trabalho de esmaltes para ceramica de baixa temperatura

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI Curso de Artes Aplicadas- Ênfase em Cerâmica 6º Período A PRÁTICA COM OS ESMALTES DE BAIXA TEMPERATURA Maria Lúcia de Campos Araújo Isabel Leitzke Relatório para a disciplina “ Estudo da Cor e sua aplicação na Cerâmica” São João del-Rei Dezembro/2014

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Trabalho final da disciplina Estudo da Cor para Ceramica de baixa temperatura

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO JOO DEL REI

    Curso de Artes Aplicadas- nfase em Cermica 6 Perodo

    A PRTICA COM OS ESMALTES DE BAIXA TEMPERATURA

    Maria Lcia de Campos Arajo Isabel Leitzke

    Relatrio para a disciplina

    Estudo da Cor e sua aplicao na Cermica

    So Joo del-Rei Dezembro/2014

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Sumrio

    1 Introduo ........................................................................................................................... 5

    1.1 Da argila ao esmalte ....................................................................................................... 5

    1.2 Objetivos ......................................................................................................................... 5

    1.3 Procedimento experimental ............................................................................................ 6

    2 Engobes ............................................................................................................................... 7

    2.1 Primeira proposta: ESCALA TONAL DO ENGOBE + XIDO DE COBRE (CuO) .......... 7

    2.2 Segunda Proposta: ENGOBE + XIDO DE COBRE (CuO) + XIDO DE CROMO ( CR2O3) ..................................................................................................................................... 8

    3 ESMALTES ........................................................................................................................ 11

    3.1 Primeira proposta: ESCALA TONAL COM UM XIDO COBRE (CuO) ..................... 11

    3.2 Segunda proposta: ESCALA TONAL COM XIDO DE COBRE (CuO) + 10% XIDO DE ESTANHO (SnO) Opacificante + BASE ........................................................................ 13

    3.3 Terceira proposta: ESCALA TONAL COM 1 XIDO + 8% DIXIDO DE TITNIO ..... 15

    3.4 Quarta proposta: ESCALA TONAL COM 2 XIDOS BASE + XIDO DE COBRE (CuO) + XIDO DE CROMO ( Cr2O3) .................................................................................... 17

    4 Consideraes finais e anlise de resultados ............................................................... 18

    5 Referncias Bibliogrficas ............................................................................................... 25

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Lista de Figuras

    Figura 1 - Identificao embaixo do corpo de prova .............................................................................................................. 7 Figura 2 - Engobe (Esmalte de frita 060) + xido de Cobre (CuO) em argila terracota. .............................................. 7 Figura 3 - Engobe (Esmalte de frita 096)+ xido de Cobre ( CuO) em argila terracota. ................................................. 8 Figura 4 - Identificao embaixo dos corpos de prova de engobe ...................................................................................... 9 Figura 5 - Engobe de xido de cobre (CuO) e cromo (Cr2O3) esmaltado com esmalte de frita 060. ........................... 9 Figura 6 - Engobe com xido de Cobre (CuO) e cromo (Cr2O3). Esmaltado com esmalte de frita 096. ...................... 9 Figura 7 - Vaso Pssaro Azul de autoria da aluna Isabel - Exerccio de aplicao dos engobes formulados. ........ 10 Figura 8 - Identificao dos testes nos copinhos .................................................................................................................. 11 Figura 9 - Identificao embaixo dos corpos de prova. ....................................................................................................... 12 Figura 10 - Base Esmalte de frita 060 + xido de Cobre (CuO) em fundo terracota. ................................................... 12 Figura 11 - Base Esmalte de frita 060 + xido de Cobre (CuO) em fundo branco (engobe). ...................................... 12 Figura 12 - Base Esmalte de frita 096 + xido de Cobre (CuO) em fundo branco (engobe). ...................................... 12 Figura 13 - Base Esmalte de frita 060 + xido de Cobre (CuO) em fundo terracota. ................................................... 13 Figura 14 - Identificao embaixo dos corpos de prova. ..................................................................................................... 13 Figura 15 - 060 + xido de Cobre ( CuO) /fundo branco(engobe) + xido de Estanho (SnO). .................................. 14 Figura 16 - 060 + xido de Cobre ( CuO) /fundo terracota + xido de Estanho (SnO)................................................ 14 Figura 17 - 096 + xido de Cobre ( CuO) /fundo terracota + xido de Estanho (SnO)................................................ 14 Figura 18 - 096+ xido de Cobre ( CuO) /fundo branco - Engobe + Estanho (SnO). ................................................... 14 Figura 19 - Identificao embaixo dos corpos de prova. .................................................................................................... 15 Figura 20 - 060 + xido de Cobre ( CuO) /fundo branco(engobe) + Dixido de Titnio ( TiO2). ................................ 16 Figura 21 - 060 + xido de Cobre ( CuO) /fundo terracota + Dixido de Titnio ( TiO2). ............................................. 16 Figura 22 - 096 + xido de Cobre ( CuO) /fundo branco/engobe+ Dixido de Titnio ( TiO2). ................................... 16 Figura 23 - 096 + xido de Cobre ( CuO) /fundo terracota + Dixido de Titnio ( TiO2). ............................................. 16 Figura 24 - Testes com xido de cobre (CuO) e xido de cromo (Cr2O3)cobertos por esmalte de frita 060.. ........... 17 Figura 25 - Testes com xido de cobre (CuO) e xido de cromo (Cr2O3)cobertos por esmalte de frita 096 ............. 18

