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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DIAGNÓSTICO DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DA EMPRESA DM3 TRANSPORTES INTERNACIONAIS LTDA. ACADÊMICA: ANDREIA DA SILVA GONÇALVES ORIENTADORA: BARBARA SILVANA SABINO M. Sc ITAJAÍ 2011

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO DO CURSO DE

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

DIAGNÓSTICO DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DA EMPRESA DM3 TRANSPORTES INTERNACIONAIS LTDA.

ACADÊMICA: ANDREIA DA SILVA GONÇALVES ORIENTADORA: BARBARA SILVANA SABINO M. Sc

ITAJAÍ 2011

UNIVERSIDADE DE VALE DO ITAJAÍ ANDREIA DA SILVA GONÇALVES

Trabalho de Conclusão de Estágio

DIAGNÓSTICO DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DA EMPRESA DM3 TRANSPORTES

INTERNACIONAIS LTDA. Projeto de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do vale do Itajaí. Prof. Orientador: Bárbara Silvana Sabino M. Sc.

ITAJAÍ 2011

Agradeço primeiramente a Deus,

por todas as oportunidades e pelo

suporte em todas as horas.

Agradeço aos meus pais, Haroldo

Gonçalves e Marcia da Silva

Gonçalves, pelo incentivo e

dedicação.

A minha irmã Andresa da Silva

Gonçalves, pelo companheirismo.

Ao meu esposo Gustavo Peruzzo,

pelo amor, compreensão e apoio.

A todos os mestres, que

transmitiram seus conhecimentos e

experiências, colaborando para a

formação acadêmica.

A minha Orientadora Barbara

Silvana Sabino e ao diretor da

empresa DM3 Daniel Martins

Medeiros, que com muita

compreensão, atenção,

competência e apoio, forneceu o

suporte necessário para realização

da pesquisa.

A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma.

(John Ruskin)

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Andréia da Silva Gonçalves

b) Área de estágio

Administração de Marketing

c) Orientador de conteúdo

Profa. Bárbara Silvana Sabino, M. Sc.

d) Supervisor de campo Daniel Medeiros Martins

e) Responsável pelo Estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva, M. Sc.

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

DM3 Transportes Internacionais Ltda.

b) Endereço

Rua Gil Stein Ferreira, 357 – Bairro Centro – Itajaí – Santa Catarina

c) Setor de Desenvolvimento do Estágio

Administração geral.

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Daniel Medeiros Martins – Diretor

f) Carimbo e visto da empresa

6

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Itajaí, 06 de junho de 2011.

A Empresa DM3 Transportes Internacionais Ltda pelo presente instrumento,

autoriza a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o

Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio da acadêmica

Andreia da Silva Gonçalves.

__________________________________

Daniel Medeiros Martins

7

DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO

Itajaí, 06 de junho de 2011.

Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade

pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, estando ciente do disposto no

Art. 60 parágrafo único, do Regulamento de Estágio e na Lei nº 9610 de 18/02/1998,

isentando a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, o Estágio do Curso de

Administração, a Banca Examinadora e o Orientador de Estágio de toda e qualquer

responsabilidade acerca do mesmo.

Assinatura da acadêmica:__________________________________

Andreia da Silva Gonçalves

8

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Distribuição de clientes por tempo de empresa (anos) ......................... 52 Gráfico 02 – Distribuição de clientes por setor .......................................................... 53 Gráfico 03 – Distribuição de clientes por localização regional................................... 54 Gráfico 04 – Resultados específicos por pergunta .................................................... 57 Gráfico 05 – Resultados por cliente .......................................................................... 61 Gráfico 06 – Distribuição por tempo como clientes ................................................... 62

9

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Perfil dos clientes por tempo de empresa (anos) .................................. 52 Tabela 02 – Perfil dos clientes por Setor ................................................................... 53 Tabela 03 – Perfil dos clientes por localização regional: ........................................... 54 Tabela 04 – Atendimento .......................................................................................... 57 Tabela 05 – Apresentação ........................................................................................ 58 Tabela 06 – Comprometimento ................................................................................. 58 Tabela 08 – Análise geral .......................................................................................... 59 Tabela 09 – Resumo Geral da Pesquisa ................................................................... 59 Tabela 10 – Resultado global obtido: ........................................................................ 60 Tabela 11 – Resultado específico por tema .............................................................. 60 Tabela 12 – Perfil dos clientes por tempo como clientes: ......................................... 61

10

LISTA DE APÊNDICES

Apêndice (A) .............................................................................................................. 71 Apêndice (B) .............................................................................................................. 72

11

LISTA DE QUADROS Quadro 01 – Coleta e análise de dados ................................................................ 20 Quadro 02 – Estratégias que proporcionem satisfação no serviço de

atendimento aos clientes ................................................................. 63

12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14 1.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 15 1.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 15 1.3 Justificativa .......................................................................................................... 15 1.4 Aspectos Metodológicos ...................................................................................... 16 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados .............................................................. 20 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 22 2.1 A Organização no mercado atual ........................................................................ 22 2.2 Histórico e conceito de Administração ................................................................ 24 2.2.1 A Administração como diferencial de competitividade ..................................... 26 2.3 O marketing como vantagem competitiva ........................................................... 28 2.3.1 Funções do Marketing ...................................................................................... 30 2.3.2 Administração de Marketing ............................................................................. 32 2.3.3 Marketing de Relacionamento .......................................................................... 33 2.4 Compreendendo os serviços ............................................................................... 34 2.4.1 Serviços de Comex .......................................................................................... 36 2.4.2 Qualidade na prestação de serviço .................................................................. 38 2.4.3 Marketing de Serviços ...................................................................................... 39 2.5 Cliente organizacional ......................................................................................... 41 2.5.1 Satisfação do cliente ........................................................................................ 44 2.5.2 Qualidade no Atendimento ............................................................................... 46 2.6 Pesquisa de Marketing ........................................................................................ 47 2.6.1 Tipos de pesquisa de marketing ....................................................................... 48 3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .............................................................. 50 3.1 Caracterização da Empresa ................................................................................ 50 3.2 Resultados da pesquisa ...................................................................................... 51 3.2.1 Traçar o perfil dos clientes ............................................................................... 52 3.2.2 Portifólio serviços ............................................................................................. 55 3.2.3 Identificar estratégias que proporcionam satisfação ........................................ 56 3.2.4 Implementar estratégias que proporcionem satisfação no serviço de

atendimento aos clientes .................................................................................. 62 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 64 4.1 Considerações sobre a teoria pertinente ............................................................. 64 4.2 Considerações da parte empírica ........................................................................ 65 4.3 Limitações, contribuições e sugestões ................................................................ 66 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 67 APÊNDICES ......................................................................................................... 71

13

RESUMO

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o nível de atendimento prestado pela DM3. A acadêmica efetuou uma pesquisa através da aplicação de um questionário que englobou questões para avaliação do serviço oferecido pela empresa, focado nos serviços, produtos e funcionários. Os dados coletados foram apresentados através de tabelas, gráficos e textos descritivos sobre a análise de cada resultado. Foram feitas algumas sugestões para empresa, com o intuito de elevar ainda mais o nível de atendimento e satisfação dos clientes. As organizações buscam a qualidade nos serviços e no atendimento prestado, com a finalidade de proporcionar a satisfação total aos seus clientes, buscando, com isso, a fidelização de sua clientela. Por intermédio da pesquisa verificou-se que os clientes demonstraram estar satisfeitos com o serviço. Foram apresentadas propostas sugerindo algumas providências na tentativa de elevar o nível de satisfação dos clientes. Palavras-chave: Administração; Nível de Atendimento e Satisfação do Cliente.

1 INTRODUÇÃO

Diante da complexidade no cenário empresarial e das incertezas do

mercado, as empresas estão a cada dia mais, buscando ferramentas e técnicas com

o objetivo de obterem vantagens competitivas. A condição para a sobrevivência das

mesmas está ligada à clara definição de seus objetivos e ao traçado antecipado dos

possíveis caminhos.

As organizações devem ser concebidas de modo que se adaptem às

necessidades do mercado e que façam frente às estratégias dos concorrentes. A

organização precisa monitorar o nível de satisfação do seu cliente com relação a

seus produtos e serviços, e isto não presumirá que seus clientes estarão garantidos

e frequentemente, será necessário obter uma resposta ao serviço prestado. Ter,

claramente, qual é o seu negócio, quem são seus possíveis clientes, e assim como

conquistá-los.

A definição de Kotler (1998, p. 53) para satisfação é: “[...] o sentimento de

prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado

pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa”. É preciso que as

empresas compreendam que o cliente insatisfeito espalha informações negativas, e

dessa maneira a imagem da organização é prejudicada, por isso, a satisfação dos

clientes é um importante instrumento de marketing, que pode ser usado pelos

administradores como forma de tornar mais competitiva a empresa no mercado

A empresa, é administrada pelo proprietário Daniel Medeiros Martins, sendo

que a mesma foi fundada com o objetivo de prestar serviços personalizados no ramo

de comércio exterior. A DM3 trabalha com exclusividade à prestação de serviços e

apoio ao importador e exportador na área de comércio exterior, oferecendo fretes

marítimos, consolidados, containers e cargas de projeto.

Dessa forma, o presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de

identificar a satisfação dos clientes da empresa DM3 Transportes Internacionais

Ltda., que presta serviços aos importadores e exportadores.

Foi realizada uma pesquisa de campo sobre a satisfação dos clientes nos

aspectos da qualidade dos serviços oferecidos, atendimento e serviço ampliado pela

empresa DM3 Transportes Internacional Ltda.

15

1.1 Objetivo geral

Ao iniciar esse estudo o objetivo foi a aplicação de uma pesquisa de

marketing do tipo satisfação no atendimento aos clientes externos da empresa DM3

Transportes Internacionais Ltda., buscando avaliar como se encontra a organização

no mercado, a partir da visão dos próprios clientes.

1.2 Objetivos específicos

Segundo Roesch (2006, p.97), o objetivo específico é definido como: “[...]

operacionalizam /especificam o modo como se pretende atingir o objetivo geral”. Os

trabalhos necessitam de um objetivo geral e específico que, segundo o objetivo geral

deste estudo foi efetuar uma pesquisa de marketing do tipo satisfação no

atendimento aos clientes externos, tomando como base, a percepção e a

expectativa dos clientes pesquisados.

Para alcançar o propósito acima, a acadêmica elaborou os seguintes

objetivos específicos:

• Traçar o perfil dos clientes.

• Descrever o portfólio de serviços prestados aos clientes.

• Avaliar o nível de satisfação do atendimento aos clientes.

• Implementar estratégias que proporcionem satisfação no serviço de

atendimento aos clientes.

1.3 Justificativa

A satisfação dos clientes é uma das formas das empresas se manterem no

mercado, a partir da conquista e fidelização de seus parceiros comerciais. Por isso o

tema satisfação tem ganho importância no contexto da administração de empresas.

16

Ao iniciar esse estudo o objetivo foi a aplicação de uma pesquisa de

marketing do tipo satisfação no atendimento aos clientes externos da empresa DM3

Transportes Internacionais Ltda., buscando avaliar como se encontra a organização

no mercado, a partir da visão dos próprios clientes.

Para desenvolver o estudo foi utilizada uma metodologia de pesquisa

descritiva, que teve como instrumento de coleta de dados um questionário

direcionado para os clientes da empresa. A partir dos dados coletados será possível

identificar a satisfação dos consumidores com o atendimento, produtos e preços da

empresa, todavia a diversificação dos produtos e serviços, evidenciando assim, a

importância da empresa estar sempre frente às atualizações e com o intuito de

satisfazer seus clientes.

A empresa sinalizou interesse pela satisfação focada no atendimento de

seus clientes, tendo em vista que um estudo nesse sentido nunca foi realizado na

empresa anteriormente. O trabalho permitiu um aprofundamento nos temas

relevantes, para a empresa quanto aos clientes, saindo da ampla satisfação geral,

para específicas variáveis desdobradas do serviço prestado aos clientes,

possibilitando, dessa forma, aprimoramento preciso, com isso a importância deste

estudo para empresa foi avaliar o nível de satisfação do atendimento aos clientes.

Para a acadêmica, foi a união da teoria e da prática onde proporcionou um

grande diferencial para seu currículo. E para universidade, com a geração de novos

conhecimentos, e estudos em administração mantendo uma ampla comunicação

entre empresa e universidade.

1.4 Aspectos Metodológicos

Já em termos de abordagem, esse estudo é uma pesquisa

predominantemente qualitativa com aporte quantitativo por se tratar de um estudo de

caso cujos resultados e sugestões, dizem respeito apenas a DM3 Transportes

internacionais. Não podem ser aplicadas em outras empresas similares sem estudo

prévio. E ainda, os clientes terem sido abordados via aplicação de questionários

(apêndice A) cujos dados foram estudos, estatisticamente por meio da aplicação de

17

somatórios, médias e percentuais de participação para identificar os níveis de

satisfação no atendimento de forma descritiva.

