trabalho final rosileia 31 .08

36
 RESUMO Este estu do tr ata da prática de Gest ão da escola pública sob a perspectiva democrátic o-p artici pat iva. Foca as discussões no pap el do ges tor esc ola r na organização, coordenação e acompanhamento do trabalho pedagógico da escola, tendo em vista a garantia de uma educação com qualidade social referenciada. O pri meiro cap ítulo apr esenta a nec essidade e os des afi os enf ren tad os por esse profissional na reconstrução da escola para os novos tempos; no segundo capitulo, são destacadas alg umas co mpe tên cias nec essárias ao ges tor esc olar par a a articulação sincronizada dos pilares básicos de uma escola democrática. O terceiro capitulo busca apresentar uma nova concepção de gestor escolar bem como sua po st ur a mediante os mecanismos de pa rticipão e or ga niza çã o do tr abalho pedagógico como imperativo para que esse novo paradigma de gestão da educação escolar se instale. Por fim, são pontuadas algumas contribuições que o trabalho do gestor democrático e participativo traz para a efetividade do trabalho pedagógico e, por conseguinte para a educação integral dos diversos sujeitos pertencentes a comunidad e escolar. Fica, po rtanto, ev iden te ao lo ng o de todo tr ab alho a fundam ent al imp ort ânc ia do gestor escolar para (re)estruturação e suc esso da escola hodierna.  Palavras cha ve: Ges tão Escolar, Autonomia, Dem ocr ac ia, Partic ipa ção , Descentralização

Upload: wesleyfreitas30

Post on 07-Jul-2015

200 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 1/36

 

RESUMO

Este estudo trata da prática de Gestão da escola  pública  sob a perspectiva

democrático-participativa. Foca as discussões no papel do gestor escolar na

organização, coordenação e acompanhamento do trabalho pedagógico da escola,

tendo em vista a garantia de uma educação com qualidade social referenciada. O

primeiro capítulo apresenta a necessidade e os desafios enfrentados por esse

profissional na reconstrução da escola para os novos tempos; no segundo capitulo,

são destacadas algumas competências necessárias ao gestor escolar para a

articulação sincronizada dos pilares básicos de uma escola democrática. O terceiro

capitulo busca apresentar uma nova concepção de gestor escolar bem como sua

postura mediante os mecanismos de participação e organização do trabalho

pedagógico como imperativo para que esse novo paradigma de gestão da educação

escolar se instale. Por fim, são pontuadas algumas contribuições que o trabalho do

gestor democrático e participativo traz para a efetividade do trabalho pedagógico e,

por conseguinte para a educação integral dos diversos  sujeitos pertencentes a

comunidade escolar. Fica, portanto, evidente ao longo de todo trabalho a

fundamental importância do gestor escolar para (re)estruturação e sucesso da

escola hodierna.

 

Palavras chave: Gestão Escolar, Autonomia, Democracia, Participação,

Descentralização

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 2/36

 

INTRODUÇÃO

O mundo vivencia uma época de transformações nunca vista na história da

humanidade as quais geram novos conceitos de tempo e espaço, criando novas

formas de pensar, sentir e agir em todas as pessoas da chamada aldeia global.

No contexto dessas transformações ocorridas no mundo do trabalho e das

relações sociais existentes em um mundo globalizado e na chamada “sociedade

do conhecimento”, a administração da educação também atravessa por uma fase

de profunda transformação constituindo-se num conjunto de diferentes ações e

construções que objetivam “[...] alargar o conceito de escola; reconhecer e

reforçar sua autonomia e promover a associação entre escolas; [...] e adotar 

modalidades de gestão especificas e adaptadas à diversidade das situações

existentes”. (barroco, 1998, p.11).

O conhecimento, assume na presente realidade, um papel fundamental na

organização sócio-econômica e tecnológica, o que explica a necessidade de

redefinição do conceito e práticas de educação e de gestão, bem como da

instituição escolar no que diz respeito ao processo de transmissão e

sistematização do conhecimento científico. Nas palavras de Ferreira,

 

Essa nova relação das pessoas com o conhecimento trás, entre outrasconseqüências, a necessidade da escola repensar sua organização, suagestão, sua maneira de definir os tempos e espaços os conteúdos, osmeios e as formas de ensinar por meio da construção coletiva do projetopedagógico que se efetivará na sala pela atuação competente dosprofessores Ferreira (2009).

 

Segundo Penin & Vieira (2002, In: VIEIRA, 2002) “Sempre que a sociedadedefronta-se com mudanças significativas em suas bases sociais e tecnológicas,

novas atribuições são exigidas à escola”. (p. 13). Assim, o papel da escola deve

está de acordo com os interesses e exigências da sociedade atual. Sendo assim,

a gestão da escola precisa se empenhar para reestruturá-la. Em decorrência

dessa nova realidade grande tem sido as discussões em todo o país, na busca

de novas alternativas para o desenvolvimento de uma educação de qualidade.

Leis têm sido redigidas, diretrizes implantadas, num esforço de garantir asmudanças necessárias. Entretanto apesar das mudanças legais referente à

organização da gestão e do trabalho pedagógico na escola - por entendê-lo como

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 3/36

 

a via mais eficaz de alcançar e lidar com as mudanças implantadas pela nova

ordem social- a implantação das diretrizes propostas não conseguiu por si só,

transformar a escola numa instituição social educativa.

A demanda atual é pela prática de um modelo de educação que propicie o

crescimento e a participação ativa dos sujeitos no âmbito social e individual.

Todavia, o que se percebe é que a maioria das escolas brasileiras insiste na

constante reprodução do modelo tradicionalista e autocrático de educação e de

gestão escolar, nos quais imperam o individualismo e o autoritarismo

centralizador das decisões e a fragmentação das funções, que entre outros

fatores impedem o sucesso da instituição no que concerne a efetivação de sua

missão: garantir a sinergia do processo pedagógico com as demais instâncias da

instituição escolar no sentido de promover a qualidade do ensino e

conseqüentemente a formação integral do sujeito educando.

Partindo desse entendimento surge o interesse por refletir sobre os desafios

do gestor escolar, na adesão de um novo modelo de administração e gestão

escolar que busca se adequar aos novos padrões da sociedade atual, mas sem

perder de vista os fins que deve orientá-lo rumo à construção de uma educação

formal continuada e de qualidade social.O conceito de Gestão Escolar, apesar de ser recente, tem uma importância

extrema, na medida em que desejamos uma escola que atenda às atuais

exigências da vida social que é formar cidadãos, oferecendo, ainda, a

possibilidade de apreensão de competências e habilidades necessárias e

facilitadoras da inserção social.

Nessa busca postula-se a gestão escolar democrática participativa como o

caminho mais eficaz, pois além de constituir-se como elemento dedemocratização da escola, é capaz de auxiliar na compreensão da cultura da

instituição escolar e seus processo, bem como, da articulação das relações

sociais da qual fazem parte e dos desafios concretos inerentes do contexto

histórico.

  Dito de outra forma, o processo de gestão escolar democrática participativa é

assim concebido porque implica repensar a lógica da organização e participação

nas relações da dinâmica escolar, tendo como fundamento a discussão dosmecanismos de participação, as finalidades da escola, bem como, a definição de

metas e a tomada de decisão consciente e coletiva. Para isso apresenta como

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 4/36

 

imperativo, a ativa participação do gestor em todas as instâncias da escola, numa

atuação que “apreenda a escola em seus aspectos pedagógicos, administrativos,

financeiros e culturais”, assumindo-as com competência técnica e política.

(Libâneo, 2005 p.332).

Porém é na dimensão pedagógica que o papel do gestor escolar se justifica

e encontra sua plena realização, posto que, cuida de gerir a área educativa

propriamente dita. Nessa perspectiva, sua tarefa é de mobilizar e envolver toda

equipe pedagógica na organização e funcionamento da escola. Nesse sentido, a

gestão escolar democrática participativa emerge como dimensão articuladora dos

recursos humanos, burocráticos e financeiros, objetivando fazer da educação

formal um espaço de formação crítica.

Essa interação entre as diferentes instâncias da escola possibilita que o

gestor e sua equipe pedagógica consigam a efetivação dos elementos do

processo organizacional da pratica pedagógica (currículo, planejamento e

avaliação) de forma integrada e articulada, norteando suas ações pelo Projeto

Político Pedagógico (PPP) da instituição.

  Reforça-se que é por meio da participação efetiva da comunidade escolar 

em todos os processos decisórios da escola e na organização do trabalhopedagógico, e tendo como instrumento norteador o PPP e os princípios da

gestão democrática, que a escola poderá contribuir para a superação das

contradições da sociedade em que se vive e auxiliar no processo contínuo de

construção de uma sociedade mais humana e mais justa.

