trabalho de conclusao de curso - gabriel moreira duarte - orientador dr. milton luiz da paz lima
TRANSCRIPT
INSTITUTO FEDERAL GOIANO
CAMPUS URUTAÍ
GABRIEL MOREIRA DUARTE
Trabalho de Conclusão de Curso:
ANÁLISE FITOSSANITÁRIA DE CULTIVARES
COMERCIAIS DE SOJA SAFRA 2015 E 2016
URUTAÍ – GOIÁS
2017
GABRIEL MOREIRA DUARTE
ANÁLISE FITOSSANITÁRIA DE CULTIVARES
COMERCIAIS DE SOJA SAFRA 2015 E 2016.
Trabalho de curso apresentado ao
curso de Agronomia do Instituto
Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano campus Urutaí,
como requisito parcial para obtenção
do título de Bacharel em Agronomia.
Orientador: Prof. Dr. Milton Luiz da
Paz Lima
URUTAÍ
2017
GABRIEL MOREIRA DUARTE
ANÁLISE FITOSSANITÁRIA DE CULTIVARES
COMERCIAIS DE SOJA SAFRA 2015 E 2016
Trabalho de Curso apresentado como
requisito parcial para a conclusão do
curso de Bacharelado em Agronomia
do Instituto Federal de Educação,
Ciências e Tecnologias Goiano campus
Urutaí, pela banca examinadora
composta pelos membros a seguir:
Prof. Dr. Milton Luiz da Paz Lima (IF Goiano – Campus Urutaí)
Presidente da banca examinadora (Orientador)
Prof. Dr. Daniel Diego Costa Carvalho (Universidade Estadual de Goiás- Campus
Ipameri)
Membro titular da banca examinadora
Eng. Agr. Aline Suelen da Silva (Universidade de Brasília)
Membro titular da banca examinadora
Urutaí, 21 de fevereiro de 2017
Dedico...
Com amor e carinho, aos que me
deram à vida e me ensinaram a
vivê-la, meus pais: Ademar e
Cleonice.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por tudo, pela vida, pelos erros que me fizeram crescer e
acertos que me fizeram caminhar durante essa trajetória.
A minha família, especialmente meus pais, Cleonice e Ademar, que durante todo esse
período fizeram de tudo pra que eu pudesse concluir a graduação, sempre incentivando e
norteando minhas decisões.
Ao meu orientador Milton Luiz da Paz Lima pela inspiração como profissional, por
sua paciência, confiança, ensinamentos e auxílio durante a elaboração desse projeto.
A todos os docentes do IF Goiano- Campus Urutaí, que contribuíram para a minha
formação, em especial aos professores Milton Dornelles e Dalcimar Batista que me
orientaram em programas de iniciação científica.
A RC Consultoria Agronômica, representados pela Sara Teixeira e Roberto Inácio,
por disponibilizarem a RC Cruz- Estação Experimental para condução do experimento.
Aos amigos de sala que caminharam junto em busca da realização desse sonho, em
especial, o Alexsandro que foi um braço direito em todas as etapas que passei sempre disposto
a ajudar e que possui uma história de vida muito semelhante a minha, e que merece toda sorte
e sucesso na vida.
Ao grupo de publicações, Ana Flavia, Cinthia e Mateus, pela ajuda durante os
trabalhos de pesquisa, parceria durante o curso e apoio durante essa caminhada.
Aos meus amigos, Bruno, Marlon, Rafael e Thiago, os quais sempre pude contar
durante as fases mais difíceis que passei na carreira acadêmica e na vida pessoal.
Enfim, agradeço a todas as pessoas, que de forma direta ou indireta, me auxiliaram
durante a graduação e na realização desse trabalho.
“Caminhar sempre com a certeza
de que no final tudo dará certo, o
caminho pode ser conturbado, mas
com Fé tudo é possível”.
Autor desconhecido
RESUMO
DUARTE, G.M. Análise fitossanitária de cultivares comerciais de soja safra 2015 e 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. 2017.
As respostas desenvolvidas por cultivares comerciais de soja à pragas e doenças, são importantes informações epidemiológicas para promoção de medidas eficazes de controle. O objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência de pragas e doenças em cultivares comerciais de soja em duas safras de cultivo. Na safra 2014-2015 e 2015-2016 foram avaliadas 52 e 57 cultivares comerciais, respectivamente na cidade de Ipameri, GO. Destas apenas 19 cultivares foram analisadas simultaneamente nos dois anos de avaliação. Na primeira safra (uma parcela por cultivar) foi avaliado a incidência fitossanitária (análise binária) aos 79, 92 e 114 dias após o plantio (DAP) e a produtividade. Na segunda safra (duas parcelas por cultivar) foi avaliada a incidência fitossanitária (análise binária) aos 73, 79, 94, 101, 108 e 115 DAP, a nota de severidade (0-5) por cultivar, e a produtividade. Os dados foram analisados via análise multivariada e teste de comparação de médias Tukey e Skot-Knott. Na safra 2014-2015 as doenças incidentes respectivamente nos dias de avaliação foram míldio (79 dap - 68 % das cultivares), mela (92 dap - 37 % dos cultivares) e antracnose (114 dap - 32% dos cultivares). Na safra 2015-2016 a % as doenças mais incidentes nas cultivares comerciais foram míldio (73 dap - 76% dos cultivares), mancha-alvo (79 dap - 58 % dos cultivares) e antracnose (94 dap - 3 % dos cultivares), ferrugem-asiática (101 dap - 3 % dos cultivares) oídio (108 dap - 3 % dos cultivares), cercosporiose (115 dap - 3 % dos cultivares) e ascochyta (115 dap - 3 % dos cultivares). A doença de maior incidência nessa safra foi a bacteriose (Xanthomonas campestris pv. glycinea e/ou Pseudomonas syringae pv. lachrymans) nas cultivares analisadas do que na safra anterior. E ainda nesta safra, foi reconhecido pela primeira vez cultivares suscetíveis a mancha-alaranjada ( 73-94 DAP; doença de etiologia desconhecida). Nas duas estações de cultivo avaliadas, mediante o padrão de manejo estabelecido as 4 (79 DAP) e 8 doenças (92-94 DAP) incidiram sem provocar severos danos a produtividade. Dentre as pragas presentes nas cultivares a que apresentaram as maiores % de incidência foi a mosca-branca em ambas as safras. Nas duas estações de cultivo avaliadas, as melhores respostas de produtividade as condições do ambientais ocorreram na safra 2015/2016, merecendo destaque a resposta da cultivar PP 7500 (+ 50,8 %) por apresentar comparativamente maior % de acréscimo de produtividade perante as cultivares avaliadas. Palavras-chave: pragas, doenças foliares, mosca-branca, lagarta, resistência horizontal, resistência vertical
ABSTRACT
DUARTE, G.M. Phytossanitary analysis by commercial cultivars of soybeans crop 2015 e 2016. Final Work. 2016.
The responses developed by commercial soybean cultivars to pests and plant diseases are important epidemiological information to promote effective control measures. The objective of this work was to evaluate the incidence of pests and diseases in commercial soybean cultivars in two crop seasons. In the 2014-2015 and 2015-2016 harvests, 52 and 57 commercial cultivars were evaluated, respectively, in the city of Ipameri, GO. Of these, only 19 cultivars were analyzed simultaneously in the two years of evaluation. In the first crop (one plot per cultivar) the phytosanitary incidence (binary analysis) was evaluated at 79, 92 and 114 days after planting (DAP) and yield. In the second harvest (two plots per cultivar) the phytosanitary incidence (binary analysis) was evaluated at 73, 79, 94, 101, 108 and 115 DAP, the severity score (0-5) per cultivar, and yield. Data were analyzed through multivariate analysis and Tukey and Skot-Knott averages comparison test. In the 2014-2015 harvest, diseases (79 dap - 68% of cultivars), rhizoctonia aerial blight (92 dap - 37% of cultivars) and anthracnose (114 dap - 32% of cultivars). In the 2015-2016 crop, the most frequent diseases in commercial cultivars were downy mildew (73 dap - 76% of cultivars), target spot (79 dap - 58% of cultivars) and anthracnose (94 dap - 3% of cultivars) Cultivars), cercosporiosis (115 dap - 3% of the cultivars) and ascochyta leaf spot (115 dap - 3% of the cultivars). The disease with the highest incidence in this crop was the bacteriose (Xanthomonas campestris pv. glycinea and / or Pseudomonas syringae) in the analyzed cultivars compared to the previous harvest. And still in this harvest, it was recognized for the first time cultivars susceptible to orange-spot (73-94 DAP; disease of unknown etiology). In the two cultivation stations evaluated, the standard of management established the 4 (79 DAP) and 8 plant diseases (92-94 DAP) occurred without causing severe damage to productivity. Among the pests present in the cultivars to which they presented the highest % incidence was the whitefly in both crops. In the two cultivation stations evaluated, the best productivity responses to the environmental conditions occurred in the 2015/2016 crop, with the PP 7500 (+ 50,8 %) response being the most important, as it showed a comparatively higher % increase in productivity compared to the cultivars evaluated. Keywords: Pests, leaf diseases, whitefly, caterpillar, horizontal resistance, vertical resistance
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................... 6
ABSTRACT .............................................................................................................................. 7
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. 9
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. 10
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
2. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................................. 14
2.1. Preparo da área experimental ........................................................................................ 14
2.2. Metodologia utilizada na safra 2014/2015 ..................................................................... 15
2.3. Metodologia utilizada na safra 2015/2016 ..................................................................... 18
2.4. Avaliações e análises estatísticas .................................................................................... 20
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 21
3.1 Safra – 2014/2015 – Fitossanidade e produtividade em cultivares comerciais de soja.
.................................................................................................................................................. 21
3.2 Safra 2015/2016 - Fitossanidade e produtividade em cultivares comerciais de soja .. 32
3.3 Análise comparativa do comportamento das cultivares nas duas safras .................... 47
4. CONCLUSÕES ................................................................................................................... 54
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 55
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Cultivares/ tratamentos de soja utilizados na safra 2014/15 .................................... 17
Tabela 2. Cultivares/ tratamentos de soja utilizados na safra 2015/16 .................................... 19
Tabela 3. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 79 dias após o plantio (DAP). ............................................................................................ 23
Tabela 4. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 92 dias após o plantio (DAP). ............................................................................................ 25
Tabela 5. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 114 dias após o plantio (DAP). .......................................................................................... 27
Tabela 6. Listagem de cultivares comerciais de soja e empresas detentoras de sua patente e a
classificação quanto a incidência de doenças (PI - Pouco incidente, MI - mediamente
incidente, AI – altamente incidente) na safra 2014-2015* ....................................................... 29
Tabela 7. Produtividade média das cultivares analisadas durante a safra 2014/2015, Ipameri,
GO*. ......................................................................................................................................... 31
Tabela 8. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 73 dias após o plantio (DAP). ............................................................................................ 34
Tabela 9. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 79 dias após o plantio (DAP). ............................................................................................ 36
Tabela 10. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 94 dias após o plantio (DAP). ............................................................................................ 38
Tabela 12. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 108 dias após o plantio (DAP). .......................................................................................... 41
Tabela 13. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 115 dias após o plantio (DAP). .......................................................................................... 42
Tabela 14. Médias das incidências temporais da severidade e área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD) em cultivares comerciais de soja ........................................... 44
.................................................................................................................................................. 45
Tabela 15. Produtividade média das cultivares analisadas durante a safra 2015/2016, Ipameri,
GO. ........................................................................................................................................... 47
Tabela 16. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 79 dias após o plantio (DAP), nas duas safras 2014/15 e 2015/16. ................................... 49
Tabela 17. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 92/94 dias após o plantio (DAP), nas duas safras 2014/15 e 2015/16. .............................. 51
Tabela 18. Produtividade média das 19 cultivares analisadas durante as safras 2014/2015 e
2015/2016, Ipameri, GO. .......................................................................................................... 53
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Amostragem da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) das cinco
maiores e cinco menores médias em cultivares comerciais de soja. ........................................ 45
Figura 2. Curvas de progresso da doença da severidade das cinco cultivares de soja com
maiores e menores valores de AACPD. ................................................................................... 46
Figura 3. Divisão da área e mapas gerados através do programa FalkerMap da área
experimental....................................................................................................................60
Figura 4. Mapas gerados através do programa FalkerMap da área
experimental....................................................................................................................61
11
1. INTRODUÇÃO
A soja apresenta como centro de origem e domesticação o nordeste da Ásia
(CHUNG & SINGH, 2008). É uma planta autógama anual, pertencente à família Fabaceae,
gênero Glycine, e espécie Glycine max (L.) Merrill (BORÉM, 2005). Os Estados Unidos é o
maior produtor mundial de soja, porém o Brasil projeta um salto produtivo de mais de 40 %
até 2020, enquanto que nos EUA, o crescimento no mesmo período deverá ser no máximo de
15 %. Com esse aumento, o Brasil atingirá a produção de mais de 105 milhões de t, quando
será isoladamente o maior produtor mundial dessa cultura (VENCATO et al., 2010).
A área plantada de grãos na safra 2015/2016 alcançou 58,5 milhões de ha,
representando um crescimento de 0,8 % se comparada a safra de 2014/15. A produção de
grãos na safra 2015/16 alcançou 209,01 milhões de ha. A cultura da soja representa 56,7 % da
área cultivada de todo o país, sendo a cultura responsável pelo aumento de área. A estimativa
é de crescimento de 3,2 % (1,1 milhão de hectares) na área cultivada com a oleaginosa. A
estimativa de produção é de 209 milhões de toneladas na safra 2015/2016, aumento de 0,6 %
ou 1,3 milhão de t em relação à safra 2014/15, que foi de 207,7 milhões de ton. Goiás
apresenta mais de 5,2 milhões de ha de grãos, ocupados principalmente com soja, milho,
algodão e feijão. O Sul Goiano planta quase 2,8 milhões de ha, que representam mais de 50 %
da área de grãos plantada no Estado (CONAB, 2016). Esse aumento está associado a grandes
avanços tecnológicos, pesquisa científica e manejo eficiente dos produtores (MAPA, 2016).
A utilização de cultivares melhoradas, com genes capazes de expressar grandes
produtividades, ampla adaptação e resistência e/ou tolerância a fatores bióticos e abióticos,
representam atualmente o grande avanço genético do setor produtivo dessa cultura, que chega
em torno de 1,38 % ao ano (LEITÃO et al., 2010). Porém, devido ao constante avanço do
melhoramento genético algumas pesquisas revelam que os métodos e práticas modernas de
melhoramento podem reduzir a diversidade genética das plantas cultivadas, aumentando a
vulnerabilidade ao ataque de pragas, patógenos e estresses ambientais (VELLVÉ, 1993;
CLUNIES-ROSS, 1995).
Apesar da elevada produtividade por área, perdas de produção ocorrem devido ao
ataque de patógenos de etiologia variada. De acordo com Bonato (2000), as perdas em
produtividade e qualidade dos grãos de soja ocorrem principalmente devido a ocorrência de
pragas, doenças, nematoides e competição com plantas daninhas (CHRISTOFOLETTI, 2009).
As doenças que incidem na cultura da soja apresentam papel importante na determinação da
produtividade da cultura. As perdas anuais de produção por doenças são estimadas em cerca
12
de 15 % a 20 % e estão fortemente ligadas a condições climáticas favoráveis a incidência
dessas doenças na lavoura (REIS et al., 2004). Na região do Cerrado onde apresenta
condições climáticas, como elevada temperatura e umidade, favorecem a ocorrência de
doenças antes caracterizadas como secundárias (FINOTO et al., 2004a). A mancha-parda ou
septoriose (Septoria glycines Hemmi), crestamento-de-cercospora (Cercospora sojina Hara),
antracnose (Colletotrichum dematium f.sp. truncatum W.Z. Nik & T.K. Lim.), seca da haste e
vagem (Phomopsis spp. (Sacc.) Sacc.) e míldio (Peronospora manshurica (Naumov) Syd.),
são as doenças que estão disseminadas em todas as regiões produtoras de soja do Brasil
(LEMES et al., 2015). São consideradas como “complexo de doenças de final de ciclo”
(DFC), por ocorrerem na mesma época e apresentar dificuldades nas avaliações individuais,
podendo reduzir em 20 % de produtividade da cultura. A importância das DFC’s nesta
cultura justifica a preocupação de pesquisadores e produtores em estudar medidas de controle
e determinar a eficiência de fungicidas para controle (LIM, 1989; YORINORI, 1998).
A produção de grãos na região Centro-Oeste apresenta o cultivo da soja em
extensivas áreas no período de verão, tendo em sucessão normalmente o milho safrinha e o
cultivo de uma planta de cobertura entre o cultivo de inverno e de verão. Estas culturas,
normalmente conduzidas no sistema de plantio direto, aliado à condições climáticas
favoráveis, como a alta temperatura durante o período de verão e temperaturas amenas no
inverno, proporcionam condições ideais para a multiplicação dos insetos, pragas e seus danos
nos cultivos (TOMQUELSKI e MARTINS, 2011b). Os principais insetos-praga da cultura
são as lagartas desfolhadoras – lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis Hübner), falsa-
medideira (Chrysodeixis (=Pseudoplusia) includens (Walker)) e lagarta-enroladeira-das-
folhas (Omiodes indicata), os percevejos fitófagos percevejo-verde (Nezara viridula
Linneau), percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii Westwood), percevejo-marrom-da-
soja (Euschistus heros Fabricius) e percevejo-asa-preta (Edessa meditabunda Fabr.), a mosca-
branca (Bemisia tabaci Genn.) e os coleópteros desfolhadores - vaquinha (Diabrotica
speciosa Germar) e vaquinha-preta-e-amarela (Cerotoma arcuata tingomariana (Bechyné)
(SEDIYAMA et al., 2015). O uso de inseticidas químico, é a principal medida de controle,
contudo, outras alternativas, como o controle biológico e a resistência varietal (DA GRAÇA
et al., 2007) tem sido implementadas. A utilização de cultivares com essas características de
defesa (resistência) à insetos pode diminuir a incidência das pragas, resultando em menor
perda de produção (HOFFMANN-CAMPO et al., 2000).
