trabalho de técnicas construtivas ii

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPACÓ- UNOCHAPECO ESQUADRIAS DE FERRO E MADEIRA Claudia Dal Bem Bassotti Edinéia Rontani Chieli Ester Ferron

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Page 1: Trabalho de Técnicas construtivas II

U N I VE RSI D ADE C O MUN IT ÁR I A RE GIO N AL DE CHA PA C Ó -

U N OC HA PE CO

ESQUADRIAS DE FERRO E MADEIRA

Claudia Dal Bem Bassotti

Edinéia Rontani Chieli

Ester Ferron

Page 2: Trabalho de Técnicas construtivas II

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1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................04

2. ESQUADRIAS ...............................................................................................................05

2.1. ESQUADRIAS DE MADEIRA.................................................................................05

2.1.1. Portas ............................................................................................................06

2.1.1.1. Instalação ................................................................................................08

2.1.2. Janelas ...........................................................................................................10

2.1.2.1. Intalação ........................................................................................................11

2.1.3. Conservação e manutenção ...........................................................................13

2.2. ESQUADRIAS DE FERRO .......................................................................................14

2.2.1. Portas ...........................................................................................................15

2.2.2. Janelas .............................................................................................................16

2.2.2.1. Instalação ................................................................................................17

2.2.3. Conservação e manutenção ................................................................................18

3. CONCLUSÃO ....................................................................................................................19

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................20

Page 3: Trabalho de Técnicas construtivas II

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Porta laminada para verniz .................................................................................06

Figura 02: Porta laminada para pintura ..............................................................................06

Figura 03- Porta almofadada simples .................................................................................06

Figura 04: Componentes da porta de madeira ...................................................................07

Figura 05: Aplicação de poliuretano .................................................................................09

Figura 06: Guarnição ........................................................................................................10

Figura 07: Janela veneziana de correr ...............................................................................11

Figura 08: Janela veneziana de abrir .................................................................................11

Figura 09: Janela Guilhotina ..............................................................................................11

Figura 10: Janela de correr sem grade ..............................................................................11

Figura 11: Janela basculante .............................................................................................11

Figura 12: Janela maxim-ar ..................................................................................................11

Figura 13: Componentes da janela ...........................................................................................11

Figura 14: Fixação das cunhas .................................................................................................12

Figura 15: Cunhas fixadas ........................................................................................................12

Figura 16: Aplicação de espuma ..............................................................................................13

Figura 17: Porta corta fogo blindada .................................................................................15

Figura 18: Portão de garagem ...........................................................................................15

Figura 19: Portão de cobre ...............................................................................................15

Figura 20: Porta balcão de correr ......................................................................................15

Figura 21: Porta de abrir ...................................................................................................15

Figura 22: Janela veneziana ...............................................................................................16

Figura 23: Janela de correr ................................................................................................16

Figura 24: Janela basculante .............................................................................................16

Figura 25: Janela de correr .................................................................................................16

Figura 26: Janela maxim-ar ...............................................................................................16

Figura 27: Chumbadores ..................................................................................................18

Figura 28: Contrafecho .....................................................................................................18

Figura 29: Fecho com trinco ..............................................................................................18

Page 4: Trabalho de Técnicas construtivas II

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho pretende dar uma visão geral sobre esquadrias de madeira e ferro, elementos

de grande importância em uma construção, pois alem de embelezarem a obra, iluminam e

protegem o ambiente..

Serão expostos alguns modelos de esquadrias fabricadas com esses materiais, bem como o

processo de instalação e execução. Além disso, serão abordadas algumas formas de se

conservar tais esquadrias ao longo do tempo, prolongando assim a sua vida útil.

Page 5: Trabalho de Técnicas construtivas II

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2. ESQUADRIAS

Esquadrias são elementos de vedação utilizados no fechamento das aberturas, evitando

assim a passagem de agentes externos como calor, chuva, vento, poeira, etc. Fazem parte dos

acabamentos, sendo, portanto, executadas nas etapas finais de uma obra.

A esquadria deve apresentar uma boa estanqueidade ao ar e à água, além de um isolamento

termo-acústico. É importante também que mostre-se resistente às cargas uniformemente

distribuídas e às operações de manuseio. Deve apresentar ainda eficiência na iluminação e

ventilação, durabilidade e, evidentemente, beleza.

