trabalho grande de geografia
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Escola EB23 Padre José Rota Forte da Casa
Ano letivo 2015/2016
Reciclagem de Telemóveis
Autores:
Ana Ribeiro nº2 Cristiana Marques nº4
Inês Lopes nº11 Sara Gonçalves nº 19
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Índice 1 - Introdução..................................................................................................................... 3
2 - Conceito de telemóvel .................................................................................................. 4
3 - Componentes de um telemóvel .................................................................................... 5
4 – Instituições de reciclagem de telemóveis .................................................................... 6
5 – Como se recicla um telemóvel .................................................................................... 7
6 – Porquê reciclar? ........................................................................................................... 8
7 – Estudos efetuados com telemóveis…………………………………………………15 8 – Resultados do questionário efetuado……………………………………………….19
9 – Conclusão…………………………………………………………………………..21
10 – Bibliografia………………………………………………………………………..22
ANEXOS……………………………………………………………………………….23
ANEXO 1 – Questionário………………………………………………………………24
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1 - Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de geografia, tendo presente a
necessidade de proteção, controlo e gestão ambiental para o desenvolvimento
sustentável.
A escolha do tema pelo grupo de trabalho foi motivada pelo desconhecimento sobre a
existência de reciclagem de telemóveis.
Deste modo com a elaboração deste trabalho, tivemos como objetivo:
Identificar o que as pessoas fazem com os telemóveis quando os deixam de os
utilizar.
Elaborámos um questionário o qual foi aplicado a 100 pessoas residentes no Concelho
de Vila Franca de Xira, com idades compreendidas entre os 10 e os 70 anos.
Os dados obtidos foram tratados estatisticamente.
Para complementar a informação obtida através dos questionários efetuámos em
simultâneo pesquisa bibliográfica, exposta ao longo do trabalho, o que nos permitiu
aumentar o nosso conhecimento sobre os locais e método de reciclagem dos
telemóveis.
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2 – Conceito de Telemóvel
Telemóvel é um aparelho de comunicação portátil e sem conexão física a uma rede de
comunicação. Funcionam por ondas eletromagnéticas que permitem a transmissão
bidirecional de voz e de dados utilizáveis numa área geográfica que se encontra
dividida em células, cada uma delas servida por um transmissor/recetor, que permite
ao usuário andar longas distâncias sem perder o contato com a rede maior de
comunicação.
Segundo informação histórica, o inventor do telefone foi Alexander Graham Bell, no
Séc. XIX tendo a sua patente sido registada a 14 de Fevereiro de 1876.
No entanto, existe alguma controvérsia sobre este dado histórico quando o Congresso
dos Estados Unidos, através da resolução 269 de 15 de Junho de 2002, reconhece que
o telefone foi inventado pelo italiano Antonio Meucci por volta de 1860.
O conceito de telefone móvel só apareceu cerca de 70 anos mais tarde após a
invenção do telefone, mais concretamente no ano de 1947, através dos Laboratórios
Lucent Technologies’ Bell Labs, nos Estados Unidos da América, no estado de Nova
Jérsia.
Em Portugal, as primeiras experiências com o telefone iniciaram-se em 24 de
Novembro de 1877, através da ligação de Carcavelos à Central do Cabo em Lisboa. O
primeiro serviço público foi inaugurado em Abril de 1882 pela Edison Gower Bell
Telephone Company of Europe Ltd.
Existem diferentes tipos de telefone, de entre os quais o telemóvel.
O telemóvel de primeira geração foi inventado em 1973 pelo senhor Martin Cooper,
nos Estados Unidos da América. Era um Motorola, DynaTAC 8000, e só foi
comercializado em 1983.
Em Portugal o primeiro telemóvel surge nos anos 80 através do consórcio CTT / TLP.
Curiosidades sobre os telemóveis:
A primeira chamada de telemóvel foi no dia 3 de Abril do ano de 1973, quando Martin
Cooper ligou para Joel Engel, o seu rival e chefe de investigação da Bell Labs.
