trabalho de fim de curso final 2014

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Ministério do Ensino Superior Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla Departamento de Letras Modernas Repartição de Ensino e Investigação do Português Tema: Resgate dos Valores Morais e Cívicos na Aula de Português. Proposta de Actividades Por: Ana Paula Ndenhanuma Orientador: Lisender Cabral (Professor Associado)

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Page 1: Trabalho de fim de curso final 2014

Ministério do Ensino Superior

Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla

Departamento de Letras Modernas

Repartição de Ensino e Investigação do Português

Tema: Resgate dos Valores Morais e Cívicos na Aula de Português.

Proposta de Actividades

Por: Ana Paula Ndenhanuma

Orientador: Lisender Cabral

(Professor Associado)

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Agradecimentos

Aos professores do primeiro ao último ano do Isced Lubango

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DEDICATORIA

Dedico este trabalho a::::::::::

A todos aqueles que direta ou indiretamente deram o seu contributo para que este trabalho

fosse possível…

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RESUMO

A educação é um processo que visa preparar o individuo para as exigências da

vida. O sistema de educação tende a formação harmoniosa e integral do

homem. A educação em formação de valores começa a ser desenhada e

vivenciada como processo social que se desenvolve, na vida familiar, na escola

, na convivência humana , no trabalho e em outras esferas da vida social. Este

trabalho intitulado “Atividades Didáticas para o Resgate dos Valores Morais e

Cívicos na Aula de Português nos alunos da 7ª Classe” e de acordo com o

desenho teórico, o problema a expor-se foi o seguinte: A (re) formulação de

determinadas atividades didáticas na aula de português pode contribuir para

resgatar os valores morais e cívicos na nossa sociedade? Formulou-se como

objetivo da investigação contribuir com atividades didáticas que concorram

para o resgate dos valores morais e cívicos nos alunos da 7ª classe da Escola

11 de Novembro do Lubango, província da Huíla em vista a construirmos uma

sociedade mais equilibrada. E definidos como objetivos específicos:

diagnosticar o grau do conhecimento que tem os professores sobre atividades

didáticas e sua importância no processo de ensino e aprendizagem. Os

métodos utilizados foram entre outros esta focado no método histórico-logico

no estabelecimento das tendências do papel da escola na formação de valores.

Método de análise – Síntese na caracterização dos valores e a sua influência

na formação da personalidade, assim como na caracterização do processo de

ensino e aprendizagem. Como resultados conclui-se que, a importância dos

valores éticos e morais no processo de ensino e aprendizagem, que mostrou

que não se pode desenvolver a dinâmica do processo- docente educativo sem

ter em conta a formação de valores. A escola tem um papel determinante nesta

formação mas, o seu êxito depende da integração da escola e da comunidade.

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LISTA DE TABELAS

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Índice

Page 8: Trabalho de fim de curso final 2014

INTRODUÇÃO

Angola é um país que tem apresentado uma intensidade de crescimento a

diferentes níveis, tais como económico, social, científico e cultural. Urge, deste

modo, a necessidade de prestar maior atenção à determinados sectores

fundamentais para assegurar o crescimento e consequentemente alcançar o

desenvolvimento.

Nesta óptica, o Executivo Angolano tem implementado vàrias políticas com

vista à dinamização do sector educativo, pois, é neste sector que assentam as

ferramentas essenciais para o futuro próspero de uma nação.

A educação é um processo que é visto e analisado sob várias perspectivas.

Ainda assim é necessário intervir num sector que, a priori, potencie as crianças

e os jovens com hábitos positivos, incutindo-lhes valores tais como o

patriotismo, o espírito de unidade nacional, o amor ao próximo, respeito pela

diferença, cuidados com a higiene e com a saúde, respeito pelo ambiente e

pelas diversidades culturais que o país apresenta.

Os atributos acima mencionados fazem parte da Educação Cívica. Sabendo

que a Educação Cívica é uma expressão que designa os processos educativos

preocupados com o desenvolvimento do espírito crítico, apreço pelos valores

democráticos e desenvolvimento das competências e atitudes de participação

na comunidade, quando bem incutidas na mente das crianças e adolescentes,

os conhecimentos técnicos e científicos triunfarão no seio delas. Necessário se

torna fazer uma fusão entre estes elementos para que o homem nas suas

acções e decisões procure construir um mundo cada vez melhor para se viver.

Neste contexto a língua portuguesa desempenha um papel preponderante

como veículo da educação cívica dos alunos pelo facto de a mesma gozar de

um estatuto privilegiado, mediante o qual chama a si quatro funções

importantes acometidas, a de língua oficial, a de língua veicular, a de língua de

discurso pedagógico e de a disciplina curricular. Como disciplina curricular, o

português, para alunos que o falam quer como língua materna quer como

língua segunda, é o veículo de todos os conhecimentos que a escola

Page 9: Trabalho de fim de curso final 2014

proporciona daí a posição muito saliente que ocupa no âmbito das disciplinas

escolares: fala-se e lê-se português ao discutir sobre Matemática ou

Estatística, sobre História ou Geografia e mesmo no ensino das línguas

estrangeiras. Tudo reconduz ao português a todo o momento da vida escolar1.

O ensino do português é uma espécie de ensino permanente, instalada na

forma de todas as disciplinas, onde provém a impressão do mestre que ele não

para nem termina nunca de ensinar o português, de que as aulas de pronúncia,

de vocabulário, ou de redação se renovam sempre que convém compreender

uma palavra de terminologia das ciências, ou redigir a solução de um problema

de Estatística. Pelo seu carácter de suporte, o português se distingue uma vez

mais das outras matérias de ensino, impõe a construção de exercícios de

aprendizado da língua, sobretudo de temas culturais, o que é apaixonante, e

ter pela frente essa nova tarefa.

Assim sendo o português como disciplina-mãe da escolaridade primária à

superior, pode contribuir para a consciencialização nos alunos da necessidade

de promover a aquisição de princípios e valores cívicos, como elementos

fundamentais para a formação de cidadão responsável, crítico, ativo e

interveniente através do diálogo, discussão e reflexão da atualidade e das

experiências e preocupações da comunidade e da sociedade em geral.

DA MORAL E DO CIVISMO EM ANGOLA

O que são valores? Qual é a importância da formação de valores morais e

cívico num cidadão?

Para Marteneli (1999) os valores são qualidades ou aspectos que ocupam a

parte central da personalidade humana. Os valores são determinantes no

comportamento humano tanto para a sua conduta pública quanto para a sua

conduta particular. A moral e a cívica sempre foram uma preocupação do povo

1

Page 10: Trabalho de fim de curso final 2014

angolano. Com efeito, a nossa história pode ser compreendida como uma re-

abordagem contínua dos nossos ideais morais e cívicos, enquanto seres

sociais. A luta pela autoformação enquanto povo, a independência, a luta pela

paz, democracia e desenvolvimento do homem angolano, podem ser citados

como exemplos históricos do exercício de realização de ideais morais e cívicos.

