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FundAMENTOS RABALHODA SEGURANÇÃ DO T

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UNIVERSIDADE CATLICA DE PERNAMBUCO

DAYVSON MANOEL GOMES DA SILVA

FUNDAMENTOS DE SEGURANA DO TRABALHO

Recife2015UNIVERSIDADE CATLICA DE PERNAMBUCO

DAYVSON MANOEL GOMES DA SILVA

FUNDAMENTOS DE SEGURANA DO TRABALHO

Trabalho apresentando como requisito para composio do 1 GQ da disciplina Eventos e Segurana ministrada pelo Prof. Bda Barkokebas.

Recife2015APRESENTAO

O presente trabalho tem o intuito de esclarecer os principais termos utilizados na segurana do trabalho, assim como demonstrar alguns procedimentos para identificao, anlise e controle de riscos.A primeira parte apresenta brevemente a situao da segurana do trabalho no Brasil e no mundo, assim como a importncia de todos que fazem o processo de segurana, como rgos de gesto, profissionais e empresas.No segundo captulo, apresentamos as principais definies dos termos utilizados no dia a dia da segurana do trabalho.Em seguida, a definio de riscos e perigos, e como identific-los, avali-los e elimin-los, sejam isolando ou sinalizando estes riscos.E finalmente as causas e consequncias dos acidentes, realidade to presente no nosso dia a dia.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Acidentes de trabalho por situao de registro e motivo14Tabela 2 Custos por acidente 15

LISTA DE ABREVIATURAS

MTE Ministrio do Trabalho e EmpregoOIT Organizao Internacional do TrabalhoCAT Comunicao de Acidente de TrabalhoNETP Nexo Tcnico Epidemiolgico PrevidencirioNTDEAT Nexo Tcnico por doena equiparada a acidente de trabalho)

SUMRIO

1. INTRODUO081.1 Dimenso do problema em nvel mundial081.2 Dimenso do problema em nvel nacional111.3 A importncia do empenho dos rgos de gesto151.4 A importncia da formao171.5 O papel dos profissionais de sade e segurana182. CONCEITOS E DEFINIES202.1 Segurana do trabalho202.2 Acidente de trabalho212.2.1 Conceito legal212.2.1.1 Leso corporal212.2.1.2 Perturbao funcional222.2.2 Conceito prevencionista232.2.2.1 Conceito de incidente232.2.2.2 Conceito de perda232.3 Relao acidente x incidente242.4 Tipos de acidente de trabalho252.4.1 Acidentes tpicos252.4.2 Doenas ocupacionais252.4.2.1 Doenas profissionais252.4.2.2 Doena do trabalho252.4.3 Acidentes de trajeto253. RELAO RISCO X PERIGO263.1 Definies263.1.1 Definio de perigo263.1.2 Definio de risco263.1.3 Definio de riscos ocupacionais263.2 Fases da preveno de acidentes263.2.1 Identificao de riscos e perigos263.2.2 Avaliao dos agentes x riscos273.2.3 Controle de riscos284. METDOS DE CONTROLE294.1 Definies294.1.1 Preveno294.1.2 Proteo294.2 Principais medidas de segurana294.2.1 Eliminao dos riscos294.2.2 Isolamento dos riscos304.2.3 Sinalizao dos riscos305. CAUSAS E CONSEQUNCIA DOS ACIDENTES326. CONCLUSO337. QUESTES PROPOSTAS348. REFERNCIAS38

1. INTRODUO

A Segurana do trabalho mais que essencial em toda e qualquer atividade, na verdade, ela nem era para ser notada, pois os profissionais de segurana buscam treinar e abastecer de informaes para que se tomadas as providncias necessrias, nenhum acidente ou incidente venha a ocorrer.Desde o perodo da revoluo industrial, os acidentes de trabalho comearam a demonstrar nmeros bastantes expressivos, era notrio a necessidade de implementao de polticas de segurana no trabalho, mas que para isso todos que participam direta ou indiretamente do processo devem estar engajados, seja, empresrios, colaboradores ou profissionais de segurana.Mas ainda hoje, os nmeros continuam bastante expressivos, apesar de uma drstica mudana daquela poca aos dias atuais, o que fazer? Como agir, os acidentes de trabalho continuam em nmeros bastante altos, e de difcil controle.