13
Além dos fatores bióticos, mudanças abióticas podem afetar a produtividade como as
mudanças climáticas que favorecem ou desfavorecem aos organismos, gerando aumentos
populacionais e até mesmo migrações (CHAKRABORTY, 2005). Dessa forma, os estudos
dessas alterações nos padrões espaciais e temporais de pragas e doenças na soja são de
extrema importância para se definir estratégias de manejo (COAKLEY et al., 1999). A
temperatura é o que mais influencia no desenvolvimento dos insetos, e, à medida que
aumenta, esta tende a influenciar ao desenvolvimento de forma mais rápida, atingindo
inicialmente o ponto ótimo em seguida o declínio (WIGGLESWORTH, 1972). No caso das
doenças, podem ser afetadas devido a interferência na pirâmide das relações patógeno tanto
pela temperatura como pelo molhamento das folhas (REIS et al., 2004; BLUM et al., 2006;
BERGAMIN FILHO e AMORIM, 2011).
Nesse sentido, a avaliação da incidência e severidade das pragas e doenças em
culturas constitui-se um requisito fundamental para a orientação e adoção de medidas de
controle, tendo em vista as particularidades de cada região e de cada cultura. Dessa forma, o
objetivo desse trabalho foi avaliar a fitossanidade de cultivares comerciais de soja
comparativamente em duas safras distintas, 2014/2015 e 2015/2016.
14
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Preparo da área experimental
Os experimentos foram conduzidos nas safras 2014/2015 e 2015/2016 na Estação
Experimental RC Cruz, localizada na Fazenda Esmeralda, Rodovia BR 050, situada a uma
latitude de 17°29’31.35’’, longitude de 48°12’56.93’’ e de altitude 908 m, no município de
Ipameri, GO, em um solo do tipo Latossolo Vermelho amarelo distrófico. Os ensaios foram
conduzidos em uma área sob sistema de plantio direto, cultivado anteriormente com a cultura
do milho, onde se realizou a trituração dos restos vegetais da cultura com um equipamento
modelo Tritton©.
Anteriormente a semeadura, foram coletadas 40 amostras em toda área experimental
(Anexo 1) na profundidade de 00-20 cm para caracterização granulométrica e química (Anexo
2) do mesmo e determinação da necessidade de calagem e adubação (Tab. 1). Os pontos onde
foram implantados os ensaios foram 5, 6, 8, 9 e 10 (Fig. 1). Para determinação da necessidade
de calagem (NC), foi utilizado o método de saturação por bases, dado pela seguinte formula:
NC= T (Ve- Va)/ PRNT
NC= Necessidade de calcário
Ve= Saturação de bases esperada
Va= Saturação de bases atual
T= CTC a pH 7,0
PRNT= Poder relativo de neutralização total
Foi aplicado calcário na área com equipamento de taxa variável com volume total de
26,42 toneladas de calcário dolomítico com relação Ca/Mg próxima de 3:1 (Fig. 3- B).
O cálculo da necessidade de aplicação de gesso agrícola foi feito considerando-se: a
disponibilidade de S na camada de 00- 20 cm; os níveis de Al e Ca na camada da
subsuperfície e a textura do solo. A aplicação foi feita nas regiões que apresentaram teores de
S no solo inferior a 10,00 mg/dm-3, somente para reposição deste nutriente. Considerando-se
os baixos níveis de enxofre (S) em 90% da área total, foi feita a aplicação de 1,0 tonelada por
hectare de gesso agrícola em taxa fixa. Não foi aplicado nas áreas do mapa onde o nível de
enxofre apresentava-se acima de 24 mg/dm -3 (Fig. 3- C).
15
Após os resultados da analise de solo foram gerados mapas através do programa
FalkerMap®, software que permite gerar mapas com precisão que auxiliaram na aplicação dos
fertilizantes (Fig. 3 e 4).
2.2. Metodologia utilizada na safra 2014/2015
Foi realizada uma adubação com 270 kg.ha-1 do adubo formulado 05-37-00 e o
cloreto de potássio foi aplicado 30 dias antes do plantio, utilizando sistema de agricultura de
precisão, através do programa FalkerMap®, com taxa variável de acordo com a fertilidade do
solo de cada área, obtidas através da análise de solo.
A semeadura foi feita nos dias 12 e 13 de novembro de 2014, com 52 cultivares
comerciais de soja apresentando diferentes ciclos (95 a 125 dias) (Tabela 1). Cada parcela
continha as dimensões de 4x9 m, espaçamento entre linhas de 0,5 m, com oito linhas de
cultivo e área de 36 m2 por parcela. As avaliações foram realizadas nas linhas centrais
desprezando 0,5 m das extremidades das parcelas, restando uma área útil de 24 m2. Para o
tratamento de semente foi utilizado Thiametoxan (Cruiser© 350 FS) na dose de 0,150 L/100
kg, fludioxonil + metalaxyl (Maxim© XL) na dose de 0,150 L/100 kg e cinetina + ácido
giberélico + ácido 4-indol3-ilbutírico (Stimulate©) na dose de 0,300 L/100 kg.
Para o controle de plantas daninhas foram feitas duas aplicações de herbicidas, uma
antes do plantio para dessecação com os herbicidas glifosato (Radar©) na dose de 0,7 Kg.ha-¹
p.c., e fenoxaprope-P-etílico (Podium EW©) na dose de 0,3 L.ha-¹ p.c. e a outra aos 30 dias
após o plantio (DAP) com o herbicida glifosato (Radar©) na dose de 0,7 L.ha-¹ p.c.
Aos 35 dias após o plantio da safra 2014/15 foi feita uma aplicação de inseticida para
o controle da lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis Hübner) e vaquinha (Diabrotica
speciosa Germar), com três inseticidas o metomil (Lannate©) na dose de 1,0 L.ha-¹ p.c.,
lufenurom (Match©) na dose de 300 mL.ha-¹ p.c. e bifentrina (Talstar©) na dose de 150
mL.ha-¹ p.c. A segunda aplicação foi realizada aos 50 DAP, para o controle do percevejo-
marrom (Euschistus heros Fabricius), da lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis Hübner) e da
lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens Walker), os inseticidas utilizados foram o
imidacloprido+beta-ciflutrina (Connect©) na dose de 1 L.ha-¹ p.c. e flubendiamida (Belt©) na
dose de 100 mL.ha-¹ p.c. A terceira aplicação foi aos 65 DAP para o controle do percevejo-
marrom (E. heros), da lagarta-da-soja (A. gemmatalis), mosca branca (Bemisia tabaci biótipo
b Gennadius) e da lagarta falsa-medideira (C. includens) com os inseticidas
imidacloprido+bifentrina (Galil©) na dose de 400 mL.ha-¹ p.c., eflubendiamida (Belt©) na
16
dose de 100 mL.ha-¹ p.c., e a ultima aplicação de inseticida foi realizada aos 75 DAP, para o
controle do percevejo-marrom (E. heros), mosca branca (B. tabaci biotipo b) e da lagarta
falsa-medideira (C. includens), com os inseticidas tiametoxam + lambda-cialotrina (Engeo
Pleno©) na dose de 300 mL.ha-¹ p.c. e bifentrina (Talstar©) na dose de 150 mL.ha-¹ p.c.
O controle das doenças foi realizado com três aplicações de fungicidas de forma
preventiva, a primeira aplicação no inicio da floração da soja (R1), com carbendazim +
tebuconazole + cresoxim-metílico (Locker©) na dose de 1,0 L.ha-1 p.c. e óleo vegetal na dose
de 0,4 L.ha-1 p.c., após um intervalo de 20 dias foi realizada a segunda aplicação com
azoxistrobina + ciproconazol (Priori Xtra©) na dose de 0,3 L.ha-1 p.c., carbendazim
(Bendazol©) na dose de 1,0 L.ha-1 p.c. e óleo vegetal na dose de 0,4 L.ha-1 p.c., e a ultima
aplicação foi feita após 20 dias com compicoxitrobina + tebuconazol (Horos©) na dose de 0,4
L.ha-1 p.c., carbendazim (Bendazol©) na dose de 1,0 L.ha-1 p.c. e óleo vegetal na dose de 0,4
L.ha-1 p.c.
17
Tabela 1. Cultivares/ tratamentos de soja utilizados na safra 2014/15
Ord. Cultivares comerciais Empresa/Patente
Ord. Genótipos comerciais Empresa/Patente
1 SYN 1163 RR© Syngenta
27 TEC 7022 IPRO© Bayer
2 BG 4272© Biogene
28 NS 7300 IPRO© Nidera
3 CANCHEIRO RR© Gmax
29 NS 7237 IPRO© Nidera
4 97Y07© Pioneer
30 NS 7447 IPRO© Nidera
5 CV 36B80© Bayer
31 NS 7505 IPRO© Nidera
6 95R51© Pioneer
32 NS 7225 IPRO© Nidera
7 REDOMÃO RR© Gmax
33 NS 7114 IPRO© Nidera
8 GNZ 690 RR© Geneze
34 PP 7500© GDM
9 NA 5909 RG© Nidera
35 NS 7670 RR© Nidera
10 FLECHA IPRO© Brasmax
36 W 712 RR© Wehrmann
11 CD 2687 IPRO© Coodetec
37 71MF00 RR© GDM
12 NS 7011 IPRO© Nidera
38 W 799 RR© Wehrmann
13 NS 6909 IPRO© Nidera
39 BG 4377© Biogene
14 LG 60163 IPRO INOX© Limagrain
40 NS 7209 RR© Nidera
15 ST 620 IPRO© Soytech
41 CD 2737 RR© Coodetec
16 NS 7200 IPRO© Nidera
42 NS 7227 RR© Nidera
17 NS 5959 IPRO© Nidera
43 CD 2728 RR© Coodetec
18 36B31 IPRO© Bayer
44 75MF00 RR© GDM
19 SYN 13610 IPRO© Syngenta
45 POTENCIA© Brasmax
20 SYN 1360 IPRO© Syngenta
46 DESAFIO RR© Brasmax
21 M 7110 IPRO© Monsoy
47 RA 516 RR© BR Genética
22 NS 7000 IPRO© Nidera
48 PP 8201 IPRO© GDM
23 M 6972 IPRO© Monsoy
49 M 7739© Monsoy
24 LG 60177 IPRO© Limagrain
50 TEC 7849 RR© Bayer
25 NS 7338 IPRO© Nidera
51 NS 7490 RR© Nidera
26 ST 797 IPRO© Soytech
52 W 791 RR© Wehrmann
18
2.3. Metodologia utilizada na safra 2015/2016
A adubação foi feita em três parcelas, a primeira antes do plantio com 100 kg ha-1 a
lanço e 180 kg ha-1 no sulco de plantio com o adubo formulado 05-33-00 e a adubação
potássica foi feita a lanço após o plantio com cloreto de potássio- KCl na dose de 120 kg ha-1.
Foi realizada uma aplicação de herbicida aos 30 DAP, com glifosato (Roundap
transorb R©) na dose de 3,0 L.ha-1 e o Fluazifope-P-butílico (Fusilade 250 EW©) na dose de
0,750 L.ha-1 dos produtos comerciais. O volume de calda utilizado para a aplicação tanto dos
herbicidas, inseticidas, adubos foliares e fungicidas foi de 200 L.ha-1.
Na safra 2015/16 a semeadura foi realizada no dia 20 de novembro de 2015, com 57
cultivares de soja (Tabela 2). Para o tratamento de semente foi utilizado Thiametoxan
(Cruiser© 350 FS) na dose de 0,150 L/100 kg, fludioxonil + metalaxyl (Maxim© XL) na dose
de 0,150 L/100 kg, Comoplastino na dose de 0,170 L/100 kg e cinetina + ácido giberélico +
ácido 4-indol3-ilbutírico (Stimulate©) na dose de 0,300 L/100 kg.
No segundo experimento, foi feita a aplicação de inseticidas aos 30 DAP para o
controle da lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) e vaquinha (Diabrotica speciosa),
utilizando os inseticidas Bifentrina + carbosulfano (Talisman©) na dose de 1,0 L.ha-1, e 0,200
L.ha-1 de Bifentrina (Talstar© 100 EC). A segunda aplicação foi feita aos 50 DAP com
Tiametoxam (Actara©) na dose de 200 g.ha-1, e espiromesifeno (Oberon©) na dose de 500
g.ha- para controle de mosca branca. A terceira aplicação foi feita aos 65 DAP utilizando
flubendiamida (Belt©) na dose de 100 mL.ha-¹ p.c. , metomil (Lannate©) na dose de 1,0 L.ha-¹
p.c. e tiametoxam (Actara©) na dose de 200 g.ha-1. Aos 75 DAP foi feita a ultima aplicação
com metomil (Lannate©) na dose de 1,0 L.ha-¹ p.c. e tiametoxam + lambda-cialotrina (Engeo
Pleno©) na dose de 300 mL.ha-¹ p.c.
As aplicações de fungicidas foram realizadas de forma preventiva, a primeira
aplicação foi feita em V4, com trifloxistrobina + protioconazol (Fox©), na dose de 0,4 L.ha-¹
p.c., e mancozebe (Unizeb Gold©), na dose de 1,5 kg.ha-¹ p.c. Após um intervalo de 20 dias
foi feita a segunda aplicação com fluazinam (Fronwcide©), na dose de 0,5 L.ha-¹ p.c,
picoxistrobina + ciproconazole (Aproach©), na dose de 0,3 L.ha-¹ p.c, e carbendazim
(Carbendazin©), na dose de 0,5 L.ha-¹ p.c. A ultima aplicação foi feita com piraclostrobina +
epoxiconazol (Opera©), na dose de 0,5 L.ha-¹ p.c.
19
Tabela 2. Cultivares/ tratamentos de soja utilizados na safra 2015/16
Ord. Cultivares comerciais Empresa/Patente
Ord. Genótipos comerciais Empresa/Patente
1 6563© Don Mario
29 NS 6906 IPRO© Nidera
2 5 D 634 RR© Dow AgroSciences
30 NS 7000 IPRO© Nidera
3 5G 850 RR© Dow AgroSciences
31 NS 7200 RR© Nidera
4 62 MS 00 RR© Macrossed
32 NS 7202© Nidera
5 64 MS 00 IPRO© Macrossed
33 NS 7209 IPRO© Nidera
6 73 I 70© Agrorosso
34 NS 7237 IPRO© Nidera
7 AS 3610 IPRO© Agroeste
35 NS 7300 IPRO© Nidera
8 AS 3730 IPR© Agroeste
36 NS 7338 IPRO© Nidera
9 BG 4377© Biogene
37 NS 7447 IPRO© Nidera
10 BG 4569© Biogene
38 NS 7490 RR© Nidera
11 BONUS© Brasmax
39 NS 7497 RR© Nidera
12 CD 2687 RR© Coodetec
40 NS 7505 IPRO© Nidera
13 CD 2728 IPRO© Coodetec
41 NS 7667 IPRO© Nidera
14 CD 2737 RR© Coodetec
42 NS 7670 RR© Nidera
15 CG 67 RR© Sementes Caraiba
43 NS 7709 IPRO© Nidera
16 CG 7665 RR© Sementes Caraiba
44 NS 8094 RR© Nidera
17 CG 8166 RR© Sementes Caraiba
45 POWER© Brasmax
18 CZ 36B31 IPR0®© Bayer
46 PP 71MF00 RR© GDM
19 CZ 36B58© Bayer
47 PP 7500 IPRO© GDM
20 FLECHA© Brasmax
48 PP 8201 IPRO© GDM
21 HO JARAES IPRO© HO sementes
49 ST 620 IPRO© Soytech
22 HO JURUEMA IPRO© HO sementes
50 ST 719 LL© Soytech
23 HO PARANAIBA© HO sementes
51 ST 797 IPRO© Soytech
24 HO PIRIQUI IPRO© HO sementes
52 TEC 7022 IPRO© Bayer
25 LG 60163 INOX© LG sementes
53 TEC 7849© Bayer
26 LG 60177© LG sementes
54 TMG 2158 IPRO© TMG
27 M 7110 IPRO© Monsoy
55 TMG 7062 IPRO© TMG
28 M 8372 IPRO© Sementes Adriana
56 W 787 RR© Wehrmann
57 W 791 RR© Wehrmann
20
2.4. Avaliações e análises estatísticas
No primeiro experimento, as avaliações foram feitas aos 79, 92 e 114 dias após o
plantio (DAP) e no segundo experimento aos 73, 79, 94, 101, 108 e 115 DAP, todas as
avaliações tiveram inicio as 07:30 da manhã. Avaliou-se em cada cultivar a presença ou
ausência de pragas, doenças e doenças abióticas analisando em um metro de linha os tipos de
doenças encontradas, sendo tomada uma leitura por bloco avaliado. Através das medidas
binárias obtidas a partir de presença e/ou ausência por cultivar, foi feita a análise multivariada
com o programa R, utilizando o pacote Biotools® (SILVA, 2015) como medida de
similaridade da distância euclidiana para agrupamento dos genótipos. Na safra 2014/15,
devido à elevada taxa de abscisão natural observada aos 114 DAP, avaliou-se a severidade de
manchas foliares em apenas 14 cultivares comerciais. Neste caso tomou-se 10 plantas por
parcela e avaliou-se a severidade utilizando a escala de notas de severidade de manchas
foliares da soja de Azevedo (1997) permitindo cálculo da análise de variância e teste de
comparação de médias (P~0,05). Foi calculada a área abaixo da curva de progresso da doença
(AACPD), por meio da fórmula:
AACPD = Σ! !!!(𝑋! + 𝑋!!!)(𝑡!!! − 𝑡!)
2
Onde, n é o número de avaliações da severidade, Xi é a severidade da doença e (𝑡𝑖+1−𝑡𝑖) é o
número em dias entre as avaliações consecutivas (CAMPBEL & MADDEN, 1990).
A produtividade foi avaliada após os 120 DAP em cada uma das oito parcelas de
cultivo, sendo os resultados submetidos à análise de variância e teste de comparação de
médias (P~0,05).
21
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Safra – 2014/2015 – Fitossanidade e produtividade em cultivares comerciais de soja.
Na safra 2014/15, foi observado que aos 79, 92 e 114 DAP, respectivamente, foram
detectadas de um total de 11 doenças detectadas na estação de cultivo a frequência foi de
6/11, 10/11 e 6/11 doenças, havendo frequências diferenciadas nas épocas de avaliação. Da
mesma forma das 7 pragas detectadas foram verificados frequências de 5/7, 5/7 e 4/7 pragas
nos três dias de avaliação; e por fim em todos os dias avaliados todos os tipos de doenças
abióticas foram detectados (Tab. 3, 4 e 5). As doenças que apresentaram a maior porcentagem
de cultivares com sintomas aos 79, 92 e 114 DAP, foram míldio (73 % das cultivares) (Tab.
