trabalho de geografia

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TRABALHO DE GEOGRAFIA ESTUDOS: FAVELA X NÃO FAVELA E JUVENTUDE.

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Page 1: Trabalho de geografia

TRABALHO DE GEOGRAFIA ESTUDOS: FAVELA X NÃO FAVELA E JUVENTUDE.

Page 2: Trabalho de geografia

FAVELA X NÃO FAVELA

O objetivo desse

estudo é esclarecer qual é a realidade da população carioca que reside nas favelas. Para isso, foram utilizados dados a partir do percentual de moradores nesses locais, da renda média dos residentes e da representatividade dos jovens como chefe de domicílios.

Page 3: Trabalho de geografia

INÍCIO

O índice de moradores em favelas no

Rio de Janeiro é muito alto, ainda que não

muito distante do de outras metrópoles

brasileiras. Porém, as favelas cariocas

possuem muitas características que as

diferenciam das outras do pais, daí o porquê de

serem tão visíveis na cidade. Além de serem

antigas, são muito densas; muita gente

habitando poucos metros quadrados. Um

terceiro fator que as torna diferente é o grande

complexo de favelas que o RJ Possui. Por fim,

a localização em que se encontram a deixam

singulares, como as da Zona Sul, o que acaba

por aumentar as suas exposições.

Favelas: casas dispostas de

forma desordenada

e densa; e carentes, em

sua maioria, de serviços

públicos essenciais. Fonte: IBGE.

Page 4: Trabalho de geografia

DIVISÃO DE MORADIA NO RJ

78%

22%

NÃO MORADORES DE FAVELAS

MORADORES DE FAVELAS Dos mais de seis

milhões de

habitantes do

Município do Rio de

Janeiro, 22%, ou

seja, 1,4 milhão

mora em

favelas.

Page 5: Trabalho de geografia

SITUAÇÃO DAS FAVELAS CARIOCAS

Em tempos anteriores, a favela era enxergada apenas como um local impróprio que deveria ser removido para a construção de bairros proletários. Ao contrário de antigamente, hoje em dia encontra-se um movimento que busca o reconhecimento e a integração das favelas no ambiente urbano. A proposta desses projetos circula com o objetivo da ampliação dos investimentos destinados à infraestrutura que ajudem a melhorar a vida dessa fração da população cuja presença só vem aumentando.

Uma grande diferença da cidade do Rio de Janeiro para qualquer outra do país é a não separação territorial que divide os pobres dos ricos, como ocorre em muitos outros municípios. Mesmo sabendo que entre essas duas classes existem grandes barreiras, a convivência em conjunto dos grupos, proporcionada pela complexidade da cidade do RJ, torna a comunicação entre o ambiente Favela e Cidade mais comum.

Page 6: Trabalho de geografia

MORADORES DE FAVELAS

No RJ, os bairros formais são os que

apresentam uma maior proporção de favelização.

Na média, a maioria dos imóveis nas favelas é

própria, em fração maior que nas áreas de bairros

formais: 76% das residências dos aglomerados

são próprios, contra 72,3% no caso dos bairros

formais. Mesmo existindo essa diferença de

imóveis em relação àos bairros formais, não pode-

se deixar de lado a realidade precária em que

grande parte dos moradores enfrentam.

A quantidade grande de moradores

em favelas faz com que a média

de moradores nesses locais

seja de 3,67 habitantes

por residência.

“ O que muda [em relação aos

bairros formais] é a qualidade

dos domicílios das favelas,

que são bem menores e com

menor qualidade em termos

de ventilação, iluminação e

espaço” Jailson de Souza, professor da UFF

Page 7: Trabalho de geografia

QUESTÃO DEMOGRÁFICA

Como é possível observar, mesmo as favelas ocupando grandes áreas do

território carioca a densidade demográfica desses locais é gigantesca. De

fato, nas favelas, ainda nascem mais crianças por mulher que nos bairros

formais, entretanto tais índices vêm se reduzindo, o que explica a atual

pirâmide etária dessas

áreas. A grande maioria

dos habitantes dos

aglomerados tem entre 10

e 30 anos, percentual que

cai nas idades mais baixas.

