trabalho piscinas final1

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1. INTRODUÇÃO Os reservatórios de água construídos artificialmente ou naturamente recebem o nome de piscinas. As piscinas naturais chamam a atenção pela beleza e/ou pela funcionalidade, sendo que geralmente são usadas para criação de peixes ou outros frutos do mar. Já as piscinas construídas pelo homem estão presentes no cotidiano mundial desde antes de Cristo, na forma de banhos públicos ou instaladas em quartos luxuosos. Atualmente, elas caíram no gosto popular, sendo utilizadas na natação e tantas outras práticas desportivas, recreação e lazer. Muitas vezes as piscinas artificiais são instaladas em áreas a “céu aberto”. Podem ter tamanhos e formas diversas e serem construídas de vários tipos de materiais, sendo os mais comuns: concreto, alvenaria, fibra de vidro ou vinil (manta de PVC armada). Sujeitas a variadas contaminações químicas, físicas e biológicas necessitam de cuidados especiais e particulares dependendo de seu material. Portanto, é importante frisar o que deverá ser levado em consideração na hora de confeccionar uma piscina, a escolha do seu material, os cuidados, necessidades e tratamentos que esse tipo de construção requer. O trabalho apresentado dará ênfase aos tipos mais comuns de construção de piscinas artificiais visando aperfeiçoar a escolha do modelo e tipo de material utilizado dependendo das necessidades e qualidade da área em que será construída uma 3

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1. INTRODUO

Os reservatrios de gua construdos artificialmente ou naturamente recebem o nome de piscinas. As piscinas naturais chamam a ateno pela beleza e/ou pela funcionalidade, sendo que geralmente so usadas para criao de peixes ou outros frutos do mar. J as piscinas construdas pelo homem esto presentes no cotidiano mundial desde antes de Cristo, na forma de banhos pblicos ou instaladas em quartos luxuosos. Atualmente, elas caram no gosto popular, sendo utilizadas na natao e tantas outras prticas desportivas, recreao e lazer.Muitas vezes as piscinas artificiais so instaladas em reas a cu aberto. Podem ter tamanhos e formas diversas e serem construdas de vrios tipos de materiais, sendo os mais comuns: concreto, alvenaria, fibra de vidro ou vinil (manta de PVC armada). Sujeitas a variadas contaminaes qumicas, fsicas e biolgicas necessitam de cuidados especiais e particulares dependendo de seu material.Portanto, importante frisar o que dever ser levado em considerao na hora de confeccionar uma piscina, a escolha do seu material, os cuidados, necessidades e tratamentos que esse tipo de construo requer.O trabalho apresentado dar nfase aos tipos mais comuns de construo de piscinas artificiais visando aperfeioar a escolha do modelo e tipo de material utilizado dependendo das necessidades e qualidade da rea em que ser construda uma piscina e entender os diversos e complexos processos de construo da mesma.

2. PISCINAS

Conforme o dicionrio online Caudas Aulete uma piscina por definio um grande tanque com gua tratada prprio para a prtica de esportes aquticos e/ou para recreao. (AULETE.UOL/2013)Porm a construo de uma piscina requer um estudo detalhado de diversos fatores.

2.1 Estudo e qualidade do solo

As piscinas que tero finalidades desportivas e relacionadas sade necessitam de um espao prprio e relativo prtica realizada, sendo que normalmente so construdas em clubes, hospitais ou clinicas. Ao se pensar em construir uma piscina usada na recreao e lazer familiar importante levar em conta o bem estar. Para que isso ocorra necessrio ficar atento escolha do local onde se pretende construir a piscina. aconselhvel ter uma rea que seja o dobro do tamanho da piscina, assim para uma piscina de 3,00 metros (m) por 5,00 metros (m), ou seja, 15,00 metros quadrados (m) necessita-se de um terreno de no mnimo 30,00m.Outro detalhe a trajetria do sol, isso importante para que no tenha uma piscina em local sombrio. A trajetria do sol varia durante o ano, no inverno o sol esta no seu maior ponto de inclinao, e no vero temos o sol mais a pique, com isso devemos observar se no existem arvores de grande porte que viria a prejudicar a intensidade de sol sobre a piscina.Referente s arvores, no aconselhvel construir a piscina em locais que possuam rvores caduciflias, ou seja, rvores que perdem suas folhas em determinadas estaes do ano, tais como pinheiros eucaliptos, e de rvores frutferas que alm de perderem as folhas elas tambm podem contaminar a qualidade da gua da piscina com seus frutos cados. Outra medida preventiva est em verificar se existem tubos de energia, gua ou esgoto passando pelo local da obra, procurando evitar possveis acidentes e prejuzos durante a escavao.2.2 Estudo do solo.

