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A FORMA DAS ORAÇÕES E MINISTRAÇÃO DOS SACRAMENTOS, usada na Congregação Inglesa em Genebra aprovada Pelo famoso e sábio homem de Deus, Sr. João Calvino TRADUÇÃO: Pb. Frank Penha 1 Corntios 3 NENHUM HOMEM PODE COLOCAR outro fundamento, o qual já foi posto que é Cristo Jesus 1562

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A

FORMA DAS ORAÇÕES E MINISTRA ÇÃO

DOS SACRAMENTOS, usada na

Congregação Inglesa em Genebra

aprovada

Pelo famoso e sábio homem de Deus,

Sr. João Calvino

TRADUÇÃO: Pb. Frank Penha

1 Cor“ntios 3

NENHUM HOMEM PODE COLOCAR outro fundamento, o qual

já foi posto

que é Cristo Jesus

1562

CONTEÚDO DESTE LIVRO

1. Da Confissão da Fé Cristã

2. Da maneira de eleição de Ministros, Presb“teros e

Diáconos.

3. Da reunião semanal dos Ministros, Presb“teros e

Diáconos.

4. De como lidar com a interpretação das Escrituras,

de responder as dúvidas, observado a toda segunda-

feira.

5. Sobre a confissão de nossos pecados usada antes do

sermão, moldada para a ocasião e tempo presente.

6. De outra confissão para todas as Ocasiões e

Tempos.

7. Da oração geral feita após o sermão pelo estado

geral das Igrejas de Cristo.

8. Da ministração do Batismo e da Ceia do Senhor

9. Da forma do Matrimônio, da visitação aos enfermos

e a forma do sepultamento.

10. Da ordem da Disciplina Eclesiástica.

1. Da Confissão da Fé Cristã, aos que estão reunidos na

Congregação Inglesa em Genebra.

Eu creio e confesso meu Senhor Deus eterno,

infinito, imensurável, incompreens“vel,

invis“vel, um em essência, três em pessoa, Pai, Filho e

Esp“rito Santo, o qual, pelo seu supremo poder e sabedoria,

não apenas criou do nada os céus, terra e todas as coisas

neles contidas, e o homem feito de Sua própria imagem,

para que ele o pudesse glorificar, mas também pela sua

paterna providência, governa mantêm e preserva a mesma

de acordo com o propósito de sua vontade.

Eu creio também e confesso Jesus Cristo o

único Salvador e Messias, o qual sendo igual a

Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens, se tornou homem

como nós (exceto em pecado) para nos assegurar a

misericórdia e perdão. Porque assim como pela

transgressão de Adão nosso Pai nós nos tornamos filhos da

perdição, não outro meio de nos trazer do julgo do pecado e

da condenação ao não ser por Jesus Cristo nosso Senhor, o

qual nos dando por graça, a qual é dele por

natureza, nos fez (por meio de fé) filhos de

Deus, o qual na plenitude dos tempos veio, foi

concebido pelo poder do Esp“rito Santo, nasceu

da Virgem Maria (de acordo com a carne), e

pregou na terra o evangelho da salvação, que

também pela tirania dos sacerdotes foi condenado debaixo

do poder de Poncio Pilatos, então presidente do Júri, e mais

cruelmente foi colocado em uma cruz entre dois ladrões

como se fosse notório transgressor, na qual caiu sobre ele a

punição pelos nossos pecados, nos libertando assim da

maldição da Lei.

EU CREIO EM DEUS

PAI TODO-

PODEROSO,

CRIADOR DO CÉU E

DA TERRA

E EM JESUS CRISTO

SEU ÚNICO FILHO

NOSSO SENHOR

QUE FOI CONCEBIDO

PELO ESPIRITO

SANTO , NASCEU DA

VIRGEM MARIA ,

PADECEU SOBRE

PONCIO PILATOS,

FOI CRUCIFICADO,

MORTO E

SEPULTADO

Sendo como Ele, sendo apenas Deus, não podendo

sentir a morte, nem sendo ele apenas homem, podendo sobrepujar a morte, ele experimentou as duas coisas, sofrendo em sua humanidade sendo punido com a mais

cruel morte, sentindo sobre si o mais terr“vel e severo

julgamento de Deus, como se Ele estivesse nos mais extremos tormentos do inferno, e assim bradou com

alta voz, 惇Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?敦 Através de sua livre graça, sem compulsão, ele ofereceu a si

mesmo como o único sacrif“cio para purgar os pecados de

todo o mundo, portanto todos os outros sacrif“cios por

pecados são blasfemos e negam a suficiência de tão grande

ato. Pela Sua morte foi feito tudo que era requerido e suficiente para nos reconciliar com Deus, e ainda as

Escrituras comumente atribuem a nossa regeneração pela

sua ressurreição, porque por sua ressurreição dos mortos ao

terceiro dia, Ele conquistou a morte, assim a

vitória da nossa fé permanece por sobre a Sua

ressurreição, porque sem a mesma, nós não

poder“amos sentir o beneficio de sua morte, pois assim

como pela sua morte, os pecados foram levados embora,

pela sua ressurreição nossa retidão foi restaurada.

E porque Ele completou todas as coisas, e tomou

possessão do Seu reino para nós, Ele ascendeu aos céus,

para expandir este mesmo reino pelo poder do

Seu Esp“rito, pelo qual nós estamos mais do

que certos de sua continua intercessão por nós perante

Deus Pai. Porém assim como ele está no céu no

tocante a Sua presença corporal, o qual Deus

Pai assentando-o a sua mão direita,

comissionando-a Ele a administração de todas as coisas,

tanto das que estão no Céu como as que estão na terra; Ele

está também presente conosco seus membros, até o final

dos tempos, nos preservando e nos governando com seu

eficaz poder e graça, o qual (quando todas as

coisas reveladas pelos profetas de Deus desde o

principio do mundo forem cumpridas) irá retornar da mesma forma vis“vel que ascendeu, com uma

indescrit“vel majestade, poder e honra, para separar as

ovelhas dos bodes, os eleitos dos reprovados, assim

nenhum, ainda que vivo ou já morto antes, escapará de Seu

julgamento.

DESCEU AO INFERNO

RESSUCITOU DOS

MORTOS AO

TERCEIRO DIA

ASSENTOU-SE A

DIREITA DE DEUS

API TODO-

PODEROSO

DE ONDE VIRÁ PARA

JULGAR OS VIVOS E

OS MORTOS

ELE ASCENDEU AOS

CÉUS

Eu creio e confesso o Esp“rito Santo, Deus igual

com o Pai e o Filho, o qual nos regenera e nos santifica, nos rege e guia em toda a Verdade, persuadindo e

nos dando convicção em nossas consciências que nós somos

filhos de Deus, irmãos em Jesus Cristo, e participantes com

Ele na vida eterna. No entanto não é suficiente acreditar que

Deus é onipotente e gracioso; que Cristo fez esta satisfação;

ou que o Esp“rito Santo tem poder e efeito; mas o

importante é que estes benef“cios nos sejam aplicados, nos

que somos os Eleitos de Deus. Eu creio e portanto confesso uma santa Igreja, a qual ( como

membros de Jesus Cristo, sendo este o único

cabeça) consente em fé, esperança, e caridade,

usando os dons de Deus, sendo eles temporais

ou espirituais, para edificação e manutenção da mesma.

Esta Igreja que não é a que os olhos humanos vêem, mas

unicamente conhecida por Deus, os quais dos filhos

perdidos de Adão, têm ordenado alguns, como vasos de ira,

para condenação e têm escolhidos outros, como vasos de

misericórdia, para serem salvos, os quais no devido tempo,

são chamados a uma integridade de vida e conversação

piedosa, para fazer destes uma igreja gloriosa para Si mesmo.

Mas esta Igreja a qual é vis“vel, e que pode ser vista

pelos olhos, têm três distintivos, ou marcas, que podem ser

discernidos. Primeiro a Palavra de Deus contida no Velho e Novo Testamento, a qual esta acima da autoridade desta

Igreja e única suficiente para nos instruir em todas as coisas

concernentes a salvação e assim deixada para todas os

homens não importando seu n“vel lerem e entende-la. Pois

sem esta palavra, nem igreja, nem concilio ou decreto pode

estabelecer qualquer ponto concernente a salvação.

