branca. A em-
balagem tem como finalidade, por meio do contraste de
cores, se destacar no ponto de venda, por onde desfilam, em
sua maioria, marrom, preto e vermelho.
Contrariando o manual, optou-se por ignorar a tra-
dicional foto de uma xícara com café quente. Acredita-se
que, pelas características do produto e pelo posicionamento
da marca, o apelo visual se faz desnecessário e indesejado.
A tipografia utilizada na palavra “café” faz referência
aos árabes, povo responsável pelo aprimoramento do café
arábica, qualidade cultivada na Fazenda Juliana.
referência arábica
abcdefghijklmnopqrsruvwxyz
figura 66: tipografia café - embalagem / fonte: trâmita comunicação
154
Foram utilizadas tipografias diferentes para as embala-
gens dos cafés superior e tradicional para enfatizar as diferenças
entre os produtos, pois o café tradicional, como o próprio nome
diz, é uma bebida de uso mais disseminado no pais, por isso sua
letra transmite mais simplicidade.
Já a embalagem do café superior trás esta inscrição de
maneira mais sofisticada e diferente, pois o consumo deste café
ainda se restringe em uma pequena parcela da população.
diferenciação através da tipografia
figura 67: tipografia - superior e tradicional / vfonte: trâmita comunicação
155
Para diferenciar variados tipos de café, de for-
ma bastante discreta, além da tipografia, foram utili-
zadas cores distintas: para o café tradicional, o verde;
para o superior, laranja
40 / 70 / 100 / 50 0 / 60 / 100 / 0 60 / 20 / 100 / 0
figura 68: cores da embalagem - cmyk fonte: trâmita comunicação
156
Deste modo, segue abaixo a marca final, suas aplicações e a embalagem.
TRADICIONAL superior
TRADICIONAL superiorfigura 69: aplicação - tradicional e superior / fonte: trâmita comunicação
157
figura 70: aplicação café - negativa e positiva / fonte: trâmita comunicação
158
TRADICIONAL superior
35mm 35mm
TRADICIONAL superior
figura 71: área de respiro / fonte: trâmita comunicação
figura 72: redução mínima / fonte: trâmita comunicação
159
figura 73: embalagem final - superior e tradicional / fonte: trâmita comunicação
160
Com base nos objetivos, definiu-se que as áreas de
atuação e comunicação seriam aquelas onde a Fazenda já
possui alguns clientes, com o intuito de informá-los do repo-
sicionamento da empresa e mantê-los compradores, além
de abranger novas regiões que possibilitam o conhecimento,
disseminação e fidelização da marca e sua linha de produtos.
Seguindo esses parâmetros e considerando a me-
sorregião em que a Fazenda Juliana está localizada, optou-se
por focar o esforço de comunicação nas regiões do Alto Para-
naíba e Triângulo Mineiro, que totalizam juntas sessenta e seis
10.3 ampliar a área de atuação da marca.
cidades. Por se tratar de um produto novo, salvo em Monte
Carmelo, houve a necessidade de segmentar em microrre-
giões que tenham um número de habitantes significativo, e
que estes sirvam como influenciadores para os municípios
vizinhos. Dado o apresentado, foram determinadas sete mi-
crorregiões que ao seu redor possuem cidades parcialmente
dependentes. Mercados esses que foram fundamentados na
capacidade que a Empresa possui em atender conforme sua
competência produtiva e manutenção no processo de quali-
dade do produto. Segue divisão:
araxáaraxá
campos altos
ibiá
nova ponte
pedrinópolis
pratinha
sacramento
santa juliana
tapira
frutalcampina verde
carneirinho
gomes
fronteira
frutal
itapagipe
iturama
limeira do oeste
pirajuba
planura
sales
união de minas
ituiutabadourada
capinópolis
gurinhatã
ipiaçu
iuiutaba
santa vitória
patos de minasarapuá
paranaíba
guimarânia
lagoa formosa
matutina
patos de minas
rio paranaíba
serra
são gotardo
tiros
patrocíniodourados
coromandel
fortaleza
douradoquara
estrela do sul
grupiara
iraí de minas
monte carmelo
patrocínio
romaria
serra do salitre
uberabaágua comprida
campo florido
alagoas
conquista
delta
uberaba
veríssimo
uberlândiaaraguari
araporã
canápolis
cascalho rico
centralina
indianópolis
minas
prata
tupaciguara
uberlândia
tabela 27: segmentação por região / fonte: trâmita comunicação
161
Os pontos de vendas determinados e a comunicação trabalhada terão
como alvo apenas as micros, por questão de prioridade, influência, quantidade
de habitantes e capacidade produtiva da Fazenda. Ademais é imprescindível
ter como foco o município de Monte Carmelo, visto que é a comunidade em
que a organização está inserida.
Os públicos a serem atingidos são os jovens e mulheres. Visto que este
último é responsável pelo ato da compra, sendo ele determinante desde a es-
colha da marca até o preparo do produto.
Já os jovens estão abertos a novidades e em constante busca de pro-
dutos novos, diferenciados e sustentáveis. Além do que, o consumo de café
neste público está aumentando gradualmente, fator este que contribui para o
relacionamento, aproximação e aceitação da bebida diferenciada.
O Plano de Comunicação e relacionamento são os meios mais impor-
tantes para se atingir os objetivos de marketing. São eles que irão guiar toda
a comunicação com os públicos-alvo e com a mensagem, posicionamento e
imagem da empresa serão repassados.
Atualmente, os consumidores são impactados por diversos meios de
comunicação e tem acesso a uma alta variedade de produtos concorrentes.
Portanto, o relacionamento também é algo importante, por ser um valor agre-
gado, que irá diferenciar o produto dos concorrentes. Todos os tipos de comu-
nicação e relacionamento com os públicos que foram escolhidos para serem
trabalhados serão detalhados nos próximos capítulos.
10.4 plano de comunicação e relacionamento.
“relacionamento agrega valor e cria diferenciação”
163
11._____________
o maior produtor mundial
de café é o Brasil, seguido
de Vietnã e Colômbia.
proposta criativafonte: blog mais que curiosidade
165
11 proposta criativa
“Cafezinho não é com a gente”, foi a frase escolhida para ser o mote
da campanha de comunicação deste plano de marketing. Ela sintetiza o posi-
cionamento escolhido para a Fazenda Juliana de forma a mostrar que o pro-
duto oferecido não é apenas um café comum, mas sim um café repleto de
qualidade e atributos, ideal para todos os momentos.
A frase é acompanhada por uma mensagem que destaca as princi-
pais características do produto:
• A origem do café: produzido na Região do Cerrado, uma das melho-
res regiões do mundo para se produzir esse fruto.
• A cor marrom: uma das primeiras diferenças que o consumidor vê,
explicando o motivo pela torra clara.
• Aroma e sabor: outros atributos que são preservados pela preparação
e torra.
Ao final, a comunicação é encerrada com a frase: “em sua xícara, uma
bebida inigualável”, para ressaltar essa diferenciação de sabor, cor e aroma.
166
A campanha institucional é um desdobramento da
identidade visual. Ela é minimalista, ousada, foge dos clichês,
e se diferencia a partir de uma comunicação limpa, sem ape-
los visuais exagerados, sem uso carregado de cores e símbo-
los, como nota-se nos concorrentes, e com uma mensagem
extremamente objetiva, sendo que elementos subjetivos
praticamente inexistem.
É interessante notar que a comunicação utilizada
nas peças e embalagens se confundem, pois na verdade,
mantém a mesma identidade, facilitando a lembrança do
consumidor em relação ao novo produto, isso com o intuito
de gerar uma associação entre o café e sua comunicação.
Além da embalagem, há também as tipografias
institucionais: uma, manuscrita, que faz referência à borra do
café e a outra, neutra, que passa despercebida.
Por se tratar de uma campanha de lançamento, a
presença da foto da embalagem é interessante, visto que o
consumidor ainda não conhece o produto. O anúncio, por
ser uma extensão da identidade visual, é a voz da embala-
gem. Apesar de aparecer na foto, a marca da Fazenda Julia-
na, produtora do café, se faz presente tanto na embalagem,
quanto na parte superior.
Para conversar com o público jovem, linguagem
descontraída e tom levemente ousado, totalmente pertinen-
te a esse público e às mulheres.
rodutor mundial
de café é o brasil,
mensagem objetiva
167
169
12._____________
_____________
o consumo nacional anual
beira 13 milhões de sacas,
o dobro da década de 90;
plano de comunicaçãofonte: site revista cafeicultura
171
12 plano de co-municação Este plano visa atingir o público-alvo e os públi-
cos prioritários que foram definidos e serão apresentados
posteriormente, levando-se em consideração sua rele-
vância para o prazo deste plano (um ano).
Com a utilização de diversas ferramentas, é pos-
sível sanar as falhas de comunicação e relacionamento da
empresa para que ela possa repassar o posicionamento
que foi sugerido, conquistar novos clientes e se destacar
perante os concorrentes e o mercado.
Toda a comunicação será integrada por meio
da proposta criativa, presente em todas as peças e ações,
e da ligação com o site da empresa, que estará sempre
presente, com o intuito de redirecionar as pessoas para
encontrarem mais informações, como histórico e locais
de venda.
Os eventos para os diferentes públicos serão
realizados juntamente com as ações tradicionais, como
propaganda e promoção de vendas, com o objetivo de
aumentar o conhecimento e gerar lembrança da marca.
Portanto, serão utilizadas as ferramentas:
“toda a comunicação será integrada por meio da proposta criativa”
172
12.1.1 AÇÃO 1 - Nova marca e identidade visual. O objetivo principal dessa ação, é aumentar a atra-
tividade e conhecimento da Empresa e dos produtos. Esta
reformulação irá alinhar a marca e toda sua identidade visual
ao novo posicionamento que foi definido para a empresa,
visando facilitar a percepção desses novos valores pelos con-
sumidores.
Tal reformulação terá como principal objeto a marca
Fazenda Juliana, em seguida, as alterações serão repassadas
para toda a identidade visual da empresa, desde papelaria
institucional até a embalagem do produto.
Com o intuito de conscientizar os consumidores
sobre o café de qualidade, toda a embalagem e papelaria
da empresa terão informações sobre o assunto, assim como
dados da Empresa, que asseguram a procedência dos seus
produtos. Além disso, as embalagens terão receitas que uti-
lizam o café como ingrediente. A nova marca e identidade
começarão a ser desenvolvidas no início de 2012.
12.1.2 AÇÃO 2 – Rádio e Televisão. O objetivo principal dessa ação é gerar simpatia. Por
12.1 propaganda
meio dela, pretende-se conquistar novos consumidores e
criar uma imagem institucional positiva para a marca e seu
produto, através da intermediação de ícones da mídia que já
possuem imagem positiva e estabelecida.
Testemunhal Rádio - 60’’.
• Os cafés da Fazenda Juliana são novos na região;• Possuem um sabor diferenciado;• Apresentam uma boa qualidade na xícara, aroma especial, sabor agradável ao paladar justamente por ser puro e não precisa ser torrado tanto para esconder impurezas; • São cafés com uma cor marrom exatamente por que são torrados no ponto certo;• Cor tem sabor. Sabor tem cor;• Cafés Fazenda Juliana, cafés especiais e que tratam bem o seu paladar. • No seu café da manhã, após o almoço ou a qualquer hora do dia, aprecie um bom café, um café puro e de alta qualidade.
tempo3’’
3’’
5’’
4’’
locuçãodo cerrado mineiro para
surpreender seu paladar
em sua xícara uma
bebida inigualável
cafés fazenda juliana
da cor ao sabor diferente
imagemfundo marrom
fundo marrom
logo + embalagens
da cor ao sabor, diferente
tabela 28: roteiro vt para tv 15” / fonte: trâmita comunicação
173
12.1.3 AÇÃO 3 -Revistas e Jornais. Essas mídias representam importantes meios de co-
municação que abrangem a maioria das cidades que foram
definidas como área de trabalho.
Será feito um anúncio de página dupla em junho de
2012 na Revista Cult, e no mês de setembro, em página sim-
ples. A revista foi escolhida por ser conhecida na região e por
figura 74: anúncio página dupla - cult junho / fonte: trâmita comunicação
atingir muito o meio publicitário, já que a maioria das com-
pras de anúncio são feitas por meio de agências. Este público,
juntamente com profissionais de marketing, são de grande
importância, pois eles estão entre os maiores consumidores
de café, segundo pesquisa realizada pela conhecida rede in-
ternacional das famosas rosquinhas redondas recheadas de
creme Dunkin’ Donuts, em 2010 (Anexo VIII).
fazendajuliana.com.br
174
figuras 75: opções de anúncios páginas simples - cult setembro / fonte: trâmita comunicação
fazendajuliana.com.br fa
zend
ajulia
na.co
m.br
175
figuras 76: opções de anúncios páginas simples - cult setembro / fonte: trâmita comunicação
fazendajuliana.com.br fazendajuliana.com.br
176
figuras 77: opções de anúncios páginas simples - cult setembro / fonte: trâmita comunicação
fazendajuliana.com.br fa
zend
ajulia
na.co
m.br
177
No caso do jornal, ele possui grande força e influên-
cia em algumas cidades que serão trabalhadas, como Ituiu-
taba e Uberlândia. Ele também atinge o público de Classe A,
e está muito presente no cotidiano das pessoas, como um
hábito de leitura matutino, realizado ao tomar café da manhã.
A comunicação no jornal será feita em junho de
2012, com a utilização de uma cinta e anúncio interno que
irão remeter ao café da manhã e a este momento do dia,
que é quando as pessoas normalmente recebem o jornal e
tomam a primeira xícara de café.
figuras 79: opções de anúncios páginas simples - cult setembro / fonte: trâmita comunicação
figura 78: anúncio jornal / fonte: trâmita comunicação
faze
ndaju
liana
.com
.br
fazendajuliana.com.br
178
12.1.4 AÇÃO 4 – Outdoor e Placas de Estrada. Outdoor e placas são meios somadores de frequên-
cia e tem uma grande vantagem de estarem presentes 24h
por dia, todos os dias da semana, visíveis para qualquer pes-
soa que estiver em circulação pelo local.
Além disso, no caso do outdoor, a mensagem é sin-
tetizada e se torna mais objetiva, o que facilita a fixação da
marca na mente das pessoas.
figura 80: outdoor / fonte: trâmita comunicação
faze
ndaju
liana
.com
.br
179
As placas serão utilizadas nas entradas
das oito cidades, com o objetivo de gerar gran-
de visibilidade, dar boas vindas e indicar que
aquela cidade possui produtos da Fazenda Ju-
liana disponíveis para compra.
12.1.5 AÇÃO 5 - Mídia InHome. Atualmente os consumidores recebem milhares de
mensagens publicitárias durante o dia e, na maioria das ve-
zes, se esquecem de algumas ou praticamente todas.
Para evitar que isso aconteça, buscamos utilizar um
meio que seja diretamente relacionado ao cotidiano e ao
consumo de café pelo consumidor. Para isso escolhemos a
publicidade em sacos de pães, para aumentar a visibilidade e
presença da marca e seus produtos.
Esta mídia estará presente nas principais padarias e
supermercados das cidades das regiões do Triângulo Mineiro
e Alto Paranaíba, no mês de junho, início do plano de comu-
nicação que reflete os maiores esforços de comunicação.
figura 81: placa de estrada / fonte: trâmita comunicação
faze
ndaju
liana
.com
.br
fazendajuliana.com.br
180
12.2.1 AÇÃO 1 - Embalagens Promocionais. Com o objetivo de aumentar a atratividade dos pro-
dutos no ponto de venda e tornar a marca mais conhecida
e presente no cotidiano de seus consumidores, foram de-
senvolvidas algumas embalagens promocionais que serão
comercializadas durante o ano.