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O primeiro telemóvel do mundo apareceu em 1983 e foi o Motorola Dynatac
(DynamicAdaptive Total Area Coverage). Este grande aparelho media 33 centímetros
de comprimento, 12 centímetros de largura e 7 centímetros de espessura. Pesava
cerca de 2,5 quilogramas e a sua bateria durava menos de dez horas em modo standby
e permitia fazer chamadas durante apenas uma hora!
O maior telemóvel do mundo é uma versão à escala do Sony Ericsson W810i. Este
telemóvel é completamente funcional e feito dos mesmos materiais que foram usados
na sua versão original. Mede 2,5 metros de altura, 1,14 metros de largura e 0,5 metros
de espessura.
O telemóvel mais fino do mundo, era o Samsung Ultra Edition II, de apenas 5,9
milímetros de espessura.
O telemóvel mais leve do mundo foi criado pela Modu Ltd. O modu tem o peso de
somente 40,1 gramas. Apesar do seu tamanho incrivelmente pequeno, consegue
armazenar 1 Gigabyte de memória e tem ainda um ecrã a cores.
O telemóvel mais caro do mundo foi desenvolvido pela GoldVish. Este telemóvel, foi
vendido pela quantia de 1 milhão de euros. O Piece Unique tem cerca de 150 gramas
de ouro de 18 quilates e é forrado com 120 quilates de diamantes Wesselton.
O número de telemóvel que teve maior duração ainda existe e pertence ao senhor
David Contorno dos Estados Unidos da América. Este número é ainda usado, desde 2
de Agosto de 1985, ou seja, há mais de 30 anos!
No ano de 2007, a Apple lança o iPhone, o seu primeiro smartphone, sendo o primeiro
telemóvel a apresentar «touch». Este tem como principal característica a ausência de
teclados numéricos físicos.
No ano de 2008 a Google apresenta o Android, um sistema operacional para
smartphone que logo se popularizou e é, até o momento, o mais utilizado.
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3 - Componentes de um telemóvel
Todos os telemóveis são constituídos por uma série de elementos, os quais
influenciam a forma como são utilizados. Peso, dimensão, antena, autonomia, bateria
e teclado são as características físicas que definem a facilidade de uso e a sua
praticabilidade.
Antena- Num telemóvel tanto pode ser interna como externa, sendo a sua
funcionalidade captar e emitir as transmissões via rádio que são feitas através
de ondas eletromagnéticas.
Bateria- Serve para armazenar energia elétrica, necessária para o
funcionamento do aparelho.
Carregador- Transfere a energia elétrica para a bateria do telemóvel.
Cartão SIM- É o elemento essencial de um telemóvel GSM (Sistema Global para
Comunicações Móveis). Serve para armazenar certas informações como o
número de telefone e de telemóvel pessoais, a faturação, guardar mensagens e
também é responsável por todas as funções de segurança do telemóvel ao
controlar o acesso através do PIN.
Cartão de memória- Serve para armazenar conteúdos tais com música,
imagens e outros.
Acelerómetros-https://tecnoblog.net/102149/acelerometros-smartphones
(até 1:18)
Teclado- Serve para o utilizador poder trabalhar com as várias funções que um
telemóvel dispõe, tais como, a marcação de números para efetuar chamadas,
escrever e ver mensagens, etc...
Câmara fotográfica- Pode ter várias funções independentemente do mesmo
ser mais ou menos sofisticado. A qualidade da câmara define-se pelo número
de megapixel que contém.
Fones ou Auriculares- Serve essencialmente para ouvir música ou rádio, ou até
mesmo para efetuar chamadas.
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4 – Instituições de Reciclagem de Telemóveis
A primeira atitude a fazer quando já não utilizamos um determinado objeto é analisar
se ele chegou, de facto, ao seu fim de vida útil ou se:
Pode ser reparado, caso esteja danificado;
Pode ser doado ou transformado noutro produto, caso esteja em bom estado.
Caso não seja possível reutilizar, doar ou reconverter um determinado produto,
estamos perante um resíduo, que deverá ser devidamente encaminhado para a
respectiva linha de reciclagem.
Em Portugal existem diversas empresas de reciclagem de telemóveis.