A segunda é a respeito dos santos sacramentos, para

testemunho, o Batismo e a Ceia do Senhor, os quais são

Sacramentos que Cristo nos deixou como santos sinais e selos das promessas de Deus. Pois o Batismo uma vez

recebido, simboliza que nós (tanto os infantes como homens

de idade) que éramos estranhos a Deus pelo pecado original

somos recebidos em Sua fam“lia e congregação com plena

certeza, ainda que esta raiz do pecado por enquanto

EU CREI O NO

ESPIRITO SANTO

NA SANTA IGREJA

UNIVERSAL, NA

COMUNHÃO DOS

SANTOS

permaneça em nós, ela não será imputada aos eleitos de

Deus. Pois em relação à Ceia, esta declara que Deus como o

mais providente Pai, não apenas alimenta nossos corpos,

mas também espiritualmente alimenta nossas almas com

as graças e os benef“cios de Cristo Jesus (os quais a

Escritura chama de comer a sua carne e beber do seu

sangue), nem devemos nós na administração destes

sacramentos seguir a fantasia humana mas como Cristo Ele

mesmo têm ordenado eles devem ser ministrados e por

aqueles os quais por vocação têm sido chamados. Portanto

qualquer um que venera e adora estes sacramentos, ou

contrariamente os despreza no tempo e no espaço, procura

para sim danação.

A terceira marca da Sua Igreja é a disciplina

Eclesiástica a qual permanece para a admoestação e

correção das faltas. O fim que pode chegar é a excomunhão,

pelo consenso da determinada Igreja, no caso de o ofensor

ser obstinado. E por trás desta censura eclesiástica, eu

reconheço também o Magistrado Civil, o qual é ministro

para qualquer justiça humana, defendendo os justos e

punindo os “mpios, para o qual nós devemos obediência em

todas as coisas que não são contrarias a Palavra de Deus.

E assim como foi Moises, Ezequias, Josias, e outros

pios regentes para purgar a igreja de Deus da superstição e

idolatria, então é pertinente que os Magistrados Cristãos

defendam a Igreja Cristã contra todos os heréticos e

idolatras, como os Papistas, Anabatistas, os quais aos ministros do Anticristo, para semear doutrinas de homens e

de demônios, como a Missa, o Purgatório, Limbus Patrum,

oração para os Santos ou pelos mortos. Livre-arb“trio,

distinção de alimentos, aparência e dias; voto de celibato,

presença em culto idolatra, méritos humanos, e outras

parecidas a estas as quais nos afastam na

sociedade da Igreja Cristã, onde permanece em

pé só pela remissão dos pecados, comprada

pelo sangue de Cristo para todos aqueles que crêem, sejam

eles judeus ou gentios, afastando-nos de colocarmos a

nossas confiança em outras criaturas ou em nossas

próprias imaginações. A punição freqüentemente varia ou

tarda nesta vida, ainda que depois da ressurreição geral,

NA REMISSÃO DOS

PECADOS

NA RESSUREIÇÃO

DO CORPO

quando as nossas almas e corpos deverão ressurgir para a

imortalidade, eles serão consumidos pelo fogo que nunca se

apaga; então nós que esquecemos toda sabedoria humana

por causa de Cristo iremos ouvir aquela voz jubilante, 惇 Venham benditos de meu Pai para o reino que vos foi

preparado desde a fundação do mundo敦, e

iremos triunfantes com Ele tanto em alma quanto corpo, para permanecer para sempre na gloria, onde

nós veremos Deus face a face, e não haverá mais

necessidade de outro instruir o seu semelhante porque

todos O conheceram, do maior ao menor. À Aquele que com

o Filho e o Esp“rito Santo, seja todo louvor, honra e gloria

agora e sempre. Que assim seja.

2.Da maneira de eleição de Ministros, Presb“teros e

Diáconos

Dos Ministros e de sua Eleição.

Das coisas que são principalmente requeridas nos Pastores

e Ministros

Primeiro deixe a Igreja diligentemente considerar

que o Ministro o qual deva ser escolhido não deve ser

encontrado culpado de nenhuma das faltas que São Paulo

repreende num homem desta vocação, mas ao contrario que

o mesmo tenha as virtudes, para que ele seja capaz de levar adiante este desafio e diligentemente executar o mesmo. Segundo, que ele passe corretamente a Palavra de Deus, ministre os sacramentos sinceramente, sempre cuidadoso

não apenas para ensinar seu rebanho publicamente, mas

também privativamente os admoestar; lembrando sempre

que se alguma coisa perecer por sua negligência, o Senhor

irá requerer isso de suas mãos.

NA VIDA ETERNA

Do Oficio e Seus Deveres

Porque o desafio da Palavra de Deus é de grande

importância então não é qualquer homem que é habilitado

por Deus a dispensa-la; e São Paulo exorta que devem ser

estimados como ministros de Cristo e despenseiros dos

mistérios de Deus; não tiranos sobre o rebanho como São

Pedro disse. Portanto o dever chefe do ministro ou pastor é permanecer pregando a Palavra de Deus e ministrando os

sacramentos. Então sobre consultas, julgamentos, eleições

e outras incursões pol“ticas seu conselho ainda que não

autoritativo deve ser tomado.

E se a Congregação, em justo caso, concorda em

excomungar, então deve ser apresentado o caso ao ministro,

de acordo com a determinação geral, para pronunciar a

sentença sem confusão.

Da maneira de Eleger Pastores ou Ministros

Os ministros e os presb“teros no devido tempo,

quando se quiser um Ministro, devem convocar toda a

Congregação, os exortando a meditar e considerar qual

melhor servirá nesta fileira, neste of“cio. E se haver

escolhas, a Igreja apontará dois ou três, para que em dia

certo seja examinado pelos outros Ministros e Presb“teros.

Primeiro, no tocante a sua doutrina, porque aquele que vai ser um ministro deve ter bom e sonoro conhecimento nas Sagradas Escrituras e provido, apto em

dons de comunicar a mesma para a edificação do povo. Para

testar o mesmo, eles devem propor um tema ou texto para

ser tratado privativamente onde sua habilidade poderá se

manifestar na presença deles.

Segundo, eles devem inquirir sobre sua vida e

conversação, se ele em tempos passados viveu sem

difamação e governou a si próprio neste nesta sorte, para

que Palavra de Deus seja mantida em alto apreço ou não

seja difamada através de alguma ocasião. Porque sendo

assim atentamente feito eles serão apresentados para a

Congregação, aqueles cujos os dons eles acharem mais

excelentes e edificantes para o ministério. Apontando pelo

consenso geral, no m“nimo oito dias antes, para que cada

homem diligentemente inquira sobre seus modos e vida.

A este tempo também o ministro exortará a eles para

se humilharem a Deus jejuando e orando, para que tanto

sua eleição seja de acordo com Sua vontade e também

edificante para a Igreja. E se alguma razão sobre qualquer

coisa for trazida contra ele, ou ele for achado não confiável

por provas concretas e confiáveis então ele deve ser

dispensando e algum outro deverá ser apresentado. Se nada

foi alegado até o presente dia, um dos ministros, no sermão

matutino deverá apresenta-lo outra vez, preparando seu

sermão, ou parte dele para o colocar perante seus deveres.

No final, o sermão findado, o ministro exortará a

congregação para a Eleição com a Invocação do nome de

Deus, dirigindo sua oração como o próprio Deus mover seu

coração. Da mesma maneira, depois da eleição, o ministro

dará graças a Deus, requerendo as coisas que devem ser

necessárias ao seu oficio.

Depois de ele ser nomeado ministro, o povo cantará

um salmo e partirá.

Dos Presb“teros no tocante ao Oficio e Eleição

Os Presb“teros devem ser homens de boa vida e boa

conversação sem culpa e sem qualquer suspeita; cuidadosos

com o rebanho, sábios e acima de todas as coisas tementes

a Deus. Em cujo oficio devem permanecer governando junto com o resto dos ministros, consultando, admoestando, corrigindo e ordenando todas as coisas pertinentes ao

estado da congregação. Eles diferem dos ministros pois eles

não pregam a Palavra e nem ministram os Sacramentos. Em

reunindo o povo, nem eles devem tentar nada sem os ministros, nem os ministros sem eles. E se algum nome justo desejar o presbiterato, o ministro, pelo consentimento

dos demais, avisará o povo e finalmente observará a mesma

ordem a qual foi usada na escolha dos Ministros.

Dos Diáconos no tocante ao Oficio e Eleição

Os diáconos devem ser homens de boa estima e informação,

discretos, de boa consciência; caridosos, sábios e finalmente

adornados com as virtudes que o Apóstolo Paulo requer

neles. O seu oficio é guardar as ofertas diligentemente e

fielmente as distribuir, com o consentimento dos Ministros e

Presb“teros. Também prove-la para pessoas doentes e

incapacitadas. Tendo sempre um cuidado diligente para que

a caridade dos servos de Deus não seja desperdiçada com

preguiçosos e desocupados vagabundos. A sua eleição é

como dita antes no caso dos Ministros e Presb“teros.

Nota de John Knox sobre o 惇Quarto Oficial 敦*

Nós não somos ignorantes quando a Escritura

menciona um quarto tipo de Ministro[oficial] deixado para a

Igreja de Cristo o qual é muito salutar onde o tempo e lugar

o permitem. Mas por falta de oportunidade nesta nossa

dispersão e ex“lio, nós não podemos fazer o uso do mesmo.

E queira Deus que ele não seja negligenciado onde a ocasião

permita.