• Embalagem de Lata: muitas pessoas utilizam reci-
pientes de lata para guardar o pó de café ou outros condi-
mentos. Por isso, será feita uma embalagem de lata que será
comercializada na época de floração do café, no mês de Se-
12.2 promoção de vendas
tembro de 2012.
O principal objetivo dessa embalagem é atrair a
atenção dos consumidores no ponto de venda e gerar lem-
brança da marca, já que, quando adquirida, ela estará inserida
no cotidiano do consumidor.
• Embalagem Promocional: com o intuito de incen-
tivar o consumo da linha completa de produtos da Fazenda,
serão feitas embalagens promocionais com o café superior
e tradicional sendo vendidos juntos, com um desconto para
alavancar as vendas.
figura 82: modelo lata promocional / fonte: trâmita comunicação
181
12.3.1 AÇÃO 1 - Merchandising e Comunicação no Ponto de Venda. Percebendo todas as vantagens desta ferramenta e
todo seu potencial para gerar e aumentar a visibilidade dos
produtos no ponto de venda, procurou-se pesquisas que re-
afirmassem essa eficácia.
A pesquisa “O Comportamento do Consumidor em
Super e Hipermercados”, de 2010, da Popai Brasil, revela que,
o índice de decisão de compra no ponto de venda nos su-
12.3 merchandising
per e hipermercados brasileiros é de 76%. Isso significa que o
ponto de venda desempenha um importante papel no pro-
cesso de compra.
No caso do café, notou-se uma grande variedade
de produtos nas gôndolas de supermercados, fato que refor-
ça mais ainda a importância desse tipo de comunicação, já
que devido aos diversos concorrentes o produto em questão
deve ganhar espaço através da atratividade e diferenciação.
Então serão desenvolvidos:
figura 83: display de gôndola / fonte: trâmita comunicação
FAIXA DE GÔNDOLAPara identificar e destacar os produtos no ponto de ven-
da, utilizando a nova marca e a cor característica do café.
182
WOBBLERSDesempenham uma função similar a da faixa
de gôndola, destacar o produto e atrair atenção,
também poderão ser utilizados para destacar as
embalagens promocionais. Na peça, a comuni-
cação segue a mesma do conceito, utilizando o
marrom e as cores do café de cada embalagem.
figura 84: wobbler / fonte: trâmita comunicação
figura 85: display de mesa / fonte: trâmita comunicação
DISPLAY DE BALCÃO E MESASEssa comunicação será utilizada nas cafeterias e
estabelecimentos que oferecerem ou utilizarem
como matéria-prima o café da Fazenda Juliana,
ressaltando a importância da origem e, no verso,
com informações sobre a empresa e redirecio-
namento para site.
fazendajuliana.com.br
183
AMOSTRA E DEGUSTAÇÃO. Serão realizadas em alguns supermer-
cados, com o objetivo de introduzir o novo
produto, com promotores de vendas treina-
dos e preparados para explicar os atributos
diferenciados dos produtos (cor, sabor, pureza,
processo de qualidade, dentre outros), assim
como o posicionamento da Empresa. Além
disso, serão oferecidas comidas que tipica-
mente são servidas com o tradicional café, e
uma amostra para a pessoa levar para casa e
mostrar para a família, com o intuito de gerar
influenciadores de compra.
As ações no ponto de venda terão
início no mês de Junho de 2012 e serão con-
tínuas até o período determinado no planeja-
mento, porém dividindo-se em duas campa-
nhas. A primeira será para apresentar o novo
posicionamento do produto para aqueles que
já são clientes e para os prospects, mostrar que
há um café novo e diferenciado no mercado.
A segunda campanha, que será reali-
zada em Setembro, terá um mote para tentar
aproximar o cliente da marca, além de asso-
ciar ao período de floração do processo de
plantio do café.
figura 86: estande / fonte: trâmita comunicação
figura 87: uniformes - promotores de venda / fonte: trâmita comunicação
184
Criação de canais de informação e comunicação
online, para disseminação da marca/empresa e de seus pro-
dutos, com o intuito de gerar e consolidar relacionamentos e
aumentar a presença no cotidiano dos consumidores e pros-
pects. Atualmente, a internet de um modo geral, incluindo as
redes sociais, é uma fonte de informações sobre empresas e
refletem o que as pessoas pensam sobre os produtos.
Além disso, essa ação atinge muito o público jovem,
de 18 a 30 anos, que foi destacado com grande importância
em consultoria com a barista Paula Dulgheroff, primeira co-
locada na etapa mineira do concurso nacional de baristas e
sétima colocada na classificação nacional, pois é target que
está passando a consumir mais café com a preocupação na
qualidade e que desempenha um papel de influenciador nas
decisões de compra dos mais velhos. Todas as ações desen-
volvidas para a web estarão prontas antes do relacionamento
com os públicos internos e externos. Serão desenvolvidos:
REFORMULAÇÃO DO SITE As informações atuais do site irão passar por uma
reformulação para adequação à nova identidade visual
(Institucional, Produção, Torrefação, Responsabilidade
Social, Certificações e Fale Conosco).
Além disso, para incluir mais interatividade ao
site, serão inseridas opções de compartilhamento das
informações nas principais redes sociais, um blog com in-
formações diárias sobre café e o seu mercado, descrição
completa da linha de produtos, certificações, a Fazenda e
adição de um SAC.
O site será reformulado antes que as ações sejam
realizadas com os clientes e prospects, para que esses
possam ter a ferramenta como forma de aprofundar os
conhecimentos sobre a empresa e sua linha de produ-
tos. Ademais, o consumidor pode ter um relacionamento
mais próximo e rápido por meio do SAC.
12.4 internet
185
figura 88: novo layout - site fazenda juliana / fonte: trâmita comunicação
186
FACEBOOK Criação de uma Fan Page, com constante informa-
ções sobre café, seu mercado, os produtos, a empresa, recei-
tas e dicas. Tais informações serão compartilhadas por meio
do blog presente no site institucional.
PARCERIA COM BLOGS E SITES Parceria com formadores de opinião em gastrono-
mia e café para inserção de posts e publicidade paga. Como:
Cozinha Travessa, Cozinhando para Relaxar, Sabor Sonoro e
Café Point.
A parceria será realizada após a apresentação da Fa-
zenda e seu mix de produtos, para que mesmo que paga,
esteja de acordo com a impressão dos líderes de opinião.
GOOGLE ADWORDS O crescimento da mídia digital é uma importante
alternativa de marketing e publicidade para o fortalecimen-
to da marca.
Além de ser uma mídia com custo relativamente
ainda muito baixo, esse modelo de mídia oferece alto índi-
ce de retorno sobre investimento em comunicação e ainda
atinge camadas formadoras e multiplicadoras de opinião.
A tecnologia da internet permite um alto grau de
interatividade para que o cliente possa criar, editar, enviar,
confirmar e controlar necessidades e pedidos e por isso, o
site da Fazenda Juliana deve estar facilmente acessível para
o público a ser atingido. Sendo assim, é necessário otimizar
o endereço eletrônico da empresa em sites de busca como
o Google.
“estar bem colocado nesses sites irá ajudar a empresa a ampliar o tráfego no seu próprio domínio e aumentar a popularidade da marca”
187
Estar bem colocado nesses sites irá ajudar a empresa a ampliar o trá-
fego no seu próprio domínio e aumentar a popularidade da marca, auxilian-
do a empresa em seu reconhecimento.
Atualmente, usuários de mecanismos de busca tendem a acessar os
links que primeiro aparecem nos resultados por dois motivos, o primeiro por-
que economizam tempo e segundo porque o internauta sabe da qualidade
daquele link, já que o posicionamento dessa busca não é manipulável. Se o
site se encontra ali é simplesmente porque o Google julgou como o melhor
resultado para sua busca.
Logo, através de palavras chaves e suas variações, é interessante
uma manutenção e um investimento mensal da ferramenta Google Adwor-
ds para aumentar a visibilidade do website nas listagens de resultados. Exem-
plos de palavras a serem trabalhadas:
- Café; - Café diferenciado; - Café de qualidade; - Café superior; - Café tradicional; - Café arábica;- Bom Café; - Café do Cerrado; - Região do Cerrado.
Por fim, o resultado desse investimento será verificado pelo aumen-
to do número de acessos apontados pela ferramenta Google Analytics, a
quantidade de leads gerados pelo site e a variação de cliques nas palavras-
chaves selecionadas (CTR - Click Through Rate).
A reformulação do site e a Fan Page no Facebook começará a ser
desenvolvida no mês de fevereiro de 2012, porque as visitas aos clientes e
prospects começarão neste período, e assim que tiverem contato com as
informações deste novo produto, um dos primeiros lugares que irão buscar
para obter maiores informações, será por meio da internet e suas ferramen-
tas. Os posts serão distribuídos ao longo do ano pelos diferentes blogs, de
acordo com a resposta a essas ações, poderão ser aumentadas as inserções.
188
As Relações Públicas (RP) tem como finalidade criar
um relacionamento com base na reciprocidade com os pú-
blicos de interesse e/ou na opinião pública. Assim, as relações
públicas se concentram no envolvimento entre a organiza-
ção e seus diversos stakeholders, com prioridade de fomen-
tar, manter ou resgatar a imagem e reputação da empresa
com estes.
Dentro da própria área de RP há uma ferramenta
que tem se mostrado cada vez mais importante, as Relações
Públicas de Marketing. As mensagens desta passam maior
credibilidade por serem apresentadas ao público de forma
espontânea, além de serem menos dispendiosas do que
anúncios publicitários. Dado isso, as ações de MRP contri-
buem para lançamentos de novos produtos e formação de
marca, por passarem confiabilidade ao produto destacado.
Para tanto, foram traçadas ações que contribuem
para evidenciar o novo produto em mercados já existentes e
naqueles que ainda pretende atingir.
Portanto é importante verificar quais são os públicos
com os quais seria interessante a Fazenda Juliana investir em
um relacionamento focado em atingir seus objetivos. Utili-
zou-se para isso o mapeamento de públicos. Esta ferramenta
de Relações Públicas auxilia na detecção daqueles que real-
mente são importantes para as estratégias definidas a princí-
pio. O mapeamento de públicos da Fazenda Juliana forneceu
o seguinte cenário:
12.5 relações públicas
“criar umrelacionamentocom base nareciprocidade”
189
Importância Mensagem Como reforçar? ClassificaçãoPeça-chave para a viabilização do negócio e processos da empresa.
Importância do seu trabalho reflete na qualidade do produto.
Oferecer cursos profissionalizantes, campanhas de premiação, pacote de benefícios para funcionário e sua família.
Essenciais não constitutivos primários.
Grandes influenciadores dos funcionários, refletindo dentro da empresa.
Responsável pelo bem estar do trabalhador.
Interação e programas específicos para os familiares.
Não essenciais.
Principal investidor do negócio, possibilitando sua existência.
Papel importante dentro da empresa, apresentando resultados e troca de opiniões.
Relatórios, modelo de processo, novas tecnologias e afins. Essenciais constitutivos.
Fornecedoresde Matéria Prima
Fator de produção.Mostrar a importância e a dependência dela para nosso produto final.
Proporcionar conhecimento ao funcionário sobre o produto da torrefação.
Essenciais não constitutivos primários.
Fornecedoresde Produto
Satisfaz o desejo e necessidade do cliente.
Fornecer seu produto com melhor custo benefício.
Priorizar o bom relacionamento e parceria.
Essenciais não constitutivos secundário.
Contribuem para a divulgação do café, oferecendo colaboração qualificada à organização no planejamento de sua divulgação institucional e promocional. São influenciadores e passam credibilidade, podendo até modificar a opinião em diversos setores, principalmente no alimentar.
Parceria para visibilidade da empresa., no lançamento de um novo café, enfatizando a origem do produto, sua pureza e sabor diferenciado, além das certificações de qualidade, reconhecendo e valorizando o profissional.
1. Material Institucional.
2. Convidá-los para conhecer o processo de fabricação e fazer a degustação instruídos por profissionais da área.
3. Promover um momento de degustação para os que não foram à visita.
4. Bom relacionamento, releases bem elaborados, flexibilidade.
Rede de comunicação de massa.
Razões sazonais pode afetar de alguma maneira o negócio da empresa.
Bom relacionamento e cooperativismo entre as partes.
Reuniões, visitas periódicas e compartilhar informações.
Não essenciais - Setores Comunitários.
Pela proximidade, representa maior interesse por suas atividades sociais.
A empresa se preocupa com o bem estar social e ambiental.
Apoio de projetose ações sociais, ambientais e educaionais.
Não essenciais - Setores Comunitários.
Determinam leis e diretrizes para o funcionamento da empresa.
Empresa está de acordo com as leis determinadas e sempre flexivel para eventuais mudanças.
Cumprindo as leis, possuir documentos necessários para funcionamento da empresa e participação ativa em programas oferecidos pelo governo.
Essencial Constitutivo.
Defender os interesses comum da empresa e colaboradores, formação de diretrizes e negociação coletiva.
Apresentar soluções e novos projetos, além de proporcionar melhoria para o setor.
Associação ao sindicato e sendo participativo nos processos sindicais.
Não Essenciais - Setores Sindicais.Sindicatos
Fazendas vizinhas
Proprietário
Governo
Comunidade (Cidade)
Formadores de opinião - Imprensa/Mídia, Blogueiros, Colunistas, Jornalistas Gastronômicos
PúblicoFuncionários
Familiares dos Funcionários
190
Importância Mensagem Como reforçar? ClassificaçãoPúblicoRepresenta e defesa a classe dos que se dedicam à cafeicultura, colabora no sentido do fortalecimento do espírito associativo, coletivo ou particular, principalmente nos setores governamentais e classistas.
Cooperar com a associção, compartilhar estudos e projetos e debate de assuntos em comum.
Obter certificações da classe, participar e promover eventos em parceria com a associação.
Não Essenciais - Setores Associativos.
Possibilitam a melhoria do processo de fabricação do produto, através de pesquisas e experimentos além de mão-de-obra qualificada.
Agrega qualidade ao processo e ao produto, possibilitando reconhecimento da pesquisa universitária.
Envolvimento no processo de produção e apoio a projetos de pesquisa.
Essenciais Não Constitutivos ou de Sustentação secundários.
Clientes B2B
1. CONSUMIDOR: Nova marca, novo posicionamento, mas mantendo o produto de qualidade.
2. PROSPECTS: Novo produto no mercado, que valoriza sua origem, processo e qualidade.
1. Material Institucional entregue pessoalmente.
2. Experiência sensorial.
3. Promover momento para conhecimento e experimentação dos produtos, realizado por baristas.
1.CONSUMIDOR: Novo produto no mercado, que valoriza sua origem, processo e qualidade.
2. PROSPECTS: Diferenciação de sabor e qualidade do produto, mostrando a maneira correta de preparo e consumo.
1. Momento com experiência sensorial e degustação orientada no PDV.
2. Apresentação de patrocínio para eventos relevantes que possibilitam a visibildade do café para o público.
Apresenta novas tecnologias, além de influenciar diretamente no processo da organização.
Estamos abertos à novas tecnologias visando o aprimoramento do serviço/produto e parcerias comerciais.
