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Trabalho acadêmico

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Intro

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Analisar pinturas não é uma tarefa fácil, ainda mais quando se trata de obras com grandes bagagens enigmaticas e mistériosas. Nesse material vamos analisar quatro pinturas, cada uma referente a uma civilização diferente – Mesopotâmia, Egípcia, Grega, Romana – explicando um pouco do que se sabe até hoje sobre suas obras.

Quando analisamos essas pinturas e sua civilização, usamos como base alguns questionamentos: qual sua finalidade? O que aqueles artistas queriam retratar ou deixar como mensagem? Quais as técnicas, os recursos que eles tinham? Perguntas que, ainda hoje, não se tem respostas.

Todas as representações artísticas estão repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, estabelecendo níveis hierárquicos e a descrevendo situações. Do mesmo modo a “simbologia” (origem, interpretação) cria um forte sentido de ordem e racionalidade extremamente importantes.

Muitas dessas artes carregam fortes traços religiosos, adoração, comemoração e cotidiano, sempre aplicados principalmente em peças ou espaços relacionados muitas vezes com doutrinas.

O objetivo principal deste trabalho é desenvolver, no âmbito da análise das obras artísticas e perspectivas voltadas ao estudo da imagem (finalidade, cultura, historia, realismo, composição) e desenvolver um entendimento de analise de obras de diferentes épocas.

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Além das conhecidas estruturas arquitetónicas, esta civilização produziu algumas esculturas, de dimensão média ou pequena, baixos-relevos em placas de pedras e objetos utilitários, mas nesse material vamos falar um pouco sobre a pintura, especificamente do Estandarte de Ur.

Encontrado em Ur, no cemitério real desta antiga cidade suméria, a obra foi chamada de estandarte por se crer que tivesse sido usado no topo de um mastro. A sua verdadeira função ainda não é conhecida, sendo levantada várias hipóteses, uma delas, sendo caixa de ressonância musical.

Trata-se de dois painéis retangulares, feitos de mármore, um pouco avermelhado, com lápis lazúli e conchas.

Observe a figura:

Com certeza você entendeu a história apenas olhando os desenhos.

Agora, veja as outras figuras(As figuras devem ser vistas de baixo para cima)

Este estandarte é uma espécie de história em quadrinhos da Antiguidade:

A primeira face mostra uma cena de guerra, com o rei e seu escudeiro num carro que corre

em direção aos seus inimigos. Os vencedores conduzem os prisioneiros, os quais atados em pares, são apresentados ao rei.

A outra face mostra cenas da vida doméstica de um dos reis sumérios, sendo momento de paz com a preparação do banquete da vitória

Ele foi feito pelos Sumérios, povo que habitou a Mesopotâmia que é a região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates.

Muitos recursos da época é apresentado na obra:

Lei da frontalidade

Torso frontal e cabeça e as pernas em perfil.

Tamanho hierárquico

O rei é maior que seus súditos.

Formas geométricas

Ausência de detalhes.

Rigidez, Movimento falso

Perna da frente, mas alinhadas pela base , no

caso, o chão.

Cena sem profundidade

Os personagens são colocados um após o

outro sem sobreposição (exceto com animais).

A Guerra - Estandarte de Ur, c. 2600 a.C. British Museum, London

A Paz - Estandarte de Ur, c. 2600 a.C. British Museum, London

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A vida egípcia foi fortemente caracteriza pela forte influência religiosa, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.

Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. Infelizmente, muito da arte egípcia desapareceu, ladrões saquearam tumbas e ruínas e a maior parte do que se conhece chegou até hoje através de sua escrita. Nesse material vamos falar mais especificamente sobre as pinturas do trono de Tutancâmon.

A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas daquela civilização. A hierarquia na

pintura tinham representações maiores para as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei,

o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho.

O trono de Tutancâmon contém todas essas regras citadas. É feito de madeira decorado com ouro, prata, com massa de vidro e pedras semi-preciosas, como lápis-lazúli, cristais e pedras de cor turquesa. Medindo 100cm x 54cm de largura x 60 cm de comprimento, a peça mostra a perfeição e a qualidade artística tonando-a uma das maiores obras-primas do Museu Egípcio, no Cairo. Olharmos em detalhes, vemos que as pernas são em forma de patas de leão e na frente

são cobertos com a cabeça do animal. Os braços mostram símbolos da unificação do Alto e Baixo Egito, assim como a coroa dupla e as cabeças de cobra e urubu. As asas do urubu cercam o símbolo do infinito e os cartuchos com o nome de Faraó. O cartucho no braço direito mostra o nome original do faraó, Tutancâmon, enquanto do lado esquerdo lê o nome de outra forma. Essa mudança refere-se ao renascimento religioso que ocorreu durante o seu reinado próprio, após o período chamado de

Amarna. Na figura a cima, vemos o faraó sentado e a rainha tocondo seu ombro de forma íntima, como s estivesse passando um tipo de pomada sobre os ombros de seu marido. Na imagem é ressaltada as grandes coroas, as pulseiras e na mulher, uma saia longa e maleável. A barriga do rei é um pouco inchada fezendo com que pareça gestante, o que é iconograficamente relacionado à arte de Amarna: refere-se ao papel do Faraó como um gerador da vida, um simbolismo que introduziu o pai de Tutankhamon, Akhenaton.

Com certeza, este é um trabalho maravilhoso, de fortes representações simbólicas.