Aps definir o local da construo da piscina, o prximo passo o estudo do solo, isso dever ser feito por uma empresa qualificada. O estudo do solo ou tecnicamente chamado de sondagem define as caractersticas do solo, podendo informar a que profundidade se encontra o solo de boa resistncia e o nvel do lenol fretico.

2.3 Pontos de sondagem

O solo recobre a superfcie da terra e constitudo de diferentes tipos de substncias, como minerais, gua e gs. Caractersticas como cor, porosidade, permeabilidade e textura influem no tipo de uso que se faz do solo.

Cor: A cor depende principalmente da quantidade dos materiais (orgnico ou inorgnico) presentes no solo. Por exemplo, o solo mais escuro, quanto maior for a quantidade de matria orgnica em decomposio. A cor indica se ele frtil ou no. Tons avermelhados ou amarelados esto associados a xidos de ferro e, por isso, no caso de uma construo de uma piscina de alvenaria ser necessrio uma boa impermeabilizao.

Porosidade: A porosidade se refere poro do espao ocupado por lquidos e gases em relao massa do solo, ou seja, diz respeito aos vazios. Essa caracterstica resulta em maior ou menor circulao de gua no solo. Se h mais poros, a penetrao da gua maior e alcana camadas mais profundas, o que diminui a umidade do solo.

Permeabilidade: A permeabilidade do solo est diretamente relacionada porosidade, pois diz respeito condio da gua em circular pelo solo.

Textura: Outros fatores que influenciam na permeabilidade de um solo so o tamanho e a proporo das partculas que o compem, ou seja, sua textura. Na ordem do menor para o maior dimetro de suas partculas, o solo pode ser argiloso, de silte (fragmentos de rocha ou partculas surgidas da destruio de outras rochas), arenoso ou de pedregulho (calcrio).O solo argiloso menos permevel e, por isso, armazena mais gua. Alm disso, tem grande quantidade de xidos de alumnio e de ferro.O solo de silte tem partculas pequenas e leves e normalmente pode sofrer eroso (desgaste ou arrastamento da terra por ao da gua, do vento, de transporte ou de outros agentes).O solo arenoso, comum principalmente no Nordeste, tem boa porosidade e bastante permevel. A penetrao da gua at camadas mais profundas faz com que ele seja mais seco. Assim, plantas e micro-organismos tm mais dificuldade para crescer nessas condies.O solo de pedregulho, ou de calcrio, formado por partculas de rochas. Comum em reas de deserto, tambm fornece matria-prima para a fabricao de cal e cimento.Com estas informaes, varias providencias podem ser tomadas preventivamente, podendo apontar para uma mudana no local de implantao e at definir o tipo de piscina mais adequado para o local.

2.4 Tratamento e benfeitorias no solo para instalao geral

No existe um tipo de solo imprprio para a construo de uma piscina, Com a sondagem do solo o projetista ou responsvel pode determinar que tipo de piscina e qual a fundao ir utilizar para a construo, estabilizando o terreno de maneira que no a coloque em risco.

3. TIPOS DE PISCINAS

A diferena entre piscinas de concreto armado, fibra de vidro, vinil ou alvenaria est na estrutura que cada uma possui.