Tais características devem ser levadas em consideração ao escolher uma esquadria.

Todavia, além desses fatores, é preciso analisar a ocupação do espaço interno

e externo que as esquadrias apresentam, a facilidade de limpeza, manutenção, utilização e

conservação.

Dependendo do que foi especificado no projeto e da ferragem que vai ser utilizada, portas e

janelas podem assumir diferentes formatos: de abrir, correr, veneziana, vai-e-vem, basculante,

pivotante, sanfonada, etc, com eixo central ou não. Para conseguir combinações de vento e

iluminação pode-se combinar panos opacos e transparentes, venezianas e vidros.

Os tipos mais comuns de aberturas são janelas e portas, porém, existem outros nem tão

comuns, como telas, grades, cobogós, portões, alçapões e gradis.

É importante citar algumas das referências normativas que dizem respeito às esquadrias:

- NBR 10821/11 – Esquadrias externas para edificações

- NBR 10821-1/11 - Esquadrias externas para edificações – Terminologia

- NBR 10821-2/11 - Esquadrias externas para edificações – Requisitos e Classificação

- NBR 10821-3/11 - Esquadrias internas para edificações - Métodos de ensaio

- NBR 15873/10 - Coordenação modular para edificações

- NBR 10821/11- Caixilhos para edificações – Janelas

2.1. ESQUADRIAS DE MADEIRA

Page 6: Trabalho de Técnicas construtivas II

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Há algum tempo, as esquadrias de madeira eram muito utilizadas, mas, hoje, com as novas

tecnologias vem surgindo materiais que estão ocupando seu lugar. Um deles é o PVC.

Apesar disso, as esquadrias de madeira têm as suas vantagens. São duráveis, possuem

isolamento termo-acústico e relativa facilidade de manutenção, apresentam a possibilidade de

pintura em diversas cores e de instalação de grades fixas ou móveis. Além do mais, a madeira

é o material de construção ecologicamente mais correto, e com uma beleza natural

incomparável.

Atualmente, existem no mercado, diversos tipos de madeira, com valores variando de

acordo com a qualidade do produto. Há madeiras mais caras, de excelente qualidade, como

imbuia, cerejeira, mogno, e itaúba; porém, a maioria delas não é encontrada em nossa região.

Por outro lado, madeiras de menor valor, tais como canela, pínus e eucalipto, cuja resistência

é menor. Por isso, são mais recomendadas para aberturas internas.

2.1.1. Portas

O uso de portas de madeira é bastante comum em aberturas internas devido à isolação

acústica, térmica e pela menor incidência de umidade. Visando a estética do ambiente, elas

podem ser de 100% madeira, mdf, compensado, madeira alumínio, laminadas e almofadadas,

etc. Podem ser de montagem artesanal ou já virem prontas para serem instaladas na obra, o

que é a mais comum.

Alguns dos tipos mais comuns de portas (internas e externas) disponíveis no mercado são:

Figura 01: Porta Figura 02: Porta Figura 03: Porta

laminada para verniz laminada para pintura almofada simples

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É importante salientar que as portas são compostas por batente, folha, guarnição, sôcolo ou

soco, mata-junta ou batedeira, e pelas ferragens.

Figura 04: Componentes da porta de madeira

O batente, que guarnece o vão da parede, é um elemento fixo com um rebaixo (jabre)

contra o qual a folha da porta é fixada. Pode ser de três tipos diferentes: aduela, marco ou

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caixão. Aduela é um batente sem rebaixo para o encaixe da folha; marco é um batente com

largura menor que a espessura da parede; e caixão é um batente na largura da parede.

Já a folha, que é o elemento móvel da porta, pode apresentar-se nas versões lisa, maciça,

almofadada ou calha (mexicana). A folha lisa pode ser chapeada ou compensada. A maciça é

executada com duas ou três tabuas, mas não é muito usada. Folhas almofadadas são

executadas com montantes e travessas, equipadas de ranhuras que recebem os machos das

almofadas. Já a calha ou mexicana é feita com sarrafos do tipo macho-fêmea, presos por meio

de travessas sobrepostas na contra-face.