Por acreditar a gestão da educação numa perspectiva democrática e

participativa é a forma mais adequada de atender as demandas atuais e o gestor 

escolar como um dos agentes fundamentais da gestão pedagógica, responsávelpor dinamizar a construção coletiva, implantação e acompanhamento do projeto

educativo, é que este trabalho busca identificar como o gestor deve organizar o

processo pedagógico da escola a partir de princípios e características da gestão

democrática tendo em vista o cumprimento da missão da escola.

Pretende também responder a questões tais como: que elementos são

indispensáveis para organização e efetivação do trabalho pedagógico no contexto

da gestão democrática? E qual o papel do gestor escolar nesse processo? Paratanto, tomaremos como referencial as postulações de Libâneo (2004), Heloisa

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 5/36

 

Borges, Ferreira (2000), Oliveira ((2002), Hora (2004)), Hengeumhle (2008) entre

outros.

A intenção é que este trabalho possa servir de referencial teórico para todos

os profissionais da educação interessados na reforma da educação escolar, em

especial para gestores escolares que no seu dia a dia buscam reestruturar suas

práticas, vivenciando uma metodologia participativa, em que as relações

solidárias de convivência apontam para a concretização de uma nova escola,

fortalecedora de uma sociedade pautada nos ideais de igualdade e justiça social.

OBJETIVO GERAL

Identificar o papel do gestor escolar na organização do trabalho pedagógico sob o

âmbito da gestão democrático-participativa.

Objetivos Específicos

1. Analisar o papel do gestor escolar sob a perspectiva da gestão democrática

2. Apresentar os princípios nos quais se fundamenta a organização do trabalho

pedagógico em uma escola democrática.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 6/36

 

CAPÍTULO I

1. (RE) CONSTRUINDO A ESCOLA PARA OS NOVOS TEMPOS 

O novo paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a

reestruturação do sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento

afetam a organização do trabalho e o perfil dos profissionais, e, por conseqüência,

os sistemas de ensino e as escolas.

Nas instituições educacionais o impacto dessas transformações tem

exigido novas formas de organizar o currículo e a gestão da escola, bem como umareavaliação das funções e responsabilidades dos diversos segmentos da

comunidade escolar, da participação das famílias, entre outras.

As pesquisas destacam entre as características organizacionais

indispensáveis para uma escola de sucesso a capacidade de liderança dos

gestores. As práticas de gestão participativa, o clima de trabalho da escola, a

estabilidade e qualificação profissional dos professores, a consistência do projeto

político-pedagógico, um currículo bem estruturado, boas práticas de avaliação e

planejamento, a participação dos pais e a adequada utilização dos recursos físicos,

materiais e didáticos, são fatores indispensáveis para a construção dessa escola e

para uma educação com qualidade social.

Se considerarmos a realidade atual, a escola necessária é aquela que se

contrapõe a exclusão econômica, política, cultural e pedagógica acarretadas por 

essa nova ordem. Para tanto precisa ser organizada e bem gerida, criando e

assegurando as condições didático-pedagógicas, organizacionais e operacionais

que proporcionem aos professores desenvolverem um bom trabalho em sala de

aula, tendo sempre em vista a eficácia da aprendizagem escolar. De forma que os

alunos que passem por ela adquiram os pré-requisitos necessários para exercício da

liberdade política e intelectual. Fazer justiça social na escola hoje, significa

assegurar as condições pedagógicas e organizacionais para se alcançar mais

qualidade na aprendizagem de todos os alunos.

Libanêo (2004, p. 53-54) afirma que, para essa escola concebida como

espaço de síntese, exercite seu papel na construção da democracia social e política

a ela é proposta a responsabilidade de promover o desenvolvimento das

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 7/36

 

capacidades cognitivas, operativas sociais e éticas dos alunos, por meio dos

conteúdos escolares. Para isso traz como exigência aos sistemas de ensino e as

escolas que foquem suas atenções à qualidade das aprendizagens, colocada como

objetivo central do projeto político-pedagógico e da gestão escolar.

1.1 Redimensionando a gestão escolar 

Como já dissemos anteriormente as inúmeras transformações sofridas na

diferentes esferas da sociedade trouxe como imposição a redefinição da escola no

sentido de atender as demandas sociais atuais geradas por esses fatores. De

acordo com Penin & Vieira (2002, In: VIEIRA, 2002:13) a escola sofre mudanças

relacionando-se com os momentos históricos. “Sempre que a sociedade defronta-se

com mudanças significativas em suas bases sociais e tecnológicas, novas

atribuições são exigidas à escola”.

Dessa forma o processo de gestão da educação atual não acontece

isolado dos imperativos da globalização, que enquanto fenômeno mundial, tem

transformado a organização do trabalho nos países capitalistas e provocado a

exclusão de uma significativa parcela de trabalhadores, trazendo também sérias

conseqüências para a gestão das empresas e da escola propriamente dita. A

institucionalização da democracia no âmbito da escola e o redimensionamento da

educação pública, conforme apregoam os estudiosos da atualidade, são sem

duvida, uma via poderosa para estimular o processo de mudanças na forma de gerir 

escolas no Brasil.

Nessa luta, um dos princípios importantes para implantação da gestão

democrática na escola é a criação de espaços para a ativa participação da

comunidade intra e extra - escolar nos processos decisórios e nas atividades que

dizem respeito à mesma. Nesse sentido, Ferreira (1988, p.61) nos assegura que

“transferir a autoridade e responsabilidade pela gestão de um bem público para o

grupo diretamente envolvido no trabalho é uma prática democrática, social e justa.”

A participação democrática e direta da comunidade escolar nas atividades

e decisões que dizem respeito à escola, incluindo todos os segmentos que a forma,

é parte do esforço para oporem-se as tradições coorporativas e clientelistas

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 8/36

 

prejudiciais a melhoria do ensino, constituindo-se em prática oposta à exclusão

social e a transformação dos homens em simples mercadoria.

Outro principio fundamental é a autonomia da escola. De sorte que uma

das tendências atuais mais fortes do sistema de ensino e das ultimas reformas é a

descentralização. Consciente da necessidade da descentralização para a

democratização da educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –

LDBN Nº 9394 de 1996 deu alguns passos, ainda que lentos, quando fala da

autonomia das instituições de ensino superior (ART.77), e da autonomia das

instituições de educação básica (ART.22).

Em se tratando da democratização da educação, Gadotti afirma que,

A gestão democrática supõe objetivos e métodos educacionais claramenteestabelecidos entre escolas e governos visando à democratização doacesso e da gestão e a construção de uma nova qualidade de ensino semque tenha que passar incontáveis instancia de poder (...). Vivemos numaépoca de mudança e sabemos que a gestão da autonomia da escola, adescentralização do ensino a democratização da escola, são pontos departida para superar o enfoque limitado de administração. (1997:49)

Nesse processo de busca pela descentralização e democratização escolar,

Silva (2003) apresenta como necessária a instituição de vários instrumentos que

colaboram para a implantação da participação e autonomia da escola quais sejam:

O projeto político Pedagógico (PPP), o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE),

Conselho Escolar (CE), Grêmios Estudantis (GE), Conselhos de Representações de

Turmas (CRT), pois, todos esses elementos organizam e legitimam a gestão

democrática e a autonomia da escola.

Por meio deles, a comunidade escolar consciente da necessidade de um

projeto democrático-inovador da educação, pode-se constituir um grupo de apoio

comprometido com a instauração de uma escola democrática e participativa. Juntos

em torno de objetivos comuns e pela elaboração de um modelo de educação escolar 

que seja capaz de: 

[...] concorrer para a emancipação do individuo como participe de umasociedade democrática e, ao mesmo tempo, dar-lhe meios, não apenaspara sobreviver, mas para viver bem e melhor no usufruto de bens culturais

que hoje são privilegio de poucos; então a educação escolar deve fazer-sede modo a estar em plena coerência com os objetivos (SILVA, 1998:303).

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 9/36

 

Fica claro então que esse novo contexto educacional traz como exigência

entre outros fatores, a capacitação técnica de todos os envolvidos no processo

educativo, mormente do gestor escolar, para adequar os recursos disponíveis a um

planejamento que atenda as necessidades escolares, para garantir a transparência

e a comunicação eficaz entre os indivíduos que compõem a comunidade escolar e

para avaliar com imparcialidade todo o processo educativo, a fim de atingir os

resultados educacionais almejados por todos.

1.2 Desafios para a construção da escola contemporânea 

Cremos estar claro para todos os que acreditam na educação como via de

transformação social, que as práticas antigas de gestão da educação escolar são

ineficientes para atender as demandas atuais de formação dos sujeitos. Por isso a

escola e seus profissionais devem cada vez mais investir na busca e socialização de

conhecimentos que possibilitem a organização escolar aumentarem sua capacidade

de administrá-la dentro dos parâmetros atuais de formação. Dessa necessidade

surge o interesse por refletir sobre os desafios do gestor escolar, para gerir um

processo de mudança nas organizações escolares utilizando-se de práticas

inovadoras de gestão buscando se adequar aos novos padrões da sociedade atual.

