trabalho sobre a hermenÊutica do antigo testamento
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INTRODUÇÃO
A finalidade desse trabalho é mostrar os temas da Teologia da Hermenêutica
no Antigo Testamento, da Patrística e os Fundamentos da Hermenêutica
Bíblica Ocidental.
Esse assunto tem sido estudado ao longo dos anos por grandes Teólogos,
através desse trabalho, iremos procurar compreender os escrito deixados ao
longo da História, para melhor compreensão dos Textos Bíblicos.
O importante é que o estudante da Bíblia saiba que para estudá-la é preciso ter bom senso, paciência, disposição e dedicação ao analisar os textos.
Antes de começar a estudar a hermenêutica e suas técnicas é preciso lembrar que o livro a ser estudado é a Bíblia. Esta por sua vez é fruto da revelação de Deus ao homem. Então é necessário que haja uma compreensão do que significa revelação e quais os tipos que existem.
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1- HERMENEUTICA DO ANTIGO TESTAMENTO
Hermenêutica bíblica pretende estudar os princípios da interpretação
da Bíblia enquanto uma coleção de livros sagrados e divinamente inspirados.
No Cristianismo, esta interpretação é estudada e obtida através da exegese.
A hermenêutica bíblica abrange a relação dialética que visa substancializar os
significados dos textos bíblicos para aproximar o mesmo da realidade fáctica,
na qual se vislumbra o esclarecimento por meio da Bíblia.
O estudo da hermenêutica tem o propósito de interpretar as produções literárias do passado. Sua tarefa especial é indicar o meio pelo qual possam ser removidas as diferenças entre o autor e os seus leitores, em qualquer época.
Ao utilizar a hermenêutica na interpretação da Bíblia, é preciso conhecer alguns problemas que serão enfrentados. Isso ocorre porque ela se relaciona diretamente com outras áreas do estudo bíblico, entre esses estão: o cânon, as críticas textual e histórica, a exegese, as teologias sistemática e bíblica.
Cronológico: está relacionado ao fato da Bíblia ter sido escrita há muito tempo atrás. O primeiro livro foi escrito aproximadamente há 3.400 anos e o último em torno de 1.900 anos;
Geográfico: influencia pelo fato que a maioria dos leitores está longe demais de onde os fatos ocorreram. Sem contar que quase tudo mudou ou tudo realmente mudou;
Cultural: a maior parte da cultura mudou, além de ser muito diferente a forma de pensar e agir hoje em dia;
Lingüístico: como já se sabe, a Bíblia foi escrita nas línguas: hebraica, aramaica e grega. Estas contêm muitos detalhes importantes e ricos para um conhecimento mais detalhado em relação à Bíblia. Entretanto, foi por causa dessas línguas e das mudanças naturais, que surgiram os problemas em relação as interpretações textuais, conforme consta nos melhores manuscritos encontrados;
Literário: as diferenças contidas nos estilos de escritos utilizados nos tempos bíblicos com os de hoje são enormes. Um bom exemplo é o fato do NT utilizar muitas parábolas, enquanto que no AT utiliza muitos provérbios e salmos, entre outros estilos.
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2- O ANTIGO TESTAMENTO
O Antigo Testamento, também conhecido como Escrituras Hebraicas, constitui
a primeira grande parte da Bíblia cristã e a totalidade da Bíblia hebraica.
Foram compostos em hebraico ou aramaico.
Chama-se também Tanakh, acrônimo lembrando as grandes divisões dos
escritos sagrados da Bíblia hebraica que são os Livros da Lei (ouTorá), os
livros dos profetas (ou Nevi'im), e os chamados escritos (Ketuvim). Entretanto,
a tradição cristã divide o antigo testamento em outras partes, e reordena os
livros dividindo-os em categorias; Lei, história, poesia (ou livros de sabedoria)
e Profecias.
O Antigo Testamento Hebraico, muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povohebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração.
Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções
conhecidas por a Lei, os Profetas e os Escritos. Esses três grandes conjuntos
de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio
Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C..
A Lei compreende os primeiros cinco livros, tais como na Bíblia cristã. Já os
Profetas incluem: Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas
Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. Os escritos reúnem o
grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de
Salomão, Rute, Lamentações,Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2
Crônicas. Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos
pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente
pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um
pergaminho separado, embora a Lei ocupasse espaço maior era escrito em
dois grandes pergaminhos.
O ARAMAICO, foi a língua original de algumas partes dos lívros de Daniel e
de Esdras. Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais
remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito
durante o Século II a.C. e por isso, se assemelha muito ao pergaminho
utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947,
juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.
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3- DIFERENTES COMPOSIÇÕES DO ANTIGO TESTAMENTO
Diferentes tradições cristãs possuem um diferente cânone para o Antigo
Testamento. A Igreja Católica Romana utilizou , a partir do século I,
como canônica a versão chamada Septuaginta, que foi uma tradução dos
escritos hebraicos para o grego, feita antes mesmo do fechamento do cânone
hebraico na tradição judaica. Assim, a Septuaginta inclui material que não foi
incluído na Bíblia Hebraica.