3), mela (52 % das cultivares) (Tab. 4) e antracnose (23% das cultivares) (Tab. 5). O míldio,
antracnose e mela fazem parte dos focos reconhecidos acima, valendo a pena ressaltar a
importância respectivamente do míldio nos estádios vegetativos apontados por Dunleavy
(1987). A antracnose é uma das principais doenças da região do Cerrado brasileiro e que em
casos severos pode levar a perdas de até 100 % da produção (LEMES et al., 2015). E por fim,
Meyer e Yorinori (1999) e Meyer (2001), apontaram que o fungo Rhizoctonia solani causador
da mela é um dos patógenos mais importantes que afetam a cultura da soja no Brasil e que em
Estados brasileiros onde as condições ambientais (umidade e temperatura elevadas) são
favoráveis ao patógeno como o MA, MT, PI, TO, PA e RO, suas perdas podem variar de 31 a
60 %.
As cultivares que apresentaram a menor incidência nas três avaliações, que
representam os melhores candidatos a serem recomendados na região segundo esta safra 2015
foram BG 4272©, NS7114 IPRO©, W712 RR©, 71MF00RR© e CD2737 RR©. E as mais
suscetíveis a incidência de pragas e doenças foram LG 60177 IPRO© e NS 7338 IPRO© (Tab.
3, 4 e 5).
Na primeira avaliação feita aos 79 dias após o plantio (DAP), as doenças que
apresentaram maior porcentagem de infecção nas cultivares foram o míldio (73%), mancha-
alvo (46%) e a mancha-de-cercospora (19 %) (Tab. 3). De acordo com Picinini e Fernandes,
2000 e Lemes et al. (2015) o míldio incide principalmente na fase vegetativa da cultura da
soja. Apenas as cultivares CD 2687 IPRO©, 71MF00 RR©, CD 2737 RR©, 75MF00 RR© e
TEC 7849 RR© não apresentaram infecção por doenças aos 79 DAP.
22
Em relação as pragas (mosca-branca, a falsa-medideira e o ácaro), apresentaram
maior incidência aos 79 DAP (Tab. 3). A mosca-branca foi a praga (como esperado) com
maior incidência (hospedabilidade) no experimento sendo a sua presença detectada em todas
as cultivares de soja, ressaltando então a sua afinidade pelo germoplasma de soja como sítio
de alimentação (DIDONET et. al., 1998). Em relação às pragas desfolhadoras a lagarta falsa-
medideira se destacou por afetar 50 % das cultivares. A falsa-medideira foi considerada
segunda praga mais incidente no estádio vegetativo e posterior floração, como apontado por
HOFFMANN-CAMPO et al. (2000). Quanto a incidência de ácaros, o baixo índice de
incidência pode estar relacionado ao grau de adaptação dos ácaros a algumas cultivares de
soja devido a constituintes nutricionais e tóxicos como apontado por BOOM et al. (2003).
Já quanto aos fatores abióticos, 71 % das cultivares apresentaram sintoma carijó,
enquanto 15 % toxidez por deriva de gramoxone (Tab. 3).
23
Tabela 3. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 79 dias após o plantio (DAP).
24
Aos 92 dias, foram encontrados em 52 % das cultivares a presença de mela, 44 % de
antracnose e 35 % mancha-alvo (Tab. 4). A mela foi considerada uma doença de grande
importância na região Norte do Brasil (MEYER E YORINORI, 1999) principalmente pelas
condições de umidade e temperaturas elevadas. Em relação a avaliação anterior (79 DAP)
ocorreu uma elevação na incidência de antracnose e mancha-alvo, aumentando de 15 % (Tab.
3) para 44 % (Tab. 4); e de 24 % (Tab. 3) para 35 % (Tab. 4) das cultivares infectadas por
antracnose e mancha-alvo, respectivamente. As cultivares precoces ao entrarem no final do
ciclo, aumentaram sua suscetibilidade (LEMES et al., 2015) para o aparecimento de doenças
do final de ciclo (DFC’s) como a antracnose e mancha-alvo (ALMEIDA et al., 2005). As
pragas com maior incidência aos 92 DAP, foram a mosca-branca (92%), falsa-medideira e
percevejo-marrom, ambos presentes em 40 % das cultivares (Tab 4). A mosca-branca é
considerada uma praga de reprodução muito rápida de acordo com HOROWITZ e ISHAAYA
(1995) de alta afinidade pela cultura e de difícil controle por produtos químicos. A falsa-
medideira e o percevejo-marrom apresentaram maior incidência nesse período, pois foram
mais difíceis de serem atingidas, por estarem localizadas no terço inferior da soja,
(SEDIYAMA et al., 2015) que representa um local de difícil pulverização, além da
preferência pelo estádio reprodutivo da cultura, o que favorece os altos índices populacionais
da praga (DALAZEN et al., 2009). Foi verificado também um aumento da incidência de
cultivares comerciais com sintoma carijó migrando de 71 % (Tab. 3) para 75 % (Tab. 4), e
fitotoxidez por gramoxone de 15 % (Tab. 3) para 46 % (Tab. 4). Costa (2016) identificou em
germoplasma de soja 28,8 % (19:66) os fitopatógenos Fusarium solani (Fs 68,4 % ocorrência
nas cultivares), Macrophomina phaseolina (Mp 63,1 %), Phomopsis phaseoli f.sp
meridionalis (Ppm 10,5 %), Colletotrichum dematium var. truncata (Cdt 26,31%) e
Sclerotium rolfsii (Sr 5,26 %) associados ao sintoma carijó.
25
Grupo Fitossanitário Nome Popular Nome Científico Cultivares Incidência (%)
Doenças Míldio Peronospora manshuricaNS 7300 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7227 RR®. 3/52 8%
Antracnose Colletotrichum truncatum
SYN 1163 RR®, CV 36B80®, 95R51®, GNZ 690 RR®, NA 5909 RG®, NS 7011 IPRO®, NS 6909 IPRO®, LG 60163 IPRO INOX®, ST 620 IPRO®, NS 5959 IPRO®, SYN 1360 IPRO®, M 7110 IPRO®, NS 7000 IPRO®, M 6972 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7225 IPRO®, PP 7500®, NS 7209 RR®, 75MF00 RR®, POTENCIA®, PP 8201 IPRO®, M 7739®, TEC 7849 RR®. 23/52 44%
Mancha-alvo Corynespora cassicola
SYN 1163 RR®, 97Y07®, 36B31 IPRO®, SYN 13610 IPRO®, SYN 1360 IPRO®, NS 7000 IPRO®, M 6972 IPRO®, LG 60177 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, NS 7505 IPRO®, PP 7500®, 71MF00 RR®, NS 7209 RR®, DESAFIO RR®, RA 516 RR®, PP 8201 IPRO®, M 7739®, NS 7490 RR®.
18/52 35%Oídio Erysiphe diffusa NS 7505 IPRO®. 1/52 2%
Podridao-cinzenta Macrophomina phaseolina
GNZ 690 RR®, NS 7011 IPRO®, LG 60163 IPRO INOX®, NS 7000 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7670 RR®. 6/52 12%
Mela Rhizoctonia solani
CANCHEIRO RR®, 97Y07®, CV 36B80®, REDOMÃO RR®, GNZ 690 RR®, FLECHA IPRO®, NS 7011 IPRO®, NS 6909 IPRO®, LG 60163 IPRO INOX®, NS 7200 IPRO®, 36B31 IPRO®, SYN 13610 IPRO®, SYN 1360 IPRO®, M 7110 IPRO®, NS 7000 IPRO®, M 6972 IPRO®, LG 60177 IPRO®, NS 7338 IPRO®, ST 797 IPRO®, NS 7447 IPRO®, W 799 RR®, CD 2737 RR®, NS 7227 RR®, CD 2728 RR®, 75MF00 RR®, PP8201 IPRO®. 27/52 52%
Mancha-de-cercospora Cercospora sp.
CD 2687 IPRO®, NS 7011 IPRO®, NS 6909 IPRO®, SYN 13610 IPRO®, SYN 1360 IPRO®, NS 7000 IPRO®, M 6972 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7300 IPRO®. 9/52 17%
Fumagina Capnodium sp.ST 797 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS7209 RR®. 4/52 8%
Mancha-de-ascoquita Ascochyta sojae
REDOMÃO RR®, GNZ 690 RR®, CD 2687 IPRO®, NS 7011 IPRO®, NS 6909 IPRO®, SYN 13610 IPRO®, SYN 1360 IPRO®, M 7110 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7225 IPRO®, NS 7209 RR®, CD 2728 RR®, POTENCIA®, M 7739®, TEC 7849 RR®. 16/52 31%
Bacteriose Xanthomonas axonopodis pv. glycines W 799 RR®, NS 7490 RR®, W 791 RR®. 3/52 8%Cladosporiose Cladosporium fulvum 0/52 0%
Pragas Mosca-branca Bemisia tabaci
SYN 11 63 RR®, BG 4272®, CANCHEIRO RR®, 97Y07®, CV 36B80®, REDOMÃO RR®, GNZ 690 RR®, FLECHA IPRO®, CD 2687 IPRO®, NS 7011 IPRO®, NS 6909 IPRO®, LG 60163 IPRO INOX®, ST 620 IPRO®, NS 7200 IPRO®, 36B31 IPRO®, SYN 1360 IPRO®, M 7110 IPRO®, NS 7000 IPRO®, M 6972 IPRO®, LG 60177 IPRO®, NS 7338 IPRO®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7225 IPRO®, NS 7114 IPRO®, PP 7500®, NS 7670 RR®, W 712 RR®, 71MF00 RR®, W 799 RR®, BG 4377®, NS 7209 RR®, CD 2737 RR®, NS 7227 RR®, CD 2728 RR®, 75MF00 RR®, POTENCIA®, DESAFIO RR®, RA 516 RR®, PP 8201 IPRO®, M 7739®, TEC 7849 RR®, NS 7490 RR®, W 791 RR®. 48/52 92%
Falsa-medideira Chrysodeixis includens
SYN 1163 RR®, BG 4272®, CANCHEIRO RR®, 97Y07®, CV 36B80®, REDOMÃO RR®, GNZ 690 RR®, CD 2687 IPRO®, NS 7200 IPRO®, NS 7114 IPRO®, NS 7670 RR®, W 712 RR®, 71MF00 RR®, BG 4377®, CD 2737 RR®, 75MF00 RR®, POTENCIA®, DESAFIO RR®, RA 516 RR®, NS 7490 RR®, W 791 RR®. 21/52 40%
Percevejo-marrom Euchistus heros
SYN 1163 RR®, BG 4272®, CANCHEIRO RR®, CV 36B80®, REDOMÃO RR®, GNZ 690 RR®, FLECHA IPRO®, CD 2687 IPRO®, NS 7011 IPRO®, NS 7200 IPRO®, M 6972 IPRO®, LG 60177 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, NS 7670 RR®, CD 2737 RR®, CD 2728 RR®, RA 516 RR®, PP 8201 IPRO®, M 7739®, TEC 7849 RR®, W 791 RR®. 21/52 40%
Percevejo-barriga-verde Dichelops furcatus 0/52 0%Lagarta-enroladeira Omiodes indicata RA 516 RR®. 1/52 2%Ácaro Tetranychus sp. 0/52 0%Falsa-medideira-jovem Chrysodeixis includens NS 7505 IPRO®. 1/52 2%
Abiótico Carijó nd
SYN 1163 RR®, BG 4272®, CANCHEIRO RR®, CV 36B80®, REDOMÃO RR®, GNZ690 RR®, FLECHA IPRO®, CD 2687 IPRO®, LG 60163 IPRO INOX®, ST 620 IPRO®, NS 7200 IPRO®, 36B31 IPRO®, SYN 13610 IPRO®, NS 7000 IPRO®, M 6972 IPRO®, LG 60177 IPRO®, NS 7338 IPRO®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7225 IPRO®, NS 7114 IPRO®, PP 7500®, NS 7670 RR®, W 712 RR®, 71MF00 RR®, W 799 RR®, NS 7209 RR®, NS 7227 RR®, CD 2728 RR®, POTENCIA®, DESAFIO RR®, RA 516 RR®, TEC 7849 RR®, NS 7490 RR®, W 791 RR®. 39/52 75%
Gramoxone nd
BG 4272®, CANCHEIRO RR®, NS 6909 IPRO®, SYN 13610 IPRO®, SYN 1360 IPRO®, M 7110 IPRO®, NS 7000 IPRO®, M 6972 IPRO®, LG 60177 IPRO®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7114 IPRO®, PP 7500®, BG 4377®, NS 7209 RR®, CD 2737 RR®, NS 7227 RR®, RA 516 RR®, PP 8201 IPRO®, M 7739®, TEC 7849 RR®, W 791 RR®. 24/52 46%
Tabela 4. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 92 dias após o plantio (DAP).
26
Aos 114 DAP foi realizada apenas com 14 cultivares (que apresentaram folhas), uma
vez que as demais de ciclo precoce sofreram abscisão foliar. Nessa última avaliação, as
doenças que apresentaram maior infecção foram antracnose (86 %), mancha-alvo (64 %) e
mancha-de-cercospora (57 %) (Tab. 5), doenças classicamente reconhecidas como DFC por
ZITO et al. (2007) e LEMES et al. (2015). Observou-se que apenas duas cultivares, PP 8201©
e W 791 RR©, não apresentaram sintomas de antracnose. Essas doenças DFC podem
provocar perdas de até 30 % de acordo ALMEIDA et al. (2005).
As cultivares NS 7490 RR©, PP 8201 IPRO© e BG 4377© apresentaram menor
incidência de doenças, enquanto a cultivar ST 797 IPRO© foi a mais suscetível, sendo
infectada por antracnose, mancha-alvo, mancha-púrpura, fumagina e oídio (Tab. 5).
Dentre as pragas, a mosca-branca foi encontrada em todas as cultivares e causou
além dos danos diretos provocados pelo inseto nas cultivares LG 60177 IPRO©, ST 797
IPRO©, NS 7670 RR©, PP 8201 IPRO© e M 7739©, houve a associação com fumagina (Tab.
5). Observou-se tanto no tecido vegetal como nas ecdises do inseto a proliferação de
Cladosporium sp., que é reconhecido por ALMEIDA et al. (2005) como agente causal da
fumagina (além do Capnodium sp.) e clasoporiose. Observou-se também a presença de
percevejo-marrom em 57 % das cultivares (Tab. 5), praga que afeta diretamente os grãos,
ocasionando redução do peso de 1000 sementes e redução da produtividade (NUNES e
CORRÊA-FERREIRA, 2002). A lagarta falsa-medideira e o ácaro reduziram a incidência nas
cultivares aos 114 DAP em consequência da senescência das folhas (Tab. 5).
27
Grupo Fitossanitário
Nome Popular Nome Científico Cultivares Incidência (%)
Doenças Míldio Peronospora manshurica 0/14 0%
Antracnose Colletotrichum truncatum
CANCHEIRO RR®, LG 60177 IPRO®, NS 7338 IPRO®, ST 797 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, W 799 RR®, BG 4377®, NS 7227 RR®, DESAFIO RR®, M7739®, NS 7490 RR®. 12/14 86%
Mancha Alvo Corynespora cassicola
CANCHEIRO RR®, LG 60177 IPRO®, NS 7338 IPRO®, ST 797 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, W 799 RR®, BG 4377®, NS 7227 RR®, DESAFIO RR®, M7739®, NS 7490 RR®. dez/14 86%
Oídio Erysiphe diffusa
LG 60177 IPRO®, NS 7338 IPRO®, ST 797 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7227 RR®, DESAFIO RR®. 7/14 50%
Podridão-cinzenta Macrophomina phaseolina W 791 RR®. 1/14 7%Mela Rhizoctonia solani 0/14 0%
Mancha-de-cercospora Cercospora sp.
CANCHEIRO RR®, LG 60177 IPRO®, NS 7338 IPRO®, ST 797 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, W 799 RR®, NS 7227 RR®. 8/14 57%
Fumagina Capnodium sp.LG 60177 IPRO®, ST 797 IPRO®, NS 7670 RR®, PP 8201 IPRO®, M 7739® . 5/14 36%
Mancha-de-ascoquita Ascochyta sojae 0/14 0%
BacterioseXanthomonas axonopodis pv. glycines 0/14 0%
Cladosporiose Cladosporium fulvum 0/14 0%
Pragas Mosca-branca Bemisia tabaci
CANCHEIRO RR®, LG 60177 IPRO®, NS 7338 IPRO®, ST 797 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, W 799 RR®, BG 4377®, NS 7227 RR®, DESAFIO RR®, PP 8201 IPRO®, M 7739®, NS 7490 RR®, W 791 RR®. 14/14 100%
Falsa-medideira Chrysodeixis includens
NS 7670 RR®, BG 4377®, DESAFIO RR®, NS 7490 RR®, W 791 RR. 5/14 36%
Percevejoo Marrom Euchistus heros
CANCHEIRO RR®, CV 36B80®, LG 60177 IPRO®, NS 7338 IPRO®, ST 797 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, DESAFIO RR®. 8/14 57%
Percevejo Barriga Verde Dichelops furcatus LG 60177 IPRO®, ST 797 IPRO®, BG 4377®. 3/14 21%Lagarta Enroladeira Omiodes indicata 0/14 0%Ácaro Tetranychus sp. 0/14 0%Falsa-medideira-jovem Chrysodeixis includens 0/14 0%
Abiótico Carijó ndNS 7505 IPRO®, W 799 RR®, NS 7490 RR®, W 791 RR®. 4/14 29%
Fitotoxidez por gramoxone nd
CANCHEIRO RR®, ST 797 IPROV, NS 7670 RR®, BG 4377®, DESAFIO RR®, W 791 RR®. 6/14 43%
Tabela 5. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 114 dias após o plantio (DAP).
28
As cultivares que foram afetadas por um número menor de tipos diferentes de
doenças foram classificadas como pouco incidente (PI), dentre elas, as cultivares BG 4272©,
NS 7114 IPRO©, W 712 RR©, 71MF00 RR© e CD 2737 RR©. Já as cultivares que
apresentaram maior porcentagem de posicionamento na categoria altamente incidente (AI)
foram GNZ 690 RR© e NS 6909 IPRO© (36%), sendo as cultivares que foram afetadas por
uma maior quantidade de tipos diferentes de doenças (Tab. 6). Foi possível observar que as
cultivares de ciclo tardio apresentaram menores incidências de tipos de doenças (PI) do que as
cultivares precoces (AI). Cultivares que ficam suscetíveis a carga de inoculo por um tempo
maior apresentaram incidências menores, resultado diferente do obtido por Kandel et al.