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Lista de Tabelas

    Tabela 1 Engobe Primeira proposta: Escala tonal do engobe + xido de cobre ........................................................ 7 Tabela 2 Engobe Segunda proposta: Escala tonal em porcentagens e gramas do xido de cobre e cromo. ....... 8 Tabela 3 Exemplo de escala tonal inversa........................................................................................................................... 8 Tabela 4 Esmaltes - Primeira proposta: Escala tonal em porcentagens e gramas para o xido de cobre. ............. 11 Tabela 5 Esmaltes - Segunda proposta: Escala tonal em porcentagens e gramas para o xido de cobre. ............ 13 Tabela 6 Esmaltes - Terceira proposta: Escala tonal em porcentagens e gramas para o xido de cobre. ............. 15 Tabela 7 Esmaltes - Quarta proposta : Escala tonal em porcentagens e gramas p/ CuO e Cr ................................. 17 Tabela 8 - Anlise de teste Engobe Primeira e segunda proposta: Engobe com Cu e engobe c/ CuO e Cr. ..... 20 Tabela 9 - Anlise de teste Esmalte Primeira proposta: Esmalte com xido de cobre ............................................ 21 Tabela 10 - Anlise de teste Esmalte Segunda proposta: Esmalte com xido de cobre e estanho. ..................... 22 Tabela 11 - Anlise de teste Esmalte Terceira proposta: Esmalte com xido de cobre e titnio. .......................... 23 Tabela 12 - Anlise de teste Esmalte Quarta proposta: Esmalte com xido de cobre e cromo. ............................ 24

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    1 Introduo 1.1 Da argila ao esmalte

    Durante todo o curso tivemos como nosso principal foco de interesse a argila e suas propriedades. Fomos descobrindo sua composio, os diversos tipos de argila, de onde so extradas, como se procedem ao serem queimadas, como as mudanas de atmosfera podem interferir, em baixa ou alta temperatura; com reduo de oxignio ou no processo de choque. Aos poucos pudemos descobrir como a argila pode ser transformada em uma pea artstica: desde a modelagem e suas peculiaridades de secagem, at a forma de armazen-la e transform-la atravs das diversas queimas em uma pea cermica.

    Na disciplina Estudo da Cor e sua Aplicao na Cermica estamos finalmente, trabalhando a parte decorativa da pea. Ao sermos apresentados aos diversos pigmentos pudemos constatar que as cores cromticas que so utilizadas na pintura em geral, no se aplicam aos pigmentos da cermica. Atravs de um processo sistemtico de testes pudemos entender como a interferncia deste ou outro xido no processo de esmaltao de uma pea. Fizemos experincias com os esmaltes de baixa temperatura, colorantes, xidos metlicos colorantes e carbonados.

