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ESCAVAÇÃO A CÉU ABERTO 1 Condições gerais 1.1 Investigações geotécnicas-geológicas Tais investigações são necessárias para a determinação das condições geológicas e dos parâmetros geotécnicos do terreno onde será executada a escavação. 1.2 Águas subterrâneas Pressupõe que a presença de lençóis aqüíferos, existentes na região onde será executada a escavação. 1.3 Edificações vizinhas e redes de utilidades públicas É indispensável o levantamento topográfico do terreno, o levantamento das edificações vizinhas (tipo de fundações, cotas de assentamento das fundações, distância à borda da escavação) e das redes de utilidades públicas, não só para a determinação das sobrecargas como, também, no estudo das condições de deslocabilidade e deformabilidade que podem ser provocadas pela execução da escavação. Os levantamentos devem abranger uma faixa, em relação às bordas, de pelo menos duas vezes a maior profundidade a ser atingida na escavação. 1.4 Observações da obra O controle das edificações vizinhas e da escavação deve obedecer a um plano de acompanhamento, através de inspeção e de instrumentação adequada ao porte da obra e das edificações vizinhas. 2 Projeto 2.1 Fases do projeto O projeto tem grau de detalhamento variável com o tipo e característica de cada obra. Deve ser compatível com a NBR 8044 e pode desenvolver-se, de uma maneira geral, em quatro fases: a) viabilidade;

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ESCAVAO A CU ABERTO

1 Condies gerais1.1 Investigaes geotcnicas-geolgicasTais investigaes so necessrias para a determinao das condies geolgicas e dos parmetros geotcnicos do terreno onde ser executada a escavao.1.2 guas subterrneasPressupe que a presena de lenis aqferos, existentes na regio onde ser executada a escavao.1.3 Edificaes vizinhas e redes de utilidades pblicas indispensvel o levantamento topogrfico do terreno, o levantamento das edificaes vizinhas (tipo de fundaes, cotas de assentamento das fundaes, distncia borda da escavao) e das redes de utilidades pblicas, no s para a determinao das sobrecargas como, tambm, no estudo das condies de deslocabilidade e deformabilidade que podem ser provocadas pela execuo da escavao. Os levantamentos devem abranger uma faixa, em relao s bordas, de pelo menos duas vezes a maior profundidade a ser atingida na escavao.1.4 Observaes da obraO controle das edificaes vizinhas e da escavao deve obedecer a um plano de acompanhamento, atravs de inspeo e de instrumentao adequada ao porte da obra e das edificaes vizinhas.2 Projeto2.1 Fases do projetoO projeto tem grau de detalhamento varivel com o tipo e caracterstica de cada obra. Deve ser compatvel com a NBR 8044 e pode desenvolver-se, de uma maneira geral, em quatro fases:a) viabilidade;b) projeto bsico;c) projeto executivo;d) projeto como executado.2.1.1 ViabilidadeNesta fase o projeto deve ter o nvel de detalhamento suficiente para permitir a previso de custos e prazos das diversas alternativas.2.1.2 Projeto bsicoNesta fase procede-se ao detalhamento de forma a quantificar os servios necessrios ao desenvolvimento do projeto executivo.2.1.3 Projeto executivoNesta fase o projeto define claramente os diversos componentes da obra, incluindo memoriais descritivos, clculos estruturais, desenhos, especificaes tcnicas e executivas, planilhas de oramento e cronogramas bsicos.2.1.4 Projeto como executadoEsta fase compreende o acompanhamento sistemtico da execuo da obra, reexame dos critrios de dimensionamento em funo de dados obtidos durante a execuo e elaborao de um relatrio final, comentando a execuo com as dificuldades encontradas, sendo recomendada a complementao com fotografias.2.2 Caracterizao do subsolo2.2.1 O subsolo na regio onde vai ser executada a escavao deve ser caracterizado pelos seus parmetros geotcnicos, determinados atravs de anlises e interpretao dos resultados obtidos pelas investigaes geotcnicas.2.2.2 Devem ser elaboradas sees geotcnicas-geolgicas longitudinais e transversais, tantas quantas forem necessrias perfeita caracterizao da forma e dimenses da escavao, figurando a descrio de terrenos atravessados e respectivas profundidades, descontinuidades superficiais de escorregamento e indicao de nveis aqferos.2.2.3 No caso de macio rochoso, detalhamento e anlise dos sistemas de fraturamento e descontinuidades, e classificao em grupos com caractersticas homogneas.2.2.4 A execuo de sondagens normalizada pela NBR 6484, e a identificao e descrio das amostras de solo normalizada pela NBR 7250.2.3 Cargas e carregamento2.3.1 As cargas atuantes so agrupadas em duas categorias, a saber:a) cargas estticas:- empuxo lateral do solo;- presso hidrosttica;- cargas provenientes de construes prximas;- acmulo de material escavado na borda da escavao;b) cargas dinmicas:- trfego de veculos;- mquinas e equipamentos.2.3.2 Os casos de carregamento obtidos com a combinao das cargas atuantes devem ser feitos no s para a configurao final da escavao, mas tambm para as fases intermedirias a serem atingidas durante a execuo da escavao, bem como as fases intermedirias durante o reaterro da cava da escavao, se existirem.2.4 Estabilidade das escavaes2.5.1 As condies de estabilidade das paredes de escavaes devem ser garantidas em todas as fases de execuo e durante a sua existncia, devendo-se levar em considerao a perda parcial de coeso pela formao de fendas ou rachaduras por ressecamento de solos argilosos, influncia de xistosidade, problemas de expansibilidade e colapsibilidade.2.5.2 A verificao de estabilidade deve atender aos seguintes casos:a) ruptura localizada do talude;b) ruptura geral do conjunto;c) ruptura de fundo;d) ruptura hidrulica.2.5.3 A verificao de estabilidade deve ser feita pelos mtodos de anlise das tenses, mtodos de equilbrio limites ou outros consagrados pela mecnica dos solos.2.5.4 As superfcies de ruptura podem ser consideradas como formas planas, curvas, ou poligonais.2.5.5 Nas escavaes em encostas, devem ser tomadas precaues especiais para evitar escorregamentos ou movimentos de grandes propores no macio adjacente, devendo merecer cuidados a remoo de blocos e pedras soltas.2.6 Documentao tcnicaDurante toda a fase de execuo e durante a existncia da escavao, indispensvel ter-se no canteiro de obra um arquivo contendo