Nos bairros formais, as

idades estão bem mais

espalhadas na pirâmide e o

número de nascimentos é

menor

Page 8: Trabalho de geografia

QUESTÃO DEMOGRÁFICA

A proporção de idosos, considerados aqueles com idade superior a 65

anos, no Município do Rio de Janeiro, é maior que a média nacional (no

Brasil, são 7,4%). O caso da Zona Sul é o que mais se destaca:

enquanto, nas favelas, os idosos são 3,9% dos moradores de domicílios

próprios ou coletivos; nos bairros formais, chegam a 20,3%. Esse índice

é apenas próximo ao da Tijuca, com 18,7% de idosos. A menor presença

está nas favelas da Barra da Tijuca: são apenas 2,7%. Em nenhuma das

áreas de favela, o percentual de idosos ultrapassa os 6%; e ele é

sempre menor que o dos bairros formais

Quando fala-se em proporção de crianças as favelas ganham

disparadamente dos outros bairros formais. de Santa Cruz, Campo

Grande e Pavuna esse percentual de jovens de 0 a 14 anos chega

próximo a 30%, ou seja, um terço dos moradores é altamente

dependente – e o será por mais 15 anos, pelo menos – de serviços

públicos de saúde e educação.

Page 9: Trabalho de geografia
Page 10: Trabalho de geografia

ANALFABETISMO

O analfabetismo é uma situação que vem sendo muito abordada no ambiente das favelas. Pesquisas mostram que 12% das crianças de 8 e 9 anos residentes em favelas do Rio de Janeiro eram analfabetas. Nos bairros formais encontramos uma porcentagem indispensável de 5%, porém muito menor que os percentuais das favelas.

O problema do analfabetismo acaba sendo muito grave nas favelas pelo fato da dificuldade do acesso à escolas por parte das crianças. Na maioria dos casos, as crianças iniciam sua vida estudantil a partir dos 7 anos de idade, o que acaba atrasando a fase de alfabetização dessas crianças

O agravante é que o analfabetismo é, per se, gerador de mais pobreza. Ele pode vir a dificultar o que seria o benefício de se ter uma população jovem numerosa, pois o grupo acaba tendo menos chances de transformação, dadas as dificuldades educacionais.

A cada 10 crianças em Santa Cruz, 1 é analfabeta.

Page 11: Trabalho de geografia

QUESTÃO RACIAL

Rio de Janeiro Favelas do RJ

47,96%

70%

52,04%

30%

Negros Outras Raças

Analisando o

Gráfico ao lado, fica

notável que os

negros representam

quase 50% da

população do Rio

de Janeiro.

Porém, não é isso

que se reflete nas

favelas da cidade,

onde a raça negra

passa a representar

aproximadamente

70% da população

Page 12: Trabalho de geografia

QUESTÃO RACIAL

Retomando a questão do analfabetismo, não pode-se esquecer que

essa situação reflete tanto o aspecto favela quanto o racial. O

percentual de negros entre 10-14 anos analfabetos nas favelas é de

3,5%. Entre as crianças brancas nessa faixa etária, cai para 2,9%. Nas

áreas formais, se entre os negros de 10-14 anos o analfabetismo é de

1,9%; o índice cai entre os brancos, onde a taxa é de 1%.

O professor Marcelo Burgos também chama a atenção para a questão

da evasão escolar, principalmente nas favelas da Zona Sul, as quais ele

vem pesquisando: “Com o acesso mais fácil ao mercado de trabalho, o

emprego, muitas vezes, passa a ser mais atrativo que se manter na

escola.”

“ As condições educacionais são mais precárias nas

favelas. Isso é fruto de um processo histórico,

considerando nossa urbanização recente e a falta de

incorporação, por amplos setores da população, da

longa escolarização como estratégia de mobilidade

social. “ Diretor do Observatório de Favelas

Page 13: Trabalho de geografia

RENDA DAS FAVELAS

As favelas localizadas na Zona Sul do Rio de Janeiro são as que

apresentam o maior valor de renda – Superando até mesmo muitos

bairros formais – Porém, a análise dos dados deixa claro que a favela

ainda é um lugar de moradia de pessoas de renda mais baixa.

A Carência no acesso a serviços e informalidade nas favelas cariocas é

um dos fatores que fazem com que a renda da população local seja

muito menor do que a outra maioria da cidade. A favela foi, na ocupação

do espaço, a opção de moradia da baixa renda, que, com isso, podia

viver mais perto do mercado de trabalho e com menos custos.

a média nominal mensal per

capita das favelas é

aproximadamente

R$ 382,70

a média nominal mensal per

capita dos bairros formais é

aproximadamente

R$ 1.378

Como pode-se observar, a

média nominal mensal dos

bairros formais é mais que

3X o valor do capital per

capita das favelas (3,6

vezes maior)

Page 14: Trabalho de geografia

DADOS FINAIS

22% dos habitantes do município do Rio de Janeiro moram em áreas

de favela

Maior percentual de população em área de favela é o da Região de

Ramos: 43,6%

76% dos domicílios em favela são próprios

12% das crianças entre 8 e 9 anos moradoras de áreas de favela são

analfabetas

Renda média nominal dos bairros formais é mais que o triplo da

renda média nas favelas

Page 15: Trabalho de geografia

JUVENTUDE

O objetivo desse

estudo é esclarecer qual é a realidade da vida dos jovens no Rio de Janeiro com uma análise sobre pontos como o percentual de jovens que não estudam, não trabalham e não procuram emprego, a taxa de desemprego e a representatividade na faixa de responsáveis por domicílios.

