trabalho sobre vidros

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARRIGA VERDE - UNIBAVE ENGENHARIA CIVIL VANUSA MENEGASSO BAGIO ULIMA MARCON VIEIRA VIDROS TEMPERADOS E ESPELHOS

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trabalho sobre o espelho e vidros temperados

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Page 1: Trabalho sobre Vidros

CENTRO UNIVERSITÁRIO BARRIGA VERDE - UNIBAVE

ENGENHARIA CIVIL

VANUSA MENEGASSO BAGIO

ULIMA MARCON VIEIRA

VIDROS TEMPERADOS E ESPELHOS

ORLEANS

2015

Page 2: Trabalho sobre Vidros

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VANUSA MENEGASSO BAGIO

ULIMA MARCON VIEIRA

VIDROS TEMPERADOS E ESPELHOS

Trabalho apresentado à disciplina de

Tecnicas de Construção Civil II da 8ª fase

do Curso de Engenharia Civil do Centro

Universitáro Barriga Verde – UNIBAVE.

Professor: Leonardo Bristot Inácio.

ORLEANS

2015

Page 3: Trabalho sobre Vidros

2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................3

1 VIDROS TEMPERADOS..........................................................................................4

1.1 A ORIGEM DO VIDRO..........................................................................................4

1.2 O VIDRO NO BRASIL............................................................................................6

1.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS E PROPRIEDADES DO VIDRO...........................7

1.4 PROCESSO DE FABRICAÇÃO............................................................................8

1.5 USO E APLICAÇÕES............................................................................................9

1.6 BENEFÍCIOS.........................................................................................................9

1.7 ACABAMENTOS...................................................................................................9

1.8 VANTAGENS.........................................................................................................9

1.9 DESVANTAGENS...............................................................................................10

2 ESPELHO...............................................................................................................11

2.1 ORIGEM DO ESPELHO......................................................................................11

2.2 MÉTODOS DE FABRICAÇÃO............................................................................12

2.3 USO E APLICAÇÕES..........................................................................................15

2.4 CARACTERISICAS.............................................................................................15

2.5 BENEFICIOS.......................................................................................................16

2.6 EXEMPLOS.........................................................................................................16

CONCLUSÃO............................................................................................................18

REFERENCIAS.........................................................................................................19

ANEXOS....................................................................................................................21

ANEXO A - IMAGENS DE VIDROS TEMPERADOS................................................22

ANEXO B - IMAGENS DE ESPELHOS.....................................................................23

Page 4: Trabalho sobre Vidros

3

INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre vidros temperados e espelho.

Tem como objetivo mostra o método de fabricação, uso, benefícios e

exemplos dos mesmos, além de contribuir para nosso conhecimento.

Esse está organizado em duas partes. Na primeira parte fala sobre vidro

temperado, como ele é um vidro de segurança, com uma ótima resistência é

indicado para vários locais, na segunda parte fala sobre o espelho, um vidro muito

utilizado para embelezar e dar amplitude aos ambientes.

A metodologia utilizada foi a pesquisa na internet.

Page 5: Trabalho sobre Vidros

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1 VIDROS TEMPERADOS

1.1 A ORIGEM DO VIDRO.

Os povos que disputam a primazia da invenção do vidro são os fenícios e os

egípcios. Os fenícios contam que, ao voltarem à pátria, do Egito, pararam em Sidom.

Chegados às margens do rio Belus, pousaram os sacos que traziam às costas, que

estavam cheios de trona. A trona é carbonato de sódio natural, que eles usavam

para tingir lã. Acenderam o fogo com lenha, e empregaram os pedaços mais grossos

de trona para neles apoiar os vasos onde deveriam cozer os animais caçados.

Depois comeram e deitaram-se; adormeceram e deixaram o fogo aceso. Quando

despertaram, ao amanhecer, em lugar das pedras de trona encontraram blocos

brilhantes e transparentes, que pareciam enormes pedras preciosas. (BARROS,

2010)

Os fenícios caíram de joelhos, acreditando que, durante a noite, algum gênio

desconhecido realizara aquele milagre, mas o sábio Zelu, chefe da caravana,

percebeu que, sob os blocos de trona também a areia desaparecera. Os fogos foram

então re-acesos e, durante a tarde, uma esteira de líquido rubro e fumegante

escorreu das cinzas. Antes que a areia incandescente se solidificasse, Zelu tocou,

com uma faca, aquele liquido e lhe conferiu uma forma que embora aleatória era

maravilhosa, arrancando gritos de espanto dos mercadores fenícios. O vidro estava

descoberto. (BARROS, 2010)