3.1 Piscinas em concreto armado

Concreto armado trata-se de uma estrutura monobloco em concreto com malha dupla de ferro (superior e inferior) no fundo e nas paredes. executada com duas formas, sendo uma externa e uma interna e um espao entre a elas preenchido com concreto usinado e a malha de ferro dupla.A grande vantagem desse tipo de piscinas alm da sua resistncia o fato de serem totalmente personalizveis, adaptando-se a todos os tipos de terreno, assumindo o formato e o tamanho que desejar. A durabilidade deste material tambm superior dos restantes, assim como a sua reparao tambm mais acessvel. A grande desvantagem o preo que, depende tambm do projeto.Para a sua confeco so aplicadas diversas camadas e tratamentos, sendo elas:

Contra piso para regularizao do fundo Forma externa Ferragem dupla (superior e inferior) Concreto (laje de fundo e parede) Forma interna Chapisco Impermeabilizao rgida Duas demos de massa vedante (polmeros semi-flexveis) Argamassa Azulejos,mais rejuntes

Conceitos bsicos

As telas soldadas so armaduras prontas para concreto armado, produzidas com ao de alta resistncia (CA 60), cujos fios soldados entre si formam malhas quadradas ou retangulares.Apresentam inmeras aplicaes na construo civil, destacando-se o uso em piscinas de concreto armado. Sua utilizao propicia uma srie de benefcios, tais como:

Reduo no custo final da armao Economia de at 75% no tempo de execuo e custo de mo de obra Controle do aparecimento de fissuras e trincas Evitam o desperdcio de ao por corte e desbitolamento Eliminam a amarrao em cada ponto de cruzamento Maior segurana e qualidade na armao importante no confundir piscina de concreto armado com piscina de alvenaria.

3.2 Piscinas de Alvenaria

A piscina de alvenaria normalmente confundida com a piscina de concreto armado, pois depois de prontas tem um acabamento muito prximo, porm as estruturas so diferentes.A estrutura de uma piscina de alvenaria em comparao com a estrutura de uma piscina de concreto armado mais simples. Essa estrutura formada por uma laje de fundo e por uma parede composta por blocos, vigas e colunas.O acabamento comea pela impermeabilizao da estrutura e logo em seguida aplicado o revestimento que pode ser idntico ao utilizado na piscina de concreto armado: azulejo, pastilha, pelcula de PVC, epxi, pedras, mosaicos, entre outros.Por apresentar uma estrutura menos resistente, comparada as piscinas de concreto armado, no pode ser construda em qualquer tipo de terreno, necessitando de condies ideais.Algumas empresas especializadas neste tipo de construo recomendam alguns cuidados essenciais, exemplo: a Empresa Campestre Piscinas fala sobre a necessidade de esvaziar uma piscina: Na necessidade de esvaziar a piscina podero aparecer rachaduras e danos estruturais irreversveis na estrutura da mesma. Portanto voc jamais poder esvaziar esse tipo de piscina sem a avaliao e aprovao prvia de um engenheiro ou profissional responsvel.

3.3 Piscinas de Fibra de Vidro

A grande particularidade das piscinas de fibra de vidro que ela autoportante, ou seja, no necessria uma estrutura prvia para a construo da piscina, j que seu casco mantm a forma quando instalada corretamente e em solo que cumpri com as exigncias necessrias, desde que se mantenha cheia de gua. Tambm no deve ser esvaziada sem o acompanhamento de um profissional especializado para evitar danos.Caso o solo no cumpra com as exigncias da construo pode ser feito um contra piso para o apoio do fundo da piscina. Eventualmente, com a construo de uma estrutura que possua reforos, poder ser construda em terrenos inapropriados, porm, os custos podem ficar bastante elevados.Por ser um modelo pr-fabricado, existe o inconveniente do transporte, j que necessrio lev-la pronta para a instalao no terreno, portanto um estudo da aplicao da mesma de extrema importncia.

Passo a passo da instalao da piscina de fibra de vidro.

Determinar o nvel da piscina. Escavao do buraco. Quando necessrio, fazer um contrapiso no fundo do buraco com uma espessura de aproximadamente 8 cm, aplicar 5cm de areia com cimento a seco (proporo 10 x 1) sobre o contrapiso Colocar a tubulao debaixo da borda da piscina, amarrando-a nos reforos da mesma (tubulao de 50 mm em toda a rede). Colocar a piscina no buraco, verificar o nvel nos cantos. Encher a piscina com gua e simultaneamente colocar areia com cimento a seco em volta.Para Piscinas com dimenses a partir de 30 m, ou parcialmente suspensas e, dependendo das condies do terreno, recomendado que se faa uma parede de tijolos ou blocos de concreto no entorno da piscina desde o fundo at a borda, no esquecendo de calar bem os degraus.