Ecocentro:
Um Ecocentro é uma instalação onde o cidadão pode colocar resíduos recicláveis que
não devem ser colocados nos caixotes de lixo comum nem nos ecopontos. Trata-se de
um espaço aberto ao público, onde é possível colocar, sem custos, diferentes tipos de
resíduos em contentores próprios. Estes materiais são encaminhados pela Valorsul
para posterior reciclagem, em empresas e entidades acreditadas para o efeito.
AMB3E:
Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos, entidade gestora da Rede Eletrão, é
responsável pela recolha e encaminhamento para tratamento e valorização de mais de
36 mil toneladas de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE) e resíduos
de pilhas e acumuladores (PA), anualmente gerados em Portugal.
A AMB3E é a entidade gestora de maior relevância a atuar em Portugal na área da
responsabilidade alargada do produtor de equipamentos elétricos e eletrónicos (EEE) e
de pilhas e acumuladores (PA), merecendo a confiança de cerca de 1300 empresas
deste sector de atividade, que colocam no mercado nacional aproximadamente 85 mil
toneladas anuais destes produtos.
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Renascimento:
A Renascimento efetua a recolha e reciclagem de equipamentos e materiais elétricos.
Funciona como centro de receção de REEE (resíduos de equipamentos elétricos e
eletrónicos) e unidade de tratamento e valorização ao mesmo tempo, pelo que pode
não só receber REEE como proceder ao seu tratamento e reciclagem.
Assim qualquer entidade que pretenda reciclar os seus telemóveis pode solicitar a
recolha ou entrega dos seus REEE gratuitamente nas suas instalações com a garantia
de que estes serão devidamente encaminhados e tratados.
Os Centros de Receção de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) e
as unidades de Descontaminação, Desmantelamento e Reciclagem de REEE da
Renascimento estão localizados:
Feira (Norte)
Loures (Lisboa)
Albufeira -Algoz (no Algarve)
ERP Portugal:
A ERP Portugal pertence à primeira plataforma Europeia de reciclagem, a ERP significa
European Recycling Platform.
Ao longo dos anos, a atividade da ERP tem resultado da consolidação da experiência e
do conhecimento adquiridos nos diversos países, o que permite uma oferta de serviços
de elevada qualidade a preços competitivos.
Em Portugal, mais de 450 empresas já aderiram á ERP, em ambos os fluxos específicos
geridos pela entidade – REEE e RP&A.
Interecycling:
A Interecycling trabalha com equipamentos de telecomunicação (telemóveis, tablets
etc.). Estes equipamentos contêm componentes perigosos para os quais é obrigatório
a sua separação e remoção, como é o caso das baterias.
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Na Intercycling existem postos de separação individual, nos quais são removidos todos
os componentes e substâncias perigosas.
Chegou a Telereciclagem!
A Telereciclagem já existe em Portugal e oferece vários destinos a dar ao telemóvel
antigo, desde campanhas de caridade a negócios lucrativos.
Os três operadores móveis (NOS, Vodafone, MEO) oferecem descontos bastante
consideráveis se no ato da compra de um novo modelo, o cliente entregar o anterior,
em estado razoável.
AMI:
Há ainda a opção das campanhas de solidariedade, como a organizada pela Câmara
Municipal de Almada e a Fundação AMI.
O projeto, que envolve telemóveis e consumíveis informáticos, permite dar um
encaminhamento adequado a este tipo de materiais, constituindo simultaneamente
uma fonte de financiamento para os projetos humanitários e de ação social que a AMI
desenvolve dentro e para fora (fronteiras). Para tal, os cidadãos só têm de se deslocar
à Ecoteca de Almada (Câmara Municipal de Almada) e depositarem os materiais, que
serão posteriormente encaminhados para aquela Organização Não-Governamental
(AMI).
A reciclagem de tinteiros, toners (tinta em pó utilizada nas impressoras) e telemóveis
permite poupar recursos naturais essenciais ao seu fabrico (5 litros de petróleo por
cada tinteiro ou toner), ao mesmo tempo que evita a deposição em aterro destes
equipamentos, cujos resíduos são prejudiciais para o ambiente.
Este projeto contribui com a reciclagem de cerca de 200.000 consumíveis informáticos
por ano, o que permite aproximar Portugal dos restantes países europeus em matéria
de resíduos.
Como participar?