Esta é a versão, um tanto lendária, que nos transmitiram as narrativas de

Plínio, um historiador latino que viveu de 23 a 79 d.C.. Mas, notícias mais

verossímeis sobre o conhecimento do vidro remontem ao ano 4000 a.C., após

descobertas feitas em túmulos daquela época. (BARROS, 2010)

Segundo Verçoza, embora o uso do vidro só tenha sido incrementado a partir

da Idade Média, já o homem das cavernas o empregou. Não era vidro artificial, mas

uma forma natural de vidro, as obsidianas, usadas em pontes de lanças, flechas,

tecas. No entanto, as formas artificiais mais antigas que se conhece são uma esfera

pequena do ano 12.000 A.C, e um amuleto verde da idade de 7.000 A.C, ambos

egípcios chegaram a confecção de pequenos vasos de vidros primitivos. (BARROS,

Page 6: Trabalho sobre Vidros

5

2010)

De teto, a primeira industrialização de vidro surgiu nessa época, na

Mesopotâmia, Síria, Palestina e entre os chineses, Esses vidros, entretanto, eram

moldados sobre areia e ficavam foscos. Conta a lenda que esses vidros foram

descobertos nos fogos de acampamentos árabes, ao acenderem fogo sobre

carbonatos de cálcio misturados com areia, usando como combustível algas

marinhas. Cal, areia e soda (das algas) são realmente os componentes básicos do

vidro, mas dificilmente um fogo aberto conseguiria alcançar os 1450 graus

centígrados necessários à fabricação. (BARROS, 2010)

O vidro transparente teve como precursores os árabes. Com as Cruzadas, o

vidro foi introduzido na Europa, Veneza foi o primeiro empório, visto que era o centro

das atenções bélicas. Ali foi desenvolvida a alta técnica garantindo assim o

monopólio. No entanto, em 1612 foi publicado um livro “Laerte Vetraria”, que difundiu

estas técnicas inclusive o consumo por todo o mundo. (BARROS, 2010)

A evolução da indústria do vidro é marcada por fatos que, embora analisados

sob os conhecimentos de hoje pareçam simples, são na verdade repletos de

criatividade e inventividade. Até 1500 a.C., o vidro tinha pouca utilidade prática e era

empregado principalmente como adorno. A partir desta época no Egito inidou-se a

produção de recipientes da seguinte maneira: a partir do vidro fundido faziam-se

filetes que eram enrolados em forma de espiral em moldes de argila. Quando o vidro

se esfriava tirava-se a argila do interior e se obtinha um frasco, que pela dificuldade

de obtenção era somente acessível aos muito ricos. (BARROS, 2010)

Por volte de 300 a.C., uma grande descoberta revolucionou o vidro: o sopro,

que consiste em colher uma pequena porção do material em fusão com a ponta de

um tubo (o vidro fundido é viscoso como o mel) e soprar pela outra extremidade, de

maneira a se produzir uma bolha no interior da massa que passará a ser a parte

interna do embalagem. Partir daí ficou mais fácil à obtenção de frascos e recipientes

em geral. E para termos noção da importância desta descoberta, basta dizer que

ainda hoje, mais de 2000 anos depois, se utiliza o princípio do sopro para moldar

embalagens mesmo nos mais modernos equipamentos. (BARROS, 2010)

Também a partir de gotas, colhidas na ponta de tubos e sopradas, passou-se

a produzir vidro plano. Depois que a bolha estava grande se cortava o fundo

deixando a parte que estava presa no tubo e com a rotação deste se produzia um

disco de vidro plano, que era utilizado para fazer vidraças e vitrais. Durante a idade

Page 7: Trabalho sobre Vidros

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média, os vitrais eram muito utilizados nas catedrais para contar as histórias, pois,

naquela época pouca gente sabia ler. Por volta do ano de 1200 da nossa era, os

vidreiros foram confinados na ilha de Murano ao lado de Veneza na Itália, para que

não se espalhassem os conhecimentos vidreiros que eram passados de pai para

filho. Lá uma nova descoberta: a produção de um vidro muito claro e transparente

que foi denominado de cristallo, por ter a transparência de um cristal. (BARROS,

2010)

Ainda hoje se chamam cristais, os vidros mais finos de mesa. A partir deste

vidro claro e límpido puderam ser criadas lentes e com elas serem inventados os

binóculos (1590) e os telescópios (1611), com os quais se podem começar a

desvendar os segredos do universo. Também nesta época, graças à produção dos

recipientes especiais e termômetros de laboratório, houve um grande

desenvolvimento da Química. (BARROS, 2010)