Estes ministros são chamados Mestres ou Doutores,

cujo oficio é instruir, ensinar os fiéis na salutar doutrina,

provendo com toda diligência que a pureza do Evangelho

não seja corrompida, nem por ignorância, nem por opiniões

malignas. No entanto, considerando o presente estado das coisas, compreendemos por este titulo, como meios aos

quais Deus tem em sua Igreja para não deixa-la desolada,

nem ainda deixar a doutrina decair por falta dos ministros.

Portanto para nomear com uma palavra mais usual

nestes nossos dias nós podemos chamar a 惇Ordem dos

Estudiosos敦, os quais em alta estima, e claramente anexado

ao ministério e governo da Igreja, na Exposição da Palavra

de Deus contida do Velho e Novo Testamento.

Mas porque muitos não podem muito bem adquirir

este conhecimento, exceto se eles forem educados nas

l“nguas estrangeiras e ciências humanas, (porque Deus não

utiliza comumente por milagres), é necessário que a

semente seja plantada para o tempo que virá, com a

pretensão que a Igreja não se deixe estéril e desolada para

nossa posteridade, e também que Universidades sejam

mantidas e Estudiosos sejam erigidos, com justos e

suficientes estipêndios, onde a juventude seja treinada no

conhecimento de Deus e no Seu temor, para que na sua idade madura eles provem ser membros corretos de nosso Senhor Jesus Cristo, seja no Governo Civil ou para servir no

Ministério Espiritual ou viver em reverência e sujeição

santa.

3.Da reunião semanal dos Ministros [Presb“teros e

Diáconos]*

Com a pretensão que o ministério da Palavra de

Deus seja tido em reverência e que não seja trazida a

contenda através de má conversação daqueles que são

chamados para ele e que também as faltas e os v“cios não

tenham oportunidade de sofrer um crescimento para

extremos inconvenientes; é ordenado que cada quinta-feira,

os ministros e os Presb“teros, na sua reunião ou Consistório

diligentemente examinem todas as tais faltas e suspeitas

quanto possam ser observadas, não apenas entre os outros,

mas principalmente entre eles mesmos, para que eles não

sejam culpáveis do que nosso Senhor Jesus Cristo reprovou

nos fariseus, os quais podiam espiar um cisco no olho de

outro homem, mas não podiam ver uma trave na frente do

seu próprio.

E porque os olhos devem ser mais claros que o resto

do corpo, o ministro não deve ser achado com nenhum v“cio,

mas como grande difusor da Palavra de Deus cuja mensagem ele proclama. Portanto deve ser entendido que existem certas faltas as quais presente nos ministro, ele deve ser deposto; como a heresia, papismo, cisma,

blasfêmia, perjúrio, fornicação, roubo, bebedice, usura, ser

briguento, jogos de azar e coisas semelhantes a estas.

Outros são mais toleráveis, se depois de uma

admoestação fraternal ele considera sua falta como estranha

e não prof“cua à pregação da Palavra; como: curiosidade em

buscar por questões vãs, negligência tanto na preparação

dos sermões como no estudo das Escrituras e outras coisas

concernentes a sua vocação, fugindo, adulando, mentindo,

caluniando, proferindo palavras torpes, decepcionando,

sendo avarento, escarnecedor, dissoluto na aparência e em

gesto ou outras ações de sua parte, e outros v“cios ainda

que eles sejam odiosos em todos os homens, então naquele

que deve ser exemplo para os outros de perfeição não é sábio encontrar estas coisas; especialmente se de acordo

com a lei de Deus, sendo este fraternalmente admoestado

não reconhecer sua transgressão e não se arrepender.

4.De como lidar com a interpretação das Escrituras, de

responder as dúvidas, observado toda segunda-feira.

Uma vez a cada semana, a Congregação será

reunida para ouvir alguma parte da Escritura propriamente

exposta. E a cada tempo, é salutar para todo homem falar

ou inquirir, como Deus mover seu coração observando o

texto ministrado na ocasião, sendo feito sem impertinência

ou desdém, como alguns que ao invés de buscar a

edificação buscam a contenda. E se alguma dificuldade

surgir, que aqueles que foram apontados como moderadores

não satisfaçam o partido, e este partido quiser se deter em

sutilezas, exortar-se-á a ele para guardar em silêncio,

referindo que o julgamento disto para os ministros e

presb“teros será determinado na reunião deles ou

Consistório dantes mencionado.

Quando a Congregação estiver reunida na hora

apontada, o Ministro usando esta Confissão ou outra de

mesmo efeito, exortará o povo diligentemente a examinarem-

se a si mesmos, observando em seus corações o teor de suas

palavras.

5. Sobre a confissão de nossos pecados usada antes do

sermão, moldada para a ocasião e tempo presente.

Baseado do Cap“tulo 9 de Daniel.

Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas

a aliança e a misericórdia para com os que te amam e

guardam os teus mandamentos; Pecamos, e cometemos

iniqüidades, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes,

apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus ju“zos; E

não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu

nome falaram aos nossos reis, aos nossos pr“ncipes, e a

nossos pais, como também a todo o povo da terra. A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós a confusão de rosto,

como hoje se vê em nosso miserável pa“s da Inglaterra, aos

de perto e aos de longe, em todas as terras por onde os tens

lançado, por causa das suas rebeliões que cometeram contra

ti, por isso a maldição e o juramento, que estão escritos na lei,

se derramaram sobre nós, confirmou a sua palavra, que falou

contra nós, e contra os nossos ju“zes que nos julgavam,

trazendo sobre nós um grande mal. E porque, tanto eles como

nós procedemos em nossas iniqüidades e não cessamos em

acrescentar pecado sobre pecado. Porque aqueles que uma

vez foram bem instru“dos na doutrina do Evangelho, agora

tornaram para trás da obediência da Tua verdade1 e

voltaram de novo a mais abominável idolatria, de onde os

quais foram uma vez chamados pela pregação viva da Tua

Palavra. E nós, no entanto! Até esse dia, não temos

anteriormente nos arrependido de nossa previa impiedade e

nem temos nós corretamente considerado o teu divino

desagrado. Assim é o Teu justo julgamento, Oh Senhor, que

Tu punes pecado por pecado, e o homem pelas suas

invenções, assim não pode haver nenhuma final para a

iniqüidade, exceto quando Tu nos prevêem pela Tua graça

imerecida. Portanto, converte-nos, Oh Senhor!, e seremos

convertidos, porque nós não oferecemos nossas orações

confiando em nossos próprios méritos mas em Tuas

misericórdias.

1. Quão miserável é retornar ao seu próprio vômito.

E Tu que uma vez pela graça especial nos libertaste

do miserável julgo do erro e da cegueira e nos chamou muitas

vezes para a doce liberdade do Evangelho, a qual, no entanto temos mui vergonhosamente abusado, obedecendo nossas

cobiças e afeições ao invés das admoestações dos Teus

profetas. Ouve então outra vez a oração, por amor ao Teu

nome, para derramar sobre nós as tuas necessárias e

consoladoras misericórdias; inclina, ó Deus meu, os teus

ouvidos, e ouve; abre os teus olhos, através das grandes

pragas de nosso pa“s, os cont“nuos clamores de nossos

irmãos afligidos e nosso terr“vel banimento2. E permita que

nossas aflições e justas punições sejam uma admoestação e

aviso para outras nações entre as quais estamos inseridos,

para que com toda reverência elas possam obedecer ao Teu

santo Evangelho, para que no final não caiam pragas

parecidas ou piores sobre elas. O Senhor, ouve; ó Senhor,

perdoa; ó Senhor, atende-nos e age sem tardar; por amor de

Teu filho Jesus Cristo seja misericordioso conosco e nos liberte. Que isso seja conhecido por todo o mundo, aqueles

que tem o mesmo Deus o qual mostra misericórdia com todos

os chamados pelo teu nome.

6. De outra confissão para todas as Ocasiões e Tempos.

惇O Eterno Deus, e mui misericordioso Pai, nós

confessamos e reconhecemos aqui perante a Tua divina

majestade, que nós somos miseráveis pecadores, concebidos

e nascidos em pecado e iniqüidade, que em nós não existe

nenhuma retidão. Porque em todo lugar se rebela a carne

contra o Esp“rito, onde nós continuamente transgredimos os

Teus santos preceitos e mandamentos, e assim compramos

para nós mesmos, tendo em vista Teu justo julgamento, morte

e condenação.

