trabalho- noções do direito ambiental

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Noes do Direito Ambiental

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDEDisciplina: Instituies do DireitoProfessora: CludiaComponentes: Alex Ferreira Caled Marques Lauro Jnior Gustavo Lima Morgana Shoitzar Rafael Ferreira Wanderley Sousa Yann Navarro Yuri Fortunato

I NOES PRELIMINARESSrios problemas ambientais;

Estocolmo - 1972 A Conferncia produziu a Declarao sobre o Meio Ambiente Humano;

Rio de Janeiro - 1992. Avaliar como os pases haviam promovido a Proteo ambiental desde a Conferncia de Estocolmo.

Principais objetivos:a) examinar a situao ambiental mundial desde 1972 e suas relaes com o estilo de desenvolvimento vigente; b) estabelecer mecanismos de transferncia de tecnologias no-poluentes aos pases subdesenvolvidos; c) examinar estratgias nacionais e internacionais para incorporao de critrios ambientais ao processo de desenvolvimento; d) estabelecer um sistema de cooperao internacional para prever ameaas ambientais e prestar socorro em casos emergenciais; e) reavaliar o sistema de organismos da ONU, eventualmente criando novas instituies para implementar as decises da conferncia. Foram assinados 05 documentos. So eles:

a) Declarao do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; b) Agenda 21;c) Princpios para a Administrao Sustentvel das Florestas;d) Conveno da Biodiversidade; e) Conveno sobre Mudana do Clima;

II DIREITO DE TERCEIRA GERAOPrimeira gerao - assegurar a liberdade dos cidados;

Segunda gerao - assegurar a igualdade, garantindo-se os direitos econmicos, sociais e culturais;

Terceira gerao - tutela de interesses pertencentes a uma coletividade de indivduos, cujo fundamento o princpio da solidariedade ou fraternidade.

III CONCEITO E CLASSIFICAO DO MEIO AMBIENTE A lei 6938/81 assim conceitua: Art 3 - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:I - meio ambiente, o conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; a) Meio ambiente natural ou fsico b) Meio ambiente artificial c) Meio ambiente culturald) O meio ambiente do trabalhoIV CONCEITO E OBJETIVO DO DIREITO AMBIENTALO Direito Ambiental, nos dizeres de Paulo de Bessa Antunes (jurista consagrado na rea ambiental), um ramo do direito que regula as relaes entre os indivduos, os governos e as empresas com o meio ambiente, disciplinando como os recursos ambientais sero apropriados economicamente, visando assegurar a conciliao dos aspectos econmicos, sociais e ecolgicos com a melhoria das condies ambientais e bem-estar da populao.

V - PRINCPIOS DO DIREITO AMBIENTAL1-Ubiqidade "Este princpio vem evidenciar que o objeto de proteo do meio ambiente, localizado no epicentro dos direitos humanos, deve ser levado em considerao toda vez que uma poltica, atuao, legislao sobre qualquer tema, atividade, obra etc. tiver que ser criada e desenvolvida. Isso porque, na medida em que possui como ponto cardeal de tutela constitucional a vida e a qualidade de vida, tudo que se pretende fazer, criar ou desenvolver deve antes passar por uma consulta ambiental, enfim, para saber se h ou no a possibilidade de que o meio ambiente seja degradado;7

Desenvolvimento sustentvel Desenvolvimento sustentvel esculpido no Princpio 4 da ECO/92 o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da gerao atual, sem comprometer a capacidade das geraes futuras de satisfazerem as suas prprias necessidades. Prev o uso razovel dos recursos da terra e preservando as espcies e os habitats naturais.Direito sadia qualidade de vida A sadia qualidade de vida direito fundamental, previsto no art. 5, caput, CF/88, sendo inconcebvel sua existncia sem um meio ambiente equilibrado, haja vista que o homem est inserido no meio ambiente. Logo o ambiente desequilibrado inviabiliza a sadia qualidade de vida.