os seguintes documentos:a) resultados das investigaes geotcnicas;b) perfis geotcnicos do solo;c) profundidade e dimenses da escavao, bem como as etapas a serem atingidas durante a execuo e reaterro;d) condies da gua subterrnea;e) levantamento das fundaes das edificaes vizinhas e redes de servios pblicos;f) projeto detalhado do tipo de proteo das paredes da escavao;g) caso haja necessidade das ancoragens penetrarem em terrenos vizinhos, deve-se ter autorizao dos proprietrios para permitir a sua instalao.3 Proteo das escavaesAs medidas de proteo das paredes das escavaes so adotadas com a finalidade de que, durante a execuo das escavaes, no ocorram acidentes que possam ocasionar danos materiais e humanos. As protees adotadas so classificadas:a) quanto forma da proteo;b) quanto ao tipo de apoio das cortinas;c) quanto rigidez estrutural das cortinas.3.1 Classificao quanto forma da proteoQuanto forma da proteo das paredes da escavao, para fins desta Norma, so classificadas em trs grupos, a saber:a) escavao taludada - com as paredes em taludes;b) escavao protegida - com as paredes protegidas com estruturas denominadas cortinas;c) escavao mista - com as paredes em taludes e paredes protegidas por cortinas.3.1.1 Escavaes taludadasAs escavaes so executadas com as paredes em taludes estveis, podendo ter patamares (bermas ou plataformas), objetivando somente melhorar as condies de estabilidade dos taludes. A fixao do ngulo de inclinao dos taludes depende fundamentalmente das condies geotcnicas do solo.3.1.2 Escavaes protegidasQuando as escavaes no permitem ou justifiquem o emprego de taludes, as paredes so protegidas por cortinas como meio de assegurar a estabilidade das paredes da escavao. As cortinas usuais de proteo das paredes das escavaes so dos seguintes tipos:a) cortinas com peas de proteo horizontal apoiadas em elementos verticais introduzidos no solo, antes da escavao;b) cortinas de estacas-pranchas, constitudas pela introduo no solo, antes da escavao, de peas que se encaixam umas nas outras;c) cortinas de estacas justapostas, constitudas por estacas executadas uma ao lado da outra, antes da escavao;d) cortinas de concreto armado executadas com a utilizao de lamas, antes da escavao;e) cortinas e concreto armado ancoradas, executadas medida que a escavao vai sendo executada.3.1.3 Escavaes mistasQuando na mesma escavao so utilizadas paredes em taludes e paredes protegidas.3.2 Classificao quanto forma dos apoiosQuanto forma de apoio das cortinas de proteo das escavaes, para fins desta Norma so classificadas em quatro grupos, a saber:a) cortinas escoradas;b) cortinas ancoradas;c) cortinas chumbadas;d) cortinas em balano.3.2.1 Cortinas escoradasUtilizam como apoio elementos estruturais horizontais ou inclinados dentro da rea escavada, denominadas escoras.3.2.2 Cortinas ancoradasUtilizam como apoio elementos estruturais horizontais ou inclinados ancoradas no terreno atravs de injees e protenso-ancoragens.3.2.3 Cortinas chumbadasUtilizam como apoio elementos estruturais horizontais ou inclinados, ancorados no terreno atravs de injees, no protendidos, atuando passivamente.3.2.4 Cortinas em balanoNo utilizam apoios, possuem o topo livre. A sua estabilidade garantida pelo trecho que fica enterrado no solo abaixo da cota mxima de escavao, ou seja, pela ficha da cortina. Neste tipo de cortina necessrio que seja calculada a deformao no seu topo, a fim de ser verificado se esta deformao no introduz descompresso no terreno.3.3 Classificao quanto rigidez da cortinaQuanto rigidez da cortina, para fins desta Norma, so classificadas em:a) cortinas flexveis;b) cortinas semi-rgidas;c) cortinas rgidas.3.3.1 Cortinas flexveisSo aquelas que permitem deformaes sem se romperem.3.3.2 Cortinas semi-rgidasSo aquelas onde as deformaes so limitadas a pequenos valores.3.3.3 Cortinas rgidasSo aquelas que no permitem, ou so mnimas, as deformaes.4 Escavaes taludadas(No colocaria esse tpico no banner, deixaria mais para a explicao) 4.1 Generalidades4.1.1O uso de escavaes com as paredes em taludes pressupe que se possa obter taludes estveis que no interfiram com construes vizinhas, bem como as redes de utilidades pblicas.4.1.2A fixao do ngulo de inclinao dos taludes depende fundamentalmente das condies geotcnicas do subsolo.4.2 Tipos de ruptura das paredes em taludeAs formas de instabilidade das paredes das escavaes nem sempre se apresentam bem caracterizadas e definidas. Entretanto, pode-se classificar estes tipos de movimento nos seguintes grupos:a) desprendimentos;b) escorregamento;c) rastejo;d) complexo.4.2.1 Desprendimento uma poro de um macio terroso ou fragmentado de rocha que se destaca do resto do macio, caindo livre e rapidamente, acumulando-se onde estaciona.4.2.2 Escorregamento o deslocamento de uma massa de solo ou de rocha que, rompendo-se do macio, desliza para baixo e para o lado, ao longo de uma superfcie de deslizamento, predominantemente por uma rotao ou por uma translao, denominando-se respectivamente:a) escorregamento rotacional;b) escorregamento translacional.4.2.3 Rastejo o deslocamento lento e contnuo de camadas superficiais sobre camadas mais profundas, com ou sem limite definido entre a massa do terreno que se desloca e a que permanece estacionria.4.2.4 Complexo o deslocamento que no pode ser classificado em nenhum dos casos anteriores.4.3 Proteo das paredes em taludes4.3.1Os taludes das escavaes devem ser convenientemente protegidos, em todas as fases executivas, e durante toda a sua existncia, contra os efeitos de eroso interna e superficial.4.3.2Nas bordas da escavao deve ser mantida uma faixa de proteo de no mnimo 1,00 m, livre de cargas, bem como a execuo de uma pequena mureta de 0,30 m, para evitar a entrada de guas superficiais na cava da escavao.4.3.3As camadas de solos argilosos superficiais expostas aos raios solares so sujeitas formao de rachaduras ou fendas, que devem ser imediatamente preenchidas com material impermevel, para se evitar a penetrao da gua no talude junto s bordas das escavaes.4.3.4Para escavaes com profundidade superior a 5,00 m obrigatrio o uso de patamares (bermas ou plataformas), objetivando no s melhorar as condies de estabilidade como tambm reduzir a velocidade de escoamento das guas superficiais do talude.4.3.5Nos patamares (bermas ou plataformas) devem ter valetas revestidas para coleta das guas superficiais. As valetas devem conduzir as guas para pontos preestabelecidos, de onde so esgotadas com a utilizao de bombas.4.3.6Para escavaes com talude em solo e em rocha, na regio do incio da rocha, deve ser feito um patamar para melhorar as condies de segurana do talude em solo.4.4 Escavaes protegidasAs protees dos taludes de escavao so utilizadas como meio para assegurar a estabilidade dos referidos taludes, quando as condies locais peculiares a cada obra no permitem ou justifiquem o emprego do taludamento.5 Escavao da vala5.1 Escavao A escavao guiada com auxlio da mureta-guia, que uma estrutura de concreto armado executada na diretriz onde se procede escavao, e cujas principais funes so:a) locar a posio de parede onde deve ser escavada;b) guiar o equipamento de escavao;c) conter o solo no trecho inicial da escavao.