Muitas outras aplicações surgiram para o vidro: as fibras que tanto servem

para isolamento térmico e acústico, como para reforço de outros materiais. As fibras

óticas que substituem com enormes vantagens os tradicionais cabos de cobre e

alumínio utilizados em comunicações, lâmpadas, isoladores, etc. (BARROS, 2010)

Os países que se destacaram como produtores mundiais são: Bélgica, pelos

seus cristais; Inglaterra, Japão, pela qualidade dos vidros impressos; Estados

Unidos, França pelas pesquisas constantes no campo do vidro. (BARROS, 2010)

1.2 O VIDRO NO BRASIL.

A história da indústria do vidro no Brasil iniciou-se com as invasões

holandesas (1624/35), em Olinda e Recife (PE), onde a primeira oficina de vidro foi

montada por quatro artesões que acompanharam o príncipe Maurício de Nassau. A

oficina fabricava vidros para janelas, copos e frascos. (BARROS, 2010)

Foi a partir do início do século XX que a indústria do vidro se desenvolveu

com a introdução de fornos contínuos, a recuperação de calor e equipados com

máquinas semi ou totalmente automática para produções em escala. Um fato

marcante para o setor vidreiro brasileiro foi o surgimento, a partir do final do século

passado, de importantes empresas que ainda hoje dominam o mercado. (BARROS,

Page 8: Trabalho sobre Vidros

7

2010)

No Brasil colonial, durante muito tempo o vidro mais refletiu, do que interveio

na paisagem brasileira. Na vida modesta da sociedade da colônia de construções

rústicas, o vidro limitou-se apenas a alguns utensílios domésticos, como frascos e

copos que, de tão raros, entravam nos inventários familiares. Numa época em que

as casas rústicas limitavam suas fachadas apenas a uma porta e uma janela de

madeira, era comum encontrar as conhecidas rótulas e moçárabes de origem

mourisca, um privilégio das famílias abastadas, de senhores de terras, comerciantes

ricos, e autoridades civis ou religiosas. (BARROS, 2010)

As janelas com vidraças, só aparecem nos séculos XVII e XVIII, quase que

exclusivamente em construções “nobres", igrejas e palácios, nas mais prósperas

cidades e mais importantes ligadas à estrutura, política e econômica da colônia. Em

1811, por ordem do Regente D. João, todos os moradores foram obrigados a

retirarem de suas casas e sobrados às rótulas das paredes e sacadas e as

substituírem por janelas envidraçadas. A Corte Portuguesa chegara, era preciso

alegrar a cidade. As “folhas de vidro de abrir", como eram assim conhecidas, foram

introduzidas lentamente, na paisagem brasileira, uma vez que o vidro era raro,

escasso e caro; e trazê-lo de Portugal ao interior da colônia sem quebrar, era uma

missão bastante arriscada. Na virada para o século XX, a República apressou o

passo em busca da modernidade, o país passa por grandes mudanças

arquitetônicas e o vidro toma espaços, melhorando as estruturas de saúde,

educação, trabalho e lazer. (BARROS, 2010)

No Brasil a indústria vidreira surgiu no fim do século XIX e como no século

XX, era dominada pela vidraria São Paulo de propriedade da firma portuguesa. Em

1896 surgiu a vidraçaria Santa Marina e, em 1941 começaram a surgir outras

fábricas no Brasil. (BARROS, 2010)

1.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS E PROPRIEDADES DO VIDRO

O vidro é um material tão comum nas nossas vidas que, muitas vezes, nem

nos apercebemos o quanto ele está presente. Porém, basta olharmos à nossa volta

com um pouco de atenção e vamos encontrá-lo nas janelas, nas lâmpadas, na mesa

Page 9: Trabalho sobre Vidros

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de refeições, em garrafas, copos, pratos, travessas. Além disso, muitos estarão a

ver tudo isso através de óculos com lentes de vidro. (BARROS, 2010)

Segundo a definição aceite internacionalmente, "o vidro é um produto

inorgânico, de fusão, que foi resfriado até atingir a rigidez, sem formar cristais".

(BARROS, 2010)

O vidro é uma substância inorgânica, amorfa e fisicamente homogénea,

obtida por resfriamento de uma massa em fusão que endurece pelo aumento

contínuo de viscosidade até atingir a condição de rigdez, mas sem sofrer

cristalização. (BARROS, 2010)

Para Morey, vidro é uma substância inorgânica obtida por fusão, que se

encontra em uma condição contínua e análoga ao estado líquido. Substância, mas

que devido a uma variação reversível da viscosidade durante o resfriamento, possui

uma viscosidade tão elevada que pode ser considerado rígido fins práticos.

