trabalho de geografia
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TRABALHO DE GEOGRAFIA ESTUDOS: FAVELA X NÃO FAVELA E JUVENTUDE.
FAVELA X NÃO FAVELA
O objetivo desse
estudo é esclarecer qual é a realidade da população carioca que reside nas favelas. Para isso, foram utilizados dados a partir do percentual de moradores nesses locais, da renda média dos residentes e da representatividade dos jovens como chefe de domicílios.
INÍCIO
O índice de moradores em favelas no
Rio de Janeiro é muito alto, ainda que não
muito distante do de outras metrópoles
brasileiras. Porém, as favelas cariocas
possuem muitas características que as
diferenciam das outras do pais, daí o porquê de
serem tão visíveis na cidade. Além de serem
antigas, são muito densas; muita gente
habitando poucos metros quadrados. Um
terceiro fator que as torna diferente é o grande
complexo de favelas que o RJ Possui. Por fim,
a localização em que se encontram a deixam
singulares, como as da Zona Sul, o que acaba
por aumentar as suas exposições.
Favelas: casas dispostas de
forma desordenada
e densa; e carentes, em
sua maioria, de serviços
públicos essenciais. Fonte: IBGE.
DIVISÃO DE MORADIA NO RJ
78%
22%
NÃO MORADORES DE FAVELAS
MORADORES DE FAVELAS Dos mais de seis
milhões de
habitantes do
Município do Rio de
Janeiro, 22%, ou
seja, 1,4 milhão
mora em
favelas.
SITUAÇÃO DAS FAVELAS CARIOCAS
Em tempos anteriores, a favela era enxergada apenas como um local impróprio que deveria ser removido para a construção de bairros proletários. Ao contrário de antigamente, hoje em dia encontra-se um movimento que busca o reconhecimento e a integração das favelas no ambiente urbano. A proposta desses projetos circula com o objetivo da ampliação dos investimentos destinados à infraestrutura que ajudem a melhorar a vida dessa fração da população cuja presença só vem aumentando.
Uma grande diferença da cidade do Rio de Janeiro para qualquer outra do país é a não separação territorial que divide os pobres dos ricos, como ocorre em muitos outros municípios. Mesmo sabendo que entre essas duas classes existem grandes barreiras, a convivência em conjunto dos grupos, proporcionada pela complexidade da cidade do RJ, torna a comunicação entre o ambiente Favela e Cidade mais comum.
MORADORES DE FAVELAS
No RJ, os bairros formais são os que
apresentam uma maior proporção de favelização.
Na média, a maioria dos imóveis nas favelas é
própria, em fração maior que nas áreas de bairros
formais: 76% das residências dos aglomerados
são próprios, contra 72,3% no caso dos bairros
formais. Mesmo existindo essa diferença de
imóveis em relação àos bairros formais, não pode-
se deixar de lado a realidade precária em que
grande parte dos moradores enfrentam.
A quantidade grande de moradores
em favelas faz com que a média
de moradores nesses locais
seja de 3,67 habitantes
por residência.
“ O que muda [em relação aos
bairros formais] é a qualidade
dos domicílios das favelas,
que são bem menores e com
menor qualidade em termos
de ventilação, iluminação e
espaço” Jailson de Souza, professor da UFF
QUESTÃO DEMOGRÁFICA
Como é possível observar, mesmo as favelas ocupando grandes áreas do
território carioca a densidade demográfica desses locais é gigantesca. De
fato, nas favelas, ainda nascem mais crianças por mulher que nos bairros
formais, entretanto tais índices vêm se reduzindo, o que explica a atual
pirâmide etária dessas
áreas. A grande maioria
dos habitantes dos
aglomerados tem entre 10
e 30 anos, percentual que
cai nas idades mais baixas.
Nos bairros formais, as
idades estão bem mais
espalhadas na pirâmide e o
número de nascimentos é
menor
QUESTÃO DEMOGRÁFICA
A proporção de idosos, considerados aqueles com idade superior a 65
anos, no Município do Rio de Janeiro, é maior que a média nacional (no
Brasil, são 7,4%). O caso da Zona Sul é o que mais se destaca:
enquanto, nas favelas, os idosos são 3,9% dos moradores de domicílios
próprios ou coletivos; nos bairros formais, chegam a 20,3%. Esse índice
é apenas próximo ao da Tijuca, com 18,7% de idosos. A menor presença
está nas favelas da Barra da Tijuca: são apenas 2,7%. Em nenhuma das
áreas de favela, o percentual de idosos ultrapassa os 6%; e ele é
sempre menor que o dos bairros formais
Quando fala-se em proporção de crianças as favelas ganham
disparadamente dos outros bairros formais. de Santa Cruz, Campo
Grande e Pavuna esse percentual de jovens de 0 a 14 anos chega
próximo a 30%, ou seja, um terço dos moradores é altamente
dependente – e o será por mais 15 anos, pelo menos – de serviços
públicos de saúde e educação.