3.1 Temática do Antigo Testamento
O Antigo Testamento trata basicamente das relações entre Deus e o povo
Israelita. Existem vários nexos temáticos entre os livros de acordo com suas
divisões (seja a cristã ou a hebraica). Única entre essas tradições é a primeira
divisão, a Torá ou Pentateuco, que trata da história sagrada do povo de Israel,
a partir da criação do mundo até a ocupação da Terra, passando pela
legislação litúrgica e religiosa. Tradicionalmente, a Torá ou Lei é atribuída
a Moisés e, depois de sua morte, terminada por Josué; porém, muitos autores
defendem que a formação da Torá foi um processo longo passando por
diversos grupos de autores até sua adoção uniforme pós-exílica.
3.2 Transmissão do Texto
Quanto ao texto transmitido, não chegaram até nós nenhum rolo original de
qualquer material bíblico. Atualmente os documentos mais antigos que ainda
existem são oriundos do século II A.C, tais como o chamado Papiro Nash,
encontrado em 1902, no Egito, que contêm o decálogo e o texto da confissão
de fé hebraica Shma Israel (Dt. 6:4), e os manuscritos do Mar
Morto encontrados em Qumran que incluem diversos fragmentos de textos de
praticamente todos os livros da Bíblia Hebraica com a exceção de Ester.
A partir de 100 d.C. a tradição fariseu-rabínica passou a dominar no judaísmo e
desenvolveu-se um método de auxílio na transmissão do texto, inclusive a
correta vocalização. Os estudiosos que trabalharam para manter a
originalidade do texto, especialmente com o declínio do hebraico como língua
falada, eram chamados de massoretas e terminaram por elaborar um texto que
passou a ganhar autoridade oficial entre os séculos VII e X, chamado de texto
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masorético. Oriundos dessa tradição existem dois manuscritos importantes que
baseiam as edições críticas do texto atual: O códex Leningradensis e o Códex
de Aleppo.
A subdivisão do texto em capítulos e versículos não vem do texto original. A
primeira divisão existente foi a divisão do texto da Torá (Pentateuco) em
54 parashot que são leituras semanais para o ano litúrgico judaico. A divisão
por capítulos foi introduzida pelos cristãos com o objetivo prático de auxiliar a
referência a textos. Uma das atuais divisões em capítulos foi realizada
por Stephan Langton por volta de 1200 d.C. e foi adotada primeiramente num
manuscrito hebraico no século XIV. A divisão em versículos foi resultado de um
processo que só chegou ao final no século XVI. Por isso a tradição reformada,
que rompeu com a tradição católica romana antes desse período, possui
diferenças na contagem de capítulos e versículos.
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4- MIDRASH
Midrash (do hebraico מדרש) é uma forma narrativa criada por volta do século
I a.C. em Israel pelo povo judeu. Esta forma narrativa desenvolveu-se através
da tradição oral (ver Talmud) até ter a sua primeira compilação apenas por
volta do ano 500 d.C. no livro Midrash Rabbah.
Segundo a tradição oral judaica Deus teria revelado a Moisés não somente as
leis de seu povo Torá mas também uma série de conhecimentos
complementares que deveriam ser passados de pai para filho, o que eles
chamavam de Torá Oral. A figura utilizada para esta descrição é que Deus teria
escrito a Torá em fogo negro sobre o fogo branco. Enquanto as letras são
precisas e escritas no fogo negro, formando a Torá, o "papel" usado para esse
escrito, o fogo branco, era a tradição oral. A palavra Midrash vem da junção de
duas palavras hebraicas "Mi" que significa "quem" e "Darash" que significa
"pergunta". O plural de midrash não é midrashes e sim midrashim segundo a
língua hebraica.
Até os dias de hoje ainda existe produção de midrash em diversas sinagogas,
entretanto eles não são considerados como tais pela maior parte dos religiosos
hebreus. A Idade Média, por seu caráter de perseguição e anti-semitismo foi a
época mais propícia ao aparecimento desta literatura, normalmente com um
caráter messiânico, esperando a redenção através da vida de um grande
"escolhido" - Messias - para que a perseguição acabasse.
O texto tem caráter pluriautoral e não linear, se assemelhando um pouco a uma
conversa informal com diversos rabinos, mas na realidade os compiladores é
que davam vida em seu texto a diversos personagens das épocas mais
distintas.
4.1 O TALMUD
É um registro das discussões rabínicas que pertencem à lei, ética, costumes e
história do judaísmo. É um texto central para o judaísmo rabínico, perdendo em
importância apenas para a Bíblia hebraica.
