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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA
E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS
CAMPUS OURO BRANCO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
OURO BRANCO
NOVEMBRO DE 2017
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA
E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS
CAMPUS OURO BRANCO
ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UMA
APLICAÇÃO DO BALANÇO PERGUNTADO
RAYANE PRICILLA SILVA FARIA
Ouro Branco, Novembro de 2017
RAYANE PRICILLA SILVA FARIA
ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UMA APLICAÇÃO DO
BALANÇO PERGUNTADO
Monografia apresentada junto ao curso de Bacharelado em Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia campus Ouro Branco, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Egberto L. Teles
Ouro Branco, Novembro de 2017.
RAYANE PRICILLA SILVA FARIA
ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UMA APLICAÇÃO DO
BALANÇO PERGUNTADO
Monografia apresentada junto ao curso de Bacharelado em Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia campus Ouro Branco, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Egberto L. Teles
Aprovado em Novembro, 2017. ________________________________________
Prof. Egberto Lucena Teles - Orientador
________________________________________
Prof. Cleiton Martins Duarte da Silva - IFMG
________________________________________
Prof. Thiago Ferreira Quilice – IFMG
Elaborada por Márcia Margarida Vilaça – CRB-6- 2235
Faria, Rayane Pricilla Silva
F224a Análise de demonstrações contábeis: uma aplicação do balanço
perguntado. / Faria, Rayane Pricilla. – 2017.
50 p.; il.
Orientador: Profº Egberto Lucena Teles
Trabalho de conclusão de curso (graduação) - Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Ouro Branco, Curso Bacharelado em
Administração, 2017
1. Análise das demonstrações contábeis. 2. Balanço perguntado. 3. DRE 4. Balanço patrimonial. 5. Indicadores financeiros I. Faria, Rayane Pricilla Silva . II. Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Ouro Branco. III.Título.
CDU: 657.5
Agradecimentos
À Deus toda honra e toda glória! Minha eterna gratidão por me iluminar e
ajudar concluir mais esta etapa da minha vida.
À minha família que é um dos pilares mais importantes da minha vida, por me
mostrarem que posso muito mais do que imagino e que tudo é possível se
acreditarmos.
À minha filha que apesar de tão pequena consegue fazer com que eu me
sinta sempre disposta a me tornar uma pessoa melhor a cada dia e fazer com que
ela sinta orgulho de mim.
Ao Thiago, meu namorado, companheiro pra todas as horas, uma das
pessoas mais incríveis que já conheci e que teve participação ativa em todos os
momentos deste estudo, sempre apoiando até o final, lendo, relendo e me dando mil
motivos para não desistir.
A todos os professores que estiveram sempre dispostos a dividir suas
experiências e seus conhecimentos, em especial ao professor Egberto, pelo
acompanhamento e orientação. Agradeço a paciência em me ouvirem e a forma
como conduziram o trabalho comigo.
Ao Nilson, entrevistado da empresa foco do meu estudo que contribuiu de
forma excepcional, me ajudando sempre que solicitado de forma muito prestativa,
suas informações foram de extrema importância para a finalização deste trabalho.
A todos que contribuíram de alguma forma para que esse estudo deixasse de
ser um projeto e se concretizasse.
MUITO OBRIGADA
RESUMO
A Análise das Demonstrações Contábeis é uma ferramenta de suma importância,
pois é uma forma de verificar e avaliar a atual situação econômico-financeira da
organização, bem como a eficiência, desempenho e sua rentabilidade. Este trabalho
tem como objetivo demonstrar o método do Balanço Perguntado como uma
alternativa para gerar informação contábil-financeira em uma empresa de pequeno
porte situada na cidade de Ouro Branco – MG, e assim subsidiar a tomada de
decisão. Para tanto se utiliza de indicadores financeiros, sendo eles: índices de
liquidez, rentabilidade e estrutura de capital. A partir desses índices é possível
identificar a saúde econômico-financeira da empresa, comparar desempenhos, e
medir sua capacidade de pagamento, estrutura de capital, assim como a
rentabilidade em função dos investimentos e patrimônio líquido. Para isso, utiliza-se
o Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício do ano de 2016,
estruturados com base no questionário aplicado. Como resultado, observou-se que a
empresa encontra-se em uma situação econômico-financeira estável durante o
período analisado e evidenciou que o método do Balanço Perguntado pode auxiliar
de forma significativa na montagem dos demonstrativos financeiros, pois oferece
maior disponibilidade de dados e informações necessárias à gestão.
Palavras-Chave: Análise das Demonstrações Contábeis; Balanço Perguntado; DRE,
Balanço Patrimonial; Indicadores Financeiros.
Lista de Abreviaturas e Siglas
BP - Balanço patrimonial
CE - Composição de Endividamento
CFC - Conselho Federal de Contabilidade
DFC - Demonstração dos fluxos de caixa
DLPA - Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados
DMPL - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
DOAR - Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
DR - Demonstração do Resultado;
DRA - Demonstração do Resultado Abrangente;
DRE - Demonstração do resultado do exercício
DVA - Demonstração do Valor Adicionado
EPP - Empresa de Pequeno Porte
ITG - Interpretação Técnica Geral
ME - Microempresa
NBT G - Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral
NE - Notas Explicativas
ROE - Retorno sobre o Patrimônio Líquido
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
Lista de Figuras
Figura1: Modelo de fluxograma de índices econômico-financeiros...........................13
Figura 2: Principais aspectos revelados pelos índices financeiros............................14
Lista de Quadros
Quadro 1: Conjunto Completo das Demonstrações Contábeis Obrigatórias.............6
Quadro 2: Balanço Patrimonial...................................................................................9
Quadro 3: Histórico: outros trabalhos........................................................................19
Quadro 4: Questionário..............................................................................................20
Lista de Tabelas
Tabela 1: Questionário respondido............................................................................26
Tabela 2: Balanço Patrimonial realizado em 31/12/2016..........................................29
Tabela 3: Demonstração do Resultado do Exercício realizado em 31/12/2016........30
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................1
1.1. Problema de pesquisa................................................................................................................3
1.2. Justificativa ........................................................................................................................... 3
1.3. Objetivos................................................................................................................................4
1.3.1 Objetivo Geral........................................................................................................................4
1.3.2 Objetivos Específicos.............................................................................................................4
2. REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................................... 5
2.1. Demonstrações Contábeis .................................................................................................. 5
2.2. Análise de Demonstrações Contábeis ................................................................................. 7
2.2.1. Balanço Patrimonial ........................................................................................................ 8
2.2.2. Demonstração do Resultado do Exercício – DRE ............................................................ 9
2.2.3. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)............................................................... ......11
2.2.4. Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulado - DLPA e Demonstração das Mutações
do Patrimônio Líquido - DMPL ..................................................................................................... ..11
2.2.5. Índices Econômico-Financeiros .................................................................................... ..12
2.2.5.1. Índices de Estrutura de Capital.......................................................................................14
2.2.5.2. Índices de Liquidez ....................................................................................................15
2.2.5.3. Índices de Rentabilidade ............................................................................................17
2.3. Balanço Perguntado ..........................................................................................................18
3. METODOLOGIA .......................................................................................................................24
3.1. Caracterização da Pesquisa ..............................................................................................24
3.2. Objeto de estudo ...............................................................................................................25
3.3. Instrumento de Coleta de Dados ........................................................................................25
3.4. Estratégia de Coleta de Dados...........................................................................................25
3.5. Análise dos Dados .............................................................................................................26
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS .............................................................................26
4.1. Análise dos dados .............................................................................................................26
4.1.1. Demonstrações Financeiras estruturadas a partir do método do Balanço
Perguntado............................................................................................................................................29
4.1.2. Cálculos e Análises Financeiras..................................................................................30
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................................34
1
1. INTRODUÇÃO
Para Sebrae (2014), conforme a Lei Geral das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte, Lei Complementar 123/2006 instituída em 14 de dezembro de 2006,
o critério para classificar micro e pequena empresa é com base em sua receita bruta
anual. Sendo assim, microempresa, ou ME, é a pessoa jurídica que obtenha um
faturamento anual bruto igual ou inferior a R$360.000,00 e empresa de pequeno
porte, ou EPP, será a pessoa jurídica cuja receita bruta anual seja superior a
R$360.000,00 e igual ou inferior a R$3.600.000,00. Estes valores referem-se a
receitas obtidas no mercado nacional, porém não perderá seu enquadramento caso
obtenha receitas adicionais de exportação, até o limite estabelecido para EPP.