*Antes do incio da escavao indispensvel a execuo de ensaios com a lama, para saber se ela est em condies de ser utilizada, tendo em vista o tipo de solo a ser atingido durante a escavao.*A escavao produzida pela penetrao da ferramenta de escavao no solo, e o corte pode ser feito por movimento de rotao ou movimento vertical das mandbulas do clam-shell.* fundamental para a estabilidade das paredes que sempre seja mantido o nvel da lama, dentro da escavao, o mais alto possvel.*Se ocorrer uma perda acentuada da lama no solo, tal que seja possvel manter o nvel estvel da lama, a escavao deve ser interrompida para uma anlise do motivo que est provocando a anormalidade constatada.*Durante a operao de escavao deve ser mantido um controle rigoroso na verticalidade. Se for constatado um incio de desvio, esta deve ser imediatamente paralisada e ser executada uma raspagem com ferramenta apropriada, a fim de se evitar progresso no desvio.5.2 Escoras5.2.1So elementos estruturais destinados a absorver os esforos horizontais da reao de apoio das cortinas de proteo das escavaes.8.5.2.2Quanto natureza dos materiais utilizados para as escoras, estes podem ser:a) metlicos - perfis compostos, laminados ou soldados;b) madeira;c) concreto - elemento pr-moldado ou moldado no local.*A forma da seo geomtrica da escora, bem como a natureza do material a ser utilizado so determinadas pelo clculo estrutural da pea.*O principal esforo atuante nas escoras o esforo de compresso; a pea deve ser verificada fundamentalmente aos esforos de flambagem.*Durante a execuo da escavao, podem ocorrer casos de carregamentos verticais nas escoras (p.ex.: equipamentos de rebaixamento do nvel dgua, passarelas para pessoas e transportes de materiais, depsito de materiais, etc.), portanto as peas devem ser verificadas tambm flexo composta.*As escoras devem ser colocadas sob tenso, com a finalidade de se evitar uma deformao excessiva na cortina, para se diminuir o recalque superficial do solo adjacente.*As escoras podem ter os seus comprimentos de flambagem diminudos com o emprego de apoios internos constitudos por peas horizontais, verticais, e inclinadas, formando com as escoras um n indeslocvel.*Quando a escavao muito larga, para se evitar de escorar uma cortina contra a outra, pode-se recorrer ao procedimento de colocar as escoras apoiadas em trechos das estruturas j construdas.*Para o caso de escoras metlicas, quando o seu comprimento for maior que 10,00 m, deve ser feita uma verificao, considerando-se o efeito da variao de temperatura na escora.*Cada escora deve ser protegida nas suas extremidades contra escorregamento, toro e deslocamento axial.*As posies das escoras devem ser determinadas levando-se em considerao a menor perturbao possvel na estrutura a ser construda na escavao.*As escoras devem ser inspecionadas com frequncia, principalmente aps chuvas ou outras ocorrncias que aumentem o risco de desabamento.5.3 Cortinas ancoradas*So cortinas delgadas de concreto armado, prmoldadas ou no, que so fixadas ao terreno atravs de ancoragens protendidas instaladas no terreno.Nota: O uso de ancoragens est normalizado pela NBR 5629.*As cortinas vazadas ou grelhas ancoradas so constitudas de vigas de concreto armado e ancoragens, sendo aplicadas em taludes de rocha fraturada ou como reforo de muros.*O nmero de apoios (ancoragens) da cortina ancorada calculado, devendo satisfazer aos seguintes critrios:a) ruptura externa da cortina:- ruptura onde o p da cortina desloca-se para fora e o conjunto cortina-solo gira como um corpo nico, em torno do centro de rotao interior;b) ruptura interna:- ruptura caracterizada por superfcie profunda, ao longo da qual o equilbrio investigado.*O sistema esttico adotado para o clculo estrutural considera as ancoragens como pontos de apoio da estrutura.*Os processos executivos so os seguintes:a) processo convencional (mtodo ascendente):- a escavao do terreno deve ser executada, deixando o talude com ngulo de inclinao adequado quanto estabilidade e em poca no chuvosa. Aps a escavao, a estrutura construda, sendo o tardoz aterrado e incorporado camada drenante. O mtodo utilizado para casos de trechos que necessitem de aterro.Nota: As ancoragens podem ser instaladas antes ou durante a execuo das fases citadas.b) processo brasileiro:- a execuo de cima para baixo (mtodo descendente) em submuramento. Neste processo, que oferece segurana em taludes instveis, em deslizamentos j ocorridos ou em processo de deslizamento, a obra realizada em faixas horizontais. Utilizam-se as fases de execuo constantes do esquema da Figura 3.Nota: O mtodo utilizado para trechos em corte.*As etapas na execuo de cortinas so as seguintes:-Execuo de cortinas em trechos que necessitem de corte no terrenoDeve ser programada de modo a no haver problema durante a execuo da obra.a) a cortina pode ser executada por faixas horizontais, conforme o esquema bsico da Figura 3;b) no caso de utilizao de placas pr-moldadas associadas s ancoragens, as placas devem ser providas de ferros de espera, para complementao posterior da cortina com enchimento, entre placas, de concreto moldado in loco(ver Figura 3). A superfcie do concreto colocado previamente, e que ligada ao concreto novo, deve ser apicoada e chanfrada de maneira adequada (emendas).

SERIA INTERESSANTE COLOCAR ESSA FIGURA ABAIXO NO BANNER, SEM A PARTE ESCRITA. A EXPLICAO EST ACIMA E DO LADO DE CADA FIGURA TAMBM.

