trabalho picadeiros final
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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS PICADEIROS
HERDADE DO AMEAL VS Q UINTA DA BICA
COMPORTAMENTO E
BEM-ESTAR DO CAVALO
INSTITUTO POLITÉCNICO DE PORTALEGRE
ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE ELVAS
ENFERMAGEM VETERINÁRIA
COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR ANIMAL
Docente: Dr.ª Luísa Pereira
Realizado por: Ana Pereira Nº 14165Carla Rosa Nº 14614Inês Correia Nº 14158
Nádia Lopes Nº 14615Nicole Baião Nº 14150Vera Pereira Nº 14618
Elvas, 4 de Janeiro de 2011
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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Í NDICE PÁG.
1. INTRODUÇÃO 3
2. O CAVALO 4
3. O PICADEIRO 5
3.1. MANTER UM CAVALO A PENSO 5
3.2. CAVALARIÇAS E CAMAS 5
4. MANEIO 6
4.1. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 6
4.1.1. NUTRIENTES ESSENCIAIS 7
4.1.2. AS REGRAS DA BOA ALIMENTAÇÃO 11
4.1.3. O QUE SE DEVE DAR AO CAVALO 11
4.1.4. PROBLEMAS RELACIONADOS COM A ALIMENTAÇÃO 13
4.2. REQUISITOS DE UMA PASTAGEM PARA CAVALOS 14
4.3. A LIMPEZA DO ESTÁBULO 15
4.4. A LIMPEZA DO CAVALO 15
4.5. O PROCESSO DE LIMPEZA 22
4.5.1. O ESTOJO DE LIMPEZA 23
5. APRENDIZAGEM EQUINA 27
5.1. COMUNICAÇÃO COM O HOMEM 29
5.2. COMUNICAÇÃO ENTRE CAVALOS 30
6. COMPORTAMENTO 31
6.1. ROTINA DE CAVALOS NÃO ESTABULADOS 31
6.2. ORGANIZAÇÃO SOCIAL E TAMANHO DO GRUPO 32
6.3. PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS 35
7. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS PICADEIROS 36
7.1. HERDADE DO AMEAL (ALENTEJO) 36
7.2. Q UINTA DA BICA (ALGARVE) 39
7.3. COMPARAÇÃO ENTRE OS DOIS PICADEIROS 42
7.4. ANÁLISE SWOT 43
8. CONCLUSÃO 44
9. BIBLIOGRAFIA 45
ANEXOS
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objectivos principais clarificar conceitos, abordando características
técnicas sobre o alojamento, o maneio e o comportamento do cavalo no âmbito do
comportamento e Bem-estar animal. Para a sua elaboração e através da literatura
especializada, procuramos realizar um estudo comparativo, entre dois picadeiros.
FIG. 1 e 2 – Exemplos de instalações de Picadeiros
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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2. O CAVALO
O cavalo doméstico ocupou sempre um lugar importante na vida humana. Quando os cavalos
foram domesticados, é provável que desempenhassem dois papéis. Os cavalos das florestas,
mais lentos, eram provavelmente bestas de carga. Os cavalos das planícies, mais velozes que
um meio para deslocações rápidas.
Nos nossos dias, os cavalos já não são usados nas batalhas, os tractores substituíram-nos na
agricultura e o motor a diesel é o principal meio de transporte, mas os cavalos continuam a
merecer um grande estima. Desde que foram domesticados que os humanos os reproduziam
selectivamente de modo a satisfazerem necessidades especificas ou conceitos de beleza. Há
agora vários tipos diferentes de cavalos e um grande número de raças específicas
reconhecidas internacionalmente. Tal como no passado, os diferentes tipos de trabalho
requerem diferentes tipos de cavalos.
Cuidar de um cavalo é uma actividade que requer grande responsabilidade. Uma boa solução
para o animal é passar parte do dia ao ar livre, em que se mantém em prática mesmo que
não seja incitado a fazer exercício e outra parte do dia no estábulo; assim, o cavalo torna-semais fácil de montar do que se estivesse todo o dia encerrado. Deixar o cavalo sempre ao ar
livre ou sempre no estábulo são outras opções. (www.tudosobrecavalos.com)
No primeiro caso é necessário ter uma pastagem abundante, uma fonte de água fresca e
abrigo contra o mau tempo do Inverno e os insectos no verão; nestas condições deve ser
dado ao cavalo um complemento alimentar pois apenas a pastagem não é suficiente para
manter o cavalo em forma. No caso de o cavalo estar encerrado é preciso evitar o tédio visto
que o cavalo não está no seu ambiente natural e é também essencial que o tratador entenda
a psicologia do cavalo. (www.tudosobrecavalos.com)
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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3. O PICADEIRO
O picadeiro é uma estrutura essencial para os praticantes das várias modalidades equestres e
para os criadores.
A sua forma, as dimensões e o piso homogéneo e regular permitem desenvolver e preparar o
cavalo, tanto física como “psicologicamente”, para o trabalho montado, base da sua utilização
em todas as modalidades equestres.
Um picadeiro permite executar os exercícios adequados a cada fase do desenvolvimento do
cavalo, da forma mais correcta e exacta, conseguindo em cada momento do seu treino
encontrar o modo de ultrapassar problemas ou fraquezas ao nível físico e/ou psicológico. (ESA,2002)
3.1. MANTER UM CAVALO A PENSO
O penso ou pensão é a alternativa para quem não pode ter os cavalos em casa. Para isso é
necessário encontrar um centro onde tratem cavalos e onde haja pessoal experiente.
Existem 5 sistemas de penso:
• O penso completo, em que se paga a alguém para fazer tudo o que for necessário
inclusive o exercício de que o animal necessita;
• O faça você mesmo, onde o trabalho é feito pelo proprietário;
• A pastagem, que é indicada para cavalos que vivam todo o ano ao ar livre;
• O repartido que é, ideal para o proprietário manter o contacto com o cavalo, pois
parte do trabalho é feito por ele e a outra metade pelo centro;
• O sistema em trabalho, em que o cavalo é utilizado por exemplo, numa escola deequitação. (www.tudosobrecavalos.com)
3.2. CAVALARIÇAS E CAMAS
A boxe de um cavalo deve ser espaçosa, clara e arejada. Ter uma fila de boxes de um lado e
do outro e um corredor central facilita as tarefas dos trabalhadores. É também muito
importante que haja um constante abastecimento de água fresca e limpa.
A cama mantém o cavalo confortável e quente e evita grande parte das feridas quando este
se mantém deitado. (www.tudosobrecavalos.com)
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FIG. 3 – Boxe de um Picadeiro
Podem ser utilizados vários tipos de cama desde as de palha às de borracha. Deve evitar que
o cavalo viva num ambiente com muito pó e gases que provém da cama e até do próprio
feno. Todas as camas têm vantagens e desvantagens: A palha de trigo é muito poeirenta e os
cavalos comem-na; também a palha cortada e sem pó tem o inconveniente de ser comida
pelos animais; as aparas de madeira só são aconselhadas se o pó tiver sido extraído; o
cânhamo proporciona uma cama resistente e leve, mas têm também o problema do pó e de
serem comidas; as tiras de papel não são poeirentas mas são difíceis de remover e voam
facilmente; os tapetes de borracha devem ser utilizados apenas em cavalariças com boa
drenagem, pois caso contrário pode formar-se uma possa de líquido de borracha, e sempre
debaixo de uma fina camada de cama. (www.tudosobrecavalos.com)
4. MANEIO
4.1. ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Para alimentar cavalos é necessária não só ciência como também arte pois para além do
conhecimento das necessidades nutritivas do cavalo é também necessário dar-lhe a
alimentação mais adequada ao seu carácter individual. O aparelho digestivo destes animais
adaptou-se a comer pouco de cada vez mas muitas vezes devido a que no seu estado
selvagem os cavalos costumavam andar livremente, pastando e bebendo constantemente,
podendo assim escolher as plantas que encontravam. (www.tudosobrecavalos.com)
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FIG. 4 – Alimentação do cavalo
Nos dias de hoje, a alimentação do cavalo está completamente alterada. Isto deve-se à sua
progressiva domesticação e ao tipo de esforço físico a que estão sujeitos. A sua dieta é agora
muito mais controlada e existe um leque muito vasto de alimentos disponíveis
comercialmente. (www.tudosobrecavalos.com)
Embora o treino e os factores genéticos sejam os maiores contribuintes para a performance
dos animais, a nutrição tem vindo cada vez mais a ser reconhecida como um factor muito
importante na determinação do sucesso ou fracasso na carreira desportiva de um cavalo.