Considerando que mudar é confrontar a organização com novas perspectivas,

iniciativas e modelos mentais (paradigmas), faz-se necessário usar de todos os

meios possíveis para desenvolver o aprendizado colaborativo entre pessoas da

comunidade escolar. “Os gestores devem conscientizar-se de que seu papel na

escola de hoje é muito mais de um líder que de um burocrata. Espera-se dele que

assuma a direção como um membro ativo da comunidade escolar”. (SANTOS, 2002,p.26).

Nas palavras de Lück et al. (2002, p. 35) liderança é “a dedicação, a visão, os

valores e a integridade que inspira os outros a trabalharem conjuntamente para

atingir metas coletivas”. Assim sendo, a liderança eficaz é aquela que tem a

capacidade de inspirar e influenciar positivamente os grupos para participarem de

projetos comuns. Ou seja, é importante que a liderança do gestor seja participativa,

para que todos compartilhem a gestão da escola.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 10/36

 

Nesse processo, seu papel vai além do de um gerente burocrático. Ao

priorizar os recursos humanos, visando a transformação de atitude dos profissionais

da escola, o gestor deve buscar junto aos demais órgãos o gerenciamento dos

recursos financeiros, priorizando a aplicação dos investimentos com base no

diagnostico participativo.

1.3 A implantação do processo de mudança

Diante da necessidade de uma reforma geral na educação escolar então

oferecida no país, à questão que ainda busca–se responder é como implantar na

pratica do cotidiano escolar o processo de mudança?

Segundo Santos (2002), para implantar um processo de mudança na

instituição o gestor deve, em primeiro plano, planejar a escola de forma que

responda às transformações impostas pela sociedade; compreender que a

comunidade escolar é o foco dessas mudanças; motivar os profissionais a

encararem a mudança como um desafio pessoal; desenvolver uma cultura

organizacional de desafio constante, para estarem preparados para reagir 

imediatamente às novas mudanças; realizar reuniões com os seus participantes,

visando detectar os fatos que podem ser considerados geradores de mudanças

estratégicas na organização e sempre apresentar os benefícios que poderão tirar 

disso.

Outra pratica indispensável, considerada relevante para o sucesso da

organização é a participação efetiva de todos os que fazem parte da comunidade

educacional, nas decisões visando a implantação dos objetivos almejados e umcomprometimento maior. É por meio da  vivência de gestão participativa  que o

gestor conseguirá fortalecer os alicerces necessários para que a escola se

transforme em um ambiente de interação e crescimento coletivo contínuo, onde os

erros e acertos passam a ser de co-responsabilidade de todos.

Para Lück et al. (2002, p. 15) uma gestão participativa “envolve, além dos

professores, funcionários, pais e alunos, qualquer representante da comunidade que

esteja interessado na escola e na melhoria do processo pedagógico.” Ou seja,requer o envolvimento de pessoas interessadas nas questões da escola, no seu

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 11/36

 

processo de tomada de decisões. Porém, “não basta à tomada de decisões, mas é

preciso que elas sejam postas em prática para prover as melhores condições de

viabilização do processo de ensino/aprendizagem”. (LIBÂNEO, 2001, p. 326).

As atividades escolares devem ser produto da reflexão e do planejamento

coletivo. Pois, “isoladamente, ainda que haja competência e comprometimento, os

resultados do trabalho educacional são quase sempre insignificantes”. (BORGES,

2004, In: ANDRADE, 2004, p. 42). É a partir daí que surgirão os caminhos a serem

seguidos na ação educacional, concretizados na forma de proposta pedagógica,

planos de curso e da gestão escolar.

As diretrizes organizacionais como a missão, visão e objetivos da instituição

educativa devem ser definidos e elaborados pela equipe escolar, a partir  de uma

análise estratégica, mostrando que o planejamento, se bem aplicado, pode tornar a

gestão da escola mais competente, atuando como um instrumento de comunicação,

de acompanhamento e principalmente de aperfeiçoamento do aprendizado na

organização escolar.

Segundo Santos (2002, p. 41) para que o gestor escolar exerça

satisfatoriamente seu papel enquanto promotor de mudança deve efetivar a gestão

participativa, envolvendo todos os profissionais da educação no planejamento dasatividades nos aspectos administrativos, pedagógicos, políticos e éticos. Buscar 

meios de solucionar a insatisfação dos profissionais, fruto da sensação de

impotência e inutilidade diante do fracasso da escola em educar as novas gerações.

E sensibilizar todos os integrantes da escola de que somente a prática participativa e

democrática pode provocar mudanças significativas e benéficas para a escola.

Assim no seu papel de gestor do processo, deve transformar a escola num

ambiente de trabalho contínuo, onde todos cooperam, aprendem e ensinam o tempotodo. Consciente que as mudanças são constantes e aceleradas, o gestor não deve

se acomodar e estar preparado para planejar e (re)planejar coletivamente sempre

que se fizer necessário.

A sugestão de Andrade (2004, p.13), para que o gestor e a sua equipe

organizem melhor o seu trabalho e a escola é começar classificando as questões

mais desafiadoras da eficácia do processo de mudança rumo ao crescimento

organizacional. É importante que os desafios classificados estejam definidos “noprojeto pedagógico, que é a chave da gestão escolar”. E que esses desafios sejam

periodicamente revistos, avaliando-se em qual questão a atuação da gestão da

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 12/36

 

escola tem sido mais ou menos expressiva, fazendo uma autocorreção e buscando

novas propostas, junto à comunidade escolar, para reelaborar as ações quando

necessário.

O gestor escolar tem, nesse processo, o dever de organizar reuniões com os

diversos profissionais, para que todos possam compartilhar idéias de como melhorar 

o acesso, a socialização e a produção do conhecimento entre os profissionais e os

alunos da escola, colocando o conhecimento como o centro da atividade

pedagógica. Pretende-se, assim, desenvolver ao máximo o potencial dos

profissionais da escola e promover um diálogo aberto com os interessados, dando

ciência de todas as propostas de ações, qualificando-os para a tomada de decisões

e para a geração de conhecimento mais elaborado.

A essa altura acreditamos que os que buscam a mudança já devem ter 

consciência que promover mudanças sem transformar a estrutura organizacional da

escola é uma tarefa impossível. Assim mudanças necessárias implicam numa nova

organização da escola, no que se refere à melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem, das estruturas físicas e dos equipamentos, uma vez que “as

organizações são sempre focos de mudanças, pela utilização de tecnologia ou pelas

transformações impostas pela sociedade”. (SANTOS, 2002, p. 29).Nesse sentido, Moran (2003) dá sua contribuição, quando afirma que escolas

para se tornarem inovadoras precisam incluir as novas tecnologias e utilizá-las nas

atividades pedagógicas e administrativas, garantindo o acesso à informação a toda a

comunidade escolar. Para isso, precisa investir no domínio técnico seu e dos demais

profissionais da escola, ou seja, na capacitação de todos para a utilização

consciente e de forma prática e, ainda, incentivar os professores a adquirirem

domínio pedagógico, para articular as tecnologias com o processo de ensino-aprendizagem.

Em síntese o que queremos dizer aqui é que o gestor escolar precisa se

empenhar para elevar o nível intelectual da escola, por meio da gestão participativa

e pela inovação do ambiente escolar em todos os aspectos. Para isso, o gestor deve

implantar um clima de transformação de atitudes e estimular os integrantes da

organização escolar para seguirem em direção a construção  de uma escola

reflexiva e de fato promotora de mudanças na sociedade hodierna.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 13/36

 

CAPÍTULO II

2 COMPETÊNCIAS PARA O GESTOR ESCOLAR NO CONTEXTOATUAL

Diante da importância da gestão escolar no que se refere à democratização

da educação e conseqüentemente na materialização das ações previstas pelo

Projeto político-pedagógico da Escola, cabe a reflexão sobre a organização desse

processo educativo participativo e a pergunta que se impõe é: qual o perfil desejado

para esse gestor escolar? Quais os requisitos necessários ao exercício dessasfunções?

O perfil desse profissional, conforme já podemos traçar a partir das

discussões anteriores, deve conciliar a dimensão técnica com a política. A

qualificação técnica requer o domínio dos fundamentos da educação e da

pedagogia, isto é contando com a base docente e o conhecimento dos processos de

gestão de uma organização tanto em nível macro (município) quanto em nível micro

(a escola). Os requisitos políticos requerem agilidade para perceber e se antecipar aos movimentos da realidade, capacidade para conduzir negociações de conflitos

nas relações interpessoais, levando em consideração as diferenças, coordenando as

forças institucionais na direção da finalidade da escola, cumprindo assim o seu papel

social.

Com base nas questões acima vale ressaltar que escolher um dirigente

educacional é em boa medida, escolher o futuro da educação. Por essa consciência,

a LDB, no seu Art. 64, estabelece que a formação do administrador da educação

escolar deva ser desenvolvida em nível de graduação (nos cursos de pedagogia) ou

em nível de pós – graduação, por acreditar que nesses cursos, eles estarão

construindo os conhecimentos necessários para administrar a escolar com vista as

demandas atuais da educação escolar.

