trabalho pavimentação

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UNIVERSIDADE DO VALE DE ITAJAÍ ANDRÉ LUIZ DA COSTA ANDRESSA BERTOLI RIBEIRO KÉLLI CRISTINA DÉSTRI PEDRO ROUSSELET CRIZEL RENATO DE SOUSA FERNANDES VANESSA ELAINE GELAIN ENSAIOS DE SOLOS PARA PAVIMENTAÇÃO ITAJAÍ 2013

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  • UNIVERSIDADE DO VALE DE ITAJA

    ANDR LUIZ DA COSTA ANDRESSA BERTOLI RIBEIRO

    KLLI CRISTINA DSTRI PEDRO ROUSSELET CRIZEL

    RENATO DE SOUSA FERNANDES VANESSA ELAINE GELAIN

    ENSAIOS DE SOLOS PARA PAVIMENTAO

    ITAJA 2013

  • ANDR LUIZ DA COSTA ANDRESSA BERTOLI RIBEIRO

    KLLI CRISTINA DSTRI PEDRO ROUSSELET CRIZEL

    RENATO DE SOUSA FERNANDES VANESSA ELAINE GELAIN

    ENSAIOS DE SOLOS PARA PAVIMENTAO

    Trabalho apresentado como requisito parcial para a obteno da M1, na disciplina de Pavimentao, na Universidade do Vale do Itaja, do Centro de Cincias Tecnolgicas da Terra e do Mar.

    ITAJA

    2013

  • SUMRIO

    Resumo ........................................................................................................................ 4

    1. INTRODUO .......................................................................................................... 5

    2. FUNDAMENTAO TERICA ............................................................................. 6

    2.1. Ensaio Proctor Normal .................................................................................... 6

    2.2. Ensaio CBR (California Bearing Ratio) ou ISC (ndice de Suporte Califrnia) . 8

    3. METODOLOGIA .................................................................................................. 10

    3.1. Ensaio de compactao................................................................................ 10

    3.2. Ensaio de determinao do ndice de suporte Califrnia .............................. 13

    4. ANLISE E RESULTADOS ................................................................................. 16

    4.1. Compactao (Proctor) ................................................................................. 16

    4.2. CBR .............................................................................................................. 19

    5. CONCLUSO ...................................................................................................... 22

    REFERNCIAS .......................................................................................................... 23

  • Resumo

    Neste trabalho ser determinado atravs de um ensaio de compactao chamado Proctor normal, o peso especifico de um solo previamente coletado e sua umidade tima, logo em seguida ser realizado o ensaio de CBR (California Bearing Ratio) que visa determinar a presso que ser necessria para produzir uma penetrao de um pisto num corpo de prova de solo compactado, para que deste modo a capacidade de suporte de um solo compactado seja encontrada.

    Palavras-chaves: Compactao, solo, capacidade de suporte.

  • 1. INTRODUO

    O solo um meio complexo e heterogneo, produto de alterao do

    remanejamento e da organizao do material original (rocha, sedimento ou outro solo),

    sob a ao da vida, da atmosfera e das trocas de energia que a se manifestam, e

    constitudo por quantidades variveis de minerais, matria orgnica, gua da zona no

    saturada e saturada, ar e organismos vivos, incluindo plantas, bactrias, fungos,

    protozorios, invertebrados e outros animais (CETESB).

    Para estudo do solo so realizados vrios ensaios, sendo que para determinar

    a capacidade de suporte de um solo compactado pode ser usado o mtodo do ndice

    de suporte, que fornecer o ndice de Suporte Califrnia, tambm conhecido como

    CBR. Antes da realizao do CBR, necessria a execuo de um ensaio de

    compactao, na qual se optou pelo ensaio Proctor normal.

    Esse trabalho tem como objetivos:

    Determinao da correlao entre o teor de umidade e o peso especfico seco

    do solo compactado, atravs do ensaio tipo Proctor normal;

    Determinao da presso necessria para produzir uma penetrao de um

    pisto num corpo de prova de solo compactado, atravs do mtodo do ensaio

    CBR.