(SILVA,A.,2009)
4.1.1. NUTRIENTES ESSENCIAIS:
A ração deve ser sempre avaliada na seguindo esta ordem. Deve-se sempre começar por
garantir que a água é suficiente e que os hidratos de carbono e gorduras do alimento
garantem a manutenção das exigências energéticas do animal. De seguida, assegurar que a
ração contém quantidades adequadas dos outros nutrientes para que todas as necessidades
sejam atingidas. É indispensável ter em conta que as exigências nutricionais variam com a
idade, com o trabalho a que aos animais estão a ser submetidos e, no caso das fêmeas, nos
períodos de gestação e lactação. (SILVA,A.,2009)
Para que o cavalo tenha uma dieta bem equilibrada é essencial que contenha todos os
elementos seguintes:
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Água
A necessidade de água de um cavalo depende da temperatura, da quantidade de exercício,
da sua alimentação e da sua idade. Um jovem cavalo tem na sua constituição cerca de 80%
de água enquanto que num cavalo adulto esta percentagem está entre os 50% e os 60%.
(www.tudosobrecavalos.com)
A quantidade aproximada de água necessária para um cavalo em condições normais é de 4 a
5 l/100Kg de peso vivo, por dia. Esta quantidade varia em função da quantidade de água no
alimento ingerido, temperatura e humidade ambientais, exercício e lactação. Para fins
práticos, o ideal é que os cavalos tenham sempre à disposição água fresca e de boaqualidade. (SILVA,A.,2009)
Hidratos de Carbono
Estão presentes no amido (é encontrado nos cereais), nos açúcares (presentes em todos os
alimentos, principalmente nos melaços e na erva fresca) e em certos componentes das
fibras. (www.tudosobrecavalos.com)
Óleos e Gorduras
Os óleos estão presentes em pequenas quantidades na maioria dos alimentos comerciais e é
geralmente acrescentado à dieta do cavalo sobre a forma de óleo vegetal. Estes contém duas
vezes e meia mais energia do que os hidratos de carbono, sendo assim fontes de energia
concentrada. (www.tudosobrecavalos.com)
A maioria das rações contém apenas 2% a 6% de gordura, no entanto, o cavalo pode
aproveitar até 16% na ração total e 30% de gordura no concentrado sem efeitos adversos.
Quantidades superiores a estas diminuem a palatibilidade da ração e podem provocar
diarreia. As gorduras, principalmente aquelas que contêm grande quantidade de ácidos
gordos insaturados, tais como os óleos vegetais, podem ser adicionadas à ração com os
seguintes objectivos:
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Aumentar a energia da ração. As gorduras fornecem 2,25 vezes mais energia do que
uma mesma quantidade em peso de hidratos de carbono ou proteínas. Se houver
uma ingestão inadequada de outras fontes energéticas, ou se mais proteína do que
aquela necessária ao cavalo for ingerida, a proteína será usada para produzir
energia;
Melhorar o aspecto da pelagem do cavalo, tornando o pêlo mais brilhante. Muitos
dos suplementos e condicionadores à venda no mercado contêm ácidos gordos com
este objectivo;
Auxiliar a muda de pêlo na Primavera;
Diminuir a poeira da ração; Reduzir o desgaste do equipamento para a mistura de alimentos;
Facilitar a paletização;
Prevenir que material fino, com os suplementos minerais ou certos medicamentos,
seja perdido.
Estes efeitos podem ser conseguidos, de forma bastante económica, adicionando à ração do
cavalo 30 ml a 60 ml, duas vezes ao dia, de qualquer um dos óleos 100% vegetais da cozinha.
(SILVA,A.,2009)
Fibras
Encontram-se em todos os alimentos principalmente na erva no feno e na palha e são um
elemento muito importante na dieta do cavalo. (www.tudosobrecavalos.com)
Proteínas
As proteínas são reconhecidas actualmente como o principal constituinte celular,
imprescindível para a construção e manutenção das células individuais e, portanto, para a
existência de qualquer ser vivo. (SILVA,A.,2009)
Ao serem decompostas dão origem aos aminoácidos que são utilizados no crescimento, na
gravidez, na produção de leite e na reparação de tecidos. (www.tudosobrecavalos.com)
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Quando a ingestão de proteínas é inadequada, existe um sério comprometimento na
ingestão de alimentos, no crescimento, na actividade física, na produção de leite e no
desenvolvimento do cavalo. (SILVA,A.,2009)
Minerais
Os minerais são substâncias naturais e inorgânicas, constituídas por um ou mais elementos
em proporções específicas. (SILVA,A.,2009)
O equilíbrio de minerais mais importante é o do cálcio e do fósforo, com uma relação de
cerca de uma parte e meia de cálcio para uma parte de fósforo. O magnésio, o sódio, o cloroe o potássio são outros dos minerais principais enquanto que o cobre, o ferro, o manganês, o
selénio e o zinco são minerais secundários. (www.tudosobrecavalos.com)
O cloreto de sódio (sal) é um mineral perdido em abundância pela sudação, a qual depende
da intensidade e duração do esforço, do estado de treino do cavalo (no inicio o suor é mais
diluído e secretado em excesso) e das condições climáticas. Um cavalo adulto, com trabalho
moderado, consome aproximadamente 0,2 Kg de sal por semana, embora este valor seja
variável. O ideal é o cavalo ter sempre sal à disposição, de forma a consumir sempre o
suficiente para suprir as suas necessidades. (SILVA,A.,2009)
FIG. 5 – Bloco de Sal – Quinta da bica
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Vitaminas
As vitaminas principais são A, D, E, K e o grupo B. Ajudam a controlar as reacções químicas e
bastam pequenas quantidades para manter a saúde. Alimentos como o feno são pobres em
vitaminas enquanto que a erva e os alimentos verdes são boas fontes deste elemento.
(www.tudosobrecavalos.com)
4.1.2. AS REGRAS DA BOA ALIMENTAÇÃO:
Tendo em conta os hábitos alimentares naturais do cavalo e a fim de servir o seu aparelho
digestivo podem estabelecer-se as seguintes regras:
• Tenha sempre ao alcance do cavalo água limpa e fresca;
• Dê ao cavalo pelo menos 2 refeições por dia se estiver em trabalho leve ou médio e 3
ou 4 se tiver um esquema de trabalho completo, de modo a que coma pouco de cada
vez mas muitas vezes;
• Baseie-se no peso da comida e não no seu volume – pese a amostra da comida e saiba
sempre quanto é que dá a comer ao seu cavalo;
• Alimente o cavalo tendo em conta o seu peso e registe todas as mudanças, devendo
consultar o veterinário se estiver preocupado com a dieta;
• Aumente o tipo de alimentos e a sua quantidade caso ache que a carga de trabalho
imposta ao cavalo assim o justifique;
• Não utilize nunca rações moles ou poeirentas mas sim alimentos de alta qualidade;
• Não faça alterações bruscas na dieta, de modo a evitar problemas digestivos;
• Dê ao cavalo cerca de 2 ou 3 horas de descanso a seguir a uma refeição e só o
alimente 1 hora após terminado o trabalho;
• Obedeça a hábitos horários nas refeições;
• A alimentação do cavalo dever ter pelo menos 50% de fibras;
(www.tudosobrecavalos.com)
4.1.3. O QUE DEVE DAR AO CAVALO:
Com fim a manter a energia necessária ao trabalho e o bem-estar físico a dieta do cavalodeve ser composta dos seguintes componentes:
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Forragem
Este deve ser o principal constituinte da dieta, quer sejam ervas ou forragens conservadas
(feno, substitutos do feno e silagem).
Cereais
Os cereais mais utilizados são o milho, a cevada e a aveia e são administrados moídos,
floculados ou micronizados (cozidos) aumentando a sua digestibilidade.