1.1 Dimenso do problema em nvel mundialNos ltimos anos, de acordo com o Organizao Internacional do Trabalho (2009), a sade e a segurana no local de trabalho melhorou na maioria dos pases industrializados, porm, nos pases em desenvolvimento esta melhora no foi to substancial, atribui-se grande parte a isso, identificao e informao inadequada dos acidentes e doenas, alm da falta de atualizao de mecanismos informativos Anualmente, conforme a prpria organizao estima-se, que ocorrem 250 milhes de acidentes de trabalho, e o que pior, 335.000 destes acidentes so letais, e apesar dos altos nmeros, como muitos pases no mantm seus registros na ntegra, pode ser que estes nmeros sejam ainda maiores. Mas por qu o nmero de acidentes mortais mais elevado nos pases em desenvolvimento do que nos pases industrializados? A resposta est nos programas mais eficazes de preveno em matria de segurana e sade no trabalho, melhoria dos primeiros socorros e aos servios de medicina do trabalho existentes nos pases industrializados, e um dado bastante interessante, incluir o prprio trabalhador no processo de tomada de deciso nas questes relativas a este assunto. (ORGANIZAO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2009)Identificar a causa de um acidenteFrequentemente, os acidentes so provocados por negligncia do empregador, quando no forneceu formao adequada, ou do fornecedor, quando no prestou informaes erradas sobre um produto. Da a importncia de investir em servios de sade ocupacional, incluindo a formao de mdicos para a identificao de doenas profissionais nas suas fases iniciais. (ORGANIZAO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2009)DoenasAlgumas doenas profissionais foram reconhecidas ao longo desses anos, e que podem afetar os trabalhadores de vrias formas, natureza do perigo, da via de exposio, da dose entre outras.A Organizao Internacional do Trabalho cita algumas doenas profissionais como:Abestose doena provocada por partculas de amianto; Silicose Provocada pela slica;Envenanamento por chumbo;Perda auditiva induzida pelo rudo;Existem tambm doenas que no diretamente esteja ligada ao trabalho, mas exposio a condio deficientes tambm pode ocasionar, o caso de doenas cardacas, distrbios msculo-esquelticos, alergias, problemas do aparelho reprodutor, distrbios relacionados ao estresse. (ORGANIZAO INTERNACIONAL DO TRABALHO, 2009)Em 2015, a Organizao Internacional do Trabalho voltou a disponibilizar dados sobre acidentes de trabalho dos pases em seu site, apesar de que destes dados alguns pases tem vises diferenciadas do conceito de acidente de trabalho, ou que por outro lado nem mandam estes dados para OIT. (ANURIO BRASILEIRO DE PROTEO, 2015)Ainda de acordo com o anurio (2015), China e ndia, declararam nmeros baixos de acidentes, o que pode no corresponder a realidade, tendo em vista a enorme quantidade de trabalhadores, mas em relao ao nmero de mortes, chega bastante prximo dos nmeros reais.Para combater estes problemas, Chagas, Salim e Sevo (2012, pg 39-40) cita diversas formas e sistemas de inspeo de trabalho no mundo, todas seguindo obrigatoriamente as convenes 81 e 129 da Organizao Internacional do Trabalho, que so:1. Zelar pelo cumprimento das disposies legais relativas s condies de trabalho e proteo dos trabalhadores em atividade laboral (sobre salrios, jornadas, contratos, SST etc.). A funo no simplesmente verificar o cumprimento da legislao trabalhista, mas sim obter a sua implementao efetiva. Deve-se pautar pelo princpio da legalidade, isto , ter por base a legislao nacional existente sobre a matria, embora muitas vezes insuficiente e parcial. 2. Fornecer informaes tcnicas e assessorar os empregadores e trabalhadores sobre a maneira mais efetiva de cumprir a legislao trabalhista existente. Os inspetores do trabalho tm a obrigao de orientar as partes envolvidas no processo de trabalho sobre a melhor maneira de evitar e corrigir as irregularidades encontradas. 3. Levar ao conhecimento da autoridade competente as deficincias e os abusos que no estejam especificamente cobertos pelas disposies legais existentes. Como os inspetores do trabalho tm acesso direto realidade do mundo do trabalho, so observadores privilegiados de qualquer insuficincia da legislao social na rea. Assim sendo, possuem uma funo propositiva fundamental para a melhoria das normas de proteo aos trabalhadores. A amplitude das misses da inspeo trabalhista varia de pas para pas. A competncia dos inspetores pode ser restrita a um campo especfico, ou pode ser geral e abarcar toda a legislao laboral. Eles podem tambm atuar por ramos de atividades econmicas, ou mesmo em regies especificas. Os autores ainda citam os tipos de inspeo trabalhista (CHAGAS;SALIM;SEVO, 2012, Pg. 40 e 41).

1. Modelo generalista: a inspeo do trabalho tem vrias responsabilidades abrangendo SST, condies e relaes do trabalho, trabalho de migrantes e emprego ilegal. Frana, Portugal, Espanha, Japo e a maioria dos pases de lngua francesa e da Amrica Latina de lngua espanhola seguem este modelo. 2. Modelo Anglo-Escandinavo: a caracterstica mais comum deste modelo que a inspeo tem competncia principalmente na aplicao das normas de SST, alm de algumas condies gerais de trabalho (usualmente excluindo salrios). Presente nos pases nrdicos, Reino Unido, Irlanda e Nova Zelndia. 3. Modelo federal: a inspeo do trabalho tem ampla gama de responsabilidades, incluindo SST, alm de outros atributos das relaes de trabalho. A autoridade central delega funes s unidades descentralizadas ou a governos regionais. Austrlia, Brasil, Canad, Alemanha, ndia, Sua e os Estados Unidos usam este modelo, em maior ou menor extenso. O Ministrio do Trabalho e Emprego e a Sade e Segurana no Trabalho 4. Especialistas e inspees associadas: alm da inspeo do trabalho principal, muitos pases tm outras inspees setoriais, com especialistas tcnicos inspecionando reas limitadas, sendo mais comum a atuao em minas, instalaes nucleares e transportes. A ustria, por exemplo, tem uma inspeo especfica para este ltimo setor.