As Micro e Pequenas Empresas são cerca de 9 milhões em todo o País,
representando assim mais da metade dos empregos formais. Isoladamente essas
empresas representam pouco, porém juntas são decisivas para a economia e não se
pode pensar no desenvolvimento do país sem elas (SEBRAE, 2014).
Na grande maioria das empresas de pequeno porte, seus gestores exercem
as etapas de execução e de controle das atividades, muitas vezes, de forma apenas
intuitiva, desse modo, a gestão acaba não sendo estruturada, dado a falta de
conhecimento a respeito de técnicas administrativas e até mesmo do próprio
negócio. Nesta forma de trabalho, o empresário pode acabar definindo o
planejamento de uma forma equivocada, na medida em que tende a valorizar a
lucratividade no tempo presente, não dando a atenção necessária aos objetivos de
longo prazo, especialmente aos relacionados à sustentabilidade do negócio.
Almeida (1994 apud Silvia Kassai, 1997, p.8) salienta, que:
Na pequena empresa, a administração é geralmente feita pelos seus proprietários ou por seus parentes, que muitas vezes não têm conhecimento aprofundado de técnicas administrativas. (...) Vale observar que o conhecimento profundo de técnicas administrativas não é fundamental para as pequenas empresas, dada a simplicidade de funcionamento desse tipo de organização.
Apesar da importância dessas organizações para a economia, grande parte
das micro e pequenas empresas não conseguem sobreviver ao ambiente econômico
2
em que estão inseridas. Um dos fatores que contribuem para a mortalidade das
pequenas empresas é que os proprietários em sua maioria não utilizam a
contabilidade como ferramenta de administração do negócio. Esse fato está ligado
muitas vezes à escassez de recursos financeiros para contratar assessoria
específica (MARION, 2005). Dessa forma, seja por desconhecimento ou por falta de
assessoria, os pequenos empresários deixam de se beneficiar das informações
geradas pela contabilidade, que poderiam ser de grande utilidade na gestão do
negócio.
Algumas empresas por não utilizarem informações contábeis fidedignas em
sua administração têm sua eficiência prejudicada no que diz respeito a: controle de
despesas e receitas, bem como os estoques, investimentos, financiamentos, e
outros (REBEIRO; FREIRE; BARELLA, 2012).
Para Raza (2008, p.16), “a falta de informação é o grande vilão nas pequenas
empresas”; muitos empreendedores possuem o capital e resolvem montar um
negócio desconhecendo todos os outros fatores necessários ao sucesso do
empreendimento, tais como, controle do capital de giro, relação entre despesas e
receitas, custos inerentes à continuidade do negócio, dentre outros.
São vários os fatores que levam as micro e pequenas empresas a uma falta
de controle financeiro, com um destaque especial para o desconhecimento contábil,
já que por conta de seu porte e das dificuldades em se conseguir captar recursos
financeiros, os gestores destes empreendimentos preferem aplicar seus recursos no
processo produtivo e deixam para segundo plano questões ligadas a contabilidade e
ao controle econômico financeiro que seria possível caso a empresa tivesse
demonstrações contábeis estruturadas, facilitando assim suas análises, de forma a
minimizar riscos para se manter no mercado (MARQUES, 2009).
Matarazzo (2010, p.1) afirma que “a Análise de Balanços objetiva extrair
informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisão”. Assegura
ainda que por meio da análise podem-se transformar dados em informações úteis
para o usuário, dizendo também que serão tanto mais eficientes quanto melhores
informações produzir.
3
O produto da análise de balanços é apresentado em forma de um relatório
que inclui uma análise da estrutura, a composição do patrimônio e um conjunto de
índices e indicadores que são cuidadosamente estudados e pelos quais é formada a
conclusão do analista e/ou gestor.
A análise das demonstrações financeiras de empresas geralmente indica os
pontos fracos e fortes do seu desempenho operacional e financeiro, essas
informações são utilizadas, pelos gestores, para melhorar o desempenho; pelos
credores, para avaliar a probabilidade de receber a remuneração do capital
emprestado; e pelos donos para projetar retorno sobre capital investido (REIS,
2009).
1.1 Problema de pesquisa
Como gerar informação contábil analítica para subsidiar a tomada de decisão
em micro e pequenas empresas?
1.2 Justificativa
Este trabalho se justifica por mostrar como gerar informação contábil para
auxiliar na tomada de decisão em micro e pequenas empresas por ser um item de
grande valia para a gestão, a importância da elaboração e análise das
demonstrações contábeis, dando destaque ao método Balanço Perguntado em uma
empresa de pequeno porte sediada na cidade de Ouro Branco.
Segundo, Corrêa, Matias e Vicente (2006) a importância da realização de
uma pesquisa sobre o método Balanço Perguntado encontra-se no fato de
desenvolver uma metodologia de análise financeira aplicável a micro e pequenas
empresas, em busca de uma queda nas atuais taxas de mortalidade desse tipo de
empreendimento, de forma também a contribuir para uma melhor gestão destas
organizações.
Além disso, o trabalho também contribui para aprimoramento da
administração daqueles negócios que já estão no mercado (buscando a melhoria
contínua), já que é inegável a importância dos indicadores econômico-financeiros
das empresas como elemento de análise do desempenho e como um auxiliar na
tomada de decisões.
4
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
O objetivo deste trabalho é demonstrar o Balanço Perguntado como uma
alternativa para gerar informação contábil-financeira de micro e pequenas empresas
e assim, subsidiar a tomada de decisão.
1.3.2 Objetivos Específicos
a) Analisar quais são as maiores demandas de informação para a tomada de
decisão;
b) Descrever o método do Balanço Perguntado;
c) Aplicar esse método em uma determinada micro ou pequena empresa
como demonstração de sua utilidade na geração de informação contábil-financeira.
5
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Demonstrações Contábeis
As demonstrações contábeis são relatórios contábeis que apoiam a tomada
de decisão nas empresas, devem ser elaborados anualmente, segundo a Lei
6.404/76 Lei das Sociedades Anônimas (OLIVEIRA, 2008).
Segundo o IBRACON (NPC 27), as demonstrações contábeis são
representações monetárias onde se encontram estruturadas a posição patrimonial e
financeira de uma empresa em determinada data e as transações realizadas no
período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é
fornecer informações sobre a posição econômico financeira da empresa, o resultado
e o fluxo financeiro de uma organização, que são úteis para uma grande variedade
de usuários na tomada de decisões. As demonstrações também mostram os
resultados do gerenciamento pela Administração, dos recursos que lhe são
confiados.
Existem várias demonstrações contábeis, e todas podem ser analisadas,
entre as principais destacam-se as seguintes:
• Balanço patrimonial - BP
• Demonstração do resultado – DRE
• Demonstração dos fluxos de caixa – DFC
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados- DLPA
Além dessas quatro demonstrações, existe a complementação obrigatória por
meio de Notas Explicativas (NE) e se for o caso, outros quadros analíticos ou
demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e
dos resultados do exercício.
De acordo com Oliveira (2008), essas demonstrações são de simples
formulação, oferecem informações relevantes para qualquer organização,
independentemente de seu tamanho ou faturamento. Delas também é que são
6
retiradas as informações que podem ajudar na tomada de decisão, de acordo com a
análise mais adequada à realidade da empresa.
