trabalho semana infanto juvenil - mangá, folhetim como incentivo a leitura pra jovens
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Universidade Católica de Pernambuco – UNICAPCTCH – Centro de Teolgia e Ciências Humanas.Curso: LetrasAlunos: Eurico Santos e Yuri Manique.
Mangá: Folhetim como incentivo à leitura pra os jovens.
Mangás são histórias em quadrinhos japonesa. Ao contrário das histórias em quadrinhos
convencionais, sua leitura é feita de trás para frente e tem sua arte feita manualmente. Teve origem
através do Oricom Shohatsu (Teatro das Sombras), que na época feudal percorria diversos vilarejos
contando lendas por meio de fantoches. Essas lendas acabaram sendo escritas em rolos de papel e
ilustradas, dando origem às histórias em seqüência, e conseqüentemente originando o mangá. Essas
histórias passaram a ser publicadas por algumas editoras na década de 20, porém sua fama só veio
por volta da década de 40. Foi com Ossamu Tezuka que o mangá ganhou seus traços atuais – olhos
grandes e cabelos nada convencionais – e o crescimento de sua popularidade.
As temáticas abordadas no mangá são de variedade muito alta, atingindo aos mais diferentes
públicos, entre jovens e adultos. Pode-se encontrar mundos fantasiosos, com seres mágicos e cheios
de poderes a defender o mundo contra o mal – voltado para os mais jovens -, como também
historias que tratam de política, sociedade e valores, ciência, relacionamentos e velhice, temas esses
mais adequados ao público mais velho. Outra das características marcantes do mangá é o
aprofundamento dos personagens. É certo que um número ínfimo de mangakás (autores de mangás)
apresentam suas personagens de forma maniqueísta. Na maioria das histórias há o conflito do bem
contra o mal, porém um não é totalmente antípoda ao outro. O vilão é, geralmente, explorado nas
suas causas e é apresentado de forma convincente, como uma pessoa que, depois de observar e tirar
suas conclusões sobre a sociedade, decide seu caminho oposto ao dessa mesma sociedade. Também
o herói não é, na maioria das vezes, perfeito e livre de desvios. Tal como o vilão, é uma pessoa que
observou e viu que, mesmo não sendo perfeita a estrutura social, decidiu que o caminho escolhido
pelo vilão também não é a melhor forma de melhorá-la. É comum da cultura japonesa que os
personagens das histórias passem os valores aceitos no páis: determinação, trabalho duro para se
conseguir o que se deseja, companheirismo, humildade etc. Os autores inserem seus mundos dentro
desses valores, numa forma de educar enquanto divertem.
Os mangás são, essencialmente, literatura de folhetim, de leitura rápida e “pegajosa”, que entra fácil
no cérebro, por ter uma dinâmica sequencial muito veloz. Os diálogos fluem sem muitos percalços,
não significando, porém, que os temas não sejam bem abordados. E justamente por estes caráteres –
educacional e de fácil acesso – que os quadrinhos japoneses podem auxiliar como utensílio de
estímulo à leitura entre os jovens. No mundo todo, incluindo o Brasil, sua popularidade é crescente
com o números de publicações aumentando nas editoras especialiadas. Mesmo com seus cenários
sendo situados em uma cultura totalmente diversa da ocidental, os temas universais de que tratam os
mangás podem oferecer uam boa alternativa aos professores em sala de aula, no que diz respeito às
vantagens do mangá Existem diversos pontos a favor da utilização desse material pelo professor:
popularidade entre os jovens, dinamismo na linguagem, facilidade de acesso ao material, variedade
temática, ludicidade, cognitivismo, uso de discursos combinados entre texto e imagem e debates
que relacionam ciência, tecnologia e sociedade.