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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS - UNIS/MG LCR – LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO Varginha, MG 2014

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Trabalho acadêmico

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CENTRO UNIVERSITRIO DO SUL DE MINAS - UNIS/MG

LCR LQUIDO CEFALORRAQUIDIANO

Varginha, MG

2014

ANA PAULA BARBOSA

BRUNA BARBOSA MENDONA

CAMILA DE FTIMA REIS

CINTHIA FIGUEIREDO

FERNANDA DE LIMA TANA

KEMMELLY SANTOS DE OLIVEIRA

VALTER GONALVES JNIOR

LCR LQUIDO CEFALORRAQUIDIANO

Trabalho apresentado ao curso de Biomedicina, do Centro Universitrio do Sul de Minas Gerais - UNIS/MG, como requisito para obteno de crdito na disciplina de Uroanlise Clnica , ministrada pelo Prof. Maria Celma do Prado Furlanetto.

SUMRIO

1 INTRODUO03

2LQUOR04

2.1 Funo Lquor04

2.2 Constituio Lquor04

3 COLETA LQUOR05

3.1Riscos Relacionados a Coleta do Lquor06

3.2 Exame Fsico07

3.3 Exame Qumico07

4 EXAMES LABORATORIAIS08

4.1 Finalidade dos Exames Laboratoriais08

4.2 Exames Realizados com o LCR09

5 DOENAS DIAGNOSTICADAS ATRAVS DO LCR10

5.1 Meningite10

5.1.1 Modo de transmisso10

5.1.2 Sintomas10

5.1.3 Diagnstico11

5.1.4 Tratamento11

5.2 Encefalite11

5.2.1Transmisso13

5.2.3Sintomas13

5.2.4Diagnstico13

5.2.5Tratamento13

6CONCLUSO14

REFERNCIAS15

1 INTRODUO

O lquor um fluido corporal estril que, fisiologicamente, de aparncia translcida e lmpida, protegendo, servindo de suporte e nutrindo o sistema nervoso central (SNC). O LCR um lugar de intercmbio e excreo, ele transporta uma variedade de compostos, desde neurotransmissores, a produtos resultantes do metabolismo celular do SNC.

Ele o nico produto tecidular, facilmente acessvel, passvel de sofrer alteraes em afeces do SNC. A coleta para sua obteno, um exame invasivo.

Desde que foi descrita pela primeira vez, em 1891, por Quincke, a puno lombar (PL) o mtodo mais utilizado para coletar amostras de lquido cefalorraquidiano (LCR). A PL um importante ferramenta pois auxilia no diagnstico de doenas neurolgicas, este utilizado tanto para o diagnstico quanto para terapias. Diversas patologias neurolgicas esto associadas a alteraes na dinmica e/ou composio do LCR, e os clnicos necessitam de dados para que eles definam o diagnstico e acompanhe seus pacientes.

Seus riscos mesmos sendo mnimos podem ser potencialmente fatais. Podem ser minimizados por meio de uma adequada indicao, contraindicaes e tcnicas de procedimento.

As principais indicaes diagnsticas so as doenas infecciosas, inflamatrias, vasculares, metablicas e neoplsicas que acometem o sistema nervoso central (SNC). A PL tambm utilizada em situaes nas quais necessrio o alvio da presso intracraniana e como teste teraputico.

2 LQUOR

O lquor (LCR), tambm conhecido como lquido cefalorraquidiano, um fluido corporal transparente, incolor e lmpido, est em ntima relao com o sistema nervoso central (SNC) e seus envoltrios (meninges). um ultrafiltrado produzido pelos plexos corides e est presente nos ventrculos cerebrais e no espao subaracnideo. Por isso, sua anlise laboratorial de grande importncia para o diagnstico e acompanhamento das doenas neurolgicas. Popularmente conhecido como liquido da espinha, produzido nos ventrculos cerebrais do nosso Sistema Nervoso Central e ocupa um espao no crebro e na medula espinhal.