Manter contato para fornecer informações da empresa e para se informar de novas tecnologias.
Redes de Interferência - Redes de concorrência.
Estudada e analisa em diversos aspectos, principalmente em tecnologia e pesquisas desenvolvidas.
Estar atento às novidades e oferecer sempre o melhor para os clientes.
Acompanhar o desenvolvimento tecnológico e antecipar o uso desses processos.
Redes de Interferência - Redes de concorrência.
Viabilizam e mantêm a empresa ativa no mercado; influenciam diretamente na produção e lucro da empresa.
Viabilizam e mantêm a empresa ativa no mercado; influenciam diretamente na produção e lucro da empresa.
Essenciais Não Constitutivo.
Essenciais Não Constitutivo.
Associações (Ex.: ABIC)
Concorrentes
Relacionamento Internacional
Universidades
Clientes B2C
Foi realizado o mapeamento de todos os
públicos que a Torrefação está ligada, para assim
trabalhar, a princípio, com aqueles que facilitam o
alcance dos objetivos traçados.
tabela 29: mapeamento dos públicos / fonte: trâmita comunicação
191
12.5.1 Público Interno. A comunicação interna de uma empresa vem
mudando sua forma de atuar, antes denominavam-se
trabalhadores, depois funcionários e agora, permanecem
essas duas nomenclaturas e ainda há o acréscimo de uma
terceira; colaboradores. Essas nomenclaturas estão dire-
tamente relacionadas à cultura da empresa, neste plano,
sugere-se o tratamento de colaborador.
Esta mudança reflete a conscientização da orga-
nização com a importância que o público interno possui,
visto que a satisfação desse interfere no desempenho or-
ganizacional, imagem e diretamente na qualidade dos
processos e produtos.
a) declarações institucionais. Devido ao reposicionamento da empresa, tor-
nou-se indispensável o desenvolvimento das declarações
institucionais, já que essas desempenham o papel de trans-
mitir para os públicos envolvidos, de maneira simplificada,
a essência da instituição. Dividida em três pilares, missão,
visão e valores, as declarações devem representar de forma
clara o motivo da empresa estar no negócio, gerar entu-
siasmo e estimular os stakeholders a contribuírem para o
desenvolvimento da organização, de acordo com os valo-
res traçados.
É de função da organização traçar essas diretrizes
institucionais, porém ela pode contar com o apoio e cola-
boração de profissionais de comunicação para a sugestão
do desenvolvimento dessas declarações. Assim a agência
sugere as seguintes declarações:
MISSÃOOferecer em cada gole de café um momento especial e saboroso, ser-
vindo uma bebida pura, cuidadosamente preparada e desenvolvida a
partir de grãos criteriosamente selecionados.
VISÃOSer reconhecida e admirada como uma empresa que traz em si a pu-
reza do café, a excelência no preparo dos grãos e a preservação dos
valores sociais e ambientais.
VALORESOs valores da Fazenda Juliana são puros assim como seus produtos:
- Puros por respeitarem seus colaboradores;
- Puros por respeitarem o paladar dos seus consumidores;
- Puros por respeitarem os recursos ambientais e sociais
As declarações institucionais, independente se forem criadas
pela a empresa ou se ela decidir por utilizar as definidas nesse plano,
deverão servir como base das ações da comunicação interna.
192
b) mural A adoção do mural tem como finalidade, expor e informar os fun-
cionários sobre todo e qualquer assunto que seja de interesse do público in-
terno, contendo cartazes motivacionais, informativos sobre o mercado com
novidades do setor, aniversariantes do mês, divulgação de data de eventos
sobre café, dentre vários outros.
Ele estará constantemente nas instalações da Fazenda e será atua-
lizado sempre que existirem informações importantes a serem transmitidas
aos colaboradores.
figura 89: mural de recados - frente e verso / fonte: trâmita comunicação
193
c) cartões de aniversário Os cartões serão enviados aos funcionários em suas datas de aniver-
sário, possibilitando um melhor relacionamento entre os colaboradores e a
Empresa, sendo este entregue junto à um presente. Além disso, proporcionar
um café da manhã especial em que o funcionário terá direito de levar a sua
família para participar do momento.
O modelo deste cartão deverá ser renovado anualmente para que
os colaboradores que estiverem trabalhando na empresa há mais de um ano,
possam ser parabenizados de maneiras diferentes a cada ano.
figura 90: cartão de aniversário - frente e verso / fonte: trâmita comunicação
194
d) kit férias Trata-se de um presente dado a cada cola-
borador, quando este entrar de férias. O kit terá:
- Massageador- Mini sabonetes- Pantufa- Toalha de mão- Cafés da Fazenda- Xícara personalizada.
Todos os itens serão personalizados com a
marca da Fazenda Juliana, e o kit virá acompanhado
de um cartão, que será atualizado anualmente com
novas mensagens, como a seguir.
figura 91: cartão - kit de férias / fonte: trâmita comunicação
195
e) cartões de aniversário Os eventos serão realizados para estreitar os laços entre os
colaboradores - empresa e colaboradores - familiares, e serão rea-
lizados cumprindo um cronograma estabelecido de acordo com
algumas datas comemorativas.
01 DE MARÇO: APRESENTAÇÃO DO NOVO POSICIONAMENTO E MARCA DA EMPRESAEsse evento será realizado para apresentar ao público interno as novas
estratégias e mudanças que foram realizadas em relação ao posicio-
namento e à nova marca. Logo após, será servido um café da manhã
para os participantes. Toda apresentação será realizada pela agência,
juntamente com o administrador da torrefação.
24 DE MAIO: CAFÉ COM SAÚDECafé com Saúde acontecerá no dia 24 de maio, data estrategicamente
escolhida por ser o Dia do Café. O evento terá como enfoque a inter-
venção que o café possui na saúde, e a maneira correta para se prepa-
rar um bom café. O propósito da ação é fazer com que os colaborado-
res se conscientizem dos atributos que o produto oferece.
18 DE AGOSTO: DIA DA FAMÍLIAA confraternização será voltada para todos os funcionários e seus fami-
liares, com a intenção de envolver a família com a Empresa.
22 DE DEZEMBRO: CONFRATERNIZAÇÃO DE FINAL DE ANO.A festa será para comemorar o ano que passou e oferecer para os cola-
boradores um momento de integração.
196
f) código de conduta O código de conduta tem como função apresentar a Empresa para
o mais novo colaborador, visto que as ações propostas neste plano visam um
aumento de demanda e consequentemente a contratação de novos funcio-
nários. E este novo funcionário deve entrar para a empresa ciente das políticas
internas ela possui. Através dele a pessoa conhecerá todo o histórico da or-
ganização, normas e regulamentos, direitos e deveres, política salarial, ações
sociais e ambientais da organização.
O material terá uma linguagem informal e de fácil entendimento,
além de ser atrativo para que o funcionário tenha interesse em lê-lo.
figura 92: código de conduta - frente e verso / fonte: trâmita comunicação
197
f) comunicação administrativa Dentro deste público, também é importante o desenvolvi-
mento do material de comunicação administrativa. Este material irá
unificar a comunicação interna, seguindo uma mesma identidade, e
também afetará a comunicação com o mercado e seus clientes, pois
estes também terão contato com ele.
Ele deve conter todo o histórico da organização, suas princi-
pais realizações, objetivos e projetos, além de mostrar de maneira clara
e atraente seu modelo de negócio e seu mix de produtos.
Questões relacionadas a ações sociais e sustentabilidade tam-
bém são conteúdos desse, por ser imprescindível que os públicos tam-
bém tenham conhecimento de todos os pilares que regem a Empresa,
o que hoje é um diferencial para instituição.
PAPELARIA DE COMUNICAÇÃO ADMINISTRATIVA.
A papelaria institucional é todo material utilizado para comu-
nicação da organização, a fim de criar uma identidade visual e fixar a
marca. Para tanto serão desenvolvidos os seguintes materiais:
figura 93: cartão de visita - frente e verso / fonte: trâmita comunicação
198
figura 95: crachá - frente e verso / fonte: trâmita comunicação
figura 94: assinatura de e-mail / fonte: trâmita comunicação
199
figura 96: envelope carta - frente e verso / fonte: trâmita comunicação
200
figura 97: envelope A4 - frente e verso / fonte: trâmita comunicação
201
figura 98: bloco de notas – frente e verso fonte: trâmita comunicação
202
203
figura 99: pasta aberta - interna com bolsão / fonte: trâmita comunicação
204
figura 100: papel timbrado / fonte: trâmita comunicação
205
figura 101: uniforme - camisa social / fonte: trâmita comunicação
figura 102: uniforme - pólo / fonte: trâmita comunicação
Os uniformes serão utilizados para identi-
ficação dos funcionários dentro e fora do ambien-
te do trabalho, serão identificados pelas áreas da
Fazenda:
- Colaboradores Torrefação: calça e blusa com a marca da empresa e a função do profissio-nal, boné e calçado próprio. - Administrativo: camisa pólo para uso diário e camisa social para eventos.
206
A sinalização interna tem como função indicar elementos
dentro da empresa. Seguem abaixo as formas de sinalização escolhi-
das para ser adotada pela Fazenda Juliana:
- Guias no chão;- Placas com legendas indicativas sinalizando perigo no setor;- Placas indicativas (áreas da Fazenda - plantio, administra-ção, torrefação);- Placas de identificação do tipo de grão na plantação e setor.
figura 103: exemplos de placas indicativas / fonte: trâmita comunicação
207
PLANO DE CONTINGÊNCIA
tabela 30: plano de contingência - público interno / fonte: trâmita comunicação
inviabilização plano de contingência responsável
Caso os funcionários não leiam as
noticias no mural
Providenciar algum objeto luminoso
que chame a atenção dos funcionários
para atraí-los até o mural.
Administração da Fazenda Juliana
Caso haja imprevisto no prazo e
qualidade dos cartões de
aniversário entregue por parte
dos fornecedores.
Fazer com que todo o material seja
entregue com antecedência de no
mínimo 30 dias da primeira data de
aniversário.
Agência
Caso haja algum defeito no kit
férias
Sempre deixar na administração da
Fazenda um kit a mais, caso aconteça
algum imprevisto.
Administração da Fazenda Juliana
Caso chova no dia do evento
Para remediar as situações que podem
ser imprevista diante da previsão do
tempo, alugar tendas para acomodar os
convidados.
Agência
Caso todos os funcionários não
possam estar presentes
Marcar e avisar com antecedência a data
dos eventos, para que os mesmos se
programem, avisos no mural da
empresa.
Administração da Fazenda Juliana
208
12.5.2 Público Externo. É necessário definir com precisão os públicos e os
papéis que desempenham diante das organizações, levando
em consideração suas particularidades para que o relaciona-
mento entre as partes possa ser eficaz.
Essa análise não pode ser feita sem embasamento,
já que o tipo de relacionamento que se pretende com cada
público e o que se espera desse, afeta diretamente a produ-
ção e lucro da Empresa.
Com o intuito de conseguir tornar a marca e sua li-
nha de produtos conhecidas, a fim de gerar maior visibilidade
no mercado, considerou-se relevante o relacionamento com
os líderes de opinião, clientes atuais, tanto B2C quanto B2B, e
prospects.
As ações propostas serão realizadas durante o ano de 2012.
I. IMPRENSA – MÍDIA, BLOGUEIROS, COLUNISTAS, JORNA-LISTAS GASTRONÔMICOS.
“Um líder de opinião é um informante, persuasor e
confirmador”, segundo o autor Terence A. Shimp, em seu li-
vro Comunicação Integrada de Marketing Propaganda e Pro-
moção, 7ª Ed.
Portanto, em função do reposicionamento da torre-
fação Fazenda Juliana e juntamente com um de seus novos
objetivos, ampliação de praças, foi detectado que a empresa
precisa de líderes que possivelmente, após apresentada a or-
ganização e seu portfólio, informem e influenciem de manei-
ra positiva, outras pessoas de acordo com sua opinião. Assim
foram definidas estratégias e ações para esse público.
a) ação 1 - envio de press kit Para que os chamados líderes de opinião possam
colaborar com a visibilidade do café, inicialmente a Fazenda
deve oferecer informações para que os especialistas do mer-
cado conheçam a marca e origem do produto, para que as-
sim, criem uma primeira impressão sobre a empresa e o café
que fornecem. Serão elaborados os seguintes materiais:
• Press Kit: Release, material institucional, amostra dos produtos e brindes;• Convite: Será enviado para evento realizado na Fa-zenda. Para que o convite seja reforçado, o próprio Diretor ligará para os líderes de opinião.
Os serviços serão executados através da contra-
tação de uma agência especializada, que irá desenvolver
toda parte de planejamento e criação dessa ação.
O evento ocorrerá em abril, por ser o período que
proporcionará para os líderes uma melhor interação com o
processo, desde a plantação até o momento da torrefação.
Os convites serão entregues em seus escritórios, empresas
ou residências. Foram selecionados líderes de opinião dos
principais veículos das regiões em que os cafés serão apre-
sentados, tais como, Araxá, Frutal, Ituiutaba, Monte Carme-
lo, Patos de Minas, Patrocínio, Uberaba e Uberlândia.
Em Uberlândia, listamos blogueiros, colunistas de
jornal impresso, jornalistas, radialistas: Kris Nardini - Blog Co-
zinhando para Relaxar; Dani Oliveira - Blog Cozinha Travessa;
Marcel Gussoni - Blog Sabor Sonoro; João Paulo Dutra - Blog
Um café para viagem; Karolina - Blog Re-comendo; Rogério
Fonseca - Blog Chef de Primeira; Mônica Cunha - Jornalista
e Radialista; Hugueney Bisneto - Jornalista; Túlio Carneiro -
Colunista Jornal Impresso; Cláudia Salgado - Colunista Uipi.
209
b) ação 2 - Visita à Fazenda. Segundo especialistas, a maioria dos bra-
sileiros ainda não prepara e bebe o café de manei-
ra adequada. Assim, a partir do momento em que
os líderes de opinião conheceram a Fazenda, eles
devem ser educados para o conhecimento, pre-
paro e degustação para o que é considerado um
bom café. Portanto, este público será convidado
para um evento que será realizado na Fazenda no
mês de Abril, estrategicamente selecionado por
ser o melhor período da safra.
No período em que antecede a realiza-
ção do evento, será contratada a Empresa que
fará o transporte e a barista que fará a degusta-
ção. A cozinha da Fazenda também será prepa-
rada, para que possa tomar todas as providências
para as refeições no dia da Ação.
Nesse evento, a bebida será feita com
instrumentos específicos para a produção do
café torrado e moído, e espresso.
O momento não oferecerá somente o
produto pronto para consumo, mas também irá
orientar, envolvendo os participantes, a como
preparar e também tomar um café mais saudá-
vel. Esta degustação ocorrerá em uma experiên-
cia prática com o barista .
O café que foi colhido pelos convidados
durante o passeio na Fazenda será utilizado em
outra ação.
horário programação responsável observação
7h | 8h30h
Saída da cidade residente
Entrega de barra de cereal para alimentação.
Via M e Fazenda Juliana Veículo fretado pela Fazenda
9h | 9h40Recepção dos convidados com café da manhã e apresentação da empresa.
Via M e diretores
Café da manhã com presença dos diretores Danilo e Thiago, e o proprietário Renato Baiardi.
Apresentação por meio do vídeo institucional.
Realizado na casa sede.