Dito de outra forma crê-se que o dirigente escolar graduado ou pós-graduado

terá competência para conjugar uma práxis que contemple a formação docente com

a formação especifica na área de Política e de Gestão da Educação, posto que lhe

compete, a responsabilidade máxima do desenvolvimento da escola em todos os

aspectos. Para Mary Rangel (1983), devida sua posição central na escola, o

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 14/36

 

desenvolvimento de seu papel pode exercer forte influencia (tanto positiva como

negativa) sobre todos os setores e pessoas da escola.

Segundo Luck,

A gestão educacional corresponde à área de atuação responsávelpor estabelecer o direcionamento e a mobilização capazes desustentar e dinamizar o modo de ser e de fazer dos sistemas deensino e das escolas para realizar ações conjuntas associadas earticuladas, visando o objetivo comum da qualidade de ensino e seusresultados (2006, p25)

Nesse contexto, o gestor escolar deve ser alguém que acredita e incentiva o

desenvolvimento da comunidade escolar e enquanto articulador procura envolver atodos em torno de um projeto comum. Por isso, não pode ater-se apenas as

questões administrativas, mas atuar de forma a gerir a escola em todos os seus

aspectos: pedagógicos administrativos, financeiros e relacionais. No seu papel de

articulador da totalidade da escola seu maior desafio na visão de Gonçalves (1999,

p.12) é repensar novas formas de administrá-las.

PARO (1986) avalia a função do diretor como conflitante e muitas vezes

contraditória. Enquanto educador ele deverá preocupar-se com os propósitos

políticos-pedagógicos. Mas como administrador é responsável último pela

instituição. Como tal precisa cumprir numerosas determinações legais e

administrativas emanadas de instâncias superiores. Tarefas que lhe toma maior 

tempo impedindo que esteja imbuído com o processo de ensino e aprendizagem

realizado na escola.

Segundo o mesmo autor, para liderar e coordenar o processo administrativo

pedagógico da escola e todos os projetos inseridos no plano de desenvolvimento da

mesma, terá necessariamente que adotar modelos gerenciais abertos, voltados

inicialmente para uma gestão democrática com qualidade. O que implica

mobilização, debate, motivação, decisões compartilhadas com base em

diagnósticos, pesquisas, aprofundamento, conteúdos e matrizes de análises.

Sabendo, porém, que se são diversos os desafios, também o são as possibilidades

e as potencialidades a serem desenvolvidas na/pela escola, se a democracia

imperar.

O gestor escolar é então o apoio necessário para a construção do projeto da

escola, mas não pode fazê-lo sozinho. Conclui-se, portanto, que a liderança exercida

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 15/36

 

pelo gestor  e a autônoma participação da comunidade escolar no planejamento,

execução e avaliação de todas as ações da escola são aspectos capazes de

viabilizar o sucesso e dinâmica da instituição.

A estratégia definitiva conforme Gonçalves (2007, p.14) será dentro da visão

totalitária da escola, deslocar o foco de sua atuação essencialmente administrativa

para a pedagógica com o qual o administrativo e as demais áreas da escola devem

interagir.

Para tanto o referido autor orienta que o caminho é buscar nos segmentos da

escola as potencialidades que possuem e coordená-la juntamente com todos os

esforços para fazer da qualidade da educação escolar uma realidade constante.

Para isso sugere algumas ações a serem implantadas na escola:

- melhoria das condições de aprendizagem dos alunos pela valorização da

experiência de vida concreta desses e a substituição da avaliação autoritária e

classificatória pela avaliação investigativa e diagnostica na quais os erros e acertos

dos alunos são utilizados para construção de novas e significativas aprendizagens.

- melhoria das condições da escola pela adequação do espaço físico ao

Projeto Político Pedagógico, provisão de equipamentos e recursos, boa merenda

escolar, eficiente infra-estrutura, etc.- ampliação das oportunidades educacionais pela criação de espaços e

horários para alfabetização de jovens e adultos, com abertura da escola para

eventos culturais e comunitários e projetos de educação para saúde e educação

ambiental.

- democratização da gestão escolar pela crescente autonomia da escola que

passará a responder por seu Projeto Pedagógico, pela ampliação da autonomia

financeira e pelo apoio e participação na administração colegiada.Cabe ao gestor escolar, bem como a sua equipe, assegurar por todas as vias

que a escola realize sua missão: ser um local de produção, elaboração e

(re)elaboração de conhecimento, de aquisição de habilidades e formação de valores.

Para tanto,deverá animar e articular a comunidade educativa na execução do projeto

educacional implantando a gestão democrático-participativa da ação pedagógico-

administrativa.

Entretanto, não poderá perder de vista, que as ações desenvolvidas naescola precisam ser realizadas num movimento continuo de ação-reflexão-ação

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 16/36

 

tendo em vista sempre o desenvolvimento pelos membros da escola de uma postura

crítico-construtivo. Posto que:

A gestão constitui uma dimensão e um enfoque de atuação naestruturação organizada e orientação da ação educacional. Queobjetiva promover a organização, a mobilização e a articulação detodas as condições estruturais, funcionais, materiais e humanasnecessárias para garantir o avanço dos processos sócio-educacionais. Portanto, faz-se necessário que os gestores naeducação tenha bem definido em mente sua função, e comodesempenhá-la para que se obtenha um resultado positivo de suasações (LUCK, 2006:25).

No entanto, a mínima observação do cotidiano escolar, constata-se que

alguns dirigentes não estão preparados, ou seja, não tem noção da definição de

gestão nem da tamanha responsabilidade que estão assumindo perante a escola e

toda comunidade escolar.

Ao se descrever o importante trabalho dos dirigentes educacionais diante dos

grandes desafios que surgem no dia-a-dia do cotidiano escolar, chega-se à

conclusão que, um gestor escolar para atuar no contexto atual, é aquele que

consegue conciliar as diferentes dimensões da gestão escolar, tendo em vista a

melhoria da gestão pedagógica e consequentemente o cumprimento da função da

escola que é garantir a formação integral dos sujeitos educandos.

2.1 O gestor e a articulação dos pilares básicos da escola da

atualidade

Depreendemos das discussões anteriores que a escola que parece melhor 

atender aos anseios da sociedade brasileira nesse fim de século está centrada em

três pilares básicos que compõem o novo perfil da escola participativa são eles: o

administrativo, o pedagógico e o relacional.

Ignorando essa verdade é comum encontrarmos gestores envolvidos

meramente com as questões de ordem administrativa, por ser esta que apresenta

resultados mais visíveis e imediatos, por não trazerem conflitos nem concepções,desconsiderando assim o processo de ensino e de aprendizagem, disciplina, relação

professor-aluno-pais, etc. De forma que, para a maioria deles as questões

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 17/36

 

pedagógicas são da responsabilidade dos professores e especialistas. Ainda não

considera essa dimensão como eixo central da instituição escolar.

Dado o elevado grau de importância que a íntima relação entre as diferentes

instâncias da escola representam para o sucesso do processo de ensino e de

aprendizagem, os gestores precisam perguntar-se sempre em que medida sua

atuação nas questões administrativas e sociais tem contribuído para o êxito do

trabalho pedagógico.

Para que o gestor escolar contribua de forma decisiva para o sucesso

objetivado por todos que é a aprendizagem efetiva, precisa dar suporte ao professor 

na sua prática pedagógica, saber escutar o outro, abrir espaços para

descentralização das decisões e dividir as responsabilidades, visando sempre a

melhoria do ensino. Em meio as diferenças e interesses dos vários segmentos que

compõe a escola, nunca deixar de primar pelo equilíbrio e justiça, bem como garantir 

a todos o direito ao conhecimento cientifico, ético e cultural. 

Dito de outra forma, o diretor escolar deve ser um mediador na intenção de

obter resultados satisfatórios em relação ao pleno desenvolvimento da unidade

escolar. Para isso precisa entender que,

O principal instrumento da administração participativa é o planejamentoparticipativo que pressupõe construção do futuro da qual participam osdiferentes segmentos de uma instituição, cada um com sua ótica, seusvalores seus anseios... (HORA, 1994:51).

O permanente envolvimento de todos os segmentos no planejamento e nas

atividades da escola permite uma melhor compreensão da situação atual da mesma,

permitindo um reflexão sobre as mudanças a serem implantadas, inclusive naexecução do processo pedagógico, repercutindo assim no crescimento da instituição

e conseqüentemente na credibilidade da ação gestora.

 

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 18/36

 

2.2 O Gestor Escolar e a articulação do trabalho pedagógico da

escola

Ao cumprir sua função social, a escola influi significativamente na formação

da personalidade humana, por isso, não é possível estruturá-la sem levar em

consideração seus objetivos políticos e pedagógicos.