ANALFABETISMO
O analfabetismo é uma situação que vem sendo muito abordada no ambiente das favelas. Pesquisas mostram que 12% das crianças de 8 e 9 anos residentes em favelas do Rio de Janeiro eram analfabetas. Nos bairros formais encontramos uma porcentagem indispensável de 5%, porém muito menor que os percentuais das favelas.
O problema do analfabetismo acaba sendo muito grave nas favelas pelo fato da dificuldade do acesso à escolas por parte das crianças. Na maioria dos casos, as crianças iniciam sua vida estudantil a partir dos 7 anos de idade, o que acaba atrasando a fase de alfabetização dessas crianças
O agravante é que o analfabetismo é, per se, gerador de mais pobreza. Ele pode vir a dificultar o que seria o benefício de se ter uma população jovem numerosa, pois o grupo acaba tendo menos chances de transformação, dadas as dificuldades educacionais.
A cada 10 crianças em Santa Cruz, 1 é analfabeta.
QUESTÃO RACIAL
Rio de Janeiro Favelas do RJ
47,96%
70%
52,04%
30%
Negros Outras Raças
Analisando o
Gráfico ao lado, fica
notável que os
negros representam
quase 50% da
população do Rio
de Janeiro.
Porém, não é isso
que se reflete nas
favelas da cidade,
onde a raça negra
passa a representar
aproximadamente
70% da população
QUESTÃO RACIAL
Retomando a questão do analfabetismo, não pode-se esquecer que
essa situação reflete tanto o aspecto favela quanto o racial. O
percentual de negros entre 10-14 anos analfabetos nas favelas é de
3,5%. Entre as crianças brancas nessa faixa etária, cai para 2,9%. Nas
áreas formais, se entre os negros de 10-14 anos o analfabetismo é de
1,9%; o índice cai entre os brancos, onde a taxa é de 1%.
O professor Marcelo Burgos também chama a atenção para a questão
da evasão escolar, principalmente nas favelas da Zona Sul, as quais ele
vem pesquisando: “Com o acesso mais fácil ao mercado de trabalho, o
emprego, muitas vezes, passa a ser mais atrativo que se manter na
escola.”
“ As condições educacionais são mais precárias nas
favelas. Isso é fruto de um processo histórico,
considerando nossa urbanização recente e a falta de
incorporação, por amplos setores da população, da
longa escolarização como estratégia de mobilidade
social. “ Diretor do Observatório de Favelas
RENDA DAS FAVELAS
As favelas localizadas na Zona Sul do Rio de Janeiro são as que
apresentam o maior valor de renda – Superando até mesmo muitos
bairros formais – Porém, a análise dos dados deixa claro que a favela
ainda é um lugar de moradia de pessoas de renda mais baixa.
A Carência no acesso a serviços e informalidade nas favelas cariocas é
um dos fatores que fazem com que a renda da população local seja
muito menor do que a outra maioria da cidade. A favela foi, na ocupação
do espaço, a opção de moradia da baixa renda, que, com isso, podia
viver mais perto do mercado de trabalho e com menos custos.
a média nominal mensal per
capita das favelas é
aproximadamente
R$ 382,70
a média nominal mensal per
capita dos bairros formais é
aproximadamente
R$ 1.378
Como pode-se observar, a
média nominal mensal dos
bairros formais é mais que
3X o valor do capital per
capita das favelas (3,6
vezes maior)
DADOS FINAIS
22% dos habitantes do município do Rio de Janeiro moram em áreas
de favela
Maior percentual de população em área de favela é o da Região de
Ramos: 43,6%
76% dos domicílios em favela são próprios
12% das crianças entre 8 e 9 anos moradoras de áreas de favela são
analfabetas
Renda média nominal dos bairros formais é mais que o triplo da
renda média nas favelas
JUVENTUDE
O objetivo desse
estudo é esclarecer qual é a realidade da vida dos jovens no Rio de Janeiro com uma análise sobre pontos como o percentual de jovens que não estudam, não trabalham e não procuram emprego, a taxa de desemprego e a representatividade na faixa de responsáveis por domicílios.
