trabalho maÇÔnico - o painel de aprendiz maÇon.doc

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1 Introdução O objetivo deste trabalho é relatar o resultado das pesquisas efetuadas sobre o Painel de Aprendiz, aprese ntaremos inicialmen te o seu conceito simbólico e relacionare mos todos os elementos que nele estão desenhados. Da mesma maneira qu e os filósofos eg íp cios, que pa ra protegerem seus mistérios, das vistas profanas, ministravam seus ensinamentos atra vés de símbolos, a Maçonaria, dando continuidade à tradão , também encerram sua fi losof ia e conhecimento nos símbolos, pelos quais oculta a verdade aos não iniciados.   !ainel, como é chamado no "ito #scoc$s %ntigo e %ceito, é um quadro onde estão fi gurados os pr inci pa is símbolos do gr au. "epresentação ideal de uma &o'a Maç(nica, com todos os elevados conhecimentos e instrumentos de trabalho que comp)em o *rau de %prendi+ Maçom,  a sua colocação na &o'a indica que continua viva toda a simbol ogia qu e orienta os trabalhos indica também que nenhum tr abalho se' a iniciado sem que antes tenha havido um plane'amento das actividades. !or outro lado, todos os participantes, ao entrarem no -emplo e ao olharem para o !ainel, estarão cientes do grau em que os trabalhos estão a ser reali+ados. !rimitivamente os símbolos que car acteri+avam as reuni)es maç(nicas nos canteiros de obras eram desenhados no chão a gi+ e carvão de tal forma que pudessem ser apa gados no final dos trabalhos. #m geral, eram representadas as ferramentas dos maçons operativos, as colunas e o pórtico do templo do rei alomão. !osteriormente, quando os maçons passaram a se reunir em locais fechados, especialmente em tavernas, a pr/tica de se desenhar no chão foi gradativamente sendo substituída, eis que, em alguns casos não se apagaram com facilidade após o término da sessão ou por danificarem o assoalho dos estabelecimentos, o inconveniente de ter

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IntroduoO objetivo deste trabalho relatar o resultado das pesquisas efetuadas sobre o Painel de Aprendiz, apresentaremos inicialmente o seu conceito simblico e relacionaremos todos os elementos que nele esto desenhados.Da mesma maneira que os filsofos egpcios, que para protegerem seus mistrios, das vistas profanas, ministravam seus ensinamentos atravs de smbolos, a Maonaria, dando continuidade tradio, tambm encerram sua filosofia e conhecimento nos smbolos, pelos quais oculta a verdade aos no iniciados. O Painel, como chamado no Rito Escocs Antigo e Aceito, um quadro onde esto figurados os principais smbolos do grau. Representao ideal de uma Loja Manica, com todos os elevados conhecimentos e instrumentos de trabalho que compem o Grau de Aprendiz Maom, a sua colocao na Loja indica que continua viva toda a simbologia que orienta os trabalhos; indica tambm que nenhum trabalho seja iniciado sem que antes tenha havido um planejamento das actividades. Por outro lado, todos os participantes, ao entrarem no Templo e ao olharem para o Painel, estaro cientes do grau em que os trabalhos esto a ser realizados.Primitivamente os smbolos que caracterizavam as reunies manicas nos canteiros de obras eram desenhados no cho a giz e carvo de tal forma que pudessem ser apagados no final dos trabalhos. Em geral, eram representadas as ferramentas dos maons operativos, as colunas e o prtico do templo do rei Salomo. Posteriormente, quando os maons passaram a se reunir em locais fechados, especialmente em tavernas, a prtica de se desenhar no cho foi gradativamente sendo substituda, eis que, em alguns casos no se apagaram com facilidade aps o trmino da sesso ou por danificarem o assoalho dos estabelecimentos, o inconveniente de ter que apagar e refaz-los levou algumas Lojas a desenh-los sobre um tapete ou um pano, expostos aos presentes, que aps o trmino da sesso eram enrolados e ficavam sob a gide de um dos membros.Essa alterao caracterizou uma importante evoluo, pois alm dos painis de tecido serem mais prticos, os smbolos ficavam menos expostos s vistas profanas, podiam ser confeccionados com mais capricho e dentro de princpios estticos mais bem elaborados. Na Europa, havia na poca, uma variedade enorme de Painis. Em 1808, o Irmo Willian Dight, bom desenhista, pintou trs Painis com intuito de uniformizar os desenhos e criar um padro para cada Grau. Alguns anos mais tarde fora iniciado na Maonaria Inglesa um artista que deixaria seu nome gravado na Histria, John Harris, desenhista arquitetnico e pintor de miniaturas ingls, iniciado na ordem manica no ano de 1.818, na Emulation Lodge of Improvement, pintor dos Painis dos trs Graus, inicialmente para a Loja "Unanimidade e Sinceridade no. 261. Esses painis foram desenhados no ano de 1.823, cinco anos aps a sua iniciao. Depois de publicados, passaram a ser copiados a partir do ano de 1.846, salvo pequenas modificaes, se encontram em uso at hoje.O PAINEL DO APRENDIZ MAOMInicialmente vamos definir o Painel do Grau de Aprendiz.