  • 2. FUNDAMENTAO TERICA

    2.1. Ensaio Proctor Normal

    O Ensaio Proctor Normal visa conhecer as propriedades de teor de umidade,

    peso especfico seco e energia de compactao. Os dados extrados atravs deste

    ensaio so aplicados em execues de aterros, camadas constitutivas de pavimentos,

    fundaes, muros de arrimo, barragens, entre outros. A importncia do controle da

    compactao dos solos est na busca em melhorar as propriedades do solo, para que

    o mesmo tenha homogeneidade e estabilidade. Atravs da compactao aumenta-se

    a resistncia do solo, diminui a permeabilidade e a deformabilidade com a reduo do

    volume vazios.

    Conforme Ralph Proctor (1933) ... a densidade que um solo atinge quando

    compactado sob uma dada energia de compactao depende da umidade do solo no

    momento da compactao.

    R. Proctor desenvolveu o ensaio que determina experimentalmente a curva de

    compactao de um solo, tendo se massa especfica seca (g/cm) x teor de umidade

    (%).

    Figura 1 Curva de compactao (Compactao - Rita Moura Fortes)

    A imagem anterior representa uma curva de compactao onde podemos ver a

    densidade mxima alcanada e o teor de umidade timo para alcanar essa

    densidade.

    Faz-se a umidificao do solo e posteriormente aplicada a compactao,

    medida que o teor de umidade aumenta acontece uma lubrificao dos gros, os

    mesmos se rearranjam de forma que com a energia aplicada o volume de vazios

    diminui e a massa especfica aumente, podemos observar esse comportamento no

    ramo seco. O teor de umidade e a densidade aumentam at chegar no pico,

  • posteriormente o solo est no ramo mido onde a umidade chegou em um ponto que

    os espaos entre os gros so preenchidos por gua que possui uma densidade

    menor que o solo, assim a massa especfica aparente no solo tambm diminui.

    O ensaio Proctor normatizado pela NBR 7182-86, onde determina a energia

    de compactao, classificando em normal, intermediria e modificada.

    Clindro

    Caractersticas

    inerentes a

    cada energia

    de

    compactao

    Energia

    Normal Intermediria Modificada

    Pequeno

    Soquete Pequeno Grande Grande

    Nmero de

    camadas 3 3 5

    Nmero de

    golpes por

    camada

    26 21 27

    Grande

    Soquete Grande Grande Grande

    Nmero de

    camadas 5 5 5

    Nmero de

    golpes por

    camada

    12 26 55

    Altura do disco

    espaador

    (mm)

    63,5 63,5 63,5

    Tabela 1 Compilada da NBR 7182-86

    Conforme a granulometria do solo observa-se curvas de compactao mais

    abertas ou mais fechadas.

  • Figura 2 Curva de compactao em diferentes solos. Disponvel em:

    2.2. Ensaio CBR (California Bearing Ratio) ou ISC (ndice de Suporte

    Califrnia)

    Este ensaio foi criado pelo Departamento de Estradas de Rodagem da

    California (USA), mede a resistncia penetrao de uma amostra anteriormente

    saturada e compactada pelo mtodo de Proctor.

    Atravs deste ensaio feita uma relao entre a presso produzida na

    penetrao de um pisto em um corpo de prova de solo e a presso produzida na

    penetrao de uma mistura de brita granulometricamente estabilizada, onde a relao

    apresentada em porcentagem.

    No Brasil o ensaio padronizado pelo DNER, atravs da norma rodoviria

    DNER-ME 049/94, e tambm pela NBR 9895-87. A importncia desse ensaio est na

    determinao do valor relativo do suporte de solos, que utilizado para dimensionar

    pavimentos flexveis de rodovias, obtendo-se a espessura do pavimento necessrio

    para suportar a carncia do subleito considerando sua capacidade portante.

    Determina-se a espessura das camadas do pavimento para que as tenses

    geradas pelo trfego sejam transmitidas para o subleito sem deformaes excessivas

    e ruptura.

  • O CBR mede a resistncia de solos com umidade e densidade conhecidas,

    assim o ndice de capacidade de suporte no um valor constante, esta relacionado a

    uma condio de moldagem do material.