Também componente da porta, a guarnição dá o arremate da parede, é presa no batente e

serve como moldura para a porta. Compreende peças com largura variando de 4 a 9 cm,

trabalhadas ou não, com espessura de 1 a 1,5 cm.

Sôcolo ou soco como também é conhecido, são peça de madeira do mesmo formato da

guarnição, porém mais robusta (seção ligeiramente maio), empregada como arremate da

guarnição junto ao piso.

A mata-junta ou batedeira é uma peça de madeira utilizada para vedar a fresta entre duas

folhas

As ferragens são peças metálicas para a sustentação, fixação e movimentação das

esquadrias, podendo ser trabalhadas. Entre elas é possível citar: dobradiças, fechaduras,

ferrolhos, rodízios, contratestas, cremonas, espelhos, tarjetas, rosetas, carrancas, maçanetas,

fixadores ou prendedores, puxadores e fechos.

2.1.1.1. Instalação

No momento de colocação das portas é possível identificar erros que ocorreram ao longo

do processo construtivo. Por isso, independente do método de instalação da porta deve-se ter

muito cuidado com relação às medidas, prumos, alinhamentos e níveis. Qualquer erro em um

desses elementos pode provocar o mau funcionamento da porta, gerando retrabalhos, gastos

não previstos, atraso nas entregas e insatisfação do cliente.

Antes de iniciar a instalação dos batentes das portas é preciso atentar para alguns cuidados.

É necessário que as paredes estejam com a alvenaria concluída. Os vãos das aberturas devem

estar no prumo e respeitando o projeto, com uma folga de 10 a 15 mm de cada lado. Por

exemplo, para uma porta com 80cm de largura, deve ser deixado 90cm de vão. Também deve

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ser verificado o esquadro do batente, o alinhamento das ombreiras e a correta fixação dos

travamentos. É necessário que as abertura estejam requadradas com reboco, facilitando

fixação da espuma expansiva. É importante ainda que o contra-piso esteja pronto e o nível do

piso já marcado ou com taliscas posicionadas até o nível final do piso.

Diferente do que acontece em grande parte das esquadrias, as de madeiras não são

chumbadas; são, na verdade, coladas com espuma de poliuretano ou silicone. Esse material

apresenta boa aderência, resistência mecânica e durabilidade. Nas portas, ele é responsável

por fixar o batente nos requadros da parede.

As portas chegam, na obra, embaladas em caixas individuais, envoltas por um plástico tipo

isopor que tem a função de protegê-la durante o transporte, de modo a não sofrer danos. A

porta vem enumerada, e esse número é o que deverá estar no vão onde ela será instalada.

O kit da porta vem pronto, e ajusta-se facilmente ao vão da parede. A única parte da porta

que não vem montada de fabrica é a maçaneta. O cilindro e a máquina da fechadura já estão

instalados; basta encaixar a maçaneta no cilindro minutos antes da instalação da porta.

Inicialmente tira-se com cuidado a porta da embalagem, mantendo o plástico até o

momento da colocação.

Retira-se um taquinho que é colocado na parte de baixo da porta para mantê-la reta.Em

seguida, o batente é encaixado no vão e fixado com cunhas na sua parte superior. Feito isso,

são dadas leves batidas na porta com uma mareta a fim de fixá-la e nivelá-la. Com o auxílio

do prumo e do nível verifica-se se o batente travado com a folha está nivelado, colocando –se

cunhas laterais para um ajuste final.

Após, deve-se aplicar a espuma na parte superior e nas laterais do vão entre o batente e o

vão. Na figura 05, é possível observar os locais onde a espuma é aplicada. É importante que

essas áreas estejam limpas e levemente umedecidas, pois isso melhora a aderência e fixação.

Figura 05: Aplicação de poliuretano

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A espuma de poliuretano aumenta em cerca de três vezes o seu volume. Dessa maneira,

doze horas após a sua aplicação, são removidos os excessos com a ajuda de um estilete. O

próximo passo é a retirada das cunhas e espaçadores. São esses espaçadores que não deixam a

espuma expandir tanto, facilitando a aplicação da guarnição nos marcos reguláveis.