Os telemóveis podem ser entregues em qualquer loja Optimus ou nas estações de
correios através da embalagem solidária.
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As empresas, organizações, escolas e estabelecimentos comerciais que desejem
participar na recolha de consumíveis informáticos, poderão receber contentores de
recolha nas suas instalações, sendo todo o processo assegurado gratuitamente por
uma empresa autorizada para a gestão destes resíduos.
É igualmente possível a aquisição de consumíveis informáticos reciclados, de qualidade
e a baixo custo, através da parceria que a AMI tem com uma empresa especializada. É
inclusivamente possível assegurar o fornecimento e gestão gratuitos de todo o parque
de impressão.
Esta iniciativa permite reduzir despesas, defender o ambiente, e ajudar a AMI nos seus
objetivos sociais, visando assim todas as vertentes do desenvolvimento sustentável.
Através da Internet, é possível fazer-se algum dinheiro com equipamentos eletrónicos
gastos pelo uso. Hoje em dia, qualquer utilizador deste género de acessórios já pode
livrar-se do seu telemóvel ou câmara digital e receber dinheiro por isso. E tudo no
espaço de poucos dias.
São vários os sites na Internet através dos quais é possível vender equipamentos
eletrónicos usados, mesmo que estejam em mau estado ou não funcionem. Para
tanto, o interessado só terá de preencher um formulário com as caraterísticas do
aparelho e aceitar a oferta que lhe é feita.
Porém, convém estar atento nesta fase do processo, porque os montantes oferecidos
pelo mesmo aparelho podem variar de site para site. Uma vez feita a escolha, é só
enviar o equipamento para a morada indicada e receber o pagamento, por cheque.
Em alguns casos, oferece-se a possibilidade de encaminhar o valor da transação para
obras de solidariedade social. O destino dado aos equipamentos depende do site que
os adquirir. Alguns aparelhos serão reparados e vendidos novamente, enquanto outros
seguem para reciclagem. O país que mais adere a este tipo de vendas e compras é nos
EUA, apesar de Portugal também aderir.
Mesmo em tempo de crise, há quem não abdique de comprar o último modelo de
telemóvel, consola ou computador portátil, deixando sem uso os aparelhos anteriores,
apesar de funcionarem na perfeição.
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5 - Como se recicla um telemóvel
Uma das obrigações dos países da União Europeia é o tratamento de resíduos.
Empresas portuguesas, como a Interecycling ou a 2ndmarket, concorrentes na
reciclagem de lixo eletrónico encarregam-se de fazer um "trabalho de sapa" ou seja os
trabalhadores desmantelam manualmente os telemóveis em diferentes frações e cada
uma segue depois o seu caminho.
Assim, as baterias, que contêm materiais nocivos como o lítio e o chumbo, são
enviadas para a Ecopilhas, entidade portuguesa especializada na gestão destes
resíduos. No entanto, enquanto não é atingida uma quantidade razoável de material a
reciclar, podem ir sendo armazenadas, como faz a 2ndmarket.
O mesmo sucede aos cristais líquidos dos visores, igualmente perigosos porque
contêm mercúrio na sua constituição. Vão sendo acumulados para justificar o custo de
transporte. Ou então são enviados para fora de Portugal, para empresas onde são
processados para serem "inertizados”.
Já a fração plástica dos telemóveis pode ir para retomadores portugueses de resíduos
que lidam com a reciclagem de plásticos, que por sua vez redirecionam uma parte para
unidades mais pequenas, numa espécie de "efeito de escadinha".
Ou, então, tem como destino "empresas consumidoras de polímeros", algumas
nacionais, que aproveitam o material para fabricar cabides, vasos, capacetes e outros
objetos.
Quanto à extração dos metais preciosos contidos nas placas de circuitos, essa é uma
tarefa para empresas europeias exteriores à Península Ibérica, como é o caso da belga
Umicore Precious Metals Refining.
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6 - Porquê reciclar?
O tempo médio de vida útil de um telemóvel são apenas 18 meses. Estima-se que, em
cada ano, cerca de 150 milhões de telemóveis sejam substituídos por modelos mais
recentes. Além disso, este tipo de aparelhos contém peças tóxicas (baterias) que
podem danificar seriamente o ambiente e a saúde de pessoas e animais.