    O esmalte, ou esmalte vidrado utilizado nas peas cermicas para se obter um revestimento vtreo e recebe normalmente, o termo vidrado, ele incolor e para que se consiga alguma tonalidade temos que adicionar xidos colorantes ou corantes minerais a um vidrado base. O esmalte pode ser transparente ou opaco quando aquecido e possui propriedades de ser macio ao toque, resistente e durvel aps ser submetido ao processo de queima. Ele pode apresentar bolhas, craquelar dependendo do xido e da temperatura a que for submetido. Ao final do curso e aps vrios testes podemos dizer que poderemos aplicar com conscincia as cores para transformar uma simples pea cermica em um utilitrio ou quem sabe um objeto de arte.

    Apesar de termos utilizado um processo de metodolgico - testes para obter esta ou outras cores, tambm estamos conscientes que no futuro ao desejarmos colorir nossas peas teremos que retornar aos experimentos, pois as cores podem sofrer interferncias dependendo dos materiais que utilizamos.

    O esmalte pode ser transparente ou opaco quando aquecido e possui propriedades de ser macio ao toque, mas resistente e durvel. Ele pode apresentar bolhas, craquelar dependendo do xido e da temperatura a que for submetido.

    A turma foi dividida em grupos, cada grupo inicialmente fez 80(oitenta) corpos de prova para aplicar posteriormente, as diversas experincias de escala tonal. Os corpos de prova foram inicialmente biscoitados em forno eltrico. Aps sermos apresentados aos vrios xidos, coube a cada grupo um xido para ser testado. Ao nosso grupo foi destinado o xido COBRE.

    O cobre produz uma gama de cores que vo desde os verdes intensos ao verde azulado ou turquesa, dependendo da base que utilizarmos. O cobre pode ser utilizado como fundente ativo e possui uma porcentagem mxima de 4%.

    Muitos testes foram feitos e pudemos ao final conhecer as vrias nuances deste xido, primeiro sozinho e depois associado a outros xidos, descobrimos que ele sofre uma enorme variao e uma beleza que seduz.

    Neste relatrio iremos apresentar os resultados obtidos com todos estes testes.

    1.2 Objetivos

    O objetivo deste relatrio apresentar os resultados obtidos com os diversos experimentos que obtivemos com o xido de cobre (CuO), as diversas escalas tonais ao aplica-

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    lo sobre o engobe, ou ao associ-lo com outros xidos sob base de esmaltes de frita 096 e 060.

    1.3 Procedimento experimental

    Ao nosso grupo coube trabalhar com o XIDO DE COBRE (CuO) Fizemos vrios tipos de experincias para descobrir as inmeras possibilidades de cores que podemos obter com este xido. A primeira proposta apresentada foi a de trabalharmos com os engobes. O primeiro teste consistia em prepararmos uma base para o engobe e adicionarmos diferentes porcentagens do xido escolhido para o grupo. A recomendao usar no engobe 4 vezes o percentual mximo do esmalte indicado para o grupo; o limite mximo do xido de Cobre(CuO) de 4. A BASE PARA O ENGOBE consistia de:

    Argila Branca .................. ........... 75%

    Frita de Baixa Temperatura ........ 25%

    Total......................................... 100 %

    Observao:

    Foram utilizados os esmaltes de fritas de baixa 096 e 060

    Ficou estipulado o peso de 10 gramas.

    O limite mximo do xido de cobre 4 quadruplicando o engobe seriam ento 4x4= 16

    16% seriam ento considerados o percentual mximo

    Para calcularmos as nossas porcentagens utilizamos a seguinte lgica

    Se 16%.................. 100% 10%.................. 1,6 X.................. 10 % Portanto: X = 1,6 % 1,6 de 10 gr = 0,16 gr

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    2 Engobes 2.1 Primeira proposta: ESCALA TONAL DO ENGOBE + XIDO DE COBRE (CuO)

    Testes PORCENTAGEM ADIO DO XIDO DE

    COBRE (CuO) LIMITE MXIMO: 4

    PORCENTAGEM DE XIDO DE COBRE

    (CuO) 10 gr

    PESO EM GRAMAS 10 gramas

    1 10% 1,6 % 0,16 gr

    2 20% 3,2% 0,32 gr

    3 40% 6,4% 0,64 gr

    4 60% 9,6% 0,96 gr

    5 80% 12,8% 1,28 gr

    6 100% 16,0 1,60 gr Tabela 1 acima Engobe Primeira proposta: Escala tonal do engobe + xido de cobre

    ** O percentual dever ser baseado no limite mximo de cada xido ** Foram utilizadas os esmaltes de fritas 096 e 060 para o experimento ** Ficou estipulado o peso de 10 gramas para o engobe.

