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DOS DIREITOS POLÍTICOS ARTIGOS: DO 14 AO 17 DA CONSTITUIÇÃO FEDEREAL Estende-se aqui, o parágrafo único do artigo 1º do vigente texto “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Tal dispositivo, indubitavelmente, traduz a forma democrática de exercício do poder, no regime democrático da representatividade popular (através da Câmara dos Deputados), com a novidade da participação direta: a iniciativa popular (a grande novidade), o referendo e o plebiscito. 1. INICIATIVA POPULAR (inciso III do artigo 14 da Constituição Federal) = Pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Observe a existência de um pressuposto importante para a iniciativa de projeto de lei popular, ou seja, o eleitorado nacional. 2. REFERENDO (inciso II do artigo 14 da Constituição Federal) = É a consulta feita ao povo, após decisão (tomada pelo legislativo) importante. (Referendar projetos de lei aprovados) A competência é exclusiva do Congresso Nacional. 3. PLEBISCITO (inciso I do artigo 14 da Constituição Federal) ou CONSULTA PLEBISCITÁRIA = O eleitorado é convocado a se manifestar, dando “sim” ou “não” a matéria de leis ou proposições que lhe são submetidas. No Brasil, nos últimos tempos, realizaram-se três plebiscitos: em janeiro e abril do ano de 1963 e em 21 de abril de 1993. Em janeiro, quando o povo foi convidado a votar a favor ou contra o parlamentarismo, que foi rejeitado, consagrando-se o presidencialismo. O outro, foi ainda no antigo Estado da Guanabara, para que o povo optasse pela divisão ou não, do pequeno Estado em Municípios. Agora o vigente texto constitucional (nos termos do artigo 2º do ADCT - Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) convocou o eleitorado para definir através de plebiscito a forma e o sistema de governo que deveriam vigorar no País (República ou Monarquia Constitucional; Parlamentarismo ou Presidencialismo).

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DOS DIREITOS POLTICOSARTIGOS: DO 14 AO 17 DA CONSTITUIO FEDEREAL

Estende-se aqui, o pargrafo nico do artigo 1 do vigente texto Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio. Tal dispositivo, indubitavelmente, traduz a forma democrtica de exerccio do poder, no regime democrtico da representatividade popular (atravs da Cmara dos Deputados), com a novidade da participao direta: a iniciativa popular (a grande novidade), o referendo e o plebiscito. 1. INICIATIVA POPULAR (inciso III do artigo 14 da Constituio Federal) = Pode ser exercida pela apresentao Cmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mnimo, um por cento do eleitorado nacional, distribudo pelo menos por cinco Estados, com no menos de trs dcimos por cento dos eleitores de cada um deles. Observe a existncia de um pressuposto importante para a iniciativa de projeto de lei popular, ou seja, o eleitorado nacional. 2. REFERENDO (inciso II do artigo 14 da Constituio Federal) = a consulta feita ao povo, aps deciso (tomada pelo legislativo) importante. (Referendar projetos de lei aprovados) A competncia exclusiva do Congresso Nacional. 3. PLEBISCITO (inciso I do artigo 14 da Constituio Federal) ou CONSULTA PLEBISCITRIA = O eleitorado convocado a se manifestar, dando sim ou no a matria de leis ou proposies que lhe so submetidas.No Brasil, nos ltimos tempos, realizaram-se trs plebiscitos: em janeiro e abril do ano de 1963 e em 21 de abril de 1993. Em janeiro, quando o povo foi convidado a votar a favor ou contra o parlamentarismo, que foi rejeitado, consagrando-se o presidencialismo. O outro, foi ainda no antigo Estado da Guanabara, para que o povo optasse pela diviso ou no, do pequeno Estado em Municpios. Agora o vigente texto constitucional (nos termos do artigo 2 do ADCT - Ato das Disposies Constitucionais Transitrias) convocou o eleitorado para definir atravs de plebiscito a forma e o sistema de governo que deveriam vigorar no Pas (Repblica ou Monarquia Constitucional; Parlamentarismo ou Presidencialismo). A data foi alterada (na realidade antecipada) do dia sete de setembro de 1993 para o dia 21 de abril de 1993. Assim ficou o resultado do plebiscito: (1) forma de governo = A REPBLICA; (2) sistema de governo = O PRESIDENCIALISMO (com larga margem de votos). Exceo feita a esta convocao, o Congresso Nacional o rgo competente para convocar a realizao do plebiscito. Resta agora tratar do caput (tendo em vista que os incisos j foram tratados) do artigo 14, na sua parte final, ou seja: sufrgio universal, voto direto e secreto; Vejamos: 1. SUFRGIO UNIVERSAL = o direito assegurado a todo e qualquer cidado politicamente capaz de escolher os representantes do povo para cargos eletivos (princpio democrtico - igualdade de todos perante a lei). 