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UNIVERSIDADE NILTON LINS Tecnólogo em Petróleo e Gás XXXXXXXXX AS TECNOLOGIAS APLICADAS AO PCP 1

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Trabalho de PCP

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UNIVERSIDADE NILTON LINSTecnlogo em Petrleo e GsXXXXXXXXX

AS TECNOLOGIAS APLICADAS AO PCP

Manaus, 27 de abril de 2015XXXXXXXXXXX

AS TECNOLOGIAS APLICADAS AO PCP

Manaus, 27 de abril de 2015

INTRODUO

A evoluo histrica do PCP um assunto pouco encontrado na literatura. O entendimento das mudanas ocorridas no Planejamento e Controle da Produo desde a Revoluo Industrial de profunda importncia para que se possa entender o futuro do PCP e sua utilizao nas pequenas e grandes empresas.A Produo, vista como um sistema, um conjunto de recursos humanos, fsicos, tecnolgicos e informacionais, capazes de transformar entradas em sadas, tangveis ou no-tangveis. Pode-se produzir tanto bens, como servios. Este sistema maior, a produo, pode ser subdividido em subsistemas segundo a tica e o interesse estabelecidos. Para que uma empresa possa funcionar adequadamente, ela precisa planejar e controlar adequadamente sua produo. Para isso existe o Planejamento e Controle da Produo (PCP), que visa aumentar a eficincia e eficcia da empresa atravs da administrao da produo.Neste trabalho vamos discorrer sobre as principais tecnologias aplicadas ao PCP, citando as tcnicas que fazem uso intensivo de recursos computacionais como integrantes dos sistemas que gerenciam a produo, sob o enfoque do planejamento e do controle.

I - QUAL A FUNO DO PCP (PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUO)

O PCP tem como funo a coordenao e o apoio do sistema produtivo. Esse sistema caracteriza-se pelo processo de transformao de entradas (inputs) em sadas (outputs), e estar envolvido com diversas reas ligadas direta ou indiretamente com a produo para buscar informaes e outros recursos necessrios elaborao e execuo dos planos de produo.Corra e Gianesi (1993) afirmam que a perda do poder de competitividade das empresas brasileiras, em sua maioria, deve-se obsolescncia das prticas gerenciais e tecnolgicas aplicadas aos seus sistemas produtivos.Hoje h uma crescente revalorizao dos fatores produtivos, sendo esses considerados crticos para o atingimento dos objetivos estratgicos da organizao. A correta estruturao do sistema de produo fundamental para a vantagem competitiva sustentada da empresa. Os mesmos autores ainda entendem que a sada do mercado de uma empresa acontece, geralmente, em decorrncia de cinco pontos bsicos: deficincia nas medidas de desempenho, que podem contradizer os melhores interesses competitivos da prpria organizao; negligncia com consideraes tecnolgicas, por motivos de decises tomadas de forma superficial e equivocada ; especializao excessiva das funes de produo sem a devida integrao, o que dificulta a comunicao e interao rpida e eficaz entre setores que deveriam colaborar e interagir para o atingimento dos objetivos da empresa; perda de foco dos negcios por causa da diversificao das atividades empresariais; e resistncia e demora em assumir novas posturas produtivas que garantem a qualidade e variedade de produtos.De acordo com Tubino (2007), as atividades do PCP so exercidas nos trs nveis hierrquicos do planejamento e controle das atividades produtivas de um sistema de produo. No nvel estratgico estabelecido o plano de produo que far a estimativa de vendas de longo prazo e a disponibilidade de recursos financeiros e produtivos. Este plano geralmente pouco detalhado e estabelece um plano para um longo prazo. A mdio prazo, o plano-mestre de produo buscar tticas para operar de forma eficiente o plano de produo. Este um plano que analisar diferentes formas de guiar o sistema produtivo disponvel. A programao da produo a curto prazo se encarregar de estabelecer de quanto e quando comprar, fabricar ou montar os itens necessrios aos produtos finais.A coleta e anlise de dados durante todos os processos ser parte do controle da produo, o qual fundamental para o desenvolvimento de produtos dentro dos padres exigidos pelo mercado. Quanto mais rpido forem detectadas falhas nos processos produtivos mais efetiva ser a correo das mesmas. Os dados coletados durante o acompanhamento e controle da produo tambm sero utilizados para a elaborao de novos planos.Tubino (2007) afirma que a finalidade do acompanhamento e controle da produo fornecer a ligao entre planejamento e execuo das atividades operacionais, indentificando os desvios, sua magnitude e fornecendo subsdios para que os responsveis pelas as aes corretivas possam agir. A ocorrncia de desvios entre o programa de produo planejado e o executado a situao mais comum, apesar de teoricamente os recursos necessrios para a execuo dos planos de produo terem sido planejados e programados pelo PCP.Quanto mais eficientes forem as aes do acompanhamento e controle da produo, menores sero os desvios a serem corrigidos, menor o tempo e as despesas com as aes corretivas. No sentido em que o controle da produo tambm faz parte do planejamento da produo, Lima Junior (1999) afirma que o sistema de planejamento a unio de dois sistemas: programao e controle. Salienta ainda que o sistema de planejamento no uma tarefa de predizer o futuro, mas sim a coleta de informao para a tomada de deciso.Em relao a um dos objetivos do planejamento da produo, que se refere ao processo de se manter em equilbrio a demanda e oferta, Chase (2006) afirma que a administrao da produo tem chamado este processo de planejamento agregado. Esse termo tem a inteno de ressaltar a importncia do trabalho entre as vrias funes executadas na empresa, e que aparentemente podem parecer desconexas. Geralmente envolvem a administrao geral, as vendas, a produo, as finanas e o desenvolvimento dos produtos.Quanto maior a integrao entre os diversos setores envolvidos no PCP, o alinhamento entre planejamento estratgico, planejamento-mestre, programao da produo e as diretrizes e polticas traadas pela empresa, maior ser o xito dos resultados atingidos.