    O ensaio constitudo de trs etapas, compactao do solo em corpos de

    prova atravs do ensaio de Proctor, clculo de expanso atravs da imerso do corpo

    de prova em gua e ensaio de penetrao.

    Conforme Mariano Pinto (2008) ...o ensaio deCBR um ensaio emprico que permite

    a avaliao do comportamento do solo sobo ponto de vista da resistncia e

    deformabilidade, por meio de um nico ndice.

    Figura 3 Curva Tpica CBR de Presso x Penetrao (Manual de Pavimentao

    DNIT 2006)

    Valores recomendados conforme Manual de Pavimentao DNIT 2006:

  • 3. METODOLOGIA

    3.1. Ensaio de compactao

    No dia 23/08/2013,com o auxlio de uma p foi extrada uma amostra com

    cerca de 30kg de solo em um terreno localizado na avenida Alberto Werner, 1109, no

    centro da cidade de Itaja. O tempo encontrava-se ensolarado, porm, o solo extrado

    apresentava um bom nvel de umidade.

    Figura 4 - Local da extrao da amostra.

    Aps a extrao, a amostra foi encaminhada ao LATEC e permaneceu em

    repouso em seu estado natural durante trs dias. Como no momento da retirada da

    amostra as condies climticas eram favorveis e o solo no encontrava-se

    encharcado, foi possvel iniciar os ensaios com o solo em estado natural, dispensando

    o uso da estufa para retirada do excesso de umidade.

    No dia 26/08/2013, o grupo reuniu-se no laboratrio para realizar o ensaio de

    compactao e encontrar a umidade tima da amostra de solo em estudo. Para

    execuo do ensaio de compactao foram necessrios os seguintes equipamentos:

    Molde cilndrico metlico com extensor (dimenses aproximadas de 15,24cm

    de dimetro e 17,78cm de altura);

    Base metlica perfurada para o molde cilndrico;

    Rgua de ao biselada (com aproximadamente 30cm);

    Disco espaador metlico (com aproximadamente 6,4cm);

    Soquete metlico (com altura de queda e peso aproximado de 45,75cm e

    4,54kg respectivamente);

    Filtro de papel circular;

    Paqumetro;

    Balana;

  • Estufa;

    Cpsulas de alumnio com tampa;

    Acessrios em geral como bandejas, baldes, esptulas e colheres.

    Para comear o ensaio e dar incio a primeira etapa, foi necessrio destorroar e

    homogeneizar toda a amostra que j encontrava-se seca ao ar. Este servio foi

    executado com a ajuda de bandejas e esptulas de ao e s foi finalizado quando o

    solo encontrava-se completamente destorroado. importante salientar que nesta

    parte do ensaio foram separados e eliminados os fragmentos rochosos e os resduos

    orgnicos.

    Figura 5 Detalhe da execuo do destorroamento da amostra de solo.

    Aps a preparao da amostra,tornou-se necessrio anotar os parmetros

    caractersticos do molde cilndrico em estudo. Com o auxlio de uma balana foi

    realizada a pesagem e com a ajuda de um paqumetro foram retiradas as medidas

    exatas do molde metlico. Feita a caracterizao do molde, foi realizada sua

    montagem na base metlica, inserido o disco espaador e o papel filtro e realizada a

    compactao do solo em cinco camadas aproximadamente iguais.

    Figura 6 Detalhe da montagem do molde cilndrico na base.

  • Cada camada recebeu doze golpes do soquete metlico distribudos

    uniformemente sobre sua superfcie. Aps a concluso dos 60 golpes distribudos

    igualmente nas camadas, foi retirado o extensor (cilindro complementar) e com a ajuda

    da rgua biselada foi realizado o rasamento do excesso de material deixando a

    amostra com a altura exata do molde. Na sequncia, o molde foi retirado do suporte e

    foi realizada a pesagem do conjunto molde metlico e solo compactado. Subtraindo-se

    o peso do conjunto do peso do molde, e dividindo o valor encontrado pelo volume do

    molde, foi possvel encontrar a densidade do solo compactado em umidade natural

    (Equao 1). Aps definio da densidade , a amostra de solo foi guardada e

    permaneceu em repouso.