2. VOTO DIRETO = Significa escolha pessoal, sem intermedirios, ou melhor, dizendo, vontade do povo (diferente do indireto, que imposio). convidado a votar a favor ou contra o parlamentarismo, que foi rejeitado, consagrando-se o presidencialismo. O outro, foi ainda no antigo Estado da Guanabara, para que o povo optasse pela diviso ou no, do pequeno Estado em Municpios. Agora o vigente texto constitucional (nos termos do artigo 2 do ADCT - Ato das Disposies Constitucionais Transitrias) convocou o eleitorado para definir atravs de plebiscito a forma e o sistema de governo que deveriam vigorar no Pas (Repblica ou Monarquia Constitucional; Parlamentarismo ou Presidencialismo). A data foi alterada (na realidade antecipada) do dia sete de setembro de 1993 para o dia 21 de abril de 1993. Assim ficou o resultado do plebiscito: (1) forma de governo = A REPBLICA; (2) sistema de governo = O PRESIDENCIALISMO (com larga margem de votos). Exceo feita a esta convocao, o Congresso Nacional o rgo competente para convocar a realizao do plebiscito. Resta agora tratar do caput (tendo em vista que os incisos j foram tratados) do artigo 14, na sua parte final, ou seja: sufrgio universal, voto direto e secreto; Vejamos: 1. SUFRGIO UNIVERSAL = o direito assegurado a todo e qualquer cidado politicamente capaz de escolher os representantes do povo para cargos eletivos (princpio democrtico - igualdade de todos perante a lei). 2. VOTO DIRETO = Significa escolha pessoal, sem intermedirios, ou melhor, dizendo, vontade do povo (diferente do indireto, que imposio).Finalmente, secreto, indevassvel, institudo no Brasil e incorporado na estrutura do sistema constitucional desde 1932, por lei eleitoral. 3. ALISTAMENTO ELEITORAL E O VOTO = So obrigatrios para os maiores de dezoito anos e facultativo para os analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. A grande inovao do texto foi adoo do VOTO FACULTATIVO a partir dos dezesseis anos de idade, para homem e mulher (procedimento administrativo visando ao preenchimento de requisitos indispensveis inscrio como eleitor) opinio do indivduo . Quanto ELEGIBILIDADE (condio para ocupar cargo eletivo), o novo texto oferece algumas modificaes em face da anterior Constituio, vejamos: a nacionalidade brasileira (brasileiro nato ou naturalizado), no pleno exerccio dos direitos polticos (votar e ser votado), alistamento eleitoral (atender aos requisitos indispensveis para a inscrio), domiclio eleitoral na circunscrio, filiao partidria (impossvel candidatura avulsa) e a idade de: dezoito anos para Vereador; vinte e um anos para Deputado Estadual, Federal ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz; trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; e finalmente, trinta e cinco anos de idade para Senador, Presidente e Vice-Presidente da Repblica. So INELEGVEIS (impedimento - razo relevante) para postular cargo eletivo, os inabilitveis e os analfabetos. Tambm, so inelegveis para os mesmos cargos, no perodo subseqente, o Presidente da Repblica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substitudo nos seis meses anteriores ao pleito. Para concorrerem a outros cargos devem renunciar aos respectivos mandatos at seis meses antes do pleito. Ainda so inelegveis no territrio de jurisdio do titular, o cnjuge e os parentes consangneos ou afins, at o segundo grau ou por adoo, dos cargos j mencionados. Lei complementar estabelecer, quando necessrio, outros casos de inelegibilidade.No prazo de quinze dias contados da diplomao, desde que o comprovado abuso do poder econmico, corrupo ou fraude, o mandato eletivo poder ser impugnado perante a Justia Eleitoral, cuja ao de impugnao tramitar em segredo de justia, respondendo o autor, na forma da lei (artigo 14 10 da Constituio Federal). Proibida a cassao de direitos polticos. A perda ou a suspenso somente ocorrer no caso de improbidade administrativa, condenao criminal transitada em julgado, e nos outros casos dos incisos do artigo 15 do vigente texto. O nacional no deve ser confundido com o cidado. A condio de nacional um pressuposto para o de cidado. Em outras palavras, todo cidado um nacional, mas o inverso no verdadeiro: nem todo nacional cidado. O que confere esta ltima qualificao o gozo dos direitos polticos. Cidado, todo o nacional na funo dos direitos cvicos (professor Celso Seixas Ribeiro Bastos).