- ParticipaoPrincpio 10 (Eco 92): A melhor maneira de tratar questes ambientais assegurar a participao, no nvel apropriado, de todos os cidados interessados. (audincia pblica, acesso informao etc.). Previsto no art. Art. 3, I e 225, caput da CF/88. Possui dois vetores fundamentais: 9 Informao ambiental art. 225, 1, CF/898 9 Educao ambiental Lei 9795/99 - Art. 1o Entendem-se por educao ambiental os processos por meio dos quais o indivduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competncias voltadas para a conservao do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Funo scio-ambiental da propriedade O direito de propriedade evoluiu do individual ao ambiental, ou seja, de direito de primeira gerao passou a ter que se compatibilizar com os direito de 2 e 3 gerao, portanto no direito absoluto, pois deve atender sua funo social e ambiental (arts. 5, caput, 170, III e VI e 225, CF/88). Poluidor-pagador Princpio 16 da Eco/92, que impe ao poluidor o dever de arcar com o custo ambiental de sua atividade. Encontra fundamento tambm nos artigos 225 e 170 da Constituio. Significa que todas as externalidades negativas decorrentes dos processos produtivos ou de outros comportamentos humanos devem ser devidamente internalizados nos custos e devidamente reparados/compensados (art. 4, VII da lei 6938/81, art. 225, caput, 3, CF/88.

Usurio-pagador Consiste na cobrana de um valor econmico pela utilizao de um bem ambiental. Difere do poluidor-pagador que tem natureza reparatria e punitiva, pois tem natureza remuneratria pela outorga de um recurso natural. No h ilicitude. (art. 4, VII da lei 6938/81, art. 225, caput, 3, CF/88.

PrevenoBasilar do direito ambienta, tem por objetivo evitar a ocorrncia de danos que provavelmente sero causados ao ambiente por uma ao humana. Deve atuar de forma preventiva. (art. 225, caput, CF/88). PrecauoPrincpio 15 (Eco-92). Dada a imprevisibilidade decorrente de incerteza cientfica quanto aos efeitos de determinada obra ou atividade no ambiente, deve-se optar pro no implementa-la. (art. 225, caput, CF/88).Princpio do Direito Humano FundamentalPrincpio 1 (Eco-92): Os seres humanos esto no centro das preocupaes com o desenvolvimento sustentvel. Tm direito a uma vida saudvel e produtiva, em harmonia com a natureza.

Desenvolvimento sustentvelPrincpio 4 (Eco-92): Para alcanar o desenvolvimento sustentvel, a proteo ambiental deve constituir parte integrante do processo de desenvolvimento, e no pode ser considerada isoladamente deste. A Declarao de Joanesburgo foi celebrada exatamente tendo como pauta a questo relacionada ao desenvolvimento sustentvel.Princpio da Obrigatoriedade da Interveno EstatalPrincpio da Obrigatoriedade da Interveno Estatal: Nos termos do artigo 225 da Constituio dever fundamental do poder pblico intervir para, no exerccio do poder de polcia ambiental, prevenir e danos ao meio ambiente, bem como exigir a devida restaurao do equilbrio ecolgico.Princpio da cooperaoTodos os estados e os indivduos devem cooperar na reduo das desigualdades sociais, na erradicao da pobreza e num esprito de parceria global contribuio para a conservao, proteo e restaurao da sade e da integridade do ecossistema terrestre.VI Competncias Competncia a esfera delimitada de atribuies de uma entidade federativa. O princpio geral da repartio de competncias o da predominncia de interesses: Interesse geral - Unio, Interesse regional - Estados e Interesse local Municpios. Critrios de repartio de competncias: horizontal e vertical. Horizontal - So atribudas competncias exclusivas para cada entidade federativa. Vertical - As competncias so dadas para diversas entidades federativas, estabelecendo-se regras para seu exerccio.6.1 Classificao da competncia quanto a natureza Competncia administrativa: a prtica de atos de gesto (CF, art. 23). Competncia legislativa: a capacidade para a elaborao de leis sobre determinados assuntos.Os Municpios ficaram com competncia para legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislao federal e estadual no que couber. Aos Estados foi reservada competncia legislativa remanescente (CF, art. 25, l).

6.2 Classificao da competncia quanto extenso Competncias exclusivas: Competncias atribudas a uma nica entidade federativa, sem a possibilidade de comisso representativa e competncia suplementar (CF, art.21 e 30, 1). Competncias privativas: Competncias atribudas a uma nica entidade federativa, mas com a possibilidade de comisso representativa em questes especficas (CF, art. 22 ) e competncia suplementar (CF, art. 24). Competncia comum: Competncias atribudas a todas as entidades federativas sobre determinadas matrias, estando as entidades no mesmo nvel hierrquico (CF, art. 23).