(www.tudosobrecavalos.com)
FibrasEncontra-se na parte fibrosa da casca dos grãos de milho e é ainda utilizada para aumentar o
volume das rações. (www.tudosobrecavalos.com)
Beterraba
É utilizado o subproduto após a extracção do açúcar. Deve ser molhado pois caso contrário
pode provocar problemas digestivos ao cavalo. (www.tudosobrecavalos.com)
Rações compostas
É um alimento muito completo e equilibrado fornecendo o valor de proteínas, fibras,
vitaminas e minerais necessárias ao cavalo. É apenas necessário adicionar à dieta forragem e
água. (www.tudosobrecavalos.com)
Guloseimas
Para aumentar o volume da ração e para torná-la mais apetitosa adiciona-se alimentos como
cenouras ou maças. (www.tudosobrecavalos.com)
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4.1.4. PROBLEMAS RELACIONADOS COM A ALIMENTAÇÃO:
Uma alimentação incorrecta ou modificações bruscas na dieta do cavalo podem levar a
graves complicações. Deve consultar imediatamente um veterinário caso suspeite de algo.
Cólicas
Um dos sintomas destas dores abdominais é o cavalo insistir em estar deitado e rebolar-se
sistematicamente. Isto deve ser contrariado mantendo-o em pé e em movimento (a passo
para evitar um estrangulamento do intestino.
As cólicas podem ter como causa:
• Acesso do cavalo à água quando se encontra sobreaquecido;
• Vício de engolir ar;
• Ingestão de areia;
• Alimentos húmidos ou molhados;
• Comer sofregamente e não mastigar antes de engolir;
• O intestino dobrado;
• Mudança repentina na dieta. (www.tudosobrecavalos.com)
Laminite
É também conhecida como aguamento e são vitimas desta doença cavalos que comem em
demasia, principalmente alimentos com muitas proteínas, pode ser causada por:
• Pancada ou concussão;
• Situação de grande stress;
• Sobre-alimentação;
• Gravidez (relacionado com a inflamação do útero). (www.tudosobrecavalos.com)
Azotúria
Tem como causas:
• Desequilíbrio mineral;
• Alterações hormonais;
• Sobre-alimentação de cereais em cavalos em descanso (www.tudosobrecavalos.com)
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4.2. REQUISITOS DE UMA PASTAGEM PARA CAVALOS
A pastagem deve ser, para cada cavalo, de cerca de 0,2 a 0,4 ha. Deve ser livre de plantas
venenosas, de lixo e de outros perigos tais como tocas de coelhos. Deve ter muito cuidado no
que diz respeito às cercas: utilize postes e varas, sebes vivas, cercas eléctricas, de plástico ou
de arame próprio para cavalos, nunca deve ser utilizado arame farpado nem o arame simples
ou concebido para outro tipo de gado, pois podem provocar ferimentos.
(www.tudosobrecavalos.com)
FIG. 6 – Pastagem
O campo deve ter também abrigo. Este deve ter uma frente aberta e larga para não dificultar
a entrada e saída dos cavalos e deve estar contra o vento predominante.
O cavalo deve ser acompanhado por outros animais, principalmente outros cavalos. Visite-o
pelo menos duas vezes por dia mesmo que esteja permanentemente ao ar livre, pois assim
fica mais alerta para quaisquer tipos de problemas. (www.tudosobrecavalos.com)
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4.3. A LIMPEZA DO ESTÁBULO
A cama do cavalo precisa ter bom acolchoamento, possuir boa absorvência, não ter pó, não ser
palatável e/ou abrasiva e, ainda, deve cobrir as laterais inferiores da parede. A cama deve ser
remexida e o estrume retirado todos os dias. No caso de aparas, cânhamo ou papel, deve
retirar-se apenas o estrume e deve ser limpo completamente 1 ou 2 dias por semana; no caso
de ser de palha deve ser limpa todos os dias. Uma boa limpeza impede a proliferação de
parasitas, insectos e organismos nocivos que causam doenças aos cavalos.
FIG. 7 – Cavalo em estábulo
Para facilitar a limpeza deve-se utilizar um carro de mão, uma pá, uma vassoura e uma
forquilha. Para tirar o estrume pode-se calçar umas luvas de borracha e apanhá-los à mão ou
então usar uma forquilha. Aquando da limpeza completa deve tirar todo o que esteja sujo e
molhado, varrer o chão e desinfecta-lo, deixando-o secar. Ao fazer de novo a cama pode-se
utilizar o material que aproveitou da anterior no sitio que o cavalo suja mais e acrescentar
material novo. (www.tudosobrecavalos.com)
4.4. A LIMPEZA DO CAVALO
A limpeza diária do seu cavalo não serve apenas para o deixar com boa aparência pois é
também uma boa oportunidade para se aperceber se este tem feridas ou inchaços nos
membros ou temperatura nos cascos e articulações ou outro tipo de problemas físicos.
(www.tudosobrecavalos.com)
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FIG. 8 – Limpeza do cavalo
A técnica que utiliza na limpeza do cavalo deve estar relacionada da com o modo de vida e
com o tipo de cavalo: por exemplo, um pónei que passe todo o tempo ao ar livre necessita
de toda a gordura da pele sobre o pelo (para ficar impermeável; por outro lado o cavalo que
passe todo o tempo no estábulo que é tosquiado deve ser limpo mais profundamente.
A maioria dos cavalos não se opõe à limpeza desde que sejam tratados respeitosamente.
(www.tudosobrecavalos.com)
Todos os cavalos necessitam de uma limpeza frequente, quer estejam no estábulo ou no
campo, para que permaneçam saudáveis. Isso implica cuidar da pele, pêlo e pés do animal.
Pode não ser um trabalho agradável, mas as vantagens de uma higiene cuidada são muitas:
• Eliminação da sujidade;
• Funciona como uma massagem ao cavalo;
• Ajuda a tonificar os músculos do animal;
• Activa a circulação;
• Aprofunda a relação de confiança entre o cavaleiro e cavalo.
(http://arcadenoe.sapo.pt/article.php?id=383)
A limpeza de um cavalo estabulado deve ser diária. Poderá ser feita estando o cavalo solto ou
com cabeçada de prisão (cabeção) e guia (corda) que para o efeito será segura por um auxiliar,
enquanto o tratador procede à limpeza do cavalo, ou presa numa "argola" com um Nó de
Segurança. (http://files.splinder.com/7d50fba6cfb7369869617d894af08dd2.pdf)
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FIG. 9 – Nó de segurança
Estas opções, como todas as respeitantes ao tratamento de cavalos e maneio geral de animais,
devem ser tomadas tendo em conta a segurança do próprio animal e a dos tratadores. As
rotinas de maneio são boas se os tratadores souberem adaptá-las aos animais em presença em
lugar de tentarem impô-las indiscriminadamente.
Deve escolher-se um local calmo e sombreado, onde o cavalo esteja já familiarizado e se sinta
seguro, para onde se transportou previamente todo o material que será necessário. Os cavalos
não são predadores. São presas. Por isso, a sua reacção a situações percepcionadas como
estranhas e de alguma forma ameaçadoras é a fuga.
Por outro lado, sendo animais "hierárquicos" procurarão impor a sua vontade. Tendo boa
memória, deve evitar-se ensinar-lhes o que não queremos que aprendam. Cabe aos tratadores
evitar situações a que previsivelmente os cavalos reagirão inadequadamente e conflitos de
vontades. Por exemplo, é mais fácil fazer um cavalo renitente entrar num reboque (ou outro
local estreito, escuro ou simplesmente desconhecido) atrás de um balde de ração do que à
frente de um chicote. Por essa razão, havendo "vontades divergentes" entre o animal e o
tratador, deve este último agir racionalmente, recorrendo ao incentivo através da voz, das
festas e da oferta de "guloseimas" que agem duplamente como "suborno" e prémio.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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Podemos ver que o reforço positivo dá frutos, gerando um cavalo confiante. Facilitando o
maneio geral, a intervenção dos Veterinários (que são sempre necessários na vida de um
cavalo) e a administração de tratamentos e dos Ferradores. A limpeza dos cavalos deve ser um
momento agradável e de descontracção para o animal. Uma ocasião de criar laços positivos
com quem dele se ocupa e o ser humano em geral.