A análise de Demonstrações Contábeis resulta em informações importantes
no que diz respeito à situação econômica e financeira de uma organização, e até
mesmo sobre sua posição no mercado em relação aos concorrentes, comparando
seus índices com os de outras empresas. A partir dessas informações, é possível
que se tenha uma base mais estruturada para a tomada de decisões quanto ao
futuro do empreendimento, tornando-as mais assertivas e eficazes. Ressalta-se que
tratamento diferenciado pode ser observado em relação às Microempresas e
empresas de Pequeno Porte, que optarem pela adoção da ITG 1000 (Interpretação
Técnica Geral) - Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte,
isso considerando a resolução do CFC (Conselho Federal de Contabilidade)
No.1.418/12 (SCHULTZ, 2012).
A ITG 1000 define como obrigatória a elaboração do Balanço Patrimonial, a
Demonstração do Resultado do Exercício e as Notas Explicativas ao final de cada
exercício social (CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO PARANÁ,
2013). De modo geral e de forma sintética apresenta-se o conjunto completo das
Demonstrações Contábeis por situação e natureza empresarial:
Quadro 1 - Conjunto completo das Demonstrações Contábeis obrigatórias
Demonstração
Contábil
ME e EPP
ITG 1000 PME’s NBCTG 1000 Regra Geral
S. A. de
Capital Aberto
B. P. Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
D.R. Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
D. R. A. Facultativa Pode ser substituída pela
DLPA
Obrigatório Obrigatório
D. L. P. A. Facultativa Facultativa (Obrigatória se
substituir a DRA ou a
DMPL)
Facultativa Facultativa
D. M. P. L. Facultativa Pode ser substituída pela
DLPA
Obrigatório Obrigatório
D. F. C. Facultativa Obrigatório Obrigatório Obrigatório
N. E. Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
D. V. A. Facultativa Facultativa Facultativa Obrigatório
Fonte: Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, 2013.
7
Em que:
B.P.: Balanço Patrimonial;
D.R.: Demonstração do Resultado;
D.R.A: Demonstração do Resultado Abrangente;
D.L.P.A.: Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados;
D.M.P.L.: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
D.F.C.: Demonstração do Fluxo de Caixa;
N.E.: Notas Explicativas;
D.V.A.: Demonstração do Valor Adicionado
2.2. Análise de Demonstrações Contábeis
Independente do ramo de atuação de uma empresa, é de extrema
importância que se tenha estruturada análise das informações sobre seu
desempenho, tais como sua posição econômico-financeira, demonstrada através de
seus relatórios. Relatórios estes que precisam ser elaborados de acordo com as
normas vigentes.
Para Assaf Neto (2015), a análise de balanço visa mostrar a posição
econômico-financeira atual da organização, de acordo com informações contábeis
fornecidas, é possível obter conclusões sobre a atratividade em se investir em ações
de determinadas organizações, analisar se um crédito solicitado merece ser
atendido, se a capacidade da empresa em liquidar suas dívidas encontra-se em
situação de equilíbrio ou insolvência. Por sua vez, em outra de suas obras Assaf
Neto (2007, p. 65) salienta que,
Somente pelo entendimento da estrutura contábil das demonstrações é
possível desenvolver avaliações mais apuradas das empresas. Mais
especificamente, todo processo de análise requer conhecimentos sólidos da
forma de contabilização e apuração das demonstrações contábeis, sem os
quais ficam seriamente limitadas as conclusões extraídas sobre o
desempenho da empresa.
8
Para Marion (2012) a contabilidade auxilia a tomada de decisões, pois fornece
o máximo de informações, registra todas as movimentações mensuráveis
monetariamente, e entrega aos interessados a situação da empresa em forma de
relatórios. Os relatórios analisam os resultados obtidos e as causas, e a partir
dessas informações, tomam-se decisões em relação ao futuro. Além disso, o
relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela
contabilidade com o objetivo de relatar aos usuários os principais fatos registrados
pela contabilidade em determinado período.
A análise financeira de balanço tem exigido cada vez mais atenção dos
gestores e vem sendo cada vez mais utilizada. Mas de acordo Marion (2012), a
análise das demonstrações financeiras é tão antiga quanto à própria contabilidade.
Para o autor:
A análise das demonstrações contábeis, também conhecida como análise
das demonstrações financeiras, desenvolve-se ainda mais com o
surgimento dos Bancos Governamentais bastantes interessados na
situação econômico financeiro das empresas tomadoras de financiamentos
(MARION, 2005, p.20).
2.2.1. Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial é considerado uma das mais importantes
demonstrações da empresa, nele é que estão dispostas a situação financeira e a
posição patrimonial da organização em um período de tempo determinado. Para
facilitar o entendimento é importante que as contas estejam classificadas por grau
de liquidez e exigibilidade; normalmente apresentado no fim do exercício anual.
O Balanço Patrimonial “é a demonstração que proporciona aos usuários
externos, informações inerentes à posição financeira de uma entidade” (SANTOS,
2008, p. 49).
Dessa forma, o balanço patrimonial é constituído por ativo, passivo e
patrimônio líquido. O ativo pode ser visto como um conjunto de bens e direitos de
propriedade da empresa. Para Araújo et al. (2011) este pode ser visto como a
capacidade que a empresa apresenta de gerar benefícios futuros. Dessa forma,
9
todos os elementos do Ativo são representados no lado esquerdo do Balanço
Patrimonial.
No lado direito do Balanço Patrimonial são constituídos o passivo e o
patrimônio líquido. O passivo é constituído pelas exigibilidades da empresa, ou seja,
são os valores que a empresa tem a obrigação de pagar a terceiros no momento da
avaliação. Por sua vez, o “patrimônio líquido é a diferença entre o ativo e o passivo
de uma empresa” (IUDÍCIBUS; MARION, 2006, p.163), e “representa os recursos
dos proprietários investidos no empreendimento e os lucros gerados pela empresa e
não distribuídos” (HIRASHIMA, 2006, p. 289).
De acordo com a Lei No.11.638/07, que Altera e Revoga dispositivos da Lei
No.6.404 e da Lei No.6.386 de 1976, a estrutura do Balanço Patrimonial é a
seguinte:
Quadro 2 - Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Realizável a L.P. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Investimento Capital Social
Imobilizado (-) Gastos com Emissão de Ações
Intangível Reservas de Capital
Opções Outorgadas Reconhecidas
Reservas de Lucros
(-) Ações em Tesouraria
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Ajustes Acumulados de Conversão
Fonte: Portal CFC, 2017.
2.2.2. Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) fornece um resumo
financeiro dos resultados operacionais e não operacionais de uma organização num
dado período de tempo. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das
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receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou
prejuízo) (CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO PARANÁ, 2013).
A estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício é a seguinte:
Demonstração do Resultado do Exercício - DRE: Receita Bruta de Venda ou
Serviços (-) deduções da receita bruta; (-) impostos sobre vendas; (=) receita líquida;
(-) custos da mercadoria vendida ou custo do serviço prestado; (=) lucro bruto; (-)
despesas de vendas; (-) despesas gerais administrativas; (-) outras despesas; (+)
outras receitas; (=) resultado antes das despesas e receitas financeiras; (+-)
despesas financeiras líquidas (deduzidas as receitas financeiras); (=) resultado antes
dos tributos sobre o lucro; (-) provisão para o imposto de renda e contribuição social;
(=) resultado líquido das operações continuadas; (-) resultado líquido das operações
descontinuadas; (=) lucro líquido do período.
Logo, o Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (2013) analisa que a
DRE deve ser visualizada como um relatório contábil que favorece a apresentação
de receitas, custos, despesas, perdas e ganhos, os quais são oriundos da atividade
de quaisquer tipos de organizações. Estas apresentam a participação diretiva nos
resultados, evidenciando os lucros líquidos que podem ser apurados em um
determinado período.
Em vista do exposto, pode-se afirmar que a DRE contribui de maneira valiosa
na tomada de decisões gerenciais nas organizações, uma vez que evidencia a
lucratividade do setor, dividindo o resultado líquido pela receita de vendas; compara
informações em períodos diferenciados; bem como mensura a margem de
contribuição existente e correlacionados aos custos fixos de produtos. Assim, a DRE
torna-se um instrumento que auxilia no gerenciamento da empresa, uma vez que
controla as ferramentas e informações, gerindo os processos contábeis que são
fundamentais nesse momento (CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO
PARANÁ, 2013).