(2016) que estudando a morte súbita da soja (SDS) observaram redução da produtividade
quando as cultivares eram plantadas tardiamente, sendo que plantios cedo (quantidade menor
de inóculo) desencadeavam aumento da produtividade e redução da SDS.
As doenças de menor relevância nas cultivares avaliadas na safra 2014/15, foram as
que apresentaram o maior número de cultivares comerciais listadas como classificada como
pouco incidente (PI), sendo elas a bacteriose (identificação de anasarca no campo podendo ser
ocasionada por Xanthomonas campestris pv. glycinea e Pseudomonas syringae 92 %),
podridão-cinzenta (Macrophomina phaseolina - 85 %) e oídio (Microsphaera diffusa - 87 %)
(Tab. 6). É importante ressaltar que houve um veranico nos meses de dezembro e janeiro de
2015, desfavorecendo a incidência de bacterioses. A doença considerada com alta incidência
(AI), de acordo com a análise de agrupamento das cultivares avaliadas no experimento foi a
mela (Rhizoctonia solani – 50 %) (Tab. 6).
As cultivares do germoplasma avaliado (n=52) nos três dias de avaliação
apresentaram amplitudes de PI, MI e AI, respectivamente de 36-91 %, 9-45 % e 0-36 % (Tab.
6).
29
Tabela 6. Listagem de cultivares comerciais de soja e empresas detentoras de sua patente e a
classificação quanto a incidência de doenças (PI - Pouco incidente, MI - mediamente
incidente, AI – altamente incidente) na safra 2014-2015*
*míldio (Peronospora manshurica), antracnose (Colletotrichum dematium f.sp. truncatum), mancha- alvo (Corynespora cassiicola), oídio (Microsphaera diffusa), podridão-de-macrofomina (Macrophomina phaseolina), mela (Rhizoctonia solani), mancha-de-cercospora (Cercospora spp.), bacteriose (Xanthomonas campestris pv. glycinea e Pseudomonas syringae pv. lachrymans), cladosporiose (Cladosporium spp.), mancha- de- ascoquita (Ascochyta sojae), fumagina (Capnodium spp.).
Mildio AntracnoseMancha
alvo OidioPodridão de macrofomina Mela
Mancha cercospora Bacteriose Cladosporiose
Mancha ascoquita Fumagina
PI MI AI
1 SYN 1163 RR Syngenta MI MI MI PI PI PI PI MI PI PI PI 64% 36% 0%2 BG 4272 Biogene MI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI 91% 9% 0%3 CANCHEIRO RR Gmax MI MI MI PI PI AI MI PI PI PI PI 55% 36% 9%4 97Y07 Pioneer MI PI MI PI PI AI PI PI PI PI PI 73% 18% 9%5 CV 36B80 Bayer MI MI PI PI PI AI MI PI PI PI PI 64% 27% 9%6 95R51 Pioneer MI MI MI PI PI PI MI PI PI PI PI 64% 36% 0%7 REDOMÃO RR Gmax MI PI PI PI PI AI MI PI AI AI PI 55% 18% 27%8 GNZ 690 RR Geneze MI MI MI PI AI AI PI PI AI AI PI 36% 27% 36%9 NA 5909 RG Nidera PI MI MI PI PI PI PI PI AI PI PI 73% 18% 9%10 FLECHA IPRO Brasmax MI PI MI PI PI AI PI PI AI PI PI 64% 18% 18%11 CD 2687 IPRO Coodetec PI PI PI PI PI PI MI PI PI AI PI 82% 9% 9%12 NS 7011 IPRO Nidera MI MI PI PI AI AI AI PI PI AI PI 45% 18% 27%13 NS 6909 IPRO Nidera MI MI PI PI AI AI PI PI AI AI PI 45% 18% 36%14 LG 60163 IPRO INOXLimagrain MI MI PI PI AI AI PI PI PI PI PI 64% 18% 18%15 ST 620 IPRO Soytech MI MI MI PI PI PI MI PI PI PI PI 64% 36% 0%16 NS 7200 IPRO Nidera MI PI MI PI PI AI PI PI AI PI PI 64% 18% 18%17 NS 5959 IPRO Nidera PI MI MI PI PI PI PI PI PI PI PI 82% 18% 0%18 36B31 IPRO Bayer PI PI MI PI PI AI PI PI PI PI PI 82% 9% 9%19 SYN 13610 IPRO Syngenta PI MI MI PI PI AI AI PI PI AI PI 55% 18% 27%20 SYN 1360 IPRO Syngenta PI MI MI PI PI AI MI PI PI AI PI 55% 27% 18%21 M 7110 IPRO Monsoy MI MI MI PI PI AI MI PI PI AI PI 45% 36% 18%22 NS 7000 IPRO Nidera MI MI MI PI AI AI AI PI PI PI PI 45% 27% 27%23 M 6972 IPRO Monsoy MI MI MI PI PI AI MI PI PI PI PI 55% 36% 9%24 LG 60177 IPRO Limagrain MI MI MI MI PI AI AI PI PI PI MI 36% 45% 18%25 NS 7338 IPRO Nidera MI MI MI MI AI AI AI PI PI PI PI 36% 36% 27%26 ST 797 IPRO Soytech MI MI MI MI PI AI MI PI PI PI AI 36% 45% 18%27 TEC 7022 IPRO Bayer MI PI MI PI PI PI PI PI PI PI PI 82% 18% 0%28 NS 7300 IPRO Nidera AI PI MI PI PI PI MI PI PI AI PI 64% 18% 18%29 NS 7237 IPRO Nidera MI PI PI PI PI PI PI PI PI PI MI 82% 18% 0%30 NS 7447 IPRO Nidera MI MI PI PI PI AI MI PI PI AI MI 45% 36% 18%31 NS 7505 IPRO Nidera AI MI MI AI PI PI MI PI PI PI PI 55% 27% 18%32 NS 7225 IPRO Nidera MI MI MI PI PI PI PI PI PI AI PI 64% 27% 9%33 NS 7114 IPRO Nidera MI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI 91% 9% 0%34 PP 7500 GDM MI MI MI PI PI PI PI PI PI PI PI 73% 27% 0%35 NS 7670 RR Nidera MI MI PI MI AI PI MI PI AI PI MI 36% 45% 18%36 W 712 RR Wehrmann MI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI 91% 9% 0%37 71MF00 RR GDM PI PI MI PI PI PI PI PI PI PI PI 91% 9% 0%38 W 799 RR Wehrmann MI MI MI PI PI AI MI AI PI PI PI 45% 36% 18%39 BG 4377 Biogene MI MI PI PI PI PI PI PI PI PI PI 82% 18% 0%40 NS 7209 RR Nidera MI MI MI PI PI PI PI PI PI AI MI 55% 36% 9%41 CD 2737 RR Coodetec PI PI PI PI PI AI PI PI PI PI PI 91% 0% 9%42 NS 7227 RR Nidera AI MI MI MI PI AI MI PI PI PI PI 45% 36% 18%43 CD 2728 RR Coodetec MI PI MI PI PI AI PI PI PI AI PI 64% 18% 18%44 75MF00 RR GDM PI MI PI PI PI AI PI PI PI PI PI 82% 9% 9%45 POTENCIA Brasmax PI MI MI PI PI PI PI PI PI AI PI 73% 18% 9%46 DESAFIO RR Brasmax PI MI MI MI PI PI PI PI PI PI PI 73% 27% 0%47 RA 516 RR BRGenetica MI PI MI PI PI PI PI PI PI PI PI 82% 18% 0%48 PP 8201 IPRO GDM MI MI AI PI PI AI PI PI PI PI PI 64% 18% 18%49 M 7739 Monsoy PI AI MI PI PI PI PI PI PI AI MI 64% 18% 18%50 TEC 7849 RR Bayer PI MI PI PI PI PI PI PI PI AI PI 82% 9% 9%51 NS 7490 RR Nidera MI MI MI PI PI PI PI MI PI PI PI 64% 36% 0%52 W 791 RR Wehrmann PI PI MI PI AI PI PI MI PI PI PI 73% 18% 9%
Pouco Incidente (PI) 27% 33% 31% 87% 85% 50% 60% 92% 69% 69% 69%Medianamente Incidente (MI) 67% 65% 67% 12% 0% 0% 32% 6% 0% 0% 0%Altamente Incidente (AI) 6% 2% 2% 2% 15% 50% 8% 2% 31% 31% 31%
Cultivares Comerciais de Soja
DoençasOrd.
Empresas
30
Estatisticamente as cultivares analisadas diferiram entre si em relação a
produtividade, variando de 2.398,30 a 4.136,9 kg.ha-1 (Tab. 7). A cultivar NS 7227 RR©
apresentou maior produtividade média de 4.136,9 kg.ha-1. Segundo a Nidera Sementes (2015),
empresa que comercializa essa cultivar, ela apresenta elevado potencial produtivo e uma
arquitetura de planta favorável ao controle de doenças. Nas avaliações essa cultivar
apresentou comportamento de tolerância, pois houve a incidência do míldio, mela, mancha-
alvo, oídio e mancha-de-cercospora, mas que não afetaram a sua produtividade.
Notou-se que as cultivares que apresentaram baixas taxas de infecção por doenças no
experimento como a BG 4272©, NS7114 IPRO©, W712 RR© e 71MF00 RR©, com
produtividades de 2398,30 kg.ha-1, 2414,10 kg.ha-1, 2860,10 kg.ha-1e 2581,30 kg.ha-1, não
foram as mais produtivas, perdendo para cultivares com altas taxas de infecção como a LG
60177 IPRO© e NS 7338 IPRO©, com produtividades de 3451,65 kg.ha-1 e 3274,35 kg.ha-1,
expressando níveis de tolerância das cultivares a doença (Tab. 7). Não houve relacionamento
com a resistência a glifosado (RR) e tecnologia resistência à lagarta (IPRO) com a incidência
de doenças.
De acordo com a CONAB, (2015), a média nacional brasileira de produtividade em
(2015) foi de 2.999 kg.ha-1, comparando com a cultivar que apresentou maior média de
produção (NS 7227 RR©) no experimento, obtemos uma produtividade 37,94 % superior, já a
pior produtividade representada pela cultivar BG 4272© foi de 20% abaixo da média nacional.
A média de produtividade das cultivares analisadas no experimento foi de 3.211,64
kg.ha-1, ou seja, 7 % acima da média nacional. Ressaltando que 13,5% das cultivares do
experimento apresentaram produtividades médias abaixo da média nacional (Tab. 7).
MUNDSTOCK e THOMAS (2005) ressaltaram que estas baixas performances genotípicas
das cultivares, estão ligadas a qualidade varietal, a suscetibilidade ao ataque de pragas e
doenças, respostas a aplicação de insumos, condução cultural, entre outros fatores.
31
Tabela 7. Produtividade média das cultivares analisadas durante a safra 2014/2015, Ipameri,
GO*.
* valores seguidos de mesma letra não diferem entre si na vertical ao teste Tukey a P~0,05.
Ord. Genótipos Empresa/ Patente
Produtividade/média (Kg/ha) Ord. Genótipos Empresa/
Patente Produtividade/média
(Kg/ha) 1 SYN 1163 RR Syngenta 2485,15 b 27 TEC 7022 IPRO Bayer 3357,30 ab
2 BG 4272 Biogene 2398,30 b 28 NS 7300 IPRO Nidera 3193,55 ab
3 CANCHEIRO RR Gmax 3310,55 ab 29 NS 7237 IPRO Nidera 3229,05 ab
4 97Y07 Pioneer 2775,80 ab 30 NS 7447 IPRO Nidera 3514,50 ab
5 CV 36B80 Bayer 3333,60 ab 31 NS 7505 IPRO Nidera 3579,70 ab
6 95R51 Pioneer 3328,10 ab 32 NS 7225 IPRO Nidera 2935,70 ab
7 REDOMÃO RR Gmax 3354,70 ab 33 NS 7114 IPRO Nidera 2414,10 b
8 GNZ 690 RR Geneze 3041,95 ab 34 PP 7500 GDM 2666,80 ab
9 NA 5909 RG Nidera 2970,00 ab 35 NS 7670 RR Nidera 2731,95 ab
10 FLECHA IPRO Brasmax 3505,05 ab 36 W 712 RR Wehrmann 2860,10 ab
11 CD 2687 IPRO Coodetec 2830,80 ab 37 71MF00 RR GDM 2581,30 ab
12 NS 7011 IPRO Nidera 3661,95 ab 38 W 799 RR Wehrmann 3247,10 ab
13 NS 6909 IPRO Nidera 3465,00 ab 39 BG 4377 Biogene 3658,90 ab
14 LG 60163 IPRO INOX Limagrain 3273,30 ab 40 NS 7209 RR Nidera 3061,55 ab
15 ST 620 IPRO Soytech 3358,75 ab 41 CD 2737 RR Coodetec 3440,60 ab
16 NS 7200 IPRO Nidera 3258,10 ab 42 NS 7227 RR Nidera 4136,90 a
17 NS 5959 IPRO Nidera 2911,05 ab 43 CD 2728 RR Coodetec 2910,95 ab
18 36B31 IPRO Bayer 3539,50 ab 44 75MF00 RR GDM 3564,60 ab
19 SYN 13610 IPRO Syngenta 2628,10 ab 45 POTENCIA Brasmax 3105,80 ab
20 SYN 1360 IPRO Syngenta 3230,30 ab 46 DESAFIO RR Brasmax 3857,85 ab
21 M 7110 IPRO Monsoy 3163,40 ab 47 RA 516 RR BR Genètica 3070,50 ab
22 NS 7000 IPRO Nidera 2910,15 ab 48 PP 8201 IPRO GDM 3911,20 ab
23 M 6972 IPRO Monsoy 3038,45 ab 49 M 7739 Monsoy 3460,40 ab
24 LG 60177 IPRO Limagrain 3451,65 ab 50 TEC 7849 RR Bayer 3095,45 ab
25 NS 7338 IPRO Nidera 3274,35 ab 51 NS 7490 RR Nidera 3514,60 ab
26 ST 797 IPRO Soytech 3499,15 ab 52 W 791 RR Wehrmann 3907,85 ab
32
3.2 Safra 2015/2016 - Fitossanidade e produtividade em cultivares comerciais de soja
Na safra 2015/16, foi observado que aos 73, 79, 94, 101, 108 e 115 DAP foram
detectadas respectivamente proporções de 11/13, 8/13, 9/13, 9/13, 8/13 e 8/13 doenças, 6/8,
6/8, 5/8, 3/8, 2/8 e 1/8 pragas e 3/4, 4/4, 3/4, 2/4, 1/4 e 1/4 doenças abióticas nas cultivares
avaliadas (Tab. 8, 9, 10, 11, 12 e 13). Os fitopatógenos foram mais incidentes nas cultivares
avaliadas na safra 2015/2016, sendo este o principal fator fitossanitário de dano nas cultivares
comerciais avaliadas.
As doenças que apresentaram a maior porcentagem de ocorrência nas cultivares aos
73, 79, 94, 101, 108 e 115 DAP, respectivamente, foram mancha- alvo (86 %) (Tab. 8),
mancha- alvo (88 %) (Tab. 9), mancha- alvo (70 %) (Tab. 10), bacteriose (46 %) (Tab. 11),
bacteriose (39 %) (Tab. 12) e mancha- de-cercospora e ferrugem-asiática (14 %) (Tab. 13).
Em relação a incidência de pragas, a mosca-branca apresentou maiores porcentagens de
incidência nas cultivares em todas as avaliações, com 100 % (73 DAP) (Tab. 8), 100 % (79
DAP) (Tab. 9), 77 % (94 DAP) (Tab. 10), 35 % (101 DAP) (Tab. 11), 11 % (108 DAP) (Tab.
12), e 2 % (115 DAP) (Tab. 13). A fitotoxidez (deriva de gramoxone) presente em muitos
cultivos, consequente do manejo fitossanitário (herbicidas, inseticidas, fungicidas, adubos
foliares), apresentou maior porcentagem de incidência nas cultivares aos 73 DAP (35 %)
(Tab. 8), 79 DAP (61 %) (Tab. 9), 94 DAP (72 %) (Tab. 10), 101 DAP (28 %) (Tab. 11) e
108 DAP (18 %) (Tab. 12). Já na última avaliação feita as 115 DAP, foi detectada apenas o
sintoma de gramoxone em 5 % das cultivares (Tab. 13), reduzindo o efeito ao final do cultivo.
Aos 73 dias após plantio (DAP), a mancha- alvo (86 %), bacteriose (84 %) e o míldio
(82 %) foram as doenças que apresentaram maior % de incidência nas cultivares (Tab. 8).
Somente as cultivares HO JARAES IPRO©, NS 7490 RR©, NS 7497 RR©, PP 71MF00 RR©,
TEC 7022 IPRO© e W 787 RR© não tiveram a presença de doenças aos 73 DAP. A mancha-
alvo apresentou surtos severos, mas esporádicos, e tem sido observados nas regiões mais frias
do Sul e nas regiões altas dos Cerrados (EMBRAPA, 2011), como no local de instalação do
experimento da safra 2015-2016 (900 m de altitude).
Nessa avaliação a mosca-branca foi detectada em 100 % das cultivares, em 72 % falsa
medideira em estádio larval e 42 % falsa-medideira (Tab. 8). Os prejuízos de B. tabaci na
soja, em geral, decorrem da sucção da seiva, da excreção de substância açucarada rica em
açúcares que serve como fonte de C para desenvolvimento de fumagina (Capnodium spp.)
afetando a fotossíntese e transmitindo de begomoviroses (LOPEZ et al., 2008). As lagartas
33
causam danos pelo consumo de área foliar, acarretando redução da área fotossintética das
plantas, comprometendo, consequentemente, a produção, principalmente se as desfolhas
ocorreram durante os estádios reprodutivos da cultura. O consumo da área foliar varia de
acordo com a espécie e estádio de desenvolvimento (NAKANO et al., 1981; GALLO et al.,
2002).
Já os fatores abióticos, 35 % das cultivares apresentaram sintoma de fitotoxidez, 26 %
sintoma carijó e 12 % deficiência de boro e/ou soja louca (Tab. 8).
34
Grupo Fitossanitário Nome Popular Nome Científico Cultivares Incidência (%)
Doenças Míldio Peronospora manshurica
6563®, 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, AS 3610 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B31 IPR0®, FLECHA®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 797 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®.