Banho
Só se dá banho a animais em perfeitas condições de saúde. O banho não deve ser encarado
como uma forma de o tratador poupar trabalho na limpeza pois a constante lavagem doscavalos danifica o pelo, retirando-lhe as gorduras e defesas naturais e deixando-o por
conseguinte mais exposto a afecções cutâneas, amolece os cascos, o frio pode "desligar" o seu
sistema próprio de regulação de temperatura, pode causar cãibras e ser nocivo para os
músculos. Um cavalo correctamente limpo e tratado não precisa de mais do que 1 a 2 banhos
anuais.
Como correntemente é utilizada água fria, deve escolher-se um dia quente e soalheiro e se
possível colocar o cavalo ao sol para que não arrefeça durante o banho.
Consoante o animal em presença, assim se tomarão os cuidados de segurança descritos para a
LIMPEZA DO CAVALO, porém se o cavalo não tem experiência, melhor será contar com a
assistência de um auxiliar que segurará a guia e poderá mais facilmente manter o cavalo
calmo. O tratador e todos os que estiverem presentes, tal como durante a limpeza e maneio
geral dos cavalos, não devem gritar nem fazer gestos bruscos que podem ser interpretados
como ameaçadores.
Apesar de ser só aconselhado no Verão, os cavalos de competição costumam ser submetidos a
banhos mais regularmente. Quando escolhe lavar a pelagem ou até mesmo o corpo do cavalo,
deve escolher um sítio com chão em cimento ou pelo menos que não se torne lama, quando a
água começar a cair. O banho ideal dura em média de 15 a 20 minutos. O champô pode ser
aplicado somente uma vez por semana.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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FIG. 10– Banho
Antes de começar o banho, verifique a transpiração e a respiração do animal. Estes dois
factores devem estar normais, caso contrário, o contacto da água fria com o corpo do cavalo,
pode causar um choque térmico. Comece sempre de baixo para cima.
Material para banho
No local deve estar já todo o material que será necessário. Apesar de possível dar banho a um
cavalo a balde, é muito trabalhoso pelo que se utiliza a mangueira, excepto para a lavagem da
cabeça em que este é necessário.
Etapas do banho
Limpezas dos cascos:
O tratador deve começar por limpar os cascos e protegê-los com untura antes de começar a
dar banho ao cavalo.
Mangueira:
Por si só a mangueira é um elemento facilmente visto pelo cavalo como ameaçador.
O tratador por isso deverá estar atento à possibilidade de o cavalo ficar com membros
envolvidos nela ou inadvertidamente a pisar.
Quaisquer situações que possam originar acidentes devem ser encaradas pelo tratador com
calma, no sentido de as resolver tendo em conta a sua própria segurança e a segurança do
cavalo. A mangueira deverá ter um jacto de água fraco de modo a que o banho não se torne
num momento de stress desnecessário para o cavalo. O cavalo deverá ser molhado de baixo
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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para cima, começando pelos pés e seguindo lentamente pelas pernas para que se adapte à
temperatura fria da água.
FIG. 11 – Banho – Quinta da Bica
Depois do cavalo estar bem molhado nas pernas de ambos os lados e ambientado ao frio da
água, subir-se-á para as coxas, espáduas e pescoço tendo o cuidado de não fazer gestos
bruscos. Deve ter-se em atenção que, tal como com as escovas, também alguns cavalos são
sensíveis aos jactos de água na barriga e genitais pelo que, para evitar defesas do cavalo,
deverá o tratador redobrar o cuidado. A cabeça e face do cavalo não são lavadas à mangueira,
mas sim a balde, no final.
Champô para cavalos:
Há no mercado muitos champôs para cavalo, com diversos objectivos – melhorar o pelo,
insecticidas etc.. O champô a usar deverá estar de acordo com o objectivo do banho. As
indicações de utilização do fabricante devem ser respeitadas pois é ele quem sabe como o
produto deve ser utilizado tendo em vista obter os resultados prometidos sem consequências
adversas. Todos os detergentes domésticos e Champôs destinados a outros animais,
inclusivamente para uso humano, não devem ser utilizados. O sabão azul-e-branco apesar das
suas conhecidas propriedades branqueadoras, bactericidas e fungicidas, por ser cáustico, não
é adequado para lavar cavalos. Em caso de necessidade poderá utilizar-se um sabonete de
glicerina.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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Pano:
Pelas razões já expostas será melhor utilizar um pano ou toalha pequena do que uma esponja
para ensaboar o cavalo. Tendo ensaboar o cavalo (menos a cabeça) seguindo as instruções do
fabricante do champô, deve o tratador aproveitar este facto para, com o auxílio da espuma,
desembaraçar crinas e cauda com uma escova que não arranque pelos, começando de baixo
para cima, madeixa a madeixa, a desfazer os nós e emaranhados. Seguidamente passa-se
abundantemente o cavalo à mangueira de modo a retirar toda a espuma.
Raspadeira:
A raspadeira serve para retirar a água do pelo do cavalo, no final do banho.
A que se encontra na imagem é barata sendo a parte que entra em contacto com o cavalo em
borracha. A sua utilização não requer nenhuma técnica especial pelo que é adequada para
banhos esporádicos. Segurando no cabo, de cima para baixo desde a nuca do cavalo, passa-se
a parte de borracha da raspadeira pelo cavalo de modo a "atirar" a água para o chão. Não
esquecer a barriga, onde a água irá acumular-se.
Baldes:
A cabeça e face do cavalo só deverão ser lavados com água, utilizando um segundo
pano/toalha limpa que se molha no balde. Em tudo se procederá como na LIMPEZA DO
CAVALO. No caso de cavalos confiantes poderá usar-se a mangueira, com um jacto de água
fraco, para lavar a cabeça do cavalo. Para isso, a mangueira deverá ser passada por entre as
orelhas do cavalo de modo a que a água escorra de cima para baixo ao longo da face. É uma
prática sem sentido e reprovável o hábito de alguns tratadores de apontarem um jacto forte
directamente à face, olhos e nariz dos cavalos para assim os lavarem.
Toalhas:
No sentido de abreviar a secagem do cavalo e estimular a circulação, pode secar-se o cavalo
com toalhas, com movimentos circulares vigorosos. Porém, dando banho num dia quente e
soalheiro, tal é desnecessário. O cavalo deverá ser passeado à guia a passo até estar enxuto, e
nunca recolhido ainda molhado. Muito menos deverá ser metido molhado numa box, imóvel
e preso a uma argola "para que não se suje", como dizem alguns (maus) tratadores.
(http://files.splinder.com)
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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4.5. O PROCESSO DE LIMPEZA
No caso de ter um cavalo em semi-estábulo este deve limpar os seus cascos todos os dias e
verificar as ferraduras. Deve também escovar o pelo para tirar toda a lama seca
principalmente nas zonas onde são colocados os coberjões ou arreios. Deve lavar também os
olhos, narinas e zona do ânus.
No caso de o cavalo ser castrado, deve limpar a bragada com água morna.
Para tornar a limpeza mais eficiente pode seguir os seguintes conselhos: A ordem de execução da limpeza é sempre a mesma, começando da nuca para baixo,
deixando-se a cabeça para o fim
Limpe o cavalo estabulado fora da boxe para não largar o pó no seu interior;
Limpe-o de cima para baixo, usando sempre a mão do lado do corpo do cavalo;
Ao usar a cardoa tenha gestos curtos e leves levantando-o no final para sacudir o pó
do pelo;
Utilize a brussa com gestos curtos mas não tão leves e limpe-a na almofada cada 3 ou
4 passagens;
No caso do cavalo ter a cauda aparada em cima coloque-lhe uma ligadura várias vezes
por semana, uma ou duas horas para domar a cauda, mas não muito apertada para
não causar problemas de circulação. (www.tudosobrecavalos.com)
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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4.5.1. O ESTOJO DE LIMPEZA
O estojo de limpeza deve ser individual, para evitar infecções e transmissão de doenças e
deve ter:
a. Um ferro de cascos
Serve para remover a sujidade do casco do cavalo.
b. Uma brussa – escova de pelos curtos e macios – para tirar o pó e a gordura
A brussa é uma escova com pelos macios. Deve ser
passada em movimentos circulares terminando-se no
sentido do pelo, para dar lustro.
c. Uma cardoa – escova de pelos compridos e duros – para limpeza geral do pelo
A cardoa é uma escova com pelos rijos.
