trabalho laboratorial - dilatação térmica

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Laboratórios de Física Coeficiente de dilatação rmica Docente: Dr. Paulo Fernandes Discente: Igor Rodrigues, n.º 1140758 - 1NB 16-03-2015 departamento de física defi Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Física Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431 4200-072 Porto, T. 228 340 500, F. 228 321 159

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Trabalho laboratorial - dilatação térmica

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  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao

    trmica

    Docente: Dr. Paulo Fernandes

    Discente: Igor Rodrigues, n. 1140758 - 1NB

    16-03-2015

    departamento

    de fsica

    defi

    Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Fsica

    Rua Dr. Antnio Bernardino de Almeida, 431

    4200-072 Porto, T. 228 340 500, F. 228 321 159

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

    Pgina 2 de 16

    ndice

    1. Objetivos................................................................................................................ 3

    2. Introduo terica .................................................................................................. 4

    2.1. Dilatao linear ............................................................................................... 4

    2.2. Dilatao volumtrica ..................................................................................... 5

    2.3. Dilatao trmica da gua .............................................................................. 7

    2.4. Regresso linear ............................................................................................ 8

    3. Procedimento ........................................................................................................ 9

    3.1. Material utilizado ............................................................................................. 9

    3.2. Esquema experimental ................................................................................. 11

    4. Apresentao de clculos e resultados ................................................................ 11

    5. Concluso ............................................................................................................ 15

    6. Bibliografia ........................................................................................................... 16

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

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    1. Objetivos

    Compreender o comportamento dos materiais relativamente a mudana do

    volume/expanso consoante a variao da temperatura.

    Determinao do coeficiente de dilatao linear de diferentes materiais.

    Testar e comprovar a teoria da dilatao trmica experimentalmente.

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

    Pgina 4 de 16

    2. Introduo terica

    2.1. Dilatao linear

    A dilatao trmica, normalmente, proporcional ao aumento da temperatura, porm

    tambm influenciada pelo tipo de material, isto porque, cada material tem um

    coeficiente de dilatao especfico ().

    A dilatao linear um princpio fsico que aplica-se a corpos que ao aquecer tm

    considervel aumento (dilatao) relativamente a uma das suas dimenses e no

    considerando o aumento nos outros parmetros de medies do material.

    Um exemplo perfeito para isto uma barra ou fio, nestes tipos de material o

    comprimento muito superior as outras dimenses dos mesmos.

    A dilatao linear baseia-se em trs fatores:

    1. Composio qumica do material;

    2. Variao de temperatura;

    3. Comprimento inicial.

    Determinando L0 sendo o comprimento inicial, L o comprimento final e t como a

    variao da temperatura um determinado perodo de tempo, tem-se:

    Dilatao = L = L-L0

    Variao da temperatura= T = T T0

    Ao analisar-se barras de iguais comprimentos e sujeitas as mesmas condies de

    temperatura pode-se observar no variam de forma idntica, a partir disto pode-se

    confirmar o coeficiente de expanso linear, desta forma a seguinte frmula pode ser

    verificada:

    L=L0..T

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

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    Simplificando chega-se a:

    L=LL0=L0..T

    L=L0+L0..T

    L=L0 (1+.T)

    Conclui-se tratar de uma equao de 1 grau, sendo possvel fazer uma anlise grfica

    a partir de um reta (aps regresso linear).

    Tambm, a partir da frmula inicial possvel saber o coeficiente de expanso linear

    em funo da variao do comprimento e da temperatura:

    O coeficiente de dilatao linear, a uma determinada temperatura, determinado a

    partir da seguinte frmula:

    2.2. Dilatao volumtrica

    A dilatao volumtrica um princpio fsico que aplica-se a corpos que ao aquecer

    tm considervel aumento (dilatao) relativamente a todas as suas dimenses

    (cubos, lquidos, cilindros).

    O coeficiente de expanso volumtrica obtm-se a partir da seguinte frmula:

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

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    Para exemplificar esta anlise ir utilizar-se um paraleleppedo.

    Suas dimenses so L1,L2 e L3. Logo o seu volume de:

    V = L1L2L3

    Variao do volume com a temperatura:

    Ao dividir-se cada termo pelo volume tem-se:

    Os termos do segundo membro so iguais a , logo:

    Observa-se que o coeficiente de expanso volumtrica trs vezes superior ao de

    expanso linear, visto que esta anlise feita levando em considerao as trs

    dimenses do material.

    A partir dos dados descritos anteriormente pode-se concluir a relao do coeficiente

    de expanso linear com a expanso linear e volumtrica.