DOS PARTIDOS POLTICOSARTIGOS: DO 14 AO 17 DACONSTITUIO FEDEREAL

um grupo social que se prope a organizar e coordenar a vontade popular para se realizar programa de governo (pessoas com a mesma ideologia ou interesses comuns). Nosso pas s teve vida poltica no sentido literal da palavra , aps a Independncia, no ano de 1822. Antes disso s se pode falar, como movimento poltico relevante, na existncia de um partido da independncia, em torno do qual consolidavam-se fortes correntes de opinies pblica, incentivadas pelos intelectuais.O vigente texto constitucional assegura a livre criao, fuso, incorporao e extino de partidos polticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrtico, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana. Exige carter nacional; probe recebimento de recursos provenientes de entidades ou governos estrangeiros ou subordinao a estes; prestao de contas Justia Eleitoral; e funcionamento parlamentar de acordo com a lei. Mantm, por conseguinte, todas as facilidades vigentes na legislao ordinria, sem qualquer restrio, para a proliferao de partidos. A Constituio Federal assegura aos partidos polticos autonomia para definir sua estrutura interna, organizao e funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e disciplina partidria. Logo depois de os partidos polticos adquirirem personalidade jurdica, nos termos da legislao civil, devero perante o TSE, registrar seus estatutos. Na forma da legislao pertinente, os partidos polticos tm direito e recursos do fundo partidrio e acesso gratuito ao rdio e televiso (horrio poltico). Os partidos polticos no podero utilizar-se de organizao paramilitar. Estabelece, como condio para a elegibilidade a filiao partidria. Probe impostos sobre o patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes (ver artigo 14 3 inciso V; artigo 17 e seus ; artigo 150, inciso VI, letra c; artigo 103, inciso VIII; e artigo 5 inciso LXX, etc). PARTIDOS POLITICOSNAS CONSTITUIES BRASILIERAS:Na CONSTITUIO (CARTA) DE 1967: Artigo 149 = A organizao, o funcionamento e a extino dos partidos polticos sero regulados em lei federal, observados os seguintes princpios: (I) regime representativo e democrtico, baseado na pluralidade de partidos e na garantia dos direitos fundamentais do homem; (II) personalidade jurdica, mediante registro de estatutos; (III) atuao permanente, dentro de programa aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, e sem vinculao, de qualquer natureza, com a ao de governos, entidades ou partidos estrangeiros; (IV) fiscalizao financeira; (V) disciplina partidria; (VI) mbito nacional, sem prejuzo das funes deliberativas dos diretrios sociais; (VII) exigncia de dez por cento do eleitorado que haja votado na ltima eleio geral para a Cmara dos Deputados, distribuda em dois teros dos Estados, com o mnimo de sete por cento em cada um deles, bem assim dez por cento de deputados, em, pelo menos, um tero dos Estados, e dez por cento de senadores; (VIII) proibio de coligaes partidrias. Na CONSTITUIO (ATO INSTITUCIONAL) DE 1969: Artigo 152 = A organizao e o funcionamento dos partidos polticos, de acordo com o disposto neste artigo, sero regulados em lei federal. (1) Na organizao dos partidos polticos sero observados os seguintes princpios: (I) regime representativo e democrtico, baseado na pluralidade dos partidos e garantia dos direitos humanos fundamentais; (II) personalidade jurdica, mediante registro dos estatutos; (III) inexistncia de vnculo, de qualquer natureza, com a ao de governos, entidades ou partidos estrangeiros; (IV) mbito nacional, sem prejuzo das funes deliberativas dos rgos regionais ou municipais. (2) O funcionamento dos partidos polticos dever atender s seguintes exigncias: (I) filiao ao partido de, pelo menos, 10% (dez por cento) de representantes na Cmara dos Deputados e no Senado Federal que tenha, como fundadores, assinalado seus atos constitutivos; (II) apoio, expresso em votos, de 5% (cinco por cento) de eleitorado, que haja votado na ltima eleio geral para a Cmara