3.4 Piscinas de Vinil (manta de PVC armada)

A piscina de vinil muito semelhante piscina de alvenaria porque ambas podem ser construdas com a mesma estrutura. A diferena est justamente no fato de que nos modelos de vinil a estrutura no precisa ser impermeabilizada uma vez que o vinil um acabamento que impermeabiliza a piscina. Porm a estrutura precisa receber uma camada de acabamento tipo reboco e cimento queimado para corrigir imperfeies proporcionando a correta acomodao do bolso de vinil e uma aparncia agradvel aos olhos e ao toque.No fundo, sobre o reboco, adicionada uma camada de vermiculita ou de isomanta para reduzir o atrito entre o vinil e a estrutura da piscina. Com relao ao acabamento, o vinil no resiste a elementos cortantes ou perfurantes, pode manchar, no aceita todo tipo de aquecimento, no permite o uso de todos os tipo de produtos qumicos utilizados para limpeza e tratamento da gua, pode enrugar, tem durabilidade reduzida, desbota com o tempo deixando a piscina com um aspecto envelhecido e desagradvel.Outro detalhe semelhante que ela tambm no pode ser instalada em qualquer tipo de terreno sem a execuo de elementos que propiciem o reforo estrutural.

Passo a passo da instalao da piscina de vinil

A piscina com revestimento de vinil composta de vrias fases de construo, que podemos basicamente dividi-las em trs: estrutura da alvenaria; acabamento da borda ou lateral e revestimento de vinil.

A fase de construo de alvenaria igual, as nicas particularidades para aplicao do vinil que toda a estrutura para piscina de vinil deve ter os cantos (quinas) quebrados ou arredondados, pois a manta vinlica no faz quina e sim curva, e necessrio rebocar e aplicar acabamento de cimento queimado para melhorar o aspecto do vinil. Fixa-se o perfil em toda a extenso da piscina, pois ele que segura o vinil. Fixa-se a pelcula ou manta vinlica moldando sobre a base de alvenaria e eliminando as rugas.

3.5 Tabela comparativa entre os 4 principais tipos.

ConcretoAlvenariaVinilFibra

Classificao Geral

Aplicao de qualquer tipo de revestimento

Durabilidade da estrutura

Durabilidade do revestimento (mais de 10 anos)

Limitao do formato aos modelos do fabricante

Necessidade de reparo peridico no revestimento (troca, pintura, etc.)

Possibilidade de construir em aterros

Possibilidade de construir em balano

Possibilidade de construir em barrancos

Possibilidade de construir em grandes formatos

Possibilidade de construir em qualquer tipo de terreno

Possibilidade de construir em terrenos alagadios

Possibilidade de construir em terrenos arenosos

Possibilidade de construir em terrenos muito inclinados

Possibilidade de construir na presena de lenol fretico

Possibilidade de instalao de qualquer tipo de aquecimento e temperatura

Possibilidade de instalao de todo tipo de acessrio

Resistncia do revestimento a qualquer tipo de produto qumico p/ tratar a gua

Resistncia a rachaduras em caso acomodao do terreno

Resistncia geral da estrutura

Resistncia do revestimento a arranhes e manchas

Resistncia do revestimento a objetos cortantes ou perfurantes

Facilidade de transporte at o local da instalao

Custo

Velocidade na entrega da obra

4. CUIDADO E CONSERVAO

4.1 Piscinas de concreto

Um dos problemas mais graves que poder ocorrer numa piscina o vazamento. Danos estruturais podem colocar em risco no s a integridade da piscina e dos seus equipamentos, mas tambm danificar seriamente a rea circundante. Algumas das fugas mais frequentes e tambm das mais fceis de reparar ocorrem na canalizao e componentes visveis, como por exemplo, na bomba ou no filtro. O mais bvio ser a existncia de rachas no interior da piscina. Ainda que nem todas impliquem necessariamente uma fuga, ser um forte indicador da sua existncia.Azulejos soltos podem tambm indiciar uma infiltrao: podem ter sado completamente ou estar apenas com uma folga;Fissuras, rachas ou levantamentos do deck, de outros componentes ou reas circundantes piscina podem significar infiltraes para o solo;Razes de rvores podem levantar a canalizao, o deck ou a prpria piscina, causando danos e fugas.No entanto, o pior acontece quando existe uma fuga em locais que no so imediatamente visveis, e a infiltrao de gua direcionada para debaixo do solo. Existem alguns sinais visveis que o podero ajudar na confirmao da existncia de uma fuga, caso suspeite que ela exista. Quando os indcios no so visveis ou perceptveis a olho nu, e necessria uma ateno redobrada para confirmar no s a existncia da fuga, mas tambm, a sua localizao. Existem alguns testes simples que no exigem muito esforo e que lhe permitem saber se tem ou no,de fato, uma fuga no interior da piscina.