    =

    (1)

    Figura 7 Detalhe da compactao do solo dentro molde cilndrico.

    Para concluir esta etapa do ensaio, foi separada uma amostra do solo em

    umidade natural e feita a pesagem da mesma em uma cpsula de alumnio com

    massa conhecida. Posteriormente esta pequena amostra com cerca de 100g foi

    encaminhada estufa para que fosse possvel definir a porcentagem de umidade h

    contida no solo (Equao 2) e a massa especfica aparente do solo seco s (Equao

    3).

    =

    100(2)

    s = $ 100

    100 + (3)

  • Foto 8 Detalhe da amostra de solo antes de ser encaminhada estufa.

    Aps a concluso da primeira etapa, com objetivo de aumentar a umidade da

    amostra, foram adicionados 200ml de gua em uma amostra de 5kg de solo com o

    propsito de encontrar a umidade tima do solo em estudo. Depois da completa

    homogeneizao dos 200ml de gua nos 5kg de solo, foi necessrio repetir todos os

    processos descritos na primeira etapa. Na concluso da segunda etapa, encontrou-se

    um valor de densidade levemente menor que a densidade encontrada no ensaio

    realizado no solo com densidade natural.

    Como a diferena entre as duas densidades encontradas foi pouco

    representativa, o grupo optou por realizar todos os procedimentos novamente com o

    objetivo de ratificar o resultado encontrado na segunda etapa. Porm, para realizao

    da terceira etapa foi aumentada ainda mais a umidade do solo.

    Em uma outra amostra de 5kg, foram adicionados 400ml de gua e dado incio

    a todos os procedimentos novamente. Aps a concluso da terceira etapa foi

    encontrado um valor de densidade consideravelmente inferior ao valor encontrado na

    primeira etapa, ou seja, o grupo pode concluir que a umidade ensaiada mais prxima

    da umidade tima era a que o solo possua em estado natural.

    Concludo isto, foi finalizado o ensaio de compactao do solo, porm, o

    cilindro com a amostra de solo utilizada na primeira etapa foi montado invertido no

    suporte sem o disco espaador, e no local do disco foram adicionados pesos

    metlicos. Na sequncia, todo o conjunto foi submerso em gua e permaneceu em

    repouso durante 7 dias.

    3.2. Ensaio de determinao do ndice de suporte Califrnia

    No dia 02/09/2013, o grupo voltou ao laboratrio, desta vez, para realizar o

    ensaio do ndice de suporte Califrnia do solo em estudo. Para execuo deste

    ensaio, foram necessrios os seguintes equipamentos:

  • Molde cilndrico metlico com extensor (dimenses aproximadas de 15,24cm

    de dimetro e 17,78cm de altura);

    Base metlica perfurada para o molde cilndrico;

    Disco espaador metlico (com aproximadamente 6,4cm);

    Soquete metlico (com altura de queda e peso aproximado de 45,75cm e

    4,54kg respectivamente);

    Disco anelar de ao para sobrecarga (cada par com aproximadamente 2,27kg);

    Extensmetro com trip;

    Prensa para determinao do ndice de suporte Califrnia;

    Balana;

    Filtro de papel circular;

    Como o solo j estava devidamente moldado e submerso em gua com uma

    sobrecarga de quatro disco anelares de ao que simulavam o peso do pavimento, foi

    necessrio retirar o molde da gua e deixar escorrendo durante 15 minutos. Aps o

    escoamento da gua foi realizada a pesagem do conjunto com solo.