47/57 82%
Antracnose Colletotrichum truncatum AS 3610 IPRO®, BG 4569®. 2/57 4%
Mancha Alvo Corynespora cassicola
6563®, 5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, 73 I 70®, AS 3610 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CZ 36B31 IPR0®, CZ 36B58®, FLECHA®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 719 LL®, ST 797 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 791 RR®,
49/57 86%Oídio Erysiphe diffusa 0/57 0%Podridão-cinzenta Macrophomina phaseolina NS 7209 IPRO®. 1/57 2%Mela Rhizoctonia solani CG 8166 RR®, CZ 36B58®, ST 719 LL®. 3/57 5%
Mancha -de-cercospora Cercospora sp.
6563®, 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, AS 3610 IPRO®, BONUS®, CZ 36B31 IPR0®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7300 IPRO®, NS 7490 RR®, PP 7500 IPRO®, ST 620 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®. 23/57 40%
Fumagina Capnodium sp. 0/57 0%Mancha-de-ascoquita Ascochyta sojae NS 7300 IPRO®. 1/57 2%
Bacteriose
Xanthomonas axonopodis pv. glycines e Pseudomonas syrngae
6563®, 5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, 73 I 70®, AS 3610 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, CD 2687 RR®, CD 2728 IPRO®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 7665 RR®, CZ 36B31 IPR0®, CZ 36B58®, FLECHA®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7202®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 719 LL®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®,
48/57 84%
Cladosporiose Cladosporium fulvum AS 3730 IPRO®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7447 IPRO®. 4/57 7%
Ferrugem-asiática Phakopsora pachyrhizii CZ 36B31 IPR0®, LG 60163 INOX®. 2/57 4%
Mancha-alaranjada Desconhecido
62 MS 00 RR®, AS 3610 IPRO®, CG 67 RR®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 797 IPRO®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 791 RR®.
15/57 26%
Pragas Mosca-branca Bemisia tabaci
6563®, 5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, 73 I 70®, AS 3610 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BG 4569®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B31 IPR0®, CZ 36B58®, FLECHA®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 719 LL®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®.
57/57 100%
Falsa-medideira Chrysodeixis includens
5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BG 4569®, CD 2687 RR®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B58®, HO PARANAIBA®, LG 60177®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7670 RR®, PP 71MF00 RR®, PP 8201 IPRO®, ST 719 LL®, ST 797 IPRO®, W 787 RR®, 24/57 42%
Percevejo-marrom Euchistus heros
5G 850 RR®, BONUS®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, HO PARANAIBA®, NS 7338 IPRO®, NS 7497 RR®, NS 8094 RR®, ST 797 IPRO®, W 787 RR®.
10/57 18%Percevejo-barriga-verde Dichelops furcatus NS 8094 RR®. 1/57 2%Percevejo-gaúcho Leptoglossus zonatus 0/57 0%
Falsa-medideira jovem Liriomyza sp.
6563®, 5G 850 RR®, 64 MS 00 IPRO®, 73 I 70®, BG 4377®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B58®, FLECHA®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7670 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 719 LL®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®.
41/57 72%Lagarta-do-cartucho Spodoptera sp. 0/57 0%Vaquinha Diabrotica speciosa W 791 RR®. 1/57 2%
Abiótico Sintoma carijó Desconhecido
64 MS 00 IPRO®, 73 I 70®, AS 3610 IPRO®, CD 2687 RR®, CG 67 RR®, CZ 36B31 IPR0®, LG 60163 INOX®, M 7110 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7209 IPRO®, POWER®, ST 620 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®. 15/57 26%
Fitotoxidez por deriva de gramoxone Não determinado 0/57 0%
Deficiência de Boro Não determinadoBG 4377®, M 7110 IPRO®, NS 7209 IPRO®,NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, POWER®, W 791 RR®. 7/57 12%
Segundo padrão de fitotoxidez Não determinado
5G 850 RR®, 64 MS 00 IPRO®, AS 3610 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CZ 36B31 IPR0®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, ST 620 IPRO®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TMG 2158 IPRO®. 20/57 35%
Tabela 8. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 73 dias após o plantio (DAP).
35
Na segunda avaliação, realizada aos 79 DAP foi observado em 88 % das cultivares a
presença de mancha-alvo, em 86 % de míldio e 75 % com sintoma de bacteriose (Tab. 9).
Neste período houve um regime de chuvas periódico e intermitente o que favorece a
incidência e infecção de fitobactérias como apontado por GARCÍA-GUZMÁN e DIRZO,
(2001). Houve aumento da presença de mancha-alvo quando comparada a primeira avaliação
de 86 % (Tab. 8) para 88 % (Tab. 9) e também de míldio, 82 % (Tab. 8) para 86 % (Tab. 9).
Já as cultivares com sintoma de bacteriose houve uma diminuição de 84 % (Tab. 8) para 75 %
(Tab. 9). Segundo Yorinori et al. (2009), a doença pode ocorrer em qualquer fase do ciclo da
soja, necessitando apenas de altas umidade e temperatura, já que é nativo das principais
regiões produtoras de soja.
Na segunda avaliação a mosca-branca (100 %), larva-minadora (51 %) e a falsa-
medideira (46 %) se mantiveram com a maior presença nas cultivares comerciais de soja
(Tab. 7). Entretanto, foi possível observar a presença de Spodoptera sp. em 42 % das
cultivares, enquanto na primeira avaliação não havia a presença dessa praga (Tab. 9).
Em 61 % das cultivares foi detectado a fitotoxidez, 56 % sintoma de gramoxone e 46
% sintoma de carijó. Foi possível observar um aumento na fitotoxidez, passando de 35 %
(Tab. 8) para 61 % (Tab. 9) e do sintoma carijó de 26 % (Tab. 8) para 46 % (Tab. 9).
36
Grupo Fitossanitário Nome Popular Agente causal Cultivares Incidência (%)
Doenças Míldio Peronospora manshurica
6563®, 5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 64 MS 00 IPRO®, AS 3610 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BG 4569®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, FLECHA®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, HO JARAES IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®.
49/57 86%
Antracnose Colletotrichum truncatum
AS 3730 IPRO®, BONUS®, CD 2737 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B31 IPR0®, HO JARAES IPRO4569®, HO JARAES IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 8201 IPRO®, ST 797 IPRO®, TMG 2158 IPRO®, W 787 RR®.
25/57 44%
Mancha-alvo Corynespora cassicola
6563®, 5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 73 I 70®, AS 3610 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B31 IPR0®, CZ 36B58®, FLECHA®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®,NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 719 LL®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 50/57 88%
Oídio Erysiphe diffusa 0/57 0%Podridão-cinzenta Macrophomina phaseolina 0/57 0%Mela Rhizoctonia solani 0/57 0%
Mancha-de-cercospora Cercospora sp.64 MS 00 IPRO®, CD 2687 RR®, CZ 36B31 IPR0®, FLECHA®, LG 60163 INOX®, M 7110 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7200 RR®, ST 620 IPRO®, TMG 7062 IPRO®. 10/57 18%
Fumagina Capnodium sp. 0/57 0%Mancha-de-ascoquita Ascochyta sojae NS 7300 IPRO®. 1/57 2%
Bacteriose
Xanthomonas axonopodis pv. glycines e Pseudomonas syrngae
6563®, 5 D 634 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, 73 I 70®, AS 3610 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BG 4569®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2728 IPRO®, CG 67 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B31 IPR0®, FLECHA®, HO JARAES IPRO4569®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, POWER®, ST 620 IPRO®, ST 719 LL®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®. 43/57 75%
Cladosporiose Cladosporium fulvum 0/57 0%Ferrugem-asiática Phakopsora pachyrhizii 6563®. 1/57 2%
Mancha-alaranjada Desconhecido
AS 3610 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, FLECHA®, HO JARAES IPRO®, M 7110 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7667 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 797 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 791 RR®.
17/57 30%
Pragas Mosca-branca Bemisia tabaci
6563®, 5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, 73 I 70®, AS 3610 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BG 4569®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B31 IPR0®, CZ 36B58®, FLECHA®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 719 LL®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®.
57/57 100%
Falsa-medideira Chrysodeixis includens
5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, AS 3610 IPRO®, BG 4569®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B58®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7237 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, ST 719 LL®, TEC 7022 IPRO®, W 787 RR®. 26/57 46%
Percevejo-marrom Euchistus heros CG 7665 RR®, HO JARAES IPRO4569®, LG 60177®, POWER®. 4/57 7%Percevejo-barriga-verde Dichelops furcatus 0/57 0%Percevejo-gaúcho Leptoglossus zonatus 0/57 0%
Falsa-medideira jovem Liriomyza sp.
6563®, 64 MS 00 IPRO®, 3 I 70®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, CD 2728 IPRO®, CD 2737 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B58®, FLECHA®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO JARAES IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7497 RR®, NS 7670 RR®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, ST 620 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158®, TMG 7062 IPRO®, W 791 RR®. 29/57 51%
Lagarta-do-cartucho Spodoptera sp.
6563®, 5G 850 RR®, 64 MS 00 IPRO®, 73 I 70®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B58®, HO PARANAIBA®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, POWER®, PP 71MF00 RR®, ST 719 LL®, TMG 2158®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®. 24/57 42%
Vaquinha Diabrotica speciosa NS 7338 IPRO®. 1/57 2%
Abiótico Sintoma carijó Desconhecido
5 D 634 RR®, 62 MS 00 RR®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2687 RR®,CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CZ 36B31 IPR0®, FLECHA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®,NS 6906 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7209 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7709 IPRO®, PP 71MF00 RR®, PP 8201 IPRO®, ST 719 LL®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 791 RR®.
26/57 46%
Fitotoxidez por deriva de gramoxone Não determinado
5G 850 RR®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2737 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO 4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, HO JARAES IPRO®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 797 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 32/57 56%
Deficiência de Boro Não determinadoCD 2737 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, POWER®.
6/57 11%
Segundo padrão de fitotoxidez Não determinado
6563®, 5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 64 MS 00 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2728 IPRO®, CG 7665 RR®, CZ 36B58®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7209 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7709 IPRO®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 620 IPRO®, ST 719 LL®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, W 791 RR®. 35/57 61%
Tabela 9. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 79 dias após o plantio (DAP).
37
Aos 94 dias após o plantio (DAP), as doenças que apresentaram maior infecção foram
mancha- alvo (70 %), bacteriose (56 %) e oídio (54 %) (Tab. 10). A macha- alvo diminuiu de
88 % (Tab. 9) para 70 % (Tab. 10) e a bacteriose de 75 % (Tab. 9) para 56 % (Tab. 10).
AZEVEDO et al. (2005), em seu trabalho observando a estabilidade nos genótipos de soja em
relação à infecção ao oídio, classificou como resistentes, moderadamente resistentes,
suscetíveis e moderadamente suscetíveis. As variações encontradas na resistência desse
patógeno pode ser resultante da existência de variabilidade ou da influência ambiental.
Nessa avaliação houve diminuição na porcentagem de infecção de mosca branca, de
100 % (Tab. 9) para 77 % (Tab. 10), falsa-medideira de 46 % (Tab. 9) para 35 % (Tab. 10) e
larva-minadora de 51 % (Tab. 9) para 25 % (Tab. 10). Para tal manejo, é necessária a
utilização de táticas, como a escolha de cultivares de soja que sejam desfavoráveis para a
colonização da B. tabaci (Valle e Lourenção, 2002; Lima et al., 2002). Existem alguns
genótipos de soja relatados por Valle e Lourenção (2012) que apontaram um certo grau de
resistência a B. tabaci, podendo ser uma opção para uso nos programas de Manejo Integrado
das Pragas.
Nessa avaliação o sintoma de fitotoxidez apresentou novo aumento de 61 % (Tab. 9)
para 72 % (Tab. 10). A deficiência de boro foi detectada em 26 % das cultivares e o sintoma
carijó em 23 % (Tab. 10).
38
Grupo Fitossanitário Nome Popular Agente causal Cultivares Incidência (%)
Doenças Míldio Peronospora manshurica
5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2687 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, NS 6906 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 8094 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 797 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 791 RR®. 24/57 42%
Antracnose Colletotrichum truncatum
6563®, 5 D 634 RR®, 62 MS 00 RR®, AS 3610 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4569®, CZ 36B31 IPR0®, FLECHA®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7497 RR®, NS 7709 IPRO®, PP 71MF00 RR®, ST 719 LL®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, TMG 2158®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 21/57 37%
Mancha-alvo Corynespora cassicola
6563®, 5G 850 RR®, 64 MS 00 IPRO®, 73 I 70®, AS 3730 IPRO®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, FLECHA®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®,NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, TMG 7062 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 40/57 70%
Oídio Erysiphe diffusa
5G 850 RR®, 73 I 70®, BG 4377®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO4569®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, PP 71MF00 RR®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 31/57 54%
Podridão-cinzenta Macrophomina phaseolina 0/57 0%Mela Rhizoctonia solani 0/57 0%Mancha-de-cercospora Cercospora sp. HO PARANAIBA®, TEC 7022 IPRO®, W 791 RR®. 3/57 5%
Fumagina Capnodium sp.
62 MS 00 RR®, AS 3730 IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, NS 6906 IPRO®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®. 8/57 14%
Mancha-de-ascoquita Ascochyta sojae NS 7300 IPRO®. 1/57 2%
Bacteriose
Xanthomonas axonopodis pv. glycines e Pseudomonas syrngae
6563®, 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, CD 2687 RR®, CG 67 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B31 IPR0®, FLECHA®, HO PARANAIBA®, LG 60177®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, ST 719 LL®, TEC 7022 IPRO®, TEC 7849®, W 791 RR. 32/57 56%
Cladosporiose Cladosporium fulvum 0/57 0%Ferrugem-asiática Phakopsora pachyrhizii 0/57 0%
Mancha-alaranjada Desconhecido
AS 3730 IPRO®, CG 7665 RR®, HO JURUEMA IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7338 IPRO®, PP 8201 IPRO®, W 791 RR®. 8/57 14%
Pragas Mosca-branca Bemisia tabaci
5G 850 RR®,73 I 70®, AS 3730 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2687 RR®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, CZ 36B31 IPR0®, FLECHA®, HO JARAES IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7000 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, POWER®, PP 71MF00 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 797 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 44/57 77%
Falsa-medideira Chrysodeixis includens
5 D 634 RR®, 62 MS 00 RR®, BG 4377®, CD 2687 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, M 7110 IPRO®, NS 7200 RR®, NS 7202®, NS 7237 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7497 RR®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, PP 71MF00 RR®, ST 719 LL®, W 787 RR®. 20/57 35%
Percevejo-marrom Euchistus heros
5G 850 RR®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7505 IPRO®, POWER®, PP 8201 IPRO®, ST 797 IPRO®. 9/57 16%
Percevejo-barriga-verde Dichelops furcatus 0/57 0%Percevejo-gaúcho Leptoglossus zonatus NS 7709 IPRO®. 1/57 2%
Falsa-medideira jovem Liriomyza sp.
73 I 70®, CG 7665 RR®, CZ 36B31 IPR0®, HO PARANAIBA®, NS 7202®, NS 7300 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7497 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, POWER®, PP 7500 IPRO®, W 787 RR®. 14/57 25%
Lagarta-do-cartucho Spodoptera sp. 0/57 0%Vaquinha Diabrotica speciosa 0/57 0%
Abiótico Sintoma carijó Desconhecido
64 MS 00 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CZ 36B31 IPR0®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, PP 7500 IPRO®, TMG 7062 IPRO®. 13/57 23%
Fitotoxidez por deriva de gramoxone Não determinado 0/57 0%
Deficiência de Boro Não determinado
AS 3730 IPRO®, BONUS®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO®, HO PARANAIBA®, LG 60177®, NS 7209 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7709 IPRO®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, W 791 RR®. 15/57 26%
Segundo padrão de fitotoxidez Não determinado
6563®, 5 D 634 RR®, 5G 850 RR®, 64 MS 00 IPRO®, BG 4377®, BONUS®, CD 2728 IPRO®, CG 7665 RR®, CZ 36B58®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60163 INOX®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 6906 IPRO®, NS 7200 5G 850 RR®, 62 MS 00 RR®, 64 MS 00 IPRO®, AS 3730 IPRO®, BONUS®, CD 2737 RR®, CG 67 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO®, HO PARANAIBA®, LG 60177®, M 7110 IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7490 RR®,NS 7667 IPRO®, NS 7709 IPRO®, NS 8094 RR®, PP 8201 IPRO®, W 791 RR®. 41/57 72%
Tabela 10. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 94 dias após o plantio (DAP).
39
Na quarta avaliação, aos 101 dias, as doenças que apresentaram maior infecção foram
bacteriose (46 %), mancha- alvo (44 %) e oídio (37 %) (Tab. 11).
Em relação as pragas, a mosca branca (35 %), larva-minadora (7 %) e a falsa
medideira (4 %), foram as que tiveram maior infecção nas cultivares (Tab. 11).
Nos sintomas abióticos foi observado apenas a presença de fitotoxidez em 28 % das
cultivares e 11 % com sintoma carijó (Tab. 11).
40
Grupo Fitossanitário Nome Popular Agente causal Cultivares Incidência (%)
Doenças Míldio Peronospora manshurica
5G 850 RR®, 73 I 70®, BG 4377®, BONUS®, CD 2737 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 7709 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 797 IPRO®, W 791 RR®. 20/57 35%
Antracnose Colletotrichum truncatum
73 I 70®, BG 4377®, CD 2737 RR®, CG 7665 RR®, HO PARANAIBA®, M 8372 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 8094 RR®, PP 7500 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 16/57 28%
Mancha-alvo Corynespora cassicola
5G 850 RR®, BG 4377®, BONUS®, CD 2737 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 25/57 44%
Oídio Erysiphe diffusa
73 I 70®, BG 4377®, BONUS®, CD 2737 RR®, CG 7665 RR®, HO JARAES IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 8094 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 21/57 37%
Podridão-cinzenta Macrophomina phaseolina 0/57 0%Mela Rhizoctonia solani 0/57 0%
Mancha-de-cercospora Cercospora sp.CD 2737 RR®, HO JARAES IPRO4569®, HO PARANAIBA®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7670 RR®, W 791 RR®. 9/57 16%
Fumagina Capnodium sp.