No entanto, a nossa própria história também é mostra do quanto a moral e a

cívica nem sempre gozaram do lugar que nós todos desejávamos que elas

tivessem. Dum lado, pela dialéctica própria da existência humana, onde a

negação contínua e a superação constante são uma realidade, doutro lado pela

idealidade própria aos princípios cívicos e morais que podem ser

compreendidos como sendo da dimensão da Ideia.

Elas não são factos ou realidades adquiridas, mas sim ideais a alcançar. 

Finalmente, e ligados aos argumentos precedentes, a moral e a cívica nem

sempre foram realizadas pelo facto da própria contingência humana. Somos

seres contingentes, e por isso finitos e imperfeitos. Assim, nós erramos. O

nosso conflito armado, e as suas consequências, são prova da nossa

imperfeição no exercício da cívica e da moral. Portanto, quando falamos da

educação na recuperação dos valores morais e cívicos, estamos a falar duma

realidade que nos toca enquanto angolanos aqui e agora.

Em Angola, proponho que situemos o resgate de valores cívicos e morais

dentro da grande dinâmica de reconstrução nacional. A reconstrução nacional,

na minha despectiva, é a reconstrução da razão em nós. Neste sentido, razão

não é apenas discursiva ou teórica. Ela é também, como nos lembra Kant, uma

razão prática, ou seja, a razão não é apenas pensamento; ela é também

comportamento. Isto que dizer que apesar de sermos racionais, moralmente

nós devemos querer ser racionais e comportamo-nos de maneira aceitável.

Como consequência, a nossa razão prática é também ativa, no sentido de

agirmos civicamente de acordo com os princípios morais aceites pela nossa

sociedade. Não devemos apenas querer ser razoável, mas também agir de

maneira razoável, ou seja trabalhar para que os angolanos ajam de maneira

cada vez mais razoável.

Page 11: Trabalho de fim de curso final 2014

Muito tem sido realizado pelo executivo e os seus parceiros sociais no sentido

do resgate dos valores morais e cívicos. O curriculum educativo, no seu todo

revela implicitamente, e no seu sentido lato, um esforço de recuperação dos

valores morais e cívicos. No entanto, esse esforço também se manifesta

explicitamente e no sentido restrito pelas disciplinas como a geografia, história,

organização do estado, línguas, e mais claramente com a introdução da

disciplina de Educação Moral e Cívica.

A disciplina de educação moral e cívica constitui um espaço de transmissão de

valores que concorrem para uma realização do homem angolano enquanto

indivíduo e enquanto social. Um aspeto importante da educação moral e cívica

é mesmo a sua utilidade enquanto espaço de instrução sobre os assuntos, da

sociedade e do estado. Com efeito a nossa população mais jovem, e não só,

pode ser algumas vezes constituída de diríamos ignorantes cívicos. Ou seja

indivíduos que têm pouca informação, e compreendem muito menos, sobre os

conteúdos da sociedade, dos direitos e deveres, da economia, da cultura e

política; indivíduos alheios a realidade social e física envolvente.

A introdução da disciplina de Educação Moral e cívica, como disciplina

autónoma, no sistema da reforma educativa, é um dos exemplos mais notáveis,

embora, em princípio, todas as disciplinas contribuem para educação moral e

cívica, sobretudo disciplinas como história, geografia, línguas.

Page 12: Trabalho de fim de curso final 2014

DESAFIOS

Apesar do trabalho educativo que tem sido feito por todos nós, os desafios são

vários. Porém, podemos levantar alguns desses: Assumir e articular da melhor

maneira possível, Implementação da Reforma Educativa, O desafio da

assunção da transversalidade e interdisciplinaridade da Educação moral e

cívica, o desafio da Família angolana, O desafio do Engajamento comunitário e

Associativismo e ao desafio da Responsabilidade social da Igreja.

Assumir e articular da melhor maneira possível

É de acordo com o nosso contexto, aquilo que afirmaria ser a dialéctica da

educação cívica e moral. Com efeito, embora a escola seja um dos contextos

institucionais principais para aquisição e resgate dos valores morais e cívicos,

esses aprendem-se mais em exercício, ou seja na prática. Neste sentido, os

princípios valorativos são lançados pela escola, mas são vividos e vivenciados

na sociedade em geral que se organiza politicamente.

Implementação da Reforma Educativa

A concepção e implementação da reforma educativa é um reconhecimento do

executivo de que a educação, enquanto transmissora e recuperadora de

valores, deve ser susceptível de reconsideração e melhoramento. Os contextos

sociais mudam e a apresentação dos valores pode exigir novas estratégias,

metodologias. Temos todos de estar unidos para o sucesso da reforma

educativa em Angola.

O desafio da assunção da transversalidade e interdisciplinaridade da

Educação moral e cívica

Na verdade, a manifestação curricular (como disciplina) da educação moral e

cívica implica o envolvimento de varais ciências sociais e não só. Com efeito,

também as ciências ditas humanas (ou sociais) têm sempre um contributo para

uma melhor compreensão da realização do homem enquanto cidadão na

Page 13: Trabalho de fim de curso final 2014

sociedade politicamente organizada. Para além disso, as ciências naturais

também convergem para um melhor entendimento do ambiente natural no qual

o homem exerce a sua cidadania consciente, porque moral e civicamente

educado. Assim, a articulação do cidadão angolano da relação entre o meio

ambiente (questões ecológicas) e a Sociedade (questões de desenvolvimento)

é deveras importante.

O desafio da Família angolana

A família, como núcleo da sociedade, é o espaço primeiro do processo

educativo. Ela é a primeira escola de valores. É na família que nós começamos

a despertar aos valores morais e mesmo cívicos. Com efeito, tem sido quase

unânime a afirmação da crise da família moderna, e a crise da família angolana

em especial. Neste sentido, a crise da família tem implicações na maneira

como a recuperação educativa dos valores pode ser processada. Assim, é

importante pensarmos, a nosso nível quais os mecanismos de recuperação dos

valores num contexto de afirmação da crise da família. Parece-me que o

caminho é, mais uma vez, dialéctico no sentido de reforço mútuo. Com efeito,

na medida em que a família assumir devidamente o seu papel, melhor

recuperaremos os valores cívicos e morais. Por outro lado, quanto melhor for

essa recuperação dos valores morais e cívicos, melhores famílias terão no

cumprimento das suas funções como escola de valores.

O desafio do Engajamento comunitário e Associativismo

A educação cívica tem uma dimensão comunitária. O voluntariado e

participação dos cidadãos em projetos comunitários são essenciais. O

engajamento com a comunidade é crucial. Embora não estejamos mal,

podemos continuar a melhorar a desejada participação civil e moral dos nossos

concidadãos. Na mesma esteira, o associativismo apresenta-se como um

mecanismo de transmissão e recuperação do sentido da moral e cívica. Já

Tocqueville via no associativismo o trunfo da democracia americana. Nós

diríamos que associativismo é a peça chave na transmissão e recuperação do

sentir moral e cívico.

Page 14: Trabalho de fim de curso final 2014

O desafio da Responsabilidade social da Igreja

Sem dúvida que a Igreja em Angola tem sido uma das instituições mais

interessadas na recuperação e resgate dos valores cívicos. Constatamos esse

interesse e empenho nas celebrações, pregações, na criação de cursos de

educação moral e cívica, etc. No entanto, reconhece-se que a crise também

pode afetar as igrejas e urge criamos mecanismos de recuperação dos nossos

valores religiosos fundacionais.