Figura 36 Escavao em solo9.1 Generalidades*A seqncia executiva de escavao deve seguir integralmente o plano de escavao previsto no projeto.* recomendvel que se elabore sees transversais que sejam representativas da escavao a ser executada.Nestas sees devem constar informaes sobre o tipo e qualidade do material a ser escavado.*Os mtodos e equipamentos a serem utilizados dependem do tipo de material a ser escavado, seqncia prevista da execuo e rea do canteiro de obra.*Durante a execuo de uma escavao pode-se encontrar obstculos tais como rvores, razes, blocos de rocha, fundaes antigas. A retirada destes obstculos deve ser efetuada com precauo, principalmente se for necessrio o uso de explosivos.*Os acessos para permitir a entrada, circulao e sada de operrios devem ser amplos e permanentemente desobstrudos, para permitir um fluxo contnuo de pessoas em casos de emergncia.Em uma escavao pode-se ter as seguintes diferentes operaes:a) escavao propriamente dita;b) transporte do escavado: horizontal e vertical;c) colocao de material (para aterro);d) compactao.

Escavao propriamente ditaO material a ser escavado deve ser retirado por meios manuais ou mecnicos, da cava, com o devido cuidado para no provocar acidentes pessoais ou com materiais.*Para materiais arenosos deve-se verificar fundamentalmente: ruptura hidrulica (fenmeno da areia movedia), carreamento ou fuga de partculas finas do material.*Para materiais argilosos muito moles deve-se verificar fundamentalmente a estanqueidade da proteo dos taludes adotada no projeto.*Transporte do escavadoO transporte deve ser feito com equipamentos adequados, sendo que o vertical mais sujeito a acidentes; portanto, devem ser adotadas medidas para se evitar tais acidentes.Nota: Quando a escavao realizada em regies urbanas, o transporte do escavado deve ser efetuado de modo a no provocar sujeira nas vias urbanas com a queda do material transportado.Colocao de material (aterro)A colocao do material para aterro deve seguir os mesmos cuidados que os adotados durante a escavao.Os materiais empregados devem ser sempre de qualidade igual ou superior ao existente no solo. Quando o solo for inconsistente ou mole, deve ser substitudo por outro de melhor qualificao.CompactaoAs operaes mecnicas ou manuais de compactao devem seguir o plano estabelecido no projeto.Medidas de proteo*As escavaes em regies urbanas devem ser cercadas e sinalizadas com cartazes de advertncia. Durante a noite devem ser colocados sinais luminosos.*As passarelas provisrias que se fizerem necessrias para a circulao de pessoas devem ser resistentes e ter guarda-corpo de ambos os lados.*As rampas de acessos que estejam sujeitas a uso constante devem ser sempre inspecionadas.Escavaes superficiaisNeste grupo esto includas as cavas de fundaes e as valas para condutos e canais. Tais escavaes exigem uma cuidadosa preparao e execuo; s devem ser realizadas por especialistas que disponham dos necessrios conhecimentos e experincia para garantir uma correta execuo.*Profundidade das escavaes*Escavaes at 1,50 m de profundidade podem, em geral, ser executadas sem especial segurana com paredes verticais. Isto se as condies de vizinhana e tipo de solo permitirem.*Escavaes com mais de 1,50 m de profundidade devem, em geral, ser protegidas com taludes ou escoramento.*Para menores alturas pode ser necessria a utilizao de proteo como nos casos de:a) cargas de trfego;b) o solo foi afofado por trabalhos anteriores;c) so esperadas vibraes junto a escavaes.*Largura dos espaos de trabalho (cavas de fundao)*Para trabalhos em cavas de fundao que devem ser pisadas por pessoas, indispensvel que haja espao de trabalho com no mnimo 0,50 m de largura.*O espao de trabalho definido como:a) para cavas de fundao em talude- a distncia horizontal livre medida no p do talude face externa de alvenaria ou face externa da forma da construo;b) para cavas de fundao escorada- a distncia livre entre a face externa (lado da obra) do escoramento e a face externa da alvenaria ou face da forma da construo. Se existirem vigas de solidarizao ou longarinas a menos e 1,80 m do fundo da cava de fundao, a distncia livre medida da face da viga ou longarina.*Largura dos espaos de trabalho (valas para condutos e canais)*Para trabalhos em valas para condutos e canais onde h trfego de pessoas, indispensvel que haja as larguras livres indicadas abaixo:D = dimetro externo do fuste do tubo, largura do canal ou largura da seo a ser executadaL = largura livreD 0,40 m L = 0,80 m0,40 m < D 0,80 m L = D + 0,60 mD > 0,80 m L = D + 0,40 mEstes valores devem ser utilizados para valores at 4,00 m. Para maiores profundidades, a largura livre deve ser estabelecida em cada caso pelo projeto de escavao.*A largura livre definida como:a) para valas em taludes- a distncia entre os ps dos taludes no fundo da vala;b) para valas escoradas- a distncia livre entre as faces das vigas ou longarinas.*Escavaes em logradouros pblicos e vias urbanas*Qualquer escavao em logradouro pblico e vias urbanas somente pode ser iniciada aps o cumprimento do rito processual normativo das reparties pblicas competentes.*A escavao se inicia pela remoo do revestimento, que deve ser sempre reposto e cujo acabamento deve ser sempre executado para se obter ao final a mesma textura de superfcie que o pavimento adjacente.*A escavao, quer se utilizem processos mecnicos ou manuais, deve ser feita com cuidado, de forma a se resguardar a integridade de sistemas pblicos instalados que, por deficincia de informaes ou cadastros, no tenham sido previamente detectados.*Nos casos de logradouros cuja infra-estrutura seja conhecida, por informaes ou cadastros, indicando a existncia de grande densidade de redes pblicas, a escavao sempre de execuo cuidadosa e manual, para no danificar tais redes, bem como possibilitar o seu remanejamento pelas concessionrias pblicas competentes.*As escavaes, tanto em sua fase de execuo como no perodo entre sua abertura e fechamento, devem ser preservadas secas, visando-se com isto no s a preservao higinica ambiental como tambm garantir-se a estabilidade de suas paredes.*O reenchimento da escavao deve ser realizado imediatamente aps a concluso dos servios que deram origem escavao.