    Figura 1 acima - Identificao embaixo do corpo de prova

    com engobe de xido de cobre (CuO) sobre esmaltes de frita 060 e 096.

    Figura 2 acima - Engobe (Esmalte de frita 060) + xido de Cobre (CuO) em argila terracota.

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Figura 3 acima - Engobe (Esmalte de frita 096)+ xido de Cobre ( CuO) em argila terracota.

    2.2 Segunda Proposta: ENGOBE + XIDO DE COBRE (CuO) + XIDO DE CROMO ( CR2O3) A segunda proposta consistia em acrescentarmos adicionar ao engobe e ao xido de

    Cobre (CuO) um outro xido. Nosso grupo optou pelo Cromo (Cr). O Cromo (Cr) ou xido de Cromo ( Cr2O3) na maioria das bases produz verdes fortes,

    podendo produzir vermelho, laranja e tons amarelados, com bases de chumbo em baixa temperatura. Ele considerado opacificante. Os opacificantes so aqueles que tiram a transparncia da base. A porcentagem mxima a ser adicionada de 4%.

    Testes PORCENTAGEM

    PARA ADIO DOS XIDOS

    PORCENTAGEM DE XIDO DE COBRE (CuO)

    LIMITE MXIMO: 4

    PORCENTAGEM DE XIDO DE CROMO (CR2O3) LIMITE MXIMO: 4

    Peso em gramas

    10 gramas

    1 10% 1,6 % 1,6 % 0,16 gr

    2 20% 3,2% 3,2% 0,32 gr

    3 40% 6,4% 6,4% 0,64 gr

    4 60% 9,6% 9,6% 0,96 gr

    6 80% 12,8% 12,8% 1,28 gr

    100% 16,0% 16,0% 1,60 gr Tabela 2 acima Engobe Segunda proposta: Escala tonal em porcentagens e gramas do xido de cobre e cromo.

    ** O percentual dever ser baseado no limite mximo de cada xido para que ele fique nos

    extremos da escala

    ** Ficou estipulado o peso de 10 gramas.

    ** Para identificao nos corpos de prova deveremos fazer as escalas tonais inversas como no

    exemplo abaixo:

    XIDO DE COBRE (CuO)

    80% 12,8% 1,28 gr

    XIDO DE CROMO

    ( CR2O3) 20% 3,2%

    0,32 gr

    Tabela 3 acima Exemplo de escala tonal inversa.

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Figura 4 acima - Identificao embaixo dos corpos de prova de engobe

    com cobre (CuO) e cromo (Cr2O3) sobre esmalte de frita 060 e 096

    Figura 5 acima - Engobe de xido de cobre (CuO) e cromo (Cr2O3) esmaltado com esmalte de frita 060.

    Figura 6 acima - Engobe com xido de Cobre (CuO) e cromo (Cr2O3). Esmaltado com esmalte de frita 096.

    Terminados os testes e aps anlise dos resultados, foi solicitado aos grupos que

    escolhessem dois testes de prova cujas cores estivessem mais ntidas e bonitas para aplica-las numa pea cermica em ponto de couro ou biscoitada. Antes da aplicao tivemos o cuidado de anotar as devidas formulaes, para que pudssemos verificar tanto o resultado, quanto repetir a experincia caso fosse de nosso interesse.

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Figura 7 acima - Vaso Pssaro Azul de autoria da aluna Isabel - Exerccio de aplicao dos engobes formulados.

    Composio de engobes do vaso Pssaro Azul:

    o Caule: 75% Argila, 25% 096, 12,8% Fe e 1,6% Ni

    o Passarinho azul: 75% Argila, 25% 096 e 1,2% Co

    o Folhas Verdes: 75% Argila, 25% 096 e 3,2 Cu

    o Sementes: 75% Argila, 25% 096 e 14,4% Mn

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    3 ESMALTES

    3.1 Primeira proposta: ESCALA TONAL COM UM XIDO COBRE (CuO)

    Nesta proposta foram feitos testes com diferentes porcentagens do mesmo xido, misturado a uma base, ou seja, um esmalte transparente; neste caso utilizamos 10 gramas dos esmaltes de fritas 096 e 060, acrescidas do CMC para ajudar na dissoluo do esmalte em corpos de prova com fundo de base branca feita com o engobe e terracota.