No entanto, O Pai Celestial, continuando como nós

estamos, desagradados com nós mesmos pelos pecados que

temos cometido contra Ti e sinceramente arrependidos deles,

nós nos humilhamos perante Ti, pelo nome de Jesus Cristo,

para pedir que Tu mostres a Tua misericórdia sobre nós,

perdoe todos os nossos pecados e nos fortaleça através do

Teu Esp“rito Santo em nós. Para que nós possamos

reconhecer do mais intimo dos nossos corações os deméritos,

que possamos não apenas mortificar nossas pecaminosas

cobiças e afeições, mas também trazer aqueles frutos que

estão de acordo com o Teu abençoado querer; isso nos te

pedimos não por alguma bondade provinda de nós,

2. Deixem que todo o povo tome direção pelo nosso exemplo.

mas pelos méritos do Teu querido e amado Filho

Jesus Cristo, nosso único Salvador, o qual já foi dado como

oblação e oferta pelos nossos pecados e por cujo nome nós

estamos convictamente persuadidos que Tu não nos negará o

que pedirmos por este nome que esteja de acordo com a Tua

vontade. Porque o Esp“rito assegura em nossas consciências

que Tu és o nosso Pai misericordioso, e nos ama tanto como

filhos através Dele que nada será capaz de remover a tua

graça celestial e favor de nós. Então, portanto ao O Pai, Filho

e Esp“rito Santo, seja toda honra e glória, por toda a

eternidade. Que assim seja敦.

Feito isto, o povo canta um salmo todos juntos, num

tom afinado, tendo terminado o Ministro orará pela

assistência do Esp“rito Santo, como o seu coração for

movido, e então se prossegue o sermão. Usando após o

sermão a oração que se segue.

7. Da oração geral feita após o sermão l pela estado geral das Igrejas de Cristo.

Todo Poderoso Deus e mais misericordioso Pai, nós

humildemente submetemo-nos, prostrando-nos perante Tua

majestade, buscando-te do fundo de nossos corações, que

esta semente da Tua Palavra, agora plantada entre nós,

possa fincar raiz tão profunda, que nem o fogo ardente da

perseguição o possa extingui-lo, nem os espinhosos cuidados

desta vida sufocá-lo, mas que a semente caia em bom solo,

para que possa dar fruto um a cem, outro a sessenta e outro

a trinta, como a celestial sabedoria apontar. E porque nós

temos necessidade continuamente de suplicar muitas coisas

das Tuas mãos, nós nos humilhamos perante Ti, O Pai

Celestial, para nos proporcionar que através do Teu Esp“rito

Santo dirijas nossas petições, para que elas procedam tanto

de uma mente fervorosa assim como possam ser agradáveis

ao Teu mais abençoado propósito.

E observando que nossa fraqueza é capaz de fazer

nada sem o Teu aux“lio e que não estamos ignorantes com

quantas e tão grandes tentações, nós pobres infelizes

estamos por todos os lados cercados e rodeados, permita que

a Tua força, O Senhor, sustente a nossa fraqueza, e que nós

sejamos defendidos pelo poder da Tua graça, que pode

salvificamente livra-nos de todos os assaltos do Diabo que

anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem

possa tragar. Aumenta-nos a fé, Ó Misericordioso Pai, para

que não nos afastemos em nenhum instante de Tua divina

Palavra, mas que aumente em nós a esperança e o amor, com

o cuidadoso guardar dos Teus mandamentos e que nenhuma

dureza de coração, nenhuma hipocrisia, nenhuma

concupiscência dos olhos, nem cuidados do mundo possam

nos tirar da Tua obediência. E vendo que vivemos agora nos

mais perigosos tempos, deixe que Tua paternal providência

nos defenda contra a violência de todos os nossos inimigos,

os quais em todo lugar nos perseguem; mas principalmente contra a perversidade violenta e furiosa que brada o

Romanismo Idólatra, inimigo do Teu Cristo.

Outrossim, continuando como pelo santo Apóstolo

Paulo nós somos instru“dos a fazer orações e suplicas por

todos os homens, não oramos apenas por nós mesmos aqui

presentes, mas também por aqueles que estão fora, para

reduzir a todos quantos estão ainda na ignorância, do

miserável estado de cativeiro da cegueira e erro, para o puro

entendimento e conhecimento da Tua verdade celestial, que

nós todos, com uma só mente e pensamento possamos

adorar a Ti somente nosso Deus e Salvador. E que todos os

pastores, ministros a quem está confiada a dispensação da

Tua santa Palavra para sustento de Teu povo eleito, que possam tanto em sua vida como doutrina serem achados

fiéis, tendo só em vista unicamente a Tua glória; e que por

meio deles todas as pobres ovelhas que estão vagando

desencaminhadamente possam ser encontradas e trazidas para casa, para o Teu aprisco.

Além disso, porque os corações dos ju“zes estão em

Tuas mãos, nós pedimos que Tu direciones e governes os

corações de todos os reis, pr“ncipes e magistrados os quais

comissionaste com a espada; especialmente, Ó Senhor, de

acordo com nosso dever, nós pedimos que Tua mantenhas e

aumentes o honroso estado desta Cidade3, em cuja defesa

nos acolheu, os magistrados, o Conc“lio, e todo o corpo de

governantes. Permitas que o Teu favor paternal assim os

preserve e pelo Teu Esp“rito Santo assim governe os seus

corações e que eles possam desta forma exercer seu of“cio a

fim de que a Tua religião possa ser puramente mantida, os

costumes sejam reformados, os pecados punidos de acordo com a preciosa regra da Tua santa Palavra.

E porque nós somos todos membros do corpo m“stico

de Cristo Jesus, fazemos nossos pedidos a Ti, Ó Pai Celestial,

por todos os que estão afligidos com toda sorte de cruz e

tribulação, como guerras, pragas, fome, enfermidades,

pobreza, prisões, perseguições, banimentos e qualquer outro

tipo de vara, que possa ser tanto calamidade do corpo como

vexação da mente, que Tu possas por favor dar-lhes

paciência e constância até que Tu lhes envies total libertação

de todos os seus males. E porque nós fomos chamados para

cuidar com amor e honra de nossos pais, fam“lia, amigos e

Pa“s4, então, nós muito humildemente Te pedimos mostrar

piedade sobre nossa miserável pátria da Inglaterra, a qual

uma vez, pela Tua misericórdia, foi chamada à liberdade e

agora pelos seus próprios pecados, foi trazida para a mais vil

escravidão e cativeiro Babilônico.

3. Pela estado de prosperidade de Genebra 4. Pela Inglaterra

Arranque fora pela raiz, Ó Senhor, todos os vorazes

lobos os quais para encherem suas barrigas destroem o Teu

rebanho. E mostre as Tuas grandes misericórdias sobre

aqueles irmãos que estão perseguidos, atirados nas prisões e

diariamente condenados a morte pelo testemunho da Tua

Palavra. E embora eles estejam destitu“dos de toda ajuda

humana, que o Teu doce consolo nunca se afaste deles, mas

inflame-lhes o coração com o Teu Esp“rito Santo para que

possam corajosamente e audaciosamente agüentar tal prova

que a Tua divina sabedoria apontar. Que, portanto, no comprimento, seja da sua morte ou vida, o Reino de nosso Senhor Jesus Cristo possa crescer e brilhar por todo o mundo.

Em cujo o nome nós fazemos estas humildes petições a Ti,

como ele nos instruiu. Pai nosso que estas no céu, etc.

Todo Poderoso e eterno Deus, o único que salva, nós pedimos

a ti que nos conceda fielmente continuar com fé viva em Ti,

aumenta-nos a cada dia, até que cheguemos a estatura de

nossa perfeição em Cristo, perante o qual nós fazemos nossa

confissão dizendo,

Eu creio em Deus Pai, etc.

Então o povo canta um salmo, o qual finalizado, o Ministro

pronuncia uma dessas bênçãos e a Congregação pode

partir.

惇O Senhor te abençoe e te salve; o Senhor faça resplandecer

sobre ti o Seu rosto e tenha misericórdia de Ti, que o Senhor

sobre ti o levante o Seu rosto e te dê a paz敦.

惇Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo o amor de Deus e

a comunhão do Esp“rito Santo, sejam como todos vós. Que

assim seja敦.

Não é necessário que o Ministro sempre repita todas estas

coisas acima mencionadas, mas começando com alguma

forma de Confissão, ele procede para o Sermão, o qual

terminado, ele tanto pode usar a oração feita para todas as

ocasiões e tempos, ou se ele orar, assim como o Esp“rito de

Deus mover seu coração, observando a mesma ordem de

acordo com o tempo e a matéria da qual ele exporá. E se

houver neste tempo alguma praga, fome, pestilência, guerra

ou coisa parecida, a qual fica evidente ser toques do ju“zo de

Deus; é propicio reconhecer nossos pecados na ocasião, e é

então apontado pelas Escrituras para entregar-nos ao

quebrantamento, jejum e oração, com formas de desviar o

divino desagrado de Deus. Portanto é conveniente ao

Ministro a este tempo não apenas admoestar o povo a

respeito destas coisas, mas usar também alguma forma de

oração, de acordo com a presente necessidade o requerer, a

qual ele pode apontar, pelo consentimento comum, alguns

outros dias após o sermão, semanalmente para serem

observados.