O Talmude tem dois componentes: a Mishná (c. 200 d.C.), o primeiro
compêndio escrito da Lei Oral judaica; e o Guemará (c. 500 d.C.), uma
discussão da Mishná e dos escritos tanaíticos que frequentemente abordam
outros tópicos, e são expostos amplamente no Tanakh.
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4.2 PARDES PARDES
A tipologia Pardes descreve quatro diferentes abordagens da exegese bíblica
no Judaísmo rabinico. O nome, por vezes também escrito PaRDeS é
uma sigla para as quatro abordagens:
Pshat (ט Sש Uפ) - o "simples significado", de um versículo ou passagem.
Remez ז) Xמ Xר) - "dicas" de um significado mais profundo e não apenas a
expressão literal.
Drash (ש ר] Uד) - "interpretação"; descobrir o significado através da midrash, por
comparação palavras e formas e também por ocorrências semelhantes noutros
locais.
4.3 SOD(סוד) -
O "segredo" ou o significado místico de uma passagem, como determinado
através de inspiração ou revelação.
Cada parte da interpretação Pardes analisa o significado mais profundo de um
texto. Como regra geral, o significado mais profundo nunca contradiz o
significado base. O Pshat dá interpretação literal. Remez é o significado
alegórico. Drash inclui o significado homilético ou Halachá e Sod representa o
profundo significado oculto.
5- PATRISTICA E OS FUNDAMENTOS DA HERMENÊUTICA BIBLICA
OCIDENTAL
PERIODO PATRISTICO, Esse termo representa algo definido de forma vaga que freqüentemente é considerado como o período a partir do termino dos
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documentos do Novo Testamento (c. 100) até o decisivo Concilio da Calcedônia (451)
Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Pais da Igreja, os primeiros teóricos —- daí "Patrística" —- e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do Cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos "pagãos" e contra as heresias.
Foram os pais da Igreja responsáveis por confirmar e defender a fé, a liturgia, a disciplina, criar os costumes e decidir os rumos da Igreja, ao longo dos sete primeiros séculos do Cristianismo. É a Patrística, basicamente, a filosofia responsável pela elucidação progressiva dos dogmas cristãos.
5.1UMA VISÃO GERAL DO PERÍODO PATRISTICO
O período patrístico representa um dos mais empolgantes e criativos da história do pensamento cristão. Somente essa característica é suficiente ara assegurar que ainda por muitos anos, ele continuara a ser tema de estudo. Esse período também é importante por motivos teológicos. Todos os principais ramos da igreja cristã, incluindo as igrejas anglicana, ortodoxa oriental, luterana,reformada e católica romana, consideram o período patrístico como um marco decisivo na evolução da doutrina cristã.
O desejo de Constantino era ter uma igreja unida em todo seu império e, assim, preocupa-se com o fato de que as diferenças doutrinárias deveriam ser debatidas e conciliadas como uma questão prioritária.
Muitos debates do período patrístico giram em torno de questão filosóficas e somente fazem sentido se o leitor possuir alguma familiaridade em relação aos debates filosóficos do periodo.
O período patrístico é caracterizado por uma considerável diversidade doutrinaria. Representou uma era de transição, ao longo da qual os marcos e os padrões inclusive documentos, como o Credo Niceno e dogmas, como o relativo às duas naturezas de Cristo, emergiram gradativamente.
O período assistiu ao surgimento de uma grande cisma, por razões tanto políticas, quanto linguísticas, entre as igrejas do oriente, de língua grega, e a do ocidente, de língua latina. Muitos estudiosos notam uma marcante diferença de identidade teológica entre os teólogos orientais e os ocidentais: os primeiros normalmente apresentam inclinações filosóficas e são dados à especulação teológica, ao passo que os últimos ao normalmente contrários à interferência da filosofia na teologia, pois consideram esta a investigação das doutrinas postas nas Escrituras.
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O período patrístico, foi de enorme importância na elaboração dos contornos da teologia cristã. Ao longo do período patrístico, as áreas da teologia apresentadas foram exploradas com especial vigor.
6- CONCLUSÃO
Concluído o trabalho, entende-se que o mínimo de conhecimento sobre certos assuntos, principalmente os relacionados à Bíblia, é necessário nos dias de hoje quando as informações chegam ao individuo mais facilmente e mais rapidamente. Sabemos que, para tentar desacreditar o Cristianismo, é
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necessário desacreditar a veracidade da Bíblia, porque sem ela, o cristianismo autêntico não se defende e portanto não sobrevive.
7- REFERÊNCIAS
MAcGRATH, Alister. Teologia Sistemática, História e Filosofia. S.Paulo.
Claudio Vital de Souza. Rio de Janeiro, Ed. JUERP. 1983.
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GUNNEWEG, Antonius. Hermenêutica do Antigo Testamento. S.
Leopoldo. Ed. Sidonal. 2 Edição 1988.
Fonte:http://br.answers.yahoo.com/my/
profile;_ ylt =A0WTc6YYO3tJjTMBeAftExV
Fonte http://pt.wikipedia.org