Competncias concorrentes: So as atribudas Unio para estabelecer normas gerais sobre determinados assunto, podendo os Estados e o Distrito Federal incrementar esses princpios gerais. (art. 30, II. AMBIENTAL art. 24, I, VI, VII e VIII, CF/88. )Competncias suplementares: Competncias atribudas aos Estados para desenvolver as normas gerais estabelecidas pela Unio, dentro da competncia legislativa concorrente, de acordo com as suas peculiaridades (CF, art. 24, 2). Competncia supletivo: Inexistindo legislao federal sobre normas gerais em matria de competncia concorrente, os Estados possuem a faculdade de exercer competncia legislativa plena para atender as suas peculiaridades (CF, art. 24, 3). VII Poltica nacional do meio ambiente A Poltica Nacional do Meio Ambiente foi estabelecida em pela Lei 6.938/81, que criou o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente). Seu objetivo o estabelecimento de padres que tornem possvel o desenvolvimento sustentvel, atravs de mecanismos e instrumentos capazes de conferir ao meio ambiente uma maior proteo. As diretrizes desta poltica so elaboradas em conformidade com os princpios elencados no Art. 2 da Lei 6.938/81.

7.1 - Objetivos da PNMA Objetivos gerais (art. 2, cap. da lei 6938/81) Preservao, melhoria e recuperao da qualidade ambiental propcia vida; Assegurar condies ao desenvolvimento socioeconmico; Promover os interesses da segurana nacional; Proteger a dignidade da vida humana.

Objetivos especficos (art. 4, I a VII da lei 6938/81)Desenvolvimento sustentvel; Definio de reas prioritrias de ao governamental; Estabelecimento de critrios e padres de qualidade ambiental; Desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacional; Difuso de tecnologias de manejo do meio ambiente; Divulgao de dados e informaes ambientais; Formao de uma conscincia pblica para a preservao da qualidade ambiental; Preservao e restaurao dos recursos ambientais; Imposio, ao poluidor e ao predador, da obrigao de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usurio, da contribuio pela utilizao de recursos ambientais com fins econmicos;

Princpios (art. 2, I a X da lei 6938/81)I - meio ambiente como um patrimnio pblico a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II - racionalizao do uso dos recursos naturais; III - planejamento e fiscalizao do uso dos recursos ambientais; IV - proteo dos ecossistemas, com a preservao de reas representativas; V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI - incentivos ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteo dos recursos ambientais;

VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; VIII - recuperao de reas degradadas; IX - proteo de reas ameaadas de degradao; X - educao ambiental a todos os nveis de ensino, inclusive a educao da comunidade, objetivando capacit-la para participao ativa na defesa do meio ambiente.

Instrumentos da PNMA (art. 9, I a XII da lei 6938/81 e art. 37 da lei 10257/01)I - o estabelecimento de padres de qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliao de impactos ambientais; IV - o licenciamento e a reviso de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; V - os incentivos produo e instalao de equipamentos e a criao ou absoro de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; VI - a criao de espaos territoriais especialmente protegidos pelo Poder Pblico federal, estadual e municipal, tais como reas de proteo ambiental, de relevante interesse ecolgico e reservas extrativistas; VII - o sistema nacional de informaes sobre o meio ambiente;

VIII - o Cadastro Tcnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatrias ao no cumprimento das medidas necessrias preservao ou correo da degradao ambiental. X - a instituio do Relatrio de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis - IBAMA; XI - a garantia da prestao de informaes relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Pblico a produzi-las, quando inexistentes; XII - o Cadastro Tcnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Includo pela Lei n 7.804, de 1989) XIII - instrumentos econmicos, como concesso florestal, servido ambiental, seguro ambiental e outros. Lei 10257/01 - Art. 36

7.2 SISNAMA O Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA foi institudo pela Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990, sendo constitudo pelos rgos e entidades da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e pelas Fundaes institudas pelo Poder Pblico, responsveis pela proteo e melhoria da qualidade ambiental.