4.2 Piscinas de Concreto e Alvenaria

Por ter seu acabamento normalmente feito de azulejos e pastilhas uma desvantagem maior facilidade com que se soltam quando h descuido no controle da qualidade de gua da piscina (mais precisamente descuidos com o pH e a dureza clcica), caindo no fundo da piscina e danificando a bomba ao serem aspiradas. No so raros os casos de vazamentos causados pelo adensamento do solo ao redor da piscina, pequenas fissuras so formadas no concreto, que podem aumentar com o passar dos anos criando vazamentos difceis de serem sanados. Da a importncia de uma boa impermeabilizao. Uma vez que pequenas trincas na estrutura so difceis de evitar, principalmente considerando o passar dos anos.

4.3 Piscinas de Fibra de Vidro

Apesar de no possurem grandes problemas com o pH da gua, terem instalao rpida e baixa ocorrncia de vazamentos as desvantagens desse tipo de piscina so a impossibilidade de esvaziamento, sem que se faa um trabalho de escoramento das paredes, e a fragilidade da pintura, que acarreta invariavelmente em desbotamento de sua cor. Muito cuidado deve-se ter ao aplicar produtos qumicos, como algicidas, nesse tipo de piscina. O uso de algicidas base de cobre deve ser evitado, pois, frequentemente, causam manchas amareladas ou azuladas. Sua pintura bastante sensvel a manchas de cloro e algicida, bem como a arranhes. Jamais usar escova de ao. A aplicao de cloro jamais pode ser exagerada. Deve-se diluir muito bem o cloro antes de sua aplicao (principalmente ao se utilizar tricloro granulado). Em hiptese nenhuma tirar mais da metade da altura de gua. Esse tipo de piscina quebra se no for estaqueada antes de seca.Cuidado redobrado no manuseio de registros e limpeza do pr-filtro, esse tipo de piscina geralmente possui casa de mquina muito pequena e fcil de alagar por qualquer vazamento, ou mesmo gotejamento.

4.4 Piscinas de Vinil

As piscinas de vinil tem sua manuteno idntica as piscinas de fibra de vidro. Apesar das mantas vinlicas utilizadas serem resistentes, deve-se ter ateno quanto ao risco de perfurao com objetos pontiagudos.

5. TRATAMENTO FSICO E CUIDADOS EXIGIDOS

5.1 Filtragem

Precisa ser feita todos os dias do ano, mesmo no inverno, para isso, toda piscina deve possuir um sistema de recirculao que retira a gua da parte mais funda do tanque passando pelo pr-filtro, bomba, filtro e ento retorna piscina pelo lado mais raso.Todos os equipamentos so ligados por tubulaes, conexes e vlvulas hidrulicas. O mais importante passo do tratamento fsico, o processo de filtragem retm a sujeira em suspenso na piscina atravs da areia de quartzo (elemento filtrante) contida no interior do filtro, alm de reteno de partculas, a filtrao auxilia no processo de mistura dos produtos qumicos na piscina, sendo fator decisivo para uma melhor qualidade da gua.

5.2 Aspirao com drenagem

Este processo consiste em aspirar a sujeira depositada no fundo da piscina, resultado da ao dos clarificantes e algicidas, expulsando estes resduos pelo esgoto. Neste processo a gua no retorna para a piscina.

5.3 Aspirao com filtragem

Este processo consiste na aspirao da sujeira depositada no fundo e transferncia desta para o filtro, geralmente utilizado quando as partculas de sujeira so mais espessas, proporcionando a filtragem, devolvendo gua limpa para a piscina.