Dessa forma, seu caráter pedagógico consiste na formulação de objetivos

sócio-políticos, educativos e na criação de formas de viabilização organizativa e

metodológica da educação (seleção e organização dos conteúdos e métodos, a

organização do ensino e do trabalho escolar), tendo em vista construir um

planejamento consciente do processo educacional.

A gestão pedagógica é considerada a dimensão mais importante e

significativa da gestão escolar, pois cuida de gerir a área educativa propriamente

dita. Estabelece os objetivos para o ensino; define linhas gerais de atuação de

acordo com os objetivos e o perfil da comunidade e dos alunos; propõe metas a

serem atingidas; elabora os conteúdos curriculares; acompanha e avalia o

rendimento e o desenvolvimento do corpo docente, dos alunos e da equipe escolar.

Por isso, todos os atores da escola, incluindo o gestor, devem empenhar todos os

seus esforços no sentido de garantir a efetividade do processo pedagógico.

Assim, conforme se pode constatar, a gestão pedagógica da escola requer 

uma direção capaz de articular todas as atividades dessa ordem às demais para

então garantir o sucesso da aprendizagem dos alunos.

Para melhor compreender o processo de organização do trabalho pedagógico

na escola, no âmbito da administração escolar, FERREIRA (2007, p. 68) acredita ser 

necessário definir os conceitos de política, planejamento, gestão e avaliação (por 

serem estes seus mecanismos de organização).

Para tanto, o autor busca a contribuição do Programa Nacional de Pesquisa e

Administração da Educação (PNPAE) que define “Políticas” como as diretrizes mais

globais do processo, a direção de mudanças a serem efetuadas e as quais norteiam

as normas, leis e orientação. O planejamento por sua vez é o processo de busca de

equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando o melhor funcionamento das diferentes atividades humanas (PADILHA, 2001:30). Já a

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 19/36

 

avaliação por ser o processo de análise da prática constitui-se na instância crítica da

operacionalização ou melhoria das funções da administração. Não se limita à

avaliação da aprendizagem do aluno embora a englobe. Acompanha todos os

processos educativos, avaliando a instituição e os agentes do processo. Permite

perceber as diferenças da intenção, do paradigma orientador das políticas, do

planejamento, da gestão e da própria avaliação.

As especificidades da organização do trabalho pedagógico estão enunciadas

no regimento escolar e no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, também

denominada Proposta Pedagógica da Escola. Nesta, o coletivo da escola define:

- a proposta curricular, na qual ficam estabelecidos os conteúdos e as

propostas de ensino e avaliação da aprendizagem, de organização do tempo e

espaço escolar, etc.

- a formação dos profissionais - ou seja, a forma como a equipe vai se

organizar para suprir as necessidades originadas pelas intenções educativas, etc.

- a gestão administrativa - pela viabilização dos recursos necessários para a

construção da escola que se deseja.

 Prevê ainda, na proposta pedagógica da escola, os valores a serem

instituídos na organização do currículo, relacionando teoria e pratica e ainda institui

mecanismos de avaliação de todo o processo, para eventual ressignificação da

referida proposta.

O Projeto Político Pedagógico segundo Vasconcellos (1995) é um instrumento

teórico-metodológico que visa à administração dos desafios do cotidiano da escola

só que de maneira refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que éessencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a

ação de todos os agentes da instituição.

De acordo com Veiga (1999, p.9) O projeto político-pedagógico propõe uma

profunda reflexão sobre a finalidade da escola, assim como a explicitação do seu

papel social e a clara definição dos caminhos, formas operacionais e ações a serem

empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. Sua construção

segundo essa autora, aglutinará crenças, convenções, conhecimentos dacomunidade escolar, do contexto social e cientifico constituído em compromisso

político-pedagógico coletivo, por isso é ele de grande importância na organização da

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 20/36

 

instituição escolar em todas as suas dependências, sobretudo para a organização

da prática pedagógica.

Define-se aqui a responsabilidade e compromisso do gestor escolar como

líder pedagógico e, portanto o maior responsável pela articulação e dinamização da

construção coletiva da proposta pedagógica da escola, bem como de sua

implantação e acompanhamento.

O gestor escolar deve ter clareza que a organização do trabalho pedagógico

através do PPP, não significa apenas criar formas pedagógicas, mas também metas

sociais pela recriação de seres humanos críticos, avaliativos, capazes de preparar 

as condições que tornarão possíveis novas estruturas sociais pautadas na

solidariedade, justiça social e verdadeira cidadania para todos. Portanto, essa

organização na pratica, de acordo com Libâneo (2001:346) deve ser fruto da:

[...] racionalidade, do uso de recursos e das atividades e dasatividades desempenhadas pelas pessoas. A organização incidediretamente na eficácia do processo de ensino e de aprendizagem àmedida que garante as condições de funcionamento da escola e umaação unificadora da equipe da escola. A falta de unidade da açãoeducativa em torno das diretrizes, normas, desempenhos de funções,rotinas, pode resultar em situações que comprometem o trabalhoeducativo.

Como articulador do trabalho pedagógico, o gestor escolar  deve ter 

competência técnica para adequar todos os recursos a um planejamento que atenda

as necessidades da escola, mormente no que se refere à elevação da qualidade do

ensino; criar formas de comunicação eficaz entre a comunidade escolar, primando

pela clareza e transparência nas suas ações e para avaliar com imparcialidade todo

o processo educativo de forma a obter um diagnostico mais próximo possível da

realidade e a partir dele adequar ou corrigir o rumo visando atingir os objetivos

propostos.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 21/36

 

CAPÍTULO III

3 O GESTOR ESCOLAR E OS MECANISMOS DE ORGANIZAÇÃO

DO TRABALHO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

A posição política da escola é o centro de suas propostas e se traduz em seu

Projeto Político Pedagógico, que, por sua vez, resulta das decisões que envolvem a

comunidade escolar como um todo no sentido de fazer da escola uma instituição

social promotora da humanização de seus cidadãos por meio da educação que

oferece.Consciente da importância da participação de toda comunidade intra e extra

escolar na elaboração de um projeto educativo orientador de uma educação cidadã

e comprometida com a transformação social, Hora (1998, p.51) alerta os agentes

escolares que, ”a gestão participativa educacional não ocorre espontaneamente, é

necessário que seja provocada, procurada, vivida e apreendida por todos os que

pertencem à comunidade escolar”. É nesse aspecto que o planejamento é

indispensável, pois constitui-se em

Um processo que se preocupa para onde ir e quais asmaneiras adequadas de chegar lá, tendo em vista a situaçãopresentes e as possibilidades futuras, para que odesenvolvimento da educação atenda tanto as necessidadesda sociedade como dos indivíduos (COROACY, 1972:79).

O Projeto Político Pedagógico da escola é nesse sentido uma ferramenta

eficaz, pois é entendido como “uma maneira de se situar num horizonte depossibilidades, a partir de respostas a perguntas tais como: que educação se quer,

que tipo de cidadãos e que projeto de sociedade se deseja” (GADOTTI, 1994:42).

Como instrumento de planejamento coletivo, o Projeto Político Pedagógico

demonstra seu poder de democratização da escola (fator de grande importância na

busca pelo redimensionamento da educação escolar) quando resgata a unidade do

trabalho escolar e garante que não exista divisão ente as pessoas que planejam e

as que executam, garantindo assim a visão do todo. Desta forma o trabalho deixa deser estanque e fragmentado para tornar-se trabalho de todos em prol de um objetivo

comum.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 22/36

 

Uma vez que se pretende instituir uma cultura mais democrática e

participativa nos processos desenvolvidos na escola, é preciso ter clareza que o

planejamento escolar não pode ser conduzido de forma autoritária e centralizadora.

De forma que falar em Projeto Político Pedagógico é falar em planejamento no

contexto de um processo participativo.

Com base no exposto entende-se que não se executa uma gestão

democrática da educação sem um planejamento participativo, que propicie o

envolvimento dos segmentos representativos da comunidade escolar nos processos

de tomada de decisões, bem como na definição de metas e estratégias de ação. E

como já sabemos, a participação da comunidade escolar nesse processo é fator 

relevante para seu sucesso, porque agrega ao planejamento compromisso e co-

responsabilidade na consecução de metas e objetivos comuns.

É através do envolvimento de todos que os indivíduos partícipes da escola

passam a assumir a responsabilidade de suas ações, com poder para interferir 

sobre o conteúdo e a organização das atividades da escola. O planejamento

participativo é seu instrumento por constituir-se num “processo político vinculado à

decisão da maioria, tomada pela maioria, em beneficio da maioria” (CORNELY,

1977:39).Planejar numa perspectiva participativa significa intervir na realidade e

construir uma nova ordem sócio-educacional, pois sua efetivação na escola

(entendida como uma micro-sociedade) vai aos poucos transformando suas

estruturas, capacitando-a para interferir diretamente na macro-sociedade e

conseqüentemente transformando-a também.