10h | 10h45 Plantação - Thiago
10h50 | 11h20Torrefação - Danilo e Marlin
11h20 | 11h50 Degustação orientada Via M (barista) e Danilo
Sala entrada torrefação com barista, que irá preparar o café na hora, exemplificando como preparar e degustar o café. Apoio do Danilo explicando todas as propriedades da bebida. Análise comparativa entre o produto da Fazenda e algum concorrente.
11h50 | 12h30 Dúvidas e Considerações Thiago e DaniloMomento para as dúvidas e considerações serem compartilhadas.
12h30 | 13h30 Almoço
Via M
Cozinha Fazenda
Diretores Fazenda e Torrefação
Proprietário
-
Conhecer a plantação, colher grãos, seguindo para a torrefação, onde será apresentado todo o processo produtivo.
Passeio pela Fazenda
Passeio pela Fazenda
13h30 | 14h FechamentoRenato Baiardi, Thiago e Danilo
Finalização com considerações do proprietárioEntrega de brindes
14h10 | 15h40Saída de Monte Carmelo para cidade de origem
Via M e Fazenda Juliana Veículo fretado pela Fazenda
tabela 31: cronograma ação 2 - imprensa / fonte: trâmita comunicação
210
c) ação 3 - evento imprensa patos de minas Para aqueles que não puderam participar da visita, será proporcionado um
evento semelhante ao realizado na Fazenda, nas cidades de Uberlândia e Patos de
Minas, por serem mais populosas do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, respectiva-
mente. Os locais escolhidos terão características que poderão tangibilizar a sensação
de estar na Fazenda.
O evento na empresa será coordenado em parceria da agência com os ge-
rentes administrativos da Fazenda, Thiago, e da Torrefação, Danilo.
Para o evento que acontecerá na Fazenda, deverá ser agendado um dia, no
mês de abril, em que o clima e as atividades irão favorecer para melhor demonstra-
ção do processo. Para os demais eventos, será locado o espaço Terraço Hotel Presi-
dente (Uberlândia) e Espaço Verde (Patos de Minas).
Os convidados da região de Uberlândia que não comparecerem à visita na
Fazenda, serão convidados a participar da Ação 1 de Clientes B2C Prospects que será
o lançamento da Revista Cult.
horário programação responsável observação
9h | 9h40Recepção dos convidados com café da manhã e apresentação da empresa.
Via M, barista contratado, diretores da Fazenda.
Local: Espaço Verde
9h50 | 10h30 Degustação orientadaVia M, barista contratado e Danilo
Barista irá preparar o café na hora, exemplificando como preparar e degustar o café. Apoio do Danilo explicando todas as propriedades da bebida. Análise comparativa entre o produto da Fazenda e algum concorrente.
10h30 | 11h10 Dúvidas e Considerações Thiago e DaniloMomento para as dúvidas e considerações serem compartilhadas.
11h10 | 11h30 FechamentoRenato Baiardi, Thiago e Danilo
Finalização com considerações do proprietário
Entrega de brindes
tabela 32: cronograma ação 3 - imprensa / fonte: trâmita comunicação
211
d) ação 4 – entrega de embalagem especial. Segundo Danilo Moreira, administrador da Torrefação, o grão de
café quando colhido descansa por cerca de cinco meses e, posteriormente,
passa pelo processo de beneficiamento para que seja torrado e moído.
Durante a visita, os líderes de opinião terão a oportunidade de co-
lher alguns grãos. Este café que será colhido passará por todo o processo de
produção e, após estar preparado para o consumo, será enviado em uma
embalagem especial.
Esta ação será proposta para que os líderes sejam surpreendidos
pela Fazenda, fazendo com que criem uma imagem positiva que traga a
lembrança da marca.
figura 104: comunicação da embalagem especial / onte: trâmita comunicação
212
II. CLIENTES B2B.
É necessário fidelizar os clientes que depositaram sua confiança,
comprando o produto da Fazenda com frequência, pois esse público se
torna indispensável a partir do momento em que há relacionamento, assim
continuam propagando a marca e sua linha de produtos. Com isso, colabora
para a viabilidade e manutenção da empresa no mercado, influenciando na
produção e lucro da organização.
a) ação 1 - visita aos clientes para entrega de material. Em um reposicionamento de marca, é recomendável que os clien-
tes se envolvam e sintam que são importantes no processo de mudança.
Logo, o relacionamento entre cliente-empresa tende a se estreitar. Para tan-
to, é necessário que sejam entregues materiais que informem e expliquem
os motivos das alterações no posicionamento da marca.
Para reforçar ainda mais este relacionamento, é sugerido que o Di-
retor Administrativo da Torrefação vá pessoalmente até os clientes para en-
tregar o material institucional e kit com mix de produtos, adequados a nova
marca. É válido ressaltar que para estes encontros, faz-se imprescindível o
agendamento dessas visitas.
horário programação responsável observação01/03/2012 Visita Clientes São Paulo
05/03/2012Visita Clientes Rio de Janeiro
08/03/2012 Visita Clientes Bahia
12/03/2012 Visita Clientes Pará
15/03/2012Visita Clientes Monte Carmelo
Danilo - Gerente Administrativo da Torrefação
Visitas pré-agendadas de acordo com a disponibilidade dos clientes, sendo que as datas estarão sujeitas a alteração.
Entrega de produtos e material explicativo sobre novo posicionamento.
Uso de transporte aéreo.
tabela 33: cronograma ação 1 - clientes b2b / fonte: trâmita comunicação
213
III. PROSPECTS B2B.
Quando há o lançamento de um produto, é necessário que esse esteja em
diferentes pontos de venda e consumo para que se torne visível e conhecido. Por
isso, depois de conquistado alguns novos locais de venda, a Fazenda deve traba-
lhar intrinsecamente ligada com os consumidores atuais e potencias, pois são estes
que irão definir se o produto continuará ou não nos mercados conquistados.
Caso o processo de recompra não ocorra, conclui-se que não houve a
aceitação do consumidor final, o que pode resultar na não retenção do cliente que
atua como intermediário, sendo estes varejistas, hotéis ou escritórios como a Ode-
brecht.
a) ação 1 - evento para degustação orientada. Ao apresentar toda a linha de produtos da Fazenda, suas vantagens e seus
principais diferenciais que estarão descritos no material institucional, tem-se como
finalidade fazer com que o cliente perceba que o produto é competitivo, possui
potencial de crescimento e merece lugar em seu ponto de venda.
Além de apresentar, haverá uma degustação orientada e comparativa en-
tre o café da Fazenda Juliana e seus principais concorrentes, porque desse modo
as características que se diferenciam dos demais produtos serão mais acentuados
e valorizados.
Levando em consideração a localização dos clientes e prospects, essa de-
gustação será realizada em três cidades: Monte Carmelo, para os interessados em
conhecer a origem do produto, Uberlândia e Patos de Minas para facilitar a loco-
moção dos demais.
Este processo precisa ser minuciosamente planejado, já que o objetivo
além da venda é iniciar um relacionamento que pode ser motivado através de in-
centivos de compra e negociações comerciais vantajosas.
Também é necessário integrar o cliente e seu consumidor final, pois como
se trata de um produto novo, é essencial que o cliente se empenhe em fazer com
que os consumidores se interessem pela novidade.
Todo o material informativo será criado pela agência com suporte da Fa-
zenda, bem como a produção. Já os incentivos e negociações serão desenvolvidos
pelo Diretor de Torrefação da Fazenda, responsável pela estratégia de incentivo e
a agência, encarregada pela comunicação. Essa ação também será realizada para
clientes B2B que tiverem interesse em participar.
214
IV. CLIENTES B2C. O grande desafio de empresas que passam pelo
processo de reposicionamento é fazê-lo sem que isso refli-
ta na percepção de qualidade e na reputação de sua marca
e produtos. Isso não será diferente com a Fazenda Juliana,
pois em todo processo de mudança, ela precisa reforçar
para o consumidor que já conhece seu produto e que este
continua tendo as mesmas características que o diferencia-
vam anteriormente.
a) ação 1 - auxílio sac. Torna-se indispensável informar para o con-
sumidor final todo o processo de mudança e o porquê
dele estar acontecendo. A intenção é de comunicar nos
pontos de venda, que terão como apoio a comunicação
nas embalagens, direcionando o consumidor para o site
da empresa, onde ele terá acesso a todas as informações,
desde a origem do produto até alteração da marca. Tra-
balho este que será desenvolvido e monitorado pela
agência especializada.
O site também fornecerá uma área em que o clien-
te terá a opção de interagir com a empresa através do SAC
(Serviço de Atendimento ao Cliente), por ser uma ferra-
menta que possibilita uma comunicação eficiente e perso-
nalizada. Todo o conteúdo gerado por essa ferramenta será
monitorado por responsáveis da Fazenda.
215
V. PROSPECTS B2C.
Um novo produto precisa se apresentar para o mercado e para os
seus consumidores. Logo, a Fazenda deve investir no relacionamento direto
com esse público para que ele saiba que há uma nova marca no mercado
capaz de gerar novas experiências.
a) ação 1 - treinamento de promotores. Devido ao mercado competitivo, o produto não pode ser apenas
mais um no ponto de venda, ele precisa apresentar um diferencial para que
possa chamar a atenção do consumidor. Depoimentos (Anexo VI) mostram
que o cheiro do café sendo preparado é um grande atrativo. Dado isso, a
sugestão é preparar o café no próprio ponto de venda, onde o possível clien-
te poderá sentir o aroma e consequentemente ser atraído, se envolvendo
no processo de preparação, aumentando assim as chances de conhecê-lo e
levá-lo para casa.
horário programação responsável observação
04/06 | 01/07Seleção e treinamento de promotores para orientação nos pontos de venda.
Danilo e MIDAS
Incialmente foi identificada a necessidade de 20 promotores distribuídos para as regiões, mas este número está sujeito a alteração, de acordo com a demanda.
tabela 34: cronograma ação 1 - prospects b2c / fonte: trâmita comunicação
216
b) ação 2 - patrocínio para lança-mento da revista cult. Outra maneira de se mostrar presente no mercado se-
ria através de patrocínios de eventos que possibilitam realizar
café da manhã e coquetéis, que terão como produto principal
os cafés Fazenda Juliana.
De acordo com a pesquisa realizada pela rede de ca-
feterias Dunkin’ Donuts, profissionais de Marketing e Relações
Públicas, estão entre as profissões que mais consomem café.
Com base na informação, propõe-se o patrocínio do
lançamento da Revista Cult, conhecida na região do Triângulo
Mineiro e Alto Paranaíba; porém de uma maneira diferencia-
da, realizando um café da manhã, no Terraço Hotel Presidente
(Uberlândia), por ser bem localizado e um ambiente que pro-
porciona um momento agradável para esse café. Nestas opor-
tunidades o café poderá ser degustado de maneira orientada
e a marca estará exposta para gerar visibilidade.
horário programação responsável observação
A definir.
Apresentação de projeto para diretor da Revista Cult (Uberlândia) para patrocínio do lançamento da Edição de Junho/2012.
Agência especializada.Evento de café da manhã realizado no Terraço do Hotel Presidente.
9h | 11hA ser definida pela Revista Cult.
Revista Cult.
A Fazenda Juliana será o principal patrocinador, oferendo seus produtos e todo suporte necessário para a realização do lançamento.
tabela 35: cronograma ação 2 - prospects b2c / fonte: trâmita comunicação
217
inviabilização plano de contingência responsável
Menos de 5 pessoas entre
os líderes de opinião não
comparecer na visita à
Fazenda.
Os formadores da região de
Uberlândia serão convidados para a
Ação 1 B2C Prospects, que será o
lançamento da Revista Cult. Para os
formadores da Região de Patos de
Minas, será realizado o evento com
etapas semelhantes ao da Fazenda.
Agência Contratada
e Fazenda Juliana.
Caso o veículo fretado para
levar os visitantes até a
Fazenda tenha algum tipo de
problema que inviabilize ou
atrase a viagem.
Providenciar um segundo veículo que
ficará a disposição para uma
necessidade.
Administração da
Fazenda Juliana.
Caso os espaços para a
realização dos eventos em
Uberlândia e Patos de Minas e
o café da manhã em
Uberlândia não estarem
disponíveis
Reservar com antecedência os locais
e caso não tenha a data pretendida
deixar pré-reservados outros dois
ambientes que consigam atingir a
mesma proposta de tangibilizar a
sensação de estar na Fazenda.
Agência Contratada.
Caso não haja adesão
mínima no café da manhã de
lançamento da Revista Cult
Como é um evento de grande
repercussão, é garantido um número
adequado de pessoas que estarão
envolvidas na publicação, sendo assim
a realização do café da manhã não
será comprometido.
Agência Contratada
e Responsáveis da
Publicação.
Caso haja imprevisto no
prazo e qualidade entregue
por parte dos fornecedores.
Os materiais que dependem desses
fornecedores para serem produzidos,
serão confeccionados com
antecedência em relação ao período
que deverá ser entregue.
Agência Contratada
e Fornecedores.
Caso haja imprevisto na
entrega (Correios e
Transportadora).
Ter um segundo fornecedor de
entregas.Agência.
PLANO DE CONTINGÊNCIA.
tabela 36: plano de contingência - público externo / fonte: trâmita comunicação
219
13._____________
_____________
o consumo nacional
anual beira 13 milhões
de sacas, o dobro da
década de 90;
plano de mídiafonte: blog mais que curiosidade
221
13 plano de mídia
De acordo com os objetivos de comunicação da Fazenda Ju-
liana, foi definido um plano de mídia para atingir o público-alvo de ma-
neira eficiente e eficaz. No primeiro mês, a comunicação será mais forte,
utilizando vários veículos. Após isso, o plano apresentará intervalos, para
apenas reforçar a marca para o público.
De maneira geral, a estratégia utilizada foi a de continuidade,
em que a publicidade funciona com pouca variação ao longo do pe-
ríodo da campanha, existindo alguns intervalos regulares. Trata-se do
número de flitghts ao longo do ano, que são períodos de veiculação
contínuas. Normalmente duas ou mais semanas.
Essa estratégia funciona como um lembrete, pois abrange todo
o ciclo de compra, uma vez que o produto não apresenta sazonalidade.
PÚBLICO ALVOAmbos os sexos, classes ABC, 17 a 45 anos.
MERCADOAraxá, Frutal, Ituiutaba, Monte Carmelo, Patrocínio, Pa-
tos de Minas, Uberaba e Uberlândia.
Nos meses de Junho e Setembro/2012, a mídia
tem maior representatividade nos meios de veiculação de-
vido a estratégia definida, pois através dessa consegue-se
reforçar o novo posicionamento da marca pelo fato de ser
nova nesses mercados.
• Junho - Campanha institucional • Setembro - Campanha promocional
No entanto, a marca possui exposição, mesmo que
pouca, durante todo o período da campanha. A maior con-
centração de mídias de massa durante o início da campa-
nha será com o intuito de obter maior alcance e frequência
por parte do público. tabela 37: timeline plano de mídia 2012 / fonte: trâmita comunicação
223
14._____________
_____________
o consumo nacional anual
beira 13 milhões de sacas,
o dobro da década de 90;
orçamento geralfonte: site revista cafeicultura
225
14 orçamento geral Para que os valores sejam viáveis e de acor-
do com o mercado, teve-se como base para o or-
çamento de criação a tabela da Sinapro de Minas
Gerais, edição do ano de 2009. O valor final foi deter-
minado com 40% desconto sobre a tabela, acorda-
do com a agência.
