trabalho de tópicos integradores ii - jornalismo político
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TRABALHO
DE
TÓPICOS
INTEGRADORES II
JORNALISMO POLITICO
Alunos: Adriana de Moraes
Ana Karla
Jeniffer Nascimento
Natalia Abdon
Thiago Santos
Turma: 10171 NA
Jornalismo Político
O que é?
Chama-se Jornalismo Político a especialização da profissão jornalística nos assuntos relativos à política
que têm influência direta ou indiretamente na vida das pessoas.
Relação com as fontes
Em O jornalismo político exclui o grande público publicado no Observatório da Imprensa, Ricardo A.
Setti comenta a relação dos repórteres com suas fontes: “Há ainda temas como a relação promíscua entre certos
profissionais e suas fontes, os conflitos de interesses que se dão com jornalistas que acumulam funções em
veículos com a atividade de consultoria, a excessiva proximidade de certos repórteres com o governo, ou com a
oposição, em detrimento da necessária (tentativa de) isenção – e outros na mesma área ética.” E Emmanuelle
Anizon em Les 10 dilemmes du journaliste politique publicado na revista francesa Télérama lista o que chama
de dilemas para jornalistas que cobrem o poder entre elas estão:
• jornalista deve ser engajado ou não?
• jornalista deve se ater a fatos da vida privada dos políticos ou não?
• jornalista deve almoçar/jantar com a fonte que está cobrindo?
• jornalista pode pegar carona com a fonte?
http://christofoletti.com/2011/10/11/10-dilemas-do-jornalismo-politico/
Quem pauta o jornalismo político?
Conversar com todos sobre tudo em qualquer lugar ou hora é a função do jornalista político. Qualquer
pessoa poderá ser uma fonte em potencial. Saber opiniões divergentes é o principal passo para um jornalismo
ético e isento.
“Fonte não precisa ter caráter, precisa ter informação. Cabe ao repórter não ser
ingênuo.” Franklin Martins em Jornalismo Político.
O que acontece hoje é que estamos sendo pautados pelos interesses dos magnatas do país. Um exemplo
disso é o caso do bicheiro Carlinhos Cachoeira acusado de envolvimento com a Revista Veja. Isso mostra que o
que é discutido hoje no "jornalismo político" no Brasil diz respeito apenas aos mesmos grupos de poder.
Para quem escrevemos?Jornalistas políticos não parecem produzir suas matérias pensando no grande público. Escrevem para as
fontes e para os colegas.
Uso do politiquês
Se formos analisar a linguagem gramatical das reportagens e coberturas sobre política, veremos que,
estilisticamente, a política é abordada através de um formato cansativo. Não vejo nenhuma outra editoria
jornalística que aborde reportagens de forma tão cansativa e confusa quanto a do jornalismo político.
Geralmente, os leads abordam níveis noticiosos supondo que o leitor está, há tempos, familiarizado com
o tema. Outras editorias têm uma visão que guia o sentido da notícia com mais clareza.
(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_o_jornalismo_politico_regrediu)
Qual o papel social do jornalista?
Didatismo
Ajudar o público a entender como funcionam as instituições políticas e a linguagem utilizada nesse
universo
Desenvolvimento da cidadania
Ser didático não se trata somente de uma obrigação técnica, mas constitui um dever ético do jornalista. Tem a
ver com os fundamentos da nossa profissão, com nossa função social.
CQC e o Jornalismo Político
O programa Custe o Que Custar é uma atração jornalística e ao mesmo tempo envolve um tom de humor
brasileiro, sendo exibido semanal pela Band, desde 17 de março de 2008. A apresentação é feita por Marcelo
Tas, que tem em sua bancada Marco Luque e Oscar Filho, já as reportagens ficam a cargo de Rafael Cortez,
Felipe Andreoli, Monica Iozzi, Mauricio Meirelles e Ronald Rios o mais novo integrante do grupo.