    Aps a pesagem e diluio aplicamos o esmalte nos corpos de prova j biscoitados nas seguintes propores:

    Testes PORCENTAGEM ADIO DO XIDO DE

    COBRE (CuO) LIMITE MXIMO: 4

    PORCENTAGEM DE XIDO DE COBRE (CuO)

    10 gr

    PESO EM GRAMAS

    10 gr

    1 10% 0,4 0,04

    2 20% 0,8 0,08

    3 40% 1,6 0,16

    4 60% 2,4 0,24

    5 80% 3,2 0,32

    6 100% 4 0,4 Tabela 4 acima Esmaltes - Primeira proposta: Escala tonal em porcentagens e gramas para o xido de cobre.

    ** O percentual dever ser baseado no limite mximo de cada xido

    10 gramas de 096 + XIDO DE COBRE (CuO)

    Figura 8 acima - Identificao dos testes nos copinhos

    Copinho = 10 gramas 10gr ( Base) + as porcentagens listadas acima do xido de Cobre (CuO) ** Fizemos com os esmaltes de Frita 096 e os mesmos percentuais com os esmaltes de Frita 060 Obtivemos os seguintes resultados:

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Figura 9 acima - Identificao embaixo dos corpos de prova, foram repetidas as mesmas porcentagens tanto para as bases

    com os esmaltes de frita 096 quanto para os esmaltes de frita 060.

    Figura 10 acima - Base Esmalte de frita 060 + xido de Cobre (CuO) em fundo terracota.

    Figura 11 acima - Base Esmalte de frita 060 + xido de Cobre (CuO) em fundo branco (engobe).

    Figura 12 acima - Base Esmalte de frita 096 + xido de Cobre (CuO) em fundo branco (engobe).

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Figura 13 acima - Base Esmalte de frita 060 + xido de Cobre (CuO) em fundo terracota.

    3.2 Segunda proposta: ESCALA TONAL COM XIDO DE COBRE (CuO) + 10% XIDO DE ESTANHO (SnO) Opacificante + BASE

    Neste procedimento acrescentamos base + o xido de cobre (CuO) e um opacificante o xido de Estanho ( SnO).

    Os opacificantes tm a propriedade de tirar a transparncia da base. O Estanho ( SnO) aumenta a viscosidade e a resistncia qumica do vidrado, produz um branco liso e tende a produzir tons pastis. A sua porcentagem mxima de 10%.

    Para este novo experimento consideramos as mesmas porcentagens da primeira proposta utilizando os esmaltes de fritas 096 e 060,o oxido do grupo (CuO) acrescentando, entretanto, mais 10% (1 grama) do opacificante Estanho ( SnO).

    Testes PORCENTAGEM ADIO DO XIDO DE

    COBRE (CuO) LIMITE MXIMO: 4

    PORCENTAGEM DE XIDO DE COBRE (CuO)

    10 gr

    PESO EM GRAMAS

    10 gr

    OBSER-VAES

    1 10% 0,4 0,04

    2 20% 0,8 0,08

    3 40% 1,6 0,16

    4 60% 2,4 0,24

    5 80% 3,2 0,32

    6 100% 4 0,4 Tabela 5 acima Esmaltes - Segunda proposta: Escala tonal em porcentagens e gramas para o xido de cobre.

    Copinho = 10 gramas 10gr ( Base com esmaltes/frita) + (xido de Cobre Cu) ** Fizemos com os esmaltes de frita 096 e os mesmos percentuais com os esmaltes de frita 060 acrescentando 10% (1gr) do xido de Estanho (SnO )

    Figura 14 acima - acima - Identificao embaixo dos corpos de prova dos testes com xido de cobre (CuO) + xido de Estanho (SnO), as porcentagens so idnticas tanto para esmaltes de frita 096 quanto para os esmaltes de frita 060.

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Figura 15 acima - Base Esmalte de Frita 060 + xido de Cobre ( CuO) /fundo branco(engobe) + xido de Estanho (SnO).