Os fornecedores foram selecionados levan-
do em consideração o prazo de entrega, qualidade
do material oferecido e preço.
totalComunicação
Criação + ProduçãoR$ 116.750,00
Mídia
Criação + ProduçãoR$ 41.186,00
RP Comunicação
InternaR$ 40.364,00
RP Comunicação
ExternaR$ 109.577,00
Mídia
VeiculaçãoR$ 176.841,49
TOTAL R$ 484.718,49
tabela 38: orçamento geral do plano de comunicação / fonte: tâmita comunicação
227
15._____________
_____________
além de exportar, o Brasil
é o segundo maior
consumidor mundial de café;
kpifonte: site revista cafeicultura
229
15 kpi Os indicadores-chave de desempenho (KPI)
representam os controles que serão utilizados para
acompanhar o progresso das estratégias definidas
para o cumprimento dos objetivos de marketing.
Esses indicadores também servem para
que os responsáveis por analisá-los tenham uma
visão do que está sendo ou não atingido, e como
está o andamento da implementação do plano de
marketing. Tal visão, permite que possíveis falhas se-
jam corrigidas no início e ajuda na prevenção contra
eventuais problemas.
Os indicadores foram definidos especifica-
mente para cada objetivo de marketing, como qua-
dro abaixo.
objetivo kpi
1. Reposicionar e consolidar a marca
da empresa no mercado
- Pesquisa de Imagem com clientes
novos/antigos
- Pesquisa de Imagem com prospects
2. Aumentar o conhecimento e
reconhecimento da marca
- Win Rate B2B
- Vendas e Produção
3. Manter índice de satisfação dos
clientes acima de 90%
- Pesquisa semestral com clientes
- Análise das ocorrências no SAC
tabela 39: objetivos e kpis / fonte: trâmita comunicação
230
REPOSICIONAR E CONSOLIDAR A MARCA NO MERCADO O mais importante ao se definir um novo posicionamento para uma empresa
é garantir que ele seja percebido pelos clientes e todos os outros públicos prioritários.
PESQUISA DE IMAGEM COM CLIENTES No início deste plano foi realizada uma pesquisa com clientes atuais sobre a
imagem que eles possuem da empresa e de seus produtos. Apesar de não ter apon-
tado insatisfação com a empresa por parte dos clientes, pôde-se perceber que nem
todo mix da empresa é conhecido nem os nomes particulares de cada produto. Essa
pesquisa será utilizada como base comparativa para uma análise posterior com os no-
vos clientes, realizada ao final do cronograma deste plano de marketing para medir a
efetividade do novo posicionamento e do plano de comunicação e relações públicas,
e se a empresa conseguiu que sua imagem desejada seja a mesma que sua imagem
percebida.
PESQUISA DE IMAGEM COM NOVOS CLIENTES Assim que um novo cliente entrar para a carteira da empresa, será enviada uma
pesquisa sobre as percepções que ele possui e o que lhe atraiu na Fazenda Juliana.
Essa pesquisa tem grande importância, por destacar atributos importantes da Fazenda
e seus produtos e o que efetivamente estiver atraindo novos clientes.
Ela também servirá como um comparativo, pois ao final do cronograma do
plano, esses clientes irão participar da primeira pesquisa para análise da evolução de
percepção.
AUMENTAR O CONHECIMENTO E RECONHECIMENTO DA MARCA Com o aumento do conhecimento e reconhecimento da marca, a empresa
consequentemente irá expandir sua carteira de clientes e aumentar seu faturamento.
Para medir o cumprimento deste objetivo serão utilizados os seguintes KPIs.
WIN RATE B2B Essa taxa apresenta a efetividade das propostas apresentadas pelo comercial
da empresa. O índice é calculado dividindo-se o número de clientes contatados pelo
número de novos clientes. É interessante analisar também, a quantidade média de vi-
“o relaciona-mento se torna um fator muito importante na conquista e fi-delização de clientes”
231
sitas comerciais feitas até a efetivação das vendas, se esse número for alto e recorrente,
pode representar uma falha no material utilizado ou talvez o vendedor necessite de
mais treinamento para vender os produtos da Fazenda Juliana. A meta mínima para
essa taxa é que 50% dos clientes prospectados se tornem clientes da empresa.
VENDAS E PRODUÇÃO O aumento de conhecimento e reconhecimento da marca reflete diretamente
na quantidade de vendas e na produção da empresa. A implementação do plano de
comunicação e relações públicas pretende aumentar a demanda pelos produtos da
Fazenda Juliana, por inserí-los em novos mercados e cidades e apresentá-los a novos
públicos.
A estimativa de crescimento foi calculada e será apresentada no próximo capí-
tulo, juntamente com a viabilidade deste projeto.
ATINGIR ÍNDICE DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES ACIMA DE 90% Hoje em dia, o nível de concorrência é alto e na maioria das vezes o nível de
diferenciação entre os produtos é baixo. Portanto, o relacionamento se torna um fator
muito importante na conquista e fidelização de clientes.
PESQUISA SEMESTRAL COM CLIENTES Esta pesquisa será enviada para os clientes a cada seis meses, em Junho e De-
zembro, apenas para aqueles clientes que já tiverem efetivado, pelo menos, uma com-
pra. Seu objetivo é destacar pontos fortes que podem ser comunicados para novos
clientes, e levantar pontos fracos que a empresa possa possuir para serem melhorados.
ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS NO SAC O SAC é uma nova ferramenta que será implementada neste plano de marke-
ting como uma ação de Relações Públicas. Ele desempenha um importante papel na
análise de ocorrências, positivas ou negativas, da empresa.
É necessário monitorar essas ocorrências para ter uma visão do que as pessoas
mais tem duvidas, o que as interessam, onde viram informações, como conheceram
a fazenda, motivos de reclamações. Tudo isso, deve ser analisado com o objetivo de
manter sempre alta (90%) a satisfação do cliente.
233
16._____________
_____________
os suíços costumam tomar
café acompanhado de um licor,
o Kirsch, e os alemães apreciam
café com chantilly
viabilidade financeirafonte: blog mais que curiosidade
235
16 viabilidade financeira A implementação de um Plano de Marketing
requer altos investimentos por parte da empresa. Espe-
cialmente no caso da Fazenda Juliana, que não realiza ne-
nhum tipo de comunicação e nunca havia implementado
um plano como esse.
Para calcular a viabilidade do projeto, inicialmen-
te foi calculado o crescimento da Empresa para o próximo
ano, de acordo com o crescimento dos anos anteriores.
• 2007: 63,93%
• 2008: -11,39%
• 2009: -19,27%
• 2010: 769,78%
• 2011: 24,92%
Como pôde ser analisado, após vir de uma fase de
declínio no faturamento, a empresa se recuperou ao passar
a vender para outras cidades, além de Monte Carmelo, e
conquistar novos clientes do mercado B2B. Para o ano de
2011, é previsto um crescimento de 24,92%.
Atualmente, a Empresa possui como principais
clientes os supermercados Ki-joia e Super Seu, localizados
na cidade em que está situada. Ela também atende hotéis,
empresas e restaurantes, com destaque para a Organiza-
ção Odebrecht S/A, Braskem S/A, Capone Ristorante e
MRGC Restaurante.
De acordo com os dados acima, a média de cres-
cimento para o ano de 2012 é de 165,59%. No entanto,
acredita-se que a empresa não conseguirá atingir essa
meta sem tentar expandir para outras cidades ou investir
em comunicação.
Por esse motivo, estipulou-se que o crescimen-
to de 165,59% representa a estimativa de crescimento de
vendas com investimento deste plano de comunicação, já
que ele sugere o crescimento para 7 microrregiões, com-
postas por 66 cidades das regiões do Triângulo Mineiro e
Alto Paranaíba, e a implementação de um plano completo
de comunicação para atingir os públicos prioritários para a
empresa.
Com base nisso, foram calculados e encontrados
os seguintes dados, considerando o investimento em co-
municação de R$484.718,49.
236
tabela 41: fluxo de caixa – fazenda juliana / fonte: trâmita comunicação
tabela 40: estimativas de crescimento / fonte: ibge, fazenda juliana e trâmita comunicação
2011 2012 2013 2014 2015 2016RECEITAS BRUTAS 398.398,00R$ 1.119.856,94R$ 3.147.805,87R$ 8.848.167,51R$ 24.871.314,06R$ ( - ) IMPOSTOS S/ RECEITAS ( X,X% ) 94.221,13R$ 264.846,17R$ 744.456,09R$ 2.092.591,62R$ 5.882.065,78R$ ( = ) RECEITA LÍQUIDA 304.176,87R$ 855.010,77R$ 2.403.349,78R$ 6.755.575,90R$ 18.989.248,29R$ ( - ) IR / CSLL ( X,X% ) - 6.935,23R$ 19.494,25R$ 54.796,37R$ 154.027,13R$ 432.954,86R$ ( = ) LUCRO LÍQUIDO - 297.241,64R$ 835.516,53R$ 2.348.553,40R$ 6.601.548,77R$ 18.556.293,43R$
INVESTIMENTO 484.718,49R$
PAYBACK 484.718,49-R$ 187.476,85-R$ 648.039,68R$ 2.996.593,08R$ 9.598.141,85R$ 28.154.435,27R$
FLUXO DE CAIXA - FAZENDA JULIANA - PLANO FINANCEIRO
ESTIMATIVA CRESCIMENTO VENDAS BASEADO NA ECONOMIA 0,04
ESTIMATIVA CRESCIMENTO VENDAS BASEADO NO SETOR 0,18
ESTIMATIVA CRESCIMENTO VENDAS DA EMPRESA 0,25
ESTIMATIVA CRESCIMENTO VENDAS S/ INVESTIMENTO 15,50%
ESTIMATIVA CRESCIMENTO VENDAS C/ INVESTIMENTO 165,59%
ESTIMATIVA TOTAL DE CRESCIMENTO DAS VENDAS 181,09%
ESTIMATIVAS DE CRESCIMENTO
237
Considerando o Fluxo de Caixa Descontado, foi
calculado o ROI para os próximos anos. A empresa irá obter
um alto retorno sobre os seus investimentos em comuni-
cação de acordo com os índices abaixo:
• 2012: 44%
• 2013: 88%
• 2014: 177%
• 2015: 355%
• 2016: 712%
A TMA (Taxa Média de Atratividade) foi estipulada
em 40%, essa taxa de juros representa o mínimo que um in-
vestidor se propõe a ganhar quando faz um investimento.
Ela é utilizada para calcular o VPL (Valor Presente Líquido),
que representa o cálculo de quanto os futuros pagamentos
somados a um custo inicial estaria valendo atualmente. A
intenção de todo plano é que o VPL seja positivo.
No caso da Fazenda Juliana, o VPL encontrado foi
de R$6.178.458,91, o que significa que a expectativa de re-
torno foi superada e é esperado um lucro adicional a qual-
quer investimento que tenha valor presente igual ao VPL.
Por fim, a TIR (Taxa Interna de Retorno) foi calcu-
lada como 189,43% e o Payback Descontado deste plano
será dado em 1 ano, ou seja, esse será o tempo entre o
investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido
acumulado se igualará ao seu valor.
239
17._____________
_____________
os belgas costumam tomar
café com um pequeno pedaço de
chocolate no interior da xícara
conclusãofonte: blog mais que curiosidade
241
17 conclusão O desenvolvimento do projeto pode ser comparado ao processo de
produção do grão, desde o momento do plantio, colheita, beneficiamento,
até a mesa do consumidor. Quando o produtor escolhe o grão para produzir
seu café, ele leva em consideração a qualidade do fruto para que ele forneça
o melhor de seu potencial para o resultado final.
Da mesma maneira, a Trâmita analisou o mercado e escolheu a Fa-
zenda Juliana para ser seu objeto de estudo neste projeto.
Após ser plantada a semente deve ser cuidada, suprindo todas as
suas necessidades, para se tornar uma muda forte e capaz de gerar um bom
café. A Fazenda Juliana encontra-se em um mercado promissor e bastante
competitivo, mas se receber todo o tratamento adequado para se conso-
lidar, conseguirá atingir uma parcela do mercado por ter potencial para se
desenvolver.
Após três anos aproximadamente, a muda começa a florescer e está
pronta para produzir seu fruto. A elaboração de um Plano de Comunicação
pretende justamente atingir os objetivos da empresa, para que ela tenha vi-
sibilidade e se torne conhecida no mercado.
O café produzido da maneira correta, após passar por todo proces-
so de beneficiamento, estará pronto para surpreender com seu sabor e cor
diferenciados. A empresa, devidamente orientada, terá todo seu processo
organizado e estará apta para entrar no mercado de maneira competitiva e
surpreendente mostrando todo potencial de seu produto.
a._____________
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http://www.criancafazarte.com.br/datas/datas_diacrianca.htm
revista cafeicultura (acesso em 1 jun. 2011, 20:35)
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=10056&preco-
do-cafe-pode-frustrar-receita-das-torrefadoras
abic (acesso em 1 jun. 2011, 10:03)
http://www.abic.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=46#874
opinião e notícia (acesso em 1 jun. 2011, 10:23)
http://opiniaoenoticia.com.br/economia/negocios/mais-de-95-dos-brasileiros-
consomem-cafe-diariamente
universidade martins do varejo (acesso em 2 jun. 2011, 11:08)
http://www.umv.com.br/supermercados/2920-cresce-o-consumo-de-cafe-entre-
os-jovens.html
bonde (acesso em 2 jun. 2011, 11:13)
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-12--123-20110524&tit=brasileiro+conso
me+em+media+81+litros+de+cafe+por+ano
fazenda de minas (acesso em 2 jun. 2011, 20:23)
http://www.fazendademinas.com.br/2011/01/consumo-de-cafe-em-2010-foi-o-
maior-ja-registrado-no-pais
abic (acesso em 2 jun. 2011, 20: 24)
http://www.abic.com.br/publique/media/est_pesqtendenciasconsumo2010.pdf
agroecologia (acesso em 2 jun. 2011, 20:33)
http://agroecologia.pro.br/arquivos/aulas/fitoii/cafe/artigos/dossie_processa-
mento_cafe.pdf
blog controle financeiro (acesso em 3 jun. 2011, 20:22)
http://controle-financeiro.blogspot.com/2008/01/diviso-de-classes-sociais.html
web artigos (acesso em 3 jun. 2011, 21:05)
http://www.webartigos.com/articles/39948/1/impostos-no-brasil/pagina1.html.
editora nova cultural, 1998, volume 13“cafés especiais”, grande enciclopédia larousse cultural
asa editores ltdacafé-la dolce vita
norberto pascoal, luizaroma de café
kotler, philip; keller, kevin laneadministração de marketing. trad. mônica rosenberg, brasil ramos fernandes,
cláudia freire. 12. ed. são paulo: prentice hall, 2006.