Seu volume total renovado trs vezes por dia, e depois de circular pelo espao subaracnide (entre as meninges), absorvido pelo sistema venoso.

2.1 Funo LCR

A principal funo do LCR a proteo mecnica que amortece o encfalo e a medula espinhal contra choques e presso. O LCR tambm tem a capacidade de flutuao, de defesa do SNC contra agentes infecciosos, de remover resduos e de circular nutrientes, mantendo, assim, o dinamismo dos elementos nele presentes.

2.2 Constituio LCR

Em condies normais, o LCR constitudo de pequenas concentraes de protena, glicose, lactato, enzimas, potssio, magnsio e concentraes relativamente elevadas de cloreto de sdio. Alm disso, apresenta composio celular de at cinco clulas por milmetro cbico, possui aspecto de "gua de rocha", lmpido e incolor.

Em condies patolgicas, o LCR pode apresentar aspecto turvo devido ao aumento do nmero de clulas (> 400 clulas/mm3) e/ou proliferao de bactrias ou fungos. Quanto cor, o LCR pode ser classificado como xantocrmico ou eritrocrmico. A xantocromia indica colorao amarelada decorrente da presena de bilirrubina plasmtica, que pode ser resultado de uma hemorragia subaracnidea ou da transudao de protenas do soro para o LCR ou presena de bilirrubina na ictercia. J a eritrocromia indica colorao avermelhada decorrente da hemlise das hemcias, que pode ser causada por um acidente de puno ou uma hemorragia subaracnidea.

3 COLETA LCR

A coleta de LCR s pode ser realizada aps assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), pelo paciente ou por seu representante legal, de acordo com a resoluo n. 196 do Conselho Nacional de Sade (CNS).

A coleta deve ser feita sem uso de anticoagulante, em trs tubos ou frascos seguramente estreis e devidamente identificados com os nmeros 1, 2 e 3, na ordem em que so obtidos. A identificao do material deve, tambm, conter o nome, nmero de registro do paciente e a data da coleta. A amostra do primeiro tudo dever ser usada para a realizao das anlises bioqumicas e sorolgicas. O segundo ser utilizado para os exames microbiolgicos, e o terceiro destina- se s contagens celulares, em virtude da menor probabilidade de conter material, particularmente clulas sanguneas, introduzidas acidentalmente no momento da puno. Caso a amostra tenha sido coletada apenas em um nico frasco, ele deve ser enviado, primeiramente, seo de bacteriologia; em seguida, seo de hematologia e, posteriormente, seo de imunoqumica.

Tanto em crianas quanto em adultos, o terceiro ou quarto espaos lombares so os preferidos, sendo que L2-L3 e L4-L5 podem ser utilizados. No RN, em funo da ponta medular encontrar-se em uma posio inferior, a posio L4-L5 considerada uma alternativa segura, quando no consegue se estabelecer-se a puno em L3-L4.

O ponto exato de introduo da agulha encontra-se na juno de uma linha que passa pela linha transversa que une o ponto superior das cristas ilacas e a coluna espinhal; Essa linha estabelecer o ponto referente a Quarta vrtebra lombar, portanto, identificando a L3-L4.

Existem duas posies para a coleta do lquor, sendo estas:

Decbito Lateral: anteflexo forada da cabea; conteno dos membros inferiores em flexo.

Sentada: anteflexo da cabea; geralmente acima de trs anos

3.1 Riscos relacionados a coleta do Lquor

A coleta de lquor uma tcnica invasiva e apresenta riscos inerentes ao prprio procedimento. Acidentes derivados da puno, com danos neurolgicos, so raramente descritos, podendo ocorrer, por exemplo, na puno sub- occipital ( regio do pescoo): hemorragia subaracnidea ou infeco.