Page 16: Trabalho de geografia

INÍCIO

O rio de Janeiro, geralmente, é representado

com uma cidade com uma grande população

idosa. Porém, os habitantes do município entre

15 e 24 anos, representam 15,4% da população

(10,5% de seus moradores têm mais de 65 anos).

Esses dados refletem como essa faixa etária

necessita de políticas de investimentos que

favoreça o crescimento profissional dessa grande

juventude.

“ No Brasil, só há pouco mais de

10 anos, começou-se a pensar

na juventude como um grupo

que demandava políticas

específicas. É bem verdade

que foi criado ECA - Estatuto

da Criança e do Adolescente –,

mas ele só contemplava até 18

anos. Antes, o jovem era

apenas visto como foco de

políticas relacionadas à

ilegalidade ou à violência,

sempre ligado ao negativo.

Trata-se de uma parte da

população ainda bastante

relevante no Brasil como um

todo. O país não mais terá o

número de jovens que tem

hoje. Assim, é um grande

percentual da população que

não dispõe de políticas

específicas bem formuladas.”, Miriam Abramovay, coordenadora da Área de

Juventude e Políticas Públicas da Flacso

Brasil.

Page 17: Trabalho de geografia

Em números absolutos, na Cidade do Rio de Janeiro, existem 2,65

vezes mais jovens morando nos bairros formais que nas favelas.

Pesquisadores justificam que a cidade possui uma concentração

desigual de jovens. Isso pode estar relacionado à oferta de serviço que

faça com que os pais desse jovens optem o local para residir. Dentro

dessas ofertas pode-se enquadrar o custo de vida que os pais terão para

criarem seus filhos.

A divisão por sexo no Rio de

Janeiro encontra-se dividido em

aproximadamente 50% homens e

50% mulheres. Com o passar dos

anos, as mulheres passam a ser a

maioria, mas, nessa fase, ainda se

apresentam números

semelhantes

QUESTÃO DEMOGRÁFICA

17,7% • Penha

17,2% • Santa Cruz

12,4% • Zona Sul

Porcentagem média da população

jovem em 3 áreas da cidade.

Page 18: Trabalho de geografia

QUESTÃO RACIAL

Se, na cidade, são semelhantes os números de homens e mulheres

que têm entre 15 e 24 anos, o mesmo não se pode dizer da classificação

por cor. Há uma diferença entre os dois grupos:

52,50% 46,50% 0,10%

Divisão Racial da População Jovem do Rio de Janeiro

Negros Brancos Outras Raças

Page 19: Trabalho de geografia
Page 20: Trabalho de geografia

JOVENS INDEPENDENTES

O jovem vem sendo preparado na sociedade desde o início de seu

aprendizado no colégio para se encaixar na sociedade e conseguir

seguir sua vida por si só. No Rio de Janeiro 9,8% dos jovens são

responsáveis pelo domicílio. Tal dado é relevante por apontar que,

apesar da pouca idade, já estão eles encarregados de uma série de

demandas familiares.

Ser um chefe de domicílio significa ser responsável por si mesmo e,

muitas vezes, por outras pessoas. vários fatores podem levar a isso:

busca por uma vida melhor em cidade longe da família; formação

precoce do par conjugal; haver se tornado arrimo de família, mesmo

ainda residindo com pais, avós ou outros

familiares. Além disso, o Censo pode captar

também jovens que moram sozinhos

sustentados pelos pais ou com renda

razoável de seu próprio trabalho. 3,5% dos jovens nos

bairros formais são

chefes de domicílio.

8,8% dos jovens nas

favelas são chefes de

domicílio.

Page 21: Trabalho de geografia

JOVENS INDEPENDENTES

O início da vida independente dos jovens os leva a um precoce

amadurecimento na vida. Por esse fato, o número de jovens que

encontram-se morando com um cônjuge e/ou possuem filhos vem

crescendo constantemente na cidade.

Entre os jovens que já vivem com um cônjuge (16,4%), a imensa

maioria, 76,7%, optou pela união consensual. Apenas 8,1% casaram-se

somente no civil, e 14,2% no civil e religioso. Convém destacar, porém,

que, do total, apenas 5,1% desta faixa etária vivem uma união estável;

outros 94,5% declaram-se solteiros.