Estrutura:rgo Superior: O Conselho de Governo rgo Consultivo e Deliberativo: O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA rgo Central: O Ministrio do Meio Ambiente - MMA rgo Executor: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA rgos Seccionais: os rgos ou entidades estaduais responsveis pela execuo de programas, projetos e pelo controle e fiscalizao de atividades capazes de provocar a degradao ambiental; rgos Locais: os rgos ou entidades municipais, responsvel pelo controle e fiscalizao dessas atividades, nas suas respectivas jurisdies;

A atuao do SISNAMA: Se dar mediante articulao coordenada dos rgos e entidades que o constituem, observado o acesso da opinio pblica s informaes relativas as agresses ao meio ambiente e s aes de proteo ambiental, na forma estabelecida pelo CONAMA.

7.2 CONAMA O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA o rgo consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, foi institudo pela Lei 6.938/81, que dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90. da competncia do CONAMA entre outras: Estabelecer, normas e critrios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal e Municpios e supervisionado pelo referido Instituto;

Determinar, a realizao de estudos das alternativas e das possveis consequncias ambientais de projetos pblicos ou privados, requisitando informaes indispensveis apreciao de Estudos Prvios de Impacto Ambiental e respectivos Relatrios; So atos do CONAMA entre outros: Resolues, quando se tratar de deliberao vinculada a diretrizes e normas tcnicas, critrios e padres relativos proteo ambiental e ao uso sustentvel dos recursos ambientais;

VIII Licenciamento AmbientalO que ? IBAMArgos Responsveis rgos Estaduais do Meio Ambiente

Orgos so partes integrantes do SISNAMAIBAMA - Atua no licenciamento de grandes projetos de infra-estrutura que envolvam impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petrleo e gs na plataforma continental.SuperintendnciadeAdministraodoMeioAmbiente SUDEMA-PBSegue as normas que determina o Conselho de Proteo Ambiental - COPAM, criado atravs da Lei n 4.335, de 16 de dezembro de 1981, um colegiado em gesto ambiental que atua na aprovao de normas, deliberaes, diretrizes e regulamentos.

Tem atuado no combate das agresses natureza praticadas pelo homem, promovendo assim o gerenciamento ambiental no Estado.

Envolve aspectos tcnicos-cientficos, econmicos, polticos, culturais e sociais.

A administrao ambiental compartilhada entre o Poder Pblico e a Sociedade Civil, estando estas responsabilidades inclusive fundamentadas no artigo 225, da Constituio Federal.Diretrizes Licenciamento AmbientalAs principais diretrizes para a execuo do licenciamento ambiental esto expressas na Lei 6.938/81 e nas Resolues CONAMA n 001/86 e n 237/97. Alm dessas, recentemente foi publicado a Lei Complementar n 140/2011, que discorre sobre a competncia estadual e federal para o licenciamento, tendo como fundamento a localizao do empreendimento.Natureza jurdica e ConceitosI - Licenciamento Ambiental Procedimento administrativo pelo qual o rgo ambiental competente licencia a localizao, instalao, ampliao e a operao de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais.

Fases do licenciamentoDefinio dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessrios ao incio do processo de licenciamento correspondente licena a ser requerida. Requerimento da licena ambiental pelo empreendedor. Anlise pelo rgo ambiental competente, integrante do SISNAMA. Solicitao de esclarecimentos e complementaes pelo rgo ambiental competente, integrante do SISNAMA. II - Licena Ambiental - Estabelece as condies, restries e medidas de controle ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fsica ou jurdica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais.

Espcies de licenas ambientaisLicena Prvia (LP) - Deve ser solicitada ao rgo competente na fase de planejamento da implantao, alterao ou ampliao do empreendimento.Licena de Instalao (LI) - Autoriza o incio da obra ou instalao do empreendimento.Licena de Operao (LO) - Deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar em operao, pois essa licena que autoriza o incio do funcionamento da obra/empreendimento.

III - Estudos Ambientais - constitui a avaliao de impacto ambiental utilizada nos procedimentos de licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades consideradas causadoras de significativa degradao ambiental.

IV - Impacto Ambiental Regional - todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (rea de influncia direta do projeto), no todo ou em parte, o territrio de dois ou mais Estados.

IX Zoneamento ambientalO que ?Mecanismo de gesto ambiental que consiste na delimitao de zonas ambientais e atribuio de usos e atividades compatveis segundo as caractersticas (potencialidades e restries) de cada uma delas.

ObjetivoViabilizar o desenvolvimento sustentvel a partir da compatibilizao do desenvolvimento socioeconmico com a conservao ambiental.