Na puno lombar, cefalia ortosttica (dor de cabea ao levantar), paresesias transitrias, dor no local e infeco

3.2 Exame Fsico

O lquor normal tem aspecto lmpido, tipo gua de rocha, apresentando-se turvo pelo aumento do nmero de clulas (leuccitos e hemcias), pela presena de bactrias, fungos ou de meio de contraste. O aspecto hemorrgico indicar uma hemorragia subaracnidea ou um acidente de puno. O diagnstico diferencial entre essas duas situaes feito:

Pela presena de cogulo, que indica a ocorrncia de acidente durante a puno;

Pelo aspecto do sobrenadante aps a centrifugao, que nos acidentes de puno apresenta-se lmpido e, nas hemorragias, eritrocrmico ou xantocrmico;

No momento da coleta, pela prova dos trs tubos, quando se avalia a variao do aspecto do primeiro para o terceiro tubo. Se o aspecto clarear, sugere acidente de puno, se no se modificar, sugere hemorragia preexistente.

Normalmente incolor. O liquor xantocrmico indica a presena de bilirrubina ou hemlise. Em recm-nascidos, a xantocromia um achado normal, conseqncia da imaturidade anatmica e funcional da barreira hematoenceflica, e proporcional aos nveis de bilirrubina. A cor acastanhada se d pela presena de metemoglobina e a avermelhada (eritrocrmico) pela presena de oxiemoglobina das hemcias recm-lisadas.

3.3 Exame Qumico

Protenas: Esto aumentadas nos casos de : meningites, hemorragias, tromboses, alteraes endcrinas, metablicas e txicas, doenas neurolgicas, colagenases, tumores e abscessos. Esto diminudas nos casos de : trauma, grandes punes, aumento de presso intracraniana.

Glicose: Corresponde a 60% a 70% da concentrao plasmtica. Valores diminudos podem ser encontrados nas meningites agudas e crnicas de diferentes etiologias, hipoglicemia sistmica, hemorragia subaracnide, sarcoidose e neoplasias que comprometam as meninges.

Desidrogenase lctica (LDH) : considerada elevada quando a relao liquor/soro for > 0,1 (Donald 1986). So causas de elevao: necrose, isquemia, meningite, leucemia, linfoma e carcinoma metasttico. Utilizada tambm como diagnstico diferencial entre acidente de puno e hemorragia cerebral, a LDH se eleva proporcionalmente ao grau de hemorragia.

Creatinofosfoquinase (CK): A elevao da frao BB da CK ocorre em hemorragia subaracnide, trombose cerebral, leses desmielinizantes, sndrome de Guillain-Barr, tumores primrios e metastticos, meningoencefalite viral, meningite bacteriana, hidrocefalia e traumatismo craniano.

cido lctico: A determinao do cido lctico pode ser til na diferenciao de meningites por bactrias, fungos ou micobactrias das meningites virais. Nas virais, o nvel de cido lctico raramente excede de 25mg/dL a 30mg/dL. Em contraste, nas outras formas de meningite, costuma estar presente em nveis superiores a 35mg/dL. O aumento do lactato est intimamente associado a baixos nveis de glicose (meningite bacteriana).

4 EXAMES LABORATORIAIS

4.1 Finalidades dos Exames Laboratoriais

Os testes laboratoriais so realizados para detectar, identificar, avaliar e monitorar as meningites e encefalites. Tm comofinalidades:

Distinguir essas doenas infecciosas de outras condies com sintomas semelhantes.

Identificar o agente etiolgico (causador) -bactrias,vrus,fungos,parasitasou outros - em tempo to curto quanto possvel para iniciar e orientar o tratamento.

Avaliar o estado geral de sade do paciente, seu sistema imunolgico e as complicaes atuais para orientar o alvio dos sintomas e minimizar ainflamaoe possveis leses cerebrais.

Sempre que possvel, deve-se determinar a fonte da infeco. especialmente importante a identificao quando o agente causal pode se tornar um problema de sade pblica (evitar contgio de pessoas prximas ao paciente e surtos epidmicos).