A guarnição da parte de dentro do cômodo é maior do que a parte de fora. Caso ela seja

maior do que o tamanho necessário, é cortada no momento de sua instalação com uma serra

de esquadrias. A guarnição chega na obra mais alta do que o tamanho da porta, mas quando é

instalada verifica-se a altura que ela deve ter e faz-se o seu corte. As extremidades da

guarnição são cortadas em um ângulo de 45º (Figura 06), mas, em algumas regiões, costuma-

se usar um ângulo de 90º. A fixação da guarnição ocorre através de suaves marteladas,

seguidas de uma aplicação de silicone nos encaixes da guarnição, o que uniformiza a porta.

Por fim, é necessário verificar se as portas não balançam quando fechadas ou ficam abertas

em qualquer posição, isto é, conferir se não fecham ou abrem sozinhas, se estão bem

alinhadas em relação ao batente, se não estão lascadas ou com rebarbas devido a utilização da

serra e se não estão com marcas de martelo. Também é bom observar as fechaduras,

verificando se a porta pode ser trancada com facilidade.

Page 11: Trabalho de Técnicas construtivas II

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2.1.2. Janelas

O uso das janelas de madeira vem ficando restrito à habitações da alto padrão e às

edificações comerciais, tais como restaurantes e lojas. Isso se deve principalmente ao seu alto

custo. Elas podem ser feitas sob medida para aberturas especificas ou podem ser padronizadas

sendo, portanto, industrializadas.

A seguir, podem ser observados alguns dos tipos de janelas de madeira disponíveis no

mercado:

Figura 07: Janela Figura 08: Janela Figura 09: Janela

veneziana de correr veneziana de abrir guilhotina

Figura 10: Janela de correr Figura 11: Janela Figura 12: Janela

Sem grade basculante maxim-ar

Assim como as portas de madeira, as janelas também são compostas por alguns elementos.

São eles: batente, vidraça, venezianas, guarnição, peitoril, pingadeira (Figura 13).

Figura 13: Componentes da janela

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2.1.2.1. Instalação

Deve ser deixado 1 cm de folga de cada lado na abertura da parede. Por exemplo, para uma

janela de 1,45m x 1,25m precisa ser deixado um espaço de 1,47m x 1,27m.

O produto a ser instalado deve estar totalmente impermeabilizado, inclusive a parte externa

dos batentes, com pelo menos uma demão de verniz. É importante que a cada ano a

impermeabilização se repita.

Em seguida, as cunhas devem ser colocadas entre a janela e a parede. (Figura 14 e 15)

Logo após, o nível, esquadro e prumo precisam ser verificados. As cunhas devem estar

bem justas e sem muita pressão.

O próximo passo é preencher os vãos dos cantos com espuma expansiva de poliuretano

(Figura 16). Como já ressaltado na instalação das portas, essa espuma irá aumentar de

tamanho, então, quando ela secar, é necessário cortar o excedente do produto.

Na parte interna, coloca-se a vista/guarnição e na parte externa preenche-se os vãos entre a

parede e a janela com argamassa de cal, cimento e areia. Caso utilize vista/guarnição nos dois

lados não é necessário preencher os vãos com argamassa.

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Figura 14: Fixação das cunhas Figura 15: Cunha fixada

Figura 16: Aplicação de espuma

2.1.3. Conservação e manutenção

A preservação das esquadrias de madeira requer um cuidado especial. O principal deles diz

respeito à pintura e envernizamento. Fazendo uso de produtos de pintura com boa qualidade, a

pintura pode ser refeita a cada 3 ou 5 anos. Por outro lado, produtos de qualidade duvidosa

podem sofrer desgaste em menos de um ano.

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É válido destacar que os raios solares e a poluição atuam no desgaste da pintura. Logo,

esquadrias externas têm o seu acabamento desgastado mais rapidamente. Para que essas

esquadrias tenham maior durabilidade é recomendado o uso de vernizes à base de água ou

com triplo filtro solar, tais como: esmalte sintético, esmalte à base de água, stain impregnante,

verniz à base de água e verniz com filtro solar. Enquanto isso, esquadrias internas, que não

tem contato direto com raios solares, podem receber acabamento com vernizes e seladores

sem filtro solar.