Quanto à tipologia do trabalho, foi utilizada a pesquisa diagnóstico que, de

acordo com Roesch (2006, p. 72), “[...] visam ao diagnóstico interno ou do ambiente

organizacional, em todas as áreas.” Pois, buscou a aplicação de uma pesquisa de

marketing do tipo satisfação no atendimento aos clientes externos da empresa DM3

Transportes Internacionais Ltda., buscando avaliar como se encontra a organização

no mercado, a partir da visão dos próprios clientes.

Para realização do trabalho foram utilizados conceitos e procedimentos de

métodos quantitativos e qualitativos. Utilizou-se o método quantitativo justamente

pelo fato de ser o mais recomendável a presente pesquisa, haja vista que a análise

que se realizou, envolveu uma série de questionamentos que foram debatidos junto

à empresa pesquisada.

Conforme Gil (2002), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com materiais

já elaborados, constituído basicamente de livros e artigos científicos. Porém quase

todos os estudos são exigidos algum tipo de trabalho dessa natureza. Pesquisas

exploratórias podem ser definidas como pesquisa bibliográfica. A vantagem da

pesquisa bibliográfica está no fato de permitir ao pesquisador a cobertura de uma

gama de fenômenos mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.

Muitas vezes, as fontes secundárias trazem dados coletados ou processados de

forma errônea. Desta forma, um trabalho apresentado nessas fontes poderá

reproduzir ou aumentar esses erros.

Ainda de acordo com o autor, a pesquisa descritiva têm como objetivo a

descrição das características de uma determinada população ou fenômeno, ou

então o estabelecimento de relações entre as variáveis. Existem inúmeros estudos

que podem ser classificados com este título e uma de suas características

significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados como:

questionário e a observação sistemática.

Conforme Malhotra, et. al (2005, p.114), a pesquisa quantitativa: “[...] procura

quantificar os dados. Ela busca uma evidência conclusiva, que é baseada em

amostras grandes e representativas e, de alguma forma, aplica análise estatística.”

Assim, é de se analisar que as pesquisas quantitativas representam um

contexto bem mais amplo, que fornecem informações de pensamentos de uma

população representativa.

18

A respeito de método quantitativo, Roesch (2006, p.130) suscita que “[...]

implica em medir relações entre variáveis (associação ou causa-efeito), ou avaliar o

resultado de algum sistema ou projeto.”

De acordo com Roesch (2007), a pesquisa qualitativa não é reconhecida

como um método independente do paradigma positivista, porém como uma fase que

precede o teste de hipóteses. Argumenta-se que a pesquisa qualitativa e seus

métodos de coleta e análise de dados são apropriados para uma fase exploratória.

Cabe registrar ainda, que todo esse trabalho precisou ser embasado

teoricamente. Para isso beneficiou-se da pesquisa bibliográfica para dar

cientificidade ao estudo em que levantou-se o aporte teórico sobre: administração,

marketing, pesquisa de marketing, cliente organizacional e satisfação.

Foi realizada uma entrevista (apêndice B) com o diretor da empresa DM3

Transportes Internacionais Ltda, Daniel Medeiros Martins. O mesmo forneceu dados

primários para caracterização da empresa, como: histórico, visão e missão. Auxiliou

na identificação e contatos com todos os clientes pesquisados.

Restaram dados primários na pesquisa quantitativa, que conforme Mattar

(1996, p. 62):

Chama-se de dados primários ou diretas de dados as que são portadoras de dados brutos, ou seja, dados que nunca foram coletados, tabulados e analisados, e chama-se de dados secundários ou indiretos de dados as que possuem dados que já foram coletados, tabulados e analisados ou seja: informaram – e que estão dispostos para consulta.

Nestes termos, entendeu-se que a pesquisa quantitativa fornece dados

fundamentados no que já foi aplicado e finalizado amplamente, apresentando

elementos estatísticos, que serviram de apoio, a uma população maior, para a

tomada de decisões.

De acordo com Roesch (2006, p. 142), “O questionário é um instrumento de

coleta de dados que busca mensurar alguma coisa.” Este instrumento é utilizado em

pesquisa quantitativa, principalmente em pesquisa de grande porte, como as

pesquisas que levantam a opinião política da população ou a preferência do cliente.

Para isso, necessita de esforço intelectual de planejamento, com base no problema

da pesquisa e do plano de pesquisa, e ainda algumas pesquisas exploratórias

preliminares.

19

O questionário (apêndice A) foi elaborado com 19 (dezenove) perguntas,

sendo 05 fechadas e 19 abertas. Foi utilizada a pergunta objetiva tendo em vista que

se apresenta mais fácil para o público pesquisado responder, o que possibilitará a

execução da pesquisa de campo com maior rapidez e segurança. O mesmo foi

subdividido em seis partes: questão 1 a 6 – atendimento, questão 7 a 13 –

apresentação (uniformes, postura, etc), questão 14 a 15 – comprometimento,

questão 16 a 17 – conhecimento técnico, questão 18 a 19 – análise geral e questão

20 a 24 – dados demográficos.

De acordo com Barbetta (2007), a população alvo são os elementos dos

quais irá abranger o estudo e que foram pesquisados, o erro amostral trate-se de

uma diferença entre uma estatística e o parâmetro que se deseja obter, e para que

se possa determinar o tamanho da amostra é preciso delinear o erro amostral

tolerável que nesta pesquisa utilizou-se 9%.

Ainda conforme o autor, a população e os parâmetros estimados são pontos

importantes para determinar o tamanho da amostra. Esta amostra foi calculada

conforme a fórmula de Barbetta: n0 = 1/ E02 e n= (N * n0) / (N + n0) sendo que:

N = ao tamanho da população (total de clientes ativos);

n = ao tamanho da amostra (nº de clientes entrevistados);

n0 = uma primeira aproximação para o tamanho da amostra;

E0 = ao erro amostral tolerável;

N = 40 Clientes ativos

E0 = 9% (E0 = 0,09)

n0 = 1/(0,09)2 = 123,4568

A empresa tem atualmente 40 (quarenta) clientes, porém foi utilizado uma

amostra de 22 (vinte e dois) clientes para aplicação do questionário, sendo que o

mesmo foi aplicado via e-mail pelo diretor da empresa. Estes geraram dados

primários sobre a satisfação no atendimento, uma vez que dados primários podem

ser de dois tipos: animada ou inanimada, sendo que o autor esclarece essa

categorização como um relato de um soldado de guerra como uma fonte animada e

as peças de museu como inanimadas. Esse estudo foi baseado em fontes

animadas, pois foram geradas a partir de questionários aplicados com pessoas que

fazem parte do ciclo da empresa.

20

Enfim, esse trabalho foi realizado por intermédio de pesquisas quantitativas,

foi uma pesquisa – diagnóstico e teve como finalidade pesquisar os clientes da

empresa DM3 e fazer um diagnóstico com eles, a fim de saber o que pensam sobre

o atendimento e sobre os serviços oferecidos pela empresa, que estes responderam

à pergunta de pesquisa elaborada pela acadêmica.

1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados

A coleta de dados foi realizada com os principais clientes da organização,

através de questionários (apêndice A) no período de janeiro/2011 a abril/2011. Foi

aplicado um pré-teste com 02 clientes, para identificar questões a serem ajustadas

com o objetivo de facilitar o entendimento dos mesmos, porém não foi necessário

ajustar nenhuma questão, pois todas as questões foram compreendidas claramente

pelos entrevistados.

Objetivos

Específicos Tipo de Dados Fonte Instrumento de Coleta

Procedimento de Coleta

Técnica de Analise

Traçar o perfil dos clientes Primário

Questionário (apêndice A)

Questão 20 a 24

Questionário (apêndice A)

Questão 20 a 24

Tabulação em planilha eletrônica Estatística

Descrever o portifólio de

serviços prestados aos

clientes

Primário Entrevista (apêndice B)

Entrevista estruturada

Entrevista face a face Interpretação

Avaliar o nível de satisfação do

atendimento aos clientes

Primário 22 Clientes Questionário (apêndice A)

Questão 1 a 19

Auto aplicada por e-mail Estatística

Implementar estratégias que proporcionem satisfação no

serviço de atendimento aos

clientes

Secundário Primário

* Pesquisa bibliográfica

* Entrevista (apêndice B) * Questionário

(apêndice A)

* Pesquisa bibliográfica

* Entrevista (apêndice B) * Questionário

(apêndice A)

* Tabulação * Face a face * Auto aplicados

por e-mail

Estatística e

Interpretação

Quadro 01 – Coleta e análise de dados Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

21

Os resultados da pesquisa foram obtidos por meio da aplicação do

questionário (apêndice A) e expostos nesse trabalho por tabelas, gráficos e textos

explicativos.

Cabe registrar que no preenchimento do apêndice A, os pesquisados

puderam optar, para cada item, entre péssimo, ruim, razoável, bom e excelente. Esta

escala foi adaptada com base nos preceitos de Likert (2009). Este último se baseia

nos números ordinais de 1 a 5 ou de 1 a 7. Assim, a escala desse estudo ficou: (1)

péssimo; (2) ruim; (3) razoável; (4) bom; (5) excelente.

Nas tabelas os dados foram demonstrados com base na média aritmética de

cada item analisado. E por fim, apresenta-se a média geral da tabela no próprio

cabeçalho da mesma.

Os gráficos foram plotados com o intuito de reforçar o entendimento dos

resultados alcançados por meio dos percentuais médios obtidos. Acredita-se que

eles facilitaram visualmente a compreensão dos resultados.

Tudo isso, vêm acompanhados de textos descritivos que são a descrição

das características de uma determinada população ou fenômeno, ou então o

estabelecimento de relações entre as variáveis. Existem inúmeros estudos que

podem ser classificados com este título e uma de suas características significativas

está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados como: questionário e

a observação sistemática.

22

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesse capítulo se destacam os fundamentos teóricos que norteiam a

pesquisa, entre eles: organização no mercado atual, administração, marketing,

serviços, clientes, satisfação e qualidade.

2.1 A Organização no mercado atual

As organizações surgiram a partir da impossibilidade do ser humano de

alcançar objetivos comuns de forma individual, bem como, de produzir bens e

serviços somente com o trabalho de uma pessoa. Dessa forma, compreende-se que

as organizações existem com o objetivo específico de maximizar os recursos

disponíveis e reduzir os custos e dificuldades.

As organizações constituem sistemas formados por diferentes recursos, os

quais buscam oferecer no mercado produtos e serviços de forma a alcançar a

satisfação de seu público-alvo. Sobre isso, Drucker (2002, p. 35) esclarece que “só

existe uma definição válida para a finalidade de uma empresa: criar um

consumidor.”. Para que isso aconteça é preciso que a organização conheça as

necessidades e preferências de seu público.

Kotler e Armstrong (2003) defendem que o consumidor moderno busca

constantemente novos produtos e serviços. Nesse sentido, é preciso que as

organizações acompanhem as mudanças desse novo mercado e ofereçam um

atendimento de qualidade, causando satisfação aos clientes e se fortalecendo

perante a concorrência.

No ambiente de uma organização, a inovação requer do administrador

habilidade e responsabilidade, sendo que é necessário capacitar os colaboradores

para que estes possam oferecer aos clientes um atendimento de qualidade,

alcançando assim, um processo de satisfação e fidelização.

O papel do administrador é possibilitar que os recursos sejam distribuídos de

maneira eficaz e seus colaboradores possam ser guiados para alcançar

23

produtividade com índices superiores de aproveitamento de tais recursos. Isto

porque, o mundo dos negócios convive com uma competitividade acirrada, a cada

dia surgem empresas que oferecem novos produtos ou serviços e para continuar

sendo uma organização competitiva é imprescindível estar atento às mudanças.

Na compreensão de Chiavenato (2004, p. 15), “as organizações são criadas

para produzir bens ou serviços e que os mesmos terão que satisfazer uma clientela”.

A competitividade nas organizações ganhou relevância nas discussões

políticas e neste contexto a administração passou a ser avaliada sob uma nova

ótica, como esclarece Chiavenato (2004, p. 96),

[…] muitos líderes governamentais tornam-se cada vez mais preocupados com a competitividade econômica de suas Nações […] Enquanto os líderes das grandes organizações se voltam para a competitividade organizacional em uma economia globalizada.

É preciso explicar que a complexidade do ambiente em que estão inseridas

as mudanças necessárias que cercam as organizações ocorre de forma tão rápida,

que é preciso estar atento a tudo o que ocorre dentro e fora das empresas.

Especialmente com relação as necessidade e desejos dos consumidores e as novas

exigências de qualidade não apenas nos produtos, serviços e preços, mas no

atendimento ao cliente.

Neste sentido, entende-se que o desafio das organizações é a busca por

formas de desenvolver um ambiente de trabalho produtivo, alcançando assim suas

metas. Caravantes (2003, p. 28) avalia que: “o conhecimento por si só são estéreis.

Eles só se tornam produtivos se forem soldados em um só conhecimento unificado.

Tornar isso possível é a tarefa da organização, a razão para sua existência a sua

função”.