No grande conjunto de produtos inimigos do planeta que é possível encontrar dentro
de um telemóvel, consta o mercúrio, abundante nas baterias destes dispositivos,
responsável por danos cerebrais irreversíveis no ser humano.
Razões pela qual se deve reciclar:
Reciclar pela nossa saúde – Os REEE podem conter substâncias perigosas,
como mercúrio, cádmio, crómio, chumbo, berílio, entre outras. Quando somos
expostos a este tipo de substâncias, as consequências para a nossa saúde
podem ser devastadoras. O mercúrio é um elemento nocivo que, de acordo
com a OMS (organização mundial da saúde), provoca efeitos prejudiciais ao
nível do sistema digestivo e rins, além de problemas neurológicos, com especial
impacto nos mais jovens. O cádmio é altamente cancerígenos, e afeta os rins,
pulmões, fígado e ossos e interfere com as enzimas. Estes são só alguns
exemplos.
Reciclar protege o Ambiente – Se os REEE forem encaminhados para aterro ou
se não forem convenientemente tratados, os efeitos a curto e a médio prazo
serão devastadores: poluição de solos, de recursos hídricos e do ar. O cádmio
presente na bateria do telemóvel é suficiente para poluir 600 mil litros de
água. O tratamento e reciclagem destes resíduos permitem minimizar o seu
impacto no ambiente, na medida em que, ao garantir-se a remoção correta das
substâncias perigosas e a recuperação dos materiais, se evitam os seus efeitos
negativos.
Reciclar permite poupar recursos – Os REEE são constituídos por uma enorme
variedade de materiais. Entre estes, metais como o alumínio e vidro, que
podem ser infinitamente reciclados. A reciclagem dos REEE, permitem a
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recuperação de materiais que poderão ser posteriormente reutilizados na
produção de novos equipamentos e bens. O que resulta na redução do
consumo de matérias-primas e, consequentemente, da utilização de recursos
naturais, muito dos quais finitos e já em grande escassez. Facto que poderá
hipotecar a produção futura. Prevê-se que as reservas de índio, fundamentais à
produção de telas LCD, terminem dentro de 7 anos. Prata, ouro, paládio, cobre,
chumbo, estanho ou antimónio são alguns dos 17 metais nobres que podem
ser recolhidos a partir de uma placa de circuitos. O passo seguinte é vender
alguns destes metais a outras empresas que produzam equipamentos
eletrónicos. Outros, como o ouro e a prata, vão parar aos mercados
internacionais. Os metais nobres valem em média 50 cêntimos por telemóvel.
Já se perguntou para onde vão todos os equipamentos eletrónicos reciclados ou se
são simplesmente abandonados em contentores de lixo?
Em 2014, a humanidade criou cerca de 41 milhões de toneladas métricas de lixo
eletrónico, no valor de €47 mil milhões. A maior parte deste lixo é exportado
ilegalmente para países asiáticos ou africanos, como o Gana, e acabam em lixeiras
intermináveis de LCD, cabos e chips. De acordo com os ativistas ambientais, é mais
barato fazê-lo do que os enviar para reciclagem para os seus países de origem.
Estes locais estão altamente contaminados com materiais tóxicos como mercúrio e
chumbo, que são prejudiciais ao ambiente e à saúde dos cidadãos.
Agbogbloshie, é uma lixeira eletrónica no Gana. É aqui que muito do lixo eletrónico é
depositado e destruído – fios, televisões, computadores ou telemóveis. Aqui está
esquecido os sistemas de reciclagem, reutilização e sobretudo de segurança dos
trabalhadores.
Nesta lixeira, todos estes componentes eletrónicos são queimados e derretidos,
produzindo fumos altamente tóxicos, que envenenam os trabalhadores da lixeira e a
comunidade local.
Atualmente existe regiões da China, Indonésia e Bangladesh que estão a tornar-se
grandes lixeiras.
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Os resíduos eletrónicos representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade.
Isso quer dizer que 50 milhões de toneladas de resíduos eletrónicos são deitados para
o lixo todos os anos pela população do mundo.