1.2 Dimenso do problema a nivel nacionalNo Brasil, durante o perodo colonial e imperial (1500-1889), o trabalho era predominantemente realizado por ndios e negros, e os homens livres pobres. Existia uma mnima preocupao acerca das condies de segurana de sade e trabalho. Somente com o processo de industrializao, durante a Repblica Velha (1889-1930), que iniciou-se um processo de legislao de proteo aos trabalhadores, que foi ampliada no Governo Vargas (1920-1945), com a Consolidao das leis do trabalho (CLT), instituda pelo Decreto-lei n 5.452, de 1 de maio de 1943. (CHAGAS;SALIM;SEVO, 2012)Munakata (1984) afirma que a legislao buscou manter as demandas sociais e trabalhistas sob o controle do Estado, dada a a criao do Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio em 26 de novembro de 1930.A Legislao foi modificada posteriormente, pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil, em 10 de outubro de 1988, mantendo muito dos princpios em total vigncia, como as definies de empregador e empregado, contratos para o trabalho, a prpria Justia do trabalho e o Ministrio Pblico, j a fiscalizao do trabalho, s passou a ter ao realmente efetiva depois de vrios anos (CHAGAS;SALIM;SEVO, 2012).O Brasil registrou no ano de 2013, 717.911 acidentes, um acrscimo de 0,55% em relao 2012) e 2.797 mortes (acrscimo de 1,05%). Nesta ordem, as perdas financeiras so visveis, com a concesso de benefcios acidentrios, reduo da produtividade e o principal, vidas interrompidas pelas ms condies de sade e segurana. (ANURIO BRASILEIRO DE PROTEO,2015)Apesar dos esforos do governo, de empresas, entidades e profissionais da rea de Sade e Segurana do trabalho em adotar medidas preventivas, elas no vem surtindo muito efeito na segurana e vida do trabalhador.As estatsticas so preocupantes, porm, as coisas devem ser muito pior, pois os nmeros apresentados conta apenas com os 48.948.433 trabalhadores com vnculos formais (celetistas, temporrios, avulsos, entre outros). Nestes nmeros no esto inclusos os empregados informais, trabalhadores domsticos informais, profissionais autnomos, empregadores, militares e estatutrios (ANURIO BRASILEIRO DE PROTEO, 2015).De acordo com o Anurio Brasileiro de Proteo (2015), no Brasil, para cada acidente de trabalho, emitido uma CAT (Comunicao de acidente de trabalho), independente de afastamento, ou ainda ainda as NTP/T (Nexo tcnico profissional ou do trabalho), NTEP (Nexo tcnico Epidemiolgico Previdencirio) e NTDEAT (Nexo tcnico por doena equiparada a acidente de trabalho).Ainda de acordo com o referido Anurio (2015), dos acidentes registrados em 2013, dos 559.081 com CAT registrado, em torno de 77,88% do total registrado, 432.254 foram acidentes tpicos, 111.601 acidentes de trajeto e 15.226 doenas ocupacionais. Sem o CAT registrado 158.830 acidentes.Em 2013, os acidentes tpicos atingiram sua pior marca em 20 anos, s perdendo para o ano de 2008, pior ainda para os acidentes de trajeto, estes tipos atingiram o pior resultado em 44 anos, desde 1970.Os prejuzos so imensurveis, tanto para os familiares das vtimas, quanto para as empresas, e a previdncia Social, em 2013 foram registrados 2.797 bitos, 610.804 incapacitados temporrios, 14.837 incapacitados permanentes para o exerccio profissional e 108.940 que receberam assistncia mdica (ANURIO BRASILEIRO DE PROTEO, 2015)Anlise dos acidentesAs informaes a seguir foram todas retiradas do Anurio Brasileiro de Proteo (2015).A regio Sudeste lidera as estatsticas dos acidentes e bitos laborais no pas, mais da metade dos acidentes registrados em 2013, e quase a metade das mortes ocorreram no sudeste. Apesar do alto numero de acidentes de trabalho nesta regio, ela foi a que menos contribui para o aumento dos nmeros em 2013, os ndices permaneceram praticamente inalterados com relao a 2012, com 86 acidentes a menos e 8 mortes a mais.Na segunda posio, a regio Sul com 158.113 acidentes, o que corresponde a 22,02% do total do Brasil e 547 mortes, com uma elevao de 5% no ano de 2012.O nordeste aparece em terceiro lugar com 86.225 acidentes (12,01% do total nacional) e 445 mortes, seguido da Regio Centro-Oeste com 51.387 (7,16%) e 291 bitos e finalmente a Regio Norte, com 31.275 acidentes (4,36%) e 187 mortes, uma observao desta regio que ela aumentou a contratao de mo de obra, porm teve queda no nmero de bitos.

Anlise dos acidentes por setoresAnalisando os acidentes de trabalho por setor de atividades econmicas, o setor de servios campeo com 360.207 acidentes, correspondendo a mais da metade, exatamente 50,17% do total, houve um considervel aumento nos nmeros, mas se comparados a aumento de contratao que ocorreu neste ano, o ndice acaba sendo proporcional o seu crescimento.Na contra mo, o setor da indstria onde a contratao continua crescendo, porm os acidentes continuam baixando, em 2013 totalizou 308.816, uma reduo de 0,7% se comparado ao ano de 2012. Porm, a taxa de acidentalidade a mais alta entre os setores de atividade econmica, 2.597 acidentes por 100 mil trabalhadores.Finalmente, o setor agropecurio que contabilizou 23.440 acidentes, que acresceu o nmero de contratados e decresceu na taxa de acidentes.A seguir quadro sobre os tipos de acidentes por estado retirados do Anurio Brasileiro de Proteo (2015).