dos Deputados, distribudos, pelo menos, por nove Estado, com o mnimo de 3% (trs por cento), em cada um deles; (III) atuao permanente, dentro do programa aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral; (IV) disciplina partidria; (V) fiscalizao financeira. (3) No ter direito a representao o partido que obtiver votaes inferiores aos percentuais fixados no item II do pargrafo anterior, hiptese em que sero consideradas nulas. (4) A extino dos partidos polticos dar-se- na forma e nos casos estabelecidos em lei. (5) Perder o mandato no Senado Federal, na Cmara dos Deputados, nas Assemblias Legislativas e nas Cmaras Municipais quem, por atitudes ou pelo voto, se opuser s diretrizes legitimamente estabelecidas pelos rgos de direo partidria ou deixar o partido sob cuja legenda foi eleito, salvo se para participar, como fundador, da constituio de novo partido. (6) A perda do mandato, nos casos previstos no pargrafo anterior, ser decretada pela Justia Eleitoral, mediante representao do partido, assegurado o direito de ampla defesa.DIREITOS POLTICOSNAS CONSTITUIES BRASILEIRAS:Na CONSTITUIO (CARTA) DE 1967: Artigo 142 = So eleitores os brasileiros maiores de dezoito anos, alistados na forma da lei. (1) O alistamento e o voto so obrigatrios para os brasileiros de ambos os sexos, salvo as excees previstas em lei. (2) Os militares so alistveis desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formao de oficiais. (3) No podem alistar-se eleitores: (a) os analfabetos; (b) os que no saibam exprimir-se na lngua nacional; (c) os que estejam privados, temporria ou definitivamente, dos direitos polticos. Artigo 143 = O sufrgio universal e o voto direto e secreto, salvo nos casos previstos nesta Constituio; fica assegurada a representao proporcional dos partidos polticos, na forma que a lei estabelecer. Artigo 144 = Alm dos casos previstos nesta Constituio, os direitos polticos: (I) suspendem-se: (a) por incapacidade civil absoluta; (b) por motivo de condenao criminal, enquanto durarem seus efeitos; (II) perdem-se: (a) nos casos do art.141; (b) pela recusa, baseada em convico religiosa, filosfica ou poltica, prestao de encargo ou servio impostos aos brasileiros em geral; (c) pela aceitao de ttulo nobilirio ou condecorao estrangeira que importe restrio de direito de cidadania ou dever para com o Estado brasileiro. (1) Nos casos do n II deste artigo, a perda de direitos polticos determina a perda de mandato eletivo, cargo ou funo pblica; e a suspenso des mandato eletivo, cargo ou funo pblica, enquanto perdurarem as causas que a determinaram. (2) A suspenso ou perda dos direitos polticos ser decretada pelo Presidente da Repblica, nos casos do artigo 141, I e II, e do n II, b e c, deste artigo, e, nos demais, por deciso judicial, assegurando-se sempre ao paciente ampla defesa. Artigo 145 = So inelegveis os inalistveis. Pargrafo nico. Os militares alistveis so elegveis, atendidas as seguintes condies: (a) o militar que tiver menos de cinco anos de servio ser, ao se candidatar a cargo eletivo, excludo do servio ativo; (b) o militar em atividade, com cinco anos de servio, ao se candidatar a cargo eletivo ser afastado, temporariamente, do servio ativo, e agregado para tratar de interesse particular; (c) o militar no excludo, se eleito, ser, no ato da diplomao, transferido para a reserva ou reformado, nos termos da lei. Artigo 146 = So tambm inelegveis: (I) para Presidente e Vice-Presidente da Repblica: (a) o Presidente que tenha exercido o cargo, por qualquer tempo, no perodo imediatamente anterior, ou quem, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, lhe haja sucedido ou o tenha substitudo; (b) at seis meses depois de afastados definitivamente de suas funes, os Ministros de Estado, Governadores, Interventores Federais, Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da Repblica, Comandante de Exrcito, Chefes de Estado-Maior da Armada, do Exrcito e da Aeronutica, Prefeitos, Juzes, membros do Ministrio Pblico Eleitoral, Chefe da Casa Militar da Presidncia