Ao compreender a complexidade das organizações, entende-se que as

empresas somente sobrevivem no mercado se alcançarem à satisfação e fidelização

dos clientes. Para que isso ocorra, a administração tem papel fundamental, como se

observa na sequência.

24

2.2 Histórico e conceito de Administração

A administração é praticada desde que existem os primeiros agrupamentos

humanos. A moderna teoria geral da administração, que se estuda hoje é formada

por conceitos que surgiram e vêm-se aprimorando há tempos, desde que os

administradores do passado enfrentaram problemas práticos e precisaram de

técnicas para resolvê-los.

Chiavenato (1994) considera a administração como algo fundamental para a

existência, sobrevivência e sucesso da organização.

Pode-se afirmar que a administração é necessária em todos os tipos de

atividades organizadas e em todos os tipos de organização. A Administração pode

ser definida como “o trabalho com recursos humanos, financeiros e materiais, para

atingir objetivos organizacionais através do desempenho das funções de planejar,

organizar, liderar e controlar”. (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI Jr., 1998, p. 13).

Conforme Silva (2004), a administração é um conjunto de atividades

voltadas para a utilização eficiente e eficaz dos recursos disponíveis, com o objetivo

de alcançar as metas organizacionais.

Historicamente o desenvolvimento da administração é considerado um

processo evolucionário longo e complexo, que ainda encontra-se em andamento e

revoluciona a teoria e prática da administração em todo o mundo. As primeiras

manifestações da administração ocorreram no Egito, na Grécia, em Roma, na China

e na Europa levaram à ética protestante e à Revolução Industrial. Contudo, a

administração moderna teve início nos Estados Unidos, com o movimento da

Administração científica de Taylor, e na Europa com os conceitos e práticas da

administração feitas por Fayol. (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI Jr., 1998).

Com a Revolução Industrial é que surge a figura do administrador, pois o

sistema fabril levou as pessoas a um padrão de vida superior e trouxe mudanças na

administração. Nesta época surgem alguns dos primeiros textos sobre a

administração, pois a revolução Industrial substituiu a produção manual pela

mecânica e fabril, tendo como precursores o sistema feudal em áreas rurais e o

sistema de associações nas áreas urbanas.

25

Estes mais tarde se fundiram ao sistema domiciliar, que por sua vez foi

suplantado pelo sistema fabril, que foi o âmago da Revolução Industrial, ou seja, a

produção saiu das casas para as fábricas. (MONTANA; CHARNOV, 2003). Esta

mudança no padrão de vida trouxe diversos problemas sociais e nos ambientes

fabris. Em meados do século XIX alguns administradores americanos iniciaram um

processo de administração arcaico, em que os administradores ficavam tentando

diferentes métodos até descobrir um que servisse, sendo este método ineficiente.

(MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI Jr., 1998).

A Administração Científica foi a primeira abordagem da teoria da

administração. Criada por engenheiros, cientistas e gerentes preocupados com a

melhoria da eficiência do trabalhador. (MONTANA; CHARNOV, 2003).

Os conceitos da abordagem científica foram introduzidos nos Estados

Unidos por Frederick W. Taylor, para proporcionar o aumento da produção ao

mesmo tempo em que melhora as condições de trabalho e paga salários superiores.

A essência da teoria de Taylor seria de uma revolução mental, em que o objetivo dos

administradores deveria ser aumentar a produtividade e compartilhar esse lucro com

os trabalhadores por meio de um trabalho simples e de bem estar, o que levou o

movimento sindical e membros do governo americano a se oporem ao sistema de

Taylor. (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI Jr., 1998).

No mesmo período em que o movimento de Administração Científica de

Taylor estava sendo estudado, elogiado, criticado e se desenvolvendo nos Estados

Unidos, Henri Fayol estava revolucionando o pensamento administrativo. Na França,

com seus estudos e obras, desenvolveu princípios que poderiam ser aplicados em

toda e qualquer organização. (RIBEIRO, 2010).

Fayol afirmava que a atividade da administração era caracterizada por cinco

funções específicas. Essas funções definiam os gerentes e em conjunto significavam

uma definição funcional da administração. Essas funções caracterizadas por Fayol

são: o planejamento, a organização, o comando, a coordenação, e o controle.

(MONTANA; CHARNOV, 2003).

Conforme estes autores, a abordagem clássica da administração é

elaborada por engenheiros, sendo que a chave para a eficiência do trabalhador e

para produtividade organizacional foi a descrição eficiente da tarefa. O uso de

incentivos e o funcionário eficaz, era visto como uma abordagem formal e impessoal

da administração e tinha resistência por parte dos trabalhadores.

26

Então surge a abordagem comportamental (Escola Comportamental). Esta

enfatiza que a administração eficaz vem da compreensão do trabalhador. Surgiu

teoricamente de experiências feitas por cientistas sociais da Hawthorne Works da

Western Electric Company, entre os anos de 1927 e 1935. Essas experiências foram

denominadas de experiências de Hawthorne. E são conhecidas não apenas por

terem dado origem ao movimento de relações humanas nos negócios, mas também,

pelo discernimento que forneceram sobre o comportamento do trabalhador.

(MONTANA; CHARNOV, 2003).

A abordagem situacional é uma visão complexa da liderança que analisa os

estilos, aptidões e habilidades de liderança e as necessidades da situação. Essa

abordagem é conhecida também como contingenciais, pois a eficácia do líder em

influenciar os outros vai depender das necessidades da própria situação.

E por fim a Abordagem Contingencial da administração que define que não

há uma abordagem universal aplicável a problemas de administração, mas que as

necessidades de uma determinada situação definem a abordagem para o problema

da organização. Essa teoria surgiu da observação de que as três abordagens

anteriores da administração nem sempre levavam a solução apropriada.

A Abordagem Contingencial é abrangente, pois o administrador pode fazer

uso das técnicas de outras abordagens da administração quando da aplicação

dessas várias técnicas, ou uma combinação entre elas, é a solução para um

problema específico. (MONTANA; CHARNOV, 2003).

Com isso pode-se concluir que as Escolas de Administração e os seus

estudiosos, trouxeram para a atividade empresarial especialização e resultados se

comparados aos anos anteriores aos estudos.

2.2.1 A Administração como diferencial de competitividade

Compreende-se que a administração é um processo de tomar decisões e

realizar ações, organização, execução e controle. Os processos administrativos são

também, chamados de funções administrativas ou funções gerenciais.

27

Outros processos ou funções importantes, como coordenação, direção,

comunicação e participação contribuem para a realização dos quatro processos

principais, tornando a administração um diferencial de competitividade nas

empresas. Entender a administração como processo que se compõe de outros

processos ou funções é a essência do chamado enfoque funcional, ou abordagem

funcional da administração.

A administração pode ser compreendida sob um foco de planos e ações

capazes de oportunizar a empresa sua continuidade, ressalta-se ainda que de

acordo com Maximiano (2000, p. 26), “[...] um processo de tomar decisões e

realização de ações para alcançar o objetivo”.

A supervisão dos gestores é um dos principais instrumentos diferenciadores

no ambiente das empresas, sendo que o sucesso de todas as organizações

depende de sua administração. Na atualidade a administração vem sendo

amplamente trabalhada sendo que cada setor ou atividade específica possui um

processo gerencial que o especializa e o diferencia do contexto geral da empresa.

De acordo com Porter (1992), as empresas representam um conjunto de

atividades para planejar, produzir, vender, entregar e dar suporte aos seus produtos.

São nove atividades da cadeia de valor que se consistem em cinco atividades

primárias e quatro de apoio. As atividades primárias na sequência são: logística

interna, produção, logística externa, marketing, vendas e serviços. A seguir as

atividades de apoio: aquisição, desenvolvimento tecnológico, administração de

recursos humanos e infra-estrutura da empresa.

A vantagem competitiva não pode ser analisada observando somente a

empresa, mas sim todas as atividades desenvolvidas como o setor de marketing,

produção e distribuição do produto. Cada setor pode contribuir para a posição dos

custos da empresa, podendo criar uma base para a diferenciação.

O diferencial para uma empresa exige a escolha de atributos em que

possam diferenciar-se da concorrência, sendo que ela deve ser verdadeiramente

única em algo que faz ou ser considerada superior na prestação de serviço para que

possa esperar um preço-prêmio. A qualidade nos serviços prestados pode ser um

diferencial importante para conquistar novos clientes e manter os já conquistados.

28

2.3 O marketing como vantagem competitiva

Nesta seção é apresentado o conceito de marketing, bem como as funções

de marketing, a administração de Marketing, o Marketing de Relacionamento e o

Marketing de Serviços. Segundo Staton (1980), o Marketing surge e se desenvolve

na medida em que a sociedade se transforma de uma economia artesanal auto-

suficiente para um sistema socioeconômico que compreende a divisão do trabalho, a

industrialização e urbanização da população.

Conforme Staton (1980, p.13):

O conceito de marketing baseia-se em três pontos fundamentais. Primeiro todo o planejamento, políticas e operações da empresa devem voltar-se para o freguês ou cliente. Segundo, um faturamento lucrativo deve ser a meta da empresa. Terceiro, todas as atividades da firma devem ser empresarialmente integradas e coordenadas. Em seu sentido mais amplo, o conceito de marketing é uma filosofia comercial que diz que o atendimento das necessidades do freguês é a própria justificativa da existência da empresa.

A medida que o tempo passa, o conceito de divisão do trabalho começa a

evoluir e os artesãos concentram-se na produção daquilo em que cada um se

sobressai. Tendo como resultado que cada pessoa produz mais do que precisa de

alguns artigos e menos do que necessita de outros. Toda vez que alguém produz

um excedente estão sendo lançadas as bases do comércio, e o comércio é

considerado a alma do marketing.

Segundo Staton (1980, p.9):

O moderno marketing atingiu a maioridade após a Primeira Guerra Mundial, quando os termos “excedentes” ou “superávit” e “superprodução” se tornaram cada vez mais comuns no vocabulário econômico. Desde 1920, mais ou menos, com exceção do período da Segunda Guerra Mundial e a época imediatamente após este conflito, existe nos Estados Unidos um poderoso mercado comprador. Isto é, a oferta de produtos e serviços tem superado a demanda efetiva. Tem havido pouca dificuldade em produzir a maioria desses produtos; verdadeiro problema está em comercializá-los.

Porter (1992, p. 31), define que: “vantagem competitiva não pode ser

compreendida observando a organização como um todo, pois ela tem sua origem

nas diversas atividades que uma empresa excuta no projeto, na produção, no

marketing, na entrega e no suporte de seu produto ou serviço. Cada atividade

29

contribui com a posição dos custos relativos de uma organização, podendo criar uma

base para a diferenciação no mercado.”.

Conceitualmente o marketing é segundo Kotler; Armstrong (1993, p.2), “o

processo social e gerencial através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo de que

necessitam e desejam por meio da criação e troca de produtos e valores”.

Segundo Kotler; Armostrong (1993), o microambiente é composto por forças

próximas à empresa que afetam sua habilidade para servir a seus clientes como os

canais de marketing, os mercados consumidores, os concorrentes e o público. E o

macroambiente que é constituído de forças sociais maiores que afetam todo o

microambiente como forças demográficas, econômicas, físicas, tecnológicas,

políticas, e culturais.

Uma análise eficiente do ambiente de marketing é importante para a

organização, pois de posse destas informações os administradores poderão partir

para o próximo passo que é segmentar os mercados. De acordo com Kotler (1998),

a segmentação do mercado consiste em um esforço para o aumento da precisão do

mercado alvo a ser atingido pela empresa, sendo que após identificar suas

oportunidades de segmentos de mercado, a organização precisa avaliar os vários

segmentos e decidir quantos e quais deles visar.

Segundo Kotler (2000), existem fatores que influenciam o comportamento de

compra de um consumidor, e que podem ser fatores culturais, sociais, pessoais e

psicológicos. Fatores culturais são divididos em: cultura, subcultura e classe social.

Cultura é o que determina o comportamento e desejos das pessoas. Sendo que

cada cultura é constituída por subculturas, que identificam a socialização específica

para seus membros. Classe social são praticamente todas as sociedades humanas

que possuem estratificação social. O comportamento do consumidor é influenciado

pelos fatores sociais, como os grupos de referência, família, papéis sociais e status.

As decisões do comprador são influenciadas pelos fatores pessoais, como: idade,

estágio do ciclo de vida, ocupação, circunstâncias, estilo de vida, personalidade e

auto-imagem. A decisão de compra de uma pessoa é influenciada por quatro fatores

psicológicos: motivação, percepção, aprendizagem, crenças e atitudes.

O marketing é composto por ferramentas que auxiliam a empresa a atingir

seus objetivos. Ele é formado basicamente pelo que se denomina de composto de

marketing (mix de marketing). este mix é formado pelos 4 P’s, que são: preço,

produto, praça e promoção, como esclarece McCarthy (apud KOTLER 2000).

30

Tendo em vista que o propósito do marketing é atender e satisfazer às

necessidades e desejos dos consumidores, Kotler (1998) escreve que há uma área

de comportamento do consumidor que estuda como indivíduos, grupos e

organizações selecionam, compram usam e dispõem de bens, serviços, não tem

mais ideias ou experiências para satisfazer as suas necessidades e desejos.