1.3 A importncia do empenho dos rgos de gestoA Organizao Internacional do trabalho apresenta Diretrizes sobre sistemas de gesto da segurana e sade no trabalho no mundo, pois de acordo com a prpria OIT, a legislao essencial, mas insuficiente em si para lidar com tantas mudanas ou acompanhar os passos dos novos riscos. Essas diretrizes servem de apoio ao esforo que as organizaes para as organizaes enfrentarem continuamente os desafios da segurana e sade no trabalho, transformando respostas efetivas em partes permanentes de estratgias de gesto dinmicas (DIRETRIZES...2005)As diretrizes foram preparadas envolvendo a OIT e seus constituintes, sendo tambm definidas por princpios de segurana e sade no trabalho internacionalmente acordados, estabelecidos em padres internacionais de trabalho pertinentes.No plano nacional, as diretrizes devem: (DIRETRIZES...2005, pg. 13)a) Servir para criar uma estrutura nacional para os sistema de gesto da SST sustentados , preferencialmente, por legislao nacional.b) Fornecer orientao para o desenvolvimento de mecanismos voluntrios que reforcem o cumprimento de regulamentos e padres, e com vistas melhoria contnua dos resultados em matria de SST.c) Fornecer orientaes sobre o desenvolvimento tanto de diretrizes nacionais como de diretrizes especficas relacionadas ao sistema de gesto da SST, a fim de responder adequadamente s necessidades reais das organizaes, de acordo com o seu porte e a natureza de suas atividades.No Brasil, apresentamos como rgos de gesto de segurana do trabalho, entre outros, o Ministrio do Trabalho e emprego, que foi organizado em fevereiro de 1931, atravs do Decreto n 19.667/31, nos anos seguintes foram criadas as inspetorias Regionais e as Delegacias do Trabalho Martimo, que a poca eram denominadas Delegacias Regionais do Trabalho. Em 1960, passou a ser denominado Ministrio do Trabalho e Previdncia Social (MTPS) ((CHAGAS;SALIM;SEVO, 2012).Depois de diversas mudanas, finalmente em 1 de janeiro de 1999, passou a ser Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), sua atual denominao. CHAGASDentro do Ministrio do Trabalho e Emprego, as aes de segurana e sade no trabalho esto particularmente afeitas Secretaria de Inspeo do Trabalho (SIT), que tem como principal atribuio: (CHAGAS;SALIM;SEVO, 2012).Formular e propor as diretrizes da inspeo do trabalho, inclusive do trabalho porturio, tendo como prioridade estabelecer polticas de combate ao trabalho forado, infantil, e qualquer outras formas de trabalho degradante.1. Formulao e proposio de diretrizes e normas de atuao da rea de segurana e sade do trabalhador.2. Aes, que visem otimizar sistemas de cooperao mtua, troca de informaes e integrar as aes entre as fiscalizaes federais.3. Promoo de estudos da legislao do trabalho, e aperfeioa-los.4. Acompanhar o cumprimento, em mbito nacional, acordos e convenes ratificados pelo governo brasileiro junto a organismos internacionais.5. Baixar normas relacionadas com a sua rea de competncia.As normas regulamentadoras NR, relativas segurana e medicina do trabalho, so de observncia obrigatria pelas empresas privadas e pblicas e pelos rgos pblicos da administrao direta e indireta, bem como pelos rgos dos poderes Legislativo e Judicirio, que possuam empregados regidos pela Consolidao das Leis do Trabalho CLT. (MTE,1978) a secretaria de Segurana e Sade no trabalho, conforme consta no tem 1.3 da Norma Reguladora 01 (MTE, 1978), como rgo de mbito nacional para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurana e medicina do trabalho, e de acordo com a lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que alterou o captulo V do Ttulo da Consolidao das leis do trabalho, relativo a segurana e medicina do trabalho, incumbindo ao referido rgo de mbito nacional a competncia de segurana e medicina do trabalho com as seguintes atribuies:(BRASIL, 1977)1. Estabelecer, nos limites de sua competncia, normas sobre a aplicao dos preceitos deste captulo, especialmente os referidos no art. 200;2. Coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalizao e as demais atividades relacionadas com a segurana e a medicina do trabalho em todo o territrio nacional, inclusive a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho;3. Conhecer, em ltima instncia, dos recursos, voluntrios ou de ofcio, das decises proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matria de segurana e medicina do trabalho.Para um bom desenvolvimento do programa de sade e de segurana, deve haver empenho de todos os envolvidos, tanto dos trabalhadores no sentido de manter um local de trabalho seguro e saudvel, como dos prprios rgos de gesto, pois uma boa gesto implementa uma poltica de preveno de todos os riscos no local de trabalho, identificando e avaliando inclusive os que no so abrangidos pelas normas governamentais existentes. BureauTodos os nveis de gesto, devem trabalhar em conjunto, tendo como prioridade a sade e a segurana, implementar uma comunicao eficaz, visitar o local do trabalho, conversar com os trabalhadores sobre suas preocupaes, e observar procedimentos e os equipamentos de trabalho. Do topo at o nvel da base, os trabalhadores devem saber quem responsvel pelas diferentes questes de sade e segurana.

1.4 A importncia da formao Os trabalhadores vivenciam problemas de sade relacionados com sua atividade profissional, porm muitas vezes no tem conscincia que os mesmos esto relacionados com a sua profisso, principalmente, quando a doena profissional se encontra ainda numa fase inicial.Alm dos benefcios mais comuns de uma formao em segurana do trabalho, o trabalhador poder ainda reconhecer sinais/sintomas iniciais de quaisquer doenas que sejam relacionadas ao trabalho, antes que evolua para uma posio onde no haver mais retorno, como tambm avaliar o ambiente do trabalho, como tambm fiscalizar e solicitar aos rgos de gesto realizar mudanas no ambiente de trabalho, antes que chegue em um estgio de risco.

1.5 O papel dos profissionais de sade e segurana

Para os servios de segurana do trabalho, faz-se necessrio a formao de profissionais adequadamente preparados para buscar qualidade, visando a melhoria de condies dos locais do trabalho, e claro a reduo dos nveis de risco, melhorando a produtividade e competitividade nas empresas. (Projeto pedaggico do curso tcnico integrado em segurana do trabalho do IFPE MG, 2015)O Programa de Mobilizao da Indstria Nacional de Petrleo e Gs Natural apresenta em seu site, informaes sobre as categorias profissionais para este tipo de indstria, e cita para o profissional de Segurana do trabalho, que seu trabalho se caracteriza pela:- Adoo de estratgias que levam os trabalhadores a desenvolver atitudes conscientes para o trabalho seguro durante a realizao de suas atribuies. Visa, ainda, implantar preceitos e valores de segurana, no esforo de integra-los qualidade do trabalho e do meio ambiente, ao processo produtivo e ao controle de custos das empresas. um profissional que atua de maneira proativa junto aos trabalhadores, valorizando as equipes e tendo a preveno de acidentes de trabalho como sua principal atribuio.(PROMIMP, 2015)Ainda de acordo com o programa, a segurana do trabalho afeta todos os trabalhadores de uma empresa, e dependendo do caso, dever haver mudana de hbitos e procedimentos, para que a empresa pratique uma cultura preventiva. Durante os processos de transio, muitas pessoas criam resistncias, ou subestimam a importncia de certas prticas, cabendo ao profissional de segurana, conscientizar os trabalhadores, informar e treinar sobre os riscos, normas e procedimentos aplicveis. Os profissionais utilizam de vrios meios, como apresentaes, palestras, seminrios, treinamentos, reunies, e outros recursos de acordo com cada caso.Os tcnicos devem inspecionar locais, instalaes e equipamentos da empresa, sempre observando as condies, e quando se fizer necessrio, manuteno de equipamentos e instrumentos de segurana. ele que lidera e orienta as equipes no controle de emergncias, conduzindo veculos, operando equipamentos e sistemas de combate a incndio, pesquisa e compacta dados dos indicadores de segurana, participa dos programas de auditoria e de aes de reconhecimento e avaliao dos agentes de riscos ambientais, e no tocante a orientaes aos trabalhadores, quanto ao uso de equipamentos de proteo individual (PROMINP, 2015)