da Repblica, os Secretrios de Estado, o responsvel pela direo geral da polcia federal e os Chefes de Polcia, os Presidentes, Diretores e Superintendentes de sociedades de economia mista, autarquias e empresas pblicas federais; (II) para Governador e Vice-Governador: (a) em cada Estado, o Governador que haja exercido o cargo por qualquer tempo, no perodo imediatamente anterior, quem lhe haja sucedido ou, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, o tenha substitudo; o Interventor federal que tenha exercido as funes por qualquer tempo, no perodo imediatamente anterior; (b) at um ano depois de afastados definitivamente das funes,o Presidente da Repblica e os que hajam assumido a presidncia; (c) at seis meses depois de cessadas definitivamente as suas funes, os que forem inelegveis para Presidente da Repblica, salvo os mencionados nas alneas a e b deste nmero; e ainda os chefes dos Gabinetes Civil e Militar da Presidncia da Repblica e os Governadores de outros Estados; (d) em cada estado, at seis meses depois de cessadas definitivamente as suas funes, os comandantes de regio, zona area, distrito naval, guarnio militar e polcia militar, Secretrios de Estado, Chefes dos Gabinetes Civil e Militar de Governador, Chefes do Ministrio Pblico, presidentes, superintendentes e diretores de bancos da Unio, dos Estados ou dos Municpios, sociedades de economia mista, autarquias e empresas pblicas estaduais, assim com dirigentes de rgos e de servios da Unio ou de Estado, qualquer que seja a natureza jurdica de sua organizao, que executem obras ou apliquem recursos pblicos; (e) quem, data da eleio, no contar, nos quatro anos anteriores, pelo menos dois anos de domiclio eleitoral no Estado; (III) para Prefeito e Vice- Prefeito: (a) quem houver exercido o cargo de Prefeito, por qualquer tempo, no perodo imediatamente anterior, e quem lhe tenha sucedido ou, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, o haja substitudo; (b) at seis meses depois de cessadas definitivamente suas funes, as pessoas mencionadas no item II e as autoridades policiais e militares com jurisdio no Municpio ou no Territrio; (c) quem, data da eleio, no contar pelo menos dois anos de domiclio eleitoral no Estado durante os ltimos quatro anos, ou, no Municpio, pelo menos um ano, nos ltimos dois anos. (IV) para a Cmara dos Deputados e o Senado Federal: (a) as autoridades mencionadas nos itens I, II e III, nas mesmas condies neles estabelecidas, e os Governadores dos Territrios, salvo se deixarem definitivamente as funes at seis meses antes do pleito; (b) quem, durante os ltimos quatro anos anteriores data da eleio, no contar, pelo menos, dois anos de domiclio eleitoral no Estado ou Territrio; (V) para as Assemblias Legislativas: (a) as autoridades referidas nos itens I, II e III, at quatro meses depois de cessadas definitivamente as suas funes. (b) quem no contar, pelo menos, dois anos de domiclio eleitoral no Estado. Pargrafo nico. Os preceitos deste artigo aplicam-se aos titulares, efetivos ou interinos, dos cargos mencionados. Artigo 147 = So ainda inelegveis, nas mesmas condies do artigo anterior, o cnjuge e os parentes, consangneos ou afins, at o terceiro grau, ou por adoo: (I) do Presidente e do Vice- Presidente da Repblica, ou do substituto que tenha assumido a presidncia, para: (a) Presidente e Vice-Presidente; (b) Governador; (c) Deputado ou Senador, salvo se j tiverem exercido o mandato eletivo pelo mesmo Estado; (II) do Governador ou Interventor Federal em cada Estado, para: (a) Governador; (b) Deputados ou Senador; (III) de Prefeito, para: (a) Governador; (b) Prefeito. Artigo 148 = A lei complementar poder estabelecer outros casos de inelegibilidade visando prestao: (I) do regime democrtico; (II) da probidade administrativa; (III) da normalidade e legitimidade das eleies, contra o abuso do poder econmico e do exerccio dos cargos ou funes pblicas. Na CONTITUIO (ATO INSTITUCIONAL) DE 1969: Artigo 147 = So eleitores os brasileiros maiores de dezoito anos, alistados na forma