X TombamentoO que ? a modalidade de interveno na propriedade por meio da qual o Poder Pblico tem a inteno de proteger o patrimnio cultural brasileiro.

ObjetivoProteger a memria nacional, bem como a sua histria, arte, arqueologia, cultura e cincia, preservando a memria de bens de valores arquitetnicos e histricos.

Principais efeitos do tombamento

Averbao no registro pblico. Vedao ao proprietrio do bem em destruir, demolir ou mutilar o bem tombado. Proibio de reforma ou pintura do imvel, exceto aps autorizao judicial. O proprietrio dever manter e conservar o bem tombado dentro de suas caractersticas culturais e, caso no tenha recursos para tanto, dever comunicar ao rgo que decretou o tombamento, a fim de que obtenha ajuda ou seja substitudo por esse na realizao das obras necessrias. Conceder o direito de preferncia ao Poder Pblico em caso de alienao do bem tombado, devendo o proprietrio notificar o Estado para que exera esse direito.

XI- INFRAES E SANES ADMINISTRATIVASInfrao Administrativa AmbientalInfrao administrativa ambiental toda ao ou omisso que viole as regras jurdicas de uso, gozo, promoo, proteo e recuperao do meio ambiente, sendo punida com as sanes previstas na legislao.

A Lei n 9.605, de 1998, disciplinou as infraes administrativas no Captulo VI, em seus arts.70 a 76, tendo sido regulamentada pelo Decreto 6514/2008.

Qualquer pessoa, ao tomar conhecimento de alguma infrao ambiental, poder apresentar representao s autoridades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e a autoridade ambiental, por sua vez, dever promover imediatamente a apurao da infrao ambiental sob pena de corresponsabilidade.Sanes AdministrativasSo previstas na Lei n 9.605/98 e regulamentadas no Decreto n 6.514/2008. Trata-se, ainda, das medidas acautelatrias, que visam preservar o resultado ltil do processo.As infraes administrativas sero punidas com as seguintes sanes:I advertncia;II - multa simples;III - multa diria;IV - apreenso;VI - suspenso de venda e fabricao do produto;V - destruio ou inutilizao do produto;VII - embargo de obra ou atividade e suas respectivas reas;VIII - demolio de obra;IX - suspenso parcial ou total das atividades;X - restritiva de direitos.Advertncia:Para as infraes de menor lesividade, que no ultrapassem R$1000,00Multa simples:So infraes de no mnimo R$50,00 e mximo de R$50.000.000,00Multa diria: indicada para as infraes que se prolongam no tempo ,sendo aplicada at a efetiva cessao ou regulamentao da situao infracionria. Deve observar o teto de 10% do valor da multa simples aplicvel ao caso concreto.Converso de multaA Lei n. 9.605/98, no 4 do art. 72, prev a possibilidade de converso da multa administrativa em prestao de servios de preservao, melhoria e recuperao da qualidade do meio ambiente. A converso ser formalizada por intermdio de termo de compromisso firmado com o autuado.Se no cumprido o ajuste, ser restaurada a multa ambiental convertida e o autuado ser compelido a executar as medidas previstas no termo de compromisso.ApreensoFigura tanto como sano quanto como medida acautelatria, com vistas a evitar a continuidade do dano. Pode ocorrer as seguintes apreenses:

Dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora e demais produtos e subprodutos objeto da infrao; instrumentos, petrechos, equipamentos ou veculos de qualquer natureza utilizados na infrao;Suspenso parcial ou total das atividades, caso se constate alguma irregularidade ou o descumprimento de normas ambientais relevantes.Restritiva de direitosAbrangem a suspenso ou cancelamento de registro, licena, permisso ou autorizao; perda ou restrio de incentivos e benefcios fiscais; perda ou suspenso da participao em linhas de financiamento e proibio de firmar contrato com a administrao pblica, pelo perodo de at trs anos.Processo AdministrativoO processo administrativo ser regulado pelos arts. 94 e seguintes do decreto 6514/2008 e lei 9784/1999 e se d da seguinte forma: Inicia-se com ao de fiscalizao, em que se constata a ocorrncia de um ilcito ambiental;Produo de um auto de infrao(documento que descreve a infrao);O autuado deve ser informado da lavratura do auto de infrao em seu desfavor, pessoalmente, por via postal ou por edital;Prazo de 20 (vinte) dias para o autuado apresentar defesa;Apresentada ou no defesa por parte do autuado, o processo deve ser levado a julgamento da autoridade competente a qual, antes de proferir sua deciso, dever intimar o autuado para apresentar alegaes finais no prazo mximo de dez dias[10]. Aps esse prazo, o auto de infrao deve ser levado a julgamento.A deciso da autoridade administrativa dever abordar as medidas acautelatrias que porventura tenham sido aplicadas. Tambm na deciso do julgamento que a autoridade ambiental dever se manifestar acerca do pleito de converso de multa.O autuado dever ser notificado da deciso de julgamento do auto de infrao, a partir de quando passa a transcorrer o prazo de 20 (vinte) dias para interposio de recurso.A autoridade superior responsvel pelo julgamento do recurso poder confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a deciso recorrida.O Decreto contempla, ainda, a possibilidade de que, da deciso do recurso, seja manejado novo apelo, dirigido ao CONAMA.O julgamento do recurso encerra o procedimento administrativo ambiental, com o que se ter concludo a apurao da infrao atribuda no auto de infrao.XII ESPAOS TERRITORIALMENTE PROTEGIDOS12.1 Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza SNUC;

12.2 reas de preservao permanente APP;

12.3 Reserva Legal;

12.4 Reserva da biosfera.

12.1 Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza SNUCA unidade de conservao o espao territorial e seus recursos ambientais, incluindo as guas jurisdicionais, com caractersticas naturais relevantes, legalmente institudo pelo Poder Pblico, com objetivos de conservao e limites definidos, sob regime especial de administrao, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteo.

Institudo pela lei 9985/00, est subdividido em dois grupos de unidade de conservao:

Proteo integral; tem por objetivo preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais (art. 8).Uso sustentvel; visa compatibilizar a conservao da natureza como o uso sustentvel de parcela dos recursos naturais (art. 14).

12.2 reas de preservao permanente - APPrea protegida, coberta ou no por vegetao nativa, com a funo ambiental de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gnico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populaes humanas;

As APPs so reas naturais intocveis, com rgidos limites de explorao, ou seja, no permitida a explorao econmica direta.

Somente rgos ambientais podem abrir exceo restrio e autorizar o uso e at o desmatamento de rea de preservao permanente rural ou urbana mas, para faz-lo, devem comprovar as hipteses de utilidade pblica, interesse social do empreendimento ou baixo impacto ambiental (art. 8 da Lei 12.651/12).

12.3 Reserva LegalReserva Legal a rea localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, que no seja a de preservao permanente (APP). O Objetivo do decreto da Reserva Legal a conservao e a reabilitao dos processos ecolgicos, conservao da biodiversidade e o abrigo e proteo de fauna e flora nativas. Ela varia de acordo com o bioma e o tamanho da propriedade e pode ser:

I 80% da propriedade rural localizada na Amaznia Legal;II 35% da propriedade rural localizada no bioma cerrado dentro dos estados que compem a Amaznia Legal;III- 20% nas propriedades rurais localizadas nas demais regies do pas.

12.4 Reserva da biosferaReserva da Biosfera so reas de ecossistemas terrestres e costeiro-marinhos, ou sua combinao, que so internacionalmente reconhecidas no quadro do Programa Homem e a Biosfera da UNESCO.

Integrou-se ao ordenamento jurdico ptrio por meio do art. 41 da lei 9985/00 e tem como objetivo a preservao da diversidade biolgica, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educao ambiental, o desenvolvimento sustentvel e a melhoria da qualidade de vida das populaes.

XIII TUTELA CIVIL DO MEIO AMBIENTEA destruio do ambiente constitui, sem nenhuma dvida, um dos maiores problemas com que a humanidade se deparou na segunda metade do sculo XX e contnua deparando neste incio do sculo XXI, cuja gravidade de 30 todos conhecida, pelo que representa para a vida e para a prpria sobrevivncia do homem.

Durante sculos, percebeu-se, no mbito jurdico, total desprezo com relao s questes que abordassem o meio ambiente, tendo-se este como coisa nula, cujo aproveitamento coletivo poderia se dar indefinidamente, sem vislumbrar-se a possibilidade de seu esgotamento.