Deve ser passada no sentido do pelo com o objectivo
de retirar areia, restos de palha e sujidade, incluindo
lama seca, antes de se usar a almofaça.
O uso da almofaça sem que antes se tenha passado
todo o cavalo com uma cardoa para “tirar o pó” irá
produzir, além de desconforto para o animal, micro-
arranhões em todo o corpo do cavalo, portas de
entrada para bactérias e fungos.
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d. Uma almofaça
Almofaça em metal com alça em plástico. É ideal
para a perda do pelo na primavera
e. Uma almofada de borracha
A almofada de borracha deve ser passada no sentido
do pelo e a contra-pelo com o objectivo de levantar
a sujidade produzindo-se então alguma escamação
da pele, o que é natural. Serve para remover pó,
lama, pêlos e outra sujidade.
f. Um pente (ou escova) de plástico
Para pentear crina e cauda
g. Repelente de insectos;
Protege o cavalo de insectos voadores
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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h. Compressas de algodão
i. Unto para cascos
j. Raspadeira
O estojo pode também conter tesouras de rombas (para ripar e acertar crinas e cauda). Uma
luva de crina (para remover nódoas) e um pano macio para limpar o pó e deixar o pelo
brilhante. (www.tudosobrecavalos.com)
Como foi dito anteriormente, todos os materiais de limpeza necessários devem estar
previamente no local onde vão limpar-se os cavalos pelo que será mais fácil tê-los arrumados
numa caixa, um Estojo de Limpeza.
Descartáveis que se molhem para lavar olhos,
narinas e zona do ânus.
Óleo de vegetais puros para um brilho e elasticidadede longa duração da parede do casco. Protege contra
o desmoronamento das paredes do casco e evita
problemas de casco. O pincel permite uma aplicação
fácil, rápida e ajuda a manter as mãos e cascos
limpos.
Serve para remover o excesso de água depois do
banho.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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Todos os materiais devem estar em boas condições, inclusivamente os de limpeza.
Teoricamente, cada cavalo deveria dispor de um Estojo de Limpeza próprio pois assim se evita
a propagação de doenças. Com o mesmo objectivo, além de lavados com detergente, os
materiais devem ser sempre desinfectados com lixívia (ou outro desinfectante
bactericida/fungicida), passados por água abundante e postos a secar antes de voltarem a ser
utilizados. Estas razões sanitárias devem presidir na compra de materiais de limpeza, devendo-
se evitar escovas de madeira e/ou com pelos ou cerdas naturais, que além de putrescíveis não
garantem uma completa desinfecção.
.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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5. A APRENDIZAGEM EQUINA
Habituação:
A aprendizagem também se pode processar através da habituação, que consiste na diminuição
de tendências para responder aos estímulos que se tornam familiares, devido a exposição
contínua aos mesmos.
Pode ser exemplificado do seguinte modo:
Um cavalo quando e exposto a um ruído súbito assusta-se, mas se ruído for repetido, duas três
vezes, o susto vai diminuindo gradualmente ate ser ignorado.
O mesmo acontece quando se prepara um cavalo, durante o processo de desbaste para ser
montado. Primeiramente faz-se o aquecimento passando-o à guia, durante o qual se fazem
vários movimentos repentinos, como levantar a mão para sacudir uma mosca, bater com o pé
no chão etc…(www.tudosobrecavalos.com)
A primeira vez que o cavalo presencia estes movimentos assusta-se, mas depois de serem
repetidos várias vezes, já os consegue reconhecer como sendo familiares.
Os cavalos têm normalmente medo de água, pois não conseguem ver o chão através dela. Estetipo de medo, envolve um processo mais delicado de aprendizagem. O cavalo tem de se sentir
confiante, e o homem por sua vez tem de lhe mostrar que não existe nenhum mal com uma
pequena poça de água e que não há motivo para ter medo.
No início, ao molhar as patas reage logo, acelerando o passo e até pode saltar, mostrando-se
desconfiado, mas depois de muita insistência do homem e de recusa por parte do cavalo,
acaba por passar sem receios. O processo de habituação já se finalizou.
(www.tudosobrecavalos.com)
No que se refere à aprendizagem cognitiva, um cavalo adquire vários elementos de
conhecimento ou cognições, que se organizam para serem utilizados.
O homem quando exercita um cavalo, ou seja quando o passa à guia, ou por outras palavras,
quando o submete a um teste de preparação física, aplica a voz, que o associa aos vários
andamentos de cavalo. (www.tudosobrecavalos.com)
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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Homem a Cavalo, o cavalo aprende fazendo, e não de outro modo:
- Voz calma à Passo
- Voz Alta e Firme à Trote
- Voz mais alta e firme à Galope
- Assobiar calmamente à Passo
Um Teste à Comunicação:
Segundo Paul Watzlawick, em 1904, o sonho de se estabelecer a comunicação entre homem e
o cavalo, tornou-se real, a notícia espalhou-se. Hans, era um cavalo com o qual Wilhelm Von
Osten estabeleceu comunicação. Ensinou-lhe aritmética, a dizer as horas e a reconhecer
pessoas através de fotografias.
Hans, batia com a pata no chão, para comunicar, Batia uma vez para o A e assim por diante.
O Cavalo foi submetido a várias experiências para se verificarem que não existiam truques na
comunicação, pois respondia sempre correctamente aos problemas que o seu dono lhe punha,
e passou a todos com distinção.
Mas foi mais tarde que Stumpt descobriu o seguinte:
O cavalo falhava sempre que a solução do problema que lhe era posto não era conhecida por
nenhum dos presentes. O cavalo também falhava quando lhe punham palas que o impediam
de ver as pessoas.
Daqui pode-se concluir que o cavalo ao longo do tempo deve ter aprendido a resolver
problemas e a prestar mais atenção, a responder às mudanças de postura do seu dono. A
recompensa era o facto principal da motivação e atenção de Hans.(www.tudosobrecavalos.com)
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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5.1. COMUNICAÇÃO COM O HOMEM
Parece correcto afirmar, que o homem comunica inconscientemente com o cavalo, pelo odor
que exala. Pessoas assustadas e agressivas, libertam odores que revelam o seu estado de
espírito ao equino hipersensível, tornando-o apreensivo ou agressivo.
O provérbio «Um homem confiante faz um cavalo confiante» é revelador da hipersensibilidade
do animal. Os cavalos sentem o estado de espírito do cavaleiro e reagem com ele.
(www.tudosobrecavalos.com)
FIG. 12 – Comunicação Homem/Cavalo
Um cavalo ao ser montado consegue aperceber-se, se está a lidar com uma pessoa experiente
ou não, em função dos estímulos que este lhe envia e que o cavalo recebe através das células
receptoras que possui ao longo do seu dorso, e de todo o corpo. O homem procura comunicar
ao apresentar-se pelo toque ou através de palmadinhas. O afagar é outra forma de
comunicação com os cavalos e constrói uma relação entre os dois. O acto de tratamento é um
exemplo, e quando se monta, muitas das línguas de cooperação estão relacionadas com o
tacto. Por exemplo, a perna exerce pequenas pressões nas células receptoras do cavalo e a
mão comunica pelo toque na boca, através de rédeas e freio. Alguns cavalos aprendem a atrair
o homem relinchando alto, se a comida vem atrasada. (www.tudosobrecavalos.com)
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5.2. COMUNICAÇÃO ENTRE CAVALOS
O cavalo é um animal de manada e precisa comunicar com os outros membros da mesma.
Claro que não tem discussões filosóficas. Necessitam apenas de transmitir emoções básicas e
de estabelecer uma hierarquia de dominância sem recorrer a violência. Os cavalos domésticos
tratam o homem como um elemento da manada, pelo que usam o mesmo tipo de linguagem
corporal para connosco.