2. CONCEITOS E DEFINIES

2.1 - Segurana do trabalhoPeixoto (2011) afirma que a Segurana e medicina do trabalho visa basicamente garantir condies adequadas sade e bem estar do trabalhador, compreendendo em um conjunto de medidas preventivas adotadas no ambiente de trabalho, visando minimizar acidentes, doenas ocupacionais bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do empregado. A Segurana no trabalho no Brasil definida por normas e leis, composta pelas normas regulamentadoras, Normas regulamentadoras rurais, leis complementares e tambm as convenes das Organizaes Internacional do Trabalho ratificadas pelo Brasil (BRASIL, 1943).As normas reguladoras so obrigatrias para empresas sejam elas pblicas ou privadas, rgos da administrao direta ou indireta e dos poderes legislativos que possuam empregados regidos pela Consolidao das leis do trabalho.O artigo 157 da CLT afirma que as empresas devem:I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina do trabalho;II - instruir os empregados, atravs de ordens de servio, quanto s precaues a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenas ocupacionais;III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo rgo regional competente;IV - facilitar o exerccio da fiscalizao pela autoridade competente.Nada impede tambm que as empresas criem normas prprias afim de auxiliar as melhoras na preveno de acidentes do trabalho, que devem ser seguidas pelo empregado, caso contrrio, motivo de demisso por justa causa (BRASIL, 1943)Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2006) afirma que criar um ambiente de trabalho saudvel e seguro para o trabalhador fundamental para empresas que se preocupam com sua imagem, e claro tambm com sua produtividade, pois, um bom ambiente de trabalho vai diminuir seus custos com acidente de trabalho e vai proporcionar uma melhor qualidade de vida a seus empregados. No Brasil, no era de praxe, uma cultura de orientao aos empregados sobre sua segurana, deixando nas mos dos mesmos, a responsabilidades de acidentes que venha a ocorrer, o que mudou drasticamente nos ltimos anos.

2.2 - Acidente de trabalho2.2.1 Conceito legal

O acidente de trabalho tem sua definio na lei 8.213, de 24 de julho de 1991, da seguinte forma:Art.20.Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mrbidas:I - doena profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social;II - doena do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relao mencionada no inciso I. 1No so consideradas como doena do trabalho:a) a doena degenerativa;b) a inerente a grupo etrio;c) a que no produza incapacidade laborativa;d) a doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela se desenvolva, salvo comprovao de que resultante de exposio ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 2Em caso excepcional, constatando-se que a doena no includa na relao prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condies especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdncia Social deve consider-la acidente do trabalho.Art. 21.Equiparam-se tambm ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:I - o acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a morte do segurado, para reduo ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao;II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horrio do trabalho, em conseqncia de:a) ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;b) ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro ou de companheiro de trabalho;d) ato de pessoa privada do uso da razo;e) desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de fora maior;III - a doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio de sua atividade;IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horrio de trabalho:a) na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade da empresa;b) na prestao espontnea de qualquer servio empresa para lhe evitar prejuzo ou proporcionar proveito;c) em viagem a servio da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitao da mo-de-obra, independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do segurado;d) no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado.1Nos perodos destinados a refeio ou descanso, ou por ocasio da satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado considerado no exerccio do trabalho.2No considerada agravao ou complicao de acidente do trabalho a leso que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha s conseqncias do anterior.

2.2.1.1 Leso corporal

o resultado de qualquer agresso ao corpo, como ferida, cegueira causada por um lanamento de um estilhao no olho (WALDHELM NETO, 2015)

2.2.1.2 Pertubao funcional

O dicionrio Aurlio define como perturbao funcional, a perturbao relativa s funes vitais, que altera a funo, mas no a sua funo estrutural, ou que perturba ou capaz de perturbar sua funo regular, ou seja, qualquer perturbao que possa alterar a funcionalidade do trabalhador.

2.2.2 - Conceito prevencionista

O Acidente de trabalho todo evento inesperado e indesejvel que interrompe a rotina normal do trabalho, podendo gerar perdas pessoais, materiais ou pelo menos de tempo (MATTOS; MSCULO, 2011)A diferena entre os dois conceitos, que no conceito legal, necessrio haver leso fsica, enquanto no segundo conceito, alm das leses fsicas, a perda de tempo e os materiais.

2.2.2.1 Conceito de incidente O site Segurana e sade no trabalho rural define o incidente ou quase acidente, como um acontecimento no desejado que em circunstncias ligeiramente diferentes poderia resultar em leses a pessoa, danos propriedade ou perda no processo ou ao meio ambiente (SEGURANA...2013)

2.2.2.2 Conceito de perda

Perda considerada o rompimento da relao possuidor-objeto. A perda reparvel quando o bem restaurvel, substituvel ou indenizvel com total satisfao, sendo irreparvel quando no pode ser restaurado, como partes do corpo etc. (CARDELLA, 1999)Na sociedade capitalista, tudo gira em torno de custos, lucros e despesas, dentro da segurana do trabalho, podemos fazer uma seguinte pergunta levando em considerao este pensamento, quanto custa um acidente de trabalho? Ora, em um primeiro momento praticamente impossvel de se dizer, pois no existe um valor para uma vida, mas pode-se fazer uma conta direta, para poder calcular as perdas.Para o trabalhador a perda pode ter os seguintes valores:a) Credibilidade no emprego Aps um acidente pode ocorrer que dependendo das circustncias que ocorreram, o trabalhador pode ter sua credibilidade diminuda.b) Oportunidade de promoo ou aumento de salrio;c) Sofrimento fsico;d) Incapacidade para o trabalho, temporria ou permanente;e) Menos dinheiro em casa, pois provalvemente o trabalhador pode ficar recebendo benefcio do INSS, o que muitas vezes menor que seu salrio. Para a empresa esta perda pode significar a seguinte forma:a) Gastos com primeiros socorros e transporte do acidentado;b) Tempo perdido;c) Pagar o salrio do trabalhador, at a implantao benefcio;d) Gastos com contratao de um substituto para o funcionrio que se acidentou; e) Prejuzos materiais, e com pagamento de indenizaes;f) M fama no meio empresarial;At para o governo as perdas podem ter um conceito, como perda de mo de obra produtiva, temporria ou permanente e mais trabalhadores dependendo do INSS.2.3 - RELAO ACIDENTE X INCIDENTE

