trabalho pratica para entregar

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UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL – UNISC CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – BACHARELADO DISCIPLINA DE PRÁTICAS LABORATORIAIS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA RESISTÊNCIA GLOBULAR ERITROCITÁRIA Débora Becker Denise Souza Paulo Kuester Sabine Pommerehn Profº Alexandre Rieger

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UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISCCURSO DE CINCIAS BIOLGICAS BACHARELADODISCIPLINA DE PRTICAS LABORATORIAISRELATRIO DE AULA PRTICARESISTNCIA GLOBULAR ERITROCITRIADbora BeckerDenise SouzaPaulo KuesterSabine PommerehnProf Alexandre RiegerSanta Cruz do Sul, 24 de maro de 2015REFERENCIAL TERICOOsmose pode se definida de maneira simplificada pelo movimento de molculas de gua atravs de uma membrana seletivamente permevel. O mecanismo de osmose depende do potencial da gua e das concentraes dos solutos de cada lado da membrana, isto , a gua move-se de regies de elevado potencial de gua , chamado de meio hiperosmtico, com menor concentrao de soluto meio hipotnico, para regies de baixo potencial de gua meio hipoosmtico e com maior concentrao de soluto chamado meio hipertnico.

A Curva de Fragilidade Osmtica CFO tambm conhecida como: Curva de Resistncia Globular; Prova de Resistncia Osmtica; Prova de Fragilidade Osmtica; Curva de Hemlise; Resistncia Osmtica das Hemcias. A curva avalia a capacidade dos glbulos vermelhos de incorporar gua em seu interior, sem que ocorra a lise da clula. Por esse motivo se pode dizer que a resistncia est na dependncia da relao entre volume/superfcie do glbulo. (CEACLIN, 2012).A fragilidade osmtica das hemcias reflete a habilidade delas absorverem certa de quantidade de gua antes de sofrerem lise, o que funo da relao entre as medidas de volume e de superfcie das hemcias. A resistncia dos eritrcitos normais hipotonia decorre da sua forma bicncava, que lhes permite aumentar o volume em at 70% antes da membrana atingir o limite de distenso; alcanado esse limite, h lise. Os esfercitos apresentam menor capacidade de absorver gua at o limite de resistncia da membrana do que hemcias normais, o que os torna suscetveis lise osmtica, portanto o aumento da fragilidade osmtica uma caracterstica da forma esferoide. J a diminuio da fragilidade osmtica indica presena de eritrcitos anormalmente achatados (leptcitos ou hemcias em alvo), no qual h uma tolerncia maior na absoro de gua, e, portanto, maior resistncia lise osmtica (LEWIS, 2006) .

Portanto, o valor principal do teste de fragilidade osmtica detectar a presena de hemlise em diferentes concentraes de NaCl que indicam, ou no, a presena de anormalidades morfolgicas nos eritrcitos como, por exemplo, eliptcitos, esfercitos, hemcias em alvo e acantcitos (MONTEIRO 2011).

RESULTADOS E DISCUSSO Resistncia Globular EritrocitriaDurante a realizao da prtica, realizamos clculos para a obteno de valores referentes quantidade de gua destilada e soluo a ser introduzida nos tubos juntamente com o sangue. Contudo, obtiveram-se os resultados do experimento, sendo estes apresentados na tabela 1.Tabela 1. Resultado do experimento sobre Resistncia Globular Eritrocitria. +2: sangue opaco; +1: sangue comea a ficar menos concentrado; 0 (zero) : sangue gradualmente translcido; -1 : sangue mais concentrado e vermelho, houve hemlise.TUBO3,0 mL Nacl (g%)mMmOsmAntes centrif.Depois centrif.