Essa linguagem corporal pode-se manifestar de várias formas: (www.tudosobrecavalos.com)
Contentamentos
Sinais de Felicidade – Um cavalo satisfeito não se preocupa com os outros que se encontram a
sua volta.
Impaciência:
Movimentos de cabeça – Os cavalos não gostam de ser ignorados, podem exigir atenção
dando um empurrão com o focinho;
Bater com os cascos – Um cavalo pode ficar impaciente quando espera pela comida ou quando
esta preso;
Aborrecimento:
Dentadas nos outros cavalos - A dentada significa apenas “a minha posição na hierarquia
permite-me morder-te quando me apetecer”.
No estábulo – Se um cavalo quiser ser deixado em paz, vira as costas aos outros cavalos, “não
quer conversas”.
Os cavalos comunicam vocalmente, relinchando por companheirismo ou por excitação.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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6. COMPORTAMENTO
6.1. ROTINA DE CAVALOS NÃO ESTABULADOS
Em condições naturais os cavalos passam grande parte do dia a comer (50-70% de 24 h), 5 a
20% em estado de vigilância, 10 a 20% a “dormir de pé” (“ dozing state”), 5 a 15% a caminhar
(independentemente do tempo que caminham a comer). Comparativamente, despendem
pouco tempo em comportamentos como deitar-se, beber, conforto, higiene, etc..
Muitas actividades como alimentação e descanso são exibidas simultaneamente por membros
do grupo existindo uma certa tendência de manter os companheiros juntos e próximos(enquanto uns dormem e outros vigiam).
FIG. 13 – Rotinas do cavalo
A maior parte dos comportamentos estão sujeitos a ritmos diários determinados por factores
endógenos e exógenos como o tempo, insectos e predadores podendo também existir
Influencias sazonais (como por exemplo a migração sazonal de algumas populações de
equinos, causada por extensas alterações climáticas e a consequente redução na
disponibilidade de alimentos e água). Consequentemente, os cavalos descansam menos e tem
mais actividade durante a Primavera e Outono, aumentando também o consumo de alimento
nesta época.
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6.2. ORGANIZAÇÃO SOCIAL E TAMANHO DO GRUPO
Os cavalos são animais sociais mas podem temporariamente isolar-se do grupo (por doença
ou exclusão) por este motivo a maioria das vezes o isolamento termina em reassociação com
outro grupo ou na morte rápida do animal. Naturalmente, os cavalos vivem em grupo –
harém ou bando, ou em grupos “garanhão” (“stallion or bachellor groups”) – podendo
temporariamente formar “manadas” de 100 ou mais animais. Os haréns duram anos ou
inclusivamente uma vida enquanto que os grupos “garanhão” têm estrutura mais débil e
menos duradoura. Os bandos de cavalos são relativamente pequenos e compõem se no
máximo de 20 animais.
Constituição do bando ou harém:
• Macho dominante e fêmeas mais velhas
• Podem coexistir 2 ou mais garanhões cooperantes, mas um garanhão mantém a
posição alfa dominante.
• Grupos de cavalos Mustangs e cavalos selvagens:
Uma a seis fêmeas, poldros até aos 2-3 anos e um garanhão adulto
Em todos os grupos de cavalos o garanhão é responsável por manter o bando junto e pela
defesa do bando de ataque de outros indivíduos (outros garanhões e predadores). Apesar de
os bandos terem descendência anual, o seu tamanho apenas varia dentro de determinados
limites pois existe o abandono voluntário ou forçado da descendência dependo esta do
número de irmãos, da pressão social e dos “colegas” de grupo.
Os jovens garanhões são muitas vezes afastados pelos seus pais quando começam a mostrar
interesse nas fêmeas mais velhas do grupo. O garanhão poderá tolerar interesse nas fêmeas
mais jovens mas não nas que estão sob alçada do macho dominante. Os garanhões jovens
que abandonam o grupo formam “bachellor groups” de 2 ou 3 membros, podendo ir até 20
animais. Quando atingem maturidade física e psicológica (5-6 anos) esses garanhões podem
finalmente encontrar o seu bando. A forma mais fácil de estes jovens garanhões se
reintegrarem é encontrar um grupo de fêmeas mas também existe a possibilidade de
conquistar um bando, destituindo o garanhão alfa dominante, mas o risco de insucesso, nestecaso, é maior.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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Muitos garanhões nunca encontram o “seu” bando e permanecem em grupos “bachellor”
durante toda a sua vida.
As fêmeas jovens podem deixar voluntariamente o seu bando ou ser tomadas à força, ou
seja, raptadas por garanhões. Estes raptos normalmente acontecem durante o seu primeiro e
longo cio. O garanhão dominante do bando tenta impedir o rapto mas o interesse nas suas
filhas é menor do que o demonstrado relativamente às fêmeas mais velhas pois este
comportamento ajuda a prevenir “incesto” e alta consanguinidade (na vida selvagem,
raramente, um garanhão acasala com as suas filhas). As fêmeas adultas também podem
mudar de bando.
COMPORTAMENTO REPRODUTIVO
Nos equídeos em geral, o instinto de reprodução aparece por volta dos 18 meses, contudo, a
reprodução de animais jovens não é recomendada porque a égua, fecundada na fase de
crescimento - até os 30 meses - retira o alimento para a constituição do feto do próprio
organismo e, consequentemente, atrapalha o seu desenvolvimento.
A idade mais recomendada para o início da reprodução nos machos é de 3 anos e nas fêmeas
varia de 3 a 5 anos. Esta variação ocorre devido a vários factores do meio e, principalmente,
da alimentação.
O CIO NA ÉGUA:
O cio provoca modificações de ordem particular e geral na égua, assim, nos órgãos genitais
notam-se a congestão e o edema do ovário e das mucosas do útero, da vagina e da vulva. O
colo do útero relaxa, deixando escapar um muco, às vezes raiado, de sangue, que escorre pela
vagina e pela vulva, do qual se desprende um odor característico que atrai e excita o macho.
Também se verifica a abertura e fecho rítmicos da vulva e uma crescente vontade de
estabelecer contacto com os membros do grupo. Durante o cio a égua torna-se inquieta,
nervosa e mesmo intratável, com os olhos brilhantes e a cauda levantada. Relincha, talvez
procurando o macho, perde o apetite, e urina com mais frequência.
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FIG. 14 – Fases da monta
O cio dura, em média, de 10 a 12 dias e, a monta no início do cio é negativa por este ser ainda
pouco acentuado. A ovulação dá-se 24 a 48 horas antes do término do cio e, o óvulo é
fecundado de 6 a 8 horas após ter sido liberado. O espermatozóide tem vitalidade
aproximada de 48 horas no trato genital da fêmea. Se a égua não reentrar no cio depois de 16
dias é provável que tenha sido fecundada. O intervalo entre 2 cios consecutivos é de 21 dias.
Existem, também, alguns pré-requisitos para que o acasalamento tenha sucesso tais como:
- Crescer num grupo de forma a condicionar as expressões e comportamento social
durante o Processo acasalamento;
- Maturidade física e psíquica do garanhão (5-6 anos de idade);
- Cio da égua (Primavera e início do Verão);
- Familiaridade da égua com o garanhão;
- Espaço e tempo para troca de sinais durante o processo.
A duração média da gestação é de 340 dias, tendo as raças mais pequenas a gestação mais
curta nascendo, geralmente, os poldros um ou dois dias antes das poldras. Na natureza, os
partos têm mais tendência a ocorrer durante a noite ou nas primeiras horas da manhã.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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6.3. PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS
Podem ser observados vários tipos de problemas comportamentais em cavalos, que,
segundo a sua etiologia, são classificados como: Sintomáticos (acompanham uma doença
orgânica); Organopatológicos (defeitos orgânicos congénitos ou adquiridos); Induzidos pela
domesticação (alterações no sistema nervoso central ou do sistema endócrino); Induzidos
por défices (orgânicos de certas substâncias) e Induzidos por maneio e manipulação
(estimulados por privação, frustração ou conflitos).
De todos os grupos de problemas comportamentais os mais observados em cavalosdomésticos são os induzidos por défices e por maneio e manipulação tende estes como
exemplos mais frequentes a coprofagia e os vícios de boxe, respectivamente.
