trabalho final - fundamentos filosóficos da fenomenologia existencial

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA CLÍNICA Fundamentos Filosóficos da Clínica Fenomenológica Existencial Doutorando: Bruno Robson de Barros Carvalho 201580002-9 ATIVIDADE FINAL O presente texto tem como proposta apresentar os atravessamentos ocorridos pelo encontro do doutorando com os autores e autora apresentados na disciplina de Fundamentos Filosóficos da Clínica Fenomenológica Existencial, a saber, Edmund Husserl, Maurice Merleau-Ponty, Martin Heidegger e Hannah Arendt. Proponho-me menos a resumir as aulas e mais a narrar como fui afetado por estes três autores e uma autora. De início, Husserl e a proposição da fenomenologia. O teórico oferece-nos um chão no qual podemos nos apoiar e olhar o homem e o mundo de uma forma outra que não a metafísica. O teórico afirma que o mundo em que vivemos é o mundo que nos é dado em seu desvelamento, com isso, devemos nos ocupar não com a busca da verdade das coisas, mas sim, seus modos de desvelamento. Pelo que venho estudando, esta compreensão sobre homem, mundo e verdade é mantida até hoje por aqueles que se filiam a fenomenologia, ou pelo menos, aos autores e autora que aqui serão abordados.

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O presente texto tem como proposta apresentar os atravessamentos ocorridos pelo encontro do doutorando com os autores e autora apresentados na disciplina de Fundamentos Filosóficos da Clínica Fenomenológica Existencial, a saber, Edmund Husserl, Maurice Merleau-Ponty, Martin Heidegger e Hannah Arendt.

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UNIVERSIDADE CATLICA DE PERNAMBUCOPROGRAMA DE PS GRADUAO EM PSICOLOGIA CLNICAFundamento F!"o#$!%o da C"&n!%a Fenomeno"#'!%a E(!ten%!a"Doutorando: Bruno Robson de Barros Carvalho 201580002-9ATIVIDADE FINALO presente texto tem como proposta apresentar os atravessamentos ocorrdos peloencontrododoutorandocomosautoreseautoraapresentadosnadscplnade!undamentos !los"#cos da Cl$nca !enomenol"%ca &xstencal' a saber' &dmund(usserl' )aurce )erleau-*ont+' )artn (ede%%er e (annah ,rendt- *roponho-memenos a resumr as aulas e mas a narrar como #u a#etado por estes tr.s autores euma autora-De n$co' (usserl e a propos/0o da #enomenolo%a- O te"rco o#erece-nos um ch0ono 1ual podemos nos apoar e olhar o homem e o mundo de uma #orma outra 1uen0o a meta#$sca- O te"rco a#rma 1ue o mundo em 1ue vvemos 2 o mundo 1uenos 2 dado em seu desvelamento' com sso' devemos nos ocupar n0o com a buscadaverdadedascosas'massm'seusmodosdedesvelamento- *elo1uevenhoestudando' esta compreens0o sobre homem' mundo e verdade 2 mantda at2 ho3epor a1ueles 1ue se #lam a #enomenolo%a' ou pelo menos' aos autores e autora1ue a1u ser0o abordados-Contudo' (usserl 4 assm como todos n"s 4 #o um homem de seu tempo e mesmo aodesa#ar o parad%ma v%ente do cartesansmo' ao passo 1ue o raconalsmocome/a a ser 1uestonado' anda assm' o pa da #enomenolo%a 2 marcado pelocent#csmo e suas ex%.ncas- 5omente com sso em mente 2 1ue conse%umosentender melhor suas propos/6es acercadom2todo#enomenol"%coedoe%otranscendental- &m sala debatemos' e concordo com sso' 1ue ao tentar dar contadas ex%.ncas cent$#cas de seu tempo' (usserl entra contrad/0o cons%o mesmopropondo umm2todo 4 vsta sua cr$tca #errenha ao m2todo cartesano 4 eunversas humanos 4 no1ual todohumanoterados e%os' oemp$rco' 1ue2testemunha do mundo como se apresenta7 e o e%o transcendental' o 1ual escapada empra' da mera exper.nca-O modo cr$tco de ver o mundo em rela/0o ao homem 2 vsto por mm como o%rande le%ado de (usserl para os autores 1ue veramemse%uda' tal como)erleau-*ont+' autor 1ue l%a a ntenconaldade da consc.nca ao corpo- ,consc.nca 2 a percep/0o do mundo- ,percep/0o temuma #undamenta/0o#sol"%ca' mas anteror a sso' ela 2 o campo da sn%ulardade' cada humano 2 umcorpo sensoral 8nco-&ste modo de compreender corpo' o a#asta de 1ual1uer no/0o de est$mulo-resposta' o corpo n0o 2 um aut9mato' ele rea%e a uma constela/0o de est$mulos en0o a um elemento solado- :os a3uda a cndr com a dcotoma moderna entrecorpo e mente' entre a ra;0o e o sens$vel- conta do ser-a$por ser caracterstcamente hst"rco-bo%r>#co- A mportante d;er 1ue o ser dohomemacontececomoumcomplexodepossbldades' masn0oreal;atodas-*oder ser 2 a cond/0o de exst.nca do humano e esta cond/0o de abertura' declarera con#ere ao humano seu car>ter ndetermnado- Com a ndetermna/0o emmente' para este texto em espec$#co' 1uero me deter na 1uest0o dacate%or;a/0o-(ede%%er nos #ala do ente das cosas e do ente do homem- ,s cosas e o homemn0o devem ser olhados e tratados da mesma #orma- ,s cosas s0o como s0o' 3> ohomem' comosnal;adoanterormente' 2ndetermnado- ,ssmsendo' n0osedeveaplcar aohomemacate%or;a/0odascosas' essa#ormadeldar comohumano 2 pr"pra da meta#$sca- &nt0o' vamos esclarecer: cate%or;ar n0o 2 erradoou nv>ldo' desde 1ue nos re#ramos Es cosas- )as' se n0o podemos cate%or;ar ohumano' como ldar com ele@,bra/ar andetermna/0osetornaumatare#acomplcada1uandoestamost0omersos no mundo meta#$sco' mas 2 este o camnho- =dar com o humano 2 olharpara sua cond/0o de ser' de acontecer' ao olhar para seus exstencas' se%undo(ede%%er- :0o vou me propor a resumr os exstencas a1u' tanto por n0o mesentr se%uroparatal' comopor sentr 1uen0o2estaatare#are1ustada-Fodava' posso #alar 1ue o acontecer do homem ocorre num mundo 1ue nos 2 dadoenos2n"spto- &1uea#enomenolo%ade(ede%%er 2umapossbldadedecompreender o homem e o mundo como ser-a' nos embasando para uma cr$tca aomodo mpessoal 1ue vvemos e pes1usamos-*or #m' (annah ,rendt' a pensadora pol$tca- &xste um #lerte em mm e (annah,rendt h> al%um tempo- *or ter como ob3etvo pes1usas pol$tca no doutorado' elasempre #o re#erencada como a autora 1ue sera mnha base dentro da#enomenolo%a- Contudo' apesar do #lerte' somente a%ora pude me deter em lersua obra' e #o uma exper.nca e tanto-5em sombra de d8vdas' a no/0o de poder rencar' passar a exstr de outro modo'2apartemas1uerdado1ueapreend nestesemestre- &steponto' acredto'dalo%a coma ndetermna/0o 3> tra;da por (ede%%er- Contudo' pensar nohumano' na ndetermna/0o e no pol$tco 2 al%o po2tco e belo- &m aula debatemos1ue o pol$tco d; de acordos entre pontos de vsta e 1ue o novo se nstala ao reveracordos' esta compreens0o possblta a coexst.nca de d#erentes perspectvas e acra/0o de al%o novo' nunca antes ma%nado' mas 1ue #loresce da vontadehumana-(annah ,rendt'entretanto'con#ere umamportBncasalutaraoGa%enteH'1ue#orane%atvado por (ede%%er-*arao autor'o Ga%enteH eampropredadedecorrente devem ser evtados- *ara tal' o humano precsa se a#astar do mundo-,rendt se%ue por outra va' o Ga %enteH 2 a nterlocu/0o 1ue permte ao humanoexstr no espa/o p8blco e a possbldade de expans0o de hor;ontes-5omente neste cen>ro de nterlocu/0o 1ue o humano 2 capa; de real;ar a/6es- ,a/0o 2 sempre pol$tca' pos' 2 al%o 1ue ocorre entre %uas por meo do d>lo%oentrehomenslvres-Acaracter;adaporserncontrol>vel'#r>%l errevers$vel-?nteressante 1ue todo esse processo da a/0o n0o 2 solt>ro' 2 sempre de coautora-)esmo sendo ncada por um' 2 precso 1ue um coletvo acolha para 1ue ela s%aadante- A necess>ro 1ue os outros testemunhem a a/0o ncada-, pol$tca tra;da pela ,rendt #ala de uma mplca/0o' de uma compreens0o de 1uesomente acordando 3untos' como %uas 2 1ue al%o pode ser ncado- ,pesar demeup2ssmoparacomas stua/6es 1uevenhoobservandoIdemocraca' causa=CBF'causaracal'en#m'1ual1uercausadasmnorasnoBraslJasaulaseosdebates sobre a (annah me #;eram olhar para toda essa con3untura de outro lu%ar'1ue lu%ar 2' anda n0o se- )as estou trabalhando para 1ue meus hor;ontes se3amamplados- !nal;ando o texto' %ostara de a%radecer ao pro#essor e as tr.s pro#essoras peloespa/o smb"lco de aprend;ado- )e ve3o aprendendo ao ouv-lasKlo' comotamb2m' aodalo%armos- ,credto1ueeste2od#erencal domodocomoa#enomenolo%acompreendeo#a;er c.nca' tornaoprocessomas a%rad>vel esens$vel-