10,90461,502538,50+2Com pellet sobrenadante

20,85435,802564,20+2Com pellet sobrenadante

30,80410,252589,70+2Com pellet sobrenadante

40,75284,602615,30+2Com pellet sobrenadante

50,70358,902641,00+1Com pellet sobrenadante

60,65333,302666,60+1Com pellet sobrenadante

70,60307,602692,30+1Com pellet sobrenadante

80,55282,002717,90+1Com pellet sobrenadante

90,50256,402743,50+1Com pellet sobrenadante

100,45230,702769,20+1Com pellet sobrenadante

110,40205,102794,800Com pellet sobrenadante

120,35179,402820,500Com pellet sobrenadante

130,30153,802846,100Com pellet sobrenadante

140,25128,202871,70-1Sem pellet sobrenadante

150,20102,502897,40-1Sem pellet sobrenadante

160,1576,902923,00-1Sem pellet sobrenadante

170,1051,282948,70-1Sem pellet sobrenadante

180,0525,642974,30-1Sem pellet sobrenadante

190,000,003000,00-1Sem pellet sobrenadante

Fragilidade osmtica eritrocitria (FOE) pode ser definida como a resistncia dos eritrcitos hemlise. O teste da FOE definido como sendo uma das formas de medir a variao da resistncia dos glbulos vermelhos hemlise, quando essas clulas eram expostas ao de solues salinas hipotnicas. A apreciao e comparao dos resultados podem ser feitas por meio de grficos de porcentagens, pelo conceito de incremento hemoltico ou pelos valores numricos, representando a concentrao da soluo salina em que houve a hemlise mnima, hemlise mxima ou a fragilidade osmtica mdia das hemcias. (SANTANA; BIRGEL; MOURO; MIRANDOLA, 2001).Os tubos foram numerados de 1 a 19, aps foi adicionado a soluo de NaCl e H2O destilada conforme o calculado anteriormente e aps 0,5 mm de sangue total em EDTA separados do plasma, homogeneizou-se a soluo at se misturar por completo.Pode-se observar aps a homogeneizao que, dentre os 19 tubos, houve uma variao na colorao, sendo que nos tubos 1 4 a cor mostrou-se homognea e opaca. O contedo dos tubos 5 ao 10 a cor comeava a ficar menos concentrada. No tubo 11 a soluo tornou-se gradualmente translcida, dando a impresso que as clulas estavam diludas no solvente, parecendo hemolisadas. Do tubo 14 em diante o sangue apresentou-se muito concentrado, diferenciando totalmente dos demais tubos.

Figura 01. Solues antes da centrifugao, demonstrando a opacidade (tubo 1) e translucides (tubo 19) dos dois extremos do experimento.

Aps centrifugou-se por 1 minuto a 3000 RPM, porm 3 dos 19 tubos quebraram no processo de centrifugao, sendo eles os tubos de numerao 6, 11, 14, mesmo assim pode-se observar a precipitao ntida do tubo 1 ao tubo 10, mostrando que as clulas no estavam lisadas, ou seja, no houve ruptura da membrana plasmtica, pois seu contedo no foi visualizado no sobrenadante. A partir deste ponto a soluo com o sangue comeou a ficar mais translcido, pois as clulas submetidas s solues hipotnicas acabam por absorver lquido ao interior da clula, sendo que a mesma incha e acaba rompendo, causando a translucidez.No tubo nmero 12, formou-se um certo precipitado, entretanto, o sobrenadante ficou de cor avermelhada. A cor vermelha mostra que h hemoglobina livre no meio, sendo que ela deveria estar dentro das hemcias.No contedo dos tubos 13 ao 19 nenhum precipitado pde ser observado e a cor do sobrenadante era fortemente avermelhada. Ocorreu que muita gua entrou na clula, por meio de osmose e sua membrana no resistiu a tanto volume e as concentraes desses tubos ultrapassaram a resistncia globular das clulas. Sendo assim, a membrana rompeu e liberou o contedo celular no meio, deixando a soluo de cor fortemente avermelhada.

Foto 2 e 3. Demonstra o resultado ps centrifugao dos efeitos de concentrao de NaCl sobre a membrana eritrocitria. Foto 2 comparao entre os tubos 1 e 18 e a foto 3 compara os tubos 1 e 11.Devido falta de tempo no foi possvel realizar a medida da absorbncia das amostras.CONCLUSOConclumos ento com este experimento que ocorre uma relao diretamente inversa entre a gua e o Cloreto de Sdio, quando se trata de fragilidade da membrana eritrocitria. Onde, quanto maior a concentrao de NaCl em uma soluo aquosa, as membranas das clulas sanguneas resistiram por mais tempo, quando comparado a uma soluo com concentrao menor de NaCl.REFERNCIAS BIBLIOGRFICASCeaclin. Fragilidade Osmtica das Hemcias. Disponvel em: Acesso em: 20/03/2015.ESTEVES, V. S. et al. Diferenas na fragilidade osmtica de eritrcitos caninos utilizando tubos de coleta contendo fluoreto de sdio/edta (naf/edtana2) e somente edta (edta k2). Revista da FZVA. Uruguaiana, v.14, n.2, p. 134-139, 2007.ELIASI. F. et al. Fragilidade osmtica eritrocitria em gatos acometidos por hepatopatias e gatos com insuficincia renal (Cienc. Rural vol.34 no.2 Santa Maria Mar./Apr. 2004)LEWIS, S. M., BAIN, B. J., BATES, I. Hematologia Prtica de Dacie e Lewis. 9 ed. 45 Porto Alegre: Artmed, 2006, 147p.

MONTEIRO, MARINA C.R. ; A Hidratao Intravenosa Com soluo salina A 0,45% provoca hemlise intravascular em pacientes graves?, 2011.

SANTANA, V. A. C.; BIRGEL, E. H.; MOURO, G. B.; MIRANDOLA, R. M. S. Fragilidade osmtica dos eritrcitos de bovinos das raas holandesa, girolando e gir, criados no estado de So Paulo.Cincia Rural, Santa Maria, 2001.