II - EVOLUO DOS MODERNOS SISTEMAS DE PCP

Nos anos 70 comeou o uso de computadores em grandes corporaes, porm o seu alto custo inviabilizava sua popularizao dentro das empresas. Com o aumento do uso da informtica nos anos 80, a administrao da produo teve um grande avano. No incio sua utilizao estava restrita em reas como, contabilidade e comercial, porm depois, seu uso foi bastante aplicado para os mtodos de informaes gerenciais que, de forma integrada, auxiliava nas tcnicas de PCP.O uso de computadores era verificado na aplicao de emisso de listagens, pedidos ou na emisso de ordens de fabricao, caracterizando-se como um trabalho de consolidao de dados e a sua impresso em formatos padronizados. Outro avano ocorrido nos ltimos tempos foi a dos instrumentos matemticos, para a elaborao de projees de demanda atravs de mdias, ponderaes ou construo de retas. Na questo da determinao da capacidade produtiva, deve-se ressaltar a disponibilidade de instrumentos como a programao linear, embora esta no seja to difundida na prtica (PEREIRA, 1998).Por fim, temos os modernos sistemas de manufatura avanada, que so definidos por SEVERIANO FILHO (1999) como sendo uma "configurao de recursos combinados, com densidade e competncias tecnolgicas incorporadas, para a produo de bens com elevado grau de desempenho". Para o autor, os vetores densidade e competncia tecnolgica constituem os elementos de diferenciao entre os sistemas modernos e os sistemas convencionais de fabricao.O autor segue citando tcnicas que fazem uso intensivo de recursos computacionais como integrantes dos sistemas de manufatura avanada. Entre elas esto: os sistemas CAD (Projeto Auxiliado por Computador); CAE (Engenharia Auxiliada por Computador); CAPP (Planejamento do Processo Auxiliado por Computador); CAQ (Qualidade auxiliada por computador); CIM (Manufatura Integrada por Computador); EDI (Intercmbio Eletrnico de Dados); FMC (Clula Flexvel de Manufatura); FMS (Sistema Flexvel de Manufatura); MRP (Planejamento dos Recursos de Manufatura); OPT (Tecnologia de Produo Otimizada), entre outros.Ainda segundo o autor, existem outras tcnicas que dizem respeito a elementos relacionados com a organizao e gesto do sistema produtivo. Tratando-se de tecnologias que definem procedimentos para o gerenciamento de manufatura. Nessa categoria incluem-se os seguintes sistemas: ABC (Custo Baseado nas Atividades); JIT (Just-in-Time); KANBAN (cartes para puxar a produo); MC (Manufatura Celular); PFA (Anlise de Fluxo Puxado); TQC (Controle de Qualidade Total); TQM (Gesto da Qualidade Total). Algumas dessas tcnicas e procedimentos tero sua evoluo analisada nos prximos tpicos.