5G 850 RR®, BONUS®, CD 2737 RR®, HO JARAES IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, PP 8201 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, W 787 RR®. 15/57 26%
Mancha-de-ascoquita Ascochyta sojae NS 7300 IPRO®. 1/57 2%
Bacteriose
Xanthomonas axonopodis pv. glycines e Pseudomonas syrngae
73 I 70®, BONUS®, CD 2737 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, PP 7500 IPRO®, PP 8201 IPRO®, ST 797 IPRO®, TEC 7022 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 26/57 46%
Cladosporiose Cladosporium fulvum 0/57 0%
Ferrugem-asiática Phakopsora pachyrhizii5G 850 RR®, CD 2737 RR®, HO JARAES IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, W 787 RR®. 9/57 16%
Mancha-alaranjada Desconhecido 0/57 0%
Pragas Mosca-branca Bemisia tabaci
5G 850 RR®, BONUS®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, ST 797 IPRO®, W 791 RR®. 20/57 35%
Falsa-medideira Chrysodeixis includens CG 8166 RR®, NS 7300 IPRO®. 2/57 4%Percevejo-marrom Euchistus heros 0/57 0%Percevejo-barriga-verde Dichelops furcatus 0/57 0%Percevejo-gaúcho Leptoglossus zonatus 0/57 0%Falsa-medideira jovem Liriomyza sp. CD 2737 RR®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, NS 7667 IPRO®. 4/57 7%Lagarta-do-cartucho Spodoptera sp. 0/57 0%Vaquinha Diabrotica speciosa 0/57 0%
Abiótico Sintoma carijó DesconhecidoCG 7665 RR®, HO JURUEMA IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 8094 RR®, PP 8201 IPRO®. 6/57 11%
Fitotoxidez por deriva de gramoxone Não determinado 0/57 0%Deficiência de Boro Não determinado 0/57 0%
Segundo padrão de fitotoxidez Não determinado
BG 4377®, HO JARAES IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7505 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, PP 7500 IPRO®, ST 797 IPRO®. 16/57 28%
Tabela 11. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 101 dias após o plantio (DAP).
41
Grupo Fitossanitário Nome Popular Agente causal Cultivares Incidência (%)
Doenças Míldio Peronospora manshurica BG 4377®. 1/57 2%
Antracnose Colletotrichum truncatum
BONUS®, CD 2737 RR®, CG 7665 RR®, HO PARANAIBA®, LG 60177®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7490 RR®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, PP 7500 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 16/57 28%
Mancha-alvo Corynespora cassicola BONUS®, NS 7209 IPRO®, PP 7500 IPRO®. 3/57 5%
Oídio Erysiphe diffusa
BG 4377®, BONUS®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO®, HO PARANAIBA®, M 8372 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, PP 7500 IPRO®, ST 797 IPRO®, W 791 RR®. 17/57 30%
Podridão-cinzenta Macrophomina phaseolina 0/57 0%Mela Rhizoctonia solani 0/57 0%
Mancha-de-cercospora Cercospora sp.
5G 850 RR®, BG 4377®, BONUS®, CG 7665 RR®, HO JARAES IPRO®, HO JURUEMA IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7667 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, PP 7500 IPRO®. 14/57 25%
Fumagina Capnodium sp.
5G 850 RR®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PARANAIBA®, M 8372 IPRO®, NS 7670 RR®. 8/57 14%
Mancha-de-ascoquita Ascochyta sojae 0/57 0%
Bacteriose
Xanthomonas axonopodis pv. glycines e Pseudomonas syrngae
5G 850 RR®, BG 4377®, BONUS®, CG 7665 RR®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, HO PARANAIBA®, HO PIRIQUI IPRO®, LG 60177®, M 8372 IPRO®, NS 7209 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, PP 7500 IPRO®, ST 797 IPRO®, W 787 RR®, W 791 RR®. 22/57 39%
Cladosporiose Cladosporium fulvum 0/57 0%
Ferrugem-asiática Phakopsora pachyrhizii
5G 850 RR®, BONUS®, CG 7665 RR®, HO JARAES IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7237 IPRO®, NS 7338 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 7670 RR®, NS 8094 RR®, ST 797 IPRO®, W 791 RR®. 12/57 21%
Mancha-alaranjada Desconhecido 0/57 0%
Pragas Mosca-branca Bemisia tabaci
5G 850 RR®, CG 7665 RR®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7670 RR®. 6/57 11%
Falsa-medideira Chrysodeixis includens 0/57 0%Percevejo-marrom Euchistus heros 0/57 0%Percevejo-barriga-verde Dichelops furcatus 0/57 0%Percevejo-gaúcho Leptoglossus zonatus 0/57 0%
Falsa-medideira jovem Liriomyza sp.
HO JARAES IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, LG 60177®, NS 7300 IPRO®. 4/57 7%
Lagarta-do-cartucho Spodoptera sp. 0/57 0%Vaquinha Diabrotica speciosa 0/57 0%
Abiótico Sintoma carijó Desconhecido 0/57 0%Fitotoxidez por deriva de gramoxone Não determinado 0/57 0%Deficiência de Boro Não determinado 0/57 0%
Segundo padrão de fitotoxidez Não determinado
5G 850 RR®, BG 4377®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, HO PIRIQUI IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7300 IPRO®, NS 7447 IPRO®, NS 8094 RR®, ST 797 IPRO®. 10/57 18%
Aos 108 dias, foi detectado em 39 % das cultivares a presença de bacteriose, 30 %
com oídio e 28 % com antracnose (Tab. 12). Houve diminuição da infecção por bacteriose de
46 % (Tab. 11) para 39 % (Tab. 12) e oídio de 37 % (Tab. 11) para 30 % (Tab. 12). A
antracnose atinge proporções epidêmicas nas regiões mais quentes e úmidas do cerrado, onde
a temperatura é mais elevada e as chuvas são normalmente mais intensas e frequentes
(EMBRAPA, 2000). E nos últimos anos, tem sido responsável por severas perdas de soja nos
Cerrados e cuja etiologia ainda não está esclarecida (KLINGELFUSS & YORINORI, 2001)
Nessa avaliação, foi observada a presença apenas de mosca branca (11 %) e de falsa
medideira jovem (7 %) (Tab. 12).
Dos fatores abióticos avaliados, aos 108 dias após plantio (DAP) foi detectado apenas
o sintoma de fitotoxidez em 18 % das cultivares (Tab. 12).
Tabela 12. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 108 dias após o plantio (DAP).
42
Grupo Fitossanitário Nome Popular Agente causal Cultivares Incidência (%)
Doenças Míldio Peronospora manshurica 0/57 0%Antracnose Colletotrichum truncatum 5G 850 RR®, AS 3730 IPRO®, HO JARAES IPRO®, NS 7300 IPRO®. 4/57 7%Mancha-alvo Corynespora cassicola M 8372 IPRO®. 1/57 2%
Oídio Erysiphe diffusa5G 850 RR®, AS 3730 IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7300 IPRO®. 6/57 11%
Podridão-cinzenta Macrophomina phaseolina 0/57 0%Mela Rhizoctonia solani 0/57 0%
Mancha-de-cercospora Cercospora sp.
5G 850 RR®, AS 3730 IPRO®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7300 IPRO®. 8/57 14%
Fumagina Capnodium sp. 5G 850 RR®, M 8372 IPRO®. 2/57 4%Mancha-de-ascoquita Ascochyta sojae NS 7300 IPRO®. 1/57 2%
Bacteriose
Xanthomonas axonopodis pv. glycines e Pseudomonas syrngae
5G 850 RR®, AS 3730 IPRO®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, M 8372 IPRO®. 6/57 11%
Cladosporiose Cladosporium fulvum 0/57 0%
Ferrugem-asiática Phakopsora pachyrhizii
5G 850 RR®, AS 3730 IPRO®, CG 8166 RR®, HO JARAES IPRO®, HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, M 8372 IPRO®, NS 7300 IPRO®. 8/57 14%
Mancha-alaranjada Desconhecido 0/57 0%Pragas Mosca-branca Bemisia tabaci M 8372 IPRO®. 1/57 2%
Falsa-medideira Chrysodeixis includens 0/57 0%Percevejo-marrom Euchistus heros 0/57 0%Percevejo-barriga-verde Dichelops furcatus 0/57 0%Percevejo-gaúcho Leptoglossus zonatus 0/57 0%Falsa-medideira jovem Liriomyza sp. 0/57 0%Lagarta-do-cartucho Spodoptera sp. 0/57 0%Vaquinha Diabrotica speciosa 0/57 0%
Abiótico Sintoma carijó Desconhecido 0/57 0%Fitotoxidez por deriva de gramoxone Não determinado HO JARAES IPRO4569®, HO JURUEMA IPRO®, NS 7300 IPRO®. 3/57 5%Deficiência de Boro Não determinado 0/57 0%Segundo padrão de fitotoxidez Não determinado 0/57 0%
Na última avaliação foi feita aos 115 dias após o plantio (DAP), as doenças que
tiveram maior infeção foram mancha-de-cercospora (14%), ferrugem-asiática (14 %), oídio
(11 %) e bacteriose (11 %) (Tab. 13). De acordo com Furlan (2011), o cultivo da soja na
entressafra funciona como uma “ponte verde” para permanência do fungo causador da
ferrugem-asiática e aparecimento do mesmo mais cedo nas lavouras, podendo causar elevadas
perdas, variando entre 30 % e 90 %. De acordo com Teixeira et al. (2011), um dos fatores que
influenciam a ocorrência da ferrugem- asiática na soja, são as condições climáticas
favoráveis. Foi possível observar a presença de mosca branca em 2 % das cultivares (Tab.
13). Dentre os fatores abióticos, nessa última avaliação foi possível observar sintomas de
gramoxone em 5 % das cultivares (Tab. 13).
Tabela 13. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 115 dias após o plantio (DAP).
43
Na safra 2015/16, foram observadas diferenças significativas entre as cultivares
comerciais de soja em relação à área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD),
variando entre 70,5, na cultivar CG 8166 RR© e 13, 4 valor apresentado pela cultivar CZ
36B31 IPRO© (Tab. 14). A AACPD é uma variável recomendada por alguns autores por
representar a epidemia como um todo, pois leva em consideração o estresse que a cultura
sofreu durante vários estádios de desenvolvimento (Bergamin Filho & Amorim, 1996).
As cinco cultivares que apresentaram os maiores valores de AACPD foram CG 8166
RR©, 5G 850 RR©, NS 7670 RR©, W 787 RR© e NS 8094 RR© (Fig. 1 e 2). E as que
apresentaram menores níveis de foram as cultivares M 7110 IPRO©, TMG 2158 IPRO©, NS
7667 IPRO©, NS 7505 IPRO© e CZ 36B31 IPRO© (Fig. 1 e 2). O valor da AACPD sintetiza
todas as avaliações de severidade em um único valor.
44
Tabela 14. Médias das incidências temporais da severidade e área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD) em cultivares comerciais de soja*.
*Valores seguidos de mesma letra na vertical não diferem entre si ao teste Skott-Knott à P˜0,05.
Genótipos Dias após o plantio AACPD
73 79 94 101 108 115 6563 0,7 a 0,5 b 1,5 a 0 d 0 c 0 c 18,7 b 5 D 634 RR 1,2 a 1 b 1 a 0 d 0 c 0 c 21,7 b 5G 850 RR 1 a 1,6 a 1,5 a 2 a 2 a 1,5 a 57,8 a 62 MS 00 RR 0,7 a 2,6 a 2 a 0 d 0 c 0 c 44,5 a 64 MS 00 IPRO 0,7 a 1,6 a 1,7 a 0 d 0 c 0 c 32,7 b 73 I 70 1 a 0,5 b 3 a 0 d 0 c 0 c 30,7 b AS 3610 IPRO 1 a 0,05 b 2 a 0 d 0 c 0 c 18,5 b AS 3730 IPRO 0,7 a 0,1 b 2 a 0 d 0 c 0,5 c 20 b BG 4377 1 a 0,5 b 3 a 1,5 b 0,7 b 0 c 41,2 a BG 4569 1,5 a 0,6 b 1 a 0 d 0 c 0 c 18,8 b BONUS 1 a 0,1 b 1,5 a 1 c 1 b 0 c 25,8 b CD 2687 RR 1 a 1 b 1,7 a 0 d 0 c 0 c 26,6 b CD 2728 IPRO 0,7 a 2,7 a 0,5 a 0 d 0 c 0 c 34,9 b CD 2737 RR 0,7 a 0,6 b 1,5 a 2,7 a 1 b 0 c 36,9 b CG 67 RR 1 a 2 a 2,2 a 0 d 0 c 0 c 40,9 a CG 7665 RR 1 a 1,3 a 2 a 2,2 a 1,5 a 0 c 50 a CG 8166 RR 1 a 2,2 a 2 a 2,7 a 2 a 1,5 a 70,5 a CZ 36B31 IPR0 0,7 a 0,3 b 1 a 0 d 0 c 0 c 13,4 b CZ 36B58 1,5 a 2 a 0,5 a 0 d 0 c 0 c 29,2 b FLECHA 1 a 1,5 a 1 a 0 d 0 c 0 c 26,2 b HO JARAES IPRO 0,7 a 0 b 1,5 a 0,7 c 1 b 1,2 b 27,5 b HO JURUEMA IPRO 1 a 0,05 b 1 a 0,7 c 1 b 2 a 27,6 b HO PARANAIBA 1 a 0,6 b 1 a 1,2 b 0,5 c 0 c 24,7 b HO PIRIQUI IPRO 1,2 a 0,05 b 1,2 a 1,2 b 0,3 c 0 c 20,5 b LG 60163 INOX 1,5 a 0,8 b 1,5 a 0 d 0 c 0 c 24,7 b LG 60177 1 a 0,1 b 1 a 1 c 1 b 0 c 22 b M 7110 IPRO 1 a 0,5 b 1,2 a 0 d 0 c 0 c 17,2 b M 8372 IPRO 0,7 a 0 b 1 a 1,2 b 1 b 1 b 24,6 b NS 6906 IPRO 1 a 1,2 a 1,5 a 0 d 0 c 0 c 27,4 b NS 7000 IPRO 0,7 a 1,5 a 2,5 a 0 d 0 c 0 c 36,7 b NS 7200 RR 1,2 a 0,7 b 2 a 0 d 0 c 0 c 26,6 b NS 7202 1,2 a 1,2 a 2 a 0 d 0 c 0 c 31,9 b NS 7209 IPRO 0,7 a 0 b 2 a 2,7 a 0,5 c 0 c 30,4 b NS 7237 IPRO 1 a 0,4 b 2,2 a 1 c 1 b 0 c 35,1 b NS 7300 IPRO 1 a 1,6 a 2 a 1 c 1 b 0,7 b 48,4 a NS 7338 IPRO 1 a 0,1 b 2 a 1 c 1 b 0 c 30,1 b NS 7447 IPRO 0,7 a 0,2 b 2 a 1,2 b 1,5 a 0 c 34,7 b NS 7490 RR 0,8 a 1,2 a 3 a 2,5 a 0 c 0 c 46,9 a NS 7497 RR 1,5 a 1,5 a 2,7 a 0 d 0 c 0 c 40,9 a NS 7505 IPRO 1 a 0,1 b 1 a 1 c 0 c 0 c 15,6 b NS 7667 IPRO 0,5 a 0 b 1 a 1 c 0,5 c 0 c 16 b NS 7670 RR 1 a 2 a 1,5 a 2,2 a 2 a 0 c 57,1 a NS 7709 IPRO 0,7 a 2,2 a 2,2 a 0 d 0 c 0 c 42,7 a NS 8094 RR 1,5 a 1 b 2,5 a 2,2 a 2 a 0 c 55,6 a POWER 1 a 0 b 2 a 0 d 0 c 0 c 18 b PP 71MF00 RR 1 a 0,6 b 2,5 a 0 d 0 c 0 c 28,6 b PP 7500 IPRO 0,7 a 0,2 b 1 a 0,5 c 2 a 0 c 28,1 b PP 8201 IPRO 1 a 0,1 b 1 a 2,2 a 0 c 0 c 19,9 b ST 620 IPRO 1,2 a 1,4 a 1 a 0 d 0 c 0 c 25,9 b ST 719 LL 1,5 a 1,6 a 1 a 0 d 0 c 0 c 28,8 b ST 797 IPRO 1,1 a 0,2 b 1,2 a 1,5 b 1 b 0 c 27,5 b TEC 7022 IPRO 0,7 a 1 b 1,5 a 0 d 0 c 0 c 24 b TEC 7849 1 a 0,5 b 1,5 a 0 d 0 c 0 c 19,5 b TMG 2158 IPRO 1,1 a 0,6 b 1 a 0 d 0 c 0 c 17,1 b TMG 7062 IPRO 0,7 a 0,7 b 1,5 a 0 d 0 c 0 c 21,4 b W 787 RR 0,7 a 1,9 a 2,7 a 3 a 0,5 c 0 c 56,8 a W 791 RR 0,7 a 0,2 b 1 a 1,7 b 0,5 c 0 c 21,5 b Valor F 0,9 ns 3,1 ns 0,8 ns 5,9 ** 4,5 ** 4,5 ** 2,8 ** CV (%) 35,9 2,7 4,2 2,51 2,3 1.4 34,24
45
As cultivares que apresentam maior suscetibilidade fitossanitária, do total de cultivares
avaliadas neste período de 2015-2016, que apresentaram danos de severidade provocados por
complexos de pragas e doenças, foram representadas por CG 8166 RR©, 5G 850 RR©, NS
7670 RR©, W 787 RR©, NS 8094 RR©, todas cultivares com resistência ao glifosato (RR). As
cultivares que apresentaram menores severidades fitossanitárias foram M 7110 Ipro©, TMG
2158 Ipro©, NS 7667 Ipro©, NS 7505 Ipro©, CZ 36831 Ipro©, todas com tecnologia de
resistência a lagarta (Fig. 1).
Figura 1. Amostragem da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) das cinco
maiores e cinco menores médias em cultivares comerciais de soja.
Estas mesmas cultivares de soja apresentaram amplitudes de curvas de progresso
separando no tempo dois grupos de materiais, o qual entremeando poderemos encontrar as
curvas de progresso das demais cultivares avaliadas (Fig. 2). As cultivares com ciclo curto
como M 7110 Ipro e CZ 36B31 Ipro, que apresentaram 0% de severidade aos 100 dap,
apresentaram as mais baixas severidades fitossanitárias, e as cultivares tardias também
apresentaram esse comportamento, demonstrando que a reação da planta ao ataque de pragas
e doenças tem controle genético mediada pelas progênies que deram origem a esta cultivar.