(BARROS, 2010)

Para entender isso é preciso atender ao fato de que as substâncias sólidas,

quando submetidas a altas temperaturas, fundem. Depois de esfriar, tem uma curva

de resfriamento, típica. Depois que toda a massa solidifica, a temperatura começa a

descer o patamar correspondente à transformação de estado líquido em estado

sólido. (BARROS, 2010)

Em suma, ele não abandona o estado líquido, por isso a definição de Morey,

que significa ser o vidro um liquido com /tal viscosidade que pode ser considerado

sólido para fins práticos. (BARROS, 2010)

1.4 PROCESSO DE FABRICAÇÃO

O vidro temperado é produzido em um forno de têmpera vertical ou horizontal.

No processo de têmpera horizontal seu transporte ocorre por meio de roletes para

não deixar marcas de pinças no vidro como as que ocorrem na técnica vertical. A

técnica horizontal também apresenta a vantagem de produzir peças de grandes

dimensões e de pouca espessura. (VOITILLE, 2012)

O vidro temperado é produzido a partir do vidro comum: este é submetido a

um choque térmico (processo de aquecimento e resfriamento rápido), tornando-se

Page 10: Trabalho sobre Vidros

9

mais resistente à quebra por impacto. O vidro temperado é até 5 vezes mais

resistente que o comum. (VOITILLE, 2012)

1.5 USO E APLICAÇÕES

Por ser um vidro de segurança, é recomendado para: Vitrines, divisórias e

portas que não apresentam proteção adequada em sua parte inferior (especialmente

se até 10cm de altura em relação ao piso for de vidro - as normas brasileiras

determinam a utilização de vidros de segurança para estes casos); Portas e janelas;

Box de banheiros; Guarda-corpos; Móveis e objetos decorativos. (VOITILLE, 2012)

1.6 BENEFÍCIOS

Sua principal característica é a resistência. Resiste ao choque térmico, flexão,

flambagem, torção e peso. É considerado um vidro de segurança, pois em caso de

quebra, fragmenta-se em pequenos pedaços pouco cortantes, o que diminui o risco

de ferimentos. (Site Destaque Vidros, 2015)

1.7 ACABAMENTOS

As chapas variam entre 4 e 10mm de espessura; É possível encontrá-lo nas

cores: incolor, verde, azul, cinza e marrom. (VOITILLE, 2012)

1.8 VANTAGENS

Em caso de quebra, o vidro temperado não produz estilhaços: os pedaços

são pequenos e não são pontiagudos; São os únicos que podem ser instalados com

Page 11: Trabalho sobre Vidros

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ferragens (sem caixilhos) e podem ser utilizados internamente e externamente - é

um vidro autoportante. (VOITILLE, 2012)

1.9 DESVANTAGENS

Após o vidro passar por esse processo, não será mais possível realizar

cortes, recortes e furos. Tais acabamentos devem ser feitos antes do processo de

têmpera - ele é menos flexível que o vidro comum ou o vidro laminado; Apesar de

resistir a diferenças de temperatura, não é indicado como corta-fogo. (VOITILLE,

2012)

Page 12: Trabalho sobre Vidros

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2 ESPELHO

2.1 ORIGEM DO ESPELHO.

O aparecimento do espelho, reconhecido como tal, remonta ao ano 6.000 a.C.

Os primeiros espelhos artificiais, portanto criados pelo homem, eram pedaços

polidos de obsidiana, uma rocha de origem vulcânica. Esses espelhos foram

encontrados na Anatólia, (agora Turquia), apesar de também na América terem sido

encontrados instrumentos similares. (ARLINDO, 2015)

Posteriormente, os espelhos começaram a ser feitos a partir de cobre polido

na Mesopotâmia e no Egito, enquanto que na China eram produzidos em bronze por

volta do ano 2.000 A.C. (ARLINDO, 2015)

Os espelhos de vidro e metal parecem ter sido inventados em Sidon, (que é o

atual Líbano), no século I, enquanto que outros, que surgiram em Roma por volta do

ano 77, eram feitos com uma lâmina de vidro coberto com ouro sobre uma das suas

faces. (ARLINDO, 2015)

Durante o Renascimento, alguns artesãos europeus aperfeiçoaram um

método que consistia em cobrir uma das faces de um vidro com uma amálgama de

mercúrio fina. Desconhece-se até hoje, no entanto, a data exata em que ocorreu

esta descoberta, mas no século XVI eram já bastante populares, apesar de

excessivamente caros. (ARLINDO, 2015)