Dos 41 milhões de toneladas de lixo eletrónico produzido em 2014, as Nações Unidas
acreditam que apenas 6 milhões foram devidamente reciclados. De acordo com o
relatório, foram sobretudo enviados para o lixo, no ano passado, frigoríficos, máquinas
de lavar e outros eletrodomésticos em fim de vida. Este valor equivale a 1.150 milhões
de camiões numa fila de 23.000 quilómetros.
Para alterar este cenário de injustiça social e de irresponsabilidade ambiental e
também económica, a UE tem promovido políticas de recolha de equipamentos
elétricos e eletrónicos. Mas mais importante é apostar na consciencialização dos
cidadãos europeus para que reciclem estes equipamentos.
Em Portugal, a recolha de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) é já
uma prática comum, ainda que não completamente generalizada.
Existem várias entidades que recolhem estes resíduos para posterior valorização e a
população demonstra já alguma sensibilidade para a deposição diferenciada destes
lixos.
Mesmo que não se preocupe com o sector ambiental, ou que as imagens e
consequências das lixeiras eletrónicas não o impressionem, fica também o alerta que
em tempos de grave crise económica e financeira o aumento da reciclagem destes
equipamentos permitirá criar centenas de postos de trabalho em Portugal.
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7 – Estudos efetuados com telemóveis
1º Caso
Telemóvel capaz de detetar fogo, fugas de metano e outros gases tóxicos
Uma romena residente no Canadá quer esclarecer o seu produto, que será agora
avaliado pelo Departamento de Propriedade Intelectual. Esse tipo de aparelho já foi
desenvolvido e Marian Gavrila, a mulher que o inventou, quer agora explicar o seu
invento, tendo por isso submetido o telemóvel à aprovação do Departamento
Canadiano de Propriedade Intelectual. Segundo Gavrila, o telemóvel possui uma
bateria com sensores que fornecem dados periódicos acerca de mudanças bruscas de
temperatura, presença de fumo, metano ou monóxido de carbono, sendo estes
posteriormente comparados com um dispositivo interno com valores padrão. Marian
afirmou ainda que no futuro, os telemóveis poderão vir a dispor de bio-sensores (ainda
em fase de teste), capazes de detetar a presença de vírus, toxinas ou micro-
organismos.
2º Caso
O Wi-Fi e os telemóveis podem estar a matar as suas plantas
Por mais que tratemos das nossas plantas, elas estão sempre a morrer. Porquê?
Porque, provavelmente os culpados não são fungos ou mesmo as bactérias, mas sim
um “vilão” invisível sem o qual já não consegue viver: o Wi-Fi.
Esta descoberta foi feita por jovens estudantes num colégio na Dinamarca. Tudo
começou quando algumas alunas do colégio suspeitaram de que os responsáveis pela
dificuldade que estavam a ter em adormecer fossem os seus telemóveis, que ficavam
perto das suas camas.
Como este colégio não possuía nenhum tipo de equipamento para testar o efeito das
micro-ondas dos dispositivos eletrónicos no cérebro, as jovens dinamarquesas,
resolveram fazer um teste bastante rudimentar para comprovar a sua teoria.
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As jovens resolveram colocar dois grupos de plantas (agrião) em duas estufas, durante
12 dias.
Numa das estufas as plantas foram colocadas juntamente com vários dispositivos
eletrónicos, que emitiam sinais wireless, e na outra as plantas foram totalmente
protegidas da influência dos aparelhos. Ambas as populações de plantas estavam
expostas às mesmas condições de
humidade, luminosidade e temperatura.
Qual foi o resultado? Na primeira estufa
todas as sementes fracassaram em
germinar, enquanto, que no segundo caso,
a reprodução aconteceu normalmente e o agrião cresceu de forma saudável.
Sendo este um teste amador não se pode considera-lo como uma tese comprovada
cientificamente.
3º Caso
Apple vs Samsung
Qual deles é menos tóxico? Nesta batalha pode-se dizer que quem ganha é a Apple.
Alumínio, plástico, vidro polido.
À primeira vista, os equipamentos tecnológicos são produto limpos, mas o seu fabrico
requer grandes quantidades de energia, materiais pesados e produtos tóxicos, como o
PVC, o chumbo, o mercúrio ou o estanho. Realizaram-se a análise a 26 telemóveis.