8. Da forma do Batismo e da Ceia do Senhor

Da Forma do Batismo

Note-se primeiro, que assim como não é permitido na

Palavra de Deus, que as Mulheres não devem pregar ou

ministrar os Sacramentos; e é evidente que os Sacramentos

não são ordenados por Deus a fim de serem usados em

lugares privativos como se fossem encantamentos ou

feitiçarias, mas à vista da Congregação e necessariamente

anexada a Palavra de Deus como selos da Mesma. Portanto

os infantes que serão batizados, devem ser trazidos à Igreja

em dia marcado com pregação e orações comuns

acompanhados com seus Pais e Avós. Então, após o

Sermão, a criança sendo apresentada ao Ministro, ele

demandará a seguinte questão:

Vocês apresentam esta criança para ser batizada,

profundamente desejosos que ela possa ser enxertada no

corpo m“stico de Jesus Cristo?

Resposta : Sim, nós pedimos isso.

O Ministro Procede

Então consideremos, queridos e amados, como o Deus Todo-

Poderoso não apenas têm nos feito seus filhos por adoção e

nos recebido na membresia de Sua Igreja, mas também que

têm nos prometido que Ele seria o nosso Deus e o Deus de

nosso filhos por milhares de gerações. Estas coisas, têm sido

confirmadas pelo Seu povo no Antigo Testamento pelo

sacramento da circuncisão, então Ele também tem renovado o

mesmo conosco no Seu Novo Testamento pelo sacramento do

Batismo; fazendo-nos portanto testemunhar que nossos

infantes pertencem a Ele por aliança e assim não devem ser

desprovidos destes santos sinais e distintivos pelos quais as

Suas crianças são distinguidas das dos Infiéis e Pagãos.

Nem é requisito que todos os infantes que recebem

este Sacramento têm que usar de entendimento e fé; mas

principalmente que eles estão contidos de baixo do nome do

Povo de Deus; por isso a remissão dos pecados pelo sangue

de Cristo, os alcançam pela promessa de Deus. Tal coisa é muito evidente por São Paulo, o qual pronuncia que as

crianças concebidas e nascidas, qualquer um dos pais sendo

crente, seriam santos. Também o nosso Cristo Salvador

admitiu as crianças em Sua presença abraçando-as e

abençoando-as. Com testemunhos o Esp“rito Santo nos

assegura que os infantes são do número do povo de Deus e

que a remissão dos pecados também os alcança em Cristo.

Portanto, sem injúria, eles não podem ser impedidos do sinal

comum dos filhos de Deus. No entanto ainda este sinal

externo não é de necessidade tal que a falta do mesmo será prejudicial à salvação deles, se eles forem tomados pela

morte e assim não serem convenientemente apresentados a

Igreja. Mas nós (tendo respeito pela obediência a qual os

Cristãos devem ter pela voz e ordenança de Cristo Jesus, o

qual nos comanda a pregar e batizar a todos sem exceção)

julgamos indignos de qualquer companheirismo os que se

recusam e desprezam estes meios ordinários que pela Sua

sabedoria têm sido apontados para a instrução de nossas

entorpecidas consciências.

Prosseguindo, é evidente que o Batismo foi ordenado

para ser ministrado com um elemento, a água, para nos

instruir que, da mesma forma que esta limpa externamente a

imund“cie do corpo, então interiormente, dotada pela virtude

do sangue de Cristo, purga nossas almas daquela corrupção

e veneno mortal a qual por natureza nós somos infectados.

Cujos sedimentos venenosos, embora eles continuem em

nossa carne, eles pelos méritos da morte de Cristo não são

imputados sobre nós, pela causa que a justiça de Jesus

Cristo é feita nossa pelo Batismo. Não que nós pensemos que

alguma virtude ou poder esteja inclu“da na água ou na ação

externa,(porque muitos têm sido batizados e ainda nunca são

interiormente purgados5), mas que nosso Salvador Jesus, o

qual ordenou que o batismo fosse ministrado, iria pelo poder

do Seu Esp“rito Santo, efetivamente trabalhar nos corações

dos seus eleitos (na presente aliança) tudo o que o batismo

representa e significa. E isso a Escritura chama de nossa

regeneração, a qual permanece sobre dois pontos6, na

mortificação, ou seja, em resistir as cobiças rebeldes da

nossa carne e em novidade de vida, os quais continuamente

nos esforçamos em andar na pureza e perfeição o que foi

prefigurado no Batismo.

5. Como Judas, Simão Mago, Himeneu, Fileto, Alexandre.

6. Os frutos do batismo permanecem em dois pontos, mortificação

e regeneração.

E embora nós na jornada desta vida somos

incumbidos com muitos inimigos, o quais no caminho nos

atacam, ainda assim lutamos e não sem dar frutos. Porque

esta batalha cont“nua a qual lutamos contra o pecado, a

morte e o inferno, infalivelmente podemos argumentar, que

Deus o Pai, cuidadoso de Sua promessa feita para nós em

Cristo, não apenas nos dotará de forças e coragem para

resisti-los, mas também nos assegura o sobrepujar e a

obtenção da vitória.

Assim, ó queridos e amados, não é apenas por

necessidade que vocês foram uma vez batizados, mas porque

é muito edificador a sua apresentação para a ministração do

mesmo; precisamos ter em mente a união e aliança feita entre

Deus e nós, que ser“amos o seu povo e Ele seria o nosso

Deus, Ele nosso Pai e nós suas crianças; pode ser uma boa

ocasião para examinar a nossa vida no passado, provar a

nós mesmos se permanecemos firmes na fé que é dos Eleitos

de Deus, ou contrariamente estamos afastados Dele pela

incredulidade ou viver “mpio; portanto se a consciência nos

acusa, ainda que ouvindo as promessas amorosas de nosso

Pai Celestial (o qual chama todos os homens à misericórdia

pelo arrependimento) nós podemos do presente momento

andar mais de maneira digna de nossa vocação.

Logo, ainda mais; os pais e mães podem tirar disto o

mais singular conforto, vendo as suas crianças sendo

recebidas no seio da Congregação Cristã, onde eles serão

diariamente admoestados trazendo assim a estas crianças

de Deus favor e misericórdia, sobre as quais a Sua paterna

providência cuidará continuamente. Este fato, é motivo de

grande gozo para vocês, (sabendo que nada pode acontecer a

elas sem o bom propósito de Deus), isso deve fazê-los

diligentes e cuidadosos em nortear e instru“-las no verdadeiro

conhecimento e no temor de Deus. Se vocês forem

negligentes, vocês não apenas injuriam a seus próprios filhos,

ocultando deles a boa vontade e agrado do Deus Todo

Poderoso Seu Pai, mas também colhem danação para vocês

mesmos, fazendo sofrer suas crianças, compradas com o

precioso sangue de Seu amado Filho, tão traiçoeiramente (por

falta de entendimento) tornarem as costas para Ele7. Portanto

é o seu dever, com toda diligência, prover que as suas

crianças, no tempo devido, sejam instru“das em toda doutrina

necessária para o verdadeiro Cristão, principalmente que a

eles deve ser dito e ensinado a descansarem na justiça de

Cristo Jesus apenas e a aborrecer e fugir de toda superstição,

papalolatria e idolatria.

7.Que perigo cerca aqueles pais, que são negligentes em trazer

suas crianças pelas diretrizes de Deus.

Finalmente a este intento nós podemos estar certos que você o pai esta seguro do consentimento para perfazer este ato, declarando aqui perante Deus e na face de toda essa

congregação, a mesma fé a qual você crê e irá instruir esta

criança.

Então o pai, ou em sua ausência o avô, deverá recitar os

artigos de sua fé; o qual feito, o ministro exortará o povo a

se prostrarem em oração ou de forma parecida.

Todo Poderoso e Eterno Deus, de qual infinita misericórdia e

bondade são prometidas sobre nós que não és apenas nosso

Deus, mas também o Deus e Pai de nossos filhos, nós

pedimos a Ti, que assim como Tu nos vocacionaste para nos

chamar a ser participantes da Tua grande misericórdia na

sociedade da fé. Então nós te pedimos por favor para

santificar com o Teu Esp“rito e receber este infante no número

de tuas crianças, a qual estamos batizando de acordo com a

Tua Palavra, com o fim de que ela chegando a idade da

razão , possa confessar a Ti como único Deus verdadeiro que

mandou Jesus Cristo e servi-lo, ser proveitosa na Tua Igreja durante todo o curso de sua vida; que depois da sua vida se

findar ela possa ser trazida ao número dos membros vivos do

Teu corpo na plenitude do Teu gozo nos céus, onde o Teu

Filho nosso Cristo reina num mundo eterno pelo qual nome

nós oramos como Ele nos ensinou:

Pai nosso, etc.

Quando eles tiverem orado desta forma, o ministro irá requerer o nome da criança, o qual conhecido, irá dizer:

N., Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Esp“rito Santo.