2.3.1 Funções do Marketing

Conforme Kotler e Armstrong (2007), o marketing ocorre quando decidimos

satisfazer as necessidades por meio da troca. A troca é o ato de obter um objeto de

outra pessoa oferecendo outro em troca. A consistência do marketing são ações que

levam a construção e manutenção do ato da troca, com um público-alvo de algum

produto, serviço, ideia ou outro objeto. O principal objetivo é mais que atrair novos

clientes e criar transações, é manter os clientes e ampliar os negócios com a

empresa.

Ainda de acordo com os autores, o conceito de troca e relacionamento

levam ao conceito de mercado.

Um mercado é o conjunto de compradores reais e potenciais de um produto. Esses compradores compartilham de um desejo ou uma necessidade específicos que podem ser satisfeitos por meio de trocas e relacionamentos. (KOTLER; ARMSTRONG,2007, p.6).

O marketing está, em princípio, no cotidiano das pessoas, pois todos os

produtos que são utilizados, de uma forma ou de outra, tem a participação do

marketing. Conforme Kotler (1996, p.31), “Marketing é a atividade humana dirigida

para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca”.

Segundo Cobra (1994), as palavras chaves de sua definição são:

necessidades, desejos, trocas, transações, e estão submetidas à demanda,

produtos e mercados. O marketing existe para que o ser humano possa satisfazer

suas necessidades, atendendo os seus desejos ou de seus clientes.

O ponto principal do marketing é identificar ou desenvolver as ofertas aos

seus diferentes mercados, criando valor ao produto ou serviço e, para tanto, ele

31

precisa estar em constante evolução para acompanhar as mudanças do

comportamento dos consumidores. Um produto com qualidade não basta para que a

organização alcance o sucesso esperado, ele precisa ser bem introduzido ao

mercado, precisa satisfazer as necessidades do consumidor e manter-se em

constante evolução diante da concorrência. (KWASNICKA, 1995).

Para a execução do marketing é preciso ter um gestor qualificado de

marketing. Um gestor qualificado é aquele que planeja, estipula estratégias e toma

decisões, visando principalmente à permanência do produto no mercado. No

entendimento de Cobra (1994, p. 21): Dentre as qualificações exigidas desse novo perfil de gerente incluem-se entre outras as seguintes atividades: saber realizar previsões de vendas, serem um analista de mercado, ser um planejador estratégico, estudar o comportamento do consumidor, saber gerenciar oportunidades, desenvolver um sistema de inteligência para auscultar o mercado, administrar tanto a escassez quanto o excesso de produtos, saber evitar clientes inadimplentes, saber analisar custos e lucros, administrar o orçamento, administrar o telemarketing e o marketing de relacionamento, administrar o serviço ao cliente, saber negociar, liderar equipes e situações, ser um comunicador verbal e não-verbal.

Segundo Kotler (1996), o público é qualquer grupo atual ou potencial que

possa contribuir para o alcance dos objetivos da empresa e a estes grupos

constituídos podemos chamar de mercado. Assim existem vários tipos de mercado e

em cada um deles o público específico irá analisar se aceita ou não a proposta que

as empresas propõem com seus produtos e serviços.

Para Kotler (1996), a questão básica do marketing é identificar ou

desenvolver as ofertas para atender as expectativas dos diferentes públicos. Além

de satisfazer o público, o marketing tem que se preocupar com a concorrência, tanto

interna quanto externa.

Porém, a concorrência nos dias atuais tem sido algo positivo para as

organizações, pois, à medida que os concorrentes se tornam mais eficientes em

identificar as oportunidades de mercado, a empresa se vê diante da necessidade de

aperfeiçoar suas estratégias de marketing.

O marketing vem, portanto, propor uma nova visão para as organizações,

uma visão de mudanças, que une a intuição, a razão e a emoção nas novas formas

de criar valor para o cliente. Assim superando as expectativas dos consumidores,

com o compromisso que tem o mercado, otimizando forças com os concorrentes que

se tornam parceiros, num mercado cada vez mais distinto.

32

2.3.2 Administração de Marketing

A maioria das pessoas pensa em administração de marketing como sendo o

trabalho de encontrar clientes em número suficiente para atender a produção de

empresa. Porém esta visão é restrita. A organização tem um nível desejado de

demanda para seus produtos.

Em determinados momentos pode haver demanda adequada, irregular, em excesso ou até mesmo não haver demanda alguma, e a administração de marketing deve encontrar formas de lidar com estes diferentes tipos de demanda (KOTLER; ARMSTRONG,1999, p.5).

A administração de marketing existe pelo menos quando uma pessoa, em

relação a uma troca potencial, pensa nos objetivos e meios de realizar as respostas

desejadas pelas outras pessoas. Para explicitar o tema, tem-se a definição de

administração de marketing de Kotler (1998, p. 40), “Administração de marketing é o

processo de planejamento e execução da concepção, do preço da promoção e da

distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam objetivos

individuais e organizacionais.” Essa definição reconhece a administração de

marketing como um processo que envolve análise, planejamento, implementação e

controle, ou seja, a administração de marketing abrange ideias, bens e serviços,

inclui a noção de troca e tem como objetivo gerar satisfação para as partes envolvidas.

Já no entendimento de Kotler e Armstrong (1999, p.5), “Administração de

marketing como análise, planejamento, implementação e controle de programas

destinados a criar, desenvolver e manter trocas com o mercado-alvo, com o

propósito de atingir os objetivos de organização”.

Ao escrever sobre o desempenho do trabalho de marketing no ambiente das

empresas, Kotler (1998, p. 40) esclarece que: O trabalho de marketing no mercado consumidor é desempenhado formalmente pelos gerentes de vendas, pelo pessoal de vendas, administradores de propaganda e promoção, pesquisadores de marketing, administradores de serviços ao cliente, gerentes de produto, gerentes de mercado e o vice-presidente de marketing. Cada cargo tem administração e tarefas bem definidas e muitos desses cargos envolvem a administração de recursos específicos de marketing, como propaganda, pessoal de mercado e vice-presidente administram programas, cuja tarefa é analisar, planejar e implementar programas que produzirão um nível desejado de transações com os mercados-alvos.

33

A função do marketing está na responsabilidade dos profissionais dessa

área, tem-se a imagem popular do administrador de marketing de alguém cuja tarefa

é antes de tudo estimular a demanda pelos produtos da empresa. Essa, no entanto,

é uma visão limitada da diversidade de tarefas de marketing, desempenhada pelos

administradores de marketing.

A administração de marketing tem como tarefa influenciar o nível, o tempo e

a composição da demanda de modo a ajudar a organização a alcançar seus

objetivos.

Em suma a administração de marketing é essencialmente administração de

demanda, ou seja, os administradores de marketing desenvolvem as tarefas que

lhes competem, realizando pesquisa de marketing, planejamento, implementação e

controle de ações que possam identificar satisfazer e fidelizar os consumidores. Isto

porque os clientes são o principal motivo para uma empresa tornar-se competitiva e

sobreviver no mercado.

2.3.3 Marketing de Relacionamento

De acordo com Kotler (1998), estima-se que o custo para atrair novos

consumidores é cinco vezes o custo de mantê-los satisfeitos. Pois é necessário

esforço superior para induzir consumidores satisfeitos a abandonar seus

fornecedores atuais.

Segundo este autor, a outra maneira é proporcionar níveis superiores de

satisfação aos consumidores. Tornando difícil para um concorrente superar

barreiras, simplesmente oferecendo menores preços ou mudando técnicas de

persuasão. A tarefa de criar forte lealdade dos consumidores é conhecida como

marketing de relacionamento.

Conforme Kotler (2000), um estudo apontou que as empresas podem

ampliar os lucros entre 25% e 85% ao reduzir a taxa de abandono de consumidores

em 5%. Existem duas maneiras de aumentar a taxa de retenção dos clientes. Uma

delas é erguer barreiras para dificultar a troca de fornecedor. Eles estão menos

34

inclinados a procurar outro fornecedor quando isso envolve altos custos de capital,

de procura, perda de descontos por habitualidade de compra entre outros.

Sendo um conceito recente que ganhou importância a partir da década de

1990 com a evolução do marketing direto, motivados por pesquisas, que indicam

que conquistar um novo cliente custava em média cinco vezes mais que reter um

cliente. De acordo com Gordon (1998, p. 31) marketing de relacionamento “é o

processo contínuo de identificação e criação de novos valores com clientes

individuais e o compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de

parcerias”.

Segundo Slongo e Liberali (2004), a confiança e o comprometimento são

fundamentais para o sucesso do marketing de relacionamento, pois fazem parte do

comportamento cooperativo. Os conceitos são centrais devido a trabalharem para

preservar os investimentos nos relacionamentos com base na cooperação com

parceiros de troca. Ser responsável pela resistência a alternativa de curto prazo em

favor dos benefícios de longo prazo.

O marketing de relacionamento envolve todas as etapas que as empresas

assumem para conhecer e atender eficazmente seus clientes. Segundo Dias (2006),

o marketing de relacionamento é uma ferramenta de extrema importância para que

as empresas possam conhecer cada vez mais seus clientes com o intuito de fidelizá-

los.

Sendo assim, a tarefa de marketing de relacionamento é fazer com que os

clientes se tornem leais a empresa, a fidelização pela utilização dos serviços

prestados pela empresa.

2.4 Compreendendo os serviços

Os serviços atualmente contribuem com um valor significativo para a

economia mundial. Pode-se afirmar que a sociedade atual está caminhando para

uma sociedade que viverá em uma economia majoritariamente de serviços. De

acordo com Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005), os serviços estão no centro da

atividade econômica de qualquer sociedade.

35

Em uma economia, tanto os serviços comerciais quanto os de infra-estrutura

funcionam como intermediários e como canais de distribuição para o consumidor

final. Numa economia industrializada, organizações especializadas podem prestar

serviços a empresas de manufatura de forma mais barata e eficiente do que as

próprias empresas poderiam prestar a si próprias. Sendo cada vez mais comum que

atividades como publicidade, consultoria e outros ramos de serviços sejam

fornecidos ao setor de manufatura por empresas de serviços. (FITZSIMMONS E

FITZSIMMONS, 2005)

Desta forma, os serviços são reconhecidos não como atividades periféricas,

mas sim, parte integrante da sociedade e estão no cerne da economia e são

fundamentais para que se mantenha sadia e funcional. O setor de serviços não

apenas facilita como torna possíveis as atividades de produção de bens de setores

manufatureiros. (FITZSIMMONS E FITZSIMMONS, 2005).

Las Casas (1991, p.16) define que os serviços podem ser classificados

como: “Serviços de consumo: são aqueles prestados diretamente ao consumidor

final. [...] Serviços industriais: são aqueles prestados a organizações industriais,

comerciais ou institucionais.” Segundo ele, o mercado de prestação de serviços é

uma das áreas mais prósperas da atualidade.

O serviço pode ser definido como “um desempenho, essencialmente

intangível, que não resulta na propriedade de algo. O serviço pode ou não estar

ligado a um produto físico.” (KAHTALIAN, 2001, p. 20). E considerando que as

pessoas e os processos são a parte mais importante de um serviço, isto demonstra

que é preciso ter e manter as pessoas, mas ao mesmo tempo ser capaz de constituir

processos com qualidade. Desta forma, caso uma pessoa falhe, o processo poderá,

talvez, minimamente, dar continuidade ao serviço.

Conforme Hoffman e Bateson (2003), serviços podem ser compreendidos

como ações, esforços ou desempenhos. Quando é mencionado o termo produto,

refere-se tanto a bens quanto a serviços, sendo que a principal diferença entre bens

e serviços é a propriedade da intangibilidade, a ausência de substância física.

Devido a ser natureza de intangível, os serviços apresentam certas

características peculiares para seus gestores. Pois o gestor de serviços se depara

com operações não rotineiras sobre as quais somente o controle indireto é possível.

Em serviços, o elemento humano é fundamental para a eficiência das

operações. Por isso, a atitude e aparência dos funcionários das organizações de

36

serviços são consideradas importantes. Em serviços, a presença do cliente no

processo altera materialmente o que é visto como produto.

As características fundamentais singulares de intangibilidade, condição

perecível e a provisão e o consumo simultâneos introduzem desafios especiais para

os gerentes de serviços. (FITZSIMMONS E FITZSIMMONS, 2005).

Assim, concluimos que serviço é toda atividade econômica desenvolvida

pelo fornecedor, em troca de uma remuneração do consumidor final, porém a

qualidade no serviço só é alcançada quando as empresas desenvolvem políticas de

capacitação, valorização pessoal, e funcionários comprometidos em executar o

trabalho de acordo com o solicitado.

2.4.1 Serviços de Comex

O presente trabalho trata de um ramo específico de serviços do comércio

exterior que é o NVOCC. Esta é a sigla em inglês de Non Vessel Operating Common

Carrier, que pode ser traduzida como uma transportadora não proprietária de navios

para operação compartilhada. Uma NVOCC opera containers em determinadas

rotas, podendo compartilhar o espaço desses containers com vários embarcadores e

até mesmo com outros agentes NVOCC. (TRANSUNO, 2011).