Nenhuma cultivar precoce ficou no grupo representado pelas cultivares mais afetadas por
pragas e doenças (W797 RR, CG 8166 RR, 5G 850 RR, NS 8090 RR) pois estas
apresentaram folhas para avaliação no terço inferior apos 100 DAP (Fig. 2).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
CG8166RR 5G850RR NS7670RR W787RR NS8094RR M7110IPRO
TMG2158IPRO
NS7667IPRO
NS7505IPRO
CZ36B31IPR0
AACP
D
Cultivarescomerciaisdesoja
46
Figura 2. Curvas de progresso da doença da severidade das cinco cultivares de soja com
maiores e menores valores de AACPD.
As cultivares analisadas na safra 2015/16 diferiram estatisticamente entre si,
variando de 2.019,9 a 4.854,05 kg.ha-1 (Tab. 15).
A maior produtividade foi observada na cultivar BONUS© com média de 4.854,05
kg.ha-1 que apresentou durante as avaliações a incidência do míldio, oídio, fumagina,
antracnose, bacteriose, mancha-alaranjada, mancha- alvo, ferrugem, sintoma carijó,
gramoxone, mosca- branca, percevejo- marrom e sintoma de fitotoxidez. Já a cultivar 5G850
RR© apresentou menor produtividade com média de 2.019,9 kg.ha-1, nas avaliações essa
cultivar apresentou incidência de míldio, antracnose, mancha- alvo, oídio, murcha-de-
macrophomina, mancha-de-cercospora, fumagina, bacteriose, ferrugem, mosca-branca, falsa-
medideira, percevejo- marrom, larva-minadora, lagarta-do-cartucho, gramoxone e sintoma de
fitotoxidez (Tab. 8, 9, 10, 11, 12 e 13).
A média nacional brasileira de produtividade de soja observado na safra 2015/16 foi
de 2.870 kg.ha-1 (CONAB, 2016). Comparativamente com a cultivar BONUS© que
apresentou maior média de produção, obtivemos uma produtividade 40% superior; já a pior
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120
AACP
D
Diasapósplantio(DAP)
CG8166RR
5G850RR
NS7670RR
W787RR
NS8094RR
M7110IPRO
TMG2158IPRO
NS7667IPRO
NS7505IPRO
CZ36B31IPR0
47
Ord. Genótipos Empresa/Patente Produtividade/média
(Kg/ha)
Ord. Genótipos Empresa/Patente Produtividade/média
(Kg/ha) 1 6563 Don Mario 4149.45 b
29 NS 6906 IPRO Nidera 4278,3 b
2 5 D 634 RR Dow 3472,35 e
30 NS 7000 IPRO Nidera 3716,7 d 3 5G 850 RR Dow 2019,9 i
31 NS 7200 RR Nidera 4181,45 b
4 62 MS 00 RR Macrossed 2507,65 h
32 NS 7202 Nidera 3631,65 d 5 64 MS 00 IPRO Macrossed 3834 c
33 NS 7209 IPRO Nidera 4183,05 b
6 73 I 70 Agrorosso 4186,65 b
34 NS 7237 IPRO Nidera 4076,2 b 7 AS 3610 IPRO Agroeste 3894,0 c
35 NS 7300 IPRO Nidera 4255,4 b
8 AS 3730 IPRO Agroeste 3955,8 c
36 NS 7338 IPRO Nidera 3975,05 c 9 BG 4377 Biogene 3517,3 e
37 NS 7447 IPRO Nidera 4190,95 a
10 BG 4569 Biogene 3512,55 e
38 NS 7490 RR Nidera 3389,95 e 11 BONUS Brasmax 4854,05 a
39 NS 7497 RR Nidera 3481,5 e
12 CD 2687 RR Coodetec 3440 e
40 NS 7505 IPRO Nidera 3632,75 d 13 CD 2728 IPRO Coodetec 3458 e
41 NS 7667 IPRO Nidera 4038.95 b
14 CD 2737 RR Coodetec 3953,05 c
42 NS 7670 RR Nidera 3733,6 d 15 CG 67 RR Sementes Caraiba 3161,55 f
43 NS 7709 IPRO Nidera 4055,2 b
16 CG 7665 RR Sementes Caraiba 3311 f
44 NS 8094 RR Nidera 3394,8 e 17 CG 8166 RR Sementes Caraiba 2787,85 g
45 POWER Brasmax 3153,95 f
18 CZ 36B31 IPR0 Bayer 3819,95 c
46 PP 71MF00 RR GDM 3767,2 d 19 CZ 36B58 Bayer 3270,15 f
47 PP 7500 IPRO GDM 4021,2 b
20 FLECHA Brasmax 4247,4 b
48 PP 8201 IPRO GDM 3218,65 f 21 HO JARAES IPRO HO sementes 2570 h
49 ST 620 IPRO Soytech 3536,6 e
22 HO JURUEMA IPRO HO sementes 2907 g
50 ST 719 LL Soytech 3465,55 e 23 HO PARANAIBA HO sementes 3420,55 e
51 ST 797 IPRO Soytech 3434,2 e
24 HO PIRIQUI IPRO HO sementes 3700,65 d
52 TEC 7022 IPRO Bayer 3765,35 d 25 LG 60163 INOX LG sementes 3639,45 d
53 TEC 7849 Bayer 3953,1 c
26 LG 60177 LG sementes 3911,95 c
54 TMG 2158 IPRO TMG 3768,15 d 27 M 7110 IPRO Monsoy 3415 e
55 TMG 7062 IPRO TMG 3704,75 d
28 M 8372 IPRO Sementes Adriana 3067,5 f
56 W 787 RR Wehrmann 4012,4 b
57 W 791 RR Wehrmann 4142,4 b
produtividade observada pela cultivar 5G850 RR© foi de 29 % abaixo da média nacional
(Tab. 15).
A média de produtividade das cultivares analisadas no experimento foi de 3.635,55
kg.ha-1, ou seja, 21% acima da média nacional. Apenas 7% das cultivares analisadas durante o
experimento apresentaram produtividades médias abaixo da média nacional (Tab. 15).
Tabela 15. Produtividade média das cultivares analisadas durante a safra 2015/2016, Ipameri,
GO.
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si ao teste Skott-Knott à P~0,05.
3.3 Análise comparativa do comportamento das cultivares nas duas safras
Na safra 2014/2015 foram observados sete focos de pragas e doenças, e na safra
2015/2016 foi observado um número maior de focos (oito) (Tab. 16), o que não tem relação
com danos provocados no hospedeiro, somente constatação de virulência no germoplasma
analisado.
48
Na avaliação aos 79 DAP, para as 19 cultivares, ao compararmos as duas safras
houve um aumento da % de cultivares com incidência de antracnose (+ 21,1 %), mancha alvo
(+ 31,6 %), mancha-de-ascochyta (+ 5,3 %), bacteriose foliar (47,4 %) e mosca-branca (+ 5,3
%). Foi observado uma redução da % de cultivares com incidência de míldio (- 10,5 %),
mancha-de-cercospora (- 5,3 %), cladosporiose (- 10,5 %) e falsa-medideira (- 5,3 %). E por
fim, não houve incidência de oídio, murcha-de-macrofomina, mela, fumagina, percevejo
marrom, percevejo barriga verde e lagarta-enroladeira aos 79 DAP nas cultivares avaliadas
(Tab. 16).
Merece destaque neste período a elevada incidência de bacteriose foliar (Tab. 16)
influenciada pelo regime de chuvas e ausência de veranicos na safra 2015/2016 nestas 19
cultivares.
Dentre as cultivares mais encontradas na região de Ipameri/GO e Cristalina/GO, aos
79 DAP, merece destaque a cultivar Flecha Ipro©, que na safra 2014/2015 apresentou
incidência de míldio, mancha-alvo, cladosporiose e mosca-branca, e na safra 2015/2016
apresentou incidência de míldio, mancha alvo, mancha-de-cercospora, bacteriose e mosca-
branca (Tab 16). A cultivar M 7110 Ipro©, na safra 2014/2015 apresentou incidência de
míldio, mancha-alvo, mancha-de-cercospora e mosca-branca, e na safra 2015/2016 apresentou
incidência de míldio, mancha-de-cercospora. A cultivar NS 7000 Ipro©, na safra 2014/2015
apresentou incidência de míldio, antracnose, mancha-de-cercospora e mosca branca, e na
safra 2015/2016 sofreu incidência apenas de pragas como a mosca-branca e a falsa-medideira
(Tab. 16). O padrão de manejo implementado na condução do experimento, similar a uma
lavoura comercial retardou e/ou inibiu a incidência de doenças nas cultivares avaliadas.
49
GrupoFitossanitário
NomePopular NomeCientífico
Cultivares Incidência/repetição
%
2014/15 2015/16 2014/15 2015/16 2014/15 2015/16
Doenças Míldio Peronosporamanshurica
FLECHAIPRO©,ST620IPRO©,M7110 IPRO©, NS 7000IPRO©, NS 7338 IPRO©, ST797 IPRO©, TEC7022 IPRO©,NS 7300 IPRO©, NS 7237IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS7505 IPRO©, PP 7500©, NS7670RR©,BG4377©,PP8201IPRO©,NS7490RR©.
FLECHA IPRO©,M 7110 IPRO©,NS7237 IPRO©, NS 7300 IPRO©, NS7447IPRO©,NS7490RR©,NS7505IPRO©, NS 7670 RR©, PP 7500IPRO©, PP 8201 IPRO©, ST 620IPRO©, ST 797 IPRO©, TEC 7022IPRO©,W791RR©.
16/19 14/19 84,21 73,68
Antracnose Colletotrichumtruncatum
NS 7000 IPRO©, NS 7447IPRO©,PP7500©.
CD 2737 RR©, NS 7237 IPRO©, NS7300 IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS7505 IPRO©,NS 7670 RR©, ST 797IPRO©.
3/19 7/19 15,78 36,84
ManchaAlvo Corynesporacassicola
FLECHAIPRO©,ST620IPRO©,M7110 IPRO©, NS 7338IPRO©, TEC 7022 IPRO©, NS7300 IPRO©, PP 7500©, PP8201IPRO©,W791RR©.
CD 2737 RR©, FLECHA©, NS 7237IPRO©, NS 7300 IPRO©, NS 7338IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS 7490RR©,NS7505IPRO©,NS7670RR©,71MF00 RR©, PP 7500 IPRO©, PP8201 IPRO©, ST 620 IPRO©, TEC7022IPRO©,W791RR©.
9/19 15/19 47,36 78,94
Oídio Erysiphediffusa
0/19 0/19 0 0
Macrophomina Macrophominaphaseolina
0/19 0/19 0 0
Mela Rhizoctoniasolani
0/19 0/19 0 0
Mancha-de-cercospora
Cercosporasp. ST620IPRO©,M7110IPRO©,NS 7000 IPRO©, NS 7447IPRO©.
FLECHA©, M 7110 IPRO©, ST 620IPRO©.
4/19 3/19 21,05 15,78
Fumagina Capnodiumsp. 0/19 0/19 0 0
Mancha-de-ascoquita
Ascochytasojae
NS7300IPRO©. 0/19 1/19 0 5,26
Bacteriose Xanthomonasaxonopodispv.Glycines
FLECHA©, M 7110 IPRO©, NS 7237IPRO©, NS 7300 IPRO©, NS 7447IPRO©, NS 7490 RR©, NS 7505IPRO©, ST 620 IPRO©, TEC 7022IPRO©.
0/19 9/19 0 47,36
Cladosporium Cladosporiumfulvum
FLECHAIPRO©,NS7670RR©. 2/19 0/19 10,52 0
Pragas MoscaBranca Bemisiatabaci FLECHAIPRO©,ST620IPRO©,M 7110 IPRO©, NS 7000IPRO©,NS7338IPRO©,ST797IPRO©, TEC 7022 IPRO©, NS7300 IPRO©, NS 7237 IPRO©,NS 7447 IPRO©, NS 7505IPRO©, PP 7500©, NS 7670RR©, 71MF00 RR©, CD 2737RR©,PP8201IPRO©,NS7490RR©,W791RR©.
FLECHA IPRO©, ST 620 IPRO©, M7110 IPRO©, NS 7000 IPRO©, NS7338 IPRO©, ST 797 IPRO©, TEC7022 IPRO©, NS 7300 IPRO©, NS7237 IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS7505 IPRO©, PP 7500©, NS 7670RR©, 71MF00 RR©, BG 4377©, CD2737RR©,PP8201 IPRO©,NS7490RR©,W791RR©.
18/19 19/19 94,73 100
FalsaMedideira
Chrysodeixisincludens
ST797 IPRO©, NS7670RR©,71MF00 RR©, BG 4377©, CD2737 RR©, NS 7490 RR©, W791RR©.
NS7000IPRO©,NS7237IPRO©,NS7490 RR©, NS 7670 RR©, 71MF00RR©,TEC7022IPRO©.
7/19 6/19 36,84 31,57
PercevejooMarrom
Euchistusheros
0/19 0/19 0 0
PercevejoBarrigaVerde
Dichelopsfurcatus
0/19 0/19 0 0
LagartaEnroladeira
Omiodesindicata
0/19 0/19 0 0
Tabela 16. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 79 dias após o plantio (DAP), nas duas safras 2014/15 e 2015/16.
50
Na safra 2014/2015 foi observado 13 focos de pragas e doenças, e na safra
2015/2016 foi observado um número menor de focos (11) (Tab. 17), o que não tem relação
com a severidade e danos provocados no hospedeiro, somente constatação de virulência no
germoplasma analisado.
Na avaliação aos 92-94 DAP, para as 19 cultivares, ao compararmos as duas safras
houve um aumento da % de cultivares com incidência de míldio (+31,6), mancha alvo (+ 47,4
%), oídio (+ 63,2 %), bacteriose foliar (+ 47,4 %), falsa medideira (15,8 %). Foi observado
uma redução da % de cultivares com incidência de antracnose (- 5,3 %), murcha-de-
macrophomina (- 15,8 %), mela (- 36,84 %), mancha-de-cercospora (- 5,3 %), fumagina (- 5,3
%), mancha-de-ascoquita (- 10,5 %), mosca-branca (- 15,8 %) e percevejo-marrom (- 10,5
%). E por fim, não houve incidência de cladosporiose, percevejo barriga verde e lagarta
enroladeira aos 92-94 DAP nas cultivares avaliadas (Tab. 17).
Merece destaque neste período a elevada incidência de cultivares apresentando focos
de oídio (68,4 %) e bacteriose foliar (47,4 %) (Tab. 17) influenciada pelo regime de chuvas e
ausência de veranicos na safra 2015/2016 nestas 19 cultivares.
Dentre as cultivares mais encontradas na região de Ipameri/GO e Cristalina/GO, aos
92-94 DAP, merece destaque a cultivar Flecha Ipro©, que na safra 2014/2015 apresentou
incidência de mela, mosca branca, percevejo marrom, e na safra 2015/2016 apresentou
incidência de antracnose, bacteriose e mosca branca (Tab 17). A cultivar M 7110 Ipro©, na
safra 2014/2015 apresentou incidência de antracnose, mela, mancha-de-ascoquita e mosca-
branca, e na safra 2015/2016 apresentou incidência de mancha-alvo, mosca branca e falsa
medideira. A cultivar NS 7000 Ipro©, na safra 2014/2015 apresentou incidência de
antracnose, mancha-alvo e mancha-de-cercospora, e na safra 2015/2016 sofreu incidência
antracnose, mancha-alvo, oídio, bacteriose e mosca-branca (Tab. 17).
Nas duas estações de cultivo avaliadas, mediante o padrão de manejo estabelecido as
4 (79 DAP) e 8 doenças (92-94 DAP) incidiram sem provocar severos danos a produtividade.
51
Grupo Fitossanitário
Nome Popular Nome Científico Cultivares Incidência/
repetição %
2014/15 2015/16 2014/15 2015/16 2014/15 2015/16
Doenças Míldio Peronospora manshurica NS 7300 IPRO©, NS 7505 IPRO©.
BG 4377©, NS 7338 IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS 7505 IPRO©, PP 7500 IPRO©, PP 8201 IPRO©, ST 797 IPRO©, W 791 RR©.
2/19 8/19 10,52 42,1
Antracnose Colletotrichum
truncatum
ST 620 IPRO©, M 7110 IPRO©, NS 7000 IPRO©, NS 7447 IPRO©, PP 7500©, PP 8201 IPRO©.
FLECHA IPRO©, NS 7000 IPRO©, PP 71MF00 RR©, TEC 7022 IPRO©, W 791 RR©.
6/19 5/19 31,57 26,31
Mancha Alvo Corynespora
cassicola
NS 7000 IPRO©, TEC 7022 IPRO©, NS 7505 IPRO©, PP 7500©, 71MF00 RR©, PP 8201 IPRO©, NS 7490 RR©.
CD 2737 RR©, FLECHA IPRO©, M 7110 IPRO©, NS 7000 IPRO©, NS 7237 IPRO©, NS 7300 IPRO©, NS 7338 IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS 7490 RR©, NS 7505 IPRO©, NS 7670 RR©, PP 71MF00 RR©, PP 7500 IPRO©, ST 797 IPRO©, TEC 7022 IPRO©, W 791 RR©.
7/19 16/19 36,84 84,21
Oídio Erysiphe diffusa NS 7505 IPRO©.
BG 4377©, CD 2737 RR©, NS 7000 IPRO©, NS 7237 IPRO©, NS 7338 IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS 7490 RR©, NS 7505 IPRO©, NS 7670 RR©, PP 71MF00 RR©, ST 797 IPRO©, TEC 7022 IPRO©, W 791 RR©.
1/19 13/19 5,26 68,42
Macrophomina
Macrophomina phaseolina
NS 7000 IPRO©, NS 7338 IPRO©, NS 7670 RR©. 3/19 0/19 15,78
Mela Rhizoctonia
solani
FLECHA©, M 7110 IPRO©, NS 7000 IPRO©, NS 7338 IPRO©, ST 797 IPRO©, NS 7447 IPRO©, CD 2737 RR©.