Antecedentes do tema

O tema em questão precisa ser discutido no sentido de que se fomentem

debates a esse respeito e se encontre caminhos pelos quais se consiga atrair

as crianças e os adolescentes, em fim, o aluno (a), ver resgatados seus valores

em alguns casos, e em outros ensinando novos valores.

Page 15: Trabalho de fim de curso final 2014

Diante da sociedade atual, faz-se necessário uma metodologia de ensino que

haja de maneira preventiva, na educação de valores éticos e morais, na

formação consciente do indivíduo que reflete ética e moralmente diante de

situações conflituantes, que exijam dele uma gama de princípios e valores que

norteiem suas decisões.

A preocupação com os valores é tão antiga como a humanidade, só a partir do

século XIX surge como disciplina escolar. Axiologia ou teoria dos valores,

ocupa-se das relações que se estabelecem entre as coisas, seres vivos ou

mesmo ideais e a pessoa que as aprecia.

Valores morais, éticos, são tão antigos como a própria história da humanidade.

A luta entre o bem e o mal está presente no imaginário popular como tema em

todas as culturas e civilizações.

Quais os valores mutáveis e quais os permanentes o caminho é longo para que

os valores se consolidem já que, “não existe vento favorável para quem não

sabe aonde vai” afirma Plinio, o jovem filósofo citado por (Cotrim, 2010).

Para Martinelli(1999), os valores são qualidades ou aspectos que ocupam a

parte central da personalidade humana. Os valores são determinantes do

comportamento do ser humano, tanto da sua conduta publica como da sua

conduta particular. Ou seja valores são qualidades abstratas em seu enunciado

(verdade por exemplo), independentemente do sujeito (a verdade última está

fora do ser humano, em Deus) e de carácter absoluto (existe verdade suprema,

absoluta).

No caso de Angola, o currículo escolar, realmente, ficou e está desfasado se

compararmos o que ensinamos com o que os parâmetros curriculares

nacionais, produzidos nos anos 90, requerem dos professores e alunos maior

esforço e dedicação. No entanto a razão de ser a escola, a de educar os

alunos informal e formalmente, não é uma tarefa descartada pela sociedade,

apesar da influência da mídia eletrônica na formação cognitiva e de valores dos

alunos. Também não perdeu tanto espaço assim para a sociedade informática

(Ndala, 2011).

Page 16: Trabalho de fim de curso final 2014

Em Angola, desde o limiar da sua independência nacional, proclamada perante

a África e o Mundo a 11 de Novembro de 1975, pelo primeiro presidente da

República Popular de Angola Dr. António Agostinho Neto até hoje, a formação

de valores nos cidadãos tem sido uma preocupação constante dos mais altos

magistrados da Nação. Por exemplo, numa das entrevista em Luanda dizia:

“Não se transforma a consciência de um homem de um momento para o outro.

É necessário explicar, é necessário transformar a base material. É preciso que

nós sejamos completamente convencidos com todos os instrumentos nas mãos

para pudermos fazer esta transformação lenta da consciência do povo e do

nosso país. Nós vamos também encarar, do ponto de vista estratégico, este

problema de resistência para dizer que é necessário estudar, é necessário

ensinar, é necessário que cada um supere do ponto de vista cultural e técnico,

para puder exercer funções cada vez mais elevadas, com mais eficiência

dentro do país. Vamos no plano da Cultura, elevar a nossa concepção de

cultura angolana para que a Nação, para que todo o nosso povo seja cada vez

mais angolano, para que as características nacionais possam ser dominantes

em nossa terra” (Neto, 1978).

Formulação do Problema

Problema cientifico de acordo com o desenho teórico a pergunta a expor-se é

a seguinte: a (re)formulação de determinadas atividades didáticas na aula de

português pode contribuir para resgatar os valores morais e cívicos nos alunos

da 7ª classe da escola 11 de Novembro do Lubango?

Formulação do objetivo de investigação

Concordamos Rubem Alves (1994:56), ao assinalar que “há um tipo de

educação que tem por objetivo produzir conhecimentos para transformar o

mundo, interferir no mundo, que é a educação científica e técnica. Mas há uma

Page 17: Trabalho de fim de curso final 2014

educação – e é a isso que chamamos realmente educação – cujo objetivo não

é fazer nenhuma transformação no mundo, é transformar as pessoas”.

Este estudo tem como objetivo contribuir com atividades didáticas que

concorram para o resgate dos valores morais e cívicos nos alunos da 7ª classe

da Escola 11 de Novembro do Lubango, província da Huíla em vista a

construirmos uma sociedade mais equilibrada.

Formulação do objetivo geral da investigação: O grau de conhecimento dos

professores sobre atividades didáticas para a formação de valores dos alunos

da 7ª Classe da escola 11 de Novembro do Lubango.

Objetivos Específicos

Diagnosticar o grau de conhecimento que tem os professores

sobre atividades didáticas e sua importância para o processo de

ensino e aprendizagem.

Aprofundar o estudo sobre os mecanismos utilizados na escola na

formação de valores.

Campo de ação da investigação: A formação de valores dos alunos da 7ª

classe da escola 11 de Novembro do Lubango.

Ideia a defender: Atividades Didáticas para o Resgate dos Valores Morais e

Cívicos na Aula de Português nos alunos da 7ª classe da escola 11 de

Novembro do Lubango para melhorar o processo de ensino e aprendizagem.

Tipo de investigação

Segundo a finalidade utilizou-se a investigação aplicada; segundo a

profundidade ou objetivo , a descritiva; segundo o caracter da medida, a

qualitativa.

Enfoques ou Paradigmas

Aplicaram-se os enfoques ou paradigmas qualitativo, ao realizar a aplicação e

a interpretação dos resultados da investigação; assim também se aplicará o

Page 18: Trabalho de fim de curso final 2014

enfoque critico – social ou dialéctico, com uma investigação de caracter

participativo, ao realizar a mesma com os alunos e professores da 7ª classe da

Escola 11 de Novembro do Lubango.

Determinação da Amostra

A amostra foi constituída por 30% dos alunos e 10 professores da referida

escola. Para determinar a amostra foi utilizado o critério de Lakatos e Marconi

(2006) onde o pesquisador seleciona aqueles elementos que segundo o seu

entender são susceptiveis de obter contributos válidos a pesquisa.

Tarefas de investigação ou objetivos específicos

Realizar a busca bibliográfica que permita saber qual o papel que as

sequencias didáticas tem na formação de valores;

Elaborar inquéritos por questionários para os professores e alunos,

Inquirir aos professores e alunos;

Diagnosticar como as sequencias didáticas afetam a formação de

valores aos alunos e como repercutem no processo de ensino –

aprendizagem.

Determinação dos métodos, técnicas e procedimentos a empregar

Entre os métodos teóricos destacam-se os seguintes:

Método de análise – síntese na caraterização dos valores e a sua

influência na formação da personalidade, assim como na caracterização

do processo de ensino – aprendizagem.