20,4% de jovens entre 15

e 24 anos que já têm, pelo

menos, um filho

5,9% das jovens já são

mães

Page 22: Trabalho de geografia

EDUCAÇÃO DOS JOVENS

Com uma grande população jovem na cidade, o Rio de Janeiro passa

pela grande dificuldade de proporcionar uma boa educação para todos.

Com isso, os índices apontam que o Estado do Rio de Janeiro é o que

possui menos jovens analfabetos no país.

Segundo o Censo, 86,5% dos jovens entre 15 e 17 anos do Município

do Rio de Janeiro estavam estudando em 2010; um aumento tímido em

relação aos 85,3% de 2000.

19,4%

Inhaúma

19,6%

Penha

Porcentagem de jovens entre 15 e 17 anos

que não estão cursando o ensino médio

“ O ensino médio não é feito pensando realmente nos jovens, ele não

atende aos anseios, não tem nenhuma relação com a vida real dele.

É uma escola que ainda tem muitos preconceitos. Em termos de

educação, a situação no Brasil é muito mais trágica que nos países

vizinhos, mas temos que lembrar também que a entrada massiva dos

jovens na escola no Brasil é historicamente recente.” Miriam Abramovay

Page 23: Trabalho de geografia

JOVENS NÃO ATIVOS

Recentemente vem recebendo um grande destaque o número de

jovens conhecidos vulgarmente por “nem-nem”: jovens que nem

estudam nem trabalham e nem procuram emprego.

Esse grupo de

jovens representam

20% dos jovens do

RJ e pode ser

observado no gráfico

a distribuição

deles pela cidade

divididos de acordo

com sua classe

social..

Page 24: Trabalho de geografia

JOVENS ATIVOS

A taxa de participação dos jovens de 15 a 24 anos (População

Economicamente Ativa dividida pela População em Idade Ativa) da

Cidade do Rio de Janeiro já se encontra, no geral, abaixo da brasileira e

das demais capitais. No caso dos jovens, isso igualmente se verifica. A

taxa de participação no grupo é de 48,9%; enquanto no Brasil é de

56,1%; em São Paulo, de 60,4% e em Belo Horizonte, 60,5%.

Curiosamente – já que seria esperado que quanto maior a renda

maior a demora para entrar no mercado de trabalho – a menor taxa de

participação dos jovens no mercado de trabalho na Cidade do Rio de

Janeiro foi registrada na Pavuna (43,8%) e não na Zona Sul (46,9%).

52,9% • Jacarepaguá

52,7%

• Ramos

53,4%

• Centro

Taxa de participação dos jovens em algumas regiões do RJ

Page 25: Trabalho de geografia

DESIGUALDADE

O Índice de Gini entre os jovens no Rio de Janeiro, que mede a

desigualdade entre eles, excede a desigualdade entre os jovens

brasileiros (0,59, no Rio, para 0,56 no Brasil), sendo maior até que o de

São Paulo (0,58).

24,2% dos jovens

moradores da cidade

vivem em domicílios

pobres (renda

domiciliar per capita

inferior a ½ do

salário mínimo). É o

mais alto percentual

de jovens em lares

pobres das capitais

do Sudeste.

“ O grande desafio para a juventude é ter uma política

integrada, global, que reúna aspectos tais como educação,

trabalho, saúde, assistência social. Uma política para a

juventude e não várias políticas pequenas e isoladas que

atendam também ao jovem. Até hoje, as políticas e

juventude nunca foram consideradas prioritárias na nossa

sociedade: nem em termos de orçamento, nem de

elaboração” Miriam Abramovay

Page 26: Trabalho de geografia

DADOS FINAIS

15,4% dos moradores do Município do Rio de Janeiro são jovens,

têm entre 15 e 24 anos. Nas favelas, percentual chega a 19,1% e,

nos bairros formais, presença cai para 14,3%.

52,5% dos jovens do Rio são negros

20,4% das jovens entre 15 e 24 anos já têm, pelo menos, um filho.

Na RPs da Penha e de Inhaúma, respectivamente, 19,6% e 19,4%

dos jovens entre 15 e 17 anos não estudam

São 16,2% os moradores do Rio de Janeiro entre 15 e 24 anos que

não estudam, não trabalham e não procuram emprego.

24,2% dos jovens habitantes da cidade vivem em domicílios pobres

e 10,6% em extremamente pobres

Page 27: Trabalho de geografia

CRÉDITOS

Fábio Lucas 07

Gabriella Oliveira 10

Lucas Vieira 17

Mariana Farias 21

Thayná Vicente 28

Vitória Maria 31

Alunos:

Professor: Zeca

Page 28: Trabalho de geografia

Todos os dados e citações utilizados nesse slide foram

retirados do site www.armazemdedados.rio.rj.gov.br