5.4 Retrolavagem ou lavao do elemento filtrante

A areia do filtro deve ser retrolavada pelo menos uma vez por semana. O fluxo de gua inverso ao do processo de filtragem faz com que a sujeira depositada na areia seja expulsa para o esgoto, permitindo com isso que a capacidade de filtragem seja renovada.

5.5 Limpeza do pr-filtro da bomba

A bomba do sistema de filtragem dotada de pr-filtro. Uma pea que retm a principio folhas, objetos como anis e pulseira e pequenos brinquedos. Deve ser limpo com frequncia, pois basta estar parcialmente entupida para comprometer o sistema de filtragem, acarretando a principio em diminuio da presso da gua e eficincia na filtragem.Uma dica importante sempre limpar sempre a rea ao redor da piscina, varrendo sempre (no sentido oposto dela) para evitar que caia sujeira na gua. Tambm necessrio escovar as paredes da piscina de vez em quando, mas sem usar esponja de ao, escovas metlicas nem buchas abrasivas, utilize um produto limpa bordas apropriado (que seja biodegradvel e apresente ph neutro) e uma esponja no muito abrasiva.Em situaes em que a gua da piscina estiver muito poluda, no sendo garantido que a limpeza fsica, qumica e biolgica garantam a qualidade da gua o mais indicado trocar e renovar a gua da piscina.

5.6 Coberturas

As coberturas so importantes por garantirem segurana e limpeza da piscina quando a mesma no est sendo utilizada, evitando queda de partculas e folhas na gua. As coberturas podem ser divididas em quatro tipos, sendo elas: de inverno, solares, de segurana e telescopias.O diferencial apresentado pela cobertura telescopia reside no fato de permitir a utilizao da piscina durante todo o ano, permitindo ainda rebat-la quando as condies meteorolgicas forem mais aliciantes.

6. TRATAMENTO QUMICO DA GUA

Todo tratamento ou procedimentos em geral no Brasil possui uma norma de regulamentao para a perfeita realizao. Portanto exista uma norma assinada pela ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) para o tratamento de gua de piscinas, que a ABNT/NBR 10818: Tratamento Qumico da gua de Piscinas.Quando se fala em tratamento de gua pensa-se em filtros, mas no envolve apenas filtrar a gua e dizer que ela esta pura e limpa, necessrio utilizao da qumica nesse processo.Conforme a ABNT 10818, o tratamento qumico da gua visa garantir: a qualidade esttica da gua (gua cristalina, sem resduos e sem odores desagradveis) e a qualidade sanitria da gua, ou seja, mant-la saudvel e segura para a sade dos usurios.Sendo assim, para garantir a qualidade da gua necessrio primeiramente controlar o ph (potencial de hidrognio inico) que indica a acidez e alcalinidade da gua, medida numa escala de 0 a 14, onde nveis abaixo de 7 a gua est cida, igual a 7 a gua est neutra e superior a 7 a gua esta bsica ou alcalina. O ideal para piscina entre 7,2 a 7,8, ou seja, levemente alcalina. Para controlar o Ph de uma substancia qualquer, quando esta est cida adiciona uma base, quando a substancia muito alcalina adiciona-se cido para neutraliza-la.Na gua de piscinas costuma-se adicionar carbonato de sdio (NaCO3 -substncia alcalina), para neutralizar a gua de piscina que normalmente se encontra levemente cida, devido ao tempo, sereno e chuva que possui seu ph pouco cido. E quando a alcalinidade da piscina est alta, utiliza-se acido muritico (HCl 30%). encontrado com facilidade kits prontos para essa finalidade, que contem uma soluo cida (cido muritico) e uma soluo bsica (NaCO3) e um medidor de ph (phmetro).