III - SISTEMAS DE PCP

III.1. O SISTEMA MRP

O MRP (Material Requirements Planning, ou clculo das necessidades de materiais) e o MRP II (Manufcturing Resources Planning, ou planejamento de recursos de manufatura) so sistemas de administrao da produo de grande porte que tm sido implementados em muitas empresas, desde os anos 70. Conforme CORRA (1993), os principais objetivos dos sistemas de clculo das necessidades so permitir o cumprimento de prazos de entregas dos pedidos dos clientes, com a mnima formao de estoques, planejando as compras e a produo de itens.

O clculo das necessidades uma tcnica de gesto da produo que s foi viabilizada pelo uso dos computadores. Assim, o prprio CORRA (1993) afirma que era invivel, at meados dos anos 60, a utilizao de clculos das necessidades para processos de manufatura complexos, pois os computadores no tinham capacidade suficiente de armazenagem e processamento de informaes para tratar o volume de dados que o clculo das necessidades requer.O autor considera que as aplicaes computadorizadas mais antigas do clculo de necessidades foram desenvolvidas a partir de um processador de listas de materiais, que convertia um plano de produo de um produto final, em um plano de compras ou produo de seus itens componentes.Isto significou uma expanso considervel dos programas de PCP. A indstria, pela grande quantidade de itens que manipula, necessitava de um calculador potente, e isto era correspondido atravs destes sistemas.Na percepo de SLACK (1997), durante os anos 80 e 90, o sistema e o conceito de planejamento das necessidades materiais expandiram-se e foram integrados em outra partes da empresa. O princpio de clculo de recursos institudo pelo MRP foi estendido para outros recursos, como o tempo de mquina, seo ou departamento. Cada unidade ou lote, conhecidos os requisitos individuais, permite o clculo da capacidade global requisitada. A ampliao deste conceito vem a ser o MRP-II (planejamento de recursos de produo), atualmente, bastante difundido e servindo de base maioria dos atuais sistemas de Planejamento e Controle de Produo informatizados.Com uma finalidade mais especfica e complementar, em termos de sistemas mais abrangentes (como o MRP), tem-se os softwares seqenciadores da produo (simuladores), que estabelecem um ordenamento otimizado para ordens que esto aguardando processamento, de acordo com regras estabelecidas (PEREIRA, 1998).

III.2. O SISTEMA KANBANSegundo Monden (1991), o kanban um sistema de informao que, harmoniosamente, controla a produo dos produtos necessrios, nas quantidades necessrias e no tempo certo, em cada processo de uma fbrica e tambm entre empresas. Portanto, o kanban pode ser configurado como um carto ou qualquer forma de sinalizao, como luzes, caixas vazias e at locais vazios demarcados, que controlam a produo e o inventrio de uma indstria.Em uma linha de produo o kanban colocado em peas ou partes especficas da linha para indicar a entrega de uma determinada quantidade. Quando todas as peas forem usadas, o mesmo aviso levado ao seu ponto de incio, onde se torna num novo pedido para mais peas. Quando for recebido o carto ou quando no h nenhuma pea na caixa ou no local definido, ento deve-se movimentar, produzir ou solicitar a produo da pea.O kanban pode ser uma alternativa para agilizar a entrega e a produo de peas. Os kanbans fsicos (cartes ou caixas) transitam entre os locais de armazenagem e produo substituindo formulrios e outras formas de solicitar peas. Tubino (2007) afirma que o kanban um sistema que opera ou atua junto com montagem prvia do PCP de um estoque intermedirio (supermercado) entre o fornecedor e o cliente. Neste sistemas os tens so organizadas em contenedores. Uma vez retirados os tens para o consumo, o carto kanban disposto em um quadro, o que sinaliza que dever haver reposio dos tens pelos fornecedores segundo regras de prioridade e lote padro.Na empresa em anlise ainda no so utilizados nenhum tipo de kanban. A sua utilizao seria vivel no almoxarifado que estoca produtos como parafusos, porcas, pequenas peas utilizadas na manuteno de equipamentos utilizados na produo, alm de Equipamentos de Proteo Individual (EPIs) que teriam seus fluxos de entrada e sada controlados pelos cartes kanban. A partir disso o almoxarifado da empresa um ponto de apoio produo, pois desempenha papel importante na manuteno e execuo normal da produo. A ideia de utilizao do kanban na empresa seria dispor cartes coloridos nos prprios contenedores dos produtos estocados no almoxarifado, quando a quantidade desses produtos fosse a quantidade mnima, a cor do carto seria mudada e um pedido de reposio deveria ser feito.Tubino (2007) ainda relata que uma vez planejados os supermercados e os ritmos de trabalho pelo grupo de implantao do sistema, com base na previso de demanda, o sistema kanban contribui para a expanso da manufatura enxuta. O sistema atua dentro do PCP no nvel operacional de curto prazo, exercendo as atividades de programao, acompanhamento e controle da produo, de forma simples, visual e direta, com a participao de todos os envolvidos na relao entre cliente e fornecedor.