11
2.2.3. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
A Demonstração dos Fluxos de Caixa é uma demonstração de caráter
financeiro, através de fluxos de recebimentos e pagamentos evidencia as alterações
ocorridas nas “contas” caixa e equivalentes de caixa das empresas em um período
determinado (COSTA, 2009). A DFC substituiu a Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos (DOAR), de acordo com a Lei n. 11.638/07.
Segundo Assaf Neto (2012), embora a DOAR contenha mais informações
relevantes, os conceitos nela contidos, como por exemplo, a variação do capital
circulante líquido, não são facilmente apreendidos. A DFC, ao contrário, possui
melhor comunicação com a maioria dos usuários das Demonstrações Contábeis. A
Demonstração dos Fluxos de Caixa permite que se analise principalmente, a
capacidade da empresa em honrar seus compromissos financeiros, gerar resultados
de caixa futuros, sua liquidez e solvência financeira (ASSAF NETO, 2010).
Com relação à Demonstração de Fluxo de Caixa, Matarazzo (2010, p.18)
conceitua fazendo a relação da mesma com o Balanço Patrimonial:
O Balanço Patrimonial apresenta, em determinado momento
(estaticamente), de um lado (PASSIVO), a origem dos recursos utilizados
pela empresa e, de outro as aplicações. A peça contábil-financeira que vai
mostrar o que isso representa em termos de dinheiro movimentado no
exercício é a Demonstração de Fluxos de Caixa (DFC) que mostra as fontes
e aplicações que resultam afinal na variação do saldo de caixa.
2.2.4. Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulado - DLPA e
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) indica as
mudanças ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados, no
Patrimônio Líquido (SOARES et al., 2007).
Marion (2009 b, p. 421) esclarece que a DLPA “é obrigatória para as
empresas, porém, poderá ser substituída pela Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido (DMPL)”. A DLPA está contida na DMPL, sendo assim, quando a
DMPL é apresentada torna-se desnecessária a publicação da DLPA.
12
A DLPA deverá determinar: o saldo do início do período e os ajustes de
exercícios anteriores; as reversões de reservas; as destinações do lucro líquido do
exercício; as transferências para reservas; os dividendos; a parcela dos lucros
incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. A Demonstração das Mutações
do Patrimônio Líquido (DMPL) é uma demonstração completa, uma vez que mostra
a movimentação de todas as contas do patrimônio líquido durante o exercício,
inclusive a formação e utilização das reservas não derivadas do lucro (SOARES et
al., 2007).
A DLPA apresenta as destinações específicas que ocorreram com o lucro ou
prejuízo do exercício, enquanto a DMPL é aquela destinada a evidenciar as
mudanças, em natureza e valor, ocorridas no patrimônio líquido da entidade, num
determinado período de tempo (CARVALHO; SILVA; TEIXEIRA, 2011).
2.2.5. Índices Econômico-Financeiros
De acordo com Anastácio (2004), a análise das demonstrações contábeis
teve surgimento para atender a motivos práticos, sendo que, por meio de tais
motivos surgiram alguns índices. Assim, a principal preocupação dos índices é
promover avaliações genéricas acerca dos diferentes aspectos apresentados por
uma empresa, os quais, quando comparados com outras empresas do mesmo setor,
podem apresentar resultados mais expressivos no que tange à situação econômico-
financeira da organização. A Figura 1 apresenta um modelo de fluxograma de
índices econômico-financeiros.
13
Figura 1 – Modelo de fluxograma de índices econômico-financeiros
Fonte: Khatchatourian e Treter, 2010, p.144
Diante desse pressuposto, tem-se que esta é a técnica de análise mais
utilizada, pois fornece uma visão ampla em relação a “saúde” econômica e
financeira de uma organização. Tem como finalidade extrair informações e
estabelecer tendências que auxiliarão no processo decisório (BRIOSO et al., 2015).
Segundo Matarazzo (2010), índice é a correlação entre as contas das
demonstrações contábeis com a finalidade de oferecer informação a respeito da
situação econômico-financeira da empresa. A partir da análise de índices
econômico-financeiros é possível avaliar os custos e benefícios de um provável
investimento, podendo este ser desde a compra de uma nova máquina até a
abertura de uma filial do empreendimento, por exemplo.
Pensando nisso, pode-se dizer que os índices econômico-financeiros, se
pautam na verificação de situações que apresentam possíveis insolvências. Desse
modo, é por meio do cálculo dos índices de rotação, prazos, pagamentos e
estocagem que há a construção de diferentes modelos de análises de investimentos
e financiamento de capital de giro no processo gerencial das empresas.
14
Anastácio (2004) afirma que, existem processos específicos utilizados na
mensuração dos índices, é um instrumento que viabiliza a análise da real situação
econômico-financeira de uma empresa. Esta procede à análise de um conjunto de
padrões, ressaltando a importância relativa de cada processo. A Figura 2 apresenta
os principais aspectos revelados pelos índices financeiros.
Figura 2 – Principais aspectos revelados pelos índices financeiros
Fonte: Anastácio, 2004, p.34
2.2.5.1. Índices de Estrutura de Capital
Índice de grau de endividamento: é considerado um índice que aborda de
maneira específica a questão financeira da empresa, uma vez que pode auxiliar
na tomada de recursos emprestados desde que o custo de tais instrumentos seja
inferior ao lucro que será obtido com a aplicação nos negócios (ANASTÁCIO,
2004).
É um índice que integra estrutura de capitais diferenciadas nos resultados de
decisões financeiras (ANASTÁCIO, 2004). Este integra a participação de capitais
de terceiros, sendo representada pela seguinte equação:
Capitais de terceiros x 100 (1)
Capitais de terceiros + PL
15
Composição de endividamento: é um índice, que segundo Anastácio (2004),
corresponde a percentagem de dívidas existentes a curto prazo com relação às
dívidas totais existentes. Assim, quanto menor a dívida, melhor será a solução do
problema. A composição pode ser representada pela equação a seguir:
Passivo circulante x100 (2)
Capitais de terceiros
Imobilização do patrimônio líquido: é um item que mostra quanto dos recursos
foram efetivamente aplicados no ativo permanente (Investimento, Imobilizado e
Intangível) para cada $ 100 de Patrimônio Líquido. É um índice que quanto
menor for, melhor será. Esta pode ser representada pela seguinte fórmula:
Ativo Permanente x100 (3)
Patrimônio Líquido
Imobilização de recursos não correntes: é um item que relaciona o percentual de
recursos não correntes que foram aplicados em meio ao ativo permanente
(Investimento, Imobilizado e Intangível). Assim como os demais tipos de
imobilização, quanto menor for, melhor. Tal índice pode ser representado pela
seguinte equação:
Ativo permanente x 100 (4)
Patrimônio líquido + Passivo Não Circulante
2.2.5.2. Índices de liquidez
Os índices de liquidez indicam a capacidade de uma empresa de quitar suas
dívidas, sendo de curto ou longo prazo, ou seja, se a empresa apresenta condições
favoráveis ou não para pagamento de suas obrigações. Variações nesses índices
merecem uma atenção especial dos gestores, uma vez que estes mostram a
situação da empresa no dado momento. Dividem-se em: Liquidez Corrente, Liquidez
Seca e Liquidez Geral.
16
A Liquidez Corrente: revela a capacidade que a organização possui em quitar
suas dívidas de curto prazo. Evidenciada a partir da razão entre os direitos de
curto prazo e as obrigações de curto prazo da empresa, respectivamente (ativo
circulante e passivo circulante). Indica quanto a empresa possui no Ativo
Circulante para cada R$1,00 de Passivo Circulante. Entende-se que quanto
maior, melhor.
