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MBA em Gestão de Projetos Módulo de Sustentabilidade e Responsabilidade Social OITO ITENS IMPORTANTES QUE DEVEM CONSTAR NO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DE EMPRESAS MOÇAMBICANAS Descente: Tasslima José Docente: Prof. Doutor Lourenço Dias

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Economy & Finance


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Sustentabilidade e Responsabilidade Social.

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MBA em Gestão de Projetos

Módulo de Sustentabilidade e Responsabilidade Social

OITO ITENS IMPORTANTES QUE DEVEM CONSTAR

NO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

DE EMPRESAS MOÇAMBICANAS

Descente: Tasslima José

Docente: Prof. Doutor Lourenço Dias

ISCTEM Master of Business Administration

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SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA

As empresas Moçambicanas devem inserir em todos os seus processos organizacionais a

sustentabilidade corporativa, visando a ética empresarial, formalidade, justiça, honestidade,

tolerância, liberdade, humanidade e reserva na utilização de recursos naturais, indo sempre ao

encontro de iniciativas relevantes como Pacto Global, os indicadores Ethos de Responsabilidade

Social que integram sinergias existentes como as Metas do Milénio e as diretrizes para relatórios de

Sustentabilidade do GRI (Global Reporting Initiative). Esta organização (GRI-Global Reporting

Initiative) orienta as empresas a transmitir de forma transparente os seus valores e princípios

corporativos, práticas de gestão e de desempenho da organização. Para que as empresas possam

garantir a credibilidade do seu relatório de sustentabilidade e defender que este foi elaborado de

acordo com as diretrizes da GRI é necessário que estas expliquem o seu “ Nível de Aplicação”.

OITO ITENS IMPORTANTES QUE DEVEM CONSTAR NO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

No relatório de sustentabilidade as empresas moçambicanas podem referenciar os oito itens abaixo

descritos. É importante que as empresas a sua pratica no que concerne a aspetos económicos, sociais

e Ambientais (ESA) baseando-se no conceito do triple botton line , termo cunhado pelo cientista

social inglês John Elkington fundador da SustainAbility.

1. Perfil Organizacional – no relatório de sustentabilidade a empresa deve referenciar a sua

denominação, localização, dimensão, mercados abrangidos, marcas produtos e/ou serviços,

estrutura operacional, tipo e natureza jurídica da propriedade, prémios recebidos. Associado a

este item é importante indicar número e nome de países em que a organização opera ou que tem

uma relevância específica para questões da sustentabilidade, abrangidas pelo relatório.

2. Diálogo com Stakholders – Na elaboração do relatório de sustentabilidade deve-se identificar e

selecionar as partes interessados a serem envolvidas. O processo de engajamento atua como

ferramenta de captação e entendimento dos interesses e expectativas procedentes (GRI 2006).

A privação ou ausência de engajamento prejudica a elaboração do relatório pelo facto de não

identificarem as reais necessidades das partes interessadas (comunidade, sociedade civil,

clientes, acionistas e investidores, fornecedores, funcionários, outros trabalhadores e sindicatos).

O envolvimento destes é um canal de informação que auxilia para tomada de decisão e

adequação as normas legais. A transparência no envolvimento com os stakholders e a correta

prestação de contas fortalecem a relação e aumentam a credibilidade do relatório.

3. Desempenho Ambiental - as empresas devem disponibilizar no seu relatório de sustentabilidade

informação concisa relacionada com os seus consumos e produção. Englobando ainda o

desempenho relacionado com a biodiversidade, com a conformidade ambiental e outras

informações relevantes tais como despesas com o meio ambiente e os impactes dos seus produtos

e/ou serviços. Relativamente a este ponto é importante referir qual é pratica usada no que diz

respeito a política, responsabilidade organizacional, formação, sensibilização, supervisão e

acompanhamento a nível ambiental.

4. Desempenho Social – no relatório deve constar aspetos fundamentais como as práticas laborais

(emprego, relações entre funcionários e administração, segurança e saúde no trabalho, formação

e educação, diversidade e igualdade de oportunidade) usando como principais pontos de

referência Declaração Tripartida da OIT e Politica Social, e as Diretrizes pare Empresas

Multinacionais da organização para OCDE; direitos humanos – prática de seleção de fornecedores

/ empresas contratadas, formação de funcionários e do pessoal de segurança em direitos

humanos, a não-descriminação, liberdade de associação, trabalho infantil, forcado e escravo;

sociedade – o impacto que a empresa tem na comunidade, sua interação com outras instituições

sociais, riscos associados a subornos e corrupção, a influência indevida na elaboração de políticas

públicas e nas práticas de monopólio e responsabilidade pelo produto – a empresa deve relatar

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aspetos de produtos e serviços que afetam diretamente o cliente (saúde e segurança,

informações e rotulagem, marketing e privacidade).

5. Desempenho Económico - deve-se incluir no relatório condições económicas das suas partes

interessadas e os sistemas económicos a nível local, nacional e global. É fundamental que as

empresas incluam a sua contribuição para a sustentabilidade de um sistema económico alargado,

(desempenho económico, presença no mercado e impacto económico indireto).

6. Governança Corporativa – considerando este item, o relatório deve contem informação

relacionada com a estrutura de governação da organização incluindo comissões subordinadas ao

órgão de administração hierarquicamente mais elevado e com responsabilidade por tarefas

específicas, tais como a definição estratégica, processo de supervisão, gestão incluindo a

responsabilidade direta dos membros no desempenho económico, social e ambiental. Deve-se

relatar quais os mecanismos de comunicação existentes que permitem as partes interessadas

transmitirem recomendações ou orientações ao órgão de governação. É relevante a descrição

dos processos: que evitam a ocorrência de conflitos de interesse, para determinar as

qualificações e competências exigidas aos membros dos órgãos de governação hierarquicamente

mais elevado para definir a estratégia da organização relativamente as questões ligadas ao

desempenho económico, social e ambiental. Descrever a identificação e a gestão de riscos e

oportunidades relevantes bem como a adesão e conformidade com as normas internacionais

aceites, códigos de conduta e princípios, frequência com que o órgão de governação

hierarquicamente mais elevado avalia o desempenho da sustentabilidade.

7. Política de Gestão de Risco – mapear de forma transparente os riscos estratégicos (social, meio

ambiente, imagem e reputação), de compliance (legal), financeiro e operacional (saúde,

segurança e clima organizacional), incluindo o método de monitoramento em razão das metas

de crescimento e da expectativa de rentabilidade em que a empresa este exposta. Descrever

quais os processos definidos para prevenir e gerir caso o risco se materialize, assim como a

probabilidade de ocorrência e o seu impacto.

8. Ecoeficiência – empresas moçambicanas devem referenciar aspetos como o fornecimento de

bens e serviços a comunidades a preços competitivos que satisfaçam as suas necessidades,

trazendo qualidade de vida e conseguindo em paralelo a redução progressiva de impactos

ambientais e da intensidade de consumo de recursos ao longo da vida, respeitando a capacidade

de suporte estimada da terra.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

2000 -2007 Global Reporting initiative - Directrizes para a Elaboração de Relatório de

Sustentabilidade

INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL, UNIETHOS EDUCAÇÃO PARA

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Instituto Ethos e UniEthos 2008. Disponível em: http://www3.ethos.org.br/wp-

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DE FREITAS, Ana Rita Pinheiro, FONTELES, Islane Vidal, PESSOA, Maria Naiula Monteiro, DOS

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