III.3. O SISTEMA JITO sistema Just-in-time surgiu em meados da dcada de 70 , sendo sua idia bsica e seu desenvolvimento, assim como o kanban, creditados Toyota Motor Company, que buscava um sistema de administrao que pudesse coordenar a produo com uma grande demanda e especificidade de diferentes modelos e cores de veculos com um mnimo de atraso (CORRA, 1993).Para LUBBEN (1989), "o sistema JIT um desenvolvimento japons, mas alguns dos seus princpios foram concebidos nos Estados Unidos. Algumas pessoas creditam a Ford Motor Company como a primeira empresa ocidental a usar alguns conceito de JIT na linhas focalizadas dos primeiros automveis Ford".Segundo BAGLIN (1990), verifica-se que a origem do JIT procede das modificaes fundamentais do desenvolvimento econmico mundial. Durante as duas ltimas dcadas, as exigncias dos clientes tm sido consideravelmente aumentadas: A variabilidade da demanda (em volume e natureza) aumentada: variedade de modelos ropostos, ciclo de vida dos produtos muito curto, etc; O cliente exige prazos cada vez menores; A concorrncia impe a entrega de produtos de qualidade perfeita e preo muito baixo.Para responder a estas novas caractersticas, precisa-se de um sistema logstico que oferea muito pouca inrcia e capacidade de troca em grande variedade, sem gerar estoques elevados. Isto provoca ento para as indstrias o que fazer face a um dilema: venda sob medida ou preo do produto em srie.

A filosofia do JIT da Toyota pode comparar os estoques, com o nvel de gua de um rio. Na abordagem tradicional, os responsveis consideram que quanto mais elevado o nvel, mais a navegao facilitada. Ohno prope, ao contrrio, fazer baixar o nvel dgua para deixar aparecer os escolhos. Estes devero ser destrudos para poder continuar a navegao. Baixa-se o nvel novamente: os obstculos que surgirem novamente devero ser destrudos. Esta a filosofia do progresso contnuo (Kaizen).

III. 4. SISTEMA OPTO OPT a sigla para Optimized Production Technology (Tecnologia de Produo Otimizada), uma tcnica de gesto da produo desenvolvida recentemente por um grupo de pesquisadores israelenses, do qual fazia parte o fsico Eliyahu Goldratt. Segundo ANTUNES (1989), esse sistema de otimizao fundado nos conceitos de programao linear, e pode ser utilizado em qualquer ambiente fabril.A tcnica, a exemplo do MRP II, baseada no uso de um software. Entretanto, seus princpios diferem bastante dos princpios sobre os quais o MRP II se baseia. Para o autor, as metas do OPT procuram simultaneamente: aumentar a taxa no qual o sistema gera dinheiro atravs das vendas; reduzir inventrios; reduzir despesas operacionais. Esses procedimentos so levados a efeito no sentido de incrementarem, ao mesmo tempo: o lucro lquido, a rentabilidade dos investimentos; e os fluxos de caixa.

IV - INTEGRAO ENTRE MTODOS E FILOSOFIAS DO PCPCom a evoluo dos computadores, a utilizao de tcnicas sincronizadas de administrao da produo passou a ser necessria. Pode-se considerar essa procura da integrao entre os sistemas uma nova fase do PCP.