    Aps a pesagem, deu-se incio ao ensaio de penetrao. Levou-se o conjunto

    ao prato da prensa e fez-se o assentamento do pisto de penetrao no solo atravs

    da aplicao de uma carga de aproximadamente 4,5kg que pode ser controlada de

    acordo com o ponteiro do extensmetro. Na sequncia, o extensmetro do anel

    dinamomtrico foi zerado e a manivela da prensa foi acionada manualmente com

    velocidade constante de 1,27mm/min. Como cada leitura considerada no

    extensmetro do anel funo de uma penetrao do pisto em um tempo

    especificado para o ensaio, com as leituras efetuadas possvel preencher a tabela

    abaixo sugerida pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem e medir os

    encurtamentos diametrais de acordo com a atuao das cargas. Aps a coleta das

    informaes, a amostra de solo foi descartada e tornou-se necessrio a realizao dos

    clculos para concluso do ensaio.

    Figura 9 Ensaio de determinao do ndice de suporte Califrnia

  • Figura 10 Detalhe da tabela proposta pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

    na sua normativa DNER-ME 049/94.

    Para a obteno do CBR, utiliza-se a frmula a seguir:

    '()(%) =+,

    + 100(4)

  • 4. ANLISE E RESULTADOS

    4.1. Compactao (Proctor)

    Cada solo se comporta de maneira diferente com respeito densidade mxima

    e a umidade tima. O Ensaio Proctor possibilita obter a correlao entre o teor de

    umidade e o peso especifico de um solo quando compactado. Segue abaixo alguns

    dados referentes ao Ensaio Proctor de Compactao, cuja metodologia est descrita

    no item 3.

    Nmero da Amostra 1 2 3

    Dimetro da base do cilindro (m) 0,1567 0,1564 0,1565

    rea da base do cilindro (m) 0,01929 0,01921 0,01924

    Altura do cilindro (m) 0,1778 0,1772 0,177

    Altura do queijo (m) 0,0625 0,0625 0,0625

    Altura do solo compactado(m) 0,1153 0,1147 0,1145

    Volume de solo (m) 0,00222 0,0022 0,0022

    Peso do cilindro sem solo (kg) 4,9936 4,7144 4,9246

    Peso do cilindro com solo (kg) 9,3225 8,9123 9,0504

    Massa especfica aparente do solo

    midocompactado (kg/m) 1946,8 1905,05 1873,2

    Tabela 02 - Dados gerais das amostras de solo.

    Nmero da Amostra 1 2 3

    Peso da cpsula vazia (g) 12,1 12,4 19,8

    Peso da cpsula + solo (g) 82 95,9 73,4

    Peso do solo natural (g) 69,9 83,5 53,6

    Peso da cpsula + solo seco (g) 71,8 81,7 63,5

    Peso do solo seco (g) 59,7 69,3 43,7

    Tabela 03 - Cpsulas de solo.

    A partir dos dados listados na tabela acima, calculou-se os teores de umidade

    hreferentes a cada amostra de solo compactado, a partir da equao 2:

  • Amostra 1 2 3

    Massa da amostra mida (g) 69,9 83,5 53,6

    Massa da amostra seca em estufa (g) 59,7 69,3 43,7

    Teor de umidade (%) 17,09 20,49 22,65

    Tabela 04 - Teor de umidade de solo.

    De posse dos teores de umidade de cada amostra de solo, determinou-se a

    massa especfica aparente do solo seco s a partir da equao 3:

    Amostra 1 2 3

    Teor de umidade do solo compactado (%) 17,09 20,49 22,65

    Massa da amostra aparente do solo mido

    (kg/m) 1946,8 1905,05 1873,2

    Massa especfica aparente do solo seco (kg/m) 1662,65 1581,09 1527,27

    Tabela 05 - Massa especfica aparente do solo seco.

    A curva de compactao foi obtida marcando-se em ordenadas, os valores dos

    pesos especficos secos, e em abscissas, os teores de umidades correspondentes:

    Grfico 01 - Curva de Compactao

    O valor do peso especfico seco aumenta com o teor de umidade at atingir um

    valor mximo (ordenada mxima da curva). Nesse ponto, localiza-se a umidade tima.