Para Assaf Neto (2012, p.22), “quanto maior a liquidez corrente, maior a
capacidade da organização em se ter financiamento das suas necessidades de
capital de giro”. O índice de Liquidez Corrente é constituído pela fórmula:
Liquidez Corrente = ___ Ativo Circulante_ (5)
Passivo Circulante
A Liquidez Seca: mostra a capacidade que a organização possui em quitar suas
dívidas de curto prazo desconsiderando as vendas de produtos. Evidencia a
dependência da empresa em relação aos estoques que possui. Indica quanto
dos ativos que a empresa possui que podem ser convertidos rapidamente em
dinheiro, para cada R$ 1,00 de passivo circulante. Entende-se que quanto maior
este índice, melhor (SILVA, 2003).
Iudícibus e Marion (2006) ressaltam que para se avaliar de forma
conservadora a situação de liquidez da organização, é um índice muito adequado.
Uma vez que, ao eliminar os estoques do numerador, se elimina também incertezas.
Para Marion (2012), embora um índice de liquidez seca a partir de 1,0 seja
considerado bom, o valor aceitável depende do setor da organização analisada. Se
esta converter o estoque em caixa em pouco tempo, o índice de liquidez corrente é
mais indicado. Empresas onde o investimento em estoque é elevado e a maioria das
suas vendas é a vista, um índice baixo não significa uma situação financeira ruim. O
índice de Liquidez Seca é constituído pela fórmula:
Liquidez Seca = Ativo Circulante – Estoque (6) Passivo Circulante
A Liquidez Geral: indica a capacidade que a organização possui em quitar suas
obrigações, tanto no curto quanto no longo prazo. A partir deste índice é possível
17
verificar quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo
para cada R$ 1,00 de obrigações totais. Entende-se que quanto maior, melhor
(VALENTE, 2017). Ainda conforme Iudícibus e Marion (2006), através deste
índice pode-se verificar a situação financeira da empresa de longo prazo, quanto
à liquidez.
Segundo Assaf Neto (2012), através do índice de liquidez geral é possível
identificar se empresa conseguiria quitar suas dívidas com suas disponibilidades
mais seus realizáveis, caso a empresa pare suas atividades naquela data. O índice
de Liquidez Geral é constituído pela fórmula:
Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo (7)
Passivo Circulante + Passivo não Circulante
2.2.5.3. Índices de Rentabilidade
Os índices de rentabilidade evidenciam a capacidade econômica da
organização, ou seja, indica o quanto de lucro se obteve em relação ao que se
investiu. São calculados baseados em valores retirados da demonstração do
resultado do exercício e do balanço patrimonial. Entende-se que quanto maior este
índice, melhor (SILVA, 2015).
Para Ferreira (2010), os índices de rentabilidade dizem respeito à
lucratividade da empresa, significam o retorno , na forma de lucro, dos recursos
aplicados.
ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido)
Segundo, Assaf Neto (2015) o ROE trata-se do retorno que a empresa tem
dos recursos aplicados por seus proprietários (acionistas), ou seja, para cada $ 1,00
de recursos próprios (patrimônio líquido) investido na empresa, quanto os acionistas
embolsam de retorno. Para calculá-lo utiliza-se a seguinte expressão:
ROE = (Lucro Líquido/Patrimônio Líquido) x 100 (8)
18
Assaf Neto (2009, p.35), salienta que o processo “deve ser comparado
sempre com a taxa de retorno mínima exigida pelo acionista”. Por isso, para tornar-
se atraente, “todo o investimento deve oferecer uma rentabilidade pelo menos igual
à taxa de oportunidade”.
2.3. Balanço Perguntado
Kassai (2004), afirma que a maioria das micro e pequenas empresas (MPEs)
não dispõem de demonstrações contábeis confiáveis e adequadas, assim não tem
dados fundamentais para prover informações junto às instituições financeiras que as
solicitam.
Diante do exposto até aqui, fica nítida a importância para a empresa em se ter
demonstrações financeiras estruturadas, seja para ajudá-la com situações
passadas, presentes ou mesmo para se fazer projeções. Diante disso, surge a
preocupação de empresas que não possuem essas demonstrações, daí a
necessidade em se utilizar uma ferramenta (um método) conhecida como “Balanço
Perguntado”, como alternativa para escrituração dessas demonstrações (KASSAI,
KASSAI; 2002).
O termo Balanço Perguntado advém de um método antigo, que consiste, em
uma “entrevista” com o proprietário ou pessoa responsável pela empresa, em que é
possível obter as informações mais relevantes para elaboração das demonstrações
contábeis, tirando-se como base as respostas, a experiência do perguntador e
ajustes de consistência (KASSAI, 2004).
É uma técnica de planejamento empresarial em que as partes (o respondente
e o questionador) estão vigorosamente envolvidos na preparação desse diagnóstico
empresarial, tendo em vista a melhoria da gestão interna, bem como o
conhecimento do cenário atual do empreendimento.
Pelo fato de ser feito diretamente de acordo com as transações e com o
proprietário da organização, é possível que se adote medidas simples e objetivas, e
mais próximas possíveis da realidade da empresa (em termos econômico-
financeiros) (KASSAI; KASSAI, 2002).
19
O objetivo do Balanço Inventariado, como também é chamado o Balanço
Perguntado é fazer uma listagem de informações de micro e pequenas empresas,
por meio de uma entrevista previamente elaborada. Esta representa um conjunto de
técnicas utilizadas para elaboração de relatórios contábeis, por pequenas empresas,
que não os possuem. Por meio desse diagnóstico é possível identificar a real
situação de uma organização, em termos econômicos e financeiros (KASSAI, 2004).
O método do Balanço Perguntado surgiu a partir do projeto elaborado por
Matias e Vicente no ano de 1996, a respeito de uma modelagem de Risco de Crédito
para pequenas empresas (KASSAI, 2004).
Os primeiros trabalhos utilizando o termo Balanço Perguntado foram
publicados a partir do ano 2000, com autoria atribuída a Kassai. Porém, segundo
Nakao (apud Kassai 2004), existem outras pesquisas das quais outros autores foram
mencionados que já vinham empregando esse termo, podendo ser observados no
quadro a seguir:
Quadro 3 - Histórico: outros trabalhos
Fonte: Adaptado pelo autor de Kassai (2004, p.28).
20
O método Balanço Perguntado, consiste em uma entrevista, ou seja, na
aplicação de um questionário, que conforme Kassai (2004) pode ser um modelo
visualizado mentalmente que resulta no preenchimento das principais contas de um
balanço patrimonial e de uma demonstração do resultado do exercício.
Há diferentes tipos de questionários, roteiros e check list, citados por Kassai e
Kassai (2002), que auxiliam a estruturação de um balanço perguntado.
No decorrer do processo, é natural que ocorra o surgimento de novos
questionamentos, esses se somam a entrevista entre os dois personagens, sendo
eles o dono da empresa e o consultor (entrevistador), na ausência do dono, este
pode ser representado por um colaborador da empresa. Conforme analisa Kassai
(2004) pode-se dizer que a experiência do dono (80%) prevalece sobre o
conhecimento do perguntador (20%), desse modo é importante estabelecer uma
relação de confiança mútua e de comprometimento nesse “diálogo” para que se
alcance o resultado final. Roteiro para aplicação do Balanço Perguntado:
Quadro 4 – Questionário
Perguntas Gerais:
Qual é o número de funcionários da empresa? Como este número sofreu alterações
durante os últimos anos?
Há sazonalidade na venda dos produtos?
Quais são os produtos que a empresa produz ou comercializa?
Há algum (ou alguns) produto (s) principal (is) em termos de faturamento?
Qual é o número de sócios? E qual a sua formação técnica?
É feito algum tipo de controle financeiro interno? Se sim, verificar e entender como
este é feito. Se não, verificar o porquê, se é por falta de conhecimento dos gestores
ou por simples falta de interesse.