O programa trata os fatos políticos, artísticos e esportivos da respectiva semana com pitadas satíricas e
humorísticas, brincando com as informações, quando editado passa a ter efeitos gráficos e sonoros entre as
matérias. Porém, em algumas matérias, o formato jornalístico do programa perde o seu valor quando exageram
no humor, principalmente em assuntos referentes à política, pois ao trazer o humor em um tema como esse o
público presta atenção não no conteúdo e sim nas piadas. No final das contas o telespectador termina não
entendendo o real objetivo da discussão feita, pois a anedota prevalece sobre a informação.
Tanto que os jornalistas de outras emissoras, que fazem cobertura política, deixam de conseguir uma
declaração séria de algum político porque ele já se irritou com as perguntas pertinentes do pessoal do CQC. Até
o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal entrou em desacordo com o programa depois da
visita da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pois um integrante quis entregar uma máscara
para ela. A diretoria da entidade divulgou nota em que pede aos humoristas que reflitam sobre sua atuação,
"levando em consideração princípios como respeito e profissionalismo".
Mesmo envolvido em polêmicas o programa se destaca inclusive pelas matérias de cunho social com
quadro Proteste Já, que mostra a realidade de algumas comunidades do Brasil e cobra dos governantes uma
posição para resolver o problema mostrado, aí sim o jornalismo é abordado sem piadas e levado a sério. Uma
conclusão pode ser tirada do programa: concordar ou discordar, gostar ou não do CQC, pode não ser isso o
melhor do jornalismo crítico, mas é preciso reconhecer que o CQC acabou resgatando ainda mais a indignação
do povo brasileiro, sob as vestes do humor.
A Revista VEJA
A revista veja foi criada nos molde da revista americana Times, que propõe trabalhar um
discurso analítico e interpretativo da cultura. Porém, a veja utiliza-se de discursos inapropriados da práxis
do jornalismo e dos seus preceitos editoriais. Sabe-se que a imprensa prima pela imparcialidade
(demarcada pela apresentação dos vários lados da notícia), pela valorização do interesse público e ética .
Ao fazer uma analise da Veja na abordagem das reportagens , a mesma demonstra, em geral, que a
revista, ao tratar de política, apresenta um discurso marcado pela subjetividade, evocada pelo uso de
adjetivações e auto-referências. Na maioria das vezes, exerce juízo de valor se igualando ao poder
executivo e judiciário ao acusar e condenar políticos .
Caso Serra e a bolinha de Papel
O Jornal Nacional é o principal organizador dos interesses da burguesia brasileira. É o porta-voz mais
articulado, disfarçando a defesa apaixonada e particular dos interesses de uma classe social como se fossem de
todo o povo e da nação. E esta condição de organizador e propagandista dos interesses burgueses não é
propriamente uma novidade.
Como exemplo podemos citar o caso da espetacularização produzida pelo Jornal Nacional sobre a bola
de papel e o rolo de fita adesiva que, supostamente, atingiram Serra. O acontecimento, como narrado pelo JN,
pareceu ser responsabilidade dos militantes do PT. A reportagem utilizou de inúmeros recursos para convencer
que o candidato José Serra também teria sido atingido por um rolo de fita adesiva.
O espaço cedido ao fato pelo jornal de maior audiência do Brasil, assim como as repetições de frases,
recursos de dramatização e a tentativa explícita de justificar que o candidato José Serra não estava simulando o
sofrimento pela agressão, não só deixou claro a opinião tendenciosa do telejornal como também mostrou que o
JN não é tão imparcial quanto muitos imaginam.
“O que me conforta nessa história toda é que, depois de tanto malabarismo midiático e
partidarizado para provar o peso de sua verdade particular, José Serra será sempre lembrado por ter
sido o protagonista de uma farsa envolvendo uma bolinha de papel.” J.B, Rio de Janeiro- RJ – jornalista.