INÍCIO
O rio de Janeiro, geralmente, é representado
com uma cidade com uma grande população
idosa. Porém, os habitantes do município entre
15 e 24 anos, representam 15,4% da população
(10,5% de seus moradores têm mais de 65 anos).
Esses dados refletem como essa faixa etária
necessita de políticas de investimentos que
favoreça o crescimento profissional dessa grande
juventude.
“ No Brasil, só há pouco mais de
10 anos, começou-se a pensar
na juventude como um grupo
que demandava políticas
específicas. É bem verdade
que foi criado ECA - Estatuto
da Criança e do Adolescente –,
mas ele só contemplava até 18
anos. Antes, o jovem era
apenas visto como foco de
políticas relacionadas à
ilegalidade ou à violência,
sempre ligado ao negativo.
Trata-se de uma parte da
população ainda bastante
relevante no Brasil como um
todo. O país não mais terá o
número de jovens que tem
hoje. Assim, é um grande
percentual da população que
não dispõe de políticas
específicas bem formuladas.”, Miriam Abramovay, coordenadora da Área de
Juventude e Políticas Públicas da Flacso
Brasil.
Em números absolutos, na Cidade do Rio de Janeiro, existem 2,65
vezes mais jovens morando nos bairros formais que nas favelas.
Pesquisadores justificam que a cidade possui uma concentração
desigual de jovens. Isso pode estar relacionado à oferta de serviço que
faça com que os pais desse jovens optem o local para residir. Dentro
dessas ofertas pode-se enquadrar o custo de vida que os pais terão para
criarem seus filhos.
A divisão por sexo no Rio de
Janeiro encontra-se dividido em
aproximadamente 50% homens e
50% mulheres. Com o passar dos
anos, as mulheres passam a ser a
maioria, mas, nessa fase, ainda se
apresentam números
semelhantes
QUESTÃO DEMOGRÁFICA
17,7% • Penha
17,2% • Santa Cruz
12,4% • Zona Sul
Porcentagem média da população
jovem em 3 áreas da cidade.
QUESTÃO RACIAL
Se, na cidade, são semelhantes os números de homens e mulheres
que têm entre 15 e 24 anos, o mesmo não se pode dizer da classificação
por cor. Há uma diferença entre os dois grupos:
52,50% 46,50% 0,10%
Divisão Racial da População Jovem do Rio de Janeiro
Negros Brancos Outras Raças
JOVENS INDEPENDENTES
O jovem vem sendo preparado na sociedade desde o início de seu
aprendizado no colégio para se encaixar na sociedade e conseguir
seguir sua vida por si só. No Rio de Janeiro 9,8% dos jovens são
responsáveis pelo domicílio. Tal dado é relevante por apontar que,
apesar da pouca idade, já estão eles encarregados de uma série de
demandas familiares.
Ser um chefe de domicílio significa ser responsável por si mesmo e,
muitas vezes, por outras pessoas. vários fatores podem levar a isso:
busca por uma vida melhor em cidade longe da família; formação
precoce do par conjugal; haver se tornado arrimo de família, mesmo
ainda residindo com pais, avós ou outros
familiares. Além disso, o Censo pode captar
também jovens que moram sozinhos
sustentados pelos pais ou com renda
razoável de seu próprio trabalho. 3,5% dos jovens nos
bairros formais são
chefes de domicílio.
8,8% dos jovens nas
favelas são chefes de
domicílio.
JOVENS INDEPENDENTES
O início da vida independente dos jovens os leva a um precoce
amadurecimento na vida. Por esse fato, o número de jovens que
encontram-se morando com um cônjuge e/ou possuem filhos vem
crescendo constantemente na cidade.
Entre os jovens que já vivem com um cônjuge (16,4%), a imensa
maioria, 76,7%, optou pela união consensual. Apenas 8,1% casaram-se
somente no civil, e 14,2% no civil e religioso. Convém destacar, porém,
que, do total, apenas 5,1% desta faixa etária vivem uma união estável;
outros 94,5% declaram-se solteiros.