Reao

Base:

NaOH(s)Na+(aq) + OH-(aq)Sal bsico:

Na2CO3(s)2 Na+(aq) + CO32-(aq)

CO32-(aq) + H2O(l)HCO3-(aq) + OH-(aq)

Para garantir tambm o controle biolgico as piscinas so desinfetadas, matando microorganismos nocivos sade, tais como bactrias, vrus, protozorios, vermes, fungos, algas, entre outros. Para isso so usados vrios produtos desinfetantes, conhecidos popularmente como Cloro. Entre os mais usados temos: hipoclorito de sdio (o chamado cloro lquido, trata-se de uma soluo similar gua sanitria s que 4 ou 5 vezes mais concentrada), hipoclorito de clcio (cloro granulado) e os isocianuratos clorados (pastilhas e granulado, tambm chamados de cloro orgnico).O cloro o produto mais utilizado para a desinfestao da piscina. Logo que o cloro adicionado gua ele reage e forma o cido hipocloroso (cloro livre), a quantidade de cloro livre que sobra na gua aps esse processo chamado de residual de cloro que deve ser mantido na piscina numa faixa entre 2 e 4ppm (partcula por milho) para assegurar a distribuio contnua e eficaz dos microrganismos, assim como o ajuste de ph tambm se utiliza estojo especifico para esse controle que faz a analise instantnea de nvel de ppm de cloro livre na gua.

Reao:

Reao do hipoclorito de sdio em gua:

NaClO + H2O HClO + Na+ + OH-

6.1 Tratamentos auxiliares

6.1.1 Clareamento

So usados floculantes para clarear e eliminar sujeiras na gua, um dos floculantes mais utilizados o sulfato de alumnio, que tem sua propriedade muito especifica fazendo com que a sujeira se aglomere em suas partculas, assim aps algumas horas h um residual no fundo da piscina, e com o auxilio de um aspirador especifico e filtros so retirados todas as sujeiras na gua.

Dados tcnicos e reaes:

Neste processo as partculas slidas se aglomeram em flocos para que sejam removidas mais facilmente. Este processo consiste na formao e precipitao de hidrxido de alumnio (Al2(OH)3) que insolvel em gua e carrega as impurezas para o fundo do tanque. Aps o ajuste do pH, adiciona-se o sulfato de alumnio, que ir dissolver na gua e depois precipitar na forma de hidrxido de alumnio. (Qumica Ambiental, Tratamento de gua)

Dissoluo:

Al2(SO4)3(s) + H2O(l) 2 Al3+(aq)+ 3 SO43-(aq) + H+ + OH-

precipitao:

Al3+(aq)+ 3 OH-(aq) Al(OH)3(s)

Portanto a salubridade da piscina depender de uma criteriosa limpeza fsica, qumica e biolgica, usando os filtros, e agentes qumicos simultaneamente. importante salientar que somente o tratamento biolgico (a base de agentes qumicos) isoladamente, jamais trar resultados satisfatrios.A clorao dever ser feita preferencialmente ao entardecer, pois face sua volatilidade, a sua dissipao no ser to acelerada.Recomenda-se que aps a adio de qualquer agente qumico na gua, o filtro seja ligado por 6 8 horas na posio filtrar. Contudo as chuvas e o uso da piscina so fatores determinantes da variao na durabilidade do tratamento.

7. SADE E BEM ESTAR

7.1 Doenas associadas s Piscinas

As piscinas e banhos pblicos fazem parte da cultura popular, sendo comum at hoje em diversas culturas, pessoas brincam e participam de atividades em piscinas pblicas, passam por ritos religiosos, banhos medicinais, entre outros.Historicamente as piscinas foram responsveis pela contaminao de grande parte da populao da Roma Antiga, devido aos altos nveis de chumbo, proveniente da maquiagem utilizada pelas mulheres daquele tempo, contribuindo assim, com a contaminao da populao devido ao metal pesado.Atualmente, as doenas transmitidas pela gua de piscinas so causadas tanto por ser um elemento exposto, assim sujeita a contaminao ambiental, quanto pelos nadadores que a utilizam.Bactrias e fungos se originam atravs da falta de cloro na gua. essencial a utilizao de uma quantidade suficiente a fim de assegurar a destruio da vida bacteriana, pois o cloro atua promovendo a desinfeco da gua, manter o pH adequado e a higiene pessoal bem feita tambm indispensvel para o uso saudvel da piscina. Entretanto, como impossvel impedir que as bactrias e fungos entrem na gua das piscinas, principalmente em espaos pblicos, onde o nvel de contaminao elevado, muitos proprietrios utilizam o cloro em excesso na esperana de que a doena seja prevenida, porm esse procedimento provoca irritaes nos banhistas e apresenta odor desagradvel.Algumas das doenas comuns transmitidas pela exposio gua de piscinas contaminadas so: micose, dermatite, conjuntivite, hepatite, inflamaes nos ouvidos e nariz, entre outros.