O entendemos como o Quadro que a Loja apresenta por ocasio da abertura dos trabalhos, existindo um para cada grau da denominada Maonaria Azul: o da Loja de Aprendiz, o da Loja de Companheiro e o da Loja Mestre. A sua colocao na Loja indica que continua viva toda a simbologia que orienta os trabalhos dos maons. No Painel do Grau de Aprendiz, objeto deste trabalho, esto desenhados os smbolos manicos abaixo que seroenumerados, sendo indicada uma arquitetura em separado para o estudo de cada um destes smbolos. So usados no Brasil dois painis para o grau de aprendiz do Rito Escocs Antigo e Aceito:

- O Painel elaborado pelo irmo Jonh Harris em 1.823 exclusivamente para o Rito de Emulao; e

- O Painel do Rito Escocs Antigo e Aceito adotado pelas lojas francesas.

Todo o templo, incluindo o assoalho, as paredes e o teto, contemplado no Painel, sendo composto por: O Esquadro

O Nvel

O Prumo

A Prancheta

A Pedra Cbica

A Pedra Bruta;

O Compasso;

O Sol, a Lua e as Estrelas; O Mao e o Cinzel;

As 3(trs) Janelas

Os 3(trs ) Degraus;

O Prtico e o Delta;

As Colunas B e J e as Roms; A Corda de Sete ns;

A Orla Denteada;

As Quatro Borlas;

D E F I N I E S- JIAS MVEIS:So smbolos que merecem tal denominao em virtude de seu alto e precioso contedo simblico na Maonaria, acrescido do fato de serem insgnias dos principais cargos de direo de uma loja manica, ou seja, Venervel Mestre, 1 Vigilante e 2Vigilante Cargos esses eletivos e transmissveis periodicamente, quando da posse das sucessivas administraes. As joias mveis so trs: esquadro (Venervel Mestre), nvel (1 Vigilante) e prumo (2 Vigilante).

I - O Esquadro: - O esquadro como joia do Venervel Mestre, indica que ele deve ser o maom mais reto e mais justo da loja, servindo como paradigma para todos os obreiros.

O esquadro figura em todos os graus da Maonaria, como um dos emblemas mais eloquentes do simbolismo manico.

O esquadro smbolo da retido e da moralidade e tambm da igualdade e do direito, pois que conjuga, por sua forma, o nvel e o prumo.

Formado pela reunio da horizontal e da vertical, simboliza, ainda, o equilbrio resultante da unio do ativo e do passivo, que so as duas polaridades universais, uma de movimento e outra de inrcia ou repouso.

Enquanto que a linha horizontal do esquadro representa a trajetria a ser percorrida na terra, o determinismo, o destino, a vertical indica o caminho para cima, dirigindo-se ao cosmo, ao Grande Arquiteto do Universo.

por meio do esquadro que o iniciado comprova ou retifica a forma hexadrica, a forma perfeita, que o maom procura obter.

II - O Nvel: - O nvel a joia distintiva do 1 Vigilante, que deve zelar para que, em loja, todos sejam nivelados, todos tenham igual tratamento, no se reconhecendo as distines existentes no mundo profano.

O nvel o smbolo da igualdade, da igualdade fraterna, com que todos os maons se reconhecem.

III - O Prumo: - O prumo ou perpendicular o instrumento formado por uma pea de metal suspensa por um fio, utilizado para aferir se um objeto qualquer est na vertical.