Entre muitas explicações que poderiam ser apresentadas para provar que o

planejamento participativo é uma alternativa, senão a única, para construção de umanova realidade educacional, vale enfatizar o fato de ele trazer como pressuposto o

redimensionamento da administração escolar para uma dimensão horizontal,

possibilitando um processo de co-gestão, através da qual, todos os segmentos da

escola dialogam, discutem, debatem, decidem, constroem e assumem uma proposta

comum de educação escolar.

Sua efetivação impõe a necessidade de uma atitude aberta por parte dequem tem o poder, requerendo um relacionamento não de cima para baixo, mas

fundamentado na busca conjunta, um poder-serviço não um poder centralizador,

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 23/36

 

gerando assim um clima favorável para a realização de uma educação realmente

transformadora.

Além do relacionamento horizontal e não hierárquico entre os integrantes da

escola, ainda pode ser apresentado como aspecto relevante para a elaboração mais

concreta, consistente e eficaz do planejamento participativo, a presença ativa de

uma equipe coordenadora, capaz de alimentar as relações de igualdade e diálogo

confronto e valorização de idéias, de disciplinar o compromisso de trabalho,

aprofundar a pedagogia e dominar a técnica de planejamento em função da

participação de toda comunidade educativa na construção dessa nova proposta

educacional.

Em outras palavras, nas diferentes etapas do planejamento participativo

(elaboração, execução e avaliação) é necessário alguém, pessoa ou equipe que

coordene o processo, com os devidos conhecimentos metodológicos, espírito

questionador e incentivador, com possibilidades de decisão política na

implementação do processo transformador da escola. Essa pessoa pode ser o

próprio diretor escolar, mas com postura democrática.

O processo de planejamento, porém, só se complementa com a fase da

avaliação que tem função e sentido re-troalimentares e concomitantes, sendo ela umprocesso dentro do processo. Por meio dela, descobre-se como o grupo está entre o

que foi proposto (objetivos) e a vivência (resultados objetivados). Para Gandin

(1991, p.53) “avaliar é sempre julgar a realidade”. Cabe então a equipe gestora,

Coordenar as atividades de planejamento escolar,assegurando momentos suficientes, espaços adequados econdições favoráveis para docentes e todos os segmentos

envolvidos discutir e formar propostas de ação e planos detrabalho. Cabe também [...] assegurar o estabelecimento darelação entre saberes e limites, detectados nas avaliaçõesfeitas, utilizando esse diagnostico para elaborar os planos deensino e de gestão da escola (GESTÃO EM REDE, Junho:2007:22).

Tão importante quanto o planejamento, na organização do processo

pedagógico, é a etapa da avaliação. Segundo BRIGHENTI (1988, p.56) ela realizatrês funções imprescindíveis, quais sejam:

- localizar os problemas que ocorrem no desenvolvimento da ação;

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 24/36

 

- fazer o confronto do resultado com o que foi planejado;

- e, descobrir as causas dos desvios e encontrar alternativas que oriente as

ações futuras.

De acordo com a mesma autora a avaliação da pratica é a forma mais eficaz

de interferir no próprio ato de planejar, pois ao mesmo tempo em que se pratica, se

confronta, se avalia e se re-planeja e consequentemente se aproxima do ideal

projetado.

A avaliação também deve ser feita num processo participativo dando a todos

os integrantes do processo o direito e o dever de se expressar livremente sobre os

aspectos positivos e negativos da pratica, omissões, limitações, causas,

compromisso, engajamento, em cada etapa ou no todo do processo. Assim o

envolvimento é global, desde a elaboração, passando pela execução até a

avaliação.

Sendo a avaliação um elemento essencial no processo de planejamento

participativo, ela permite o confronto dos objetivos com os resultados alcançados ao

tempo em que determina a continuidade ou concretização das ações planejadas.

Sem avaliação não existe processo de planejamento, pois na sua ausência “a ação

deixa de ser transformadora, não estimula novas ações, o processo morre e o grupopára” (BORAN, 1983: 99).

No que se refere ao trabalho pedagógico, a avaliação é atualmente entendida

como elemento integrador e concomitante, cuja finalidade é fornecer informações

que permitam aos agentes escolares decidir sobre as intervenções e os

redimensionamentos necessários em face ao projeto educativo, definido

coletivamente, com vista à garantia da aprendizagem do aluno. Para Libâneo (1999)

a função nuclear da avaliação da aprendizagem é ajudar o aluno aprender e aoprofessor no redimensionamento de sua prática, determinando também quanto e em

que nível os objetivos e procedimentos educacionais foram adequados.

Todavia, a avaliação numa instituição escolar deve abranger todas as

instâncias da escola não se limitando apenas a avaliação da aprendizagem. Porém

no que se refere à área pedagógica sua abrangência envolve desde a proposta

curricular, a programação do ensino até o processo em sala de aula e seusresultados. Avaliar nesse sentido é:

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 25/36

 

Dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamentopermanente do professor e este deve proporcionar ao aluno em seuprocesso de aprendizado reflexões a cerca do mundo; formandoseres críticos participativos na construção de verdades formuladas e

reformuladas (HOFMAN, 1998).

No entanto, ao adotar uma concepção de avaliação escolar a equipe gestora

deve ter claro que ela tem conseqüências diretas no cotidiano da escola e refletem a

proposta educacional nela efetivada, enquanto instrumento que tem suas normas e

praticas definidas pela equipe escolar. Por essa razão o gestor escolar e sua equipe

deve também criar mecanismos para a avaliação da avaliação, sabendo inclusive

que a efetivação da mesma exige planejamento e re-planejamento contínuo.

Em síntese, uma escola que pretende (re)estruturar seu processo educativo

de forma a garantir o desenvolvimento integral de seus indivíduos e estar sempre a

serviço da transformação social, deve realizar uma constante análise e reformulação

(se necessário) da concepção e práticas de avaliação e planejamento, excluindo os

métodos classificatórios, seletivos, estáticos, antidemocráticos e excludentes que

sempre ameaçam instalar-se nas escolas e que são altamente nocivos a boa

qualidade educacional.

3.1 Desenvolvendo uma nova cultura escolar de gestão e

participação

A escola é um espaço de convivência e de conflitos onde convivem interesses

diversos. Professores, alunos, pais, corpo diretivo e administrativo da escola, se

interelacionam e internamente apresentam suas contradições, de forma que o

cotidiano escolar é composto de uma pluralidade de perfis, o que se pode constituir 

(se bem administrado) em verdadeira riqueza na implementação do projeto político-

pedagógico. Nesse sentido, o fortalecimento dos conselhos escolares torna-se

condição fundamental para garantir a autonomia da escola e a participação de todos

os segmentos envolvidos na comunidade escolar.

Todavia, mesmo que a determinação legal não seja aspecto exclusivo para

garantir a efetivação da existência e atuação das diferentes formas organizativas de

Conselhos Escolares, os artigos 12 e 13 da Lei 9.394/96, Lei de Diretrizes e Base da

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 26/36

 

Educação Nacional (LDBN) destinam a escola à obrigatoriedade da construção da

proposta pedagógica articulando-se com a comunidade e a família. É aqui, nessa

determinação da LDB, que os conselhos escolares por sua natureza consultiva,

normativa, ou deliberativa, contribuem para que a participação dos diferentes

segmentos da escola e da comunidade extra - escolar e a autonomia da escola seja

assegurada.

Assim, embora a Lei Federal 10.172/01 tenha estabelecido o Plano Nacional

da Educação com as principais metas a serem alcançadas, surgiu em contrapartida,

os planos restritos de educação, priorizando as demandas locais a desenvolver a

iniciativa participativa no entorno do trabalho educacional e de forma a promover a

gestão compartilhada, da escola por meio de colegiados escolares, que garantem a

representatividade da comunidade e das diferentes segmentos da escola.

São eles (os conselhos escolares) que possibilitam analisar mais

criteriosamente as fragilidades institucionais, definir planos de ação e buscar 

estratégias mobilizadoras. Certamente este processo está estritamente ligado ao

tipo de gestão realizado na escola. Por isso é determinante que os conselhos sejam

legítimos e atuantes que deixem de ser instituições ou colegiados figurativos.

As experiências coletivas de gestão da escola, a partir de análise de seusresultados e de sua dinâmica de trabalho, podem definir ações compartilhadas mais

significativas para a melhoria do desempenho a ser avaliado por diferentes olhares.

É participando das realizações das atividades que os conselhos escolares vão

aprendendo não apenas o principio da participação, mas também a necessidade de

construírem normas de regulação do sistema escolar do qual estão participando e

pelas quais também serão regidas.

Os conselhos escolares são importantes não apenas porque satisfaz aosinteresses da comunidade nas decisões sobre a escola, mas também porque a partir 

de sua prática e aquisição de conhecimentos de sua própria função, os membros

dessa comunidade conseguem perceberem-se como sujeitos do processo de

mudanças e participante da organização do trabalho pedagógico. Dessa forma,

A perspectiva não é de mero atendimento ao que a comunidade nomomento explicita como seu querer. O objetivo é ampliar, através da

apropriação e criação de novos conhecimentos, os limites doreferencial conhecido sobre educação, para construir então umanova escola, não necessariamente a que é objeto do querer comunitário no momento, mas aquela que torne a comunidade como

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 27/36

 

sujeito histórico, político, social e culturalmente considerado. Oprocesso participativo dessa construção é a aprendizagem continuapara todos os envolvidos (HORA, 1998: 117).