251
b._____________
_____________glossário
253
glossárioaabanação - logo após a colheita, os frutos são colocados em peneiras e jogados para cima é a cena clássica das
fazendas de café. o procedimento tem como objetivo retirar galhos e folhas que eventualmente vêm junto
com os frutos colhidos.
acidez - percepção de sabor sentida principalmente na porção lateral da língua.
adstringente - que adstringe, que aperta, que amarra no paladar, provoca a sensação de secura na boca.
arábica - referência genérica à espécie coffea arábica, rica em sabor e óleos aromáticos.
amargor - percepção sensorial obtida no fundo da língua.
amarração - maneira de trançar as sacas para maior firmeza do bloco.
antagonista de opióides - são substâncias presentes na bebida café, que confere ao mesmo, boas característi-
cas para ser utilizado na prevenção da depressão, do alcoolismo e no tratamento de dependentes de drogas.
aroma - é a percepção olfativa da bebida do café ainda quente.bbar - unidade de medida de pressão utilizada na maioria das máquinas de expresso. a pressão padrão aceita
para um expresso é de 9 bar.
barista - termo de origem italiana que designa o profissional conhecedor da arte de preparar corretamente os
cafés, principalmente o expresso, cappuccinos e bebidas à base de café.
bebida - classificação comumente utilizada na comercialização para caracterizar o café quanto ao sabor e aro-
ma.
bebida apenas mole - café que apresenta sabor levemente doce e suave, mas sem adstringência ou aspereza
de paladar.
bebida dura - café que apresenta sabor acre, adstringente e áspero, porém não apresenta paladares estranhos.
bebida estritamente mole - café que apresenta, em conjunto, todos os requisitos de aroma e sabor “mole”,
porém mais acentuado.
bebida mole - café que apresenta aroma e sabor agradável, brando e adocicado.
bebida riada - café que apresenta leve sabor, típico de iodofórmio.
bebida rio - café que apresenta sabor típico e acentuado de iodofórmio.
254
bebida rio zona - café que apresenta aroma e sabor muito acentuado, assemelhado ao iodofórmio ou ao ácido
fênico, sendo repugnante ao paladar.
beneficiamento - é o processo de remoção da casca, limpeza e classificação simples do café. realizado normal-
mente em cooperativas, armazéns, unidades móveis ou na propriedade.
bica - são as saídas do café separado em peneiras nas máquinas de benefício ou rebenefício.
bica corrida - café beneficiado sem separação de peneiras.
biodigestor - equipamento para fermentação anaeróbica de biomassa, a fim de se obter biogás.
biofertilizante - biofertilizante é o subproduto da biodigestão e é de extrema importância como o próprio
biogás.
blend - mistura de grãos diferentes de café. o blend pode ser elaborado com cafés crus ou torrados.
blendado - derivação de blend.
bóia - frutos de café que secaram e que, com a perda do peso específico, flutuam nos lavadores.
boiler - um dos principais componentes de uma máquina de expresso. é a principal unidade de aquecimento
de água.
broca coleóptero (hypothenemus hampei) - que ataca o fruto do café originando defeitos nos grãos.ccaccer - conselho de associações de cafeicultores & cooperativas do cerrado.
café aromatizado ou flavorizado - trata-se de café com adição de aroma.
café filtrado - café preparado em filtro de papel, mais suave que o expresso, por ter uma extração de óleos
aromáticos menor.
café gourmet - são cafés de alta qualidade, excelentes e exclusivos. certificado pela abic.
café mocha - bebida a base de café, levando 1/3 de café expresso, 1/3 de chocolate quente e 1/3 de leite
aquecido. há variações.
café orgânico - café produzido sem aplicação de fertilizantes químicos e de agrotóxicos.
café solúvel - grânulos solúveis de café são dissolvidos em água quente.
café superior - é um café com qualidade boa com maior valor agregado. certificado pela abic.
café sustentável - é um café cuja produção é monitorada por uma entidade independente quanto ao proces-
so de produção, relações trabalhistas e implicações ambientais decorrentes da exploração agrícola.
café tradicional - é o café do dia a dia com qualidade recomendável e custo acessível. certificado pela abic.
cafés especiais - são cafés de alta qualidade que cumpre uma série de requisitos para ser classificado como tal.
cafés naturais - são cafés colhidos e secos com a casca.
cafés lavados ou despolpados - cafés que passaram pelo processo de retirada de casca, polpa e mucilagem.
255
cafeína - alcalóide encontrado em alguns alimentos, tais como café, chá-preto e chocolate.
calador - o mesmo que furador, instrumento de metal pontiagudo que serve para furar a saca de café e retirar
uma amostra.
cappuccino - é uma bebida quente formada de um terço de café expresso, um terço de leite e um terço de
espuma de leite.
casca - fragmento de casca seca do fruto do cafeeiro de diversos tamanhos, provenientes da má regulagem
da máquina de beneficio.
catação eletrônica - eliminação dos defeitos, pela cor, feita nas máquinas eletrônicas através de células fotoe-
létricas.
catação manual - eliminação manual dos principais defeitos.
ccq (círculo do café de qualidade) - programa de certificação para os estabelecimentos que trabalham com a
bebida café.
cereja - fruto maduro do cafeeiro podendo ser vermelho ou amarelo conforme a variedade.
cereja descascado (cd) - frutos que após a colheita são separados das cascas, e secos no próprio pergaminho.
cif - abreviatura das palavras inglesas “cost insurance freight”- custo, seguro e frete, respectivamente. significa
que o vendedor entrega a mercadoria a bordo do navio no porto de embarque, paga o frete ou despesas de
transporte até o porto de destino e o seguro marítimo sobre a mercadoria.
classificação - separação dos grãos por tamanho, aspecto e defeitos.
cob - classificação oficial brasileira
coco - fruto do cafeeiro que secou pela ação do tempo ou do secador, tomando uma cor marrom escura.
concha - grão em forma de concha, resultante da separação de grãos imbricados oriundos da fecundação de
dois óvulos em uma única loja do ovário.
conilon - espécie de café cultivado no brasil, originário da áfrica, tem um trato mais rude e pode ser cultivado
ao nível do mar (altitudes mais baixas).
corpo - é uma sensação na boca causada por uma persistência no paladar, e que enriquece a bebida do café.
o café pode ter corpo leve a intenso, dependendo de sua característica.
crema - camada marrom dourada com aspecto semelhante a uma espuma que se forma na superfície do
expresso. é um sinal de boa extração.ddefeitos - alterações indesejáveis encontradas nos grãos.
degustação - provar o café de tal modo a ter uma percepção mais apurada dos sabores e aromas exalados
pela bebida.
256
derriça – operação de retirada dos frutos, do ramo do cafeeiro, todos de uma vez.
doçura – sensação gustativa percebida principalmente na ponta da língua. os cafés mais finos apresentam
sabor adocicado.
duplo ou doppio espresso – duas doses de espresso servidas em uma xícara.eedafoclimático - referente a condições de solo e clima. termo geralmente empregado a plantas que têm fácil
adaptação a diferentes tipos de solo e clima.
espresso - café preparado em máquina cuja concentração de óleos aromáticos é mais intensa.
espresso macchiato - é um café espresso apenas “marcado” com um pouco de leite.
espresso ristretto - é o café espresso preparado com metade da quantidade de água. é uma bebida mais
densa e forte.
extração - passagem da água quente pelo café moído.ffragrância - perfume exalado pelos elementos voláteis liberados pelo café torrado e moído. é mais bem per-
cebida no momento da abertura de embalagem. cafés recém-torrados possuem uma fragrância mais intensa.
frappuccino - trata-se de uma mistura de iogurte, café e chocolate, servido bem gelado.ggrão ardido - grão ou pedaço de grão que apresenta a coloração marrom, em diversos tons, devido à ação de
processos fermentativos.
grão brocado - grão danificado pela broca do café, apresentando um ou mais orifícios limpos ou sujos,
grão chato - constituída de grãos com superfície dorsal convexa e a ventral plana ou ligeiramente côncava,
com a ranhura central no sentido longitudinal.
grão esmagado - grão que se apresenta com a forma alterada devido ao esmagamento.
grão mal granado - grão com formação incompleta apresentando-se com pouca massa e, às vezes, com a
superfície enrugada.
grão moca - constituída de grãos com formato ovóide, também com ranhura central no sentido longitudinal.
grão preto - grão ou pedaço de grão de coloração preta opaca.
grão preto-verde - grão preto que se apresenta brilhante devido à aderência da película prateada.
grão verde - grão imaturo, com película prateada aderida, com sulco ventral fechado e de coloração verde em
tons diversos.
257
hhectare (ha) - é uma unidade de medida agrária, equivalente a uma área de 10.000 metros quadrados ou
um hectômetro quadrado. uma comparação visual grosseira à área de um hectare é a área de um campo de
futebol.iimpureza - elementos estranhos ao café, casca, pau e outros.
infusão - forma de preparo do café que consiste em colocar o pó em contato com a água. Ex.: café turco e de
coador de pano.
instituto totum - consultoria independente que oferece a empresas, associações e cadeias de negócio solu-
ções que envolvem desde a concepção até a operacionalização de projetos que visam a integração e o desen-
volvimento das cadeias de negócios.
insumos - elemento que entra no processo de produção ou serviços: adubos, protetores de plantas, medica-
mentos, máquinas e equipamentos, trabalho humano, etc.; fator de produção.llavador - primeiro equipamento no qual o café passa no terreiro, sua principal função é a separação de boia e
cereja mais verde.mmarinheiro - grão que, no benefício, o pergaminho não foi total ou foi parcialmente retirado.
matéria estranha - detritos vegetais não oriundos do produto, grãos ou sementes de outras espécies e corpos
estranhos de qualquer natureza, tais como pedras ou torrões.
moagem - processo de trituração dos grãos torradas para a preparação da bebida.
mucilagem - camada viscosa, rica em açúcares, situada entre a polpa e o pergaminho.nnmq (nível mínimo de qualidade) - é um conjunto de novas especificações e procedimentos de análise la-
boratorial que assegura o forneci mento de café de melhor qualidade nas licitações, através da adoção de um
nível mínimo de qualidade - nmq.
258
ooblonga - que é muito mais comprido que largo. elíptico, alongado.
organolética - se diz das propriedades graças as quais os corpos agem sobre os órgãos dos sentidos.ppano - utensílio utilizado na colheita para que o café não seja depositado diretamente no chão.
passa - fruto do cafeeiro que já ultrapassou o estágio maduro.
pau - fragmento do ramo de cafeeiro.
pedra ou torrão - qualquer pedra ou torrão, de diferentes tamanhos, oriundos da varrição ou de fragmentos
do piso do terreiro.
percolação - forma de preparação de café em que a água quente passa pelo pó de café, retirando os compo-
nentes de aroma e sabor.
pergaminho - película interna do grão, entre a casca e a semente.
picotagem - ato de tirar amostras de café nas sacas dispostas na face externa do lote ou da pilha.
pilha de café - ligas de café ou ainda café ligado, ensacado, arrumado e amarrado.
polissacarídeos - são moléculas formadas através da união de vários monossacarídeos
pqc (programa de qualidade do café) - programa de certificação para café torrado e moído ou torrado em
grão que assegura a qualidade do produto.
pulverização - operação na qual os defensivos são aplicados, tendo a água como um dos veículos utilizados.
pva - são as siglas dos defeitos preto, verde e ardido encontrado no café.qquebrado - pedaço de grão, de forma ou tamanho variável.rrecursos naturais - compreende tudo que se encontra na natureza (solo, sub-solo, água e ar) e que pode ser
utilizado como alimento, energia ou matéria-prima para diversos fins.
rejeito - cafés bons misturados a grãos defeituosos (preto, verde e ardido).
robusta - espécie de café cultivada no brasil, originária da áfrica. tem um trato mais rude e pode ser plantada ao
nível do mar. possui duas vezes mais cafeína que o arábica.
romaneio - certificado de pesagem emitido a cada pesagem.
259
rotação de cultura - técnica que utiliza o mesmo espaço físico para cultivar espécies diferentes de plantas em
período de tempo alternado, observado um período mínimo sem o cultivo desta espécie na mesma área.
rua - espaço entre duas linhas de café.ssabor - é o resultado da associação complexa das sensações de gosto, de aroma e das sensações táteis químicas.
sabor residual (aftertaste) - é aquele que permanece no paladar após a ingestão da bebida.
saqueiro ou terno - homem que carrega o saco na cabeça e movimenta os trabalhos no armazém.
scaa - specialty coffee association of america (associação de cafés especiais da américa)
secador - equipamento movido a gás, lenha ou palha do próprio café, utilizado para promover a perda de água
do grão.
selo de pureza - certificação desenvolvida pela associação brasileira das indústrias de café – abic, que atesta a
pureza do café.
sustentabilidade - é a qualidade de um sistema de manter seu estado atual durante um período de tempo inde-
finido, devido à utilização racional dos recursos naturais e a forma como eles são repostos neste sistema.ttemperatura de extração - para uma extração perfeita, a água deve estar a uma temperatura entre 88ºc e 95ºc.
tempo de extração - é usado como indicador de uma boa dose de espresso, e deve variar entre 20 e 30 segundos.
calcula-se o tempo de extração a partir do momento em que o botão de extração da máquina de espresso é
acionado até o seu desligamento.
terreiro - local onde os frutos são espalhados para iniciar o processo de secagem.
terroir - usa-se a expressão produtos de terroir para designar um produto próprio de uma área limitada.
torra - processo de aquecimento do grão verde (cru), resultando em mudança de cor e liberação de aromas, o
que, consequentemente, conferirá sabor à bebida.vvia seca - processamento do café sem a retirada da casca ou mucilagem da cereja.
via úmida - processamento com retirada da casca e/ou mucilagem da cereja envolvendo o uso de água.
varredura - cafés provenientes do derrame de sacas estouradas, de picote, de furação, etc.
varrição na lavoura - compreende o levantamento do café seco caído naturalmente no chão.
viração no terreiro - virar os frutos do café no terreiro para secagem.
261
c._____________
_____________anexos
263
anexos
1. por que você tem preferência pelos produtos da fazenda juliana?devido à alta qualidade, por serem produtos diferenciados na região e por utilizarem embalagens a vácuo.
2. como obteve conhecimento da marca?na época em que se tornaram clientes, o conhecimento da marca foi através de distribuidores, que iam de porta
em porta divulgar o produto.
3. de 1 a 10, como você enumera a qualidade dos cafés da fazenda juliana?10, pois o café é realmente muito bom.
4. dentre seu mix de produtos, ele obtém um destaque maior que as outras marcas?dentre as outras marcas trabalhadas (café pilão e café 3 corações) tem um maior destaque.
5. de 1 a 10, qual o seu grau de bom relacionamento com a empresa?10.
6. com que frequência você compra os produtos da fazenda juliana? e em qual volume?compramos duas vezes ao mês. de 250 a 300 kg/mês.
7. com quais produtos do mix da fazenda juliana você trabalha?ki-jóia: os 3 moídos e torrados.
super seu: áfrika moído e torrado, sabor do cerrado moído e torrado.
8. você conhece todos os produtos do mix?sim. trabalho com todos.
9. os prazos de entrega são cumpridos?sim. nunca há atraso na entrega, mesmo porque não esperamos os estoques acabarem para comprarmos mais.
10. os produtos chegam em bom estado de conservação? (caixas sem amassado, embalagens lacradas, dentro do prazo de validade, etc.)sim, nunca houve problema com embalagens defeituosas ou produtos vencidos.
11. o que você acha do preço dos produtos?são competitivos.
12. o custo beneficio é satisfatório?muito, pois é um produto de alta qualidade e sabor diferenciado.
13. de um modo geral, você está satisfeito em trabalhar com os produtos da fazenda juliana?satisfeitíssimo.
i. pesquisa clientes ki-jóia e super seu - monte carmelo - mg (mesmo proprietário)
OBSERVAÇÕES
O cliente demonstrou que está muito satisfeito com os produtos da Fazenda Juli-ana, porém apresentou al-gumas sugestões:
“Já que é um produto com um preço um pouco elevado e que quase não é conheci-do, deveriam trabalhar mel-hor a comunicação, fazendo degustação e divulgação no ponto de venda para apre-sentar o café e prospectar clientes”. Guilherme Santos - Gerente Comercial Ki-Jóia e Super Seu.