E quando ele proferir estas palavras, tomando a água na

mão e pondo sobre a fronte da criança, feito isso dará graças

como se segue: Assim, mais santo e misericordioso Pai, como Tu nos dotas

não apenas com os teus abençoados e formosos benef“cios

comuns que derramas sobre toda a humanidade, mas

também dispensas sobre nós abundantemente as mais raras

e maravilhosas dádivas; portanto devemos erguer nossos

olhos e mentes à Ti e darmos-Te as mais humildes graças por

Tua infinita bondade, à qual não apenas nomeou-nos entre os

Teus Santos, mas Tua livre misericórdia chamou as nossas

crianças para Ti, fazendo-as com o Teu sacramento como um

singular s“mbolo e distintivo do Teu amor. Onde, mais

amoroso Pai, nós não sendo merecedores de tão grande

beneficio (sim, porque se Tu nos tomasse de acordo com

nossos méritos, ir“amos à punição da eterna morte e

danação), ainda sim nós pelo nome de Cristo te pedimos isso,

que Tu confirmes este Teu favor mais e mais entre nós e tome

esse infante em tua instrução e defesa, o qual nós oferecemos

e apresentamos a Ti com súplica comum e jamais o permita

que ele caia em tamanha descortesia, que ele venha a perder o vigor deste batismo, mas que ele possa perceber

continuamente que Tu é o seu Pai misericordioso, que através

do Teu Esp“rito Santo trabalhando no seu coração, por cujo

divino poder ele possa prevalecer contra Satanás e que ao

final obtendo a vitória ele possa ser exaltado na liberdade no

Teu reino.

Da Forma da Ceia Do Senhor

No dia em que a Ceia do Senhor será ministrada, o qual

comumente é uma vez a cada mês, ou tantas oportunidades

o quanto a Congregação pense propicia, o ministro

discorrerá como se segue:

Vamos ressaltar, queridos irmãos, e considerar como Jesus

Cristo ordenou para nós Sua Santa Ceia, de acordo como

S.Paulo fez menção no cap“tulo 11 de Primeira Ep“stola aos

Cor“ntios :

惇Porque eu敦, diz ele, 惇recebi do Senhor o que também vos

ensinei, (para testemunho), que o Senhor Jesus, na noite

em que foi tra“do, tomou o pão; E, tendo dado graças, o

partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

Semelhantemente também, depois de cear, tomou o

cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu

sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em

memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes

este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do

Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este

pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se,

pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e

beba deste cálice. Porque o que come e bebe

indignamente, come e bebe para sua própria condenação,

não discernindo o corpo do Senhor.敦

Feito isso o ministro procede à exortação.

Car“ssimos amados no Senhor, tendo nós agora nos reunido

para celebrar a santa Comunhão do corpo e do sangue do

nosso Salvador Cristo, consideremos estas palavras de S. Paulo, como ele exorta todas as pessoas a diligentemente a focar e examinar a elas mesmas antes de eles presumirem

comer daquele pão e beber daquele cálice. Pois assim como o

beneficio é grande se com um coração verdadeiramente

penitente e uma fé viva nós recebermos este santo

sacramento,(porque nós estamos espiritualmente comendo a

carne de Cristo e bebendo do seu sangue, então nós estamos

em Cristo e Cristo em nós, nós sendo um com Cristo e Cristo

conosco), desta forma é de grande perigo se nós recebermos

este sacramento indignamente, porque seremos réus do corpo

e do sangue de Cristo nosso Salvador, nós comemos e

bebemos para nossa própria condenação não considerando o

corpo do Senhor; tendo assim a ira de Deus contra nós e

provando-O a nos punir com diversos tipos de enfermidades e

súbitas espécies de morte.

Portanto se qualquer um de vocês for um blasfemo de

Deus, um opositor ou empecilho à Sua Palavra, um adúltero,

ou estiver em malicia ou inveja, ou em quaisquer outros

graves crimes, mergulhado em seus pecados, não venha a

esta santa Mesa, a menos que após tomar este santo

sacramento, o Diabo entrará em você assim como entrou em

Judas e enchendo-o com a plenitude de todas as iniqüidades,

trazendo-o destruição tanto do corpo como da alma.

Julguem, pois por vocês mesmos, irmãos, para que

não sejamos julgados pelo Senhor, se arrependam

verdadeiramente de seus pecados passados e tenham uma

viva e firme fé em Cristo nosso Salvador, procurando apenas

salvação nos méritos de sua morte e paixão, rechaçando e

esquecendo assim toda mal“cia e debate, com o pleno

propósito de vier fraternalmente em benevolência e pio falar

todos os dias das suas vidas.

E ainda que nós sintamos em nós mesmos muita

debilidade e miséria, e que nós não temos nossa fé tão

proveitosa e constante como dever“amos, sendo muitas vezes

prontos a desacreditar da bondade de Deus devido a nossa

natureza corrupta, também que nós não estamos tão dados

ao servir a Deus nem temos tão fervente zelo pela honra de

Sua glória como nosso dever o requer, sentindo ainda tal

rebelião em nós mesmos que necessitamos diariamente lutar

contra as cobiças da nossa carne; ainda, contudo,

observando que o nosso Senhor tem tratado-nos

misericordiosamente que Ele têm imprimido Seu Evangelho

em nossos corações, sendo assim preservados de cair em

desespero e incredulidade; e vendo também o quanto tem nos

favorecido com Sua vontade e o desejo de renunciar e resistir

as nossas próprias afeições, com o anseio ardente pela Sua

justiça e o guardar Seus mandamentos, nós podemos estar

bem assegurados que estas faltas e multiformes imperfeições

em nós não serão impedimento contra nós que cause Nele não

nos aceitar, e nos imputar como dignos a vir a Sua Mesa

espiritual. O fim de viermos desta forma não é para causar

protesto que nós somos elevados e justos em nossas vidas,

mas contrariamente, que possamos vir para buscar vida e

perfeição em Jesus Cristo, reconhecendo no tempo devido,

que nós, de nós mesmos somos filhos da ira e danação.

Vamos então considerar pois que este Sacramento é singular remédio para todas as pobres e doentes criaturas,

um ajuda reconfortante a nossas fracas almas e que o nosso

Senhor requer nenhum outro mérito de nossa parte, mas que

nós infalivelmente reconheçamos nossa imperfeição e o fato

de não sermos nada. Então afim de que possamos ser dignos

participantes de Seus méritos e mais confortáveis benef“cios

(os quais são o verdadeiro comer da Sua carne e beber do

Seu sangue) não deixemo-nos sofrer em nossas mentes,

vagando a respeito da consideração destas coisas terrenas e

corrupt“veis( que vemos presentemente com nossos olhos e

sentimos com nossas mãos) procurando Cristo corporalmente

presente nelas, como se Ele estivesse inclu“do no pão e no

vinho, ou ainda se estes elementos mudaram ou se tornaram

na substância de Sua carne e sangue8. Porque a único

caminho para dispuser nossas almas para receber refrigério

e avivamento de sua substância é elevar nossas mentes pela

Fé sobre todas as coisas terrenas e sens“veis, e assim

entrando no céu que nós poderemos encontrar e receber a

Cristo9, onde Ele qual é indubitavelmente verdadeiro Deus e

verdadeiro Homem, na incompreens“vel glória de Seu Pai, a

quem seja todo louvor, honra e glória agora e sempre. Amém

A Exortação terminada, o Ministro descendo do púlpito, e

sentando na mesa, cada homem e mulher da mesma forma

tomarão seus lugares como a ocasião melhor servir, então

ele tomando o pão e dando graças, como as seguintes

palavras ou de semelhante forma:

Ò Pai de Misericórdia e Deus de toda a consolação, vede que

todas as criaturas reconhecem e confessam a Ti como

Governador e Senhor, isto é adequado a nós, manufatura de

Tuas próprias mãos, a todo tempo reverenciar e magnificar

Tua Majestade Divina, primeiro, por ter criado-nos a Tua

própria imagem e semelhança; mas principalmente por Tu

terno-nos libertado da morte e danação eternas, da

escravidão, em quais Satanás empurrou a humanidade por

meio do pecado, onde nem anjo nem homem seria capacitado

a nós resgatar, mas Tu, Ò Senhor, rico em misericórdia e

infinito em bondade, têm provido a redenção permanecer em

Teu único e amado Filho, O qual foi dado verdadeiramente

para ser feito homem, como nós(exceto em pecado), para que

em Seu corpo Ele pudesse receber as punições de nossas

transgressões, pela Sua morte trazer satisfação a Tua justiça

e pela Sua ressurreição destruir aquele que é o autor do

morte; e assim trazer vida outra vez ao mundo, para o qual

toda a posteridade de Adão foi mui justamente exilada.

___________________________________________________________

8. Transubstanciação, transmutação e transformação, como os

Papistas a usam são doutrinas de demônios.