Método de análise documental na obtenção de informações

pertinentes

Page 19: Trabalho de fim de curso final 2014

Dentre as técnicas empíricas destacaram-se as seguintes: Inquérito

e observação

Inquérito aos professores com o objetivo de diagnosticar o grau de

conhecimento que tem sobre sequencias didáticas e sua importância

para o processo de ensino – aprendizagem.

Observação de atividade aos alunos e professores, com o propósito de

obtenção de informações pertinentes sobre atividades didáticas para a

formação de valores e sua repercussão no processo de ensino.

Noções Básicas

Os termos que abaixo apresentamos são os que na nossa opinião facilitarão o

desenvolvimento da pesquisa, sendo certo que sempre que nos referirmos a

eles será nestes limites.

Page 20: Trabalho de fim de curso final 2014

Princípio é a regra que, baseada num juízo de valor, regula o comportamento

ou as atitudes de alguém ≈ critério, modelo, norma, preceito. É a ideia

orientadora e subordinante à regra fundamental da conduta humana. DACL,

pág. 2962.

Valores são qualidades físicas, intelectuais ou morais que tornam uma pessoa

digna de grande apreço. Fundamentos morais que orientam a ação humana

DACL, pág. 29623699-3700. São definidos como normas, princípios, padrões

socialmente aceites. São-nos incutidos desde cedo, frutos do meio social e,

quando chancelados pela conduta humana considerados eticamente

adequados. Somos orientados a aceitá-los, evitar questioná-los. E acabamos

cercados da possibilidade de exercer nossa criatividade, nossa imaginação,

nosso livre arbítrio2.

Outra interessante intepretação é de Acosta (1998:18), que define os valores

humanos como:

“Ideais que atuam o modo de causas atuais, isto é, são,

por um lado, o motor que põem em marcha a nossa

ação e por outro a meta que queremos alcançar, uma

vez postos os meios adequados. Portanto os valores

são finalidades e não meios e, por isso, estimados por

si mesmos e não com vista a uma outra coisa.”

Normas norma é o cumprimento das regras de acordo com seus valores.

Aquilo que se estabelece como regra de comportamento ou de procedimento.

DACL, pág.

Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e é definida como um

conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos

outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem estar

2

.

Page 21: Trabalho de fim de curso final 2014

social, ou seja, a Ética é a forma como o homem deve se comportar no seu

meio social Mootta (1984:15).

Moral tem sua origem do latim, que vem de “mores”, significando costumes.

Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em

sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo

cotidiano.

Atitude é uma disposição básica do indivíduo para agir num determinado

sentido. É uma combinação de conceitos, informação e emoção que dão lugar

a uma predisposição para responder (des)favoravelmente a pessoas, ideais ou

objetos. As atitudes são determinantes nos comportamentos do indivíduo. A

atitude é uma posição que revela uma maneira de estar com os outros e de se

posicionar perante as outras pessoas.

Civismo designa os processos que visam dar ao indivíduo o conhecimento dos

deveres e direitos de cidadania. Compreende não só o conhecimento das

instituições políticas do país, mas também o conhecimento das relações de

cortesia e bons costumes. Pode ser entendida também como uma forma de

proporcionar competências para o exercício da cidadania, nomeadamente a

participação em processos deliberativos e ações conducentes à transformação

da comunidade.

Resgate refere-se ao salvamento de pessoa ou bem sobre qualquer tipo de

ameaça.

Educação termo que designa o processo de desenvolvimento e realização do

potencial intelectual, físico, estético e afetivo existente em cada criança.

Também designa o processo de transmissão da herança cultural às novas

gerações, Marques (2000. 36).

Page 22: Trabalho de fim de curso final 2014

DESENVOLVIMENTO DA MORALIDADE SEGUNDO JEAN PIAGET

Na teoria conhecida como Psicologia Genética do psicólogo suíço Jean Piaget,

a inteligência não é inata, entretanto a gênese da razão, da afetividade e da

moral é feita progressivamente através de estágios sucessivos, onde a criança

organiza o pensamento e o julgamento. O saber é construído e não imposto de

fora.

Nessa perspectiva, o desenvolvimento moral é concomitante ao

desenvolvimento lógico, com aspectos paralelos de um mesmo processo geral

de adaptação. Piaget escreveu o texto “Os procedimentos de Educação Moral”

em 1930, em que apresenta os resultados de suas pesquisas acerca da

construção da moralidade. Nesse texto, o autor defende a necessidade de se

educar moralmente e discorre sobre a importância do papel das relações

sociais (interação) nessa educação. Piaget diz que tanto as relações de coação

como as de cooperação são importantes.

Num primeiro momento, a coação se faz necessária para que a criança

conheça as regras e tenha noções sobre o bem e o mal, o certo e o errado.

Estudando a construção da moralidade infantil, descobriu que o

desenvolvimento das crianças mostra duas tendências basicamente opostas de

moral: “ a moral do dever ”, ou heteronomia, onde uma criança segue as regras

fixadas pelas autoridades que a rodeiam (pais, irmãos mais velhos, etc) e as

obedece por temor à perda de afeto ou ao castigo; é uma moral fruto de um

tipo de relação social em que predomina o respeito unilateral e que Piaget

Page 23: Trabalho de fim de curso final 2014

chamou de coação; e a “moral do bem”, ou autonomia, resultado da formação

na qual a criança pode se ver cada vez mais livre de autoridades e capaz de

construir normas entre iguais. É necessário e inevitável que a criança passe

pela fase da heteronomia, de obediência à autoridade, para que, depois, o

espírito de cooperação possa ser construído, através do respeito mútuo e da

reciprocidade. O objetivo da educação moral, portanto, é a de auxiliar a criança

em construir sua autonomia. A educação moral, para Piaget, não constitui uma

matéria especial de ensino, mas um aspecto particular da totalidade do

sistema, dessa maneira, as crianças e os jovens não devem ter “aulas” de

educação moral, mas vivenciar a moralidade em todos os aspetos e ambientes

presentes na escola. Nesse sentido, os trabalhos em grupo são uma atividade

facilitadora para a construção da autonomia, pois as crianças, ao trabalharem

juntas, podem trocar pontos de vista, discutir, ganhar em algumas idéias e

perder em outras, enfim, podem exercer a democracia. Do ponto de vista de

Piaget, educar moralmente, é proporcionar à criança situações onde ela possa

vivenciar a cooperação, a reciprocidade e o respeito mútuo e assim, construir

a sua moralidade.

DESENVOLVIMENTO MORAL SEGUNDO LAWRENCE KOHLBERG

Lawrence Kohlberg dominou os estudos sobre desenvolvimento moral nas

últimos tempos. Estudou a moralidade do ponto de vista cognitivista, assim

como Piaget. Esse autor iniciou publicamente seus trabalhos sobre julgamento

moral com sua defesa de tese de doutorado em 1958, na Universidade de

Chicago, intitulada "O desenvolvimento dos modos de pensamento e opção

moral entre dez e dezesseis anos", tendo alguns anos depois se fixado na

Universidade de Harvard, até sua morte em 1987, aos 59 anos de idade. Criou

a teoria dos estágios morais, pois acreditava que o nível mais alto da

moralidade exige estruturas lógicas novas e mais complexas do que as

apresentadas por Piaget. Assim, segundo o autor, existem três níveis de

moralidade.