    1,45

    1,5

    1,55

    1,6

    1,65

    1,7

    17,09 20,49 22,65

    Densidade do solo (kg/dm)

    Teor de umidade (%)

    Curva de Compactao do solo - Ensaio Proctor

  • A umidade tima o teor de umidade que, ao ser adicionado ao solo, permite

    que este, aps compactado, adquira maior massa especfica aparente seca possvel,

    fator fundamental para o obteno de compactaes eficazes. Muito pouca umidade

    significa compactao inadequada, na qual as partculas no podem mover entre si

    para alcanar maior densidade. Entretanto, o excesso de umidade deixa a gua

    preencher os vazios e diminui a capacidade de suportar carga.

    A equipe realizou 3 ensaios de compactao, sendo que a ordenada mxima

    foi obtida com a primeira amostra de solo, chegando-se a concluso de que a primeira

    amostra encontrou-se mais prxima ao teor de umidade timo. Depois disso, as

    densidades diminuram, conforme a curva do grfico 01. Pelo fato de ter-se obtido uma

    curva decrescente, averdadeira umidade tima do solo pode apresentar uma umidade

    menor do que a encontrada no primeiro ensaio, que foi de 17,09%.

    Segundo FORTES (2002), os solos argiloso so os que apresentam maior

    umidade tima, variando de 30% a 40%, e menor massa especfica, estando na faixa

    de 1300 kg/m. Entretanto, no experimento, o grupo encontrou uma umidade tima

    com valor inferior ao dado pelo estudioso.

    O ramo da curva de compactao anterior ao valor de umidade tima

    denominado de ramo seco e o trecho posterior de ramo mido". No ramo seco, a

    umidade baixa, a gua contida nos vazios do solo est sob o efeito capilar e exerce

    uma funo aglutinadora entre as partculas. medida que se adiciona gua ao solo

    ocorre a destruio dos benefcios da capilaridade, tornando-se mais fcil o rearranjo

    estrutural das partculas. No ramo mido, a umidade elevada e a gua se encontra

    livre na estrutura do solo, absorvendo grande parte da energia de compactao.

    Na curva de compactao do solo ensaiado, temos a presena apenas do

    ramo mido, trecho posterior a umidade tima.

    De maneira geral, os solo argilosos apresentam densidades secas baixas e

    umidade timas elevadas. Solos siltosos apresentam tambm valores baixos de

    densidade, freqentemente com curvas de laboratrio bem abatidas. As areias com

    pedregulhos, bem graduados e pouco argilosos, apresentam densidades secas

    mximas elevadas e umidades timas baixas.

    Para solos mais grossos, temos tendncias de maiores densidades e menores

    umidades timas quando comparadas com solos finos, alm das curvas apresentarem

    formas mais fechadas. O solo do experimento era argiloso e apresentou uma curva

    aberta, tendncia presente em solos finos.

    Nas obras de terraplenagem, prefere-se usar argila em vez de areia ou silte

    porque a argila, por ser constituda de gros mais finos consegue dar uma

  • impermeabilidade maior ao macio compactado. Essa impermeabilidade muito

    importante em determinadas obras como as barragens que precisam "segurar" a gua.

    4.2. CBR

    Para a execuo do CBR, colocou-se o corpo de prova na prensa e realizou-se

    o teste de penetrao, atravs da rotao da manivela, com uma velocidade constante

    de 1,27mm/min. Registrou-se ento os valores da tabela abaixo, onde foram

    multiplicados os valores das leituras do extensmetro do anel pela constante

    recomendada (0,101801), resultando na presso.

    Tempo (min)

    Penetrao (mm)

    Leitura extens. anel

    (mm)

    Presso (kg/cm)

    0,5 0,63 1 0,10

    1 1,27 1 0,10

    1,5 1,9 1 0,10

    2 2,54 1 0,10

    3 3,81 1 0,10

    4 5,08 2 0,20

    6 6,35 2 0,20

    8 7,62 17 1,73 Tabela 06 - Teste CBR

    Com os dados obtidos no ensaio, construiu-se o diagrama presso x

    penetrao, apresentado abaixo:

    Grfico 02 - Diagrama Presso x Penetrao do teste CBR.