Assim a joia do 2 Vigilante que deve us-lo para verificar qualquer inclinao, qualquer sada do prumo, que possa ocorrer no aprendizado do iniciado, corrigindo-a a tempo.

O prumo o smbolo da pesquisa em profundidade do conhecimento e da verdade.

Simboliza tambm o equilbrio, a prudncia e a retido, de justia, de procedimentos e de conscincia, evitando qualquer desvio oblquo.

Lembra aos iniciados que todos os seus atos e pensamentos devem ser justos e medidos para o levantamento de um templo moral justo e perfeitos.- AS JIAS FIXAS:So smbolos assim denominados em razo de seu grande e valioso sentido simblico na Maonaria, acrescido do fato de no serem mveis ou transmissveis, se achando sempre expostas e presentes na loja, para refletir a divina natureza e atuando como cdigo moral aberto compreenso de todos os maons.

As joias fixas so: a prancheta, a pedra cbica e a pedra bruta, representando respectivamente o mestre, o companheiro e o aprendiz.

IV - A Prancheta: - Tal como a pedra bruta uma representao do aprendiz e a pedra cbica representa o companheiro, a prancheta simboliza o mestre.

A prancheta serve para o mestre traar os planos e projetos das obras. com ela que os mestres trabalham para guiar os aprendizes e os companheiros no trabalho por ela iniciado, revelando-lhes o significado dos smbolos essenciais figurados no Painel e delineando o caminho que eles devem seguir para o aperfeioamento, a fim de progredirem nos trabalhos da Arte Real.

V - A Pedra Cbica: - A pedra cbica representa o companheiro. o material perfeitamente trabalhado, de linhas e ngulos retos.

Simboliza o homem desbastado e polido de suas asperezas, educado e instrudo, pronto para ocupar seu lugar na construo de um mundo melhor.

VI - A Pedra Bruta: - A pedra bruta simboliza o aprendiz, que nela trabalha marcando-a e desbastando-a, at que seja julgada polida pelo Venervel Mestre.

Ela representa o homem na sua infncia ou estado primitivo, sem instruo, spero e despolido, com as paixes dominando a razo e o que nesse estado se conserva at que, pela instruo manica, pelo estudo adquira instruo superior.- OS PARAMENTOS:So smbolos cuja presena no templo absolutamente imprescindvel realizao de uma sesso litrgica.

Os paramentos so as trs grandes luzes emblemticas da Maonaria: o livro da lei, o esquadro e o compasso.- OS ORNAMENTOS:So smbolos que decoram ou ornamentam o templo e que no esto classificados nem como joias nem como paramentos.

No Rito Escocs Antigo e Aceito a corda de 81 ns que est representada no Painel do 1 grau por uma corda de 7 ns.- OUTROS SMBOLOS INSERIDOS NO PAINEL DO 1 GRAU:VII - O Compasso: - O compasso, que genericamente simboliza a justia e est associado a ideias de totalidade, de limites infinitos e de perfeio, um instrumento para o uso dos Mestres.

VIII - O Sol, a Lua e as Estrelas: - Esto presentes no Painel e decoram o templo porque este simboliza o universo e aqueles astros iluminam a abbada celeste, o infinito, ao qual o iniciado chega atravs da escada de Jac.

O sol, e a lua representam o antagonismo da natureza dia e noite, afirmao e negao, o claro e o escuro que, contraditoriamente, gera o equilbrio, pela conciliao dos contrrios.

As diversas estrelas distribudas irregularmente no Painel do 1 grau do Rito Escocs Antigo e Aceito simboliza a universalidade da Maonaria e lembra que os maons, espalhados por todos os continentes, devem, como construtores sociais, distribuir a luz de seus conhecimentos queles que ainda esto cegos e privados do conhecimento da verdade.

IX - O Mao: - O mao simboliza a vontade que existe em todos os maons e que precisa ser canalizada eficientemente para que no resulte em esforo intil.

O mao um instrumento contundente semelhante ao martelo, embora geralmente mais pesado e desprovido de unhas, utilizado para quebrar ou desbastar.

Diferentemente do malhete, que um mao em tamanho menor e de uso privativo ao Venervel Mestre e dos Vigilantes por simbolizar a autoridade, o mao um instrumento de trabalho do aprendiz.