4.2 Exames realizados com o LCR

Exames iniciais no LCR so exames realizados em todas as amostras de LCR colhidas por puno lombar de pacientes com suspeita de infeces dosistema nervoso centrale incluem:

Caractersticas fsicas: o LCR normal lmpido e incolor e sua aparncia semelhante a de uma amostra de gua. Nos casos de infeces, a presso inicial do LCR durante a colheita pode estar aumentada, e a amostraapresentaraspecto turvo devido presena de glbulos brancos (leuccitos) ou micro-organismos.

Presena de Protenas

Presena de Glicose:

Contagem total de clulas: leuccitos esto frequentemente aumentados em LCR de pacientes com infeces do sistema nervoso central (SNC).

Exame diferencial de leuccitos:pequenos nmeros delinfcitos,moncitos(e, em recm-nascidos, osneutrfilos) so normais em uma amostra de LCR. O aumento de neutrfilos est relacionado a infeces bacterianas e doenas infecciosas agudas; o aumento da porcentagem de linfcitos relaciona-se a infeces de etiologia viral. Em doenas infecciosas parasitrias, como a neurocisticercose, comumachar vrioseosinfilos.

Gram: colorao de materiais biolgicos para observao direta e identificao de microrganismos.

Cultura e testes de sensibilidade a antibiticos para as bactrias, fungos e vrus.

Exames de imagem e outros exames: Sofeitosexames de imagempara procurar sinais de inflamao no crebro e outras alteraes, mas eles podem no mostrar alteraes nos caso de encefalite. possvel detectar leses cerebrais, tumores, hemorragias e abscessos. Os examesincluem:

Tomografia computadorizada de crnio com/sem contraste (TCC).

Ressonncia nuclear magntica de crnio (RNM).

Ultrassom de crnio.

Eletroencefalografia (EEG) - Para detectar ondas cerebrais anormais.

5 DOENAS DIAGNOSTICADAS ATRAVS DE LCR

O lquor que banha todo o crebro e a medula espinhal, pode refletir determinados processos anormais ou doenas que acometem o sistema nervoso central. A anlise do lquido usada, por exemplo,no diagnstico da meningite e outras doenas do sistema nervoso.

5.1 Meningite

uma doena atinge o sistema nervoso, caracterizada por um processo inflamatrio que atinge a membrana que envolve o crebro e a medula espinhal das pessoas. Mais frequentemente ocasionada por vrus ou bactria. importante pela severidade de alguns casos que podem evoluir a bito ou a um dano no crebro mais grave deixando sequelas. O tipo de tratamento depende do agente que causa a doena: vrus, bactria, fungos, parasitos, outros.

Nas meningites bacterianas importante conhecer o tipo de bactria envolvida de forma a possibilitar o tratamento correto. Para isso necessrio realizar exames para confirmar a meningite.

5.1.2 Modo de Transmisso

A forma mais comum decontgio atravs de contato prolongado ou intenso com secrees respiratrias de pessoas infectadas. Ameningitetambm pode ser contrada pela saliva, porm compartilhar pratos, copos e talheres no representa um grande risco. No entanto, beijos prolongados podem ser uma via de transmisso. As bactrias causadoras demeningiteno sobrevivem no ambiente e por isso no necessrio o isolamento do lugar onde o doente tenha estado.

5.1.3 Sintomas

Febre alta e persistente, dor de cabea por vezes insuportvel, dor na nuca podendo

ocasionar rigidez no pescoo, vmitos, perda do apetite, sonolncia, confuso mental, agitao, grande sensibilidade luz.

5.1.4 Diagnstico

Trssinaisclnicos so classicamente relevantes: rigidez de nuca,febrealta e alterao do estado mental. No entanto, as trs caractersticas s esto conjuntamente presentes em menos da metade dos casos, mas se nenhum dessessinaisestiver presente muito improvvel que se trate demeningite. Em crianas muito pequenas, odiagnsticopode ser mais difcil, porque no h queixas de dor decabeae a rigidez da nuca nem sempre ocorre.