Coprofagia:
Trata-se da ingestão de fezes pelo animal, é um comportamento normal em poldros (até à 8ª
semana) mas em cavalos adultos é tida como uma aberração comportamental induzida por
défices ou insatisfação das necessidades alimentares primariamente observada em cavalos
com pouca fibra à disposição mas é também muito motivada pelo isolamento e a falta de
exercício e actividade. Este distúrbio comportamental pode ter efeito secundário como a
infestação por endoparasitas.
“Birra de uso”:
Trata-se do vício de boxe mais comum e é descrito pelo movimento pendular rítmico da
cabeça e pescoço com o afastamento dos membros anteriores, sendo as causas deste
comportamento a excitação em excesso por privação, a frustração ou o conflito. Este é um
comportamento aprendido e nunca realizado por imitação. Os animais com predisposição para
este problema são os que sofrem maneio e manipulação inadequada mas também pode existir
predisposição genética.
Este distúrbio comportamental é, muitas vezes despoletado por vários episódios, tais como a
espera por comida, actividades sociais ou actividade no estábulo. Este distúrbio pode ser
tratado através de uma manipulação adequada e treinos livres de stress mas a sua prevençãoatravés do maneio e alimentação adequados é a melhor forma de evitar esta situação.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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7. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS PICADEIROS
7.1. HERDADE DO AMEAL (ALENTEJO)
A Herdade do Ameal é um picadeiro que se situa em Vila Viçosa. Esta herdade é bastante
extensa dando assim a possibilidade de os cavalos se sentirem no seu habitat natural.
FIG. 15 e 16 – Instalações Herdade do Ameal
Tem para propor às pessoas aulas de equitação e passeios a cavalo, e também, é um lugar de
desporto uma vez que aqui existe competições de Dressage apresentando vários diplomas.
INSTALAÇÕES
• 15 Boxes
• 1 Palheiro
• 15 Parques de poldro e éguas da desmama
FIG. 17 e 18 – Palheiro e boxes Herdade do
Ameal
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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ALIMENTAÇÃO
A alimentação difere de cavalos para cavalos e é dada a todos três vezes ao dia.
Os cavalos tabulados comem rações extordidas para a fácil digestibilidade (feno e aveia). Já os
cavalos de pastagem extensiva comem ração e feno.
FIG. 19 e 20 – Alimentação Herdade do Ameal
Durante a época baixa, que é três meses (Novembro, Dezembro e Janeiro) comem ração na
parte da manhã e feno à descrição durante o dia.
CAMPO
As éguas de ventre e poldras andam em 60 hectares enquanto que os machos andam em 150
hectares desviados uns dos outros para não se verem.
Os poldros dos 8 meses aos 3 anos andam na pastagem. Aos 3 anos vão para as boxes onde se
dá início ao trabalho básico dos poldros.
FIG. 21 – Picadeiro exterior da
Herdade do Ameal
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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FIG. 22 – Pastagem da Herdade do Ameal
FIG. 23 – Picadeiro interior da Herdade do Ameal
FIG. 24, 25 e 26 – Infra-estruturas da
Herdade do Ameal
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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7.2. Q UINTA DA BICA (ALGARVE)
A Quinta da Bica existe desde Agosto de 2005. De início não havia quaisquer infra-estruturasou instalações para cavalos e a casa precisava de um telhado novo. Os administradores são
verdadeiros amantes dos animais, gostam da natureza e do ar livre e sentem muita sorte de
viver num lugar tão bonito.
FIG. 27 – Quinta da Bica
INSTALAÇÕES
• Picadeiro de areia 20m x 40m
• Picadeiro de relva 50m x 50m
• Picadeiro de areia 60m x 30m
• Percurso de TREC
FIG. 28 e 29 – Infra-estruturas daQuinta da Bica
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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• Quatro estábulos completamente equipados
• Casa dos arreios de clientes
• Casa dos arreios geral
• WC com Duche
• Grandes áreas separadas para pasto
• Excelentes percursos exteriores
• Percurso de Cross-country
• 11 Estábulos
FIG. 30 e 31 – Infra-estruturas da
Quinta da Bica
FIG. 32, 33 e 34 – Pastagens da Quinta
da Bica
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
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ALOJAMENTO PARA CAVALOS
Cavalos Felizes são a prioridade. Gostam que os cavalos se sintam confortáveis, descontraídos
e com espaço para esticarem as patas e poderem fazer amigos. Os serviços de boxes equestres
para aluguer que têm para oferecer são completos.Com estábulo para o seu cavalo, água e
alimentação, exercício físico e treino no exterior diariamente. Ficam felizes por acomodar os
cavalos e póneis com requisitos especiais tal como todos os nossos residentes são tratados na
Quinta da Bica como individuais e como parte da família.
FIG. 35, 36, 37 e 38 – Infra-estruturas
Quinta da Bica
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
7.3. COMPARAÇÃO ENTRE OS DOIS PICADEIROS
Para se conseguir fazer uma comparação real entre dois picadeiros, foi usada uma check list, que se encontra em anexo
tabela abaixo.
HERDADE DO AMEAL (VILA VIÇOSA – ALENTEJO) Q UINTA DA BIC
FUNÇÃO DO PICADEIRO Competição e reprodutivo Alojamento, terapêutico e turí
N.º DE ANIMAIS 100 (40 machos e 60 fêmeas) 20
ALIMENTAÇÃO Feno à descrição, ração e aveia
3 Vezes ao dia.
Feno e Ração
3 Vezes ao dia.
LIMPEZA DO ESTÁBULO De manhã e à tarde todos os dias.
2 em 2 semanas retira-se tudo.
2 vezes ao dia.
LIMPEZA DO CAVALO Antes e após o trabalho 2 vezes ao dia e quando saiem
CAMA Serradura Serradura e palha
ÁGUA Ilimitada (Bebedouros automáticos) Ilimitada
SAL Bloco mineral (todo o ano) Bloco mineral (Embora també
no Verão, porque suam mais e
PASTAGEM Muito espaço.
As pastagens das éguas são próprias de trevo subterrâneo.
Muito espaço.
CONTROLO PARASITÁRIO 4 a 6 vezes anuais alternando os desparasitantes. 4 a 6 vezes anuais.
CONTROLO ODONTOLÓGICO Aos poldros e de reprodução entre Janeiro e Junho e pós venda. 1 vez por ano.
CONTROLO DE INSECTOS Aplicam o “agita” após e durante a colocação dos ovos das moscas. Alho na comida.
Produto repelente.
Máscaras.
CONTROLO DO AR Não é necessário é bastante arejado. Não é necessário é bastante a
COMPORTAMENTOS ANORMAIS Não Não
ACTIVIDADES Desporto, Dressage, Lazer Alojamento, treino e lazer (pas
INTERACÇÃO/HOMEM Diária. Carácter muito dócil. Diária, com passeios de ajuda
PREOCUPAÇÃO COM O BEM-ESTAR Grande área
Instalar uma guia eléctrica para não permanecerem fechados.
Utilização de cobrejões (desde princípios de Outubro até fim de Março).
Contacto com outros cavalos é
com guias eléctricas.
No verão Dia - cavalos em box
No inverno Dia - cavalos nos p
Após tosquia, usam capas de p
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
7.4. ANÁLISE SWOT
Os Diagramas seguintes sistematizam um conjunto de elementos de diagnóstico na óptica dos
recursos e das potencialidades/oportunidades associadas aos picadeiros visitados,
constituindo um elemento de passagem, no plano metodológico, para fundamentar actuações
recomendáveis, designadamente, numa óptica do médio prazo.
HERDADE DO AMEAL
Q UINTA DA BICA
PONTOS FORTES - Grande área- Bebedores automáticos- Realização de provas- Estrutura produtiva- Actividades complementares- 2 Picadeiros (exterior e coberto)
PONTES FRACOS - Localização- Divulgação
OPORTUNIDADES (PROPOSTA DE MELHORIA)- Desenvolvimento do turismo
AMEAÇAS - Condições sanitárias- Território e ambiente- Concorrência externa
PONTOS FORTES - Cavalo- Dotação de recursos primários- Dotação de infra-estruturas, equipamentos,
e serviços- Estrutura produtiva e actividadescomplementares- Organização de eventos- Hipoterapia
PONTES FRACOS - Capacidade das infra-estruturas- Potencial económico produtivo- Divulgação e promoção
OPORTUNIDADES (PROPOSTA DE MELHORIA)- Dinâmicas de mercado- Maior número de boxes- Desenvolvimento da área terapêutica- Desenvolvimento do turismo equestre
AMEAÇAS - Condições sanitárias- Território e ambiente- Concorrência externa
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
8. CONCLUSÃO
Neste este trabalho foram abordadas todas as características técnicas que envolvem o cavalo,
nomeadamente o maneio, o alojamento e o comportamento e bem-estar.