A criação de um espelho feito já com um revestimento de prata é atribuída ao

químico alemão Justus Von Liebig, quando decorria o ano de 1835. (ARLINDO,

2015)

Os métodos utilizados atualmente na fabricação de espelhos não têm tido

muitas variantes desde então e são essencialmente produzidos pela sobreposição

de camadas finas de alumínio ou prata sobre o cristal de vidro, tendo o seu preço, é

claro, diminuído significativamente, tornando-se assim mais baratos e de fácil

acesso a qualquer pessoa. (ARLINDO, 2015)

Embora os espelhos sejam objetos bastante comuns em nosso dia-dia, sua

história nos mostra que os mesmos nem sempre foram assim. Pelo contrário, pode-

Page 13: Trabalho sobre Vidros

12

se dizer que o uso massificado destes objetos é relativamente recente, ainda mais

se levarmos em conta a necessidade do ser humano em se auto avaliar, algo

intrínseco ao homem desde o surgimento das primeiras civilizações. (site Historia de

Tudo, 2015)

Acredita-se que a primeira forma que o homem encontrou de ver sua própria

imagem foi por meio do reflexo da água. Já em relação aos espelhos em si, é válido

dizer que o primeiro objeto criado para este fim foi construído na Idade do Bronze,

em 3000 a. C: povos da atual região do Irã começaram a polir pedras com areia, de

forma que refletisse a imagem projetada, mesmo que de forma bastante desfocada.

(site Historia de Tudo, 2015)

A precariedade dos espelhos da antiguidade foi resolvida após o

desenvolvimento de uma técnica que se baseava na junção de placas de metal e

grandes camadas de vidro. Esta, originada na Veneza durante o século XIII, permitiu

uma significativa melhoria na nitidez dos objetos. (site Historia de Tudo, 2015)

Se hoje é possível ver espelhos por todos os lados e comprá-los por preços

acessíveis a qualquer um, durante a Idade Média os mesmos só podiam ser vistos

nos palácios. De fato, com a quantia que se pagava por um espelho simples era

perfeitamente possível comprar um imponente navio de guerra, por exemplo. Essa

situação só mudou com a produção em massa do objeto gerada pela Revolução

Industrial, no século XIX, aspecto que reduziu drasticamente o preço dos espelhos e

aproximou tal realidade à que vivemos hoje em dia. (site Historia de Tudo, 2015)

2.2 MÉTODOS DE FABRICAÇÃO

Os fabricantes usam três camadas. A principal é uma superfície de metal

superpolida, que reflete muito bem a luz e fica no meio do espelho. Por trás dela,

existe uma camada escura, normalmente de tinta preta, que absorve a luz que vem

de trás do espelho e impede que ela “vaze” pela camada refletora de metal. Na

frente do metal fica uma camada de vidro, que dá solidez ao espelho e protege a

película metálica contra riscos que distorçam a reflexão dos raios de luz. Um bom

espelho reflete 90% dos raios de luz que incidem sobre ele. Por isso, o processo de

fabricação é delicado. O passo inicial é a limpeza e o polimento do vidro. Feito isso,

Page 14: Trabalho sobre Vidros

13

é hora de aplicar uma camada de prata, o metal mais usado nos espelhos atuais,

junto com um produto químico que a faz aderir completamente ao vidro. A terceira

etapa é pulverizar uma camada de tinta preta atrás da superfície de prata. Como

esse metal é sensível ao ambiente, os fabricantes preferem usar tintas pretas

impermeáveis a umidade é um dos principais inimigos da prata. Depois, o artefato

passa por uma estufa para secar a tinta. (NETO, 2015)

O vidro comum recebe sobre uma das superfícies camadas metálicas, como a

prata, o alumínio ou o cromo. Em seguida, o produto recebe camadas de tinta que

têm como função protegê-lo. É a prata que promove o reflexo das imagens, visível

por meio do vidro transparente e protegida pela tinta. Quando olhamos para o vidro,

a camada de prata metálica reflete a nossa imagem. (ABRAVIDRO, 2012)

Hoje, existem dois processos para a fabricação do espelho. Um dos mais

difundidos no mundo é o galvânico – utilizam-se camadas metálicas de prata e cobre

com uma tinta protetora. O processo copper-free é o mais recente – durante a

fabricação dos espelhos, utilizam-se camadas metálicas de prata, agentes

passivadores de ligamento e tinta protetora. Os dois métodos são semelhantes,

porém, existem pontos de diferenciação. O copper-free não utiliza o cobre como

protetor da prata, pois a proteção é feita por uma solução inerte que, aplicada sobre

a prata, evita sua oxidação e dá boa aderência à tinta. O mercado brasileiro dispõe

de espelhos de boa qualidade, fabricados a partir das duas tecnologias.