Sheriques (2015), membro da sociedade brasileira de engenharia e segurana, afirma que:Um incidente pode ser definido como sendo um acontecimento no desejado ou no programado que venha a deteriorar ou diminuir a eficincia operacional da empresa. Do ponto de vista prevencionista, um acidente o evento no desejado que tem por resultado uma leso ou enfermidade a um trabalhador ou um dano a propriedade.

Quando se adotam providncias para prevenir e controlar incidentes, protege-se a segurana fsica dos trabalhadores, equipamentos, materiais e o ambiente. A eliminao ou o controle de todos os incidentes deve ser a preocupao de todos, pois, os incidentes podem ou no serem acidentes, mas todos os acidentes so incidentes. Quanto mais incidentes acontecerem em um determinado local, a probabilidade de um acidente acontecer sempre grande, pois, incidentes e acidentes andam de mos dadas. Os incidentes devem ser encarados como portas que se abrem para um acidente (NUNES, 2008)

2.4 TIPOS DE ACIDENTE DO TRABALHO

2.4.1 Acidentes tpicosSo os acidentes que decorrentes da caracterstica da atividade profissional desempenhada pelo acidentado (MORAES, 2013)

2.4.2 Doenas ocupacionais

2.4.2.1 Doena profissional

Entende-se por doena profissional, aquela produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da previdncia Social (MORAES, 2013)

2.4.2.2 Doena do trabalho

A doena do trabalho diferencia-se da doena profissional em vrios pontos, ela resulta de condies especiais em que o trabalho exercido e com ele relaciona-se diretamente.Sendo que neste caso, ela uma doena genrica, que pode acontecer com qualquer pessoa, da o trabalhador dever provar que sua doena aconteceu no trabalho (ACIDENTES...2008)

2.4.3 Acidente de trajeto

Acidentes que ocorrem fora do horrio de trabalho, porm em deslocamento do trabalho para a residncia, ou deste para aquele (ACIDENTES...2008).

3. RELAO RISCO PERIGO3.1 DEFINIES3.1.1 - Definio de perigo

De acordo com Francisco de Cicco perigo a fonte, situao ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de leso ou doena, ou uma combinao destas.(CICCO, 2008, pg. 16)

3.1.2 - Definio de risco

Francisco de cicco tambm define risco como a combinao da probabilidade de ocorrncia de um evento perigoso ou exposio com a gravidade da doena, que pode ser causada pelo evento ou exposio (CICCO, 2008)Cicco (2008), ainda afirma que a avaliao de um risco um processo para estimar/calcular o risco proveniente de perigo, levando em considerao a adequao de qualquer controle existente, e decidindo se o risco ou no aceitvel. Um risco aceitvel um risco que a organizao est disposta a assumir, em relao a suas obrigaes legais.

3.1.3 Riscos ocupacionais

Guimares e Grubits (2004) definem riscos ocupacionais, os agentes fsicos, qumicos, biolgicos, ergonmicos e mecnicos, que, nos ambientes de trabalho, possam produzir danos a sade.

3.2 FASES DA PREVENO DE ACIDENTES

3.2.1 Identificao dos perigos e riscos

A identificao de perigos e avaliao de riscos de vital importncia para garantir a segurana de todos na empresa, pois a avaliao dos ricos que ir identificar situaes indesejadas e que podem causar danos a sade dos trabalhadores no local do trabalho (BATALHA, 2012)Os prprios locais de trabalho, podem , tendo em vista a sua natureza de atividade, pelas caractersticas de organizao, relaes interpessoais, manipulao ou exposio de agentes fsicos, qumicos, biolgicos, que podem comprometer o trabalhador em curto, mdio e longo prazo, provocando leses imediatas, doenas ou at a morte. Porm no necessariamente dispor de produtos nocivos a sade em seu local de trabalho indicador de perigo, vai depender de vrios fatores como forma de armazenamento, tempo de exposio etc. (SEBRAE-SESI, 2005)

3.2.2 Avaliao dos agentes/riscos

A avaliao de riscos, tem por objetivo a implementao de medidas necessrias para proteger a segurana e a sade dos trabalhadores (BATALHA, 2012)A autora ainda afirma que estas medidas podem ser na ordem da preveno de riscos profissionais, da informao e formao adequada dos trabalhadores, facultando a organizao e criao de meios para aplicar as medidas necessrias.A avaliao aos riscos feita logo aps a identificao dos perigos existentes no local de trabalho, assim, feita uma anlise do objeto em estudo, que pode ser uma tarefa, um local, e conseguir uma caracterizao dos riscos presentes e sua relao com a fonte.No processo de identificao de riscos, devem tambm ser identificadas as pessoas que podem vir estar expostas aos perigos identificados.Finalizado o processo de identificao de riscos, procede-se avaliao dos riscos, que serve para identificar situaes que podem originar danos fsicos ou psicolgicos nos trabalhadores, que pode desencadear um acidente, e suas consequncias.Para investigar os locais de trabalho na busca de eliminar ou neutralizar os riscos ambientais, existem duas modalidades bsicas de avaliao. A avaliao qualitativa, conhecida como preliminar, e a avaliao quantitativa, para medir, comparar e estabelecer medidas de eliminao, neutralizao ou controle dos riscos (SEBRAE-SESI, 2005).A mais simples forma de avaliao ambiental a qualitativa. Na avaliao qualitativa, utiliza-se apenas a sensibilidade do avaliador para identificar o risco existente no local de trabalho.Na avaliao quantitativa, so necessrios o uso de um mtodo cientfico e a utilizao de instrumentos e equipamentos destinados quantificao do risco.