Essa atividade surgiu com a expansão dos navios porta-containers, que

criaram para os pequenos embarcadores o problema de ter que pagar por um

container inteiro mesmo quando ocupava apenas pequena parte dele, ou senão se

sujeitar a aguardar novas cargas para que compensasse ao armador (proprietário de

navio) arcar com os custos da operação do container e compartilha-lo com dois ou

mais embarcadores. (TRANSUNO, 2011).

Conforme KEEDI (2004), a atividade de trader é considerada uma atividade

importante da área de comércio exterior, ele é um vendedor internacional, que

abrange a exportação e importação. O trader é responsável pelas compras e vendas

internacionais da empresa, sendo necessário que ele tenha amplos conhecimentos

em diversas áreas, para dominar a função como trader. É fundamental que domine

diversos idiomas estrangeiros, esteja familiarizado com hábitos, costumes, gostos,

37

símbolos, religião, leis, etc., dos países com qual negociou, para poder realizar um

trabalho com eficácia.

Ainda de acordo com o autor, o trader deve ter um vasto conhecimento

técnico sobre ferramentas de venda e o Incoterms, pagamentos internacionais como

carta de crédito, documentação internacional entre outros importantes nesta

atividade.

Um embarque em container exige o trabalho de ovação (carregamento). E

por se tratar de uma unidade de carga (um container de 20 pés mede

6,05X2,44X2,49m e pode carregar até 24 toneladas) exige, também, manuseio

especializado e com equipamentos apropriados. Além disso são, geralmente,

alugados por viagem.

Para o armador, o trabalho e os custos dessa operação do container,

geralmente, não compensa o frete recebido. Surgindo a necessidade de empresas

que se encarregassem dessa operação, cuidando de todos os detalhes até o

embarque do container no navio. (TRANSUNO, 2011).

Para o NVOCC operar, ele precisa ter um correspondente no porto de

destino. Este é responsável pelo desmembramento do embarque, descarga do

container e devolução do container ao armador. Além de outros trabalhos relativos

aos controles aduaneiros demandados nessa operação dos países envolvidos,

incluindo-se seguros e garantias relativas às multas aplicáveis quando ocorrem erros

nessa operação. (TRANSUNO, 2011).

Enfim, o NVOCC pode consolidar várias cargas de diversas origens que

tenham o mesmo destino, pois eles dispõem de um armazém em um ponto

estratégico para consolidar todas as cargas. Como por exemplo: as cargas

provenientes da Ásia o consolidador (NVOCC) pode ter um armazém em Busan ou

Singapura. Todas as cargas são enviadas em navios de pequeno porte chamado de

feeder até o porto de Busan ou Singapura, lá as cargas são transportadas até este

armazém para consolidação em um container de 20’ ou 40’ pés conforme a

necessidade. Este tipo de transporte é viável para os clientes que tem cargas

pequenas para serem transportadas.

38

2.4.2 Qualidade na prestação de serviço

A qualidade do serviço compara as percepções com que o cliente deveria

esperar de uma empresa que presta serviços de qualidade. Portanto a qualidade do

serviço parece medir um padrão superior de prestação de serviço, sendo uma

medida abrangente e de longo prazo. Ao avaliar a satisfação do cliente depois de

cada transação de serviço, ajuda a atualizar as informações relativas a suas

avaliações sobre o desempenho da empresa quanto a qualidade do serviço.

(HOFFMAN; BATESON, 2003).

A qualidade do serviço oferece um meio de alcançar o sucesso entre

empresas concorrentes com produtos semelhantes. Para prestar serviços de

qualidade, os fatores principais são: o entendimento detalhado das necessidades do

cliente, os provedores de serviços em oferecer qualidade e sistemas de prestação

de serviços, projetados para apoiar a missão da qualidade geral da empresa.

(HOFFMAN; BATESON, 2003).

Para que a qualidade nos serviços possa ser implementada, devemos

buscar melhorias nos processos, porém não é um programa de curto prazo, mas

deve-se buscar a integração do ambiente organizacional. Conforme Dettmer (2002),

é necessário estreitar as lacunas ao máximo, para que não haja discrepância entre o

desempenho do fornecedor e as expectativas do cliente. A seguir as sete lacunas

com potenciais na qualidade do serviço:

• Lacuna no conhecimento: diferença entre o que os fornecedores de

serviço acreditam e o que realmente o cliente espera e necessita

receber deste prestador de serviço.

• Lacuna nos padrões: diferença entre a percepção da empresa sobre as

expectativas dos clientes e os padrões de qualidade estabelecidos para

entrega do serviço.

• Lacunas na entrega: diferença entre padrões de entrega e o

desempenho real do fornecedor.

• Lacuna nas comunicações internas: diferença entre o que o

departamento de propaganda e vendas julga que são as características

do produto, desempenho e nível do serviço e o que a empresa

realmente é capaz de fornecer.

39

• Lacuna nas percepções: diferença entre o que realmente foi entregue e

o que o cliente percebe ter recebido.

• Lacuna na interpretação: diferença entre o que as campanhas de

comunicação prometem sobre um produto ou serviço e aquilo que o

cliente acha que foi prometido.

• Lacuna no serviço: diferença entre o que o cliente espera receber e suas

percepções sobre o que realmente foi entregue.

Devido às características dos serviços, como a de que os serviços

dificilmente podem ser avaliados antes da compra, a avaliação acontece durante o

processo de prestação do serviço. A avaliação que o cliente faz da qualidade do

serviço, durante ou após o término do mesmo, se dá através da comparação entre o

que o cliente esperava do serviço e o que ele percebeu do serviço prestado.

(GIANESI; CORRÊA, 1996).

Estes autores defendem ainda que, a formação de expectativas do cliente

antes da compra não pode basear-se em uma imagem real. Como nos produtos

tangíveis, depende de outros fatores da comunicação transmitida aos consumidores.

A avaliação dos clientes sobre os níveis de satisfação ou insatisfação é feito

após cada encontro e utilizam esta informação para atualizar suas percepções em

relação a qualidade do serviço. A percepção do cliente, pode também ser por meios

de propagandas, seja ela de boca em boca ou veiculada pela empresa. Porém, só

poderão demonstrar sua satisfação ou não após utilizar o serviço.

2.4.3 Marketing de Serviços

De acordo com Las Casas (1991), percebeu-se a necessidade da aplicação

de marketing na área de serviços, devido as constantes mudanças do setor, exigindo

dos gestores o conhecimento e sensibilidade para disponibilizar no mercado um

serviço de qualidade. Embora muitos interessados no assunto ficam até certo ponto

sem saber quais as principais diferenças entre marketing de serviços e o de

produtos.

40

Vive-se atualmente em uma economia de serviços. As estatísticas tem uma

variação, mas de modo geral é possível atribuir 70% de toda a riqueza mundial ao

setor de serviços. No Brasil, segundo o IBGE, 58% do PIB nacional é serviço e esse

número tende a aumentar, acompanhando as maiores economias e a própria

revolução do conhecimento, que multiplica os serviços que agregam valor à

experiência humana. (KAHTALIAN, 2001).

Marketing de serviços pode ser definido, de acordo com Eiglier; Langeard;

Servuction (1991), como um conjunto de atividades que têm por objetivo a análise, o

planejamento, a implementação e o controle de programas destinados a obter e

servir a demanda por produtos e serviços, atendendo desejos e necessidades

dos consumidores ou usuários com satisfação, qualidade e lucratividade.

Segundo Detzel e Desatnick (1995, p. 53), as cinco ações de superioridade

em serviços, estão fundamentadas as quais são:

• criar um foco no cliente em toda a organização;

• estabelecer padrões de desempenho em serviços baseados nos

funcionários;

• medir o desempenho em serviços em relação a marcos de referência

(benchmarcks) superiores;

• reconhecer e recompensar comportamentos exemplares em serviços;

• manter o entusiasmo, consistência e previsibilidade para o cliente.

Chama a atenção que os serviços são produzidos e consumidos

simultaneamente e por isso pressupõe uma relação de contato direto entre empresa

e consumidor. Segundo Kotler; Philip; Armstrong (2003), os serviços possuem as

seguintes características que têm interesse para o marketing:

• Intangibilidade: os serviços não podem ser vistos, tocados, provados,

ouvidos ou cheirados antes da compra.

• Perecibilidade: os serviços não podem ser armazenados para venda ou

uso posterior.

• Inseparabilidade: os serviços não podem ser separados de seus

provedores.

• Variabilidade: a qualidade dos serviços depende de quem os executa e

de quando, onde e como são executados.

41

Nesse sentido, o marketing de serviços enfatiza os processos de marketing

interno e marketing interativo, valorizando a relação com o cliente. No marketing

interno, especialmente recrutamento, seleção, treinamento e gestão de pessoas são

aspectos fundamentais que impactam diretamente na qualidade do serviço prestado.

(KAHTALIAN, 2001).

Churchill e Peter (2010) definem que, marketing de serviços é semelhante

em diversos aspectos com o marketing de produtos tangíveis ou bens. Pois do ponto

de vista do marketing, bens e serviços não são totalmente diferentes. Os

profissionais de marketing utilizam diversos tipos de comunicação para atingir o

público alvo.

O marketing de serviço tem por objetivo investigar a oportunidade de

mercado para planejar, organizar e oferecer assistência de serviços de qualidade, a

preços razoáveis que possibilitem satisfação dos clientes e remuneração adequada

aos profissionais. Toda a oferta de serviços devem sempre partir do exame da

demanda e sua compatibilização com os recursos do profissional que vai prestar os

mesmos.

2.5 Cliente organizacional

Os clientes buscam produtos com qualidade, serviços e atendimento que os

satisfaçam. Para isso é preciso que os administradores de marketing conheçam o

mercado em que a empresa está inserida e saibam por meio de pesquisas e demais

instrumentos de comunicação seus anseios e necessidades.

Conforme Cobra (1997), deve ser feito uma análise das necessidades dos

clientes para que haja o entendimento do seu comportamento. Com base na

personalidade das pessoas é que podemos mostrar a direção para entender o

comportamento na busca pela satisfação, nos levando a conclusão de alguns

pontos:

• a motivação de consumo está relacionada às necessidades;

• a motivação de consumo é uma meta dirigida;

• a motivação cria energia ao comportamento;

42

• os níveis de motivação e necessidades variam entre cada pessoa;

• a personalidade pode ser uma gama mais ou menos consistente de

necessidades intensas de comportamento.

É importante então para o marketing compreender as motivações que levam um consumidor a ter determinado comportamento frente a certas marcas, porque uma influência de experimentação, teste e degustação, por exemplo, pode modificar a chamada lealdade de marca do consumidor. Assim cabe ao homem de marketing entender a motivação, de que forma se pode prever o comportamento do consumidor, mas, de nenhuma maneira, em nenhuma medida querer contratá-la. (COBRA, 1997, p.43).

Griffin (1998), afirma que conseguir a fidelização de um cliente não é uma

tarefa fácil, é necessário muito esforço para manter o relacionamento entre a

empresa e o cliente. É necessário um constante aperfeiçoamento na estratégia de

fidelização, seguindo as modificações e condições de cada cliente.

Para Kotler (1998, p. 394):

A satisfação do cliente com uma compra depende desempenho do produto com relação às suas expectativas. Um cliente pode ter vários níveis de satisfação. Se o desempenho ficar abaixo dessa expectativa, o cliente ficará insatisfeito. Se o produto preencher as expectativas, ele ficará satisfeito. Se o produto exceder essas expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito ou encantado.

Segundo Churchill e Peter (2010), a segmentação de mercados

organizacionais engloba uma combinação de pesquisa e bom senso, sendo que os

profissionais de marketing utilizam segmentação geográfica que é baseada no tipo

de cliente e no comportamento do comprador. Os profissionais de marketing utilizam

a segmentação geográfica para avaliar a viabilidade de atender o mercado

internacional. Eles comparam o tamanho e as necessidades de cada país para

avaliar os que possam trazer lucro para empresa. Outra forma de segmentar o mercado

é analisando o cliente, pois eles procuram diferentes tipos de bens e serviços.

Os profissionais de marketing voltados para o mercado consumidor e os direcionados para o mercado organizacional utilizam muitas variáveis iguais para segmentar seus mercados. Os compradores organizacionais podem ser segmentados geograficamente, demograficamente (setor, tamanho da empresa) ou a partir da busca de benefícios, do status de usuário, do índice de utilizações e do grau de fidelidade. Contudo, os profissionais de marketing organizacional também utilizam algumas variáveis adicionais, como características de operação, abordagem de compra, fatores situacionais e características pessoais do cliente. (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p.170, 171).

43

O planejamento estratégico foca em objetivos de longo prazo, concentrando-

se em atividades que resultem no desenvolvimento de uma missão organizacional,

bem como de estratégias que permitam a empresa alcançar seus objetivos.