De acordo com o ranking elaborado, que inclui smartphones de dez fabricantes, o
iPhone 5 contém menos quantidade de substâncias químicas tóxicas que o seu grande
rival, o Galaxy SIII. Depois de analisar os níveis de mercúrio e chumbo em
componentes como o ecrã, os circuitos e o processador, o aparelho do grupo coreano
obtém uma pontuação de 2,99, enquanto, que o último lançamento da Apple se fica
pelos 2,75. De acordo com os autores do estudo, os resultados são encorajadores,
porque demonstram que os mais recentes smartphones são concebidos com menos
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produtos perigosos, o que mostra a preocupação dos fabricantes. Uma das mudanças
mais visíveis foi a adoção de novos produtos para substituir o nefasto PVC.
4º Caso
Uma hora ao telemóvel por dia duplica hipóteses de esperma fraco
Que o esperma está cada vez mais fraco, já se sabia. O que um estudo levado a cabo
por investigadores israelitas vem agora revelar é uma das causas possíveis (e há muito
suspeitada): o telemóvel. Homens, que andam com o aparelho no bolso das calças ou
que o usem para falar durante uma hora por dia, arriscam problemas de fertilidade.
Cientistas israelitas monitorizaram, ao longo de um ano, 106 homens que
frequentaram uma clínica de fertilidade - os que falavam ao telemóvel mais de uma
hora por dia revelaram o dobro da possibilidade de ter esperma com pouca qualidade,
assim como os que o faziam com o aparelho ligado à corrente.
A investigação mostrou que a contagem de espermatozoides também pode diminuir
com o uso do telemóvel enquanto carrega a bateria e até com o simples hábito de o
manter junto à cama durante a noite. O calor e a atividade eletromagnética produzidas
pelos telemóveis podem "cozinhar" os espermatozoides, matando-os.
A investigação permitiu também concluir de 47% dos homens que mantinham os
telemóveis a menos de 50 centímetros dos órgãos genitais tinham os níveis de
esperam seriamente afetados, quando comparados com apenas 11% da população em
geral.
5º Caso
Lixo eletrónico atinge novo recorde em 2014
A quantidade de resíduos elétricos e eletrónicos que chegou às lixeiras em 2014 voltou a bater um novo recorde, com as maiores percentagens per capita a pertencer a países que advogam ser defensores do ambiente.
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Ainda de acordo com o relatório, menos de um sexto de todo o lixo eletrónico
produzido foi devidamente reciclado. Em 2013, a totalidade de lixo eletrónico
ascendeu a 39,8 milhões de toneladas e, de acordo com a tendência crescente, o
relatório indica que em 2018 podem ser atingidos os 50 milhões de toneladas.
No que concerne aos maiores produtores de lixo per capita, a Noruega lidera o pódio.
Segue-se a Suíça, Islândia, Dinamarca, Reino Unido, Países Baixos, Suécia, França e os
Estados Unidos. A região do globo que menos lixo eletrónico produziu foi África.
Em termos de volume, a maior quantidade de lixo foi produzida pelos Estados Unidos e
China, que juntos são responsáveis por 32% do total de lixo eletrónico mundial. Em
termos monetários, a reciclagem destes resíduos podia ter gerado cerca de 18,5 mil
milhões de euros e 300 quilos de ouro – cerca de 11% da produção ouro mundial em
2013.
“A nível mundial, os resíduos eletrónicos são uma ‘mina urbana’ valiosa e um potencial
reservatório de materiais recicláveis”.
Mas os 41,8 milhões de toneladas de lixo eletrónico também equivalem a 2,2 milhões
de toneladas que produtos perigosos, como o mercúrio, cádmio e crómio, bem como
4.400 toneladas de clorofluorcarbonetos – os gases responsáveis pela depleção da
camada do ozono.
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8 – Resultados do questionário efetuado.
10% 2
8%
325%
430%
Outros37%
Pergunta 1 - Quantos telemóveis já teve?
Perdeu10% Roubaram
7%
Estragado/Partido
51%
Saiu novo modelo
20%
Outros12%
Pergunta 2 - Porque mudou de telemóvel?