9. O verdadeiro comer a Cristo no sacramento.

Ò Senhor, nós reconhecemos que nenhuma criatura é habilitada a compreender o comprimento e largura, a profundidade e altura do Teu amor excelente, o qual movido a

mostrar misericórdia onde nada era merecido; prometer e dar

vida onde a morte tinha conseguido vitória; receber-nos na

Tua graça quando não poder“amos fazer nada a não ser

rebelar-nos contra a Tua justiça. Ò Senhor, os lerdos e cegos

olhares de nossa natureza corrupta não irão suficientemente

ver a trilha dos Teus mais amplos benef“cios; ainda , no

entanto, ao mandamento de Jesus Cristo nosso Senhor, nós

apresentamo-nos a esta que é a Sua mesa (a qual Ele deixou

para ser usada em memória de Sua morte até Ele volte) para

declarar e testemunhar perante o mundo que por Ele apenas

temos recebido libertação e vida; que por Ele apenas Tu nos

faz compreender que somos filhos e herdeiros Teus; que por

Ele apenas nós temos acesso ao Teu trono da graça e que só por meio Dele temos em nosso reino espiritual o comer e o

beber em Sua mesa; com quem nossa conversação

presentemente no céu; e por meio do qual nossos corpos se

levantaram do pó e serão colocados com Ele naquele gozo

sem fim, o qual, o Pai de misericórdia, tem preparado para os

Seus eleitos antes que viesse a fundação do mundo. E estes

mui inestimáveis benef“cios, nós reconhecemos e

confessamos ter recebido pela Tua livre graça e misericórdia,

pelo Teu único e amado Filho Jesus Cristo, pelo qual portanto,

nós a Tua congregação, é movida pelo Teu Esp“rito Santo a

render todas as graças, louvores e glorias para sempre e

sempre.

Isto feito, o ministro partindo o pão o entregará ao povo, o

qual distribuirá e dividirá o mesmo entre eles mesmos de

acordo com que o nosso Salvador Cristo ordenou e da

mesma forma dará o cálice. Durante o qual tempo alguma

parte das Escrituras é lida, aquelas que falam vivamente da

morte de Cristo, para o intento que nosso olhos e sentidos

possam não estar ocupados com este s“mbolos externos, o

pão e o vinho, os quais são invocados pela palavra vis“vel;

mas que nossos corações e mentes também possam estar

completamente fixados na contemplação da morte do

Senhor, a qual este santo Sacramento representa. E depois

ato estar completo, o ministro agradecerá dizendo:

Mais Misericordioso Pai, nós rendemos à Ti todo o louvor,

graças e gloria porque Tu tem nos vocacionado e derramado

sobre nós miseráveis pecadores tão excelente dádiva e

tesouro, assim como recebeste-nos na fraternidade e companhia de Teu querido Filho Jesus Cristo nosso Senhor;

pelo qual Tu enviastes para morrer por nós, e o deste à nós

como comida necessária para a vida eterna.

E agora nós Te pedimos, Ò Pai celestial, concede-nos o

que foi requerido, que Tu nunca permita-nos experimentar nos

tornarmos tão indiferentes ao ponto de esquecer tão dignos

benef“cios, mas ao contrario imprima e ate eles seguramente

em nossos corações, para que cresçamos e aumentemos

diariamente mais e mais na verdadeira fé, a qual

continuamente é exercitada em todas as formas de boas

obras e também muito, Ò Senhor, nos confirme neste dias

perigosos e violentos de Satanás, que possamos estar

constantemente firmados confessando o mesmo para o

avanço da Tua glória, pela qual o Deus sobre todas as coisas

seja bendito para sempre. Que assim seja.

Terminado este ação, o povo cantará o Salmo 103, 惇Bendize

ó minha alma敦, ou outra ação de graças, a qual terminada,

uma das bênçãos já dantes mencionadas será recitada,

então levantando-se da mesa, será despedida a

Congregação.

9. Da forma do Matrim ônio, da visitação aos enfermos e a forma do sepultamento.

Da Forma do Matrimônio

Depois de os cartazes ou o contrato terem sido publicados

por vários dias na Congregação, (com o intento que se

alguma pessoa tem interesse ou t“tulo para qualquer dos

partidos, eles possam tem suficiente tempo para fazer sua

queixa), os partidos deverão ser reunidos no começo do

sermão e o ministro no tempo conveniente dirá o que se

segue:

A Exortação

Queridos e amados irmãos, nós estamos reunidos aqui juntos

na presença de Deus e da Congregação, para fundir e unir

estes partidos no honorável instituto do Matrimônio, o qual foi

institu“do e autorizado por Deus, Ele mesmo no Para“so,

quando o homem estava ainda em estado de inocência.

Porque ao tempo em que Deus fez o céu e a terra e tudo o que

neles há , quando criou o homem a Sua própria imagem e

semelhança, sobre o qual deu autoridade para reger sobre

todas as bestas da terra, os peixes do mar, as aves do céu;

Ele disse, Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma

ajudadora idônea para ele. E Deus trouxe sobre um sono

profundo sobre ele e tomou uma de suas costelas e formou à Eva; fazendo-nos então compreender que homem e esposa

são um só corpo, uma só carne e um só sangue. Significando

também a nós a união m“stica entre Cristo e Sua Igreja; pela

qual causa o homem deixará a seu pai e sua mãe e tomará a

sua esposa, para tomar e manter a companhia dela; a qual

ele também deve amar, até como nosso Salvador amou a Sua

Igreja, ou seja, Sua fiel e eleita congregação, pela qual Ele

deu Sua vida.

E semelhantemente também, é o dever das esposas

agradar e obedecer seus maridos servindo-os em todas as

coisas que forem santas e honestas; porque ela está em

submissão e sobre o governo de seu marido até que ambos

forem vivos. E este santo casamento, sendo uma coisa muito

honrada, que o próprio marido não têm direito o poder sobre

seu próprio corpo, mas a esposa e da mesma forma a esposa

não têm o poder sobre o próprio corpo dela, mas o marido;

portanto como Deus os têm de tal forma fundido nesta

sociedade mutua para a procriação de Seus filhos, para que

possam traze-los ao temor do Senhor e assim aumentar o Reino de Cristo.

Portanto, quando vocês que foram unidos por Deus,

não podem ser divididos ou privados um do outro, a menos

que seja por algum tempo, com o consentimento mutuo, com o

fim de vos aplicardes mais fervorosamente ao jejum e à oração; dando diligente fim, no devido tempo, para que não

estando muito tempo apartados sejam pegos na armadilha

perigosa de Satanás pela incontinência. E para evitar a

fornicação, cada homem é devido ter sua própria esposa e

cada mulher seu próprio marido, então todos que não podem

viver uma vida casta, são comandados pelo mandamento de

Deus a casar, para que o templo santo de Deus, o qual são

seus corpos, possam ser mantidos puros e sem mácula.

Porque agora que nossos corpos tornaram-se os mesmos de

Jesus Cristo, quão horr“vel e detestável coisa é faze-los

membros de uma meretriz! Todos devem manter seus vasos em toda pureza e santidade; porque que polui e macula o

templo de Deus, Deus o irá destruir.

Aqui o ministro fala para os partidos que irmão casar,

deste modo:

Eu requeiro e cobro de vocês como vocês irão responder no

dia do julgamento, quando os segredos de todos os corações

serão revelados, se algum de vocês sabe de qualquer

impedimento pelo qual não possam licitamente serem unidos

em Matrimonio, que confessem agora, para que possamos estar seguros, pois tantos tem se casado de outra forma que

não a Palavra de Deus permite, não são unidos por Deus,

nem seu matrimônio é l“cito.

Se nenhum impedimento for conhecido, então o ministro

dirá:

Eu tomo vocês que estão aqui presentes para testemunhar,

pedindo de vocês todos que têm boa memória, que se alguém

sabe que este partidos estão vinculados a alguém ou de

algum outro impedimento leg“timo, que vocês façam

declaração agora.

Se nenhum caso for alegado, o ministro procederá dizendo:

Prosseguindo como nenhum homem se pronunciou contra,

você, N., promete perante Deus e esta santa congregação, que

você afirmando e tomando N, aqui presente, por sua legitima

esposa e casa prometendo guarda-la, amá-la e respeita-la em

todas as coisas de acordo o dever de um fiel marido, abandonando todas as outras mulheres durante a vida dela;

e resumidamente , viver em santa conversação com ela,

mantendo a fé em todos os pontos de acordo com a Palavra

de Deus e o Seu Santo Evangelho assim o comanda?

A Resposta:

Mesmo assim, eu a tomo perante Deus e na presença de esta

Sua Congregação.

O ministro também dirá a esposa:

Você, N., promete perante Deus e esta santa congregação,

que você afirmando e tomando N, aqui presente, por seu

legitimo marido, prometendo-lhe submissão e obediência,

abandonando todos os outros homens durante a vida dele, e

finalmente viver em santa conversação com ele, mantendo a

fé em todos os pontos de acordo com o que a Palavra de Deus

prescreve?

A Resposta

Mesmo assim, eu o tomo ela perante Deus e na presença de

esta Sua Congregação.