Perguntas específicas da área financeira:
Quantidade de meses em análise: o dono do empreendimento e o questionador
deverão limitar o tempo para o levantamento das informações. Devendo este ser em
períodos completos. Preferencialmente, em exercício completo (doze meses);
Faturamento do período: deve-se atentar para valores relativos à vendas efetuadas
no período da análise;
Caixa (caixa e bancos): valor disponível no caixa da empresa e equivalentes caixa,
no período em análise;
Contas a receber (clientes): valor de contas a receber de clientes no final do período
analisado;
Estoque no início do período: valor em estoques no início do período em análise;
21
Estoque atual: valor em estoque no final do período em análise;
Máquinas e equipamentos: valor de mercado de máquinas e equipamentos que a
empresa possui;
Móveis e utensílios: valor de mercado de móveis e utensílios pertencentes a
empresa;
Veículos: são os carros, motos, camionetes, caminhões, etc. que são usados para o
desenvolvimento da companhia, seja para entrega de produtos, deslocamento dos
funcionários e para qualquer outra atividade da empresa.
Impostos a recuperar: impostos pagos no ato da compra de mercadorias, incidentes
sobre as compras realizadas. Denomina-se a recuperar, pois, quando ocorrer a
vendas das mercadorias, o valor de imposto pago será reduzido dos Impostos a
recolher (referente à venda de mercadorias).
Fornecedores: obrigações da empresa para com terceiros;
Financiamento: as contas de Empréstimos e Financiamentos registram as
obrigações da entidade junto a instituições financeiras do País e do Exterior, cujos
recursos são destinados para financiar imobilizações ou para capital de giro.
Depreciação acumulada: É a diminuição do valor de um bem, resultante do desgaste
pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal. Ou seja, é o motivo de perda de
valor ao passar do tempo, por ter surgido um melhor (desvalorização)
Folha de pagamento mensal: valor mensal de despesas com pagamento de
funcionários, incluindo tributos decorrentes da folha de pagamento;
Remuneração fixa mensal dos sócios: valor mensal de despesas com pagamento de
pró-labores aos sócios, incluindo tributos decorrentes;
Despesas financeiras: representa os juros que a empresa deve pagar aos seus
credores oriundos de empréstimos por ela contraídos.
Despesas gerais: maneira de medir despesas indiretas ou dispêndios necessários
que contribuem para o bom funcionamento do seu negócio, mas não contribuem
diretamente no lucro;
Tributos sobre vendas:
Custos da mercadoria vendida ou custo do serviço prestado:
Tributos sobre o lucro: valor pago de tributos sobre o lucro, obtido na empresa no
período em análise. Exemplo: IRPJ e CSLL;
Receitas financeiras: juros recebidos, descontos obtidos, o lucro na operação de
reporte; os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa; prêmios de
resgate de títulos ou debêntures; as variações monetárias positivas em função da
taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis.
Contas a pagar: as contas a pagar são compromissos assumidos pela empresa,
representadas por compra de mercadorias, insumos para produção, máquinas,
serviços, salários, impostos, aluguel, entre outros.
Capital Social:
Fonte: Adaptado pelo autor, de Kassai (2004, p.47).
22
No que diz respeito à obtenção de informações financeiras relevantes para a
análise financeira de micro e pequenas empresas a técnica do Balanço Perguntado
apresenta diversas vantagens. Dentre elas, Corrêa, Matias e Vicente (2006)
destacam as seguintes em seus estudos:
• uma disponibilidade maior de dados e informações para a gestão financeira
do negócio;
• maior fidedignidade dos dados, já que diante do que se pode observar no
decorrer do estudo, os dados oficiais podem não condizer com a realidade do
negócio em micro e pequenas empresas;
• possibilita a realização da análise financeira e monitoramento da saúde
financeira da empresa; (oferecendo informações importantes na concessão de
crédito por parte de instituições financeiras ou com objetivo de gerenciamento
interno, apenas);
• forma de aplicação simples e razoavelmente rápida.
De modo geral, o método proporciona relatórios fidedignos, pois os ativos e
passivos são avaliados a preços reais e de mercado.
No estudo de Bampi et al. (2009), em que o objetivo da pesquisa era propor
diferentes reflexões sobre a aplicação de instrumentos contábeis na aplicação de
estratégias diretivas no processo produtivo, demonstrou que uma narrativa efetivada
por meio de entrevistas pode ser profunda no que tange à aplicabilidade de
diferentes ações na tomada de decisões no processo produtivo das empresas. O
estudo dos autores demonstrou a importância da utilização de indicadores
econômico-financeiros e do balanço perguntado, verificando as estratégias como
relevantes para minimizar possíveis riscos que possam advir na liberação de
recursos financeiros.
Para tanto, o estudo dos autores ainda apresentou fatos ocorridos em uma
microempresa do setor calçadista, a qual necessita de maneira significativa de
recursos financeiros para aumentar sua produção e melhorar a qualidade de seus
produtos. Logo, o balanço perguntado se tornou um instrumento de grande valia na
23
empresa, pois trouxe maior disponibilidade de dados e informações, subsidiando
uma melhora na gestão. Além disso, pode-se verificar uma maior fidedignidade dos
dados e informações, assim como houve uma maior possibilidade de realização da
análise econômico-financeira da empresa, aplicando-se métodos mais simples e
rápidos no processo.
Já com vistas ao estudo de Corrêa, Matias e Vicente (2006), pode-se dizer
que o objetivo do estudo foi elaborar uma metodologia que propiciasse
demonstrativos financeiros para as micro e pequenas empresas, permitindo por
meio desta metodologia proceder a uma análise financeira que conduzisse mais
efetivamente a gestão interna da empresa. Logo, a metodologia adotada na
pesquisa foi a técnica do Balanço Perguntado.
Diante dos resultados obtidos na pesquisa, observou-se que o balanço
perguntado pode ser considerado uma técnica adequada às micro e pequenas
empresas, melhorando a obtenção de dados, agregando maior fidedignidade. Assim,
por meio da metodologia, foi possibilitado um controle interno mais efetivo para a
empresa, melhorando a sua análise financeira (CORRÊA; MATIAS; VICENTE,
2006).
Nesse sentido, por intermédio da análise dos estudos apresentados por
Bampi et al. (2009) e por Corrêa, Matias e Vicente (2006), vê-se que a metodologia
do balanço perguntado pode contribuir de maneira significativa para a melhoria da
gestão das micro e pequenas empresas, minimizando a taxa de mortalidade das
mesmas, contribuindo para a melhoria do nível de emprego no país. Desse modo,
tem-se que tal metodologia pode subsidiar uma melhora na montagem dos
demonstrativos financeiros, viabilizando a análise real da saúde econômico-
financeira da organização.
24
3. METODOLOGIA
3.1. Caracterização da Pesquisa
A pesquisa proposta é uma pesquisa aplicada. Segundo Gil (2010, p. 27),
pesquisa aplicada “é voltada à aquisição de conhecimentos com vistas à aplicação
numa situação específica”. Desenvolvida por meio de estudo em livros, artigos e
periódicos, a pesquisa aplicada é motivada em resolver problemas concretos tendo,
portanto, finalidade prática ao contrário da pesquisa pura que é motivada
basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador.
Logo, trata-se de uma pesquisa descritiva, que ainda conforme Gil (2010)
objetiva-se demonstrar as características da população estudada. Por fim,
caracteriza-se como um Estudo de Caso, com dados levantados a partir da
aplicação do método “Balanço Perguntado”, em uma empresa de pequeno porte
sediada na cidade de Ouro Branco, possuindo abordagem qualitativa.
Com vistas à pesquisa que integra caráter qualitativo, tem-se que esta é
aquela que não se traduz por meio de números, ou seja, esta verifica as relações da
realidade com vistas a um objeto de estudo. Assim, por meio de tal tipo de pesquisa,
obtêm-se diversas interpretações no processo de análise indutiva, sendo esta
orientada pelas vivências do pesquisador. Logo, através deste tipo de pesquisa, é
possível se analisar a complexidade de um determinado problema, compreendendo
e classificando os processos dinâmicos vividos pelos grupos. Com isso, há uma
grande contribuição no que tange ao processo de mudanças, possibilitando maior
entendimento acerca das peculiaridades dos indivíduos (DALFOVO; LANA;
SILVEIRA, 2008).