(ABRAVIDRO, 2012)

Além de ser um objeto fundamental para residências, como complemento de

decoração, o mercado oferece espelhos que possuem alta resistência ao

aparecimento de manchas (oxidação) e alto grau de reflexibilidade. Na decoração, o

espelho amplia o ambiente e proporciona maior aproveitamento da luz natural.

(ABRAVIDRO, 2012)

Todas as possibilidades de utilização do espelho foram ampliadas com o

desenvolvimento das técnicas de espelhação. Existem vários tipos de espelho –

simples, de segurança com resina, côncavos, convexos, bisotados, laminados,

coloridos, entre outros. São inúmeras as formas de sua aplicação: lojas, academias,

hotéis e elevadores, decoração de móveis e paredes (portas, tetos e espelhos de

banheiros). Ainda pode ser colocado em molduras. (ABRAVIDRO, 2012)

Um dos métodos mais difundidos no mundo para a fabricação de espelhos é

o galvânico – utilizam-se camadas metálicas de prata e cobre juntamente com uma

Page 15: Trabalho sobre Vidros

14

tinta protetora. Segue a produção de acordo com o site ANDIV (2008)

Primeiro, o vidro recebe água e óxido de cério e passa por máquinas de

polimento, gerando, assim, riscos imperceptíveis que têm como função aumentar a

área de adesão da prata.

Em seguida, a chapa de vidro é lavada e limpa para iniciar a aplicação da

prata sobre a superfície do vidro plano. Aqui, a superfície do vidro é sensibilizada

com estanho.

Depois, aplica-se, em forma de solução (mistura entre um metal e a água), a

prata sobre a superfície do vidro. Como num passe de mágica, a chapa transparente

transforma-se em espelho.

Sobre a camada de prata é colocada uma camada de cobre. Nos espelhos

galvânicos, o cobre é responsável por proteger a prata (evita a oxidação).

Após essa fase, é necessário proteger os metais cobre e prata. Então, é

aplicada a tinta protetora com cores diferentes.

Depois da pintura, o espelho passa por uma limpeza final e recebe, no lado

opaco, as marcações de logomarca, número de lote e recomendações finais.

O processo copper-free é mais recente – durante a fabricação dos espelhos

utilizam-se camadas metálicas de prata, agentes passivadores de ligamento e tinta

protetora. (ANDIV, 2008)

O vidro recebe água e óxido de cério e passa por máquinas de polimento,

gerando, assim, riscos imperceptíveis que têm como função aumentar a área de

adesão da prata. (ANDIV, 2008)

A chapa de vidro é lavada e limpa para iniciar aplicação da prata sobre sua

superfície. Aqui, a superfície do vidro é sensibilizada com estanho e paládio – isso

diferencia o processo copper-free do galvânico, que não possui esse elemento

químico. Os dois elementos químicos aumentam a capacidade de aderência do

vidro. (ANDIV, 2008)

Aplica-se, em forma de solução (mistura entre um metal e a água), o nitrato

de prata sobre a superfície do vidro: a chapa transparente transforma-se em

espelho. A prata aplicada é protegida por um produto químico. Nesse processo, é

feita a proteção da prata e a substituição do cobre – nos espelhos galvânicos, ele é

responsável por proteger a prata. (ANDIV, 2008)

Após essa fase, protege-se a prata. Assim, são aplicadas duas camadas de

tinta protetora com cores diferentes. Como complemento da pintura, é aplicado um

Page 16: Trabalho sobre Vidros

15

filme de resina que ajuda a aumentar a resistência mecânica da superfície pintada.

Essa camada é curada por luz ultravioleta (UV). (ANDIV, 2008)

2.3 USO E APLICAÇÕES

Os vidros vêm ganhando cada vez mais espaço na Arquitetura e Construção

Civil, como em prédios, residências, hotéis, aeroportos, shoppings e centros

comerciais.(VIDROSER, 2015)

Muito utilizado em portas, janelas, fachadas, coberturas, divisórias, guarda

copos, os vidros se tornaram destaque quando se deseja obter um ambiente seguro,

protegido do calor, vento e ruídos. Os Vidros Laminados, por exemplo, são

excelentes na proteção sonora, no controle de calor e raios ultravioletas. Os tipos de

vidros e suas aplicações podem variar de acordo com o objetivo e cada cliente em

seu estabelecimento. (VIDROSER, 2015)