Então o ministro dirá: Dando diligente cuidado para as palavras do Evangelho,

para que nós possamos entender como nosso Senhor quer

que este santo contrato seja mantido e observado; e como seguramente e firmemente dever ser este ajuntamento, o qual de nenhum modo possa ser perdido, de acordo com o que

somos instru“dos no cap“tulo 19 do Evangelho de S.

Mateus[vs. 3-6]:

惇Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e

dizendo-lhe: É l“cito ao homem repudiar sua mulher por

qualquer motivo? Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não

tendes lido que aquele que os fez no princ“pio macho e fêmea

os fez, E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se

unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não

são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus

ajuntou não o separe o homem.敦 Se nós cremos seguramente nestas palavras as quais

nosso Senhor e Salvador falou( de acordo como temos ouvido

agora nós próprios de Seu santo Evangelho), então vocês

podem estar certos que Deus irá sempre unir-los neste santo

estado do matrimônio. Portanto apliquem-se a viverem juntos

pura e santamente, em amor divino, em paz cristã e bom

exemplo; sempre mantendo firmes a cinta da caridade sem

nenhuma infração, mantendo a fé e a verdade um para com o

outro, assim como a Palavra de Deus aponta.

Então os recomendará a Deus desta ou de semelhante

forma:

Que o Senhor vós abençoe e santifique; que as riquezas das

Suas graças estejam sobre vocês, que vocês possam agrada-

lo e viverem juntos em santo amor até que a vida finde. Que

assim seja

Então é cantado o Salmo 128, 惇Bem aventurado aquele que

teme ao Senhor敦, ou algum outro pertinente ao mesmo

propósito.

Da visitação aos enfermos.

Porque a visitação aos enfermos é uma coisa

muito necessária, e ainda no entanto, é dif“cil

prescrever todas as regras concernentes a ela, nós

referimos isto para a discrição do prudente

ministro de Deus; o qual de acordo com o que vê no paciente afetado, tanto possa ergue-lo com as

doces promessas de Deus através de Jesus Cristo

se o ministro o perceber amedrontado com os julgamentos de Deus; ou contrariamente, se ele

não estiver tocado com a sensação de seus

pecados, possa então golpeá-lo com a justiça de

Deus. Sempre tendo uma posição hábil,

dispensando o remédio de acordo com o que a

enfermidade requerer e se ele perceber que o

enfermo quer alguma coisa necessária, ele não

apenas suavizará de acordo com sua capacidade,

mas também proverá por outros que ela seja

satisfeita suficientemente. Além disso, o partido

visitado, pode, a todo tempo, para o seu conforto,

ser mandado ao ministro; o qual não apenas fará orações por ele ali presente, mas também, se isto

o requer recomendará ele nas orações públicas

para a Congregação.

Do Sepultamento

Os corpos devem reverentemente ser trazidos ao

sepulcro, acompanhado coma Congregação, sem

nenhuma outra cerimônia; o qual sepultado, o

ministro irá para a igreja, se não for muito

distante e fará alguma exortação consoladora para

o povo, no tocante a morte e a ressurreição.

10. Da ordem da Disciplina Eclesiástica.

Como nenhuma cidade, vila, casa, ou a fam“lia

pode manter o seu estado e prosperar sem

direcionamento e governo, então para a igreja de

Deus, que exige cada vez mais ser puramente

regida do que qualquer outra cidade ou fam“lia, o

que não pode ocorrer nem continuar, nem

aumentar , e nem prosperar sem um direcionamento espiritual e uma disciplina

eclesiástica

E como a palavra de Deus é a vida e a alma desta

igreja, assim para este fim piedoso é a disciplina

como se fosse nervos no corpo, que une e junta os membros com fim digno e gracioso. Trata-se de

um freio para os “mpios de sua estadia em meio

aos erros. É um incentivo para avançar para

aqueles que são lentos e negligentes e sim para

todos os homens é o cajado do Pai está sempre

pronto e dispon“vel para castigar suavemente a

faltas cometidas, como o fim de lhes causar depois um viver mais piedoso, assim como temor

e reverência. Por último, é uma ordem deixada por

Deus para sua igreja, em que os homens aprendem a regular suas vontades, e afazeres, de acordo com a lei de Deus, instruindo e admoestando um ao outro, sim, e para corrigir e punir todos os obstinados rebeldes, e contendedores do mesmo.

Existem três causas principais que movem a

Igreja de Deus para a execução da disciplina. Em

primeiro lugar, que os homens de conversação má não possam ser enumerados entre os filhos de

Deus para que seu Pai os repreenda, como se a

igreja de Deus fosse um santuário para pessoas

desobedientes e vis . O segundo aspecto é que os

sadios não sejam infectados com o mal; coisa que

Paulo já previa quando ele ordenou aos Corintios

a banir, dentre eles o adúltero incestuoso,

dizendo: Um pouco de fermento faz levedar todo a

massa. O terceiro motivo é que um homem,

assim, corrigido, ou excomungado, poderá ter

vergonha de sua culpa, e, portanto, através de

arrependimento chegar a emendar-se, a coisa que

o apóstolo chama de 惇entregar a Satanás敦, para

que a sua alma possa ser guardada no dia do Senhor, o que significa que ele pode ser punido

com a excomunhão, com a intenção de que sua

alma não deva perecer para sempre.

Em primeiro lugar, portanto, é de notar, que esta

censura, correção ou disciplina, seja privada ou

pública: privada, como se um homem cometesse

quer de boas maneiras ou doutrina algo contra ti, vai e o adverte fraternalmente entre ti e ele. Se por ventura ele teimosamente resiste sua

admoestação caridosa, ou então pela continuidade

na sua culpa declara que ele não se arrepende,

em seguida, depois que ele foi advertido pela

segunda vez, na presença de duas ou três

testemunhas, e continua obstinadamente no seu erro, ele deveria, como nosso Salvador Cristo

ordena, ser exposto e dito à Igreja, de modo que

de acordo com a disciplina pública, para que não

tenha escolha além de ser recebido através de

arrependimento, ou então ser punido como a

culpa dele assim o requer.

E aqui, no tocante a disciplina privada, três coisas

são para ser notadas: em primeiro lugar, que o

nossas admoestações procedam de um devoto zelo

e uma boa consciência, mais tentando ganhar

nosso irmão do que punindo-o; que também lhe

seja assegurado que a sua culpa é reprovada pela

Palavra de Deus e, finalmente, que usemos de humildade e sabedoria, que, se tivermos alguma

dúvida sobre o assunto que o estamos

admoestando, ainda assim com exortações

piedosas que ele pode ser levado ao conhecimento de sua culpa, ou se a culpa pertence a muitos, ou

é conhecido de diversas pessoas, que a nossa

exortação possa ser feita na presença deles.

Resumidamente, se ela diz respeito a toda a Igreja, de tal sorte que os mesmos possam levar

outros ao mesmo perigo, então que seja levada

aos ministros e anciãos, a quem o direcionamento

da Igreja dizem respeito.

Também na disciplina pública, é de observar que

este ministério não deve omitir nada, a qualquer

momento com um ou outro tipo de punição. Se

eles percebem alguma coisa na congregação, quer

no mal exemplo, caluniador [escândalo] de boas

maneiras, conveniente ou não a sua profissão,

havendo qualquer pessoa cobiçosa , qualquer

adúltero, ou fornicador, perjuro, ladrão,

subornador, portador de falso testemunho,

blasfemo, bêbado, caluniador, agiota, qualquer

pessoa desobediente, sediciosa, ou dissoluta; qualquer heresia ou seita, tais como o papismo ou anabatismo: resumidamente, qualquer coisa que

possa assaltar a nossa congregação cristã, sim,

qualquer coisa que não seja para edificação não

deva escapar da admoestação ou punição.

E porque isso acontece às vezes na igreja de

Cristo, que, quando outros remédios analisados

não resultam em nada, eles devem proceder à vara de correção apostólica, ou seja, a

excomunhão (que é o maior e o último castigo que

pertence ao ministério espiritual); e é ordenado

que não seja tentada sem a determinação de toda

a Igreja: onde também se deve ter cuidado e

prestar bem atenção, que não se pareça mais

disposto a expulsar da congregação do que

receber novamente aqueles em que se perceba frutos dignos de arrependimento ; nem ainda se

deve retirar o ouvir dos sermões, que embora

esteja exclu“do dos sacramentos, e outros direitos

da Igreja, que ele possa ter liberdade e

oportunidade para arrepender-se. Por último, que

todas as punições, correções, censuras e

admoestações, não podem ir além do que a

Palavra de Deus dispõem, nem, o que com

misericórdia se possa legitimamente suportar.

The Works of John Knox, edited by David Laing (Edinburgh:James Thin, 1895), vol. 4, pp. 141-214. The Form of Prayers and Ministration of the Sacraments, etc., Used in the English Congregation at Geneva, in Knox's Works, Vol. iv, pp. 143-48