264
ii. pesquisa cliente pereira café - salvador - ba
1. por que você tem preferência pelos produtos da fazenda juliana?a qualidade dos produtos é importante para mim, por isso prefiro comprar com a fazenda juliana, pois sei da qualidade
que o produto deles oferece.
2. como obteve conhecimento da marca?meu sócio cuida da distribuição do café aqui em salvador, e foi por meio dele que conheci o produto.
3. de 1 a 10, como você enumera a qualidade dos cafés da fazenda juliana?são ótimos. nota 10.
4. dentre seu mix de produtos, ele obtém um destaque maior que as outras marcas?não porque não trabalho com outras marcas de café, apenas o reserva carmelo, assim não tenho base de comparação.
5. de 1 a 10, qual o seu grau de bom relacionamento com a empresa?é ótimo. nota 10.
6. com que freqüência você compra os produtos da fazenda juliana? e em qual volume?compro sistematicamente. em torno de 60 a 70 kg/mês.
7. com quais produtos do mix da fazenda juliana você trabalha?apenas com o reserva carmelo.
8. você conhece todos os produtos do mix?não.
9. os prazos de entrega são cumpridos?já aconteceram alguns probleminhas, geralmente relacionados com atraso de entrega na mercadoria, mas sei que este
problema é gerado pela transportadora que usamos, e não pela fazenda juliana.
10. os produtos chegam em bom estado de conservação? (caixas sem amassado, embalagens lacradas, dentro do prazo de validade, etc.)sim. todas as caixas chegam perfeitas e o produto em ótimo estado de conservação.
11. o que você acha do preço dos produtos?não são dos mais baratos, mas estão dentro da média de mercado deste tipo de produto.
12. o custo beneficio é satisfatório?sim. acho justo o preço que pago pelo produto que tenho.
13. de um modo geral, você está satisfeito em trabalhar com os produtos da fazenda juliana?muito satisfeito.
OBSERVAÇÕES
O cliente demonstrou estar muito satisfeito com a Fazenda Juliana em todos os aspectos, e disse que seus clientes do Pereira Café também:
“No ano passado, re-alizamos uma reforma no Café e ficamos sem servir o Reserva Car-melo até que a obra fosse finalizada. Os cli-entes sentiram falta e perguntavam frequent-emente sobre quando retornaríamos às ativi-dades, pois não acharam produto de qualidade similar em nenhum outro lugar”. Miguel Vasconcelos – Gerente Comercial Pereira Café.
O que? Conteúdo Fornecedor Valor Unitráro Valor Total Total Geral
Criação de conceito e planejamento - 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00
Reformulação de marca e Reformulação de marca e
embalagens de produtos)
1 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00
Book de marcaManual com aplicabil idade
da marca 1 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00
Criação Agência 1 R$ 3.200,00 R$ 3.200,00
Produção Fábrica Way 1 R$ 2.000,00 R$ 2.000,00
Criação Agência 1 R$ 2.310,00 R$ 2.310,00
Produção 1 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00
Criação Agência 3 R$ 4.649,00 R$ 13.947,00
Produção 30000 R$ 0,12 R$ 3.600,00
Produção América Embalagens 30000 R$ 0,82 R$ 24.600,00
Criação 2 R$ 859,00 R$ 1.718,00
Criação - Adap. 2 R$ 257,00 R$ 514,00
Produção Cia de Tubos 9000 R$ 3,30 R$ 29.700,00
Criação Agência 1 R$ 1.394,00 R$ 1.394,00
Produção Cia de Tubos 4.500 R$ 0,23 R$ 1.035,00
Criação Agência 1 R$ 347,00 R$ 347,00
Produção 100 R$ 2,38 R$ 238,00
Criação Agência 1 R$ 347,00 R$ 347,00
Produção 100 R$ 2,93 R$ 293,00
Criação Agência 1 R$ 4.080,00 R$ 4.080,00
Produção 4500 R$ 1,78 R$ 8.010,00
Criação Agência 1 R$ 2.067,00 R$ 2.067,00
Produção MS Digital 100 R$ 3,50 R$ 350,00
R$ 116.750,00
ORÇAMENTO COMUNICAÇÃO
Embalagem Promocional Tradicional e Superior
Embalagem Original nova marca.
R$ 12.090,00
Display de mesa (estabelecimentos)
Acríl ico com informações sobre os cafés Fazenda
JulianaR$ 2.417,00
TOTAL
Criação Agência
R$ 585,00
R$ 640,00
R$ 2.429,00
Embalagem Promocional Floração e Colheita
Explicação das épocas de
Roteiro para Vt 2' com redução para 30"
R$ 31.932,00
R$ 42.147,00
Agência
Reformulação do Site
Reformulação para inserção
informações e
principais redes sociais
R$ 5.200,00
R$ 9.310,00
Orçamento Criação/Produção - Comunicação
Merchandising e comunicação no ponto de
venda
Faixa de Gôndola
Amostra
1 embalagem contemplando os dois produtos
Wobbler
266
O que? Conteúdo Fornecedor Valor Unitráro Valor Total Total Geral
Roteiro Vtl 15" Criação Agência 1 R$ 414,00 R$ 414,00 R$ 414,00
Vinheta Abertura e Encerramento 1 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00
Vt 15" 1 R$ 2.500,00 R$ 2.500,00 R$ 2.500,00
Rádio Roteiro Testemunhal 60" Criação Agência 1 R$ 57,00 R$ 57,00 R$ 57,00
Anúncio 3 R$ 509,00 R$ 1.527,00 R$ 1.527,00
Cinta 1 R$ 748,00 R$ 748,00 R$ 748,00
Cinta Produção 31000 R$ 0,83 R$ 25.730,00 R$ 25.730,00
Outdoor Placa simples 1 R$ 952,00 R$ 952,00 R$ 952,00
Mídia Exterior Placas nas entradas das cidades 1 R$ 952,00 R$ 952,00 R$ 952,00
Página dupla 1 R$ 1.033,00 R$ 1.033,00 R$ 1.033,00
Página simples 1 R$ 1.977,00 R$ 1.977,00 R$ 1.977,00
Fan Page (Facebook)
Criação de Fan Page para inserir a marca
mais jovem. Contendo informações sobre a fazenda, mercado de café, consumo do
café de qualidade, dentre outros.
1 R$ 250,00 R$ 250,00
Publieditorial 3 R$ 500,00 R$ 1.500,00
Banner 3 R$ 782,00 R$ 2.346,00
Mídia In-HomePublicidade em sacos de pães nas
principais padarias.1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
R$ 41.186,00
Orçamento Criação / Produção - MídiaOrçamento Criação / Produção - Mídia
TOTAL
R$ 4.096,00Mídia On Line
TV
Produção
Jornal
Criação Agência
Criação
Revista
Agência
267
O que? Fornecedor Valor Unitário
Valor Total Total Geral
Assinatura de e-mailInformações de contato (nome,
telefone, e-mail) Criação Agência 1 R$ 696,00 R$ 696,00 R$ 696,00
Criação Agência 2 R$ 200,00 R$ 400,00
Produção 10000 R$ 0,20 R$ 2.000,00
Criação Agência 5 R$ 521,00 R$ 2.605,00
Produção Infoprint 5 R$ 10,00 R$ 50,00
Criação Agência 1 R$ 314,00 R$ 314,00
Produção 5000 R$ 0,42 R$ 2.125,00
Criação Agência 1 R$ 151,00 R$ 151,00
Produção Eco Brindes 1000 R$ 0,40 R$ 400,00
Criação Agência 5000 R$ 99,00 R$ 99,00
Produção 5000 R$ 0,45 R$ 2.250,00
Criação Agência 1 R$ 943,00 R$ 943,00
Produção 1000 R$ 1,89 R$ 2.320,00
Criação Agência 1 R$ 314,00 R$ 314,00
Produção 5000 R$ 0,77 R$ 3.850,00
Criação Agência 3 R$ 521,00 R$ 1.563,00
Produção Apogeu Confecções
10 R$ 120,00 R$ 1.200,00
Criação Agência 3 R$ 505,00 R$ 1.515,00
Produção MS Digital 15 R$ 55,00 R$ 660,00
R$ 23.455,00
Informações e contato da Fazenda ( Endereço, telefone, e-
mail).R$ 3.263,00
Uniformes
Camiseta pólo para
eventos.Jaleco para funcionários da
produção.Calça e tênis padrão.
R$ 2.763,00
Sinalização InternaPlacas de direcionamento na
Fazenda R$ 2.175,00
TOTAL
Cartão de VisitaInformações de contato (nome,
telefone, e-mail) R$ 2.400,00
Crachá Nome e Foto R$ 2.655,00
EnvelopesInformações e contato da
Fazenda ( Endereço, telefone, e-mail).
R$ 2.439,00
Caneta
Papel TimbradoInformações e contato da
Fazenda ( Endereço, telefone, e-mail).
R$ 4.164,00
Pasta
R$ 551,00
Orçamento MATERIAIS INSTITUCIONAIS
Bloco de NotasInformações e contato da
Fazenda ( Endereço, telefone, e-mail).
R$ 2.349,00
268
O que? Conteúdo Fornecedor Valor Unitário
Valor Total Total Geral
Apresentação do conteúdo01 de Março de 2012.
Apresentação do novo posiconamento da
empresaBreak 1 R$ 700,00 R$ 700,00 R$ 700,00
Café com Saúde 24 de maio de 2012.
Café da manhãPalestrante
Degustação orientada manhã e palestrante. 1 R$ 1.700,00 R$ 1.700,00 R$ 1.700,00
Dia da Família 19 de Agosto de 2012.
Festa de confraternização entre as
famílias1 R$ 3.900,00 R$ 3.900,00 R$ 3.900,00
Festa de Confraternização22 de Dezembro de 2012.
Evento de
de Natal1 R$ 4.100,00 R$ 4.100,00 R$ 4.100,00
R$ 10.400,00
Orçamento AÇÃO 4 - Eventos
TOTAL
Produção Via M
O que? Fornecedor Valor Unitário
Valor Total
Total Geral
Mural Mural para aplicação de conteúdo diverso.
Produção Papelaria Globo 1 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00
R$ 100,00TOTAL
Orçamento AÇÃO 1 - MURAL
O que? Fornecedor Valor Unitário
Valor Total
Total Geral
Criação Agência 1 R$ 622,00 R$ 622,00
Produção Copyart 10 R$ 3,00 R$ 30,00
R$ 652,00
Orçamento AÇÃO 2 - CARTÕES DE ANIVERSÁRIO
TOTAL
Cartão de Aniversário
Os cartões serão entregues mediante as datas de aniversário. R$ 652,00
O que? Conteúdo Fornecedor Valor Unitário
Valor Total Total Geral
Kit Férias
Escovão para as costas; Mini Sabonetes;
Chinelinho de Pano; Toalha de Mão
Todos os itens virão personalizados com a marca da fazenda, e com uma mensagem. Produção Agência 5 R$ 250,00 R$ 1.250,00 R$ 1.250,00
R$ 1.250,00
Orçamento AÇÃO 3 - Kit Férias
TOTAL
269
270
O que? Fornecedor Valor Unitráro Valor Total Total Geral
Criação Agência 1 R$ 90,00 R$ 90,00
Produção 100 R$ 3,00 R$ 300,00
Criação Agência 1 R$ 493,00 R$ 493,00
Produção 500 R$ 4,23 R$ 2.115,00
Criação Agência 1 R$ 4.080,00 R$ 4.080,00
Produção 4500 R$ 1,78 R$ 8.010,00
Criação Agência 1 R$ 621,00 R$ 621,00
Fábrica de Cd's 100 R$ 1,00 R$ 100,00
100 R$ 81,00 R$ 8.100,00
100 R$ 0,95 R$ 95,00
- Criação Agência 5 R$ 151,00 R$ 755,00
Sacola - logomarca 500 R$ 4,69 R$ 2.345,00
Agenda - Personalizada com períodos importantes para
os cafés e curiosidades100 R$ 7,00 R$ 700,00
Pen Drive - logomarca 100 R$ 11,00 R$ 1.100,00
Caneta - Logomarca 1000 R$ 0,40 R$ 400,00
Post-it - Logomarca 3M do Brasil 1000 R$ 1,10 R$ 1.100,00
Criação Agência 1 R$ 521,00 R$ 521,00
Produção Pequena Arte 50 R$ 27,00 R$ 1.350,00
Envio press kit e convite
Envio Correios 50 R$ 15,00 R$ 750,00 R$ 750,00
R$ 33.025,00
Orçamento AÇÃO 1 - IMPRENSA
Press Kit
Conteúdo
localização, quem é quem, explicação da origem e
tecnologia (laboratório), contato da Fazenda.
R$ 390,00
Produção
EcoBrindes
R$ 12.090,00
Realease - Lead
Amostra de produtos - Sachês de 50g de cada café, adaptado da embalagem.
imagens da empresa.
R$ 2.608,00
Convite R$ 1.871,00
Produção
TOTAL
R$ 8.916,00
R$ 6.400,00
-
Brindes
Descrição do evento, local, data, horário, contato da Fazenda.