*Os materiais empregados no reenchimento ou aterro das escavaes devem ser sempre de qualidade igual ou superior ao existente no subleito. Quando ocorrer a existncia de solos inconsistentes ou moles, devem ser substitudos por outros de melhor qualificao.7 Escavao em rochaGeneralidadesA escavao em rocha ou desmonte feita com tcnicas especficas e pode ser executada a frio (sem a utilizao de explosivos) com o fissuramento prvio ou a fogo (com a utilizao de explosivos).A escavao de rocha a cu aberto feita atravs de bancadas. Nas bancadas so encontradas trs regies caractersticas: praa, face e topo.a) praa- superfcie na qual operam os equipamentos de carga e transporte do material escavado;b) face- superfcie vertical ou levemente inclinada deixada pelo desmonte;c) topo- superfcie onde operam os equipamentos de perfurao, carregamentos de explosivos e drenos.*Os servios de escavao devem obedecer rigorosamente aos alinhamentos, declividade e taludes indicados nos desenhos do projeto.*As superfcies que ficam expostas permanentemente devem ter um acabamento tal que assegure uma perfeita drenagem, proporcione um aspecto agradvel do ponto de vista esttico e no ocasione eventuais quedas de blocos.*O projeto do corte em rocha apresenta diferentes dificuldades e indispensvel que se leve em considerao os seguintes fatores: tipo da rocha, caractersticas da rocha, presena de falhas e diclases, veios de solo, presena de gua e direo de escoamento.Perfurao na rocha*Os furos na rocha so feitos por equipamentos especiais denominados perfuratrizes ou marteletes. Na perfuratriz so acopladas uma ou mais hastes (broca) em uma das extremidades. Na extremidade inferior da(s) haste(s) acopla-se uma coroa ou betsna qual normalmente cravado material duro (pastilha) usualmente de tungstnio.*As perfuratrizes, quanto ao modo de perfurar a rocha, se classificam em: percussivas, rotativas, percussivo-rotativas e de furo-abaixo.Explosivos*Os explosivos classificam-se em trs categorias: iniciadores ou primrios, altos explosivos e baixos explosivos. As propriedades dos explosivos so: fora, velocidade, resistncia gua, densidade e segurana no manuseio. Os principais acessrios de detonao utilizados nas escavaes a cu aberto so: estopim, espoleta comum, espoleta eltrica, cordel detonante e acendedores.*O armazenamento, o manuseio e o transporte de explosivos devem obedecer estritamente aos regulamentos ditados pelo Ministrio do Exrcito.*Os explosivos e espoletas devem ser conservados em suas embalagens originais. As espoletas devem ser guardadas em depsitos separados dos explosivos, cordis e retardadores.Uso de explosivos e acessriosA escavao com emprego de explosivos s deve ser executada sob orientao e controle de pessoas especializadas e autorizadas aps terem sido observados todos os dispositivos de segurana, visando a proteo do elemento humano, da obra e das propriedades pblicas e particulares.*Em todas as detonaes deve ser respeitado o limite mximo da quantidade de explosivo que pode ser detonado por meio de retardo (carga mxima por espera), a fim de evitar danos causados pelas vibraes provenientes da onda de choque propagada atravs da rocha s construes existentes nas proximidades. Esta carga deve ser determinada atravs de testes com emprego de vibrgrafos, para registro das vibraes ou fixada por meio de valores obtidos em obras similares para o mesmo tipo de material a ser escavado.*Durante a execuo de escavaes, devem ser efetuadas medidas de controle dos efeitos das vibraes sobre estruturas vizinhas, para verificar se os limites de carga por espera adotados esto seguros. Devem, ainda, ser considerados os efeitos da onda de choque transmitida atravs do ar sobre as estruturas.*Nenhum fogo pode, em hiptese alguma, ser detonado sem que o plano geral de execuo dos servios e o esquema de fogo especfico tenham sido aprovados. Tais planos devem ser efetuados para cada detonao contendo todos os elementos necessrios para a sua perfeita caracterizao, tais como: quantidade, disposio, dimetros, comprimento e inclinao dos furos, altura de bancada, tipo de explosivos e acessrios, carga de fundo, carga de coluna, carga total, sequncia de detonao, carga por espera, modo de iniciao, volume in situ, localizao do fogo, dispositivos de proteo contra lanamento ou projeo de fragmentos, data e hora prevista para a detonao.*Em zona urbana, a frente da bancada, em cada detonao, deve ser coberta por meio de rede de cabos de ao, correntes, lonas ou pneus, de modo a evitar o lanamento de fragmentos de rocha sobre pessoas ou edificaes vizinhas.*Antes do incio da perfurao da rocha, deve ser verificado com cuidado que no existam minas no detonadas oriundas de fogos anteriores (negas) no local da perfurao. No caso da existncia de restos de explosivos, estes devem ser afastados cuidadosamente por pessoal habilitado, com jato dgua ou saca, observando que o material deve ser inerte, tipo alumnio ou cobre.*Deve ser evitada a perfurao junto com carregamento dos furos com explosivos. Em casos especiais, pode ser admitido o carregamento de furos a uma distncia mnima de 10 m do local da perfurao, ou igual profundidade do furo, se este exceder o limite indicado anteriormente.*Carregamento de explosivos*Aps o trmino da perfurao, deve ser verificada a existncia de obstruo no furo, por meio de uma vara de madeira ou tubo plstico. Antes de ser introduzida a carga, os furos so expurgados a ar comprimido.*A espingarda para limpeza pneumtica dos furos deve ser de lato, alumnio, cobre ou plstico, sendo terminantemente proibido o uso de tubo de ferro ou ao.Todo o pessoal que operar com explosivos base de nitroglicerina deve ser equipado com luvas protetoras.*O carregamento dos furos deve ser efetuado imediatamente antes da detonao.*Os atacadores utilizados para o carregamento de explosivos s podem ser de madeira ou plstico. Eventuais luvas ou pinos de conexo dos atacadores so de lato, alumnio ou plstico. O dimetro do atacador deve ser sempre, pelo menos, 1 cm inferior ao dimetro do furo.*O cartucho-escorva sempre colocado primeiro, at o fundo do furo. Para eventual tampo, utilizada areia ou terra completamente livres de fragmentos de rocha de qualquer tamanho.