3.2.3 Controle de riscos

A Norma reguladora define as medidas de controle que devem ser implementadas sempre que for verificada as seguintes situaes:a) Identificao, na fase de antecipao, de risco potencial sade;b) Constatao, na fase de reconhecimento de risco evidente sade;c) quando os resultados das avaliaes quantitativas da exposio dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausncia destes os valores limites de exposio ocupacional adotados pela ACGIH -American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociao coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critrios tcnico-legais estabelecidos;d) quando, atravs do controle mdico da sade, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na sade os trabalhadores e a situao de trabalho a que eles ficam expostos.Ainda segundo a NR o estudo, desenvolvimento e implantao de medidas de proteo coletiva dever obedecer em primeiro lugar, medidas que eliminam ou reduzam a utilizao ou a formao de agentes prejudiciais sade, em segundo lugar, que previnam a liberao ou disseminao desses agentes no ambiente, e por fim que reduzam os nveis ou a concetrao desses agentes no ambiente do trabalho (MTE, 1978)

4. MTODOS DE CONTROLE

4.1 - DEFINIES

4.1.1 Preveno

Refere-se a ao e o efeito de impedir, ou seja, preparao de algo com antecedncia para uma finalidade especfica, para antecipar um dano ou antecipar uma dificuldade (PREVENO...2015)A preveno de riscos visa reduzir os acidentes no trabalho e minimizar os danos que ocorram.

4.1.2 Proteo

De acordo com o dicionrio Priberam , proteo est relacionado proteger, dar apoio, ajuda ou socorro, aplicado ao nosso tema, a proteo est relacionada em identificar materiais ou formas de proteger o trabalhadores minimizando sua exposio aos riscos de acidentes.

4.2 PRINCIPAIS MEDIDAS DE SEGURANA

4.2.1 Eliminao dos riscos

A verdadeira preveno no se concentra em treinar ou educar trabalhadores acerca dos perigos no trabalho, mas na eliminao dos riscos a que ele esto expostos, esta foi uma das alegaes do Juiz Alessandro da Silva, da 2 Vara do trabalho, em um processo que condenou uma empresa por danos morais (JURDICO, 2015)Para eliminar os riscos, o empregador deve estar atento a uma srie de fatores, e implementar polticas no sentido de manter uma proteo coletiva, organizao do trabalho, orientar e fiscalizar o uso de equipamentos de proteao individual e manter higiene e conforto de banheiros, lavatrios, vestirios, armrios, bebedouros, refeitrios e reas de lazer.

4.2.2 Isolamento do risco

Quando no se faz possvel eliminar totalmente o risco, o empregador deve tomar medidas para isolar este risco.Esse isolamento pode ser feito de trs maneiras:- Proteo contra o risco, como por exemplo a instalao de uma grade para proteo de polias- Isolamento do risco no tempo e no espao Instalao do compressor de ar fora das linhas de produo, desta forma, o rudo no atingir os trabalhadores.- Enclausuramento do risco Fechar completamente um forno (exemplo) com paredes isolantes trmicas, o que vai proteger os trabalhadores do calor excessivo. (CURSO...2015)

4.2.3 Sinalizao do risco

A NR-26 fixou as cores que devem ser utilizadas nos locais de trabalho para a preveno de acidentes, identificando os equipamentos de segurana, delimitando reas, identificando as canalizaes de condues de liquidos e gases, e advertindo contra riscos.O uso de cores deve ser o mnimo possvel, a fim de no causar distrao ao trabalhador.A norma Reguladora ainda orienta que os equipamentos de sinalizao, devem ser utilizados para delimitar a rea de trabalho, diferenciando os equipamentos energizados dos desenergizados, os canteiros de obra e o trnsito de veculos e pedestres da seguinte forma, sintetizada por Augusto Sobrinho (2015).A rea do trabalho deve sinalizada ao nvel do solo, com cones, fitas e bandeiras refletivas, grades, placas, assim como lanternas e sinalizadores luminosos intermitentes, nos servios noturnos, deixando um corredor de entrada;Sinalizar os obstculos ou as escavaes que possam causar acidentes, com cones, grades, fitas e etc.Se houver necessidade, colocar um ou mais homens com equipamentos de sinalizao, para orientao do trnsito de viaturas e pedestres.O sinalizador luminoso intermitente, dever ser utiliza para sinalizao noturna do trnsito de viaturas e pedestres, com o intuito de assinalar obstculos e escavaes que porventura possam causar acidentes.

BANDEIRA DE SINALIZAODeve ser usada para auxiliar a demarcao de locais de trabalho onde existir riscos, nas cargas transportadas que ultrapassem a 1m da carroceria das viaturas, de uso obrigatrio. Antes e aps sua utilizao, deve ser inspecionada, pois s deve ser utilizada se estiver em boas condies.CONE REFLETIVO Utilizao em isolamento de reas, orientao e sinalizao do trnsito no local de trabalho.FITA DE SINALIZAO Usa-se no isolamento de reas ,orientao e sinalizao diurna e noturna do local de trabalho.PLACAS DE SINALIZAO Fixao em locais visveis a fim de alertar riscos como PERIGO DE ALTA TENSO, PROIBIDO FUMAR, IMPEDIDO NO LIGUE.

5 CAUSA E CONSEQUNCIA DOS ACIDENTES

Os acidentes do trabalho decorrem basicamente de duas causas: Atos e Condies Inseguras, mas tambm podem decorrer de causas que fogem ao controle humano, como ataques terroristas e desastres naturais (ACIDENTES...2008)Os atos inseguros so geralmente, causados por fator humano, ou seja, quando o trabalhador desenvolve aes contrrias as normas de segurana, como agir sem permisso, brincar em local de trabalho, inutilizar dispositivos de segurana, dirigir perigosamente ou no utilizar EPI.Diferente das Condies inseguras, em que esto presentes no prprio ambiente de trabalho, comprometendo no s a segurana do trabalhador como tambm a segurana das instalaes e dos equipamentos.Para o indivduo leso, incapacidade, afastamento do trabalho, diminuio do salrio, dificuldades no sustento da famlia e at a morte.Para a empresa, tempo perdido pelo trabalhador durante e aps o acidente, interrupo na produo, diminuio da produo pelo impacto emocional, danos s mquinas, materiais ou equipamentos, despesas com primeiros socorros, despesas com treinamento para substitutos, atraso na produo e aumento de preo no produto final.Para o Estado, acmulo de encargos assumidos pela previdncia Social, aumento dos preos prejudicando o consumidor e a economia e aumento de impostos e taxas de seguro.