A intenção é que a escola ao mesmo tempo seja instituição constituinte da

sociedade e constitutiva desta, ou seja, é nesta interação das diferentes pessoas

nas decisões da escola que ela vai se tornando real, concreta na visão da

comunidade; ao mesmo tempo vão tecendo normas de conduta, princípios e valores

que incidirão sobre as práticas comunitárias e sociais que vão ocorrer além dos

muros das escolas, através dos indivíduos que lá vão sendo formados. Portanto, o

fortalecimento dos conselhos escolares é uma ação eminentemente política dagestão escolar.

Cabe relembrar que pode se constituir na forma de conselhos colegiados da

escola, congregações docentes, grêmios estudantis, associação de pais e mestres,

conselhos gestores, grupos locais de trabalho ou conselhos de classes e séries,

dentre outras possibilidades.

Essa relação entre gestão e política leva cada pessoa envolvida coma gestão da escola a partilhar a liderança. São pessoas capazes de“está com” e de “compartilhar” para produzir mudanças em suaoralidade. Ao em vez de comandar, a liderança democrática criacondições para que os objetivos sejam alcançados e para que novaslideranças sejam formadas. É preciso refletir sobre a eleição de taisconselhos a valorização cotidiana nos conselhos escolares, na formaem que são encaminhadas as decisões e a efetivarepresentatividade que representam; nas ações escolares (DAVI &GROSBAUM, 2001).

Apreendemos então a partir do que já foi dito que os conselhos escolaresapresentam-se como uma oportunidade de construir uma nova cultura escolar de

gestão e participação. Através deles, a equipe escolar a partir dos encontros

periódicos e das reuniões de atividades complementares, poderá abordar assuntos

relacionados ao melhoramento da vida escolar, bem como traçar metas, elaborar 

projetos e planejar formas de execução.

Em muitas escolas, a participação efetiva dos conselhos escolares tem

contribuído para a melhoria da gestão escolar, pois os trabalhos não ficam apenas

sobre a responsabilidade de um ou outro segmento da escola: pais, alunos,

professores, gestores e funcionários estão envolvidos nesse processo. Portanto,

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 28/36

 

entendemos ser necessário promover encontro entre a família e a comunidade

escolar e integrar a todos na equipe de gestão.

Todavia, precisamos considerar que por em prática e dar suporte aos

conselhos escolares é uma tarefa desafiante para os gestores. No entanto, é uma

ação necessária se o desejo da comunidade escolar for à realização de um trabalho

em prol da melhoria da qualidade social do ensino público. Assim, a comunidade

precisa avançar no sentido de efetivar ações constituídas coletivamente, participar 

ativamente dos programas de formação continuada e buscar melhoria nas condições

de trabalho para que definitivamente, todos os membros da escola tenham em

comum a vontade de construir uma educação de qualidade.

3.2 CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO DO GESTOR PARA A EFETIVIDADE DO

TRABALHO PEDAGÓGICO

 

A escola é hoje apresentada pelos estudiosos da educação como a instituição

destinada para tornar realidade às tão almejadas mudanças educacionais. Por isso a

descentralização do ensino e a democratização da educação configuram-se emproposta para melhoria do ensino. A autonomia administrativa, pedagógica e

financeira e o fortalecimento das normas coletivas de definição de um projeto

pedagógico inovador conferem a escola uma nova identidade.

Só a autonomia da escola e a participação ativa e coletiva dos diferentes

agentes da escola nas diferentes etapas do processo educacional poderão traduzir-

se na construção e elaboração de uma nova política educacional efetivamente

comprometida com a formação para a cidadania. Alunos, pais, professores,funcionários, entre outros, ao participarem da vida escolar, educam e são educados

visando a construção de um bem publico que é a educação escolar de qualidade.

O trabalho desenvolvido pelo gestor escolar deve sempre objetivar promover 

novos conceitos e valores na escola, associados, sobretudo à idéia de autonomia

escolar, à participação da sociedade e da comunidade, à criação de um ambiente

comunitário, cooperativo e associativo. Assim, no âmbito da gestão escolar dessa

natureza, o estabelecimento de ensino passa a ser entendido como um sistemaaberto, com cultura e identidade própria, capaz de atender às solicitações do

contexto local no qual se insere.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 29/36

 

Comprometido com a formação dos sujeitos para o exercício da cidadania,

o gestor escolar busca promover a organização, a mobilização e a articulação de

todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos

processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino orientado para a

promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos.

A liderança participativa, é o meio pelo qual o gestor escolar, em parceria com

todos os segmentos da escola, consegue construir  uma equipe coesa, gerar um

ambiente positivo e colaborativo, necessário para o bom andamento do trabalho

docente, garantindo assim uma boa formação para os alunos, bem como uma boa

relação com a comunidade local.

Na opinião de LUCK (1998) o fator primordial para propiciar a qualidade da

aprendizagem dos alunos é a gestão escolar com destaque na capacidade de

liderança dos dirigentes, especialmente do gestor. As praticas de gestão

participativa, infra-estrutura adequada para o ensino e relacionamento saudável

entre os membros da escola, as oportunidades de reflexão conjunta e as trocas de

experiência profissional entre os professores constitui-se em condicionantes para

uma escola eficaz. Também se coloca como a responsabilidade do gestor escolar 

assegurar a exeqüibilidade da múltipla formação dos sujeitos da escola objetivandosempre o pleno exercício da cidadania.

Dado a sua grande responsabilidade, o gestor escolar deve ter claro que sua

função pedagógica não se reduz à responsabilidade de coordenar a construção e o

desenvolvimento do projeto Político Pedagógico da escola. A gestão educacional

acontece e se desenvolve em todos os âmbitos da escola, inclusive e

fundamentalmente na sala de aula, espaço onde se materializa o projeto Político

Pedagógico não apenas como desenvolvimento do planejado, mas como fonteprivilegiada de subsídios para tomada de decisão e estabelecimento de novas

políticas educacionais.

Esse novo paradigma de gestão escolar re-significa o papel do gestor escolar 

frente ao trabalho pedagógico do professor. Se antes limitava-se apenas à inspeção

e controle, agora dele espera-se a coordenação, dinamização e canalização dos

esforços dos responsáveis pelas diferentes instâncias da escola para criação da

infra-estrutura necessária para a efetivação do processo de ensino e deaprendizagem.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 30/36

 

De acordo com a professora pesquisadora Marta Luz Seccon Castro

(Aprende Brasil, 2007:36, 37) é necessário ao gestor de escola que se pretende

comprometido com o sucesso do trabalho pedagógico do professor, uma clara visão

da importância da ação integrada e a compreensão de que o trabalho de todos deve

convergir para a aprendizagem e desenvolvimento pessoal e sócio-profissional do

aluno. Segundo a autora, o gestor escolar enquanto líder pedagógico deve liderar as

praticas de planejamento e avaliar todas as instâncias da escola visando sempre à

melhoria do ensino.

Enfim, a finalidade de todo o trabalho do gestor deve ser garantir que a

relação entre ensino e aprendizagem se concretize. Para isso deve focá-lo em pelo

menos três eixos fundamentais: na organização dos espaços físicos (não só nas

salas de aula), na mobilização de uma equipe (que trabalhe para alcançar uma

proposta pedagógica definida) e no estabelecimento de mecanismos que garantam

a integração efetiva entre pais, alunos, professores e comunidade externa. Seu

desafio, portanto é conseguir coordenar diferentes espaços, equipes, parcerias,

recursos, etc. visando sempre promover a aprendizagem dos alunos.

Ainda sobre as contribuições do gestor escolar para o sucesso do trabalho

docente Libâneo (2003, p.338) orienta os gestores escolares, no que concerne aimportância das relações interpessoais, afirmando que para a qualidade do trabalho

do educador ser necessários as relações humanas na escola devem ser produtivas,

criativas e assentadas na busca de objetivos comuns. Haverá sérias interferências

no trabalho educativo docente se não houver unidade de propósito em todas as

ações de todos os agentes escolares.

O gestor precisa ter bem claro que numa escola não só os professores

educam, todas as pessoas que trabalham na escola ou dela participam realizamações educativas. O atendimento aos pais pela secretaria escolar pode ser inclusivo

ou excludente; a maneira como os funcionários atende os alunos influencia positiva

ou negativamente na sua educação e na maneira como vêem a escola; as reuniões

pedagógicas podem constituir-se em espaço de participação democrática das

pessoas ou de manifestação pessoal do poder do diretor ou coordenador.