O primeiro chamou de nível pré-convencional que se caracteriza pela

moralidade heterónoma, onde “as regras morais derivam da autoridade, são

aceitas de forma incondicional e a criança obedece a fim de evitar castigo ou

para merecer recompensa“ (Aranha e Martins, 2003, p.311). O indivíduo deste

Page 24: Trabalho de fim de curso final 2014

estágio, define a justiça em função de diferenças de poder e status, sendo

incapaz de diferenciar despectivas nos dilemas morais. Há neste nível um

segundo estágio, o qual Kohlberg, chamou de moralidade de intercâmbio, pois

inicia-se o processo de descentração, possibilitando ao indivíduo perceber que

outras pessoas também têm seus próprios interesses, porém a moral ainda

permanece individualista, fazendo com que estabeleça trocas e acordos. O

segundo nível, foi chamado de nível convencional, o qual valoriza-se o

reconhecimento do outro e inclui dois estágios: o da moralidade da normativa

interpessoal e o da moralidade do sistema social. No primeiro começa-se a

seguir as regras para assim garantir um bom desempenho do papel de "bom

menino" e de "boa menina", percebe-se uma preocupação com as outras

pessoas e seus sentimentos. pá no segundo estágio, o indivíduo "adota a

perspetiva de um membro da sociedade baseada em uma concepção do

sistema social como um conjunto consistente de códigos e procedimentos que

se aplicam imparcialmente a todos os seus membros" (Diáz-Aguado e

Medrano, 1999, p. 31).

O terceiro nível foi chamado de nível pós-convencional, considerado por

Kohlberg, como o mais alto da moralidade, pois o indivíduo começa a perceber

os conflitos entre as regras e o sistema, o qual foi dividido entre o estágio da

moralidade dos direitos humanos e o estágio dos princípios éticos universais.

Neste nível, os comportamentos morais passam a ser regulados por

princípios,"os valores independem dos grupos ou das pessoas que os

sustentam, porque são princípios universais de justiça: igualdade dos direitos

humanos, respeito à dignidade das pessoas, reconhecimento de que elas são

fins em si e precisam ser tratadas como tal. Não se trata de recusar leis ou

contratos, mas de reconhecer que eles são válidos porque se apoiam em

princípios" (Aranha e Martins, 2003, p. 312).

Os alunos podem entender um nível mais alto de julgamento moral desde que

alguém os explique. Todo indivíduo é potencialmente capaz de transcender os

valores da cultura em que ele foi socializado, ao invés de incorporá-las

passivamente. Este é o ponto central na teoria de Kohlberg e que representa a

possibilidade de um terreno comum com teorias sociológicas cujo objetivo é a

transformação da sociedade. O pensamento pós convencional, enfatizando a

Page 25: Trabalho de fim de curso final 2014

democracia e os princípios individuais de consciência, parece essencial à

formação da cidadania.

CONSIDERAÇÕES DE OUTROS AUTORES

É importante citar o trabalho do professor Josep Maria Puig, catedrático em

Teoria da Educação pela Universidade de Barcelona e coordenador do Grupo

de Pesquisa em Educação Moral (Grem), pois é reconhecido como um dos

maiores especialistas em educação moral na Espanha. Este autor entende a

educação moral como construção da personalidade moral; o que introduz um

novo conceito às idéias de Piaget que considera a educação moral como

desenvolvimento.

Segundo Puig, a educação moral pressupõe uma tarefa construtiva e deve

levar em consideração as diferenças e os valores culturais de todos os grupos

sociais. É necessário, ainda, atentar para alguns elementos presentes na

moralidade, como por exemplo, as emoções e os sentimentos. Para esse autor,

a educação moral como desenvolvimento entende que o domínio progressivo

de formas de pensamento moral é um valor desejável em si mesmo e, sem

dúvida nenhuma, o seu principal objetivo.

No entanto, vale destacar sua capacidade de fundamentar uma ideia de

autonomia baseada na reflexão, e não na escolha, assim como sua eficácia

para fundamentar a educação moral além das crenças concretas. A educação

moral como desenvolvimento, defendida por Piaget, não esclarece muito

quando se trata de considerar problemas morais contextualizados e concretos;

não consegue localizar corretamente as aquisições morais das gerações

anteriores que parece lógico conservar e transmitir; tem dificuldade para

acomodar elementos da personalidade moral tais como os sentimentos e as

emoções ou, ainda, a necessidade de explicar a própria conduta moral . É com

base nessas críticas que Puig propõe certas reformulações à teoria piagetiana

da construção da autonomia, inserindo a idéia de construção da personalidade

moral, o que, obviamente, inclui, também, a autonomia.

Page 26: Trabalho de fim de curso final 2014

Primeiramente, essa construção propõe a adaptação dos indivíduos à

sociedade e à si mesmos, ou seja, a aquisição de normas básicas de

convivência e o reconhecimento de seus próprios pontos de vista. À esse

primeiro passo para a construção da personalidade moral, Puig dá o nome de

clarificação de valores. São propostos exercícios para auxiliar esse auto-

conhecimento, que têm como objetivo: iluminar melhor o horizonte valorativo do

sujeito, ou conduzir processos de valoração que provoquem a assimilação de

novos valores. Os procedimentos metodológicos incluem: perguntas

clarificadoras, frases inacabadas, dinâmicas e exercícios expressivos como

folhas de pensamento, folhas de revisão, jogos de entrevista, jogos de seleção

e trabalhos com fotografias. O segundo momento da construção da

personalidade moral consiste em adquirir elementos culturais e de valor que se

constituem como horizontes normativos desejáveis, tais como a justiça, a

igualdade, a liberdade e a solidariedade. É necessário, ainda, formular

capacidades pessoais de julgamento, compreensão e auto-regulação, o que

permitirá o enfrentamento autônomo do indivíduo com os inevitáveis conflitos

de valores. Nesse sentido, Puig propõe, como procedimentos metodológicos,

uma série de recursos, tais como: discussão de dilemas morais (baseados nos

procedimentos de investigação de Kohlberg), exercícios de role-playing,

compreensão crítica, enfoques socioafetivos, exercícios de auto-regulação,

exercícios de role-model, exercícios de construção conceitual, habilidades

sociais, resolução de conflitos e atividades informativas .Assim, o último

momento da educação moral com vistas à construção da personalidade, seria

o de tomar conhecimento de sua própria biografia moral, conhecer seus valores

e ter as habilidades necessárias para viver uma vida. As análises de Puig

aprofundam as reflexões de Piaget, mas deixam a desejar no que se refere às

relações sociais estabelecidas dentro da escola e que têm papel central na

construção da autonomia. Nesse sentido, outros pesquisadores oferecem

contribuições valiosas.

Autores como Maria Rosa Buxarrais (1997) e Miguel Martínez Martín (1998),

também membros do Grupo de Investigação em Educação Moral (GREM) da

Universidade de Barcelona ( Espanha) são bons exemplos de aprofundamento

Page 27: Trabalho de fim de curso final 2014

da questão social (interação), fator importante para a construção da moralidade

e face pouco explorada por Puig.