(CHURCHILL; PETER 2010). O planejamento estratégico é a base para outros tipos

de planejamentos para empresa, como o tático e o operacional. O planejamento

tático é a criação de objetivos estratégicos para alcançar metas de divisões e

departamentos específicos em um período médio de um a cinco anos. Planejamento

operacional é a criação de objetivos e estratégias para departamentos operacionais

individuais em um curto intervalo de tempo de um ano ou menos.

Conforme Machline (2003), cliente é como uma pessoa ou unidade

organizacional que desempenha um papel fundamental no processo de transação

com a organização. Para que as organizações tenham sucesso no mundo de hoje é

necessário focar nos clientes, buscando a todo o momento novas alianças com os

possíveis novos clientes, conquistando e aos poucos ganhando clientes da

concorrência, satisfazendo sempre as suas expectativas.

A satisfação do cliente é a chave de sucesso para uma organização, pois

com a realização é feito o marketing: a propaganda do produto ou serviço, mais

conhecido como boca a boca.

Os clientes buscam por segurança no serviço prestado, onde as empresas

procuram sempre passar essa imagem aos clientes, tende a ser honestas ao

oferecer o serviço, evitando criar altas expectativas, mas procurando sempre fazer

mais do que prometeu, como esclarece Rauscher (apud DETZEL; DESATNICK

1995, p. 55):

A única maneira de provar serviços consistentes ao cliente é fazer com que cada funcionário focalize sua atenção na maneira com ele/ela afeta o cliente final – e identificar maneiras para exceder consistentemente suas expectativas. Ao mesmo tempo em que se devem exceder as expectativas, é importante ao realizar a venda para o cliente, elogiar a escolha feita, porém que este elogio seja feito com sinceridade, para surtir mais efeito diante do cliente, que terá mais confiança no vendedor e na empresa na qual adquiriu o produto.

O cliente é o principal elemento formador de uma empresa, é este o

termômetro de análise, para saber se a mesma está tendo ou não sucesso com as

suas vendas. A principal ferramenta é a que conquista todo e qualquer cliente é o

atendimento, sendo que a qualidade deste é indiscutível para o resultado final, ou

44

seja, a compra de um determinado produto. Neste sentido, entende-se que o cliente

fiel é aquele que está satisfeito com o atendimento e, que se torna parceiro

comercial da empresa, devido ao nível de satisfação com as atividades executadas.

2.5.1 Satisfação do cliente

Dentro de um mercado tão competitivo, as organizações não podem pensar

duas vezes em manter seus clientes satisfeitos e fiéis. Há uma necessidade de

buscar estratégias de marketing que lhes propiciem essas vantagens competitivas.

Para que a empresa alcance níveis satisfatório de resultado não basta somente ter

clientes satisfeitos, mas sim torná-los fiéis. O que pode ser ainda mais difícil.

As necessidades dos clientes mudam, as empresas têm que estar sempre

inovando para manter os clientes satisfeitos e torná-los fiéis, e assim como as

necessidades mudam, as expectativas de como essas necessidades serão

satisfeitas também mudam. (WALKER, 1991).

A satisfação do cliente é essencial para o sucesso de uma empresa.

Segundo Detzel e Desatnick (1995, p. 8):

Satisfação do cliente é o grau de felicidade experimentada por ele. Ela é produzida por toda uma organização - por todos os departamentos, todas as funções e todas as pessoas. Entre os clientes se incluem compradores externos de bens e serviços de organização, fornecedores, a comunidade local, funcionários, gerentes e supervisores (e acionistas, se a organização for de capital aberto).

Sendo os clientes o alvo de toda organização e o objetivo desta é satisfazer

suas necessidades, basta saber como a organização está agindo para atingir esse

objetivo. Manter clientes satisfeitos é uma tarefa de todos, desde o atendimento

comercial até o operacional. Porém muitos gerentes ignoram por não existir

mecanismo para a coleta de tais dados. (WALKER, 1991).

Se os clientes não estão satisfeitos, não tem porque a organização continuar

produzindo, o cliente precisa perceber o seu valor para a organização.

45

O conhecimento do valor percebido pelo cliente em seus produtos e serviços comparativamente à concorrência, e a adoção de estratégias que contemplem esse valor permitem à empresa obter as vantagens competitivas necessárias para conquistar a lealdade dos clientes. (DOMINGUEZ, 2000, p. 01)

A satisfação é um dos principais elementos capazes de fidelizar um cliente.

Dessa forma, as empresas devem buscar a satisfação como modo de estreitar a

relação com seus clientes, tornando-os parceiros comerciais.

Ressalta-se que um cliente fica satisfeito quando as ofertas (produtos,

serviços e atendimento) apresentadas a eles ultrapassam as suas expectativas.

Assim, Kotler (1998, p. 53) define que: “SATISFAÇÃO é o sentimento de prazer ou

de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo

produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa”. Todas as empresas

que adotam esses meios sabem que sua ação estratégica é o valor adicionado pelo

cliente por meio dos serviços superiores. Eles estão dispostos a reconhecer o

esforço da empresa em satisfazê-los e fidelizá-los a partir de qualidade e do respeito

oferecidos.

A satisfação do cliente depende de um gerenciamento contínuo dos

gestores, pois as equipes devem ter habilidades técnicas para exercer as funções

com eficácia e comprometimento no trabalho para satisfazer seus clientes.

Cada uma destas ações contribui para que a empresa alcance a qualidade

no ambiente interno, refletindo em qualidade no atendimento, possibilitando assim o

aumento das vendas e a participação de mercado. De forma que, a ênfase esteja no

cliente, ou seja, na importância dada aos clientes da empresa, permita sua

satisfação e fidelização.

Neste sentido, para fortalecer a parceria empresa/cliente, todos os

colaboradores (especialmente vendedores) devem estar aptos a oferecer um

atendimento capaz de satisfazer os clientes e fidelizá-los, fortalecendo a parceria

com a organização e aumentando a competitividade. (DETZEL E

DESATNICK,1995).

46

2.5.2 Qualidade no Atendimento

A qualidade no atendimento é um dos principais fatores para manter a

empresa produtiva e competitiva no mercado. Esta realidade é apontada como

positiva em todos os níveis organizacionais.

Segundo Godri (1994, p. 59), “Atendimento é sinônimo de empatia e

atenção”. Ou seja, o cliente deve ser tratado com prioridade, deve ser ouvido,

acompanhado, tratado preferencialmente pelo nome e, acima de tudo, com respeito

as suas decisões e opiniões.

Os clientes têm que estar no topo do organograma da empresa, pois desta

forma, os funcionários conseguem assimilar a importância do mesmo para a

permanência da organização no mercado. Joseph (apud DETZEL & DESATNICK,

1995, p. 97) aponta: “Não há dúvida de que o negócio de serviços é servir. Trata-se

na realidade de um conceito movido por lucros, e não por despesas.”. Isto significa

esclarecer que o colaborador tem que servir o cliente, atendê-lo de forma eficiente

buscando a satisfação e fidelização do mesmo.

Cobra (2005, p.253) ensina que a qualidade no atendimento é avaliada

conforme o nível esperado e o percebido pelo cliente, sendo que desta forma o

fornecedor perceba a qualidade do serviço da sua organização. Para ele são cinco

as variáveis que determinam a qualidade do atendimento, as quais são:

• Tangibilidade – evidências físicas do serviço.

• Confiança – consistência do desempenho e da dependência que se tem

do serviço.

• Responsividade – comprometimento de todos na organização – do

funcionário ao presidente. A organização precisa ter do aval, e todos

devem ser responsáveis pelo bom atendimento e excelente desempenho

do serviço.

• Garantia - é a segurança que o cliente tem ao adquirir o produto ou

serviço, só assim o cliente pode comprar um produto sem se preocupar

com problemas futuros.

• Empatia – saber se colocar no lugar do cliente para perceber como ele

visualiza o serviço. Esta atividade é essencial, pois do contrário a

empresa pensa que está agradando quando na verdade pode não estar.

47

Ao executar o atendimento, tem que se priorizar o vínculo humano, ou seja,

primeiro o cliente, depois o lado comercial, lembrar sempre que cada cliente é único,

que não há dois iguais e que de cada um depende a permanência da empresa no

mercado.

O atendimento ao cliente é o ponto de partida para o sucesso da empresa,

segundo Detzel e Desatnick (1995, p. 56):

Para se sobressair no atendimento ao cliente, uma organização precisa ter funcionários de alto a baixo que compartilhem em compromisso com a prestação de serviços superiores. Uma empresa pode garantir esse comprometimento ajudando os funcionários a compreender que a superioridade em serviços é do seu interesse.

Portanto, o colaborador deve ser qualificado e comprometido com a empresa

para manter a qualidade no serviço prestado ao cliente. Com isto, ele garante seu

emprego e a satisfação de todos os envolvidos.

É importante citar que todas as empresas precisam oferecer um atendimento

de qualidade, como o objetivo de satisfazer seus clientes e permanecer ativa no

mercado, sobre isso se observa que a qualidade no atendimento é a principal fonte

de satisfação do cliente e, cabe a organização trabalhar para que esta satisfação

seja alcançada.

2.6 Pesquisa de Marketing

De acordo com Kotler e Armstrong (2007), a pesquisa de marketing é a

elaboração, coleta, análise e registros sistemáticos de dados sobre uma situação de

marketing. A pesquisa é utilizada em uma ampla variadades de situações, sendo

que ela pode ajudar os profissionais de marketing a compreender o cliente e seu

comprotamento de compra. Ela pode ainda ajudar na avaliação de potencial e

participação de mercado ou estimar a eficácia da determinação de preços, produto,

distribuição e atividades promocionais.

A pesquisa de marketing pode ser definida de acordo com Kotler (1998)

como sendo o processo de elaboração, coleta, análise e edição de relatórios

sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação específica de

48

marketing enfrentada por uma empresa, abrangendo os elementos da pesquisa de

mercado mais todos os tipos de dados relacionados à atividade de marketing entre

si.

A pesquisa de marketing tem por objetivo a coleta de dados e informações

sobre um mercado específico, que auxiliam nas tomadas de decisão nas

organizações. Kotler e Armstrong (2007), indicam que o plano de marketing é

desenvolvido de acordo com informações que geralmente têm sua origem nos

resultados obtidos por meio desta pesquisa.

Segundo a American Marketing Association Mcdaniel (apud GATES 2006,

p.8):

A pesquisa de marketing é a função que liga o consumidor, o cliente e o público ao “marqueteiro” por meio de informações – informações estas utilizadas para identificar e definir oportunidades e problemas de marketing; gerar, aperfeiçoar e avaliar ações de marketing; monitorar o desempenho do marketing, e melhorar a compreensão do marketing como um processo. A pesquisa de marketing especifica as informações necessárias para abordar essas questões; formula o método para a coleta de informações; administra e implementa o processo de coleta de dados; analisa os resultados, e comunica as descobertas e suas implicações.

Conforme Kotler; Keller (2006) o processo de pesquisa de marketing é

constituído por 6 etapas, sendo elas a definição do problema, das alternativas de

decisão e dos objetivos da pesquisa; o desenvolvimento do plano de pesquisa; a

coleta de informações; a análise das informações; a apresentação dos resultados, e

por fim a tomada de decisão.

2.6.1 Tipos de pesquisa de marketing

O departamento de marketing busca informações sobre os concorrentes e o

mercado atual constantemente, pois precisam de análises frequentes sobre as

situações específicas. As empresas precisam que a pesquisa de marketing seja em

uma ampla variedade de situações, como exemplo uma pesquisa para auxiliar os

profissionais de marketing a entender as necessidades de cada cliente.

Mcdaniel e Gates (2006) ensinam que a Pesquisa de Marketing pode ser

Exploratória ou Conclusiva. É considerada Pesquisa Exploratória a que fornece

49

conhecimento sobre um tema desconhecido, gera hipóteses, utiliza fontes

secundárias, estudos de casos, experiências, observações informais, livros.

Ainda de acordo com Mcdaniel; Gates (2006) a Pesquisa Conclusiva possui

procedimentos bem estruturados onde as questões, hipóteses e objetivos são claros,

e é dividida em Descritiva ou Explicativa. A Pesquisa Descritiva apresenta dados

sobre características de grupos, e identifica relações entre variáveis sem interferir no

fenômeno observado. A pesquisa descritiva utiliza ferramentas como questionários,

entrevistas e discussões de grupos conduzidas por um moderador.

Já a Pesquisa Explicativa mede a intensidade de um fenômeno ocorrido e

suas causas. Testa hipóteses, a partir de um projeto experimental, com o propósito

de captar relações de causa e efeito e eliminar contradições e hipóteses alternativas

que possam prejudicar os resultados. (Mcdaniel; Gates (2006)

Conforme Sandhusen (2003) apresenta o processo de pesquisa de

marketing de forma similar as demais, onde inclui quatro etapas, sendo a primeira a

coleta de dados primários por meio de observação e levantamento, a segunda

envolve a transformação dos dados em informação através de métodos estatísticos

e experimentais, em terceiro tem-se o uso das informações para transformá-las em

conclusões, e por último vem a implementação e o acompanhamento no processo

do planejamento estratégico.