da lei. (1) O alistamento e o voto so obrigatrios para os brasileiros de ambos os sexos, salvo as excees previstas em lei. (2) Os militares sero alistveis, desde que oficiais, aspirantes e oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formao de oficiais. (3) No podero alistar-se eleitores: (a) os analfabetos; (b) os que no saibam exprimir-se na lngua nacional; (c) os que estiverem privados, temporria ou definitivamente, dos direitos polticos. Artigo 148 = O sufrgio universal e o voto direto e secreto, salvo nos casos previstos nesta Constituio; os partidos polticos tero representao proporcional, total ou parcial, na forma que a lei estabelecer. Artigo 149 = Assegurada ao paciente ampla defesa, poder ser declarada a perda ou a suspenso dos seus direitos polticos. (1) O Presidente da Repblica decretar a perda dos direitos polticos: (a) nos casos dos itens I, II e pargrafo nico do artigo 146; (b) pela recusa, baseada em convico religiosa, filosfica ou poltica, prestao de encargo ou servio impostos aos brasileiros em geral; (c) pela aceitao de condecorao ou ttulo nobilirio estrangeiro que importem restrio de direito de cidadania ou dever para com o Estado brasileiro. (2) A perda ou a suspenso dos direitos polticos dar-se- por deciso judicial: (a) no caso do item III do artigo 146; (b) por incapacidade civil absoluta; (c) por motivo de condenao criminal, enquanto durarem seus efeitos. (3) Lei complementar dispor sobre a especificao dos direitos polticos, o gozo, o exerccio, a perda ou suspenso de todos ou de qualquer deles e os casos e as condies de sua requisio. Artigo 150 = So inelegveis os inalistveis. (1) Os militares alistveis so elegveis, atendidas as seguintes condies: (a) o militar que tiver menos de cinco anos de servio ser, ao candidatar-se a cargo eletivo, excludo do servio ativo; (b) o militar em atividade, com cinco ou mais anos de servio, ao candidatar-se a cargo eletivo ser afastado, temporariamente, do servio ativo e agregado para tratar de interesse particular; (c) o militar no excludo, se eleito, ser, no ato da diplomao, transferido para a inatividade, nos termos da lei. (2) A elegibilidade, a que se referem s alneas a e b do pargrafo anterior, no depende, para o militar da ativa, de filiao poltico-partidria que seja ou venha a ser exigida por lei. Artigo 151 = Lei complementar estabelecer os casos de inelegibilidade e os prazos nos quais cassar esta, com vistas a preservar, considerada a vida pregressa do candidato: (I) o regime democrtico; (II) a probidade administrativa; (III) a normalidade e legitimidade das eleies contra a influncia ou o abuso do exerccio de funo, cargo ou emprego pblico da administrao direta ou indireta, ou do poder econmico; (IV) a moralidade para o exerccio do mandato. Pargrafo nico. Observar-se-o as seguintes normas, desde j em vigor, na elaborao da lei complementar: (a) a irrelegibilidade de quem haja exercido cargo de Presidente e de Vice-Presidente da Repblica, de Governador e de Vice-Governador, de Prefeito e de Vice-Prefeito, por qualquer tempo, no perodo imediatamente anterior; (b) a inelegibilidade de quem, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, haja sucedido ao titular ou o tenha substitudo em qualquer dos cargos indicados na alnea; (c) a inelegibilidade do titular efetivo ou interino de cargo ou funo cujo exerccio possa influir para perturbar a normalidade ou tornar duvidosa a legitimidade das eleies, salvo se afastar definitivamente de um ou de outra no prazo marcado pela lei, o qual no ser maior de seis nem menor de dois meses anteriores ao pleito; (d) a inelegibilidade, no territrio de jurisdio do titular, do cnjuge e dos parentes consangneos ou afins, at o terceiro grau ou por adoo, do Presidente da Repblica, de Governador de Estado ou de Territrio, de Prefeito ou de quem os haja substitudo dentro dos seis meses anteriores ao pleito; (e) a obrigatoriedade de domiclio eleitoral no Estado ou no municpio por prazo entre um e dois anos, fixado conforme a natureza do mandato ou funo