Pelas questões mencionadas o gestor escolar não deve ser ausente ou atuar 

apenas nas questões burocrático-administrativas da escola, mas coordenar, orientar,acompanhar e avaliar todas as ações escolares, visando garantir as condições

necessárias para a efetivação do ensino e da aprendizagem. Partilhando da mesma

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 31/36

 

posição, LUCK (1983, p.18) apresenta como responsabilidade pedagógica dos

gestores escolares a:

- dinamização e assistência aos membros da escola para quepromovam ações condizentes com os objetivos e princípioseducacionais propostos;- liderança e inspiração no enriquecimento desses objetivos eprincípios;- promoção de um sistema de ação integrada e cooperativa;- manutenção de um processo de comunicação claro e aberto entreos membros da escola e entre estes e a comunicação;- estimulação a inovação e melhoria do processo educacional.

Por fim vale mencionar que para o trabalho pedagógico do gestor escolar 

enquanto co-responsável pela coordenação de uma educação cidadã se processe

com qualidade, uma questão imprescindível nesse processo é a formação

continuada de todos os partícipes do processo educacional, inclusive do professor,

conforme prevê a lei.

A formação de profissionais da educação, de modo a atender aosobjetivos dos diferentes níveis e modalidade de ensino e ascaracterísticas de cada fase do desenvolvimento do educando, terácomo fundamentos:I a associação entre teoria e prática inclusive mediante a capacitaçãoem serviço;II aproveitamento da formação e experiências anteriores eminstituição de ensino e outras atividades (LDB 9394/96, Art. 61).

Fica aqui explicito o dever da escola em criar estratégias de formação

continuada, principalmente do professor, na perspectiva de promover a qualidade do

ensino e da aprendizagem. Por considerar que a função social da escola excede a

troca sistemática de conhecimento em sala de aula, a escola é espaço de

convivência e lugar de socialização dos saberes, de encontros e descobertas. A

formação continuada do professor e demais sujeitos escolares, deve contribuir na

sua capacidade de participar dos projetos sociais, com a habilidade de criar, recriar,

criticar e transformar, sempre a serviço da múltipla formação do aluno.

Os gestores têm nesse processo a função de contribuir, acompanhar e avaliar 

a repercussão do trabalho docente na aprendizagem do aluno e a criar espaços

diversificados para formação continuada: debates, seminários, estudos, elaboração

coletiva de projetos, oficinas, palestras. Além desses, sua participação ativa na

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 32/36

 

elaboração, execução e avaliação de projetos, nos planejamentos, na organização

da sala de aula, etc. é sem duvidas um espaço de formação para os quais a atenção

e a as ações do gestor escolar devem ser focadas.

Em síntese o papel do gestor junto ao trabalho pedagógico do professor não

é mais de inspeção, de fiscalização, mas de co-participação de co-responsabilidade,

de mobilização total de todos os elementos e instâncias da escola para assistir ao

trabalho do professor.

A forma como o gestor vai exercer esse papel deve ser buscado no cotidiano

de cada escola e em unidade com toda equipe escolar, na busca comum pela

excelência da prática pedagógica do professor e consequentemente da

aprendizagem do aluno.

Através do estilo de liderança democrático-participativo o gestor escolar 

consegue lidar com as mais variadas circunstâncias, fundamentalmente funcionar 

como maestros a reger e coordenar, de maneira flexível, todo o processo de

transformação, delegando poderes e compartilhando problemas; promovendo

parcerias produtivas; gerindo o fluxo das informações, convertendo-as em

conhecimentos práticos para toda organização; construindo um permanente

ambiente de diálogo baseado na confiança e na cooperação mútua; enfim, garantir amanutenção da boa convivência interpessoal e o bom rendimento do trabalho

coletivo no seio do grupo, o que, por sua vez, contribuirá para promover as tão

sonhadas reformas educacionais.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 33/36

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em linhas gerais, acreditar na gestão escolar sob uma perspectiva

democrático-participativa significa pensar a escola a partir de conceitos inovadores

de administração, baseada nos princípios da coletividade, da participação.

Entendida nesse contexto institui-se em um processo de tomada de decisão que

envolve todos os membros que compõe a comunidade escolar. Alicerçar o trabalho

educativo tendo como base o diálogo com os seus pares, saber ouvir opiniões

diferentes e aprender a lidar com a diversidade são características imprescindíveis

para um gestor democrático constituindo-se em ferramentas capazes de promover 

as mudanças educacionais tão necessárias para a sociedade contemporânea.

Além das questões supracitadas, a “liderança democrático-participativa” é a

melhor estratégia a ser adotada por uma gestão escolar porque consiste em uma

estratégia que, se bem utilizada pelo gestor, permite maior delegação de poderes

aos demais sujeitos, favorecendo a democratização das decisões referentes à

escola, o que sem duvida conferirá a educação escolar um caráter mais coletivo,

mais dinâmico, mais inovador, mais cidadão e mais humano.Porém, um breve olhar para o cotidiano e praticas de gestão e educação

realizada nos ambientes das escolas brasileiras hodiernas leva a constatação que

para efetivação desse modelo de gestão e educação escolar, mudanças radicais

precisam ocorrer. O ponto de partida acredita-se que seja a formação continuada de

todos os agentes escolares, principalmente dos gestores, numa concepção

fundamentada nos parâmetros da autonomia, da participação ativa, da atuação

democrática de todos os envolvidos no processo, para que se possa a partir de ummovimento dialético entre teoria e prática, construir no cotidiano da escola um

espaço de vivência democrática.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 34/36

 

REFERENCIAS

BELOTO, Anerildes A. Monteiro, RIVIRO, Célia Maria da Luz, GONÇALVES, Eliza

Pereira, Interfaces da Gestão (org). Campinas, SP Olinea. 1979.

BORGES, Heloisa da Silva. Organização do Trabalho Pedagógico e Gestão

Escolar. Manaus: Edições UEA Ed. Valer, 2008.

-------. Gestão Democrática da educação: atuais tendências, novos desafios.

4.ed.São Paulo:Cortez,2003.

FERREIRA, N. (org.) Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos

desafios 2ª ed. São Paulo: Cortez 2000.

FERREIRA, Naura S. Carapeto (Org) Gestão Democrática da Educação atuais

tendências, novos desafios, São Paulo, Cortez, 1998. P. 59 -75.

FERREIRA, Naura S. Carapeto (Org). Gestão Educacional e organização do

trabalho Pedagógico Curitiba: IESDE, 2007.

GADOTTI, M. Escola cidadã. São Paulo: Cortez, 1992.

GADOTTI, M.; ROMÃO, J. E. Autonomia da escola: princípios e proposições.

São Paulo: Cortez, 1997.

HENGEMUHLE, Adelar. Gestão de ensino e práticas pedagógicas. Petrópolis,

RJ. Vozes, 2004. Escolar. Manaus: Edições UEA Ed. Valer, 2008.

HORA, Dainir Leal. Gestão educacional Democrática. Campinas, SP. Editorial

Alínea, 2007 de ensino e praticas pedagógica. Petrópolis, RJ. Vozes, 2004

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 35/36

 

HORA. DINAIR LEAL DA. Gestão Democrática na Escola Magistério e Formação

e Trabalho Pedagógico, 11ª Edição Papirus Editora.

.HORA, Dinair Leal da. Gestão Democrática na Escola: artes e ofícios da

participação coletiva 4ª Ed. Campinas (SP): OLIVEIRA, D.; Rosar, M. (org.)

Política e gestão, Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2002.

.HORA, Dinair Leal da. Gestão Democrática na Escola: artes e ofícios da

participação coletiva 4ª Ed. Campinas (SP): Papirus, 1998.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e pratica / José

Carlos Libâneo. S. ed. Revista e Ampliada _ Goiânia. Editora Alternativa, 2004,

319P.

LIBÂNEO, José et. Al. Educação escolar: Política, estrutura e organização. São

Paulo: Cortez 2003.

LIMA, L. C. A escola como organização educativa. São Paulo: Cortez, 2001.

LUCK, Heloisa; et. Al. A escola participativa trabalho do gestor escolar . 6 . Ed.

Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

LUCK, Heloisa. Concepções e processos democráticos da gestão educacional,

Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. Série caderno de gestão Vol. II.

PARO V. H. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez, 2000

in. PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre:

Artes Médicas, 1999. RIOS, T. A. Compreender e ensinar por uma docência da

melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2001.

Revista Gestão em Rede. Ministério da Educação. FNDE, Junho de 2007.

Revista Gestão em Rede. Ministério da Educação. FNDE, Setembro de2007.

5/9/2018 Trabalho Final Rosileia 31 .08 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/trabalho-final-rosileia-31-08 36/36

 

Revista Nova Escola - Gestão Escolar . Ministério da Educação, FNDE, Fundação

Victor Civita, agosto de2008.

VEIGA, I. P. A. Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção coletiva.

In: VEIGA, I. P. A. (Org.). Projeto Político Pedagógico da Escola: uma

construção possível. 12. Ed. Campinas: Papirus, 1995.