    0,00

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    0 2 4 6 8 10

    Pre

    ss

    o (

    kg

    /cm

    )

    Penetrao (mm)

  • Seguindo recomendao do professor, devido ao valor da presso ter se

    mantido constante durante os 3 primeiros minutos do ensaio, adotou-se para o clculo

    do CBR, o tempo de 3 minutos como momento de incio do ensaio, resultando nos

    dados e grfico a seguir:

    Tempo (min)

    Penetrao (mm)

    Leitura extens. anel

    (mm)

    Presso (kg/cm)

    0 0 1 0,10

    1 1,27 2 0,20

    3 3,81 2 0,20

    5 6,35 17 1,73 Tabela 07 - Teste CBR com valores corrigidos.

    Grfico 03 - Diagrama Presso x Penetrao do teste CBR com os valores corrigidos.

    Adotou-se ento as presses para as penetraes de 2,54 e 5,08 mm para a

    obteno do CBR, sendo necessria a interpolao dos valores para a obteno das

    presses, calculando-se ento o CBR conforme a frmula apresentada anteriormente.

    Penetrao (mm)

    Presso (kg/cm)

    Presso Padro (kg/cm)

    CBR (%)

    2,54 0,20 70,31 0,29

    5,08 0,97 105,46 0,92 Tabela 08- Clculo do CBR.

    Deve-se ento, adotar o maior entre os dois valores encontrados como o CBR,

    registrando-se para o solo ensaiado um valor de 0,92%.

    0,00

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    0 2 4 6 8

    Pre

    ss

    o (

    kg

    /cm

    )

    Penetrao (mm)

  • Segundo a tabela apresentada na imagem abaixo, este valor indica uma baixa

    resistncia penetrao, podendo-se considerar um solo de qualidade pssima, tendo

    sua utilizao para pavimentao recomendada apenas para sub-base.

    Figura 11 - Tabela de classificao CBR. Disponvel em:

  • 5. CONCLUSO

    O estudo dos solos de fundamental importncia no que diz respeito sua

    utilizao, especialmente para a realizao de pavimentaes. Estudar e segregar os

    solos em diferentes grupos, possuindo conhecimento sobre as suas propriedades e

    caracteristicas, proporciona uma ampla gama de opes para empreg-los em

    diferentes tipos de meios e ambientes de forma adequada s finalidades que devem

    atender.

    Por meio deste trabalho foi possivel estudar dois ensaios, o Proctor normal e o

    ensaio CBR (California Bearing Ratio), nos quais possivel encontrar

    respectivamente, a umidade tima de solo e a resistncia do solo, atravs da amostra

    de solo coletada pelo grupo. Realizando os ensaios da forma adequada foi possivel

    encontrar os valores dessas propriedades e caracterizar o nosso solo. Encontrou-se

    uma baixa resistncia penetrao o que implica que este material no seria

    adequado para camadas acima da sub-base, o que resultaria em problemas e

    compremetimento da pavimentao se o mesmo fosse utilizado para tais fins.

    Sendo assim, a realizao de tais ensaios e do estudos dos solos preliminares

    ao uso dos mesmos imprescindvel, pois exclusivamente atravs de tais

    procedimentos que obtemos a garantia e certificao que ser realizada a escolha

    mais apropriada e correta de material a ser utilizado para cada situao diferente.

  • REFERNCIAS

    SANTOS, Jaime. Compactao: Elementos Tericos. Instituto Superior Tcnico.

    Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura.

    AGDA. Compactao dos solos. Mecnica dos Solos I.

    DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 049.

    Determinao do ndice de suporte califrnia utilizando amostras no

    trabalhadas.DNER/DrDTc (IPR), 1994

    DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. DNIT-

    ME 164. Compactao utilizando amostras no trabalhadas mtodo de ensaio.

    DNIT(IPR), 2013.

    DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Manual

    de Pavimentao. DNIT, 2006.

    Qualidade do solo. Disponvel em:

    Acesso em: 14 de setembro de 2013>.

    ndice de Suporte dos Solos. Disponvel em:

    Acesso em: Acesso em: 14 de

    setembro de 2013>.

    ndice de Suporte dos Solos . Disponvel em:

    .

    Ensaio de CompactaoNBR 7182-86.