Em primeiro lugar, portanto, os dados do exame clnico ajudam a levantar a suspeita diagnstica. A cultura ou os exames desangue, como o hemograma completo e a dosagem da protena C-reativa, tambm pode indicar uma suspeio. Em seguida, uma puno lombar pode ser usada para excluir ou confirmar o diagnstico, atravs do exame e cultura dolquor. Nos casos em que ela seja inexequvel ou no recomendada pode-se recorrer a umatomografia computadorizadaou a umaressonncia magntica, mas esses exames quase nunca so de primeira escolha.

5.1.5 Tratamento

O tratamento das meningites bacterianas tem de ser introduzido sem perda de tempo, porque a doena pode ser letal ou deixar sequelas, como surdez, dificuldade de aprendizagem, comprometimento cerebral. Ele feito com antibiticos aplicados na veia.

Assim como para as outras enfermidades causadas por vrus, no existe tratamento especfico para as meningites virais. Os medicamentos antitrmicos e analgsicos so teis para aliviar os sintomas.

Meningites causadas por fungos ou pelo bacilo da tuberculose exigem tratamento prolongado base de antibiticos e quimioterpicos por via oral ou endovenosa

5.2 Encefalite

A encefalite uma inflamao do crebro desencadeada pela presena de um agente infeccioso, habitualmente um vrus. Quando esse microrganismo agride diretamente o tecido cerebral, diz-se que essa encefalite por invaso direta. Quando essa inflamao uma reao desencadeada por um agente infeccioso em outra parte do corpo, at mesmo alguns dias antes da ecloso dos sintomas, ela chamada de encefalite imunoalrgica. Tanto a presena direta do microrganismo quanto a reao sua presena em outra parte do corpo podem levar inflamao do crebro, que se manifesta por alterao da conscincia confuso mental, sonolncia, etc. -, associados a sinais de fraqueza em alguma parte do corpo e crises convulsivas.

A encefalite pode ocorrer em qualquer idade e por diferentes agentes infecciosos, mas ela mais freqente em indivduos que apresentem deficincia imunolgica.

5.2.1 Modo de transmisso

Asencefalitescomumente so causadas porvruse podem ser complicaes de uma grande variedade de doenas comosarampo,caxumba,poliomielite, hidrofobia,rubola,catapora,raiva,AIDS e outras. Mas elas tambm podem ser causadas porinfecesdiretas do crebro por bactrias e fungos, que geralmente do origem aabscessos, e por outras causas, como reao a vacinas, doenasautoimunes, parasitas, etc. ou serem um efeito secundrio docncer. Osvruspodem ser contrados por meio de aspirao de gotculas respiratrias de uma pessoa infectada, alimentos ou bebidas contaminadas ou contato direto com a pele. Algumasencefalitesvirais so transmitidas por picadas de insetos que habitam zonas geogrficas especficas e so, pois,zoonosesregionais, mais comuns em certas estaes do ano. Elas so mais frequentes no primeiro ano de vida e em pessoas com imunodepresso.

As pessoas muito jovens ou muito idosas so mais suscetveis a sofrerem casos graves deencefalites.

5.2.3 Sintomas

Os sintomas das meningites tendem a ser mais brandos do que os da encefalite, mas algumas vezes, essa separao um tanto arbitrria. No caso de infeces por bactrias, mais freqente falar-se em meningite, enquanto que em infeces por vrus que levem a um distrbio da conscincia e sinais motores, em encefalites.