É importante manter a madeira sempre pintada ou envernizada, tomando cuidado para que

ela nunca comece a ficar “acinzentada”, afinal, este é um sinal de que já perdeu toda a sua

camada de pintura.

O primeiro passo para realizar pintura em madeira é limpá-la, removendo toda a sujeira.

Em seguida, ela precisa ser lixada com lixa 220 ou 280. Feito isso, todo o pó deve ser

removido com pano seco, para que então, a peça receba a primeira demão de tinta ou verniz.

Logo após, a madeira é lixada novamente e o processo finaliza-se com a segunda demão de

tinta ou verniz.

Com relação à limpeza das esquadrias, é indicado fazê-la semanalmente somente com um

pano úmido e sabão neutro, pois a poluição e o acúmulo de sujeira desgastam a pintura com

mais rapidez. É preciso evitar fórmulas de detergentes ou saponáceos, espojas de aço ou

qualquer outro material abrasivo.

Recomenda-se que as portas internas não sejam molhadas de forma alguma. Para limpar o

chão próximo às portas deve ser utilizado apenas um pano úmido, e não deve ser jogada água

nessas áreas. Mais um cuidado com as portas diz respeito às batidas, pois além de causarem

trincas na madeira e na pintura, podem prejudicar as paredes ou a fechadura. Com o intuito de

evitar empenamentos, é interessante manter as portas sempre fechadas.

Dobradiças e fechaduras pedem lubrificação periódica. Isso pode ser feito com uma certa

quantidade de grafite em pó, pois ajudará a manter o seu bom funcionamento. Nas dobradiças

pode ser usado também óleo de máquina, mas sem deixar que ele escorra na madeira

causando manchas.

É relevante ainda que, durante a instalação ou substituição dos vidros, seja utilizado

silicone para sua fixação a fim de que ao ocorram infiltrações de água ou ar.

2.2. ESQUADRIAS DE FERRO

Page 15: Trabalho de Técnicas construtivas II

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As esquadrias de ferro compreendem, além de janelas e portas, grades de sacada, escadas

metálicas, portões basculantes ou não, grades, guarda corpo, corrimão, alçapão, etc. Podem

ser confeccionadas em escala industrial ou não, com perfis laminados em TLI, perfis

cantoneira, perfis tubulares e perfis abertos fabricados com chapas de aço.

O ferro é, sem dúvida, o mais barato dos materiais empregados na composição de

esquadrias. Tem também a vantagem de poder ser facilmente moldado, tanto de formas retas

quanto curvas, através de solda ou fogo.

Todavia, necessita de manutenções preventivas constantes a fim de evitar a sua oxidação, a

qual compromete a resistência e durabilidade do material. Diante disso, o uso do ferro é

contra-indicado em regiões litorâneas, onde o processo de oxidação é acelerado pela ação da

salinidade do ar.

Assim, antes de efetuar a compra de uma esquadria de ferro, é preciso avaliar os custos de

manutenção. Apesar disso, os fabricantes desse tipo de esquadria garantem que, com os

devidos cuidados, o ferro pode ter a mesma durabilidade que qualquer outro material.

2.2.1. Portas

Atualmente, o uso mais comum das portas de ferro está relacionado aos portões de

garagem e portas corta-fogo. Essas últimas, confeccionadas com chapas de alta resistência,

são utilizadas em casas de máquinas e escadas de incêndio, conferindo maior proteção e

segurança à esses ambientes.

Outros modelos de portas, assim como as janelas de ferro, estão mais restritos ao uso em

habitações populares.

Algumas dessas portas podem ser observadas a seguir:

Figura 17: Porta corta-fogo blindada Figura 18: Portão de garagem

Page 16: Trabalho de Técnicas construtivas II

17

Figura 19: Porta de correr Figura 20: Porta-balcão Figura 21: Porta

de correr de abrir

2.2.2. Janelas

Atualmente, o uso de janelas de ferro está mais restrito às habitações populares, devido ao

seu baixo custo se comparado à esquadrias de outros materiais.