Foram visitados dois picadeiros, um no Alentejo e outro no Algarve, para se observar como os
cavalos vivem. Na visita foi usada uma check-list para se conseguir comparar os dois picadeiros
e chegar às seguintes conclusões:
Os dois picadeiros têm funções diferentes, um é de competição e reprodutivo e ou outro é de
alojamento, terapêutico e turístico. Têm número de animais diferentes, sendo que o da
Herdade do Ameal alberga maior número de animais. Confirmou-se in loco que ambos os
picadeiros têm semelhanças no que diz respeito à limpeza dos estábulos e cavalos, na
alimentação, nos vários controlos e na pastagem muito abundante. Notou-se também que
existe em ambos uma preocupação com o Bem-estar de todos os cavalos.
Através de uma análise swot, chegou-se à conclusão que, que ambos os picadeiros têm maispontos fortes que pontos fracos, e que existem algumas ameaças e propostas de melhora que
se podem propor:
Pontos Fortes:
Cavalo - Cavalos com atributos únicos reconhecidos para a equitação, o toureio e a prática
desportiva - versatilidade, docilidade, agilidade e coragem; qualidade dos cavalos e valorização
de raça.
Dotação de recursos primários - Meio envolvente natural e condições edafo-climáticas
favoráveis).
Dotação de infra-estruturas, equipamentos, e serviços - Importantes investimentos nas
condições materiais de desenvolvimento da actividade, com instalações e equipamentos
modernos de qualidade;
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
Estrutura produtiva e actividades complementares - Tendência para estratégias de mercadomais activas; crescente especialização das criações - processos de selecção, aperfeiçoamento e
desbaste de cavalos e ensino para actividades específicas; novos projectos de valorização
económica de recursos turísticos que associam o elemento Cavalo,..).
Organização de eventos - Existência de um conjunto de eventos com tradição e integrando
actividades técnicas e lúdicas que atraem diversos segmentos da procura e têm elevados índices
de notoriedade supra-regional).
Pontos fracos:
Capacidade das infra-estruturas - Escassez de alojamento hoteleiro de qualidade associado às
actividades equestres, procurado por estrangeiros; insuficiente oferta de alojamento para
cavalos "a penso"; desadequação dos estabelecimentos equestres face à procura existente).
Potencial económico-produtivo - Inexistência de uma estrutura organizada de comercialização
de animais; carácter secundário da actividade, resultante de insuficiente visão de mercado por
parte de um segmento importante de intervenientes.
Divulgação e promoção - Ausência de marketing externo do Cavalo; reduzida promoção das
diversas actividades: eventos, infra-estruturas, serviços, modalidades desportivas e de lazer,
persistência da associação do Cavalo a grupos de elite.
Ameaças
Condições sanitárias - Animais portadores de piroplasmose, doença endémica dos equinos
portugueses.
Território e Ambiente - Alterações no equilíbrio ecológico do 'habitat' natural do Cavalo, com
consequências sobre o efectivo existente.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
Propostas de melhoria
Dinâmicas de mercado
Do lado da oferta: afirmação de outras perspectivas de mercado; integração em redes
de valorização do potencial turístico e de lazer propiciadoras do aproveitamento de
complementaridades de recursos existentes.
Do lado da procura: organização de provas em períodos atractivos para praticantes do
Centro e Norte da Europa, tirando partido das condições climáticas; tendência ao
crescimento da procura de criadores, praticantes e amantes do Cavalo, num contexto
de forte valorização de mercado; alargamento do mercado de escoamento de cavalos
para actividades equestres - cavalos não seleccionados para competição desportiva e
equitação de trabalho; interesse crescente pelas actividades equestres (aprendizagem
prática, com ou sem cavalos próprios) com impacto sobre a criação de novas infra-
estruturas (centros hípicos, escolas de equitação, ...).
Desenvolvimento da área terapêutica
Hipoterapia (Actividades terapêuticas para grupos de risco e pessoas com deficiência).
Desenvolvimento da área de Turismo equestre - beneficiando das excelentes condições para a
respectiva prática a qual atrai, sobretudo, praticantes/turistas estrangeiros, com capacidade
aquisitiva superior à média.
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
9. BIBLIOGRAFIA
SILVA, Ana Teresa Martins, “Hipologia guia para o estudo do cavalo”, Lidel, 2009.
ZEITLE-FEICHT, Margit H., "Horse behaviour explained", Manson Publishing, 2003.
Páginas de internet consultadas:
http://www.tudosobrecavalos.com
http://docentes.esa.ipcb.pt/sequi/Brochurapresentacaopicadeiro.pdf (ESA, 2002)
http://mamacavalo.nireblog.com/pag_2/
http://files.splinder.com/7d50fba6cfb7369869617d894af08dd2.pdf
http://m.arcadenoe.pt/article.php?id=383&PHPSESSID=kq3ole31uc480l0np5mlvujnl0
http://sophie-horse-rider.blogspot.com/2008/04/limpeza-e-higiene-do-cavalo.html
http://files.splinder.com
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
ANEXOS
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
CHECK LIST PARA PICADEIRO
1. FENO ABUNDANTE E DE ALTA QUALIDADE:
Os cavalos deverão receber pelo menos 1/2 a 2 por cento do seu peso corporal por dia de feno de boaqualidade (1.100 lb cavalo = 16 1/2 a 22 libras de feno).
Conferir o feno para o molde, insectos, fezes e objectos estranhos.Frequência da alimentação.
Observações:
2. ÁGUA:
Verifique se os cavalos têm água limpa ilimitada disponível em todos os momentos.
Observações:
3. SAL:
O cavalo tem acesso livre a blocos de sal mineralizado?
Observações:
Nome:Localização:Data da visita:
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
4. MINERAIS:
Além de oferecer sal, puro solto, oferecem aos cavalos um bloco mineral? Ou está incorporado naalimentação?
Observações:
5. ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA:
Agenda do check ups anuais com um dentista ou veterinário especializado em atendimento odontológico. Seele tem 15 anos ou mais, agendar um check up a cada 6 a 8 meses.
Observações:
6. CONTROLO PARASITÁRIO:
É feita alguma verificação de parasitas? Há contagem de ovos parasitas nas fezes dos cavalos e existe umbom programa de desparasitação.
Observações:
7. LIMPEZA DO AR:
Abra portas e janelas para ventilação e manter a poeira a um mínimo. Minimizar o odor de amónia limpandomanchas de urina e investir num ambientador ou neutralizador de amónia se os vapores de amónia sãofortes
Observações:
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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR DO CAVALO
8.PASSEIOS
/EXERCÍCIOS AO AR LIVRE
É dada ao cavalo a maior liberdade possível em passeios ou exercicios, dando uma pausa nos pulmões de póe amónia, mantendo a saúde das articulações e minimizando o tédio induzido por problemascomportamentais.
Observações:
9. LIBERDADE DE MOSCAS
São adoptadas medidas para controlo de moscas e outros insectos usando insectocotures, armadilhas, sprayse orifícios de passagem?
Observações:
10. PASTAGENS SAUDÁVEIS
Verificar o perímetro para ter certeza que é seguro e fazer passeios semanais para verificar se há entulhos.Livrar a sua pastagem de plantas tóxicas, e verificar ao longo de cercas para se certificar de árvores earbustos vizinhos não estão ao alcance do cavalo.
Observações:
A BOA APARÊNCIA:
Promover uma pelagem saudável, que lhe dá a oportunidade de se relacionar com o seu cavalo e mantémvocê em cima de problemas de pele, manchas e lesões problema potencial.
Observações: