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  • 8/12/2019 Trabalho Estruturas Metalicas Breno Nobrega

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    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO MARANHO

    ESTRUTURAS METLICAS

    Aluno: Breno L. da Nbrega

    Cdigo: EC0911011-21

    Curso: Engenharia Civil

    So Luis 2013

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    ESTRUTURAS METLICAS

    Trabalho para aquisio

    de nota para 1 Avaliao.

    So Luis 2013

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    Sumrio

    1. HISTRICO.........................................................................................22. CLASSIFICAO DOS AOS...........................................................3

    2.1 Aos-ca rb ono ..............................................................................42.2 Aos de ba ixa li ga e alt a res is tnc ia (Aos B LAR)..................5

    3. AOS ESTRUTURAIS.......................................................................74. PROPRIEDADES MECNICAS DOS AOS ESTRUTURAIS.........8

    4.1 DIAGRAMA TENS O-DEFORMAC O.......................................94.2 ELASTICIDADE..........................................................................104.3 PLASTICIDADE..........................................................................114.4 TENSES RESIDUA IS...............................................................11

    5. EXEMPLOS DE APLICA O DE ESTRUT. METALICAS.............13

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    INTRODUO

    Dentre os materiais encontrados no nosso dia-a-dia, muitos so reconhecidos

    como sendo metais, embora, em quase sua totalidade, eles sejam, de fato,ligas metlicas. O conceito de metal est relacionado a certo nmero depropriedades facilmente reconhecveis, como por exemplo, o brilho metlico,opacidade, boa condutibilidade eltrica e trmica, ductilidade, etc. Uma ligaconsiste da unio ntima de dois ou mais elementos qumicos onde pelo menosum um metal e onde todas as fases existentes tem propriedades metlicas. Ogrande uso do ao pode ser atribudo s notveis propriedades desta liga, abundncia das matrias primas necessrias sua produo e o seu preocompetitivo. O ao pode ser produzido em uma enorme variedade decaractersticas que podem ser bem controladas, de modo a atender certo usoespecfico. O produto final pode ser algo como um bisturi cirrgico, um grande

    prdio, uma ponte gigantesca ou um petroleiro, um reator nuclear, etc.

    O ao uma liga de natureza relativamente complexa e sua definio no simples, visto que, devido sua austeridade, os aos comerciais no so ligasbinrias. De fato, apesar dos seus principais elementos de liga serem o ferro eo carbono, eles contm sempre outros elementos secundrios, presentesdevido aos processos de fabricao. Nestas condies, podemos definir o aocomo sendo uma liga Ferro-Carbono, contendo geralmente de 0,008% ataproximadamente 2,11% de carbono, alm de certos elementos secundrios(como Silcio, Mangans, Fsforo e Enxofre), presentes devido aos processosde fabricao. O ao a mais verstil e a mais importante das ligas metlicas.Para a maioria das aplicaes de estruturas fixas ou mveis, a importncia daresistncia mecnica , de certo modo relativamente pequena do mesmo modoque o fator peso no primordial. Assim sendo os aos-carbono comuns,simplesmente laminados sem qualquer tratamento trmico, so plenamentesatisfatrios e constituem porcentagem considervel dentro do grupo dos aosestruturais. J em outras aplicaes que se exige uma relao resistncia/pesomais satisfatria que o caso da indstria de transporte onde os equipamentosutilizados como caminhes, nibus, avies, equipamento rodovirio, navios,etc.

    Devido s condies prprias do servio deve-se considerar o pesorelativamente baixo e alta resistncia, por se estar sujeito a esforos severos echoques repentinos, alm da resistncia a corroso adequada, visto que nasseces mais leves, a perda de resistncia por ao corrosiva poderia ser fatal.O que torna o ao estrutural to utilizado fato de que pequenas adies decertos 5 elementos, os chamados elementos de liga, possibilitam uma variadagama de propriedades.

    Destas propriedades, podemos citar as propriedades mecnicas que se dispecomo principal caracterstica dos aos estruturais, ao qual ao longo da histriafizeram deste material um dos mais importantes, seno o mais importante em

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    do material. No menos, mas mais importante que estas duas caractersticas, a tenso de escoamento mnima. Motivo pelo qual esta caracterstica torna-seresponsvel na qualificao dos aos estruturais o que permite a seguinteclassificao: ao carbono de mdia resistncia, ao de baixa resistncia e altaliga e aos ligados tratados termicamente. Neste todo, os aos estruturaisadquirem uma popularidade absoluta perante a vasta rea de aplicaes,tornando-se um produto de extrema importncia.

    1. HISTRICO

    Embora o primeiro metal a ser empregado pelo homem tenha sido,

    provavelmente, uma liga de bronze, o desenvolvimento da metalurgia ocorreudevido necessidade da manufatura do ferro e de sua famosa liga, o ao. Atonelagem de ferro e de ao produzida anualmente representa cerca de 95%da tonelagem total de metais produzida no mundo. Desde quando o homemutiliza o ferro? Essa uma pergunta que os arquelogos ainda noconseguiram responder. Eles, no entanto, encontraram um punhal e umbracelete de ferro dentro da Grande Pirmide do Egito, e atestam que osartefatos datam de mais de 5000 a.C.

    Como o homem descobriu o ferro? Essa outra pergunta de difcil resposta.Dizem que aps um grande incndio na floresta do Monte Ida na antiga Tria(hoje Turquia), o solo ficou repleto de uma forma grosseira de ferro devido grande quantidade do minrio contida no solo da floresta. Entretanto, a maiorparte dos historiadores acredita que o homem descobriu o ferro nos locais dequeda de meteoritos. O domnio da metalurgia do ferro e do ao teminfluenciado, desde sempre, o curso da Histria. Por exemplo, na batalha deMaratona (490 a.C.) os gregos derrotaram o 6 numeroso exrcito persa devidoao uso de armadura de ferro pelos combatentes gregos. No Brasil, a decisode apoiar as Foras Aliadas na 2 Guerra Mundial foi uma troca com o governonorte-americano pela construo da Companhia Siderrgica Nacional (CSN). Oao uma liga metlica composta principalmente de ferro e de uma pequena

    quantidade de carbono (entre 0,002% e 2%), alm de outros elementos comosilcio, mangans, fsforo e enxofre. A manufatura do ao conhecida h maisde 2000 anos.

    Com certeza, o primeiro ao foi obtido quando os elementos constituintes daliga se fizeram presentes acidentalmente durante a forja do ferro. Com otempo, o ao passou a ser produzido introduzindo-se carvo vegetal na forja doferro: a superfcie do metal absorvia parte do carbono do carvo que erainserido martelando o metal. A repetio desse caro processo resultava numacamada externa de ao. Devido ao custo, o emprego do ao ficou durantemuito tempo restrito fabricao de talheres e ferramentas de corte.

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    Em meados do sculo XIX, o ingls Sir Henry Bessemer e o norte-americanoWilliam Kelly descobriram, independentemente, que ao se insuflar ar quente nafundio do ferro retirava-se a maior parte das impurezas. A partir da, aproduo em escala industrial do ao tornou-se vivel, transformando o ao noprincipal metal construtivo. No Brasil, o incio da construo metlica coincide,

    praticamente, com o incio da nossa siderurgia. A nossa primeira usina foi aCompanhia Siderrgica Belgo-Mineira implantada em 1921 para a produo defios, arames farpados, perfis leves, etc. Em 1940, foi criada a ComissoExecutiva do Plano Siderrgico Nacional, e em plena guerra (1941) iniciou-se aconstruo da CSN em Volta Redonda - RJ que entrou em operao em fins de1946. A finalidade da CSN era a produo de chapas, trilhos e perfis que,inicialmente, seguiam a padronizao americana. Para obter a auto-suficinciana produo do ao, o governo patrocinou a partir da dcada de 1960 aampliao do parque siderrgico nacional. Surgiram dessa poltica novasusinas como, por exemplo, a Companhia Siderrgica Paulista (COSIPA) emCubato - SP, a USIMINAS em Ipatinga - MG, a Companhia Siderrgica de

    Tubaro (CST) em Vitria - ES, e a Ao Minas em Ouro Branco - MG. O Brasilproduz atualmente cerca de 25 milhes de toneladas de ao, exportando partede sua produo.

    Para difundir o emprego do ao na construo civil, a CSN criou em 1953 aFbrica de Estruturas Metlicas (FEM) que iniciou a qualificao da mo deobra nacional para o fabrico e o projeto de obras metlicas. 7 As principaisempresas do ramo siderrgico que operam hoje (2006) no Brasil so: ArcelorBrasil, CSN, Gerdau e Usiminas. todas elas so conglomerados de outrasempresas com plantas em diversas cidades. A Arcelor Brasil, por exemplo, resultado da unio da Companhia Siderrgica Belgo-Mineira, CST e Vega doSul, sendo uma subsidiria do Grupo Arcelor.

    2. CLASSIFICAO DOS AOS

    Os aos so classificados em grupos aos quais facilitam o entendimento pelasua vasta rea de aplicaes. Abaixo veremos uma classificao dos aos, quenos permite uma distino entre aos comuns e aos ligados:

    1.Ao-carbono so ligas de Ferro-Carbono contendo geralmente de 0,008% at2,11% de carbono, alm de certos elementos residuais resultantes dos

    processos de fabricao;2. Ao-liga so os aos carbono que contm outros elementos de liga, ouapresenta os elementos residuais em teores acima dos que so consideradosnormais. Esses aos podem ser subdivididos em:

    1. Aos de baixo teor de carbono, com [C] < 0,3%, so aos que possuemgrande ductilidade, bons para o trabalho mecnico e soldagem(construo de ,

    2. edifcios, navios, caldeiras e peas de grandes dimenses em geral).Estes aos no so temperveis;

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    2. Aos de mdio carbono, com 0,3 < [C] < 0,7%, so aos utilizados emengrenagens, bielas, etc.. So aos que, temperados e revenidos, atingem boatenacidade e resistncia;

    3. Aos de alto teor de carbono, com [C] > 0,7%. So aos de elevada dureza e

    resistncia aps a tempera, e so comumente utilizados em molas,engrenagens, componentes agrcolas sujeitos ao desgaste, pequenasferramentas, etc..Os aos-liga, por sua vez, podem ser subdivididos em dois grupos:

    1. Aos de baixo teor de ligas, contendo menos de 8% de elementos de liga;

    2. Aos de alto teor de ligas, com elementos de liga acima de 8%.

    2.1 Aos -carb on o

    Os aos-carbono tm como requisitos fundamentais para estrutura:

    - ductilidade e homogeneidade;- valor elevado da relao entre limite de resistncia e limite de escoamento;- soldabilidade;- susceptibilidade de corte por chama, sem endurecimento;- resistncia razovel a corroso.

    Com exceo da resistncia a corroso, todos os outros requisitos sosatisfeitos em maior ou menor grau pelos aos-carbono, de baixo a mdiocarbono, obtidos por laminao, cujos limites de resistncia trao variam de40 a 50 Kgf/mm2 (390 a 490 MPa) e cujo alongamento gira em torno de 20%.

    De fato, o teor de carbono baixo e o trabalho a quente proporcionado pelalaminao dos perfis estruturais garantem a ductilidade necessria, alem deproduzir uma homogeneidade muito boa em toda a extenso das peas, compequenas variaes de resistncia trao e compresso, variaes essasque, entretanto, no chegam a prejudicar. A ductilidade que esses aosapresentam, por outro lado, garante excelente trabalhabilidade em operaestais como corte, furao, dobramento, etc, sem que se originem fissuras ououtros defeitos. O limite de escoamento, assim como o modulo de elasticidade,

    caractersticos de grande importncia no projeto e calculo das estruturas, sonos aos referidos perfeitamente satisfatrios, sobretudo considerando-se quesua resistncia no deve ser necessariamente muito elevada.

    A soldabilidade um constitutivo muito importante para esse tipo de materialde construo, visto que a soldagem de peas estruturais comum. Os aoscarbono comuns tambm satisfazem plenamente esse requisito, pois podemser soldados sem alterao da estrutura. Da mesma maneira, o corte porchama, muito empregado em peas estruturais, pouco afeta os aos emestudo, sob o ponto de vista de alteraes estruturais, na vizinhana da zonade corte.

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    Por fim, a resistncia corroso s alcanada com adio de pequenosteores se cobre, elemento que, adicionado em teores muito baixos, da ordemde 0,25% melhora aquela propriedade de mais ou menos duas vezes emralao ao mesmo ao sem cobre. Para a maioria das aplicaes estruturais, oteor de carbono desses aos varia de 0,15% a 0,405, com outros elementos (

    Mn, Si e S ) nos teores considerados normais. O ao com carbono e mangansem torno de 2% e 0,50% respectivamente, apresenta limite de escoamento decerca de 24,5 Kgf/mm2 ( 245 MPa ) e limite de resistncia de 42,0 Kgf/mm2(410 MPa).

    Nas estruturas, os perfis de ao-carbono utilizados so os mais diversos,sobressaindo-se os seguintes: barras chatas, cantoneiras, ts, eles, duplos ts,etc. todos esses perfis so produzidos por laminao e empregados nesseestado, geralmente sem qualquer tratamento trmico ou mecnico posterior.

    Os aos de alto carbono em torno do eutetide ou acima j so considerados

    barras, geralmente com tratamento trmico particular ou no estado encruado,em estruturas do tipo pontes pnseis, concretos protendido, cabos, etc.

    2.2 Aos de baix a lig a e alt a res istnc ia (Aos BLAR)

    Os aos estruturais de melhor qualidade contem nquel, cromo molibdnio,chegando at 6% a soma dos teores destes elementos. Pequenos teores deoutros elementos, como boro e vandio, podem tambm ser adicionados. Comestes aos se pode chegar e a Om grande variedade de microestruturas, coma conseqente ampla variedade de propriedades mecnicas. Pode-se fazercom que a austenita se transforme em uma das trs microestruturas bsicas:martensita, bainita e ferrita-perlita, dependendo da velocidade de resfriamentoimposta. A maior temperabilidade destes aos, de fato, pode ser problemticaem aplicaes que envolvam soldagem. A raiz do problema que, emsoldagem, a importncia do fator temperabilidade funciona do mododiametralmente oposto a sua importncia em tratamento trmico.

    Os aos BLAR so com freqncia utilizados na condio temperados erevenidos, o que normalmente lhes confere a melhor combinao deresistncia mecnica e tenacidade. O risco de formao de trincas de tmpera,

    especialmente em peas com formas irregulares, pode ser evitado com o usodo tratamento de martmpera. Este processo, de uso industrial h muitos anos,consiste em resfriar rapidamente a austenita em um banho de sal ou chumbo auma temperatura logo acima do Mi do ao em questo. A pea a mantida otempo mnimo necessrio para uniformizar as temperaturas do centro e dasuperfcie, desta forma aliviando as tenses internas presentes, aps segue-secom resfriamento ao ar de modo que a martensita se formar gradualmente aolongo de toda a seo reduzindo a um mnimo as tenses internas originadaspela transformao A-M.No mesmo seguimento temos os aos bainticos que apresentam uma enormefaixa de propriedades mecnicas e, por isso, o processo industrial de

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    austmpera foi desenvolvida para produzir uma estrutura baintica de baixatemperatura. As propriedades de impacto destes aos so boas nos nveismais altos e nos mais baixos de resistncia mecnica, apresentando valoresbaixos na faixa intermediria. Um prximo passo no desenvolvimento de aosBLAR foi a adoo, em bases comerciais, do tratamento de ausforming. Este

    processo consiste em resfriar o ao at uma temperatura abaixo datemperatura de recristalizao da austenita ( mas acima de Mi ) e efetuar umadeformao plstica severa, seguida de resfriamento at a temperaturaambiente para se produzir a martensita. Os aos baixa liga e alta resistnciaso utilizados toda vez que se deseja:

    -Aumentar a resistncia mecnica permitindo um acrscimo da carga unitriada estrutura ou tornando possvel uma diminuio proporcional da seo, ouseja, o emprego de sees mais leves; Melhorar a resistncia corroso atmosfrica; Melhorar a resistncia ao choque e o limite de fadiga; Elevar a relao do limite de escoamento para o limite de resistncia trao, sem perda aprecivel da ductilidade.

    Dentre os aos pertencentes a esta categoria, merecem destaque os aos dealta resistncia e baixa liga resistentes corroso atmosfrica. Estes aosforam apresentados ao mercado norte-americano em 1932, tendo comoaplicao especfica a fabricao de vages de carga.

    Desde o seu lanamento desenvolveram-se outros aos com comportamentossemelhantes, que constituem a famlia dos aos conhecidos como patinveis.

    Enquadrados em diversas normas, tais como as normas brasileiras NBR 5008,5920, 5921 e 7007 e as norte-americanas ASTM A242, A588 e A709, queespecificam limites de composio qumica e propriedades mecnicas, estesaos tm sido utilizados no mundo inteiro na construo de pontes, viadutos,silos, torres de transmisso de energia, etc. Sua grande vantagem, alm dedispensarem a pintura em certos ambientes, possurem uma resistnciamecnica maior que a dos aos carbono. Em ambientes extremamenteagressivos, como regies que apresentam grande poluio por dixido deenxofre ou aquelas prximas da orla martima, a pintura lhes confere umdesempenho superior quele conferido aos aos carbono. O que distingui onovo produto dos aos carbono, no que diz respeito resistncia corroso,

    o fato de que, sob certas condies ambientais de exposio, ele podedesenvolver em sua superfcie uma pelcula de xidos aderente e protetora,chamada de ptina, que atua reduzindo a velocidade do ataque dos agentescorrosivos presentes no meio ambiente. A Figura 1 mostra as curvas 11 tpicas

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    de avaliao da resistncia corroso de um ao patinvel e de um aocarbono comum expostos s atmosferas industrial, urbana, rural e marinha.

    3. AOS ESTRUTURAISAos estruturais so todos os aos que, devido sua resistncia, ductibilidade,e outras propriedades, so adequados para uso em elementos que suportamcargas. De modo geral, significa ao conformado na forma de perfis,cantoneiras ou chapas, produzido sob certas especificaes, envolvendorequisitos qumicos e propriedades mecnicas e que se prestam construode pontes, edifcios, tanques de estocagem, navios e outras estruturas. Emconstruo civil, o interesse maior recai sobre os chamados aos estruturais demdia e alta resistncia mecnica, termo designativo de todos os aos que,devido sua resistncia, ductilidade e outras propriedades, so adequadospara a utilizao em elementos da construo sujeitos a carregamento.

    Os principais requisitos para os aos destinados aplicao estrutural so:elevada tenso de escoamento, elevada tenacidade, boa soldabilidade,homogeneidade microestrutural, susceptibilidade de corte por chama semendurecimento e boa trabalhabilidade em operaes tais como corte furao edobra, sem que se originem fissuras ou outros defeitos. Dispe-se, nomercado, na forma de chapas, perfis laminados, tubos e barras, de um grandenmero de aos estruturais. Os aos estruturais podem ser classificados em

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    trs grupos principais, conforme a tenso de escoamento mnima especificadana Tabela 3, logo abaixo:

    Tipo Limite de escoamento mnimo (MPa)

    Ao carbono de mdia resistncia 195 a 259Ao de alta resistncia e baixa liga 290 a 345Aos ligados tratados termicamente 630 a 700

    Existem diversas normas nacionais e adventcias que especificam os aosusados no Brasil; as siderrgicas criaram, para alguns aos, denominaescomerciais prprias. Para facilitar a escolha do ao mais adequado a cadautilizao. Na tabela 4, a seguir, um resumo dos principais aos estruturais,caractersticas e resistncias fazendo referncia denominao da ASTM.

    4. PROPRIEDADES MECNICAS DOS AOS ESTRUTURAIS

    As propriedades mecnicas peculiares do ao explicam sua ascenso ao postode principal material de engenharia a ser usado nas grandes estruturas domundo moderno. Contudo, a vertiginosa evoluo tecnolgica que ele mesmoajudou a viabilizar levou ao desenvolvimento de novos materiais e processos,tais como os aos estruturais. Os principais fatores que afetam os valoresmedidos das propriedades mecnicas so a composio qumica, o histricotermomecnico do material, a geometria, temperatura, estado de tenses evelocidade de deformao da estrutura, ductilidade, elasticidade e plasticidade.

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    4.1 DIAGRAMA TENS O-DEFORMAC O

    Uma barra metlica submetida a um esforo crescente de trao sofre umadeformao progressiva de extenso. A relao entre a tenso aplicada (s =F/rea)

    e a deformao linear especfica (e = Dl /l) de alguns aos estruturais pode servista no diagramas tenso-deformao:

    At certo nvel de tenso aplicada, o material trabalha no regime elstico-linear,isto , segue a lei de Hooke e a deformao linear especfica proporcional aoesforo aplicado. A proporcionalidade pode ser observada na figura abaixo, notrecho retilneo do diagrama tenso-deformao e a constante deproporcionalidade denominada mdulo de deformao longitudinal ou mdulode elasticidade. Ultrapassado o limite de proporcionalidade (fp), tem lugar afase plstica, na qual ocorrem deformaes crescentes sem variao de tenso(patamar de escoamento). O valor constante dessa tenso a mais importantecaracterstica dos aos estruturais e denominada resistncia ao escoamento.Aps o escoamento, a estrutura interna do ao se rearranja e o material passapelo encruamento, em que se verifica novamente a variao de tenso com adeformao especfica, porm de forma no-linear. O valor mximo da tensoantes da ruptura denominada resistncia ruptura do material. A resistncia ruptura do material calculado dividindo-se a carga mxima que ele suporta,antes da ruptura, pela rea da seo transversal inicial do corpo de prova.

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    Observa-se que fu calculado em relao rea inicial, apesar de o materialsofrer uma reduo de rea quando solicitada trao. Embora a tensoverdadeira deva ser calculada considerando-se a rea real, a tenso tal comofoi definida anteriormente mais importante para o engenheiro, pois osprojetos so feitos com base nas dimenses iniciais. Em um ensaio de

    compresso, sem a ocorrncia de flambagem, obtm-se um diagrama tenso-deformao similar ao do ensaio de trao.

    4.2 ELASTICIDADE

    Uma pea de ao, sob efeito de tenses de trao ou de compresso sofredeformaes, que podem ser elsticas ou plsticas. Tal comportamento devese natureza cristalina dos metais, pela presena de planos deescorregamento ou de menor resistncia mecnica no interior do reticulado.

    Elasticidade de um material a sua capacidade de voltar forma original emciclo de carregamento e descarregamento (figura 2.3). A deformao elstica

    reversvel, ou seja, desaparece quando a tenso removida. A deformaoelstica conseqncia da movimentao dos tomos constituintes da redecristalina do material, desde que a posio relativa desses tomos sejamantida. A relao entre os valores da tenso e da deformao linearespecfica, na fase elstica, o mdulo de elasticidade, cujo valor proporcional s foras de atrao entre os tomos. Nos aos, o mdulo deelasticidade vale aproximadamente 20 500 kN/cm2.

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    4.3 PLASTICIDADE

    Deformao plstica a deformao permanente provocada por tenso igualou superior fp - resistncia associada ao limite de proporcionalidade. oresultado de um deslocamento permanente dos tomos que constituem o

    material, diferindo, portanto, da deformao elstica, em que os tomosmantm as suas posies relativas. A deformao plstica altera a estruturainterna do metal, tornando mais difcil o escorregamento ulterior e aumentandoa dureza do metal. Esse aumento na dureza por deformao plstica, quando adeformao supera s (vide fig. 2.2), denominado endurecimento pordeformao a frio ou encruamento e acompanhado de elevao do valor daresistncia e reduo da ductilidade do metal.

    4.4 TENSES RESIDUA IS

    As diferentes velocidades de resfriamento, aps a laminao, conforme o graude exposio, da chapa ou perfil laminado, levam ao aparecimento de tenses

    que permanecem nas peas, recebendo o nome de tenses residuais (r). Emchapas, por exemplo, as extremidades resfriam-se mais rapidamente que aregio central, contraindo-se; quando a regio central da chapa resfria-se, asextremidades, j solidificadas, impedem essa regio de contrair-se livremente.

    Assim, as tenses residuais so de trao na regio central e de compressonas bordas, Essas tenses so sempre normais seo transversal daschapas e, evidentemente, tem resultante nula na seo.

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    As operaes executadas posteriormente nas fbricas de estruturas metlicasenvolvendo aquecimento e resfriamento (soldagem, corte com maarico, etc.)tambm provocam o surgimento de tenses residuais. Esse o caso dos perfissoldados onde, nas regies adjacentes aos cordes de solda, permanecemtenses longitudinais de trao aps o resfriamento.

    Por simplicidade, a norma NBR 8800/86 indica um valor nico a ser adotadopara a tenso residual em vigas, r = 115 MPa, para trao ou para

    compresso. Portanto o diagrama tenso-deformao didaticamente adotadopara projeto o apresentado na figura abaixo.

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    Edifcio Tai 101em Taiwan. uma estrutura composta de ao e vidro, com 508 m dealtura.

    Estao Internacional de Waterloo, Inglaterra. Estao ferroviria com estrutura de ao(cobertura treliada) e vidro.

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