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

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    Pode-se observar o coeficiente de expanso trmica para alguns materiais a partir da

    tabela:

    Material

    Chumbo

    Zinco

    Alumnio

    Prata

    Cobre

    Ouro

    Ferro

    Platina

    Vidro (comum)

    Tungstnio

    Vidro (pyrex)

    2.3. Dilatao trmica da gua

    A gua difere de outras substncias relativamente a dilatao trmica. Isto porque

    existe uma faixa de temperatura a qual, ao nvel macroscpico, a gua ao invs de

    aumentar o seu volume, reduz. Este intervalo situa-se entre 0C 4C.

    Consequentemente, quanto menor o volume maior a densidade, aos 4C a gua

    encontra-se no seu menor volume possvel e portanto maior densidade no seu estado

    lquido.

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

    Pgina 8 de 16

    As molculas da gua apresentam pontes de hidrognio nas suas ligaes, no seu

    estado slido, os tomos de hidrognio aproximam se dos tomos de oxignio,

    causando uma abertura de espao entre as molculas e consequentemente

    aumentando o volume da substncia.

    Ao elevar a temperatura da gua de 0C a 4C as pontes de hidrognio so rompidas

    e as molculas ocupam o espao vazio, fazendo com q o seu volume reduza

    (contrao), porm a partir do 4 C a gua volta a dilatar consoante o aumento da

    temperatura.

    2.4. Regresso linear

    A regresso linear um mtodo utilizado para obter-se os parmetros que definem

    uma reta (coeficiente angular e ordenada na origem).

    A qualidade do ajuste erro obtm-se a partir da seguinte frmula:

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

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    = 0: correlao mnima, isto , inexistncia de qualquer relao linear.

    = 1: correlao mxima, isto , existncia de uma relao linear exata.

    0 < < 1: correlao intermdia, isto , existe uma relao linear estatstica.

    3. Procedimento

    No incio da experincia todo o material foi verificado e testado, tendo em vista a

    obteno de resultados os mais prximos possveis da realidade deve-se ter todo o

    material bem ajustado e calibrado.

    3.1. Material utilizado

    1 dilatmetro

    1 tina de gua

    1 termstato

    1 comparador (micrmetro)

    1 termmetro

    1 cronmetro

    1 fita mtrica

    Barras de diferentes materiais

    Tubos de borracha

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

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    Com vista numa melhor organizao e clareza quanto ao procedimento a seguir tem-

    se passo a passo as aes realizadas de todo o processo experimental.

    1. Das 5 barras disponveis escolhi a de cobre e a de alumnio para a experincia.

    2. O comprimento de ambas foi medido com o auxlio de uma fita mtrica, tendo

    as duas 580mm.

    3. Utilizei o termmetro para anotar a temperatura ambiente (27,6 C alumnio/

    30,5 C - cobre).

    4. Comecei por utilizar a barra de alumnio, a qual prendi de forma segura no

    dilatmetro, introduzi os tubos vindos da tina de gua nas extremidades da

    barra (proporciona a circulao da gua no interior do tubo) e ajustei

    manualmente o micrmetro para o valor zero, uma das extremidades na barra

    ficou em contacto com o micrmetro de forma a possibilitar a visualizao da

    expanso linear do material.

    5. O termstato foi regulado para uma temperatura 5C acima da temperatura

    ambiente aps esperar 5 minutos (tempo de estabilizao do aumento de

    temperatura) pode-se verificar que a temperatura indicada no termmetro j

    marcada 5C acima daquela medida inicialmente.

    6. O valor lido no micrmetro foi anotado, esse processo do aumento de 5C e

    verificao e registo do comparador consoante esse aumento de temperatura,

    foi realizado at que a temperatura chegasse aproximadamente a 60C.

    7. Os passos 3-6 foram feitos da mesma maneira para a barra de cobre.

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    0,06

    0,11

    0,16

    0,21

    0,28

    0,325

    0

    0,05

    0,1

    0,15

    0,2

    0,25

    0,3

    0,35

    4,7 9,5 14,3 19,1 24,6 29,5

    3.2. Esquema experimental

    4. Apresentao de clculos e resultados

    A seguir tem-se o grfico da variao do comprimento da barra em funo da

    variao da temperatura. (barra de cobre):

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

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    Dilatao linear da barra de cobre consoante o aumento da temperatura.

    Temperatura(C) (mm) (C)

    30,5 0 0

    35,2 0.06 4,7

    40,0 0,11 9,5

    44,8 0,16 14,3

    49,6 0,21 19,1

    55,1 0,28 24,6

    60,0 0,325 29,5

    A partir dos valores obtidos foi possvel calcular o coeficiente de expanso linear.