    Figura 16 acima - Base Esmalte de Frita 060 + xido de Cobre ( CuO) /fundo terracota + xido de Estanho (SnO).

    Figura 17 acima - Base Esmalte de Frita 096 + xido de Cobre ( CuO) /fundo terracota + xido de Estanho (SnO).

    Figura 18 acima - Base Esmalte de frita 096+ xido de Cobre ( CuO) /fundo branco - Engobe + Estanho (SnO).

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    3.3 Terceira proposta: ESCALA TONAL COM 1 XIDO + 8% DIXIDO DE TITNIO BASE + XIDO DE COBRE (CuO) + 8% Dixido de Titnio ( TiO2) OPACIFICANTE

    Neste experimento acrescentamos base alcalina + o xido de cobre ( (CuO) + o opacificante Dixido de Titnio ( TiO2). Este elemento qumico considerado bastante verstil pois produz cores e efeitos diversificados nos esmaltes, dependendo da base e das combinaes com outros xidos.

    Em altas temperaturas o Dixido de Titnio ( TiO2) atua como fundente ativo e pode produzir cores violetas e azuis. Ele produz uma opacidade leitosa branca ou tons amarelados.

    Cria cristais dentro dos esmaltes, invisveis a olho nu. Usa-se de 5% a 10%. Proveniente de rochas titanferas ou areias ilmeniticas, sua cor amarelada devido ao ferro em sua composio, usado em esmaltes cristalinos como ilhas para a formao de cristais.( Fonte: Centro de Estudos da Cermica So Paulo)

    Sua porcentagem mxima de 10%, e ao atingir este nvel pode produzir cristais. O experimento repetiu os mesmos padres dos anteriores, passando pela pesagem, foi

    coado, diludo em CMC e pincelado nos dois lados dos corpos de prova; de um lado a argila terracota pura e do outro com o fundo branco do engobe, nas propores indicadas abaixo:

    Testes

    PORCENTAGEM ADIO DO XIDO DE

    COBRE (CuO) LIMITE MXIMO: 4

    PORCENTAGEM DE XIDO DE COBRE (CuO)

    10 gr

    PESO EM GRAMAS

    10 gr

    1 10% 0,4 0,04

    2 20% 0,8 0,08

    3 40% 1,6 0,16

    4 60% 2,4 0,24

    5 80% 3,2 0,32

    6 100% 4 0,4

    Tabela 6 acima Esmaltes - Terceira proposta: Escala tonal em porcentagens e gramas para o xido de cobre.

    Copinho = 10 gramas 10gr ( Base) + xido de Cobre (CuO) ** Fizemos com a Frita 096 e os mesmos percentuais com a Frita 060 somente acrescentando 8% de Dixido de Titnio ( TiO2)

    Figura 19 acima - Identificao embaixo dos corpos de prova dos testes com xido de cobre (CuO) + Dixido de Titnio ( TiO2)

    , as porcentagens so idnticas tanto para esmaltes de frita 096 quanto para os esmaltes de frita 060.

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Figura 20 acima - Base Esmalte de frita 060 + xido de Cobre ( CuO) /fundo branco(engobe) + Dixido de Titnio ( TiO2).

    Figura 21 acima - Base Esmalte de frita 060 + xido de Cobre ( CuO) /fundo terracota + Dixido de Titnio ( TiO2).

    Figura 22 acima - Base Esmalte de frita 096 + xido de Cobre ( CuO) /fundo branco/engobe+ Dixido de Titnio ( TiO2).

    Figura 23 acima Base Esmalte de frita 096 + xido de Cobre ( CuO) /fundo terracota + Dixido de Titnio ( TiO2).

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    3.4 Quarta proposta: ESCALA TONAL COM 2 XIDOS BASE + XIDO DE COBRE (CuO) + XIDO DE CROMO ( Cr2O3)

    A ltima proposta dos esmaltes consistiu em adicionarmos aos esmaltes de frita 096 e 060 o xido de Cobre (CuO),mais outro xido. Nosso grupo realizou as experincias com o xido de Cromo (Cr2O3), j testado anteriormente com o engobe.