Segundo Mattar (2005, p. 45), a pesquisa de marketing se descreve como as

já apresentadas, para ele “faz parte do sistema de informação de marketing da

empresa e visa coletar dados pertinentes e transformá-los em informações que

venham a ajudar os executivos de marketing na solução de problemas [...] que

surgem durante o processo de administração e que não estão no SIM.”

O marketing visa sempre a pesquisa, sendo esta a peça fundamental para

que se possa agir de maneira correta em mercados competitivos, e dessa forma

aumentar a carteira de clientes. As ideias centrais visam detectar os problemas que

foram identificados na pesquisa e procurar o mais breve possível solucioná-los.

50

3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Esse capítulo apresenta a caracterização da empresa em estudo, bem como

os resultados da pesquisa e as estratégias.

3.1 Caracterização da Empresa

A Empresa DM3 foi fundada no ano de 2008, após uma análise do diretor

Daniel Medeiros Martins, sendo que ele constatou a necessidade de mais empresas

com serviços personalizados em comércio exterior, onde cada vendedor acompanha

seus clientes e processos desde o fechamento até a efetiva entrega do container

vazio no terminal. A DM3 trabalha com exclusividade à prestação de serviços e

apoio ao importador e exportador na área de comércio exterior, oferecendo fretes

marítimos, consolidados, containers e cargas de projeto.

Dentro deste preceito, a empresa iniciou seus trabalhos angariando clientes

e crescendo junto com o mercado brasileiro e internacional. O quadro de

colaboradores é altamente qualificado e conta com uma rede de agentes atuando

em mais de 120 países, envolvidos na logística da operação e na procura da melhor

solução para atender às necessidades específicas de cada cliente.

Hoje a empresa é formada por um diretor comercial, uma diretora financeira,

uma operacional, um vendedor externo que atende a região sul e um que atende a

região norte do estado de Santa Catarina.

Assim a excelência nos resultados é o que motiva a empresa a investir em

novas tecnologias e especialização de seus colaboradores, aprimorando o nível de

atendimento para atender as exigências do mercado.

De acordo com Chiavenato (2004, p138), “Missão significa a razão de ser do

próprio negócio. Por que ele foi criado. Para que ele existe”.

Missão é a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a determinação de “quem a empresa atende”. Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar. Portanto, a missão representa a razão de ser da empresa (OLIVEIRA, 2007, p.50).

51

A missão da DM3 é buscar soluções de logística eficientes e econômicas,

mantendo o cliente permanentemente informado sobre a movimentação de sua

carga de forma ágil e principalmente segura. (Fonte: Empresa)

A visão pode ser compreendida como a forma que a empresa visualiza o

futuro. Chiavenato (2004, p.141) define que: “Visão é a imagem que o

empreendedor tem a respeito do futuro do seu negócio. É o que ele pretende que o

negócio seja dentro de um certo horizonte de tempo”. A DM3 tem como visão ser o

maior NVOCC de Santa Catarina.

A empresa tem como negócio soluções e gerenciamento de transporte

internacional. O posicionamento estratégico da DM3 é ser uma empresa

especializada em gerenciamento de transporte de carga, com diferenciação pela

qualidade no serviço de informação e no relacionamento com os clientes.

Foi constatado através da pesquisa que uma importante parcela dos clientes

da DM3 são: as empresas de pescados, trade e textil. Esta pode ser representada

por 72,7% do faturamento mensal, o restante dos 27,3% são clientes que atuam no

ramo de refrigeração, eletrônicos, componentes mecânicos, cerâmica e ambiental.

3.2 Resultados da pesquisa

Essa seção apresenta os resultados obtidos por meio do questionário

aplicado junto aos clientes da empresa.

Como trabalho foi estruturado e para facilitar a compreensão dos resultados,

essa seção foi estruturada segundo os objetivos específicos pré-estabelecidos, os

quais são: (1) Traçar o perfil dos clientes; (2) Descrever o portfólio de serviços

prestados aos clientes; (3) Avaliar o nível de satisfação do atendimento aos clientes;

(4) Identificar estratégias que proporcionem satisfação no serviço de atendimento

aos clientes.

52

3.2.1 Traçar o perfil dos clientes

De acordo com Cobra (1997), o entendimento do comportamento do cliente

deve ser feito por uma análise de suas necessidades. A satisfação do cliente está

ligada com as sensações que ele imagina estar levando com a satisfação de suas

necessidades. A personalidade das pessoas é que vai mostrar a direção para

entender o comportamento na busca pela satisfação.

Clientes consolidaram-se em: (6) ano de fundação; (5) ramo de atividade e

(7) localização regional; cujos resultados podem ser mais bem visualizados,

respectivamente nas tabelas abaixo:

A seguir, observa-se o perfil dos clientes por ano de fundação, possibilitando

a identificação do tempo de existência da clientela da empresa DM3.

Tabela 01 – Perfil dos clientes por tempo de empresa (anos) Tempo Quantidade % 0 – 5 1 4,50%

11 – 15 3 13,60% 16 – 20 3 13,60% 21 – 30 5 22,70% 31 – 40 2 9,10% 6 – 10 4 18,20%

acima de 40 4 18,20% TOTAIS 22 100%

Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

�Gráfico 01 – Distribuição de clientes por tempo de empresa (anos) Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

53

Nota-se, pela tabela 1, que 68,2% dos clientes da DM3, tem mais de 30

anos de fundação. Sendo que a distribuição de clientes pesquisados por tempo de

empresa se mostrou mais equilibrada do que a distribuição por setor. Desta forma, é

possível notar a solidez dos clientes no mercado atual. Fornecendo qualidade, as

empresas herdarão consumidores em potencial, que segundo Palmer (2006, p. 277),

“a qualidade de um produto ou serviço só pode ser definida pelo consumidor.”

Já em termos de ramo de atuação, os serviços podem ser compreendidos

como ações, esforços ou desempenhos. Quando é mencionado o termo produto,

refere-se tanto a bens quanto a serviços, sendo que a principal diferença entre bens

e serviços é a propriedade da intangibilidade, a ausência de substância física.

Hoffman e Bateson (2003) .

Tabela 02 – Perfil dos clientes por Setor

Setor Quantidade % Pescados 8 36,40%

Trade 5 22,70% Textil 3 13,60%

Refrigeração 1 4,50% Eletronicos 1 4,50%

Eletrodomésticos 1 4,50% Componentes Mecanicos 1 4,50%

Ceramica 1 4,50% Ambiental 1 4,50% TOTAIS 22 100%

Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

�Gráfico 02 – Distribuição de clientes por setor Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

54

Seguindo essa linha, o estudo aprofundado da tabela 2 indica que em

termos de setores das empresas atendidas pela DM3 tem-se: (1) empresas de

produtos de bens industriais (54,8%), pois 36,9% delas são de pescados, outras

4,5% são de refrigeração, 4,5% são de componentes mecânicos, 4,5% são de

cerâmica, 4,5% é ambiental; (2) produtoras de bens de consumo (22,6%), sendo que

13,6% são da área têxtil, 4,5% eletrônico e outros 4,5% eletrodomésticos; (3) e por

fim prestadoras de serviço na área de comércio exterior, pois 22,7% das empresas

pesquisadas são trader.

Passa-se a seguir, a explanar sobre os clientes da empresa pesquisada,

observando-se a localização regional de cada um deles. Visto que esta informação é

de suma importância na hora de agendar as visitas pelo departamento comercial.

Tabela 03 – Perfil dos clientes por localização regional: Setor Quantidade % Itajaí 6 27,30%

São Paulo 5 22,70% Navegantes 3 13,60% Campinas 2 9,10% Brusque 1 4,50% Criciuma 1 4,50%

Ilhota 1 4,50% Joinville 1 4,50% Laguna 1 4,50%

Pinhalzinho 1 4,50% TOTAIS 22 100%

Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Gráfico 03 – Distribuição de clientes por localização regional Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

55

Conforme demonstrado na tabela 3, a empresa pesquisada concentra seus

clientes no seu mercado atuante, sendo que aproximadamente 49,9% dos clientes

mantêm suas atividades no vale do Itajaí, 31,8% em São Paulo, 9% no sul de Santa

Catarina, 4,5% no oeste de Santa Catarina e 4,5% no norte de Santa Catarina.

Deste modo, frisa Cobra, Zwarg (1986, p.10), que “a segmentação do mercado varia

em função do tipo de serviço e se define à luz de alguns parâmetros, que se

diferenciam de serviço para serviço.”

Segundo Churchill e Peter (2010), para usar a segmentação geográfica os

profissionais de marketing dividem o mercado em grupos, conforme a localização ou

com outros critérios geográficos como densidade populacional ou clima. Para

atender os mercados globais, diferenças entre países tornam útil a segmentação por

países. Para segmentar mercados de consumo deve-se usar a segmentação

demográfica, que engloba a divisão de mercados com base em características da

população. A abordagem é Segmentar os consumidores conforme as variáveis como

sexo, idade, raça ou etnia, nível de renda, ocupação, nível de instrução e tamanho e

composição da família.

Enfim o mais importante no que se refere às constatações é que a partir

disso temos um ponto de partida para ações de correção e melhoria, focadas agora

em problemas específicos e clientes específicos e não mais em supostos problemas

amplos e genéricos.

Portanto, essa abordagem metodológica, ao focar o aprofundamento e

detalhamento numérico dos temas e sub-temas referentes a satisfação de clientes,

pode gerar significativa economia de tempo e precisão nos esforços a serem

mobilizados para a melhoria do nível de serviço e atendimento da DM3, com

conseqüente melhoria posterior na satisfação global de clientes.

3.2.2 Portifólio serviços

Conforme KEEDI (2004), a atividade de trader é considerada uma atividade

importante da área de comércio exterior, ele é um vendedor internacional, que

abrange a exportação e importação. O trader é responsável pelas compras e vendas

56

internacionais da empresa, sendo necessário que ele tenha amplos conhecimentos

em diversas áreas, para dominar a função como trader. Uma NVOCC opera

containers em determinadas rotas, podendo compartilhar o espaço desses

containers com vários embarcadores e até mesmo com outros agentes NVOCC.

(TRANSUNO, 2011).

A DM3 trabalha com exclusividade à prestação de serviços e apoio ao

importador e exportador na área de comércio exterior, oferecendo fretes marítimos,

consolidados, containers e cargas de projeto. Dentro deste preceito, a empresa

iniciou seus trabalhos angariando clientes e crescendo junto com o mercado

brasileiro e internacional.

3.2.3 Identificar estratégias que proporcionam satisfação

Abrindo os resultados por perguntas, torna-se possível perceber problemas

específicos, como os obtidos nas perguntas 01, 13 e 19 com notas médias abaixo de

4,0. Apesar dos 3 itens citados acima merecerem atenção, nenhum resultado por

pergunta foi considerado crítico (média abaixo de 3,50). O problema da questão (1) é

o tempo de espera nas respostas as suas dúvidas ou questionamentos, na questão

(13) é a falta de agilidade e exatidão na emissão dos documentos, já na questão

(19) é a falta de adequação nos níveis dos fretes.

Sendo os clientes o alvo de toda organização e o objetivo desta é satisfazer

suas necessidades, basta saber como a organização está agindo para atingir esse

objetivo. Manter clientes satisfeitos é uma tarefa de todos, desde o atendimento

comercial até o operacional. Porém muitos gerentes ignoram por não existir

mecanismo para a coleta de tais dados. (WALKER, 1991).

57

Gráfico 04 – Resultados específicos por pergunta Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

O questionário foi estruturado possibilitando a análise de: (1) atendimento;

(2) apresentação; (3) comprometimento; (4) conhecimento técnico.

A seguir apresenta-se a opinião dos clientes quanto ao atendimento

prestado pela empresa DM3.

Tabela 04 – Atendimento

ATENDIMENTO 4,26 1 -Tempo de resposta às suas dúvidas/questionamentos (fretes, navios, reservas) 3,89 2 - Resposta aos seus e-mails 4,36 3 -Resposta aos telefonemas 4,25 4 - Cordialidade e atenção aos seus contatos 4,44 5 - Facilidade em resolver contratempos. 4,33 6 - Agilidade e exatidão das informações prestadas 4,29 Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Conforme demonstrado na tabela 4, o atendimento prestado pela empresa

pesquisada está com uma média de 4,26 conforme a opinião de seus clientes.

58

A seguir a opinião dos clientes quanto a apresentação dos funcionários da

empresa DM3.

Tabela 05 – Apresentação

APRESENTAÇÃO (UNIFORMES, POSTURA, ETC) 4,21 7 - Tempo de resposta às suas dúvidas/questionamentos (taxas, saídas de

navios, etc..) 4,20

8 - Resposta aos seus e-mails 4,40 9 - Resposta aos telefonemas 4,37 10 - Cordialidade e atenção aos seus contatos 4,17 11 - Facilidade em resolver contratempos. 4,34 12 - Agilidade e exatidão das informações prestadas 4,26 13 - Agilidade e exatidão na emissão de seus HBLs e Cartas de Correções 3,74

Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Conforme demonstrado na tabela 5, a apresentação dos funcionários da

empresa pesquisada está com uma média de 4,21 conforme a opinião de seus

clientes.