No entanto, principalmente a partir da metade do sculo XX, passou-se a valorizar intensamente os recursos ambientais, diante da constatao de que tais recursos so finitos e que seu esgotamento encontrava-se bem mais prximo do que se imaginava.Destaca-se que o art. 14, 1, estabelece que o poluidor obrigado a reparar o dano ambiental causado, independentemente da existncia de culpa, adotando-se, assim, a responsabilizao objetiva do agente poluidor.

Introduziu-se, assim, a responsabilidade civil objetiva e solidria, que se baseia na ideia de que a pessoa que cria o risco deve reparar os danos advindos de seu empreendimento.

13.1 Caractersticas da responsabilizao civilReparao especfica a reparao deve restabelecer o status quo ante, sem prejuzo dos danos materiais e morais.

Desconsiderao da PJ tem previso no art. 4 da lei 9605/98 levando a cabo sempre que sua existncia for obstculo ao ressarcimento dos prejuzos ambientais.

Imprescritibilidade a doutrina e a jurisprudncia majoritria entendem que a matria no prescreve, haja vista que o meio ambiente indisponvel e irrenuncivel.

Responsabilidade objetiva integral no admite as excludentes de responsabilidade.

XIV Tutela Pr-ProcessualInqurito Civil- Combate leso de interesses metaindividuaisNatureza Jurdica

Natureza Jurdica- Apurao dos fatos como finalidade- Sem contraditrio, acusao, sano ou criao, modificao ou extino de direitos.

FasesInstauraoInstruoConclusoTermo de ajustamento de condutaIntroduoDefinio e objetivosDa atuao do Ministrio PblicoNatureza JurdicaDo objeto do termo de compromissoTermo de compromisso e ajustamento de conduta e transaoCompromisso de Ajustamento de conduta firmado antes de proposta a Ao Civil PblicaTermo de Compromisso de Ajustamento de Conduta firmado no curso de Ao Civil PblicaDo prazo do compromissoDa execuo do termo de compromissoDo adiantamento, retificao ou resciso do compromisso

XV DA TUTELA PENALLEI DE CRIMES AMBIENTAIS Lei 9605/98As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos causados. Artigo 225, paragrafo 3

15 Parte Geral15.1 Teoria Monista e Dever Jurdico de AgirTeoria Monista;Dever jurdico de agir omisso penalmente relevante.Ter cincia do crime;Possa evitar o crime.Denncia Inepta. 15.2 Responsabilidade Penal da Pessoa Jurdica

Correntes Doutrinrias:1 Corrente: A constituio Federal no prev a responsabilidade penal da pessoa jurdica.Sanes penais e administrativas;Princpio da Pessoalidade.

2 Corrente: Pessoa Jurdica no comete crimeBaseada na teoria de fico jurdica de Savigny e Feuerbach;No h capacidade de conduta;No age com culpabilidade;Penas inteis.

3 Corrente: Pessoas jurdicas podem cometer crimeBaseada na teoria civilista da realidade de Otto Grieke. Se ope teoria de Savigny-Feuerbach;H culpabilidade da pessoa jurdica;Argumentos:Dogmtico: A responsabilidade penal expressa na Constituio Federal, portanto induvidosa essa possibilidade;Pragmtico: A pena criminal tem uma simbologia muito mais forte do que as sanes administrativas, por isso cumpre melhor a finalidade de preveno de crimes ambientais.Punir a pessoa fsica exclusivamente significa utiliza-la como escudo para impunidade de Pessoas Jurdicas, que a beneficiria do crime ambiental.15.3 Requisitos Cumulativos Penais das Pessoas Jurdicas

Sistema penal por emprstimo ou ricochete;A deciso do crime deve ser tomada por representante legal ou rgo colegiado a pessoa jurdica;A deciso deve ser praticada no interesse da pessoa jurdica.

15.4 Responsabilidade Penal na Jurisprudncia

Tribunais Regional Federal:Admitem a responsabilidade penal a pessoa jurdica.

Supremo Tribunal Jurdico:Admite, somente, desde que a pessoa fsica que cometeu o crime seja responsabilizado pelo mesmo.

Supremo Tribunal Federal:No tem um posicionamento formal sobre a deciso da responsabilidade penal da pessoa jurdica.HC 92921/BAHC 83301 (Peluso)

15.5 Responsabilidade penal da Pessoa Jurdica de direito Pblico.

Correntes:1 Corrente: Pessoa Jurdica de direito pblico pode ser denunciada por crime ambiental, pois no h ressalva na Constituio Federal e Lei de Crimes Ambientais.