Alguns modelos de janelas de ferro estão ilustrados a seguir:

Figura 22: Janela veneziana de correr Figura 23: Janela de correr

Page 17: Trabalho de Técnicas construtivas II

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Figura 24: Janela Figura 25: Janela de correr Figura 26: Janela

basculante com grade elo maxim-ar

Existem alguns fatores de grande relevância para o correto funcionamento das janelas de

ferros, entre eles a escolha de um bom fornecedor e instalador, o rigor na preparação dos vãos,

os alinhamentos e prumos. Dessa forma, o engenheiro da obra precisa atentar para alguns

pontos durante a execução das janelas de ferro:

a) os perfis, cantoneiras e chapas de ferro precisam ser dimensionados por um

profissional capacitado;

b) a esquadria deve apresentar rigidez e estabilidade suficientes com chumbadores

espaçados uns dos outros em até 60cm e solidarizadas com argamassa de cimento e

areia no traço 1:3;

c) peças com vãos grandes e peso elevado devem ter reforços, como tirantes e mãos-

francesas, com resistência suficiente para proporcionar segurança ao conjunto;

d) depois da estabilização do chumbamento, é importante fazer a verificação dos

basculantes, venezianas, etc, e realizar ajustes se necessário;

e) limpeza, execução de proteção contra ferrugem e pintura final precisam ser conferidas.

2.2.2.1. Instalação

Page 18: Trabalho de Técnicas construtivas II

19

Ao receber as esquadrias, deve-se observar se elas estão em perfeitas condições de uso,

sem nenhum tipo de dano e se a cor, modelo e dimensão estão corretos. É necessário que

ordem de compra e nota fiscal estejam compatíveis com o produto entregue.

A esquadria deve ser instalada pelo lado interno do cômodo. Não devem ser assentados

tijolos diretamente sobre a esquadria e, para sua instalação o vão precisa estar livre. Além

disso, tomando como referência as dimensões da esquadria, é necessário que o vão tenha uma

folga de 2 cm na largura e 3cm na altura.

O primeiro passo para a instalação de uma janela é dobrar os chumbadores (Figura 27)

com um alicate, de modo a garantir a fixação da esquadria. O contrafecho (Figura 28) deve

sempre ficar do lado esquerdo e o fecho com trinco (Figura 29), no direito.

Para realizar o chumbamento, a esquadria precisa ser virada deixando o guia inferior para

cima e este preenchido com massa reforçada (areia e cimento) de traço 1:3.

Feito isso é necessário calçar a esquadria por meio de tacos de madeira. Entre os tacos e a

esquadria deve ser posto um pequeno papelão, a fim de evitar qualquer estrago. Deve-se

evitar a colocação de calços no meio da base da esquadria para não envergar os perfis.

Em seguida a esquadria, é fixada e nivelada com a ajuda do prumo e da régua de nível,

tanto horizontal e verticalmente quanto em profundidade. A massa reforçada com traço 1:3

deve ser usada para fixar todos os chumbadores, lembrando que não é recomendado preencher

todo o vão de uma só vez, pois a esquadria pode ser afetada devido ao peso da massa.

Após isso, deixa-se a massa secar, retira-se os calços, e preenche-se o restante do vão, de

maneira a evitar infiltrações.

É bom salientar que se o batente for maior que a largura da alvenaria, faz-se um requadro

externo no contorno da esquadria, para um melhor acabamento.

Caso o reboco ainda não tenha sido feito, o mesmo é executado, contudo, se já estiver pronto,

procede-se à pintura da parede. É evidente que a esquadria precisa ser limpa imediatamente,

caso haja contato da tinta ou do reboco.

Figura 27: Chumbadores Figura 28: Contrafecho Figura 29: Fecho

Page 19: Trabalho de Técnicas construtivas II

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2.2.3. Conservação e manutenção

Esquadrias de ferro tendem a enferrujar e a sua pintura a descascar, sobretudo quando

expostas a agentes externos. Assim, ao realizar pintura sobre ferro, alguns cuidados precisam

ser observados.

Quando se trata de uma superfície nova, sem ferrugem, é indicada a aplicação de uma

demão de fundo óxido de ferro, seguida do acabamento com tinta.