6 CONCLUSO

Como vimos, a Segurana do trabalho importante para todos, no s para o trabalhador, mas tambm para o governo e principalmente para o empregador, pois consegue eliminar despesas que porventura iro existir caso haja algum acidente.Porm, para que funcione, necessrio engajamento de todos e claro cumprir as determinaes e que cada um faa sua parte, no adianta s legislaes por parte do governo, preciso que as empresas tambm invistam em formao, equipamentos e melhorias dentro da instituio, e que principalmente que o colaborador esteja atento aos riscos ao seu redor e principalmente respeitando as sinalizaes e regras impostas.Muito se evoluiu desde a implantao e criao de polticas voltadas para a preveno de acidentes, porm os nmeros teimam em no diminuir, o que se faz perceber que ainda preciso fazer muito mais. Identificar e controlar riscos dever do tcnico em segurana do trabalho, mas colaborar para a eficcia destes mtodos obrigao de todos.

7 QUESTES PROPOSTAS1. Assinale com um x, a alternativa que define doena profissional?( ) Doena resultada de condies especiais em que o trabalho exercido e como ele se relaciona.( x ) Doena inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade, dispensando a comprovao do nexo causal.( ) Doena ocorrida de atividade desempenhada pelo acidentado.( ) Doena adquirida atravs de acidente no trajeto casa x trabalho.

2. Marcar com C as alternativas corretas e com F as alternativas falsas acerca das inspees realizadas no trabalho.(C) Zelar pelo cumprimento das disposies legais relativas as condies do trabalho e proteo dos trabalhadores em atividade laboral.(C ) Fornecer informaes tcnicas e assessorar os empregadores e trabalhadores sobre a maneira mais efetiva de cumprir a legislao trabalhista existente.(F) Os inspetores do trabalho no tem obrigao de orientar as partes envolvidas no processo, devem apenas notificar e punir caso encontre alguma irregularidade.(C) Os inspetores devem levar ao conhecimento da autoridade competente as deficincias e os abusos que no estejam especificamente cobertos pelas disposio legais existentes.

3. Quanto aos tipos de inspeo, marque a alternativa que apresente os itens corretos elencados abaixo:1- Modelo Generalista tem vrias responsabilidades, abragendo SST, condies e relaes de trabalho, trabalho de migrantes e emprego ilegal.2- Modelo Anglo-Escandinavo No utilizada pelo Brasil, delega funes s unidades descentralizadas ou a governos regionais.3- Modelo federal A inspeo tem competncia principalmente na aplicao de normas do SST, alm de algumas condies gerais de trabalho.Esto corretas:a) I (X)b) IIc) IIId) I e IIe) II e III

4. Relacione a primeira coluna com a segunda:

a) Incidentes(c) Fonte, situao ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de leso ou doena.

b) Risco(a) Acontecimento no desejado que poderia resultar em leses a pessoa, ou danos propriedade ou perda no processo ou ao meio ambiente

c) Perigo(b) Combinao ou probabilidade de ocorrncia de um evento perigoso ou exposio grave doena, que pode ser causada pela exposio.

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5. Observe as seguintes alternativas:i. Condio Inseguraii. Ato inseguroiii. Ataques terroristasiv. Desastres naturaisSo causas de acidentes de trabalhosa) I b) I e IIc) IId) Todas as alternativas esto corretas. (X)

6. Marque com V as alternativas verdadeiras e com F as alternativas falsas.(V) Atos inseguros, so causados por fator humano, ou seja, quando o trabalhador desenvolve aes contrrias as normas de segurana.(F) Agir sem permisso, brincar em local de trabalho, inutilizar dispositivos de segurana, dirigir perigosamente so atitudes que caracterizam uma condio insegura.(V) Condio Insegura, so condies que comprometem no s a segurana do trabalhador, mas tambm a segurana das instalaes e dos equipamentos.

7. Relacione a primeira coluna com a segunda-feira de acordo com as consequncias dos acidentes:a) Trabalhador(b) Tempo perdido pelo trabalhador durante e aps o acidente, interrupo na produo, danos s mquinas, despesas com primeiros socorros.

b) Empresa(c) Acmulo de encargos assumidos pela previdncia social, aumento dos preos prejudicando o trabalhador e a economia

c) Governo(a) Leso, incapacidade, afastamento do trabalho, diminuio do salrio, dificuldades no sustento da famlia e at a morte.

8. Referente a secretaria de Inspeo do Trabalho no correto afirmar:( x ) o rgo de maior hierarquia a respeito das aes trabalhistas.( ) Formula e prope diretrizes de inspeo de trabalho( ) Promove estudos de legislao de trabalho, e aperfeioa-lhes( ) Baixa normas relacionadas com sua rea de competncia.

9. De acordo com o Art. 157 das consolidaes das leis do trabalho, as empresas devem:i) Cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina do trabalhoii) Instruir os empregados, atravs de ordens de servio, quanto s preucaes a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalhoiii) Demitir o funcionrio que porventura, agira por negligncia, colocando em risco a sua vida, ou a de outro colaborador.iv) Facilitar o exerccio da fiscalizao pela autoridade competente.Assinale a alternativa incorreta:a) Ib) Iic) Iii (X)d) Ive) Todas as alternativas

10. considerada doena do trabalhoa) Doena degenerativab) Inerente a grupo etrioc) Que no produza capacidade laborativad) Desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado. (X)

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