Segundo Buxarrais (1997), um “projeto de educação moral” deve levar em

conta a realidade do país, as questões políticas relacionadas à concepção de

escola e a preparação do corpo docente, para que possa elaborar um currículo

onde estejam presentes: o conceito de educação, as características

socioculturais do grupo, as dimensões da personalidade moral, as estratégias

de trabalho e os âmbitos temáticos a serem trabalhados.

Dessa forma, toda a escola deve estar engajada em seu programa de

educação moral, caso tenha optado por ele de forma democrática. Esse

trabalho não pode ser desenvolvido apenas na sala de aula, entre professor e

alunos, mas em toda a escola, que deve constituir-se como um ambiente sócio-

moral que permita a construção da autonomia moral e intelectual. Ainda

segundo essa autora, a educação moral deve contribuir para a aquisição de

critérios que guiem, regulem e proporcionem normas orientadoras para a vida

prática das pessoas e da coletividade, tais como a crítica, o princípio de

alteridade, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a implicação e o

compromisso.

A crítica é o instrumento que permite ao indivíduo analisar a realidade e entrar

no mundo dos valores determinando aquilo que é justo e o que não é. O

princípio de alteridade é o que leva à descentração e às trocas efetivas entre

pessoas, onde a justiça e a solidariedade devem ocupar lugar central. A

Declaração Universal dos Direitos Humanos e outras leis, como o Estatuto da

Criança e do Adolescente, podem se apresentar como instrumentos úteis para

se fazer uma análise crítica da realidade cotidiana. A implicação e o

compromisso são fatores que tornam os critérios anteriores possíveis, não

fazendo deles simples declarações mas princípios que tenham significado em

nível pessoal e coletivo.

Martín ( 1998) introduz um novo conceito à educação moral: o de contrato

moral dos professores. Segundo esse autor, é necessário haver um clima

sociomoral na instituição educativa e um “estilo” do corpo docente que

Page 28: Trabalho de fim de curso final 2014

garantam um bom convívio entre professores e alunos. O que Martín propõe é

um compromisso efetivo do corpo docente com a questão dos valores, criando

um clima institucional de caráter moral oportuno para o êxito dos objetivos que

presidem a proposta de educação moral e em valores desse grupo.

Os Valores Morais e Cívicos na Sociedade Angolana

Diante da sociedade atual, faz-se necessário uma metodologia de ensino que

haja de maneira preventiva, na educação de valores éticos e morais, na

formação consciente do indivíduo que reflete ética e moralmente diante de

situações conflituantes, que exijam dele uma gama de princípios e valores que

norteiem suas decisões. De um tempo a esta parte temos ouvido falar no

resgate dos valores cívicos e morais. Com efeitos este povo, num passado

recente, se assim se pode considerar os 30 anos passados, tinha uma

educação fora do normal. Todos que aqui aportavam ficavam vislumbrados

pela sua educação, respeito, humildade e amor ao próximo. Não era normal ver

pessoas gritando, o espirito de entre ajuda estava patente nas ações das

pessoas. Era um orgulho para um senhorio se batêssemos a sua porta

solicitando a utilização dos seus lavabos. Notava-se uma grande hospitalidade

por parte dos indivíduos ou seja a moral, a ética e o civismo eram termos que

faziam parte do dia-a-dia das pessoas.

Hoje o normal é vermos jovens e adultos fazendo necessidades maiores e

menores em plenas ruas, sem o mínimo de pudor ou nas paredes dos edifícios,

em plena luz do dia, sem sequer protegerem-se de quem quer que seja alunos

a escreverem nas paredes da escolas e partirem carteiras que são usadas

simplesmente para o seu beneficio, partirem vidros e entre outros.

Segundo Rogério Eduardo Zabila (vice-governador do Zaire para o sector

político e social) a recuperação dos valores morais, cívicos e culturais é um

imperativo que requer de todos, individual ou coletivamente, uma resposta para

superar as atuais dificuldades, visando a obtenção da paz e harmonia social,

defendeu, “Os comportamentos imorais que se verificam atualmente na

sociedade angolana atingem a paz social, ao ponto de desintegrar famílias que

Page 29: Trabalho de fim de curso final 2014

em alguns casos chegam a configurar ilícito penal”, considerou responsável

quando discursava na sessão de encerramento do workshop sobre “o resgate

dos valores morais e cívicos”, realizado na cidade de Mbanza Kongo, capital da

província do Zaire.

Quando nos referimos aos valores cívicos, pretendemos dizer que na base da

nossa ação ou omissão, estão os princípios e regras que devem conformar-se

com uma determinada cultura, tais como os hábitos e costumes tradicionais. O

facto de estarmos integrados num contexto global obriga-nos a observar

determinadas regras universais, e avaliar se as normas herdadas das culturas

ancestrais ainda se enquadram no contexto histórico atual para não cairmos

em extremos.

Neste sentido, e imperioso promover o equilíbrio entre os valores tradicionais e

universais, tais como o direito à vida, à integridade física e os princípios da

democracia e da soberania, presentes em todas sociedades e culturas.

É preciso termos em atenção esse pormenor sempre que nos referirmos ao

resgate dos valores morais, cívicos e culturais, pois nem tudo que no passado

era bom continua a sê-lo. Havia valores positivos e negativos que no atual

contexto histórico ferem a dignidade humana logo, é preciso haver equilíbrio

entre os valores locais e universais, tais como o direito à vida, a integridade

física e aos princípios da democracia e da soberania popular, presentes em

todas as culturas.

Atualmente tem-se verificado um fenómeno preocupante na sociedade

angolana, consubstanciado na desresponsabilização das famílias, relegando a

educação dos filhos à responsabilidade das escolas e do Estado, recordando

que a primeira instrução deve partir de casa.

É no seio da família onde a criança aprende a falar, a caminhar e a imitar o

comportamento dos pais, e é nesse processo de aprendizagem que devemos

transmitir os valores que julgamos fundamentais para uma convivência sã, e

não deixar que a educação fique exclusivamente à cargo do Governo.

Page 30: Trabalho de fim de curso final 2014

A tarefa de educação é de todos e não uma tarefa exclusiva da escola ou

Governo. É preciso mudar de atitude quanto a instrução das crianças. Não

devemos viver em ilhas, pois estamos todos ligados porque a ação do outro

terá reflexos em nós.

O Papel do Estado, da Igreja e da Escola no Resgate dos Valores Morais e

Cívicos

A sociedade angolana está cada vez mais engajada no resgate de valores

cívicos e morais. As leis penais devem ser aplicadas para conter atos negativos

aos valores que o estado visa proteger, mas outras esferas são chamadas a

contribuir na moralização do indivíduo.

Na abertura do workshop sobre o cidadão, a família e a igreja, Roberto de

Almeida, disse que a sociedade angolana tem sido, nos últimos anos, palco de

determinados conflitos sociais como a delinquência infantil e juvenil, violência

doméstica e crianças acusadas de feitiçaria. Referiu que, tais conflitos

pressupõem um declínio do verdadeiro papel da família e da igreja, enquanto

instituições sociais de transmissão e manutenção de valores cívicos morais e

culturais, tendo recomendado aos participantes a encontrarem soluções

susceptiveis de inverter o quadro.