271
O que? Conteúdo Fornecedor Valor Unitráro Valor TotalT otal Geral
Produção Via M1 R$ 5.000,00R $ 5.000,00
Acompanhamento Agênci a1 R$ 500,00R $ 500,00
Produção Via M1 R$ 5.000,00R $ 5.000,00
Acompanhamento Agênci a1 R$ 500,00R $ 500,00
Produção Via M1 R$ 5.000,00R $ 5.000,00
Acompanhamento Agênci a1 R$ 500,00R $ 500,00
R$ 16.500,00
Orçamento AÇÃO 1 - Evento para degustação orientada
O forncecedor será responsavel pelo evento na ci dade de Monte Carmelo - MG. R$ 5.500,00
TOTAL
O forncecedor será responsavel pelo evento na ci dade de Patos de Minas - MG. R$ 5.500,00
O forncecedor será responsavel pelo evento na ci dade de Uberlândia - MG. R$ 5.500,00
-Degustação Orientada
272
273
274
Patrocínio + Vt 15" Duração TT Unit.R$ Desc. Unit.c/desc-R$ Total -R$
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s
Patrocínio Bom Dia Minas 1 3.515,00 5% 3.339,25 3.339,25
BOM DIA MINAS 1 1 2 106,50 13% 92,66 185,31
BOM DIA BRASIL 1 1 2 210,00 13% 182,70 365,40
MAIS VOCÊ 1 1 2 200,50 13% 174,44 348,87
BEM ESTAR 1 1 2 200,50 13% 174,44 348,87
MG TV 1 EDIÇÃO 1 1 1 1 4 440,50 13% 383,24 1.532,94
JORNAL HOJE 1 1 2 480,50 13% 418,04 836,07
VALE A PENA VER DE NOVO 1 1 290,50 13% 252,74 252,74
NOVELA 18H 1 1 1.149,75 13% 1.000,28 1.000,28
MG TV 2 EDIÇÃO 1 1 2 1.328,25 13% 1.155,58 2.311,16
NOVELA 19H 1 1 1.380,00 13% 1.200,60 1.200,60
NOVELA 20H 1 1 2 2.629,50 13% 2.287,67 4.575,33
CARONA 1 1 288,00 13% 250,56 250,56
ESTRELAS 1 1 303,00 13% 263,61 263,61
CALDEIRÃO DO HUCK 1 1 396,50 13% 344,96 344,96
TERRA DE MINAS 1 1 120,00 13% 104,40 104,40
GLOBO RURAL 1 1 452,50 13% 393,68 393,68
OS CARAS DE PAU 1 1 365,00 13% 317,55 317,55
DOMINGÃO DO FAUSTÃO 1 1 1.302,00 13% 1.132,74 1.132,74
FANTÁSTICO 1 1 2.364,00 13% 2.056,68 2.056,68
TOTAL UBE 1 2 2 3 2 3 2 2 1 3 1 3 2 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 29 21.160,98
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s
Patrocínio Bom Dia Minas 1 2.112,00 5% 2.006,40 2.006,40
BOM DIA MINAS 1 1 2 64,00 13% 55,68 111,36
BOM DIA BRASIL 1 1 2 115,50 13% 100,49 200,97
MAIS VOCÊ 1 1 2 108,00 13% 93,96 187,92
BEM ESTAR 1 1 2 108,00 13% 93,96 187,92
MG TV 1 EDIÇÃO 1 1 1 1 4 178,50 13% 155,30 621,18
JORNAL HOJE 1 1 2 196,00 13% 170,52 341,04
VALE A PENA VER DE NOVO 1 1 130,50 13% 113,54 113,54
NOVELA 18H 1 1 511,50 13% 445,01 445,01
MG TV 2 EDIÇÃO 1 1 2 632,25 13% 550,06 1.100,12
NOVELA 19H 1 1 650,25 13% 565,72 565,72
NOVELA 20H 1 1 2 1.178,25 13% 1.025,08 2.050,16
CARONA 1 1 135,50 13% 117,89 117,89
ESTRELAS 1 1 142,50 13% 123,98 123,98
CALDEIRÃO DO HUCK 1 1 189,50 13% 164,87 164,87
TERRA DE MINAS 1 1 67,00 13% 58,29 58,29
GLOBO RURAL 1 1 239,00 13% 207,93 207,93
OS CARAS DE PAU 1 1 163,00 13% 141,81 141,81
DOMINGÃO DO FAUSTÃO 1 1 536,25 13% 466,54 466,54
FANTÁSTICO 1 1 1.071,75 13% 932,42 932,42
TOTAL ITU 1 2 2 3 2 3 2 2 1 3 1 3 2 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 29 10.145,03
JUNHO.2012
TV Integração _ Globo Uberlândia (UBE)
TV Integração _ Globo Ituiutaba (ITU)
15"
1
1
15"
275
Patrocínio + Vt 15" Duração TT Unit.R$ Desc. Unit.c/desc-R$ Total -R$
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t
Patrocínio Bom Dia Minas 1 3.515,00 5% 3.339,25 3.339,25
BOM DIA MINAS 1 1 106,50 13% 92,66 92,66
BOM DIA BRASIL 1 1 210,00 13% 182,70 182,70
MAIS VOCÊ 1 1 200,50 13% 174,44 174,44
BEM ESTAR 1 1 200,50 13% 174,44 174,44
MG TV 1 EDIÇÃO 1 1 440,50 13% 383,24 383,24
JORNAL HOJE 1 1 480,50 13% 418,04 418,04
VALE A PENA VER DE NOVO 1 1 290,50 13% 252,74 252,74
NOVELA 18H 1 1 1.149,75 13% 1.000,28 1.000,28
MG TV 2 EDIÇÃO 1 1 1.328,25 13% 1.155,58 1.155,58
NOVELA 19H 1 1 1.380,00 13% 1.200,60 1.200,60
NOVELA 20H 1 1 2.629,50 13% 2.287,67 2.287,67
CARONA 1 1 288,00 13% 250,56 250,56
CALDEIRÃO DO HUCK 1 1 396,50 13% 344,96 344,96
TERRA DE MINAS 1 1 120,00 13% 104,40 104,40
GLOBO RURAL 1 1 452,50 13% 393,68 393,68
DOMINGÃO DO FAUSTÃO 1 1 1.302,00 13% 1.132,74 1.132,74
FANTÁSTICO 1 1 2.364,00 13% 2.056,68 2.056,68
TOTAL UBE 4 2 3 2 2 2 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 14.944,62
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t
Patrocínio Bom Dia Minas 1 2.112,00 5% 2.006,40 2.006,40
BOM DIA MINAS 1 1 64,00 13% 55,68 55,68
BOM DIA BRASIL 1 1 115,50 13% 100,49 100,49
MAIS VOCÊ 1 1 108,00 13% 93,96 93,96
BEM ESTAR 1 1 108,00 13% 93,96 93,96
MG TV 1 EDIÇÃO 1 1 178,50 13% 155,30 155,30
JORNAL HOJE 1 1 196,00 13% 170,52 170,52
VALE A PENA VER DE NOVO 1 1 130,50 13% 113,54 113,54
NOVELA 18H 1 1 511,50 13% 445,01 445,01
MG TV 2 EDIÇÃO 1 1 632,25 13% 550,06 550,06
NOVELA 19H 1 1 650,25 13% 565,72 565,72
NOVELA 20H 1 1 1.178,25 13% 1.025,08 1.025,08
CARONA 1 1 135,50 13% 117,89 117,89
CALDEIRÃO DO HUCK 1 1 189,50 13% 164,87 164,87
TERRA DE MINAS 1 1 67,00 13% 58,29 58,29
GLOBO RURAL 1 1 239,00 13% 207,93 207,93
DOMINGÃO DO FAUSTÃO 1 1 536,25 13% 466,54 466,54
FANTÁSTICO 1 1 1.071,75 13% 932,42 932,42
TOTAL ITU 4 2 3 2 2 2 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 7.323,62
JULHO.2012
TV Integração _ Globo Uberlândia (UBE)
1
15"
TV Integração _ Globo Ituiutaba (ITU)
1
15"
276
Patrocínio + Vt 15" Duração TT Unit.R$ Desc. Unit.c/desc-R$ Total -R$
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s
Patrocínio Bom Dia Minas 1 3.515,00 5% 3.339,25 3.339,25
BOM DIA MINAS 1 1 106,50 13% 92,66 92,66
BOM DIA BRASIL 1 1 2 210,00 13% 182,70 365,40
MAIS VOCÊ 1 1 2 200,50 13% 174,44 348,87
BEM ESTAR 1 1 200,50 13% 174,44 174,44
MG TV 1 EDIÇÃO 1 1 440,50 13% 383,24 383,24
JORNAL HOJE 1 1 480,50 13% 418,04 418,04
VALE A PENA VER DE NOVO 1 1 290,50 13% 252,74 252,74
NOVELA 18H 1 1 2 1.149,75 13% 1.000,28 2.000,57
MG TV 2 EDIÇÃO 1 1 1.328,25 13% 1.155,58 1.155,58
NOVELA 19H 1 1 2 1.380,00 13% 1.200,60 2.401,20
NOVELA 20H 1 1 2.629,50 13% 2.287,67 2.287,67
CARONA 0 288,00 13% 250,56 0,00
CALDEIRÃO DO HUCK 1 1 396,50 13% 344,96 344,96
TERRA DE MINAS 0 120,00 13% 104,40 0,00
GLOBO RURAL 1 1 452,50 13% 393,68 393,68
DOMINGÃO DO FAUSTÃO 0 1.302,00 13% 1.132,74 0,00
FANTÁSTICO 1 1 2.364,00 13% 2.056,68 2.056,68
TOTAL UBE 2 2 1 1 2 2 3 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 16.014,93
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s
Patrocínio Bom Dia Minas 1 2.112,00 5% 2.006,40 2.006,40
BOM DIA MINAS 1 1 64,00 13% 55,68 55,68
BOM DIA BRASIL 1 1 2 115,50 13% 100,49 200,97
MAIS VOCÊ 1 1 2 108,00 13% 93,96 187,92
BEM ESTAR 1 1 108,00 13% 93,96 93,96
MG TV 1 EDIÇÃO 1 1 178,50 13% 155,30 155,30
JORNAL HOJE 1 1 196,00 13% 170,52 170,52
VALE A PENA VER DE NOVO 1 1 130,50 13% 113,54 113,54
NOVELA 18H 1 1 2 511,50 13% 445,01 890,01
MG TV 2 EDIÇÃO 1 1 632,25 13% 550,06 550,06
NOVELA 19H 1 1 2 650,25 13% 565,72 1.131,44
NOVELA 20H 1 1 1.178,25 13% 1.025,08 1.025,08
CARONA 0 135,50 13% 117,89 0,00
CALDEIRÃO DO HUCK 1 1 189,50 13% 164,87 164,87
TERRA DE MINAS 0 67,00 13% 58,29 0,00
GLOBO RURAL 1 1 239,00 13% 207,93 207,93
DOMINGÃO DO FAUSTÃO 0 536,25 13% 466,54 0,00
FANTÁSTICO 1 1 1.071,75 13% 932,42 932,42
TOTAL ITU 2 2 1 1 2 2 3 2 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 7.886,08
AGOSTO.2012
TV Integração _ Globo Uberlândia (UBE)
1
15"
TV Integração _ Globo Ituiutaba (ITU)
1
15"
277
cidade emissora programa horáriototal ins
custo inserção
desc negoc
custo c/ desc
valor final
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d
ARAXÁ RD CIDADE 94.5 TEMPERATURA MÁXIMA 11h às 15h 1 1 2 60,00 8% 55,20 110,40
FRUTAL RD 102 FM PROGRAMAÇÃO POP 11h às 14h 1 1 2 23,00 8% 21,16 42,32
ITUIUTABA RD INTERATIVA FM PAPO CABEÇA 12h às 13h15 1 1 2 25,20 8% 23,18 46,37
MONTE CARMELO MONTE FM BOM DIA MONTE 9h às 12h 1 1 2 36,00 8% 33,12 66,24
PATOS DE MINAS JOVEM PAN PÂNICO 12h às 14h 1 1 2 32,00 8% 29,44 58,88
PATROCÍNIO MÓDULO FM CONTROLE REMOTO 12 às 15h 1 1 2 40,00 8% 36,80 73,60
UBERABA SETE COLINAS AS MAIS PEDIDAS 11h às 12h 1 1 2 94,60 8% 87,03 174,06
PARANAÍBA SHOW DA MANHÃ 9h às 12h 1 1 2 342,00 8% 314,64 629,28
GLOBO AM MANHÃ DA GLOBO 10h às 13h 1 1 2 130,00 8% 119,60 239,20
CULTURA HD FM EM PAUTA 12h às 13h 1 1 2 140,00 8% 128,80 257,60
20 1.697,95
SETEMBRO.2012
Testemunhal ao vivo 60"
UBERLÂNDIA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s d s t q q s s s
Cinta - 5,50 150,00 825,00 1 1 825,00
4col x 20cm 80 14,12 1.129,60 1.129,60 1 1 2 2.259,20
Cinta - 4,50 200,00 900,00 1 1 900,00
4col x 20cm 80 44,50 3.560,00 3.560,00 1 1 3.560,00
Cinta - 11,00 140,00 1.540,00 1 1 1.540,00
4col x 20cm 80 32,00 2.560,00 2.560,00 1 1 2 5.120,00
Cinta - 10,00 560,00 5.600,00 1 1 5.600,00
4col x 20cm 80 75,00 6.000,00 6.000,00 1 1 2 12.000,00
31.804,20
CIDADE VEÍCULO
NEGOCIAÇÃO _ ANÚNCIO COR, DIA ÚTIL TOTAL GERAL
formato anúnciocentimetrage
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col R$ Unit. TT Ins Total Neg. R$
JUNHO.2012
R$ Neg.
UBERABA JN DA MANHÃ
UBERLÂNDIA JN O CORREIO
ITUIUTABA JN DO PONTAL
PATOS DE MINAS JN FOLHA PATENSE
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Café Point 908x90 px 1.469,00 1.469,00 1 1.469,00
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7.019,00
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7.019,00
TT Ins Total Neg. R$R$ Unit. R$ Neg.
R$ Neg.
CIDADE VEÍCULO
NEGOCIAÇÃO SETEMBRO.2012 TOTAL GERAL
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formato TT Ins Total Neg. R$R$ Unit.
Sabor Sonoro1
CIDADE VEÍCULO
NEGOCIAÇÃO JUNHO.2012 TOTAL GERAL
3600,00
1
1.800,00
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UBERLÂNDIA
Cozinha Travessa1
Cozinhando para Relaxar (pacote)
600,00
UBERLÂNDIA
1
Cozinha Travessa1
Cozinhando para Relaxar (pacote)
600,00 600,00 3 1.800,00
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Sabor Sonoro1
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TRECHO TCC DE PAULA DULGHEROFF - BARISTA.
O café surgiu enquanto bebida e com um grande destaque no
período de idéias renascentistas e foi adotado pelos intelectuais e pensa-
dores do racionalismo e iluminismo. E ao longo dos séculos conquistou
o mundo. Sabe-se que as substâncias responsáveis pelo aroma, corpo e
sabor do café são extraídas pela ação da água quente. Mas nem sempre foi
assim. A cultura de beber café certamente começou com os árabes a partir
do século X, quando, em lugar de deixar os grãos de molho em água por
vários dias, resolveram fervê-los com ela. Somente no século XIV é que esse
povo aprendeu a torrar café, conferindo-lhe um sabor agradável (BRES-
SANI, 2007).
Desde então, novos modos de preparo da bebida e novas manei-
ras de beneficiamento têm sido aprimorados, a fim de atender os mais di-
versos tipos de consumidores.
Um estudo realizado no Brasil em 2007 revelou que houve au-
mento de 100% no consumo de café entre as pessoas da classe A, e de
45% nas da classe B. Este resultado está associado ao interesse nos cafés de
alta qualidade, os Gourmet ou Superiores, que mesmo com preços mais
elevados passam a representar a preferência destes segmentos de con-
sumidores. Tem-se como tendência, em 2007 a expansão das cafeterias
em todo o País, bem como a das empresas estrangeiras que recentemente
abriram os seus estabelecimentos no país, acreditando que o mercado in-
terno brasileiro se mostra maduro para assimilar inovações e novos produ-
tos (ROCHA, 2007).
Esta preferência por cafés diferenciados tem sido crescente devi-
do à combinação das nuances do café com ingredientes de boa qualidade
proporcionando aos apreciadores da bebida de café mais opções de con-
sumo. A melhoria contínua da qualidade do café oferecido aumenta as
expectativas quanto a novidades, tornando o mercado de alimentos mais
amplo e inovador. O público deste nicho de mercado é cada vez mais exi-
gente e conhecedor dos produtos diferenciados e modificados.
Nos últimos cinco anos, o mercado mundial de café vem passando
por uma grande transformação, resultante da combinação de tecnologia,
criatividade e prospecção de novos segmentos de consumo que agregam,
sobretudo, maior valor aos produtos. São mudanças que vêm fluindo bem
e positivamente, até por que o consumidor também vem mudando, quer
novidades, praticidades e principalmente, mais qualidade de vida, prazer e
bem-estar, em casa ou fora do lar (MOREIRA, 2008).
A implantação do café de qualidade no mercado brasileiro vem de
encontro com a cultura e o habito do famoso “cafezinho preto”. Que por
muitas vezes industrializado indiscriminadamente.
A qualidade do produto café torrado em grãos ou café torrado e
moído, está ligada a ausência de impurezas e defeitos do tipo, pau, pedra,
casca, grãos imaturos, verdes, ardidos e outros. E relacionada a qualidade
da torra, quanto a relação de tempo e temperatura do torrador.
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