Já os instrumentos descritivos, apresentam a finalidade de descrever as
características de uma determinada população, fenômeno ou mesmo de uma
experiência, estabelecendo a relação entre as variáveis existentes em um assunto.
25
3.2. Objeto de Estudo
A empresa foco deste estudo foi um posto de combustível, uma organização
que de acordo com o critério baseado na receita bruta anual trata-se de uma
Empresa de Pequeno Porte (EPP), está sediada na cidade de Ouro Branco - MG,
cujo nome fictício será “Empresa Alfa”. A empresa possui um quadro de
funcionários constituído por dezesseis colaboradores.
3.3. Instrumento de Coleta de Dados
Para a coleta de dados do estudo de caso foi utilizado um questionário,
composto por uma série de perguntas ordenadas, adaptado do artigo “O Balanço
Perguntado como Alternativa de Análise Econômico-Financeira de Micro e
Pequenas Empresas: “Um Caso de Ensino Ambientado em uma Empresa
Calçadista” dos autores Rodrigo Eduardo Bampi, Luciene Eberle,
Mateus Carlesso e Gabriel Sperandio Milan, do ano de 2009 e do artigo “Balanço
Perguntado: Uma Metodologia de Obtenção de Demonstrativos Financeiros de Micro
e Pequenas Empresas” dos autores Ana Carolina Costa Corrêa, Alberto Borges
Matias Ernesto e Fernando Rodrigues Vicente, do ano de 2006, de acordo com as
necessidades do estudo proposto.
3.4. Estratégia de Coleta de Dados
A estratégia utilizada, foi a entrevista acerca do que foi abordado no capítulo
sobre Balanço Perguntado. Gil (1999) conceitua a entrevista como sendo o método
em que o entrevistador formula questões ao entrevistado, com a finalidade de obter
os dados que lhe interessam, ou seja, uma das partes busca coletar informações e a
outra se apresenta como fonte para tal. Foi realizada com o responsável pelo
financeiro da Empresa Alfa, com dados referentes ao período de 31 de Dezembro de
2016.
26
3.5. Análise dos Dados
As interpretações dos dados foram feitas por meio da análise do conteúdo. Os
dados coletados foram selecionados de acordo com os objetivos propostos. Para
facilitar a exposição dos dados obtidos, foram utilizadas tabelas com as
demonstrações contábeis estruturadas, de forma a evidenciar com os resultados um
Balanço Patrimonial e uma Demonstração do Resultado do Exercício.
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
4.1. Análise dos dados
Dados obtidos na entrevista:
Tabela 1 – Questionário Respondido
Perguntas Gerais:
Qual é o número de funcionários da empresa? Como este número sofreu
alterações durante os últimos anos?
São 16 funcionários e não tem sofrido alteração.
Há sazonalidade na venda dos produtos?
Não há sazonalidade, mas observa-se uma pequena variação positiva no último mês
do ano.
Quais são os produtos que a empresa produz ou comercializa?
Gasolina, etanol e óleo diesel.
Há algum (ou alguns) produto (s) principal (is) em termos de faturamento?
Gasolina.
Qual é o número de sócios? E qual a sua formação técnica?
São dois sócios, possuem curso superior de Direito e Ciências Biológicas.
É feito algum tipo de controle financeiro interno? Se sim, verificar e entender
como este é feito. Se não, verificar o porquê, se é por falta de conhecimento
dos gestores ou por simples falta de interesse.
Sim, é feito mensalmente através de um software, onde estão dispostas todas as
despesas e receitas da empresa, e ao final de cada mês é feita uma reunião com os
sócios onde são repassadas possíveis alterações e assim buscam entender o
porquê da alteração.
Perguntas específicas da área financeira:
Quantidade de meses em análise: o dono do empreendimento e o
questionador deverão limitar o tempo para o levantamento das informações.
27
Devendo este ser em períodos completos. Preferencialmente, em exercício
completo (doze meses);
31/12/2016
Faturamento do período: deve-se atentar para valores relativos à vendas
efetuadas no período da análise;
3.388.269,12
Caixa (caixa e bancos): valor disponível no caixa da empresa e equivalentes
caixa, no período em análise;
Caixa: 2.817,96; Bancos: 6.443,63
Contas a receber (clientes): valor de contas a receber de clientes no final do
período analisado;
76.500,94
Estoque no início do período: valor em estoques no início do período em
análise;
31.368,55
Estoque atual: valor em estoque no final do período em análise;
44.061,98
Máquinas e equipamentos: valor de mercado de máquinas e equipamentos que
a empresa possui;
37.444,58
Móveis e utensílios: valor de mercado de móveis e utensílios pertencentes a
empresa;
31.062,23
Veículos: são os carros, motos, camionetes, caminhões, etc. que são usados
para o desenvolvimento da companhia, seja para entrega de produtos,
deslocamento dos funcionários e para qualquer outra atividade da empresa.
139.867,98
Impostos a recuperar: impostos pagos no ato da compra de mercadorias,
incidentes sobre as compras realizadas. Denomina-se a recuperar, pois,
quando ocorrer a vendas das mercadorias, o valor de imposto pago será
reduzido dos Impostos a recolher (referente à venda de mercadorias).
427,21
Fornecedores: obrigações da empresa para com terceiros;
66.428,36
Financiamento: as contas de Empréstimos e Financiamentos registram as
obrigações da entidade junto a instituições financeiras do País e do Exterior,
cujos recursos são destinados para financiar imobilizações ou para capital de
giro.
68.635,78
Depreciação acumulada: É a diminuição do valor de um bem, resultante do
desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal. Ou seja, é o
28
motivo de perda de valor ao passar do tempo, por ter surgido um melhor
(desvalorização)
49.351,05
Folha de pagamento mensal: valor mensal de despesas com pagamento de
funcionários, incluindo tributos decorrentes da folha de pagamento;
29.482,03
Remuneração fixa mensal dos sócios: valor mensal de despesas com
pagamento de pró-labores aos sócios, incluindo tributos decorrentes;
2.431,81
Despesas financeiras: representa os juros que a empresa deve pagar aos seus
credores oriundos de empréstimos por ela contraídos.
14.776,49
Despesas gerais: maneira de medir despesas indiretas ou dispêndios
necessários que contribuem para o bom funcionamento do seu negócio, mas
não contribuem diretamente no lucro;
375.865,52
Tributos sobre vendas:
7.414,43
Custos da mercadoria vendida ou custo do serviço prestado:
2.895.842,76
Tributos sobre o lucro: valor pago de tributos sobre o lucro, obtido na empresa
no período em análise. Exemplo: IRPJ e CSLL;
IRPJ: 12.355,30; CSLL: 7.413,18;
Receitas financeiras: juros recebidos, descontos obtidos, o lucro na operação
de reporte; os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa; prêmios
de resgate de títulos ou debêntures; as variações monetárias positivas em
função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis.
1.034,09
Contas a pagar: as contas a pagar são compromissos assumidos pela
empresa, representadas por compra de mercadorias, insumos para produção,
máquinas, serviços, salários, impostos, aluguel, entre outros.
39.336,63
Capital Social:
35.000,00
Fonte: Dados da pesquisa
29
4.1.1. Demonstrações Financeiras estruturadas a partir do método do Balanço
Perguntado:
Tabela 2 – Balanço Patrimonial realizado em: 31/12/2016
BALANÇO PATRIMONIAL REALIZADO EM: 31/12/2016
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE 130.251,72
CIRCULANTE 105.764,99
Caixa 2.817,96 Fornecedores 66.428,36
Bancos 6.443,63 Contas a pagar 39.336,63
Clientes 76.500,94
Estoque 44.061,98
Impostos a recuperar 427,21
NÃO CIRCULANTE 159.023,74 NÃO CIRCULANTE 68.635,78
IMOBILIZADO
159.023,74 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 68.635,78
Financiamento 68.635,78
Móveis e Utensílios 31.062,23
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 114.874,69
Máquinas e equipamentos 37.444,58 Capital Social 35.000,00
Veículos 139.867,98 Lucros Acumulados 36.153,00
Depreciações (49.351,05) Lucro n/exercício 43.721,69
TOTAL ATIVO 289.275,46 TOTAL PASSIVO + PL 289.275,46
Fonte: Elaborado pelo autor.