*No permitido fumar ou acender fogo de qualquer espcie no local do carregamento.Detonao*Se a detonao for iniciada com espoletas eltricas de retardo, no permitido que as ligaes ou o tronco principal cheguem a uma distncia menor do que 10 m de linhas eltricas, de qualquer tipo, e devem estar distncia segura de gua corrente ou empoada. Todos os cabos no podem ter emendas. Durante o carregamento os fios das espoletas devem ser mantidos em curto, at o momento do uso.*A utilizao de espoleta eltrica, quando conjuntamente na obra forem utilizados radiotransmissores mveis com potncia inferior a 50W e freqncia superior a 30 MHz (radiotransmissores instalados em carros), s permitida a uma distncia mnima de 15 m do transmissor ou de estrada trafegada por carros com rdio.Devem ser colocadas placas e aviso para desligar o rdio, em lugar bem visvel, a uma distncia de 150 m do local do carregamento.*No caso de transmissores de freqncia inferior a 30 MHz, no permitido o carregamento com espoletas a distncias da antena inferiores s indicadas na Tabela 2.NO COLOQUEI A TABELA*Podem ser usadas espoletas eltricas de alta ou baixa sensibilidade e de micro ou macroespera, ligadas em srie ou srie-paralelo, mas nunca exclusivamente em paralelo.*As caractersticas dos dispositivos eltricos e detonadores devem ser sempre testados conforme indicaes dos fabricantes, para que seja verificado seu grau de eficincia.*A ligao da corrente eltrica em nenhum caso ser executada com baterias ou pilhas, ou outras fontes de energia com plos descobertos. No ser permitido tambm a utilizao de corrente alternada sem uso de retificador de corrente.*A determinao da voltagem e amperagem necessrias em cada caso, de acordo com o nmero de espoletas, comprimento e resistncia dos condutores, objeto de exame cuidadoso. Antes do fogo, deve ser medida a resistncia do circuito com galvanmetro de tipo aprovado para o trabalho desta natureza.*Em nenhum caso autorizada a detonao de um fogo quando a resistncia medida no circuito no conferir com a resistncia indicada no esquema apresentado.No caso em que o exame rigoroso do circuito no permita localizar e corrigir qualquer defeito de ligao, devem ser cuidadosamente retirados os tampes dos furos com jatos dgua e espingarda, e os furos com espoletas falhas so outra vez escorvados na parte superior da carga com um novo circuito de espoletas.*No caso de utilizao de cordel detonante, este no deve ser aprovado quando se apresentar danificado mecanicamente ou por leo, umidade, querosene ou gasolina.*As ligaes devem ser feitas de acordo com as instrues do fornecedor, utilizando as conexes por ele indicadas. O tronco principal de detonao deve ser colocado em forma de anel, de modo que a detonao alcance cada fileira sempre pelos dois lados.--Evacuao e vigilncia do local do fogo*Na obra devem ser instalados os devidos sinais de alerta em nmero e tamanho adequados, de que est sendo realizada na rea operao de escavao a fogo.Esta sinalizao deve estar claramente visvel por todos que entrem na rea ou passem perto da obra.*Durante o carregamento, o local deve ser abandonado por todo pessoal no diretamente ligado operao. Deve ser completamente evacuada uma rea mnima limitada por 250 m a jusante e 200 m a montante, 10 min antes da detonao. Nos caminhos de acesso devem ser colocados elementos do servio de segurana com bandeiras vermelhas. Esses elementos tm suficiente autoridade para impedir a passagem de qualquer pessoa no diretamente ligada operao de carregamento e controle final.*O aviso final da detonao feito por meio de sirene, de intensidade de som, tal que seja ouvido em todos os setores de obra e vizinhana; deve ser efetuado segundo o esquema seguinte:a) 10 min antes do fogo ............. um apito de 10 s;b) 5 min antes do fogo ............... dois apitos de 10 s, com 5 s de intervalo entre os apitos;c) 1 min antes do fogo ............... trs apitos de 10 s, com 5 s de intervalo entre os apitos.*Logo aps a detonao so liberados os caminhos de acesso. Somente aps 5 min da detonao permitido o acesso ao local da detonao.*Os explosivos e espoletas no utilizados devem ser recolhidos aps cada fogo aos seus respectivos depsitos.*Os resduos de explosivos no explodidos, como as espoletas que falham, so destrudos mediante exploso em local afastado, conforme legislao especfica.8 Medidas de proteo aos operrios8.1 Trfego na rea de escavao8.1.1Os pontos de acesso de veculos e equipamentos rea de escavao devem ter sinalizao de advertncia permanente.8.1.2O trfego prximo s escavaes deve ser desviado.Quando no for possvel, deve ser reduzida a velocidade dos veculos.8.2 Andaimes8.2.1Os andaimes devem ser dimensionados e construdos de modo a suportar com segurana, as cargas de trabalho a que esto sujeitos.8.2.2Os estrados de andaimes devem ter largura mnima de 1,20 m e ser formados por pranchas de madeira de 0,025 m de espessura mnima, ser de boa qualidade, isentas de ns, rachaduras e outros defeitos capazes de diminuir sua resistncia.8.2.3As pranchas devem ser colocadas lado a lado, sem deixar intervalos, de modo a cobrir todo o comprimento da travessa.8.2.4As pranchas no devem ter mais de 0,20 m de balano, e sua inclinao no deve ser superior a 15%.8.2.5Os andaimes devem ser amarrados a estruturas firmes, estaiados e ancorados em pontos que apresentem resistncia. Os montantes dos pontaletes devem apoiarse em partes resistentes, e as cargas transmitidas ao solo devem ser compatveis com a sua resistncia.8.2.6Os andaimes devem dispor de guarda-corpo de 0,90 m a 1,20 m de altura e rodap de 0,20 m de altura mnima.8.2.7Quando o vento ameaar a segurana dos operrios, deve ser determinada a suspenso do trabalho no andaime.8.2.8 obrigatrio o uso de corda e cinto de segurana, nos operrios que trabalham em andaimes.8.3 Escadas, passagens e rampas8.3.1Escadas, passagens e rampas provisrias, para circulao de operrios, devem ser de construo slida com 0,80 m de largura mnima, dotadas de rodap e guarda-corpo laterais.8.3.2As escadas de mo sem guarda-corpo devem ser firmemente apoiadas no plano inferior e superior, ultrapassando o plano de acesso, no