A seguir apresenta-se a opinião dos clientes quanto ao comprometimento da

empresa DM3.

Tabela 06 – Comprometimento

COMPROMETIMENTO 4,43 14 - Tratamento dado aos seus embarques 4,42 15 - Cumprimento de promessas (que estão ao nosso alcance) 4,44

Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Conforme demonstrado na tabela 6, o comprometimento da empresa

pesquisada está com uma média de 4,43 conforme a opinião de seus clientes.

A seguir apresenta-se a opinião dos clientes quanto ao conhecimento

técnico dos funcionários empresa DM3.

Tabela 07 – Conhecimento técnico

CONHECIMENTO TÉCNICO 4,38 16 - Segurança em relação ao nosso conhecimento técnico 4,42 17 - Nosso desempenho em situações complicadas/incomuns 4,33

Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

59

Conforme demonstrado na tabela 7, o conhecimento técnico dos

funcionários da empresa pesquisada está com uma média de 4,38 conforme a

opinião de seus clientes.

A seguir apresenta-se a análise geral sobre a opinião dos clientes da

empresa DM3.

Tabela 08 – Análise geral

ANALISE GERAL 4,08 18 - De uma forma geral, você analisaria os serviços da DM3 como: 4,35 19 - Adequação dos nossos níveis de fretes às suas necessidades 3,81

Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Conforme demonstrado na tabela 8, a análise geral da empresa pesquisada

está com uma média de 4,08 conforme a opinião de seus clientes.

A seguir apresenta-se ao resumo geral da pesquisa sobre a opinião dos

clientes da empresa DM3.

Tabela 09 - Resumo Geral da Pesquisa

TOTAIS EM ANÁLISE Quantidade Total de questionários submetidos 37 Total de clientes 22 Total de clientes c/ questionários duplos

15 (Exportação / Importação) Total de clientes c/ questionários simples 7 Total de perguntas por questionário 19 Total de campos tabulados (19 X 37) 703

Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

O total de clientes submetidos aos questionários foi de 22, sendo que 15

(68,2 %) responderam questionários duplos (áreas de exportação e importação). Os

outros 7 clientes (31,8 %) responderam apenas questionários simples (importação).

A seguir apresenta-se o resultado global obtido dos clientes da empresa

DM3. Mesmo, estando na seção destacada à metodologia desse trabalho, vale

lembrar que a escala utilizada foi a de Likert (2009) que determina o nível de

concordância com uma afirmação.

Cabe registrar que no preenchimento do apêndice A, os pesquisados

puderam optar, para cada item, entre péssimo, ruim, razoável, bom e excelente. Esta

escala foi adaptada com base nos preceitos de Likert (2009). Este último se baseia

60

nos números ordinais de 1 a 5 ou de 1 a 7. Assim, a escala desse estudo ficou: (1)

péssimo; (2) ruim; (3) razoável; (4) bom; (5) excelente.

Tabela 10 – Resultado global obtido: MÉDIA GLOBAL OBTIDA 4,25

% Campos não respondidos (%) 5,12% Fonte: elaborado pela acadêmica (2011). Escala utilizada no questionário: 5 = Excelente; 4 = Bom; 3 = Razoável; 2 = Ruim; 1 = Péssimo

Média geral obtida foi entre “Bom” e “Excelente”. O percentual de campos

não respondidos nos questionários foi relativamente pequeno (5,12 % ou apenas 36

campos dentre 703 no total) .

A seguir apresenta-se o resultado global aberto por tema.

Tabela 11 – Resultado específico por tema Critério Resultado Média Geral Atendimento 4,26 Apresentação 4,21 Comprometimento 4,43 Conhecimento Técnico 4,38 Análise Geral 4,08

Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Não foi encontrada diferença significativa entre os temas, sendo que todos

apresentaram médias finais acima de 4,0 o que configura um bom resultado geral.

Em termos gerais, o tema “Comprometimento” foi o de resultado

ligeiramente superior, ficando o tema “Apresentação” com o menor resultado.

O tema “Análise Geral”, de menor resultado, não explica matematicamente a

média global calculada obtida (4,08 versus 4,25 respectivamente), visto que é

subjetivo, respondido pelos clientes no final do questionário em apenas duas

perguntas (perguntas 18 e 19).

A forma como a pesquisa foi aplicada propiciou a demonstração dos dados

também por clientes. (Obs: O nome dos clientes associado aos seus resultados foi

mantido em sigilo, permanecendo apenas o “setor” do cliente no gráfico).

61

Gráfico 05 – Resultados por cliente Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Abrindo os resultados por clientes pode-se perceber expressivas

diferenciação e segmentação do que no resultado anterior aberto por perguntas.

Pode-se perceber a formação de três blocos principais, os quais são:

1. BOM - Clientes com resultados iguais ou acima de 4,0 (72,7 %)

2. ATENÇÃO: Clientes com resultados entre 3,50 e 4,00 ( 18,2 %)

3. CRÍTICO: Clientes com resultados abaixo 3,50 (9,1 %)

A seguir apresenta-se o perfil dos 22 clientes por tempo como clientes.

Tabela 12 – Perfil dos clientes por tempo como clientes:

Tempo como clientes Quantidade % Até 1 ano 10 45,40% De 1 a 2 anos 8 36,40% Mais de 2 anos 4 18,20%

TOTAL 22 100,00% Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Essa tabela proprociona a construção de um gráfico, para compreenção da

visualização do gráfico.

62

Gráfico 06 – Distribuição por tempo como clientes Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Considerável parte dos clientes (45,4 %) tem até um ano de operações com

a DM3. Apenas 18,2 % são clientes com mais de 2 anos, sendo o restante entre 1 e

2 anos. Um trabalho de pesquisa de satisfação como esse tem mais um ponto

positivo por poder abordar e resolver possíveis oportunidades com clientes

relativamente novos, sanando desde cedo problemas em potencial que poderiam se

agravar no futuro.

3.2.4 Implementar estratégias que proporcionem satisfação no serviço de atendimento aos clientes

A seguir, apresenta-se as sugestões para empresa proporcionar um

atendimento eficiente aos seus clientes, cujos detalhes podem ser mais bem

visualizado no Quadro 02.

63

Item Visualização Autores Sugestões

Contato/funcionário Tabela 11 Cobra, Zwarg (1986)

Sugere-se para empresa fazer investimentos em treinamentos de pessoal.

Distribuição de clientes por localização regional

Gráfico 03 Cobra, Zwarg (1986)

Focar mais os vendedores nas outras regiões do estado de Santa Catarina também, pois pode-se notar que atualmente o foco está no Vale do Itajaí.

Resultados específicos por pergunta: 01 - Tempo de resposta às sua dúvidas/questionamentos (frete, navios, reservas)

Gráfico 04 Walker (1991)

Fazer reuniões freqüentes com os colaboradores, afim de priorizar o retorno aos clientes.

Resultados específicos por pergunta: 13 – Agilidade e exatidão na emissão de seus HBL’s e cartas de correções.

Gráfico 04 Walker (1991)

Sugere-se um investimentos em treinamentos para esses fins.

Resultados específicos por pergunta: 19 – Adequação dos nossos níveis de fretes as suas necessidades.

Gráfico 04 Walker (1991)

Negociar melhores tarifas de fretes junto aos armadores.

Quadro 02 – Estratégias que proporcionem satisfação no serviço de atendimento aos clientes Fonte: elaborado pela acadêmica (2011).

Por meio do gráfico 03 nota-se que o foco da empresa é o Vale do Itajaí,

porém o estado de Santa Catarina tem amplo mercado a ser explorado. Desta

forma sugere-se que o gestor da empresa dedique um vendedor para atender este

mercado que hoje não é visitado pelos vendedores.

Fica sugerida, também, a reaplicação dos mesmos questionários e análise

dos dados após as ações a serem implementadas pela DM3, funcionando como

item de controle de eficácia do plano de melhoria.

64

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse tópico são apresentadas as conclusões da parte teórica, bem como,

as referentes à análise dos resultados da pesquisa de satisfação, assim como, as

justificativas que contribuem para a finalização do trabalho.

4.1 Considerações sobre a teoria pertinente

O estudo teórico mostrou-se importante para a obtenção dos dados, tanto

que, desde o início das atividades, provou a interligação dos assuntos, permitindo

completar a relação da teoria com a prática organizacional.

Na realização do trabalho, foram utilizados conceitos e procedimentos de

métodos quantitativos, qualitativos e pesquisa descritiva. Foi elaborado um

questionário, utilizando-se a escala de Likert (2009) para sondar a satisfação quanto

ao atendimento junto a 22 clientes. A aplicação da pesquisa foi aceita positivamente,

pelos clientes, salientando a importância da participação dos mesmos para a

empresa, assim alcançando um objetivo geral e outros específicos do presente

trabalho.

Ressalta-se que um cliente fica satisfeito quando as ofertas (produtos,

serviços e atendimento) apresentadas a eles ultrapassam as suas expectativas.

Assim, Kotler (1998, p. 53) define que: “SATISFAÇÃO é o sentimento de prazer ou

de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo

produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa”. Todas as empresas

que adotam esses meios sabem que sua ação estratégica é o valor adicionado pelo

cliente por meio dos serviços superiores. Eles estão dispostos a reconhecer o

esforço da empresa em satisfazê-los e fidelizá-los a partir de qualidade e do respeito

oferecidos.

65

4.2 Considerações da parte empírica

A partir dos estudos bibliográficos efetuados e apresentados na

fundamentação teórica deste trabalho, foi possível elaborar o questionário, aplicar e

analisar, possibilitando o cumprimento dos objetivos da acadêmica.

O questionário (apêndice A) foi elaborado com 19 (dezenove) perguntas,

sendo 05 (cinco) fechadas e 19 (dezenove) abertas. Foi utilizada a pergunta objetiva

tendo em vista que se apresenta mais fácil para o público pesquisado responder, o

que possibilitou a execução da pesquisa de campo com rapidez e segurança.

Foi possível perceber problemas específicos, como os obtidos nas perguntas

01, 13 e 19 com notas médias abaixo de 4,0. Apesar dos três itens citados

merecerem atenção, nenhum resultado por pergunta foi considerado crítico (média

abaixo de 3,50 – GRÁFICO 04). O problema da questão (1) é o tempo de espera nas

respostas as suas dúvidas ou questionamentos, na questão (13) é a falta de

agilidade e exatidão na emissão dos documentos, já na questão (19) é a falta de

adequação nos níveis dos fretes. Para a minimização das quais, sugeriu-se

investimentos em treinamentos, fazer frequentes reuniões e negociações com os

armadores em busca de valores de fretes mais competitivos.

Desse modo, infere-se que os objetivos do presente estudo foram

alcançados e as sugestões foram dadas para que a empresa possa colocar em

prática na medida e no tempo que lhe for cabível. Mesmo assim, faz-se necessário o

acompanhamento constante em busca de manter e maximizar o nível de serviço

prestado pela empresa. Com isso, novos clientes poderão ser conquistados visando

o crescimento da empresa sempre com o nível de serviço adequado e desejado pelo

cliente.

66

4.3 Limitações, contribuições e sugestões

Dentre as limitações se pode citar o fato da acadêmica ter realizado os

estágios II e III juntos. E ainda, questões relativas ao preenchimento e devolução

dos questionários (APÊNDICE A) por parte dos clientes.

Com relação à obtenção das informações, a estagiária esteve sempre em

contato direto com o gerente da empresa, que lhe auxiliou na elaboração do trabalho

e aplicação do questionário junto aos clientes. É preciso reconhecer também, que as

atividades desenvolvidas pela acadêmica se manifestam importantes para a sua

formação superior, aprofundando seus conhecimentos. Além disso, o presente

trabalho trouxe à empresa, dados que a mesma não dispunha, até por se tratar de

uma empresa nova, mostrando-se, assim, de elevada importância, haja vista a

possibilidade de verificação dos problemas encontrados, com a sua correção,

quando necessário em termos de satisfação no atendimento aos clientes.

Sugere-se para a empresa fazer investimentos em treinamento de pessoal,

pois desta forma os funcionários poderão dar um atendimento eficiente aos clientes.

Por fim, seguem algumas sugestões para futuros trabalhos que podem ser

desenvolvidos na empresa, as quais são:

• implementar pesquisas de satisfação nos âmbitos de produtos e serviços

ampliados;

• analisar o mercado atual, buscando a inovação e atualização perante

seus concorrentes;

• elaboração de um plano de marketing, focando um trabalho na

publicidade da empresa;

• análise financeira, a fim de ter controle avançado das finanças da

empresa.

67

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71

APÊNDICE (A)

72

APÊNDICE (B)

1- Qual o ramo da empresa?

2- Como começou a empresa?

3- Quais os principais clientes?

4- Qual a função de cada funcionário?

5- Qual o tempo que cada cliente trabalha com a DM3?

6- Onde está localizada a DM3?

7- Quantidade de clientes que a DM3 possui?

8- Qual a missão e visão da DM3?

9- Como está dividida a estrutura organizacional?