2 Corrente: Pessoa Jurdica de direito pblico no pode ser denunciada por crime ambiental. A imposio de penas seria incua pois os Estado no pode punir a si prprio.

15.6 Sistema de Dupla Imputao ou de Imputao Paralela.

Punio simultnea a pessoas fsica e jurdica pelo mesmo crime;Esse sistema semelhante ao de Imputao por Emprstimo.

15.7 Art. 4 ( Desconsiderao da Pessoa Jurdica )

A responsabilidade penal da Pessoa Jurdica no pode recair sobre o patrimnio da pessoa fsica;

No possvel sua aplicao no mbito penal.

O art. 4 instituto de direito civil, no se aplicando em matria penal (Nucci).

XVI - Aplicao das Penas em Crimes AmbientaisPena Base: Gravidade do fato e conseqncias para a sade pblica (no vtima) e meio ambiente;Situao econmica do infrator;Antecedentes ambientaisAtenuantes:

Baixo grau de escolaridade do agente;Reparao ou diminuio do dano;Colaborao com a vigilncia ambiental;Comunicao prvia pelo agente do perigo iminente de degradao ambiental

Agravantes:

Reincidncia nos crimes de natureza ambiental;Para obter vantagem pecuniria;Atingindo reas de unidades de conservao ou reas sujeitas, por ato do Poder Pblico, a regime especial de uso;Atingindo reas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;Concorrendo para danos propriedade alheia;No interesse de pessoa jurdica mantida, total ou parcialmente, por verbas pblicas ou beneficiada por incentivos fiscais;Em perodo de defeso fauna;Em pocas de seca ou inundaes;Com o emprego de mtodos cruis para abate ou captura de animais;Mediante abuso do direito de licena, permisso ou autorizao ambiental;Atingindo espcies ameaadas, listadas em relatrios oficiais das autoridades competentes;Facilitada por funcionrio pblico no exerccio de suas funes.Da suspenso condicional da pena:A suspenso condicional da pena pode ser aplicada aos crimes de condenao a pena privativa de liberdade no superior a trs anos;A suspenso condicional da pena o chamado sursis, permite que o condenado no se sujeite execuo de pena privativa de liberdade de pequena durao;O art. 17, da Lei dos Crimes Ambientais, diz que a verificao da reparao ser realizada mediante laudo de reparao do dano ambiental, e as condies a serem impostas pelo juiz devero relacionar-se com a proteo do meio ambiente.

Pena de multa:

Os critrios para a fixao de pena de multa esto previstos pelos arts. 49 a 52, do Cdigo Penal:Art. 49: A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitencirio da quantia fixada na sentena e calculada em dias-multa. Ser, no mnimo, de 10 e, no mximo, de 360 dias-multa.Art. 50: a multa deve ser paga dentro de dez dias depois de transitada em julgado a sentena, sendo que tal pagamento, a requerimento do condenado, e com permisso do juiz, pode ser realizado em parcelas mensais.

Art. 51: a multa ser considerada dvida de valor, aplicando-lhe as normas da legislao relativa dvida ativa da Fazenda Pblica.Art. 52: suspensa a execuo da pena de multa, se sobrevm ao condenado doena mental. Pela Lei dos Crimes Ambientais:Art. 19: a percia de constatao do dano ambiental, sempre que possvel, fixar o montante do prejuzo causado para efeitos de prestao de fiana e clculo de multa;A sentena penal condenatria, que dever fixar o valor mnimo para reparao dos danos causados pela infrao, considerando os prejuzos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.

Penas aplicadas s pessoas jurdicas:No mbito do direito penal :multa; restritiva de direito;prestao de servios comunidade; liquidao forada;desconsiderao da pessoa jurdica.

Penas restritivas:suspenso parcial ou total de atividades;interdio temporria de estabelecimento, obra ou atividade;proibio de contratar com o Poder Pblico.Pena de prestao de servios comunidadecusteio de programas e de projetos ambientais; execuo de obras de recuperao de reas degradadas; manuteno de espaos pblicos;contribuies a entidades ambientais ou culturais pblicas.

Obrigado pela Ateno !!