IV. 1. PCP NA ERA DA INFORMAO

Com o abaixamento de preos dos produtos de informtica, e o alargamento do seu uso a partir da dcada de 80, a administrao da produo e o PCP tiveram grandes avanos. Os diversos tipos de automao industrial passaram a ser largamente usadas para aumentar a eficincia das manufaturas.Os recursos CAD/CAE (desenho, projeto e engenharia auxiliados por computador) so um exemplo desse tipo de automao. Eles esto na condio de fornecedores de dados para a programao e controle, e ocupando-se do planejamento da produo. Esses softwares auxiliam a concepo e desenvolvimento do produto, iniciando pelo desenho do mesmo, ordenando e armazenando dados, simulando o funcionamento de sistemas. O projeto do processo feito pelo CAPP (projeto do processo auxiliado por Computador). Este sistema permite gerar roteiros, listagem de equipamentos, ferramentas e tempos, alm de complementos como a rvore de produto e croquis (PEREIRA, 1998).As mquinas tornaram-se automticas mediante a aplicao do conceito de controle numrico (CN) e numa etapa posterior CNC (controle numrico por computador). Essas mquinas executam funes como de controlar vlvulas de abertura e fechamento de dutos, controle de temperatura em fornos, de iluminao e ventilao, pintam, soldam, montam, movimentam.O Sistema de Garantia da Qualidade (CAQ) constitui-se de um acompanhamento desde a chegada dos insumos, passando pelo processo produtivo, estendendo-se at a sada do produto acabado. O CAQ auxiliado pela informtica atravs de instrumentos de anlise, sensores e contadores automatizados, bem como no planejamento do controle.Outro conceito importante o de Manufatura Celular (MC), que segundo SEVERIANO FILHO (1999), uma tentativa de se linearizar o fluxo de materiais, num sistema de produo intermitente, sem sacrificar a flexibilidade inerente a organizao. Para o autor, a abordagem da manufatura celular tem sua origem no conceito de Tecnologia de Grupo (TG), que um recurso que utiliza o conceito de famlia de itens , onde se procura agrupar artigos com base na similaridade de forma, tamanho e processo de produo, etc.Por fim, a integrao dos recursos de produo com a informtica permitiu estabelecer o conceito de Produo Auxiliada por Computador (CAM). O conjunto das funes abordadas, como Planejamento da Produo, a Programao e Controle e a Produo Auxiliada por Computador, quando integradas por sistemas de informao automatizados, constituem a Produo Integrada por Computador (CIM).

IV.2. A INTEGRAO CIM

A Produo Integrada por Computador ou CIM (Computer Integrated Manufacturing) a tecnologia que, utilizando-se da informao, da computao e da automao, permitindo a integrao de todas as atividades de produo.PEREIRA (1998) descreve o seqenciamento dessa tecnologia da seguinte forma: o CIM inicia com o planejamento da produo (projeto do produto, do processo e estimao de quantidades a produzir), continua com a programao (definio precisa de produtos a produzir no perodo, clculo de necessidades de material, estabelecimento de prazos e capacidades e seqenciamento), aciona a produo (atravs de mquinas comandadas por computador como as CN controle numrico - e robs) e termina no controle atravs de mdulos de captao de dados de quantidade e qualidade da produo, havendo, ainda, a possibilidade de trabalhar-se com funes auxiliares como o controle da manuteno.Segundo COSTA& CAULLIRAUX (1995), o CIM representa uma forma especfica de funcionamento de um sistema de produo, que passa pela integrao organizacional suportada e alavancada pela informtica. Para SEVERIANO FILHO (1999), o CIM pode ser considerado "uma filosofia de gerenciamento operacional, que integra as atividades organizacionais em sua totalidade".O objetivo final que todas as funes da organizao voltadas para a produo sejam incorporadas num sistema integrado por computador, que possa auxiliar ou automatizar as operaes. Um sistema de produo apoiado por computador permite uma maior eficincia , assim como uma menor quantidade de erros concebidos durante o processo, passando a ser bastante vantajosa sua implementao nas manufaturas.

CONCLUSO

O PCP mostra-se um sistema em constante evoluo. Por abordar homens, mquinas e tcnicas de gerenciamento, qualquer contribuio que ocorra no campo operacional, administrativo, ou das relaes humanas, faz com que o PCP passe por alguma evoluo.Nos ltimos anos, o grande crescimento e barateamento da informtica, e de todos os sistemas de automao ligados a ela, tem feito com que o PCP tenha evoludo bastante. A integrao a palavra chave para esses novos sistemas. O objetivo que todas as informaes dentro de uma fbrica estejam integrada em um nico sistema. Torna-se necessrio conceber logicamente um sistema de informaes e de planejamento, organizao, comando e controle da produo para uma comparao prvia aos sistemas computacionais disponveis. Isto implica em trabalho intenso e tambm muito importante; leva ao reconhecimento do sistema de produo, suas peculiaridades e seus pontos fortes e fracos. Os sistemas, integrados ou no, so teis e podem representar uma ajuda na busca da eficcia das atividades de PCP.A eterna busca pela eficincia, faz com que os sistemas de produo estejam em constante mudanas e que estes sejam bastante dinmicos. A exigncia de uma adaptao constante decorre das mltiplas influncias e das incertezas dos ambientes gerenciais modernos. Para isso, o entendimento do passado como forma de se prever o futuro torna-se importante para todos aqueles que querem estar aptos a serem geradores de mudanas dentro de uma organizao.

V BIBLIOGRAFIA

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