O mao a energia, a contundncia, a fora e a deciso que se fazem necessrias para que o Aprendiz persevere em seu trabalho, no esmorecendo ao primeiro revs.

Quando utilizado de forma desordenada, o mao pode se transformar em uma poderosa ferramenta de destruio, porm, seu uso disciplinado o faz um instrumento indispensvel.

X Cinzel: - O cinzel simboliza a inteligncia que o maom deve empreender para desbastar a pedra bruta.

O cinzel um instrumento utilizado para trabalhos que exijam apuro e preciso, formado por uma haste de metal em que um de seus lados perfuro-cortante e o outro apresenta uma cabea chata, prpria para receber o impacto de uma ferramenta contundente.

Como o mao, o cinzel um instrumento do aprendiz, que com eles trabalha na pedra bruta, smbolo da personalidade tosca e inculta.

O cinzel o instrumento que recebe o impacto do mao, dirigindo a fora daquele de forma til. Como canalizador da vontade representada pelo mao, o cinzel simboliza o discernimento, a inteligncia, que dirige a fora da vontade.

Tal como o mao (a vontade), o cinzel(a inteligncia), por si s no garante um trabalho eficiente.

A associao do mao com o cinzel nos indica que a vontade e a inteligncia, a fora e o talento, a cincia e a arte, a fora fsica e a fora intelectual, quando aplicadas em doses certas, permitem que a pedra bruta se transforme em pedra cbica.

XI - As Trs Janelas: - Elas esto figuradas no Painel do 1 grau simbolizando o caminho aparente do sol. A do oriente traz a doura da aurora, suave e agradvel, convidando o obreiro para o trabalho; pela do sul ou meio dia, passa um calor mais intenso, que induz recreao; pela do ocidente entram os ltimos lampejos de luz, do sol poente, sempre mais fraca e que incita ao repouso.

Por essa razo, os trs principais dirigentes de uma loja manica sentam-se nesses pontos: O Venervel Mestre no oriente para abrir a loja; o 2 Vigilante. No sul para melhor observar o sol em seu meridiano e chamar o obreiro para o trabalho e mand-los a recreao; o 1 Vigilante no ocidente, para fechar a loja, pagar os obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos.

XII - Os 3(trs) Degraus: - Os trs degraus antes do prtico, representam a idade do aprendiz, correspondente ao tempo que os maons operativos necessitavam para serem elevados ao grau de companheiro.

Somente aps vencer os trs degraus, isto , o tempo de permanncia no 1 grau, que o aprendiz atingia o prtico e entrava na obra que se estava construindo.

XIII - O Prtico e o Delta: - Aps os trs degraus, h um prtico tendo como verga um fronto triangular dentro do qual se v um delta.

O prtico representa a entrada do templo de Salomo, smbolo da obra manica.

Tal como Salomo edificou um templo para adorar a Deus, os maons tambm se dedicam, como construtores sociais, na construo de uma sociedade humana ideal, tornada perfeita pelo aperfeioamento moral e intelectual.

O prtico assim o umbral da luz, a porta de entrada para o atingimento da perfeio e o conhecimento da verdade. Ao adentrar no templo, que representa o universo, o aprendiz torna-se apto, pelo estudo, pelo trabalho, pela prtica da filantropia, enfim, por uma formao moral e intelectual livre, a tornar-se um verdadeiro maom.

O delta a quarta letra do alfabeto grego, representado como um tringulo equiltero, figura considerada perfeita por ter seus ngulos e lados iguais.

um dos smbolos mais importantes e antigos utilizados para representar a trindade divina.

O delta est sobre o prtico como que para lembrar aqueles que o transpem que suas aes e pensamentos devero estar debaixo dos preceitos preconizados pelo Livro da Lei e que a busca da perfeio e da verdade resultaro em um encontro com a Divindade.

XIV - As Colunas B e J e as Roms: - Flanqueando o prtico, veem-se duas colunas de ordem corntia encimadas, cada uma delas, por trs roms entreabertas. No fuste da coluna da esquerda est gravada a letra B e no da direita a letra J.

As colunas B e J esto presentes em todos os templos manicos e sua posio varia conforme o Rito.