Para Roberto de Almeida, os subtemas inscritos para o debate, tais como “A

importância jurídica da Lei contra a violência doméstica no resgate dos valores

cívicos e morais”, “A repercussão da violência doméstica na sociedade

angolana” e “O papel da igreja na moralização do cidadão e da família”, vão de

encontro às preocupações do Executivo.

Bispo emérito da Igreja Metodista Unida em Angola, Emílio de Carvalho,

exortou para que às Igrejas do país a colaborarem com o governo nas ações

tendentes ao resgate dos valores morais e cívicos da sociedade. Em uma

palestra sobre “o papel da Igreja no resgate dos valores morais e cívicos da

sociedade angolana disse que as Igrejas também têm como missão moralizar e

educar a sociedade.

Page 31: Trabalho de fim de curso final 2014

Sendo resgate dos valores morais, um processo demorado, não deve ser

responsabilidade única do governo, requer, o maior envolvimento das Igrejas

para o efeito. A destruição dos valores morais, cívicos e culturais leva muito

pouco tempo, mas a sua recuperação leva anos e anos, pelo que é necessário

um esforço redobrado de todas as forças vivas, com realce para a Igreja.

Algumas igrejas tem promovido actividades de carácter social um meio de

contribuir para o bem-estar das crianças, idosos e ou outros grupos em

situação de carência. A acção social não pode ser vista apenas como dever no

sentido de uma obrigação formal e farisaica, pois ela é parte integrante da

missão da Igreja e deve ser acolhida como fruto natural de uma fé integral.

Existe parceria entre a Igreja e o Governo na área de educação, funcionando

em diversas escolas de ensino espalhadas no país, e universidade. Algumas

Igrejas ainda desenvolvem acções no sector da saúde, através da criação de

postos médicos em diferentes representações, bem como um centro de

formação profissional.

Meios Usados pelo Executivo Angolano para o Resgate dos valores

Morais e Cívicos na Escola (lei 13)

O executivo angolano tem criadas politicas para o resgate de valores morais e

cívicos na escola defendendo que a política para a juventude deve assentar

nos seguintes pressupostos:

a) Promover o fomento do cooperativismo juvenil, do voluntariado e da

participação social dos jovens e a criação de círculos interprovinciais de

intercâmbio de experiências e de boas práticas;

b) Dotar o instituto da juventude de competências adequadas para que

cumpra cabalmente a sua função como instância de operacionalização de

políticas juvenis públicas;

c) Desenvolver o observatório nacional da juventude com meios técnicos

e humanos para a realização de estudos regulares sobre o perfil, atitudes,

Page 32: Trabalho de fim de curso final 2014

comportamentos e necessidades dos jovens, objetivando que tal conhecimento

subsidie o pro- cesso de tomada de decisões e a adequação das políticas

públicas para a juventude;

d) Promover, acompanhar e enquadrar nas políticas nacionais do

estado, as despectivas internacionais de participação e desenvolvimento da

juventude, nomeadamente a implementação da carta africana da juventude, da

década africana da juventude, do programa africano do voluntariado jovem, dos

objetivos do desenvolvimento do milénio e do programa mundial de ação para

a juventude.

O Papel dos Órgãos de Difusão Massiva para o Resgate dos Valores

Morais e Cívicos

Na maioria dos lares angolanos existe, pelo menos, um aparelho de TV ou um

radio. Milhares de telespectadores estão ligados a estes durante grande parte

de suas vidas, recebendo informações através de um conjunto de de sons e

imagens que nos transformam de uma civilização verbal, para urna civilização

essencialmente visual e auditiva.

A televisão tem o poder de induzir a determinado hábito, gosto ou atitude,

promovendo entre as pessoas várias discussões em torno de um mesmo

assunto. Os cartazes e folhetos, espalhados pela cidade, também conseguem

transmitir o seu recado, chamando a atenção por suas cores, formas e

mensagens. Um cartaz que realmente atraia a atenção das pessoas pode leva

Ias a parar durante minutos e provocar alguns instantes de concentrarão e

reflecção sobre a mensagem. Um folheto bem elaborado pode ser guardado,

servindo como instrumento auxiliador na propagação de uma informação feita

de uma pessoa a outra, através da mensagem boca a boca, fazendo com que

um produto, uma ideia ou uma forma de comportamento seja disseminado

entre o público em geral.

A comunicação É uma necessidade comum a todo ser humano. A capacidade

de comunicação humana abre novos caminhos as ciências da educação

Page 33: Trabalho de fim de curso final 2014

através de técnicas que possam oferecer ao processo educativo uma nova

forma de diálogo. Os gestos, as palavras, os sons e as imagens permitem

ampliar o sentido que a educação tem dado a comunicação, já que cabe a

escola oferecer ao educando possibilidades de auto- expressão.

As múltiplas representações dos sons e imagens (TV, radio, cinema, pósteres),

não modificam o homem apenas enquanto indivíduo, mas sim, todo o seu meio

cultural. Somos agora homens, pertencentes a uma cultura de massa, unidos

por uma comunicação visual que rompe barreiras entre o indivíduo culto e o

não culto, levando a diferentes povos a conquista do tempo e do espaço,

ultrapassando os nossos meios naturais.

Uma camara, ao registrar imagens, leva os fatos ao telespectador com maior

precisão de dados do que se estivéssemos no local do acontecimento. Ao

realizar qualquer tipo de filmagem, os sons e imagens mantém entre nós

qualquer pessoa, independente de sua presença física. Portanto, a cultura de

massa é um desafio social. Cada vez mais, os meios de comunicação

possibilitam uma maior participação cultural. Até bem pouco tempo, as elites

eram círculos impenetráveis; hoje, não existe mais uma civilização de

privilegiados e sim uma civilização de massas, que tende a se transformar em

uma cultura popular.

Essa universalização toma-se possível a partir do momento em que a cultura

popular nivela todos os gostos culturais, ou seja, todas as camadas sociais

passam a receber os mesmos produtos culturais. Os programas de TV, o

cinema e a imprensa chegam até as pessoas sem nenhuma distinção de

classe social ou nível cultural. Por outro lado, o fato de ter uma cultura mais

acessível provoca nas camadas populares um grande apetite por informações,

despertando nelas o desejo de não serem taxadas como uma classe inferior

aos demais. Com as novas tecnologias desenvolvidas nos últimos anos (o

computador, a TV a cabo e a internet, por exemplo) surgiram novas formas de

comunicação fundamentais para a aprendizagem e a inserção do indivíduo na

sociedade de maneira mais crítica, participativa e atuantes. E a utilização

desses meios como uma alternativa educacional torna-se mais viável ao

Page 34: Trabalho de fim de curso final 2014

aprendizado das crianças dessa nova era, que já crescem adaptando-se

naturalmente a esses novos instrumentos.