mnimo, de 0,90 m.8.3.3As vias de circulao devem ser mantidas limpas e desimpedidas, visando a livre circulao dos operrios em caso de emergncia.8.4 Instalaes eltricas8.4.1Todas as instalaes eltricas no canteiro de obra devem ser executadas e mantidas por pessoal habilitado, empregando-se material de boa qualidade.8.4.2As partes vivas expostas dos circuitos e equipamentos eltricos devem ser protegidas contra contatos acidentais.8.4.3As redes de alta-tenso devem ser instaladas em altura e posio de modo a evitar contatos acidentais com veculos, equipamentos e operrios.8.4.4O sistema de iluminao do canteiro de obra deve fornecer iluminamento suficiente e em condio de segurana. Ateno especial deve ser dada iluminao de escadas, aberturas, passagens e rampas.8.5 Proteo individual8.5.1 obrigatrio o uso de equipamentos de proteo individual pelos operrios.8.5.2Os equipamentos de proteo individual utilizados pelos operrios em uma obra de escavao so:a) capacete de segurana, todos os operrios;b) cinto de segurana, nos trabalhos em que houver perigo de queda;c) mscara de soldador, luvas, mangas, perneiras e avental de raspa de couro, nos trabalhos de solda eltrica;d) culos de segurana, nos trabalhos com ferramentas de apicoamento;e) luva de couro ou lona plastificada, para a proteo das mos no manuseio de materiais abrasivos ou cortantes;f) luva de borracha, para trabalho em circuitos e equipamentos eltricos;g) botas impermeveis, para trabalho em terrenos encharcados;h) sapatos adequados que ofeream proteo contra pregos.9 Escavaes padronizadas (S COLOCAR AS FIGURAS)9.1 Generalidades9.1.1Quando as condies de vizinhana permitirem (construes vizinhas, redes de utilidades pblicas, etc.), bem como a ausncia do nvel dgua no trecho a ser escavado, pode-se utilizar as prescries deste captulo sem que seja feito um clculo mais rigoroso.9.1.2Estas prescries, a serem utilizadas, pressupem um solo homogneo; se houver dvida quanto homogeneidade do solo, ento o clculo deve ser realizado, e estas prescries no utilizadas.9.2 Escavaes no protegidas para cava de fundaes e valas9.2.1Escavaes no mximo de 1,25 m de profundidade podem ser construdas com paredes verticais sem medidas de proteo especiais se a inclinao da superfcie do solo adjacente :a) menor que 1:10, em solos no coesivos;b) menor que 1:2, em solos coesivos.Em solos coesivos permitido escavar a uma profundidade de at 1,75 m, conforme as Figuras 4a e 4b.9.2.2Escavaes com profundidades maiores que as j vistas no item anterior, at uma profundidade de 3,00 m, devem ser executadas com as paredes em taludes cujo ngulo com a horizontal no deve exceder:a) em solos no coesivos ou coesivos mdios ................................................................. 45;b) em solos coesivos resistentes .................. 60;c) em rocha ................................................... 80.9.2.3Escavaes com profundidades menores ou iguais a 5,00 m devem utilizar patamares (bermas ou plataformas) com largura superior a 1,50 m (ver Figura 5).

9.3 Escavaes protegidas para cava de fundaes e valasAs escavaes devem ser protegidas se as especificaes de 12.2 no forem obedecidas. Os escoramentos padronizados dados em 12.3.1 e 12.3.2 podem ser utilizados, sem especial verificao esttica, se as seguintes condies forem verificadas:a) a superfcie do terreno apresenta-se aproximadamente horizontal;b) ocorre solo no coesivo ou solo coesivo que, no seu estado natural apresente uma consistncia rija ou semidura ou por meio de rebaixamento do nvel dgua adquira essa consistncia;c) cargas estruturais no tm influncia na distribuio de presso do solo;d) veculos de carga e equipamentos da obra mantm uma adequada distncia de pelo menos3,00 m at a face das pranchas de madeira.9.3.1 Escoramento com pranchas horizontais (ver Figura 6)9.3.1.1At uma profundidade de, pelo menos, 0,50 m abaixo da superfcie do terreno devem ser colocadas pranchas duplas.9.3.1.2Os vos e os comprimentos em balano das pranchas, o dimetro, a distncia vertical e o comprimento admissvel de flambagem das estroncas regulam-se pela espessura das pranchas e pela altura da parede.9.3.1.3Para pranchas de 2,50 m a 4,50 m de comprimento com travas de 8,0 cm x 16,0 cm e estronca de dimetro com 10,0 cm, as especificaes podem ser obtidas naTabela 3, segundo as indicaes contidas na prpria Tabela.9.3.1.4Para pranchas de 2,50 m a 4,50 m de comprimento com travas de 12,0 cm x 16,0 cm e estronca de dimetro com 12,0 cm as especificaes podem ser obtidas naTabela 4, segundo as indicaes contidas na prpria Tabela.9.3.1.5Se os comprimentos em balano l 4 das travas de madeira indicadas nas Tabelas 3 e 4, linha 5, no bastam para se conseguir um suficiente espao de trabalho, devem ser utilizadas travas adicionais com, pelo menos, 1,50 m de comprimento. Alm disto, a distncia l u da estronca inferior ao fundo da vala deve ser, no mximo, to grande quanto a distncia daquela estronca a que est imediatamente acima, contudo no maior que as indicadas nas Tabelas 3 e 4, linha 6.

9.3.2 Escoramento com pranchas verticais (ver Figura 7)9.3.2.1Para longarinas ou vigas de solidarizao de madeira com dimenses de 16 cm x 16 cm e para estroncas de madeira com dimetro de 12 cm, as especificaes podem ser obtidas na Tabela 5, segundo indicaes contidas na prpria tabela.9.3.2.2Para longarinas ou vigas de solidarizao de madeira com dimenses de 20 cm x 20 cm e para estroncas de madeira com dimetro de 14 cm, as especificaes podem ser obtidas na Tabela 6, segundo indicaes contidas na prpria tabela.9.3.2.3A distncia l o da superfcie do terreno at o primeiro nvel de escora, no deve ser maior que a distncia do primeiro ao segundo nvel de escoras, nem maior que os valores indicados nas Tabelas 5 e 6, na linha 2.9.3.2.4A distncia l u do fundo da cava at o nvel de escora inferior, no deve ser maior que a distncia eixo a eixo daquele nvel ao nvel imediatamente acima, nem maior que os valores indicados nas Tabelas 5 e 6, na linha 4.9.3.2.5Se as longarinas ou vigas de solidarizao so apoiadas pelas escoras nos pontos correspondentes s quintas partes de seu comprimento, ento os espaamentos l2 indicados nas Tabelas 5 e 6 podem ser aumentados de um tero.