2.4 CARACTERISICAS

O espelho plano se caracteriza por apresentar uma superfície plana e polida,

onde a luz que é incidida reflete de forma regular. Para obter um bom grau de

reflexão, é necessário que a variação do poder refletor com o ângulo de incidência

do espelho seja a menor possível. O exemplo mais comum de espelho plano é o

vidro, que permite a formação de imagens nítidas. (ANJOS, 2012)

Quando estendemos o braço direito, por exemplo, na frente de um espelho, a

imagem refletida estenderá o braço esquerdo, ou seja, refletindo ao contrário. Esse

fenômeno é chamado de enantiomorfismo e é uma das características da reflexão

de imagens em espelhos planos. (ANJOS, 2012)

Outras características dos espelhos planos são: A imagem refletida tem o

mesmo tamanho do objeto, cada objeto corresponde a uma imagem, imagem e

objeto não se sobrepõem. (ANJOS, 2012)

Ainda podemos afirmar que no caso dos espelhos planos, o raio incidente, o

Page 17: Trabalho sobre Vidros

16

raio refletido e a normal à superfície se situam no mesmo plano e o ângulo de

reflexão e o de incidência possuem a mesma medida. (ANJOS, 2012)

2.5 BENEFICIOS

Os espelhos possuem o poder de transformar qualquer ambiente com beleza,

sofisticação e funcionalidade, afinal, eles clareiam, ampliam e adicionam um certo

glamour aos espaços. Solução perfeita para imóveis compactos, opção ideal para

residências grandes. Os espelhos são assim: totalmente versáteis e democráticos.

(CASA SHOW, 2014)

Os espelhos possuem, dentre outros atributos, a capacidade de causar a

ilusão de que um espaço pequeno é grande. Além do seu teor ilusionista, esses

elementos trazem mais luz e sofisticação aos ambientes. O preço não é tão

acessível, mas o custo-benefício compensa pela multifuncionalidade que os

espelhos possuem. (CASA SHOW, 2014)

Formatos dos espelhos Redondos – Funcionam como pontos focais nos

ambientes. Esse espelho fica lindo quando colocado acima das bancadas;

Retangulares – Na linha vertical, transmitem força e personalidade, na linha

horizontal transmite tranquilidade. São ideais para ampliar pequenos ambientes;

Quadrados – Passam a sensação de ordem, justamente por isso, são indicados para

espaços sóbrios, que desejam transmitir estabilidade. Irregulares – São ideais para

ambientes descontraídos e cheios de personalidade. (CASA SHOW, 2014)

Nos projetos modernos de decoração, os espelhos têm aparecido com

frequência nos móveis. Mesas de canto, módulos, portas de armários, cabeceiras,

mesas de centro e até mesmo aparadores espelhados se destacam na ambientação

das residências contemporâneas. (CASA SHOW, 2014)

2.6 EXEMPLOS

Com grande aplicação no dia a dia, o espelho esférico é uma calota esférica

Page 18: Trabalho sobre Vidros

17

que possui uma de suas partes polida e com alto poder de reflexão. Esse espelho

pode ser classificado de acordo com a superfície refletora. Se essa for interna, o

espelho é côncavo; e se a superfície refletora é a externa, o espelho é convexo.

(DANTAS, 2015)

As imagens fornecidas por esses espelhos são sensivelmente distorcidas em

relação aos objetos correspondentes. Essas distorções são chamadas de

aberrações de esfericidade. De forma a minimizar essas aberrações, um físico e

matemático alemão, chamado Karl Fredrich Gauss, em seus estudos, observou que

se os raios luminosos incidissem paralelamente ou pouco inclinados e mais

afastados do eixo principal, as aberrações de esfericidade ficariam sensivelmente

minimizadas. Gauss fez uma série de trabalhos sobre a óptica, em especial

envolvendo sistemas de várias lentes. (DANTAS, 2015)

Os espelhos esféricos, tanto côncavos quanto convexos, são muito utilizados

em nosso cotidiano. Nos estojos de maquiagem, nos refletores atrás das lâmpadas

de sistema de iluminação e projeção (lanternas e faróis, por exemplo), nas objetivas

de telescópios, etc., são utilizados os espelhos esféricos côncavos. Já os espelhos

esféricos convexos são utilizados, por exemplo, em retrovisores de automóveis.

(DANTAS, 2015)

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CONCLUSÃO

Neste trabalho abordamos o assunto vidros temperados e espelho.