No Rito Escocs, Emulao, Schroeder, a Coluna B fica esquerda e a J direita. Nos Ritos Francs, Adonhiramita e Brasileiro as posies so invertidas.

A rom o fruto da romzeira (Punica granatum), arvoreta ou arbusto da famlia das punicceas.

Desde a antiguidade cultivada nos pases quentes do sul da sia.

As roms semiabertas nos capitis das colunas, divididas internamente por compartimentos cheios de considervel nmero de sementes, sistematicamente dispostas e intimamente unidas, lembram a fraternidade que deve haver entre todos os homens e, sobretudo entre os maons.

As roms representam, portanto, a famlia manica universal, cujos membros esto ligados.Harmonicamente pelo esprito de ordem e fraternidade.

As roms simbolizam tambm a harmonia social, pois s com as sementes juntas umas s outras que o fruto toma a sua verdadeira forma.

XV - A Corda de Sete Ns: - Uma corda com 7 ns ou lanos emoldura o Painel do Rito Escocs Antigo e Aceito e representa a corda de 81 ns, smbolo este relacionado como ornamento da Loja de Aprendiz em lugar da estrela flamejante, nos rituais do Grande Oriente do Brasil.

Para alguns autores, os 7 ns representam, como as 7 pontas da estrela brilhante e as 7 estrela, as 7 artes e cincias liberais que o maom deve estudar.

XVI A Orla Denteada: - uma figura formada de tringulos alternadamente pretos e brancos, nos quais aqueles apontam para dentro e estes ltimos, lembrando dentes caninos, apontam para fora. Simboliza a atrao (unio dos irmos) universal, atravs da fraternidade.

XVII As Quatro Borlas: - Representam as quatro virtudes cardeais: temperana, fortaleza, prudncia e justia, pelas quais, o maom deve guiar sua vida tanto manica como profana.

Concluso

Quando nos deparamos com o Painel do Aprendiz, percebemos de imediato que se trata da representao ideal de uma Loja Manica, com todos os elevados conhecimentos e instrumentos de trabalho que compem o Grau de Aprendiz Maom, que nos remetem aos tempos da Maonaria Operativa e da construo dos Grandes Templos da Humanidade, como o Templo de Salomo.

Assim, o Painel do Aprendiz a sntese esotrica, histrica e filosfica do Primeiro Grau; o mistrio que esteve escondido dos sculos e das geraes profanas, sendo o elo de ligao entre os trs estados do tempo: o passado, representado pela lembrana de nossos antepassados operativos e seus avanados conhecimentos cientficos; o presente, pelo nosso trabalho rduo e dirio para a construo de um edifcio moral slido e tambm para conciliar o conhecimento das geraes passadas com a gerao atual em nossas Oficinas, e, por fim, o futuro, representado pelos mais elevados ideais humanos que a Maonaria se prope a guiar com sua Luz e seus ensinamentos.

Todos os instrumentos de Trabalho do Aprendiz Maom so ilustraes, pois, de instrumentos de transformao da Natureza e do meio-ambiente. Isto em sua abordagem absolutamente material e profana. Por outro lado, so elementos que atravs do estudo e da meditao nos levam s transformaes morais e espirituais. Alguns, por sua natureza, pedem para o seu desenvolvimento, a Fora. Outros, mais precisos e delicados, requerem Sabedoria e Conhecimento para o seu correto manuseio.

Entretanto, todos estes artefatos, nos conduzem atravs do esforo e dedicao Beleza e Perfeio, representando o Homem que, em sua caminhada, saiu das cavernas escuras de sua natureza original, rude e grosseira, para habitar os Templos iluminados, simtricos e harmnicos da eterna e sagrada Cincia Manica.

Referncias Bibliogrficas Antnio Montovani Filho - Primeiras Instrues - Jan. / 2000 - Editora A Trolha

Grande Oriente do Brasil - 1 Grau Aprendiz - Ritual

Jules Boucher - A Simblica Manica - 7 Ed. 2000 - Editora Pensamento

Da Camino, Rizzardo. O Delta Luminoso. Editora Aurora, 1973.Nogueira Filho, Samuel. Maonaria, Religio e Simbolismo. Trao Editora, 1984. Internet: www.guiadomacom.com.br -www.cinzeleditora.com.br