7.2 Esporte, Recreao e sade

A prtica de esporte em piscinas muito antiga, e infelizmente no h uma data concreta de quando comeou. Existe uma quantidade enorme de esportes relacionados diretamente com piscinas, entre os mais populares esto a natao, o nado sincronizado, saltos ornamentais e o plo aqutico. At meados dos anos 80 as piscinas eram praticamente exclusividade dessas atividades esportivas. Atualmente as piscinas esto cada vez mais presentes em atividades recreativas que geram o prazer e alegria. O homem ao estar no meio aqutico pode explorar de forma ldica e corporal atividades que no poderiam ser realizadas fora da gua. A recreao aqutica tambm visa o desenvolvimento fsico do praticante, mas seu objetivo principal a prtica de uma atividade que vislumbra a ludicidade, e no o treinamento das capacidades fsicas (AQUINO, 2012).H tambm outras prticas que esto se popularizando, que buscam na utilizao de piscinas tratamentos de sade e reabilitao de pessoas. A hidroginstica ajuda na preveno de doenas como artrite e reumatismo, problemas respiratrios e neurolgicos, e a hidroterapia alm de contribuir na diminuio e preveno de problemas ligados a idade tambm trabalha usando a temperatura e a presso da gua para o tratamento de cada paciente." muito benfica tambm para problemas vasculares, traumatolgicos e ps-cirurgias, alm de melhorar a condio cardiorespiratria central e perifrica. Em vrios casos ela mais vantajosa pelo baixo nvel de agresso s articulaes, assim facilita na execuo dos exerccios que fora da gua no poderiam ser realizados" (MACHADO, 2013).

MATERIAL E MTODOS

O presente trabalho constituiu-se de uma reviso da literatura em mtodo exploratrio, ao qual foi realizado um levantamento bibliogrfico atualizado principalmente em sites, revistas e catlogos especializados no assunto, colocando o pesquisador em contato com o que j se produziu a respeito do tema. Durante essa pesquisa focou-se em termos como piscinas, construo, lazer, sade, concreto, vinil, PVC, alvenaria, resistncia, diferena entre outros.Dessa forma a reviso dessa literatura contribuiu para a anlise e a diferenciao dos diversos mtodos de construo de piscinas, tambm foi possvel atravs dela reconhecer os variados e complexos tratamentos qumicos, fsicos e biolgicos necessrios para a manuteno.

CONCLUSO

Podemos observar uma crescente popularizao das piscinas. Isto se deve a muitos fatores, onde podemos destacar como principais seu crescente uso para trazer benefcios sade, como fonte de renda, praticas esportivas, recreao e laser. Devido a esta popularizao, tambm notamos uma queda nos preos. Hoje, muitos conseguem tornar possvel o sonho de construir uma piscina na casa de campo, ou mesmo na sua residncia. Mesmo empreendimentos para classes C e D j contam em seus projetos com piscinas nos condomnios. Fatores que colaboram com a preocupao de se observar as condies e cuidados que devem ser tomados na execuo.Muitos aspectos devem ser observados ao se pensar em construo de piscina. Todo o planejamento e preparao da obra sero determinantes quanto durao e resistncia, deve-se estudar bem o tipo de piscina a ser usado, a qual s poder ser decidido aps um estudo do terreno, solo e condio financeira para execuo do projeto.Aps a execuo da piscina outros cuidados devem ser tomados para evitar o desgaste e danos causados pela falta de manuteno ou ainda pela m manuteno. Alm dos cuidados referentes conservao, tambm deve-se ficar atento aos cuidados referente a sade dos usurios da piscina, pois existem muitos procedimentos que devem ser adotados a fim de minimizar ou eximir o contagio ou a proliferao de doenas.Tomando-se como base todas estas informaes e seguindo as recomendaes, com certeza, a piscina ser um local de prticas prazerosas, seja seu fim qual for.

REFERENCIAS

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