Concluímos que as opções por vidros e espelhos estão cada vez maiores

devido ao relacionamento com as características, que nos proporciona como a

translucidez, integração com o meio externo, eficiência energética (proporcionada

pela redução da necessidade de iluminação e uso de ar-condicionado), acústico e

de segurança. Com as técnicas atuais de fabricação podemos fabricar ambos com

diversas características e para todos os tipos de finalidade. E que é fácil o encontrar

o vidro em nosso dia a dia.

Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento, pois com o

aprofundamento nos temas permitiu compreender melhor. E perceber o quanto o

vidro é utilizado na construção, tanto para a beleza e quanto para segurança.

Page 20: Trabalho sobre Vidros

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REFERENCIAS

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ANJOS, Talita Alves dos. Espelhos Planos. 2012. Disponível em:<http://www.mundoeducacao.com/fisica/espelhos-planos.htm>. Acesso em: 21 de ago. 2015.

ARLINDO. A Origem do Espelho. Disponível em: <http://origemdascoisas.com/a-origem-do-espelho/>. Acesso em: 20 ago.2015.

BARROS, Carolina. Apostilas de Vidros: Materiais de Construção Edificação. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Pelotas. 2010. Disponível em: <https://edificaacoes.files.wordpress.com/2011/04/apo-vidros-completa-publicac3a7c3a3o.pdf>. Acesso em: 17 set. 2015.

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CLACCI VIDROS. Vidros: Vidro Temperado. 2014. Disponível em: <http://www.claccividros.com.br/produtos/vidros/>. Acesso em: 17 set. 2015.

CONSTRUDEIA, Ideias para sua Construção. Portas de Vidro Temperado. 2014. Disponível em: <http://construdeia.com/portas-de-vidro-temperado/>. Acesso em: 17 set. 2015.

DANTAS, Tiago. Espelhos Esféricos. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/fisica/espelhos-esfericos.htm>. Acesso em: 23 set. 2015.

ESPELHOS MOEMA. Espelho modelado.2011. Disponível em: < http://espelhosmoema.com.br/espelhos/espelhos/espelho-modelado/>. Acesso em 23 set. 2015.

FARIA, Herbert. Espelhos de Segurança: Modelos e Utilidades. 2015. Disponível em: <http://blog.seton.com.br/category/seguranca-do-trabalho>. Acesso em: 23 set. 2015.

GUARDIAN SUNGUARD, Vidros de Controle Solar e Eficiência Energética. Manual Técnico: Build With Light. Disponível em: <http://www.sa.pt.sunguardglass.com/cs/groups/sunguardsouthamerica/documents/web_assets/gi_002781.pdf>. Acesso em: 17 set. 2015.

Page 21: Trabalho sobre Vidros

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HISTORIA DE TUDO. História do Espelho. Disponível em:<http://www.historiadetudo.com/espelho>. Acesso em: 20de ago.2015.

LOURENÇO, Letícia Rondon; et all. O vidro e sua aplicação na construção civil. 2011. Disponível em: <http://portalarquitetonico.com.br/o-vidro-e-sua-aplicacao-na-construcao-civil/>. Acesso em: 17 set. 2015.

MODA FEMININA. Modelos de box em vidro temperado. Disponível em: <http://www.modafeminina.co/box-em-vidro-temperado.html>. Acesso em: 17 set. 2015.

NETO, Fernando Tió. Como é feito o Espelho. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-e-feito-o-espelho>. Acesso em: 20de ago.2015.

SILVA, Domiciano Correa Marques da. Aumento linear Transversal. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/fisica/aumento-linear-transversal.htm>. Acesso em: 23 set. 2015.

Tudo Sobre Vidros. Disponível em: <http://www.destaquevidros.com.br/dicas/tudo_vidros.pdf>. Acesso em: 17 set. 2015.

VIDROSER, Modernidade em vidros. Construção Civil. Disponível em: <http://www.vidroser.com.br/construcao-civil.php>. Acesso em: 23 set. 2015.

VITRON GLASS DESIGNER. Produtos: Vidro Temperado. 2015. Disponível em: <http://www.vitronglass.com.br/produtos/>. Acesso em: 17 set. 2015.

VOITILLE, Nadine. Vidro Temperado. 2012. Disponível em: <http://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/vidro-temperado.html>. Acesso em: 17 set. 2015.

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ANEXOS

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ANEXO A

IMAGENS DE VIDROS TEMPERADOS

Site moda feminina, 2015.

Construdeia, 2014.

Clacci Vidros, 2014.

Vitron Glass Designer, 2015.

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ANEXO B

IMAGENS DE ESPELHOS

Domiciano Correa Marques da Silva, 2015.

Espelhos Moema, 2011.

Herbert Faria, 2015

História de Tudo, 2015

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ANDIV, 2008

ANDIV, 2008