20,4% de jovens entre 15
e 24 anos que já têm, pelo
menos, um filho
5,9% das jovens já são
mães
EDUCAÇÃO DOS JOVENS
Com uma grande população jovem na cidade, o Rio de Janeiro passa
pela grande dificuldade de proporcionar uma boa educação para todos.
Com isso, os índices apontam que o Estado do Rio de Janeiro é o que
possui menos jovens analfabetos no país.
Segundo o Censo, 86,5% dos jovens entre 15 e 17 anos do Município
do Rio de Janeiro estavam estudando em 2010; um aumento tímido em
relação aos 85,3% de 2000.
19,4%
Inhaúma
19,6%
Penha
Porcentagem de jovens entre 15 e 17 anos
que não estão cursando o ensino médio
“ O ensino médio não é feito pensando realmente nos jovens, ele não
atende aos anseios, não tem nenhuma relação com a vida real dele.
É uma escola que ainda tem muitos preconceitos. Em termos de
educação, a situação no Brasil é muito mais trágica que nos países
vizinhos, mas temos que lembrar também que a entrada massiva dos
jovens na escola no Brasil é historicamente recente.” Miriam Abramovay
JOVENS NÃO ATIVOS
Recentemente vem recebendo um grande destaque o número de
jovens conhecidos vulgarmente por “nem-nem”: jovens que nem
estudam nem trabalham e nem procuram emprego.
Esse grupo de
jovens representam
20% dos jovens do
RJ e pode ser
observado no gráfico
a distribuição
deles pela cidade
divididos de acordo
com sua classe
social..
JOVENS ATIVOS
A taxa de participação dos jovens de 15 a 24 anos (População
Economicamente Ativa dividida pela População em Idade Ativa) da
Cidade do Rio de Janeiro já se encontra, no geral, abaixo da brasileira e
das demais capitais. No caso dos jovens, isso igualmente se verifica. A
taxa de participação no grupo é de 48,9%; enquanto no Brasil é de
56,1%; em São Paulo, de 60,4% e em Belo Horizonte, 60,5%.
Curiosamente – já que seria esperado que quanto maior a renda
maior a demora para entrar no mercado de trabalho – a menor taxa de
participação dos jovens no mercado de trabalho na Cidade do Rio de
Janeiro foi registrada na Pavuna (43,8%) e não na Zona Sul (46,9%).
52,9% • Jacarepaguá
52,7%
• Ramos
53,4%
• Centro
Taxa de participação dos jovens em algumas regiões do RJ
DESIGUALDADE
O Índice de Gini entre os jovens no Rio de Janeiro, que mede a
desigualdade entre eles, excede a desigualdade entre os jovens
brasileiros (0,59, no Rio, para 0,56 no Brasil), sendo maior até que o de
São Paulo (0,58).
24,2% dos jovens
moradores da cidade
vivem em domicílios
pobres (renda
domiciliar per capita
inferior a ½ do
salário mínimo). É o
mais alto percentual
de jovens em lares
pobres das capitais
do Sudeste.
“ O grande desafio para a juventude é ter uma política
integrada, global, que reúna aspectos tais como educação,
trabalho, saúde, assistência social. Uma política para a
juventude e não várias políticas pequenas e isoladas que
atendam também ao jovem. Até hoje, as políticas e
juventude nunca foram consideradas prioritárias na nossa
sociedade: nem em termos de orçamento, nem de
elaboração” Miriam Abramovay
DADOS FINAIS
15,4% dos moradores do Município do Rio de Janeiro são jovens,
têm entre 15 e 24 anos. Nas favelas, percentual chega a 19,1% e,
nos bairros formais, presença cai para 14,3%.
52,5% dos jovens do Rio são negros
20,4% das jovens entre 15 e 24 anos já têm, pelo menos, um filho.
Na RPs da Penha e de Inhaúma, respectivamente, 19,6% e 19,4%
dos jovens entre 15 e 17 anos não estudam
São 16,2% os moradores do Rio de Janeiro entre 15 e 24 anos que
não estudam, não trabalham e não procuram emprego.
24,2% dos jovens habitantes da cidade vivem em domicílios pobres
e 10,6% em extremamente pobres
CRÉDITOS
Fábio Lucas 07
Gabriella Oliveira 10
Lucas Vieira 17
Mariana Farias 21
Thayná Vicente 28
Vitória Maria 31
Alunos:
Professor: Zeca
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