    O Cromo (Cr) ou xido de Cromo ( Cr2O3) na maioria das bases produz verdes fortes, podendo produzir vermelho, laranja e tons amarelados, com bases de chumbo em baixa temperatura. Ele considerado opacificante. Os opacificantes so aqueles que tiram a transparncia da base. A porcentagem mxima a ser adicionada de 4%.

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

    CuO x.Cobre

    4%

    100%

    90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% -

    4

    0,4gr

    3,6%

    0,36gr

    3,2%

    0,32gr

    2,8%

    0,28gr

    2,4%

    0,24 gr

    2

    0,20 gr

    1,6%

    0,16 gr

    1,2%

    0,12gr

    0,8%

    0,08 gr

    0,4%

    0,04 gr

    Cr2O3 x.Cromo

    4%

    10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

    0,4% 0,04gr

    0,8%

    0,08gr

    1,2%

    0,12gr

    1,6%

    0,16gr

    2

    0,20 gr

    2,4%

    0,24 gr

    2,8%

    0,28 gr

    3,2%

    0,32gr

    3,6%

    0,36gr

    4

    0,4gr

    Tabela 7 acima Esmaltes - Quarta proposta: Escala tonal em porcentagens e gramas para o xido de cobre e xido de cromo.

    Figura 24 acima - Corpos de prova com xido de cobre (CuO) e xido de cromo (Cr2O3)cobertos por esmalte de frita 060. Na

    primeira fileira o esmalte est sobre um fundo branco (engobe branco). Na segunda fileira o esmalte est sobre argila terracota. A terceira e ultima fileira a identificao do corpo de prova debaixo da pea.

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

    18

    Figura 25 acima - Corpos de prova com xido de cobre (CuO) e xido de cromo (Cr2O3)cobertos por esmalte de frita 096. Na

    primeira fileira o esmalte est sobre um fundo branco (engobe branco). Na segunda fileira o esmalte est sobre argila terracota. A terceira e ultima fileira a identificao do corpo de prova debaixo da pea.

    4 Consideraes finais e anlise de resultados

    O esmalte tambm conhecido como vidrado, resulta da combinao da slica, os fundentes e a

    alumina. A slica responsvel pela formao dos vidros, os fundentes por sua vez possuem a

    propriedade de baixar a temperatura de fuso da slica, alm de modificarem a textura e as

    cores dos esmaltes; e finalmente a alumina tem a capacidade de influenciar a viscosidade e

    torna o esmalte mais refratrio.

    O esmalte ou vidrado composto por vitrificantes, fundentes e estabilizantes ao

    utilizarmos estes elementos obtemos um vidrado transparente e incolor. O estado normal de

    um esmalte transparente, incolor, podendo ser transformado em opaco (no transparente) e

    se adicionarmos xidos opacificantes e ou colorantes, pode alterar a transparncia de sua

    superfcie tornando-os coloridos.

    O esmalte possui algumas propriedades: a) quanto transparncia ele pode ser

    transparente ou translcido( semi- transparente) ou opaco (no transparente; b) quanto ao

    brilho pode ser brilhante ou semi-mate (acetinado) ou mate ( fosco- sem brilho). A

    viscosidade medida pela resistncia do esmalte de escorrer, quanto mais viscoso maior a

    resistncia do fluido em se movimentar, ou seja, em escorrer. Neste caso, a viscosidade ir

    depender no s das matrias primas utilizadas, como tambm da temperatura e tempo de

    queima. A camada fina do esmalte, se no estiver na viscosidade correta, pode escorrer e se

    for muito alta, o esmalte poder apresentar defeitos ou no queimar adequadamente.

    Os esmaltes so formados por uma mistura de vrias substncias, ao ser submetido ao

    calor sofre uma interferncia de acordo com o grau de fuso de cada componente. Os vidrados

    so desenvolvidos para serem dissolvidos a uma determinada temperatura, e o comportamento

    desse esmalte vai depender tanto de sua composio, quanto da atmosfera de queima

    (oxidao ou reduo). O que leva o esmalte a vitrificar a uma determinada temperatura a

    combinao de uma srie de fatores: calor, a decomposio e recomposio dos materiais

    usados, a formao lquida na viscosidade certa e seu esfriamento.