Os meios de comunicação criaram um mundo que ultrapassa os muros da

escola; ou melhor, muitas vezes acabam por deslocar totalmente o estudante

do ambiente escolar. Não existem mais limites geográficos. Com o uso do

telefone, por exemplo, podemos nos comunicar aonde quisermos, quando

quisermos. O estudante de hoje, não é aquela criança ou aquele adolescente

tímido cuja visão corresponde aos horizontes do seu bairro, mas ele é sim, um

cidadão do mundo com um habitat cultural diferente. Mesmo não podendo

escapar de todas essas influências, é preciso gerar novos procedimentos e

metodologias para integrar os meios de comunicação á educação actual. Nas

proximidades do terceiro milénio os estudantes não poderão chegar a uma

mínima culturalização sem terem, pelo menos, um conhecimento básico sobre

as linguagens dos meios de comunicação.

O homem do século XX é diferente dos homens de outras épocas mesmo

quando, essencialmente continua sendo o mesmo. Este novo habitat

proporciona ao homem uma rede extraordinariamente densa de estímulos,

condicionamentos e provocações sensoriais. O homem muda porque tudo

muda ao seu redor. Criou-se e continuamos criando um meio (habitat) muito

distinto. A civilização moderna, com seus meios de, esta oferecendo ao homem

novas formas de perceber, de intuir, sentir e pensar.

Mas a escola ainda não descobriu a melhor maneira de se utilizar dos meios de

comunicação para cumprir satisfatoriamente o seu papel e nem os próprios

meios de comunicação sabem exatamente qual deveria ser a sua função.

Talvez pela falta de incentivo aos professores, pelo despreparo em relação ao

manuseio dos equipamentos ou até mesmo pelo desconhecimento de métodos

de trabalho.

A programação gerada pelas emissoras de radio e TV, atualmente, estão

dispostas a tudo em busca de audiência. Apresentando programas com

informações superficiais ou que cultivam o sensacionalismo - enfocando a

violência e colocando a mostra as tragédias presentes no dia-a-dia de nossa

Page 35: Trabalho de fim de curso final 2014

sociedade; ou ainda, satisfazendo curiosidades sobre a vida de pessoas

famosas e tocando músicas da moda - contribuem para a alienação das

pessoas, que estão cada vez mais distantes da realidade. No caso do

computador, a Internet faz com que os Jovens saibam mais sobre outras

localidades do mundo do que sobre o seu próprio país

É preciso ter cuidado na hora de definir o melhor método para inserir esses

instrumentos na escola. Na verdade, a educação nos próximos anos se

apresenta ainda como um beco sem saída, principalmente no que diz respeito

aos países de terceiro mundo. Talvez a grande dificuldade em lidar com os

meios técnicos de comunicação seja o fato deles serem uma massa unilateral;

não existe diálogo entre o emissor e o recetor. Estamos de certa forma,

condicionados a aceitar a mensagem sem que tenhamos condições de debater

e modificar direita e imediatamente o seu conteúdo.

Para que possamos obter resultados positivos no‚ âmbito escolar, não se trata

de desenvolver uma pedagogia sobre os meios de comunicação e sim, de

aplicar uma pedagogia que estabeleça comunicação escolar com os

conhecimentos, com os sujeitos, considerando os meios de comunicação.

Dialoga-se com os meios e suas linguagens, em vez de falar dos meios.

Portanto, a comunicação é necessária a todas as pessoas. As formas de

expressão desenvolvem-se nos seres humanos de maneira espontânea e

natural, sendo assim, a capacidade comunicativa do homem abre diversas

oportunidades para que os meios de comunicação sejam incorporados aos

métodos educacionais, podendo ser aplicados como novas técnicas de ensino-

aprendizagem.

 III. ACTIVIDADES PARA O RESGATE DOS VALORES MORAIS E

CÍVICOS (sequencias didaticas)

Page 36: Trabalho de fim de curso final 2014

A discussão sobre a atividades para o resgate dos valores morais e cívicos é

complexa e seu caráter não é apenas teórico, pois envolve de forma direta ou

indireta quase todas as ações humanas cotidianas. Seu estudo é um dos

aspetos mais importantes na compreensão do processo de socialização

humano. Portanto, a vida exige uma orientação moral, uma postura em que as

ações passem por uma reflexão, uma decisão e um julgamento. O

desenvolvimento moral do homem é condição essencial no processo de

socialização. Assim, a educação moral deve acontecer em todos os espaços

em que as pessoas estão em relação e, em decorrência dessa convivência,

possam experimentar as vantagens da cooperação, da solidariedade, da

igualdade, da justiça.

Entendemos que, de acordo com a perspetiva de Puig (1998) precisamos

desenvolver uma educação moral para ser capaz de detetar e criticar injustiças,

estar comprometido com a construção de uma vida mais justa para todos,

comportar-se de acordo com princípios auto-escolhidos, adquirir as normas e

valores considerados justos em sociedade, pois a educação moral pode se dar

em momentos distintos que vão da adaptação às normas da sociedade ao

conhecimento e reconstrução dos próprios valores. Todos os autores citados

concordam que a educação moral deve abarcar toda a escola e ir além de seus

muros, e que a realidade de um país pode retratar e contextualizar as

possibilidades de educação moral e que questões políticas podem se

relacionar à escola determinando suas possibilidades de realmente educar

moralmente. Além disso, insistem em que deve haver uma preparação do

corpo docente para a educação moral a ser levada por toda a escola e é

essencial um compromisso dos professores nesse sentido. Assim,

considerando a escola como um amplo espaço de relações humanas onde

decisões e julgamentos são feitos a todo tempo, para analisarmos a Moral na

escola, é preciso considerar o que se faz na escola, de forma refletida ou

irrefletida, consciente ou não, em busca da defesa de finalidades ou bens

maiores inscritos em nossos valores morais. A moralidade de professores,

alunos e demais membros da escola é importante demais para acontecer de

modo implícito e irrefletido. Por todas essas questões acreditamos que a Ética

deva ser pensada como um dos componentes mais importantes da Educação

Page 37: Trabalho de fim de curso final 2014

sendo, portanto, alvo de debates, de reflexão e de formação de educadores

tanto quanto o são os aspetos pedagógicos

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 38: Trabalho de fim de curso final 2014

ARAÚJO, U. F. Moralidade e indisciplina: uma leitura possível a partir do

referencial

piagetiano. In. AQUINO, J. (Org.) Indisciplina na escola: alternativas

teóricas e

práticas. São Paulo: Summus, 1996.

BARROS, Célia Silva Guimarães – Pontos de Psicologia do

Desenvolvimento –

8ª edição – Ática – 1995

BUXARRAIS, M. R. La formación del profesorado en educación en valores:

propuesta y materiais. Bilbao: Desclée de Brouwer, 1997.

FREITAG, Bárbara. Sociedade e consciência. São Paulo: Cortez, 1984

LEPRE, R. M. Desenvolvimento moral e indisciplina na escola. Revista

Nuances,

v.5, p.64-68, 1999.

____________A Indisciplina na escola e os estágios de desenvolvimento

moral

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Unesp/Marília

____________Educação Moral e Construção da autonomia -

www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=791

MARTÍN, M. M. El contrato moral del profesorado: condiciones para una

nueva

escuela. Bilbao: Desclée De Brouwer, 1998.