Deitou no lixo
15%
Guardou em casa
49%
Deu a alguém
17%
Entregou a uma
instituição especiali-
zada7%
Outros12%
Pergunta 3 - O que fez ao telemóvel antigo?
20
Apple15%
Samsung30%
Huawei5%
Nokia25%
Outros25%
Pergunta 4 - Qual a marca do seu telemóvel atual?
Preço36%
Acessório 16%
Aplicação28%
Outros20%
Pergunta 5 - Quais os motivos que o levaram a mudar de telemóvel?
Sim19%
Não81%
Pergunta 6 - Conhece alguma instituição especializada?
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9 – Conclusão.
Com a elaboração deste trabalho conseguimos perceber qual a evolução pela qual o
telemóvel passou desde que foi descoberto.
Conseguimos identificar quais as razões pelas quais os telemóveis devem ser
reciclados, principalmente pelo perigo que os seus constituintes trazem para o
ambiente se não forem devidamente eliminados/reciclados, como é feita essa
reciclagem e por que empresa, fazendo referência às existentes em Portugal.
Por outro lado, através da pesquisa bibliográfica efetuada, encontrámos também
informação sobre as grandes lixeiras mundiais de material eletrónico que não passa
pela reciclagem e cujo motivo é a redução de custos com a reciclagem.
Com os resultados obtidos através da análise do questionário, conseguimos
compreender que na maioria das pessoas já tiveram mais do que 4 telemóveis,
mudaram de telemóvel porque este se encontrava estragado ou partido e o(s)
anterior(es) guardavam em casa. A maioria mudava de telemóvel por causa das
aplicações e 81% não conhece qualquer instituição de reciclagem de telemóveis.
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10 – Bibliografia
http://www.infopedia.pt/$telemovel
http://www.ami.org.pt/default.asp?id=p1p211p212p582&l=1
http://www.lipor.pt/pt/mitos-urbanos-da-reciclagem/residuos-reciclaveis-que-nao-
podem-ser-colocados-nos-ecopontos-equipamentos-eletricos-e-eletronicos-reee/
http://www.lipor.pt/pt/mitos-urbanos-da-reciclagem/residuos-reciclaveis-que-nao-
podem-ser-colocados-nos-ecopontos-monstros-domesticos/
http://www.lipor.pt/pt/mitos-urbanos-da-reciclagem/residuos-reciclaveis-que-nao-
podem-ser-colocados-nos-ecopontos-roupas-usadas/
https://www.publico.pt/ciencia/noticia/o-lixo-electronico-em-portugal-1317800
http://www.cidadesglocais.org/pt/noticia/o-que-e-feito-dos-residuos-de-lixo-
electronico#.VxLIYDbmrIU
http://www.valorsul.pt/pt/o-sistema/triagem-materiais-reciclaveis/ecocentros.aspx
http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2016-02-22-Uma-hora-ao-telemovel-por-
dia-duplica-hipoteses-de-esperma-fraco
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ANEXOS
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ANEXO 1 – Questionário
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Questionário
Somos um grupo de alunas do 9º ano da escola Padre José Rota e no âmbito da
disciplina de Geografia foi-nos solicitado a realização de um trabalho escolar sobre o
tema “Reciclagem de lixo eletrónico – telemóveis”. Para podermos desenvolver este
trabalho elaboramos este questionário que servirá para recolha de dados estatísticos.
Agradecia-mos que respondesse com toda a sinceridade.
Obrigado.
1. Quantos telemóveis já teve? (caso só tenha tido um telemóvel apenas
responda á última questão)
2. Porque mudou de telemóvel?
Perdeu
Roubaram
Estragado/Partido
Saiu novo modelo
Outros
3. O que fez aos telemóveis anteriores?
Deitou para o lixo comum
Guardou em casa
Deu a alguém
Entregou a uma instituição especializada
Outros
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4. Qual é marca do seu telemóvel?
Apple
Samsung
Huawei
Nokia
Outras
5. Qual o motivo que o levou a comprar o seu telemóvel?
Preço
Acessórios
Aplicações
Outros
6. Tem conhecimento de alguma plataforma de lixo eletrónico? Se sim, qual?
Obrigado pela compreensão