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

    19

    Podemos adicionar aos esmaltes alguns elementos que podero contribuir para o

    controle de alguns fatores na queima: os fundentes por exemplo, possuem a capacidade de

    diminuir a temperatura dos materiais refratrios como a slica e possuem uma faixa de

    temperatura de atuao que devem ser respeitadas. J os estabilizantes possuem a

    caracterstica de impedir que o esmalte escorra, o principal estabilizante o xido de alumnio.

    Os opacificantes por sua vez, produzem opacidade nos esmaltes, tendendo para o branco,

    dependendo: da quantidade de opacificante usado, da aplicao sobre o esmalte, da

    espessura e tambm da argila em que foi feito a pea em biscoito interferem na cor final do

    esmalte. Os colorantes, que so pequenas quantidades de xidos metlicos so adicionados

    para dar cor ao esmalte; o resultado depende da espessura de aplicao, da cor da argila do

    biscoito, da temperatura de queima e tambm da atmosfera do forno. Os colorantes mais

    comuns so os xidos de Cromo, Cobalto, Cobre, Ferro e Mangans, dois dos quais esto

    presentes em nossa pesquisa: o xido de Cobre e xido de Cromo.

    O ceramista utiliza destes fatores e faz suas escolhas para obter o resultado desejado: o

    tipo de queima, a massa cermica e a temperatura na qual ser queimado, o tempo e o

    patamar desejado. A partir da escolha principal que a temperatura, ele vai escolher a massa

    cermica e o esmalte que corresponder a essa temperatura. Durante o processo de queima

    todas as matrias primas includas no esmalte se transformam em xidos e a relao

    quantitativa desses xidos e a interao entre eles que faz com que um esmalte seja nico.

    Os esmaltes ou vidrados podem ter a forma de fritas, crus ou mistos. Os vidrados crus

    possuem elementos puros misturados durante o processo de moagem, eles podem ser

    produzidos industrialmente ou no ateli do artista.

    As fritas ao contrrio, tm os seus elementos misturados, queimados, para s ento

    serem modos. Elas so fabricadas pela indstria atravs da fuso com outros materiais e so

    queimadas em forno de 1500 C e resfriadas em gua ou ar formando um vidrado.

    Ao analisarmos os nossos experimentos pudemos verificar as vrias interferncias que

    os xidos produzem nos esmaltes, em alguns casos as cores se tornam mais vivas, em outros

    produzem alguns defeitos como craquelamento ou bolhas. No quadro abaixo, registramos os

    resultados obtidos em cada teste. O grupo tambm fez indicaes para a sua utilizao alm

    de dar uma nota que varia de 0 a 5 para os resultados: sendo 0 a nota para os piores

    resultados e no extremo oposto 5 para os que foram para ns, os que apresentaram os

    melhores resultados desde a cor, a textura, e a falta de defeitos comuns.

    Fizemos os experimentos durante todo o semestre, foi o primeiro contato que tivemos

    com as cores, com todas as possibilidades que elas oferecem para a decorao das peas

    cermicas. Este um registro de grande importncia, pois durante nossa vida profissional

    iremos com certeza recorrer a ele como referncia para nosso trabalho.

    .

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Tabela 8 acima - Anlise de testes Engobe Primeira e segunda proposta: Engobe com xido de cobre e engobe com xido

    de cobre e cromo.

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    Tabela 9 acima - Anlise de teste Esmalte Primeira proposta: Esmalte com xido de cobre

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Tabela 10 acima - Anlise de teste Esmalte Segunda proposta: Esmalte com xido de cobre e estanho.

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Tabela 11 acima - Anlise de teste Esmalte Terceira proposta: Esmalte com xido de cobre e titnio.

  • A prtica com esmaltes de baixa temperatura

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    Tabela 12 acima - Anlise de teste Esmalte Quarta proposta: Esmalte com xido de cobre e cromo.

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    5 Referncias Bibliogrficas

    1. http://www.facebook.com/notes/tcito-fernandes-ceramista/teoria-de-prtica-de-

    esmaltes/2247493835871, acessado em 03/12/2014

    2. http://www.ufrgs.br/lacad/revestvidrado.html acessado em 07/12/2014 3. http://www.ceramicaindustrial.org.br/pdf/v07n02/v7n2_4.pdf , acessado em 08/12/2014;

    4. http://www.cimm.com.br/portal/verbetes/exibir/496-viscosidade, acessado em 08/12/2014;