10 Acompanhamento e instrumentaoEntende-se por acompanhamento a observao detalhada da escavao e de sua rea de influncia. A necessidade de instrumentao deve ser analisada para cada caso, devendo haver no projeto de escavao uma justificativa para sua utilizao ou no. No caso da necessidade de utilizao de instrumentao, devem ser definidos os objetivos a que se prope, que basicamente podem pertencer aos seguintes grupos:a) relacionada segurana:- visa acompanhar possveis alteraes no estado de equilbrio da rea de escavao e de estruturas prximas, durante e aps a execuo da obra. As medies realizadas podem permitir a tomada, em tempo hbil, de providncias eventualmente necessrias, tendo em vista o risco de perda de vidas, vias e propriedades;b) relacionada verificao das hipteses adotadas no projeto de escavao e pesquisa:- visa permitir a comparao dos valores medidos com os adotados ou calculados no projeto e o aperfeioamento dos mtodos de previso, bem como a reavaliao dos projetos, durante a execuo.10.1 Programa de instrumentao (TEM VRIAS FIGURAS, VOC VER O QUE SERIA MAIS INDICADO)10.1.1Funo do que se pretende observar em cada caso, sendo portanto necessrio fixar inicialmente os pontos crticos a serem medidos, os elementos necessrios interpretao e ento definir o programa de instrumentao adequado. Para a definio deste programa, deve ser levado em considerao:a) presena de mquinas e construes vizinhas (fundaes, dutos, galerias, etc.);b) complexidade geolgica, geotcnica e hidrologia do subsolo;c) tipo de soluo de escavao e/ou de conteno adotada e fases de execuo, com detalhes;d) porte e importncia da hora, incluindo o risco de perdas de vidas, vias e propriedades.10.1.2O programa de instrumentao, caso necessrio, deve acompanhar o projeto de escavao, devendo apresentar:a) definio dos pontos a serem medidos, do objetivo da instrumentao proposta e dos elementos necessrios interpretao (tempo, cotas, proximidades de rios, etc.);b) localizao dos instrumentos (em planta e seo transversal);c) detalhamento dos instrumentos; deve ser levado em considerao:- caractersticas fsicas do aparelho, incluindo sensor e sistema de medida;- procedimento de instalao;- influncias externas, como por exemplo: temperatura, corroso, efeito de vibraes, etc.;- processos de clculo, incluindo o processo numrico empregado e o processo de anlise das leituras, para seleo daquelas que vo ser efetivamente utilizadas;- cronograma de leituras; a freqncia do acompanhamento funo das etapas da escavao, devendo ser observada a tendncia dos resultados obtidos.10.1.3Na elaborao do programa de instrumentao, devem ser conhecidas as potencialidades e limitaes de cada sistema de medida a ser empregado. Usualmente so utilizados os seguintes termos em instrumentao:a) acurcia (ou correo):- indica quanto uma medida aproxima de seu valor real;b) preciso:- a preciso do aparelho de medida indica quanto cada uma, de um conjunto de observaes para o mesmo evento, se aproxima da mdia do conjunto de observaes;c) sensitividade:- menor unidade de medida detectvel pelo aparelho;d) erro:- diferena entre o valor observado e o valor real da quantidade que est sendo medida.10.2 ResultadosOs resultados obtidos com a instrumentao da escavao e estruturas prximas visam em geral quantificar:a) deslocamentos verticais (recalques) e horizontais de estruturas;b) movimentos de abertura de fissuras;c) deslocamentos relativos de estruturas;d) deslocamentos superficiais e profundos de macios de solo e rocha;e) distribuio de tenses em regies crticas na rea de influncia da escavao ou em estruturas a ela associadas;f) tenses e deformaes em tirantes, no caso de obras ancoradas;g) demais grandezas necessrias interpretao de alguma informao especfica.10.3 Tipos de instrumentaoOs tipos de instrumentao mais difundidos no acompanhamento so:10.3.1 Pinos de referncia (ver Figura 8)Utilizados em estruturas para o controle de recalques, medindo-se deslocamentos em relao a um marco de referncia (Bench-Mark).10.3.2 Marco de referncia (Bench-Mark) (ver Figura 9)Deve ser instalado, fora ou dentro do permetro da obra, a salvo de influncias de vibraes ou quaisquer outros fatores que possam alterar suas caractersticas de referencial.10.3.3 Medidores de convergnciaSo medidores de deslocamentos relativos (geralmente horizontais) entre duas estruturas ou entre partes da mesma estrutura.10.3.4 Fios de prumoUtilizados para medies de deslocamentos horizontais de pontos da estrutura, com relao a um ponto da fundao suficientemente profundo para poder ser considerado como referncia fixa. Os fios de prumo podem ser invertidos ou no, e o sistema de medies dos deslocamentos deve ser feito em funo da preciso desejada.10.3.5 Inclinmetros10.3.5.1Utilizados para medir deslocamentos horizontais do macio ou estruturas, a partir da medida dos deslocamentos de tubo instalado no terreno ou estrutura.10.3.5.2Basicamente consiste de um pndulo agindo sob ao da gravidade, que mede a inclinao de um torpedo (no interior do qual est instalado) em relao vertical, por meio de sinal eltrico, transmitido a um equipamento de leitura, na superfcie do terreno.10.3.6 Tassmetros (ver Figura 10)Utilizado na medio de recalques, com a finalidade de se controlar as movimentaes do terreno em profundidade prefixadas.10.3.7 Instrumentao de obras ancoradasDeve ser feita atravs de dois tipos de medies:a) de deslocamentos;b) de cargas nas ancoragens.10.3.7.1Para medio de deslocamentos (ver Figura 11):a) com instrumentos topogrficos de preciso;b) fio de prumo;c) ancoragens de referncia - mede-se deslocamentos horizontais absolutos das estruturas ancoradas;d) observao do movimento de juntas - atravs de marcos, selos de gesso ou de argamassa de cimento e placas metlicas coladas na estrutura.10.3.7.2Para medies de cargas (ver Figura 12):a) clulas de carga:- instaladas entre a cabea da ancoragem e a placa de distribuio de tenses, apresentam, em geral, formato de anel achatado ou de almofadada plana, perfurada na parte central, sendo instaladas conjuntamente com a ancoragem.Podem ser, quanto ao funcionamento: mecnicas, fotoelsticas, eltricas e hidrulicas;b) conjunto macaco-bomba aferido:- o mesmo sistema utilizado para dar protenso s ancoragens;c) ancoragem instrumentada com Strain-gages:- mede-se a carga atuante na barra ou fio, atravs do deslocamento do ao;d) alongmetros:- haste instalada dentro do tubo de injees.Mede-se a variao do alongamento do trecho livre da ancoragem.10.3.8 PiezmetrosUtilizados para medio de presses de gua em profundidades fixadas. Devem ser escolhidos em funes do tempo de resposta da leitura desejado, devendo ser instalados com certa antecedncia ao incio das escavaes. Os tipos de piezmetros mais utilizados so:a) de tubo aberto - tipo Casagrande (ver Figura 13);b) hidrulicos;c) eltricos.