    (

    Coeficiente de expanso volumtrica:

    = 3.( )=56,7x

    Para fazer a regresso linear desta reta utilizei algumas ferramentas do excel. Com a

    aplicao dos valores tabelados obteve-se:

    0,007194

    B = 0,010834

    = 0,999

    A frmula linearizada dos resultados fica:

    O coeficiente de dilatao linear pode-se obter diretamente aplicando a seguinte

    frmula:

    =

  • Laboratrios de Fsica

    Coeficiente de dilatao trmica

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    A diferena entre os resultados dados a partir da aplicao direta da frmula e desta

    ltima deve-se principalmente ao facto de ter sido feita uma linearizao dos

    resultados obtidos a partir do mtodo da regresso linear, logo, os valores nunca vo

    ser iguais.

    Grfico de mudana de comprimento em funo do aumento da temperatura (barra de

    alumnio):

    Dilatao linear da barra de alumnio consoante o aumento da temperatura.

    Temperatura(C) (mm) (C)

    27,6 0 0

    37,1 0,08 9,5

    41,8 0,14 14,2

    46,8 0,21 19,5

    52,3 0,28 24,7

    57,4 0,335 29,8

    61,9 0,39 34,3

    0,08

    0,14

    0,21

    0,28

    0,335

    0,39

    0

    0,05

    0,1

    0,15

    0,2

    0,25

    0,3

    0,35

    0,4

    0,45

    9,5 14,2 19,5 24,7 29,8 34,3

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    Coeficiente de dilatao trmica

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    A partir dos valores obtidos foi possvel calcular o coeficiente de expanso linear.

    ( )

    A partir da regresso linear obteve-se:

    -0,03655

    B = 0,012533

    = 0,999

    A frmula linearizada dos resultados fica:

    Coeficiente de expanso linear:

    =

    Coeficiente de expanso volumtrica:

    = 3.( )=58,8x

    O coeficiente de dilatao linear e volumtrico no variam de forma significativa em

    slidos ou lquidos com a presso, porm, como observado em ambas as frmulas

    matemticas, podem variar com a temperatura, assim sendo, o coeficiente de

    expanso linear a dada temperatura pode ser obtido a partir da seguinte expresso

    matemtica:

    Como j descrito na introduo terica a gua ao ser aquecia dos 0C 4C contrai-se

    ao invs de expandir-se, a temperatura de 4C ocupa o menor volume no seu estado

    lquido, consequentemente tem a maior densidade.

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    Coeficiente de dilatao trmica

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    Estas duas propriedades justificam a existncia de vida nos lagos situados em locais

    extremamente frios.

    Acima dos 4C a gua comporta-se de forma comum, isto , com o aquecimento o

    volume aumenta e a densidade reduzida, com o arrefecimento verifica-se o

    contrrio.

    Entre os 0 C 4 , com o aquecimento o volume diminui e a densidade aumenta.

    Com a reduo da temperatura confirma-se o contrrio.

    Com isto pode-se dizer que a temperaturas acima dos 4 C, com o arrefecimento, a

    gua do lago fica mais densa e imerge para o fundo. A temperatura abaixo dos 4 C,

    com o arrefecimento, a gua fica menos densa e permanece na superfcie formando

    uma camada de gelo, sendo o gelo menos denso que a gua, permanece na

    superfcie e atua como isolante trmico para a gua do lago.

    5. Concluso

    O trabalho prtico correu dentro do esperado e foi bem-sucedido. Houve alguma

    discrepncia entre os valores esperados/calculados e aos valores obtidos, existem

    diversos fatores que podem ter influenciado esse acontecimento.Tais como: erros de

    medies, arredondamentos, impreciso dos aparelhos de medies, mal ajuste do

    experimento, erros de paralaxe, erros de leitura e at mesmo erros nos clculos

    efetuados. Mesmo assim, pode-se observar que, na tabela dos coeficientes

    (introduo terica) o alumnio tem um coeficiente de expanso linear maior do que o

    cobre, o mesmo pode ser comprovado experimentalmente, tambm importante

    evidenciar o facto de que os clculos efetuados a partir dos dados experimentais

    relativamente ao coeficiente de expanso linear aproximaram-se mais dos valores

    reais ao usar o mtodo da regresso linear nos clculos quando comparado aos

    clculos a partir das frmulas matemticas. Concluindo, os objetivos deste trabalho

    foram cumpridos.

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    Coeficiente de dilatao trmica

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    6. Bibliografia

    http://educacao.globo.com/fisica/assunto/termica/dilatacao-termica.html

    http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Dilatacao/linear.php

    http://www.if.ufrgs.br/~leila/dilata.htm

    http://www.mundoeducacao.com/fisica/anomalia-agua.htm

    http://educacao.globo.com/fisica/assunto/termica/dilatacao-termica.htmlhttp://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Dilatacao/linear.phphttp://www.if.ufrgs.br/~leila/dilata.htmhttp://www.mundoeducacao.com/fisica/anomalia-agua.htm