7/19 0/19 36,84 0
Mancha -de-cercospora Cercospora sp. NS 7000 IPRO©, NS 7338 IPRO©,
NS 7300 IPRO©. TEC 7022 IPRO©, W 791 RR©. 3/19 2/19 15,78 10,52
Fumagina Capnodium sp. NS 7237 IPRO©, NS 7447 IPRO©. NS 7505 IPRO©. 2/19 1/19 10,52 5,26
Mancha-de-ascoquita Ascochyta sojae M 7110 IPRO©, NS 7300 IPRO©,
NS 7447 IPRO©. NS 7300 IPRO©. 3/19 1/19 15,78 5,26
Bacteriose
Xanthomonas axonopodis pv. Glycines
W 791 RR©.
BG 4377©, FLECHA IPRO©, NS 7000 IPRO©, NS 7300 IPRO©, NS 7490 RR©, NS 7505 IPRO©, PP 71MF00 RR©, PP 7500 IPRO©, TEC 7022 IPRO©, W 791 RR©.
1/19 10/19 5,26 52,63
Cladosporium
Cladosporium fulvum
0/19 0/19 0 0
Pragas Mosca Branca Bemisia tabaci
FLECHA©, ST 620 IPRO©, NS 7200 IPRO©, M 7110 IPRO©, NS 7000 IPRO©, NS 7338 IPRO©, ST 797 IPRO©, TEC 7022 IPRO©, NS 7300 IPRO©, NS 7237 IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS 7505 IPRO©, PP 7500©, NS 7670 RR©, 71MF00 RR©, BG 4377©, CD 2737 RR©, PP 8201 IPRO©, W 791 RR©.
BG 4377©, CD 2737 RR©, FLECHA IPRO©, M 7110 IPRO©, NS 7000 IPRO©, NS 7237 IPRO©, NS 7300 IPRO©, NS 7338 IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS 7490 RR©, NS 7505 IPRO©, NS 7670 RR©, PP 71MF00 RR©, PP 7500 IPRO©, ST 797 IPRO©, W 791 RR©.
19/19 16/19 100 84,21
Falsa Medideira
Chrysodeixis includens
NS 7670 RR©, 71MF00 RR©, BG 4377©, CD 2737 RR©, W 791 RR©.
BG 4377©, M 7110 IPRO©, NS 7237 IPRO©, NS 7338 IPRO©, NS 7447 IPRO©, NS 7490 RR©, NS 7670 RR©, PP 71MF00 RR©.
5/19 8/19 26,31 42,1
Percevejoo Marrom Euchistus heros
FLECHA IPRO©, TEC 7022 IPRO©, NS 7670 RR©, CD 2737 RR©, W 791 RR©.
NS 7490 RR©, NS 7505 IPRO©, PP 8201 IPRO©. 5/19 3/19 26,31 15,78
Percevejo Barriga Verde
Dichelops furcatus
0/19 0/19 0 0
Lagarta Enroladeira
Omiodes indicata
0/19 0/19 0 0
Ácaro Tetranychus sp.
0/19 0/19 0 0
Tabela 17. Incidência de pragas, doenças bióticas e abióticas em cultivares comerciais de soja
aos 92/94 dias após o plantio (DAP), nas duas safras 2014/15 e 2015/16.
52
Nos dois anos de acompanhamento, a cultivar mais produtiva na safra 2014/2015 foi
a cultivar comercial W791RR© (Empresa Wehrmann), com média de 3907,85 kg.ha-1, já na
safra 2015/2016, período que não houve veranico intenso, destacou a cultivar Flecha Ipro©
(Empresa Brasmax) com acréscimo 8,6 % ou 339,55 kg.ha-1 a mais de produtividade (média
de 4247,40 kg.ha-1) nas mesmas condições de cultivo (Tab. 18). Já a cultivar comercial
71MF00 RR© (Empresa GDM), na safra 2014/2015, apresentou a menor com média de
produtividade (2581,3 kg.ha-1). Já, no período 2015/2016, as cultivar PP 8201 Ipro© (Empresa
GDM) apresentou produtividade de 3218,65 kg.ha-1, ou seja acréscimo de produtividade 24,7
% ou 637,65 kg.ha-1 nas mesmas condições de cultivo (Tab. 18). Deste modo na safra
2014/2015 a amplitude de produtividade variou de 2581.30 à 3907.85 kg.ha-1, e na safra
2015/2016, variou de 3218,65 à 4247,4 kg.ha-1.
Ao analisar todas as 19 cultivares avaliadas sempre na safra 2015/2016 as médias de
produtividade foram superiores, com exceção das cultivares NS 7338 IPRO©, BG 4377©, PP
8201 Ipro© e NS 7490 RR© (Tab. 18).
As melhores respostas de produtividade as condições do ambientais ocorreram na
safra 2015/2016 (Tab.18).
53
Tabela 18. Produtividade média das 19 cultivares analisadas durante as safras 2014/2015 e
2015/2016, Ipameri, GO.
Ord.
Cultivares
comerciais
Empresa/
Patente
Produtividade/média
(Kg/ha)
% de acréscimo /
Redução entre
safras
2014/15 2015/16
1 Flecha IPRO© Brasmax 3505,05 4247,4 + 21,1
2 ST 620 IPRO© Soytech 3358,75 3536,6 + 5,3
3 M 7110 IPRO© Monsoy 3163,4 3415 + 7,9
4 NS 7000 IPRO© Nidera 2910,15 3716,7 + 27,7
5 NS 7338 IPRO© Nidera 3274,35 3975,05 +21,4
6 ST 797 IPRO© Soytech 3499,15 3434,2 - 1,8
7 TEC 7022 IPRO© Bayer 3357,3 3765,35 + 0,2
8 NS 7300 IPRO© Nidera 3193,55 4255,4 + 33,2
9 NS 7237 IPRO© Nidera 3229,05 4076,2 + 26,2
10 NS 7447 IPRO© Nidera 3514,5 4190,95 + 19,2
11 NS 7505 IPRO© Nidera 3579,7 3632,75 + 1,5
12 PP 7500© GDM 2666,8 4021,2 + 50,8
13 NS 7670 RR© Nidera 2731,95 3733,6 + 36,7
14 71MF00 RR© GDM 2581,3 3767,2 + 46,0
15 BG 4377© Biogene 3658,9 3517,3 - 3,9
16 CD 2737 RR© Coodetec 3440,6 3953,05 + 14,9
17 PP 8201 IPRO© GDM 3911,2 3218,65 - 17,7
18 NS 7490 RR© Nidera 3514,6 3389,95 - 3,5
19 W 791 RR© Wehrmann 3907,85 4142,4 + 6,0
54
4. CONCLUSÕES
Na safra 2014-2015 dos 11 tipos de doenças observou-se as frequências 6/11 (estádio
vegetativo), 10/11 (estádios reprodutivo) e 6/11 (estádios reprodutivo), nos diferentes dias de
avaliação. A doença de maior incidência nas cultivares foi a mela (Rhizoctonia solani). As
cultivares que foram afetadas por um número menor de pragas e doenças foram BG 4272©,
NS 7114 IPRO©, W 712 RR©, 71MF00 RR© e CD 2737 RR©. Já as cultivares que foram
afetadas por um número menor de pragas e doenças foram GNZ 690 RR© e NS 6909 IPRO©.
Na safra 2015-2016 as cultivares precoces apresentaram menores incidências de
pragas e doenças em relação as tardias. Foi apresentado o primeiro trabalho que reconhece
cultivares suscetíveis a mancha-alaranjada nos estádios iniciais da cultura (doença de etiologia
desconhecida). Devido o regime diferencial de chuvas no segundo ano, foi detectado maior
incidência de crestamento bacteriano nas cultivares analisadas. Merecem destaque as
cultivares com maior suscetibilidade fitossanitária, CG 8166 RR©, 5G 850 RR©, NS 7670
RR©, W 787 RR©, NS 8094 RR©, e aquelas com menores severidades fitossanitárias foram M
7110 Ipro©, TMG 2158 Ipro©, NS 7667 Ipro©, NS 7505 Ipro© e CZ 36831 Ipro©.
Nas duas estações de cultivo avaliadas, mediante o padrão de manejo estabelecido os
quatro e oito tipos de doenças avaliados respectivamente aos 79 DAP e 92-94 DAP incidiram
e não relacionaram com a produtividade. A análise conjunta de complexos de doenças e
pragas que provocam danos, permitem uma identificação com maior acurácia, dos híbridos
consagrados no mercado e lançamentos, permitindo ao produtor a escolha adequada e real as
condições de campo. As melhores respostas de produtividade as condições ambientais
ocorreram na safra 2015/2016, merecendo destaque a resposta da cultivar PP 7500 (+ 50,8 %)
por apresentar comparativamente maior % de acréscimo de produtividade perante as
cultivares avaliadas.
55
5. REFERÊNCIAS
AZEVEDO, P.H.; AZEVEDO, V.H.; SEDIYAMA, T.; REIS, M.S.; TEIXEIRA,
R.C.; CECON, P.R. Estabilidade de genótipos de soja quanto ao oídio (Microsphaera
diffusa). Bioscience Journal, v.21, n.1, p.27-34, 2005.
BERGAMIN FILHO, A.; AMORIM, L. Doenças de plantas tropicais: epidemiologia
e controle econômico. Editora Ceres, São Paulo, SP, 1996.
BERGAMIN FILHO, A.; AMORIM, L. Epidemiologia de doenças de plantas. In:
AMORIM, L., REZENDE, J. A. M., BERGAMIN FILHO, A. (Eds.) Manual de
Fitopatologia: Princípios e conceitos|. 4a. ed., Editora Ceres, São Paulo, SP, v. 1, p. 101-118,
2011.
BLUM, L.E.B., CARES, J.E. & UESUGI, C.H. Fitopatologia o estudo das doenças
de plantas. 2ª. Tiragem. Editora Otimismo, Brasília, DF, 2006.
BORÉM, A. Melhoramento de espécies cultivadas. 2 ed., Editora UFV, Viçosa, MG,
2005, 969 pp.
CHAKRABORTY, S. Potential impacto of climate change on plant-pathogen
interactions. Australasian Plant Pathology, v.34, p. 443-448, 2005.
CHUNG, G.; SINGH, R.J. Broadening the Genetic Base of Soybean: A
Multidisciplinary Approach. Critical Reviews in Plant Sciencies, v. 27, n.5, p. 295-341, 2008.
CLUNIES-ROSS, T. Mangolds, manure and mixtures: the importance of crop
diversity on British farms. Ecologist, v.25, p.181-187, 1995.
COAKLEY, S.M.; SCHERM, H.; CHAKRABORTY, S. Climate change and plant
disease management. Annual Review of Phytopathology, v.37, p. 399-426, 1999.
CONAB, Acompanhamento da safra brasileira de grãos. Disponível em
<http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/16_04_07_10_39_11_boletim_graos_
abril_2016.pdf> acessado em maio de 2016.
COSTA, M.A.G.C. Etiologia do sintoma carijó em genótipos comerciais de soja.
Trabalho de Conclusão de Curso. IFGoiano Urutaí, Urutaí, GO, 2016.
DA GRAÇA, J.P.; TONON, O.; OLIVEIRA, L.J.; HOFFMANN-CAMPO, C.B.
Avaliação da resistência de genótipos de soja dos grupos de maturação M e N a percevejos
sugadores de semente. In: Jornada Acadêmica da Embrapa Soja, n. 2, Resumos expandidos.
Londrina: Embrapa Soja, 2007.
56
DIDONET, J.; FRAGOSO, D.B.; PELUZIO, J.M.; SANTOS, G.R. Flutuação
populacional de pragas e seus inimigos naturais em soja no projeto Rio Formoso – Formoso
do Araguaia, TO. Acta Amazônica, v. 28, n.1, p. 67-74, 1998.
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA.
Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Recomendações técnicas para a cultura da soja na
Região Central do Brasil 2000/01. Londrina. Embrapa-CNPSo. (Documentos, 146). 2000.
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de
Pesquisa de Soja. Tecnologias de Produção de Soja Região Central do Brasil. Londrina. 2004.
EMBRAPA - Tecnologias de Produção de Soja, Região Central do Brasil 2012 e
2013. Londrina PR. Embrapa Soja. 2011, 262 p.
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Recomendação técnica
para a produção de soja na região central do Brasil. Londrina, 2000a., 195 p.
FINOTO, E. L. et al. Doenças de final de ciclo e a ferrugem asiática da soja. In:
SEDIYAMA, T.; TEIXEIRA, R.C. Cultivares e linhagens de soja UFV em Cristalina, Goiás.
Viçosa, MG: DPT/UFV, 2004 a. 43p. (Boletim Técnico, 15 – Soja).
GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R.P.L.;
BAPTISTA, G.C.; BERTI FILHO, E.; PARRA, J.R.P.; ZUCCHI, R.A.; ALVES, S.B.;
VENDRAMIM, J.D.; MARCHINI, L.C.; LOPES, J.R.S.; OMOTO, C. Entomologia agrícola.
Editora FEALQ, Piracicaba, SP, 2002. 902 pp.
GARCÍA-GUZMÁN, G.; DIRZO, R. Patterns of leaf-pathogen infection in
undersoty of a Mexican rain forest: incidence, spatiotemporal variation, and mechanisms of
infection. American Journal of Botany, v. 88, n. 4, p. 634-645, 2001.
HOFFMANN-CAMPO, C.B.; MOSCARDI, F.; OLIVEIRA, L.J.; CORRÊA, B.;
PANIZZI, A.R.; GAZZONI, D.L.; SOSA-GOMEZ, D.R.; CORSO, L.C.; OLIVEIRA, E.B.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado. Londrina, EMBRAPA Soja, 2000. 70 p.
(Circular Técnica/Embrapa soja; n 30).
LIM, S.M. Brown spot. In: SINCLAIR, J.B. & BACKMAN, P.A. (Eds.)
Compendium of soybean diseases, 3a Ed., Saint Paul. APS Press, 1989, pp.15-16.
KANDEL, Y.R.; WISE, K.A.; BRADLEY, C.A.; TENUTA, A.U.; MUELLER, D.S.
Effect of planting date, seed treatment, and cultivar on plant population, Sudden Death
Syndrome, and yield of soybean. Plant Disease, v. 100, n. 8, p. 1735-1743, 2016.
57
KLINGELFUSS, L. H.; YORINORI, J. T. Infecção latente de Colletotrichum
truncatum e Cercospora kikuchii em soja. Fitopatologia Brasileira, v. 26, n.2, p. 158-164,
2001.
LEMES, E., CASTRO, L., ASSIS, R., Doenças da soja: melhoramento genético e
técnicas de manejo. Editora Milenium, Campinas, SP, 2015, 363 p.
LEITÃO, F. O.; MEDEIROS, J. X.; THOMÉ, K. M.; CARVALHO, J. M.;
BRISOLA, M. V. Cultivo de soja transgênica no estado de Mato Grosso: fatores propulsores
e limitativos. Revista de Economia Agrícola, São Paulo, v. 57, n. 1, p. 61-74, 2010.
LIMA, A.C.S.; LARA, F.M.; BARBOSA, J.C. Preferência para oviposição de
Bemisia tabaci (Genn.) Biótipo B (Hemíptera: Aleyrodidae) em genótipos de soja, sob
condições de campo. Neotropical Entomology, v.31, n.1, p.297-303, 2002.
LOPEZ V.; VOS, J.; POLAR, P.; KRAUSS, U. Discovery learning about sustainable
management of whitefly pests and whitefly-borne viruses. International Centre for Tropical
Agriculture (CIAT), v.1, n.1, p.12-37, 2008.
MAPA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível em
<http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/soja> acessado em maio de 2016.
NUNES, M.C.; CORRÊA-FERREIRA, B.S. Danos causados à soja por adultos de
Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae), sadios e parasitados por Hexacladia
smithii ashmead (Hymenoptera: Encyrtidae). Neotropical Entomology, v. 31, 2002.
REIS, E. M. et al. Doenças na Cultura da Soja, Editora Aldeia Norte, Passo Fundo,
RS, 2004.
SEDIYAMA, T., SILVA, F. E BORÉM, A. Soja do plantio a colheita. Editora UFV,
Viçosa, MG, 2015, 333 p.
SWARUP, G., HANSING, E.D., ROGERSON, C.T. Fungi associated with sorghum
seed in Kansas. Transations Kansas Academic Science, 65, 1962.
TOMQUELSKI, G. V.; MARTINS, G. M. Ácaros na cultura da soja. In: SAFRA
2011/12 soja/milho. [Chapadão do Sul]: Fundação Chapadão, [2011?a]. cap. 7, p. 47-49.
VALLE, G.E.; LOURENÇÃO, A.L. Resistência de genótipos de soja a Bemisia
tabaci (Genn.) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae). Neotropical Entomology, v.31, n.1, p.
285-295, 2002.
VELLVÉ, R. The decline of diversity in European agriculture. Ecologist, v.23, p.64-
69, 1993.
58
VENCATO, A. Z., et al. Anuário Brasileiro da Soja 2010. Santa Cruz do Sul: Ed.
Gazeta Santa Cruz, p. 144, 2010.
WIGGLESWORTH, V. B. The principles of insect physiology. 7. Ed. London:
Chapman and Hall, 1972. 872p.
YORINORI, J.T. Controle integrado das principais doenças da soja. In: Câmara,
G.M.S. (Ed.) Soja: Tecnologia da produção. Piracicaba. Câmara, G.M.S. 1998. pp.139-192.
YORINORI, J.T. et al. todos os autores DOENÇAS da soja. IN: Boletim de Pesquisa
de Soja 2009 – Fundação MT. Editora Central de texto Carrion et Carracedo Editores
Associados, 2009, p.180-222.
YORINORI, J.T. et al. Doenças da soja. In: Boletim de Pesquisa de Soja 2009 –
Fundação MT. Editora Central de Texto Carrion et Carracedo Editores Associados. 2009. p.
180-222.
59
ANEXOS
60
Figura 3. Divisão da área e mapas gerados através do programa FalkerMap da área
experimental. A) divisão da área experimental em grids para coleta de solo para análise
(ensaio sob abrangência dos pontos 3, 5, 6, 10, 9 e 8); B) aplicação de calcário dolomítico; C)
aplicação de gesso; D) pH da área; E) mapa da saturação por base; F) porcentagem de CTC.
A B C
D E F
61
Figura 4. Mapas gerados através do programa FalkerMap da área experimental. A)
porcentagem de fósforo; B) porcentagem de potássio; C) porcentagem de cálcio; D)
porcentagem de magnésio; E) porcentagem de enxofre; F) percentual de matéria orgânica.
A B C
D E F
62
Figura 5. Informações da analise de solo da área experimental utilizada. Considerar pontos 3,
5, 6, 10, 9 e 8).