Vrios agentes infecciosos causam encefalite, como bactrias, parasitas, fungos e, sobretudo, vrus. Eles so transmitidos por via respiratria, gastrointestinal, por picadas de insetos e carrapatos e at por mordida de animais, como o caso do vrus da raiva. Entretanto, o agente mais freqente o vrus herpes simplex, que habitualmente provoca apenas o aparecimento de bolhas nos lbios, mas que algumas vezes pode alcanar o sistema nervoso e levar ao aparecimento de uma encefalite que, se no tratada rapidamente, pode ocasionar graves seqelas neurolgicas. Em algumas regies do Brasil, os mosquitos e carrapatos so uma importante fonte de transmisso de outros vrus que causam encefalites e que surgem at trs semanas aps a sua inoculao.

5.2.4 Diagnstico

A confirmao de um quadro de encefalite depende de uma avaliao clnica e de diversos exames complementares, entre os quais a anlise do exame do lquido cefalorraquidiano, ou liquor, que colhido por meio de puno na regio lombar. Esse material biolgico fica contido em um espao que envolve todo o sistema nervoso e reflete o que nele se passa.

A anlise do liquor pode sugerir qual o tipo de infeco, se bacteriana ou viral, e at mesmo revelar a presena de agentes infecciosos. . Em geral, h tambm necessidade da realizao de exames de imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonncia magntica, para pesquisar o local exato da inflamao e outras alteraes no crebro, que podem inclusive sugerir um determinado agente infeccioso.

5.2.5 Tratamento

Para combater alguns vrus que causam a doena, como oHerpes simplex, existem medicamentos antivirais especficos. J em outras encefalites virais, a terapia apenas sintomtica, voltada a controlar as conseqncias da inflamao, como o inchao no crebro. Se forem bactrias as causadoras da infeco, ser necessrio prescrever antibiticos. Em todos os casos, porm, o tratamento costuma ser feito em ambiente hospitalar, em vista dos cuidados que a infeco demanda e da necessidade de acompanhamento prximo.

A maior parte das encefalites ocorre de forma espordica e no necessita de nenhum mecanismo especial de conteno para evitar sua disseminao. Existem poucas formas de encefalite que so prevenveis por meio de vacina, e elas no ocorrem no Brasil: so elas a encefalite japonesa e a encefalite do carrapato. A administrao destas vacinas est indicada apenas para quem vai viajar para regies onde elas so endmicas. Existem imunizaes que reduzem significativamente o risco de infeco bacteriana do sistema nervoso: so elas a vacina contra oH.influenzaeB, contra o meningococo e contra o pneumococo.

6 CONCLUSO

O LCR um fluido bastante importante por cincundar o sistema nervoso central, e servir como amortecedor para os impactos. Por ser estril e de muita importncia no nosso organismo requer bastante cuidado e ateno na hora da coleta.

indispensvel o teste de Lquor para o diagnstico de doenas neurolgicas como as citadas no trabalho. E para ns futuros profissionais de sade indispensvel saber executar as tcnicas, identificar as alteraes encontradas no lquor, e saber interpretar os resultados e correlacionar com a clnica.

Enfim, o trabalho foi de muita importncia para o grupo pois pudemos aprender um pouco mais sobre o lquor, saber realizar corretamente a coleta, interpretar os resultados, para oferecer ao nosso cliente um resultado confivel, sendo assim o paciente vai poder ter um tratamento adequado para a patologia que ele apresentar.

REFERNCIAS

DIMAS , Luciana Ferreira; SOHLER Marzia Puccioni. Exame do lquido cefalorraquidiano: influncia da temperatura, tempo e preparo da amostra na estabilidade analtica. J. Bras. Patol. Med. Lab.v.44n.2Rio de Janeiroabr.2008.

http://www.sergiofranco.com.br/bioinforme/index.asp?cs=FluidosBiologicos&ps=liquor Acesso em 23/04/2014.

http://www.labtestsonline.org.br/understanding/conditions/meningitis/start/4 Acesso em 23/04/2014.

http://www.fleury.com.br/revista/dicionarios/doencas/pages/encefalite.aspx Acesso em 25/04/2014.