O trono de Tutancâmo 1405 e 1370 a.C Museu do Cairo

Papiro de Hunefer, Tebas, Império Novo, XIX dinastia, c. 1285 a. C

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A arte grega desenvolveu-se com características próprias, com o ritmo, o equilíbrio, a harmonia, um profundo humanismo e a eterna busca da perfeição. Seus ideais de beleza foram imitados por romanos, renascentistas e até hoje influenciam a arte.

Nesse material vamos falar sobre sua pintura mural, algo que pouco pode se apreciar já que os gregos antigos dedicavam-se mais à arquitetura e à escultura do que à pintura.

O afresco encontrado em Paestum (Pesto) na Itália tem a finalidade de representar o simpósio que consistia em uma festa realizada apos um banquete,onde serviam se bebidas aos

simposiastas e os empregados chamados de simposiarcas entretinham essas pessoas com bebidas e espetáculos de canto e dança .

Na Grécia cultuava-se a cultura do lazer, nesses simpósios travavam diálogos intelectuais, nota-se que a finalidade da pintura é relatar como se davam tais acontecimentos e como os gregos se portavam. Homens deitados sobre poltronas de forma confortável com taças de vinho nas mãos, outros com instrumentos. Dai vemos que musica,

vinho e cultura eram de fato os verdadeiros prazeres dos gregos.

Podemos percebe na pintura que na cultura grega era tipicamente machista em um ponto

que no evento só vemos homens a se deliciar na festa,onde provavelmente as mulheres servem apenas para os espetáculos de dança e não para participar de diálogos intelectuais e filosóficos.

A forma de como são pintados os corpos nos remete o culto a beleza onde podemos perceber que os homens estão perfeitamente bem delineados e com corpos bem definidos, a obra mostra que por mais que a realidade não fosse igual a Grécia cultuava a cultura do belo. E retrata também a vestuária da época,homens vestidos com longas saias talvez ate pelo fato da costura pouco ainda desenvolvida ou por questão de conforto.

As cores em tons amarelos demonstram o ambiente de tranqulidade e passam a sensação de que eles estavam a apreciar o momento,as poltronas seguem marcando o azul da coberta para definir uma linha que demarca o modo retangular do afresco.

Os homens foram pintados com os rostos virados para diversos lados para mostrar o movimento que ocorre no simpósio, também em diversas posições de ombros e braços,mas nota-se que a forma como estão sentado é a mesma para o mesmo lado e com a perna direita um pouco mais flexionada,dando a impressão que eles estão de lado para melhor apreciar o que está sendo apresentado a eles .

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A pintura é uma das formas artísticas que melhor documenta o modo de vida e de ser dos Romanos.

Muita coisa do que sabemos hoje sobre a pintura romana se deve a uma tragédia natural. No ano 79 d.C. o vulcão Vesúvio entrou em erupção e soterrou duas prósperas cidades, Pompéia e Herculano. Grande parte da população deixou de existir, mas as edificações foram parcialmente preservadas sob as cinzas e a lava endurecida, e com elas suas pinturas, que foram descobertas depois de escavações.

Os pintores misturavam realismo e imaginação, e suas obras ocupavam grandes espaços nas construções, completando ricamente a arquitetura.

A Pintura forma um tripico,ou seja uma painel pintado em três seções,pode se notar que realmente a 3 ambientes seguidos e contando a preparação de um noiva pra o enlace nupcial.

O centro está coberto com a noiva véu de noiva, sentada na cama , acompanhada por

uma outra mulher com peito nu,alguns críticos dizem que personifica a Afrodite e outros que é um amigo da noiva.

À esquerda da cama repousa sobre uma coluna de uma jovem mulher em uma atitude de misturar os óleos perfumados esfregando a noiva.

Sentado em uma plataforma, à direita, é o namorado e, no compartimento deste lado, três jovens formam um grupo, onde a oferta é feita pressionando um canto. Na divisão da esquerda provavelmente a mãe da noiva e duas mulheres prepararem a água destinada para a lavagem da noiva.

Essa é um tipo de pintura conhecida como triunfal, acontecia sobre cenas históricas

como batalhas e episódios políticos e militares; possuia funções políticas, documentais e comemorativas; semelhante ao relevo, recorre à narrativa contínua, onde a figura principal é repetida e as secundárias são colocadas lado a lado; a representação Romana é perfeita, quer em detalhes, particularidades, quer nas inscrições que identificam os protagonistas.

A pintura dividiu-se em duas formas: a pintura mural, feita a fresco, que revestia as paredes interiores dos edifícios; e a pintura móvel, técnica de pinturas que se aplica sobre suportes de madeira, marfim, pedra ou metal, em que o aglutinante dos pigmentos de cor é a cera quente, diluída, geralmente sobre painéis de madeira.

Sofreu grande influência dos Etruscos que decoravam as paredes dos templos, dos túmulos e, mais tarde, das suas casas , construídos em madeira ou terracota, com pinturas a fresco. Deles herdaram a enorme vivacidade narrativa, o grande sentido da realidade e a carga expressiva, linear e vigorosa; da arte egípcia, principalmente no retrato; e da arte grega.

“Bodas Aldobrandinas”, as núpcias de Alexandre Magno com a princesa Roxana, fresco encontrado numa casa romana do monte Esquilino

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ARTE MESOPOTÂMICA (Estandarte de Ur)

www.infoescola.com

www. algargosarte.lacoctelera.net

ARTE EGÍPCIA (O trono de Tutancâmon)

www.infoescola.com

www.infopedia.pt

www.arteiconografia.com

ARTE GREGA (Afresco em Paestum)

www.acemprol.com

www.wikipedia.org

ARTE ROMANA (“Bodas Aldobrandinas”)

www.wikipedia.org

www.spiner.com.br

www.umolharsobreomundodasartes.blogspot.com

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