Enquanto isso, em superfícies que já sofreram corrosão, é necessário eliminar essa

ferrugem e aplicar zarcão universal, primer com ótimo poder anticorrosivo e alta resistência

ao atrito e à ação das intempéries. Ele é de fácil aplicação e de secagem rápida, além de

apresentar boa cobertura, rendimento, espalhamento, aderência, flexibilidade e dureza. Devem

ser aplicadas duas demãos de zarcão, cruzando as passadas, em intervalos de 8 a 12 horas.

Essa operação pode ser feita com o auxílio de pincel ou trincha de cerdas macias, rolo de

espuma ou pistola convencional. Feitas as duas demãos de zarcão, é preciso aplicar sobre ele

produtos de acabamento, completando desse modo o sistema de pintura.

Convém lembrar ainda que esquadrias de ferro necessitam receber duas demãos de esmalte

sintético a cada doze meses. Em esquadrias externas, vernizes e esmaltes brilhantes tem

melhores resultados, afinal, são mais resistentes que produtos foscos ou acetinados.

Uma alternativa para diminuir os efeitos da corrosão nas esquadrias de ferro é a

galvanização. Esse processo consiste em revestir as peças com uma fina camada de zinco, a

qual precisa ser “gasta” antes de a corrosão atingir o ferro.

Vale ressaltar que para a limpeza das esquadrias de ferro devem ser usadas água,

detergente neutro e uma esponja ou pano macio. Em áreas rurais e urbanas, é recomendado

efetuar a limpeza de 3 em 3 meses.e, em zonas industriais, todo o mês. Esponja de aço ou

produtos químicos (solventes, ácidos, etc.) não devem ser aplicados sobre as esquadrias de

ferro, afinal, isso poderia acarretar em manchas ou opacidade do material.

Page 20: Trabalho de Técnicas construtivas II

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No caso de janelas, é bom limpar os trilhos com frequência, de forma a evitar o acúmulo

de poeira que com o tempo vai formando crostas difíceis de serem removidas e que acabam

interferindo no desempenho da esquadria. Quanto às portas, essa mesma afirmação é válida

para as dobradiças e batentes.

Além do mais, após a lavagem do produto, é necessário secá-lo com pano seco e macio,

evitando assim o surgimento de manchas.

3. CONCLUSÃO

Foi possível perceber que existe à disposição do consumidor uma grande variedade de

esquadrias, e uma série de requisitos a serem avaliados antes de efetuar a sua compra. Assim,

Page 21: Trabalho de Técnicas construtivas II

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o cliente tem a possibilidade de selecionar o produto que melhor atende as suas necessidades

econômicas, de segurança, bem-estar, etc.

Cabe ressaltar que o uso das esquadrias de madeira está mais voltado para portas internas

de edificações; enquanto que esquadrias de ferro estão mais presentes em habitações

populares na forma de janelas.

Verificou-se ainda que a instalação de qualquer esquadria precisa ser realizada de maneira

a manter a durabilidade, estanqueidade, eficiência de ventilação e iluminação, e perfeita

estética do produto. Para tanto, é fator preponderante a correta execução e a obediência aos

requisitos estabelecidos em projeto.

Além do mais, independentemente do material com o qual é confeccionada, uma esquadria

exige cuidados de manutenção e conservação. É evidente que tais cuidados precisam ser

respeitados, afinal, isso proporciona um melhor desempenho da peça ao longo de sua vida

útil.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CEHOP. Esquadrias de ferro. Disponível em: < http://187.17.2.135/orse/esp/ES00115.pdf>.

Page 22: Trabalho de Técnicas construtivas II

23

FAZ FÁCIL. Como pintar ferro. Disponível em: <http://www.fazfacil.com.br/reforma-con

strucao/como-pintar-ferro/>.

MADEPLAN Madeiras. Como conservar esquadrias de madeira. Disponível em:

<http://www.madeplan.com.br/dicas/index.asp#dica2>.

METALIKA. Produtos. Disponível em: <http: //www.metalika.com.br>.

MIRANDA, Fernando F. R. Esquadrias – Aplicações: Método de Execução. Universidade

Federal do Paraná. Disponível em:

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