30
Tabela 3 – Demonstração do Resultado do Exercício realizado em: 31/12/2016
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO REALIZADO EM: 31/12/2016
RECEITA BRUTA 3.388.269,12
(-) Impostos s/ Vendas e Serviços (7.414,43)
(=) RECEITA LÍQUIDA 3.380.854,69
(-) CSP - Custo do Serviço Prestado (2.895.842,76)
(=) LUCRO BRUTO 485.011,93
(-) Despesas Administrativas (31.913,84)
(-) Despesas Gerais (375.865,52)
(-) Despesas Financeiras (14.776,49)
(+) Receitas Financeiras 1.034,09
(=) RESULTADO OPERAC. 63.490,17
(-) Contribuição Social (7.413,18)
(-) IRPJ (12.355,30)
(=) RESULTADO LÍQUIDO 43.721,69
Fonte: Elaborado pelo autor.
4.1.2. Cálculos e Análises Financeiras
Com base no que foi exposto, o objetivo da análise é demonstrar a situação
econômico-financeira da empresa, tendo como fonte de dados o Balanço Patrimonial
e Demonstração do Resultado do Exercício (em 31 de Dezembro de 2016), ambos
estruturados a partir do questionário aplicado. Segue abaixo os cálculos e análises
dos índices financeiros:
Índice de Estrutura de Capital
Capitais de terceiros x 100
Capitais de terceiros + PL
= 60,28%
31
Significa que 60,28% do capital da empresa é composto por capital de terceiros. De
modo geral, um índice com valor elevado não é nada favorável para a empresa, pois
indica sua dependência quanto aos recursos externos.
Índice Composição de endividamento
Passivo circulante x 100
Capitais de terceiros
= 60,64%
Ao verificarmos apenas este índice podemos dizer que mais da metade de
suas obrigações vencem no curto prazo (60,64%). É um índice de grande utilidade,
pois a partir dele é possível saber o grau de compromisso da empresa no curto
prazo. Para verificarmos se este índice está em níveis aceitáveis, devemos analisar
os valores não apenas no presente, se for o caso fazer acompanhamentos mensais,
trimestrais, anuais. É importante também que se façam comparações, já que para se
dizer se o índice é bom ou ruim vai depender do setor em que a empresa está
inserida.
Índice Imobilização do patrimônio líquido
Ativo Permanente x 100
Patrimônio Líquido
= 138,43%
Este índice mostra que a empresa aplicou em seu ativo permanente 138,43%,
ou seja, para cada R$ 100,00 de Patrimônio Líquido foram investidos no Ativo
Permanente R$ 138,43, no Exercício de 2016. Neste caso, indica uma situação não
confortável financeiramente, uma vez que representa que para cada R$100 do
Patrimônio Líquido foram investidos R$ 138,43 no Ativo permanente.
Índice Imobilização de recursos não correntes
Ativo permanente x 100
Patrimônio líquido + Passivo Não Circulante
= 86,65%
32
Pode-se dizer que de cada R$100,00 obtidos com recursos de longo prazo, o
valor de R$ 86,65 foi imobilizado. (a empresa destinou 86,65 % ao ativo
permanente), a interpretação deste índice é no sentindo de “quanto menor, melhor”.
O índice é bom.
Índices de liquidez
Liquidez Corrente = ___ Ativo Circulante_
Passivo Circulante
LC=
= 1,23
Considerando os dados apresentados, pode-se dizer que esse índice faz
frente às suas obrigações de curto prazo, apresentando situação favorável na
liquidação dessas, ou seja, para cada R$1,00 devedor a empresa possui
aproximadamente R$1,23 para quitá-las.
Liquidez Seca = Ativo Circulante – Estoque
Passivo Circulante
LS=
= 0,81
Segundo Marion (2012), o ideal é que este índice dê a partir de R$1,00, o que
não foi o caso, o que também não quer dizer que seja ruim, o valor aceitável irá
depender do setor da organização analisada. Se esta converter o estoque em caixa
em pouco tempo, o índice de liquidez corrente é mais indicado.
Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo não Circulante
LG=
= 0,74
A capacidade financeira da empresa em liquidar suas obrigações de curto e
longo prazo não está satisfatória, uma vez que para cada R$1,00 devedor tem-se
aproximadamente R$0,74 para liquidá-las.
33
Índices de Rentabilidade
ROE = L.L x 100
P.L
ROE=
= 38,06%
Significa que para cada R$1,00 investido (recursos próprios; PL), o retorno
para os acionistas é de R$38,06 centavos, para dizer se está bom ou ruim, deve-se
observar a taxa de retorno mínima exigida pelo acionista. A priori, levando em
consideração o nível inflacionário brasileiro e a rentabilidade média de aplicações
financeiras de renda fixa, podemos entender como um excelente retorno o
percentual de 38,06%.
34
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio do trabalho, foi possível utilizar o método do Balanço Perguntado como
uma alternativa de gerar informações contábeis-financeiras analíticas em uma
empresa de pequeno porte, da cidade de Ouro Branco-MG, de forma segura e
concreta, proporcionando uma visão geral de seu desempenho e assim analisar sua
saúde financeira.
Para tanto, foram utilizados índices financeiros como: estrutura de capital,
liquidez e rentabilidade. Pelos números obtidos através dos índices, podemos
verificar que a empresa apresenta uma estrutura de capital com participação de
capitais de terceiros acima da média (60,28%), assim como seu índice de
composição do endividamento, mostrando que mais da metade das obrigações da
empresa vencem no curto prazo (60,64%).
Apesar de a Liquidez Geral apresentar um número um pouco mais baixo que os
demais (0,74), deve-se observar outros fatores, como a capacidade da empresa em
converter o estoque em caixa de maneira rápida (Marion, 2012). Caso a empresa
possua capacidade em converter o estoque em caixa, o ideal é que se atente ao
índice de Liquidez Corrente, que no caso da empresa pesquisada foi de 1,23
indicando que para cada R$1,00 devedor a empresa possui R$1,23 para quitá-los.
Através dos percentuais de rentabilidade é possível que os investidores tenham
acesso a números que indicam a eficiência da empresa em gerir seus recursos e
garantir retornos esperados. A empresa estudada teve um retorno de R$ 38,06 para
cada R$ 100,00 investidos, porém para dizer com exatidão e certeza se esse valor é
bom ou ruim, deve-se, comparar com a taxa de retorno exigida pelos acionistas, e
também com a média do setor a que pertence, para assim saber a que está em
destaque no mercado.
De modo geral, constatou-se que a utilização do método é viável, pois é
realmente rápida e produz uma disponibilidade maior de dados e informações para a
gestão financeira do negócio para possíveis análises e/ou monitoramento da
situação econômica financeira da empresa, uma vez que seus ativos e passivos são
avaliados a preços reais e de mercado, sem contar a forma de aplicação simples e
35
direta, o que oferece maior confiança em relação aos dados, já que quaisquer
dúvidas que possam surgir podem ser respondidas ao longo da entrevista.
O resultado do trabalho demonstra o quanto é importante que as empresas,
independentemente de seu porte, tenham de forma estruturadas as Demonstrações
Financeiras, já que um dos objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis é
demonstrar a situação econômico-financeira de uma organização em determinado
período e assim auxiliar os gestores na tomada de decisão.
Para estudos futuros, sugere-se a realização de uma pesquisa qualitativa de
forma a dar maior ênfase em relação as vantagens e principalmente as
desvantagens do método do Balanço Perguntado.
36
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