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AUDITORIA E PERÍCIA CONTÁBIL APLICADA Professora: VERA MARIA FLECK Alunos: Fernando Bortolon Massignan Roberta Vianna Escouto Dias Marcelo Pedrini Porto Alegre, abril de 2012.

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AUDITORIA E PERÍCIA CONTÁBIL APLICADA

Professora: VERA MARIA FLECK

Alunos: Fernando Bortolon Massignan

Roberta Vianna Escouto Dias

Marcelo Pedrini

Porto Alegre, abril de 2012.

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TRABALHO SOBRE NBC’S TA’S: Proposição do Trabalho: 1. Efetue a análise das NBC’S TA’S que tratam sobre os assuntos listados nos itens a

seguir, resumindo e conceituando os termos ali indicados: 1.1. NBC – TA 200:

a. Objetivo da Auditoria: O objetivo da auditoria é garantir a confiabilidade das demonstrações contábeis das empresas em benefício de usuários internos e externos. Diante dessa premissa, a opinião do auditor sobre se as demonstrações contábeis deve ser elaborada considerando todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. A opinião deverá expressar se as demonstrações contábeis estão apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro. Uma auditoria conduzida em conformidade com NBC TAs e exigências éticas relevantes capacita o auditor a emitir tal opinião e garante ao usuário a confiabilidade ou não da situação da empresa. b. Ceticismo profissional: O ceticismo profissional é, também, conduta a ser adotada pelo auditor. O ceticismo permeia toda a atividade de auditoria, determinando que o auditor deve estar alerta para condições que possam indicar possíveis distorções devido a erro ou fraude. Por fim, o ceticismo visa que as avaliações dos auditores sejam críticas, a ser pautada apenas por evidências. c. Julgamento profissional: O planejamento profissional tem por prumo planejar e executar uma auditoria de demonstrações contábeis. A aplicação do julgamento profissional visa a aplicação do que fora previamente treinado, conhecido e aganado pela experiência profissional. O julgamento deve, outrossim, dar-se dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria. d. Práticas contábeis adotadas no Brasil (o que compreendem estas práticas?): As práticas contábeis compreendem a legislação societária brasileira, as NBC's, emitidas pelo CFC, os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade e em conformidade com as normas contábeis internacionais. e. Risco da Auditoria, incluindo: o Risco Inerente, o Risco de Controle e o Risco de Detecção. Os riscos da auditoria são os seguintes: Risco inerente: é significativo para afirmações de classes relacionadas a transações, saldos contábeis e divulgações. O risco inerente pode ser mais utilizado para cálculos complexos ou

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contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Para composição do risco inerente pode-se utilizar circunstâncias externas que dão origem a riscos de negócios, como por exemplo situação falimentar de diversas empresas do mesmo ramo negocial. Outro exemplo é em relação a empresas de tecnologia, em que, sabemos, pode tornar um produto específico ultrapassado, tornando assim o estoque mais suscetível de distorção em relação à superavaliação. Risco de controle: é função da eficácia do desenho, da implementação e da manutenção do controle interno pela administração no tratamento dos riscos identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivos da organização, que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade. Impõe-se salientar que o controle interno, pode reduzir, mas não eliminar, os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, por causa das limitações inerentes ao controle interno. Essas limitações incluem a possibilidade de erros ou equívocos humanos, ou de controles contornados por conluio ou burla inapropriada da administração. Portanto, algum risco de controle sempre existe. Risco de detecção relaciona se com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável. Portanto, é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor. Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecção tem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da afirmação. Por exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o auditor acredita existir, menor é o risco de detecção que pode ser aceito e, portanto, mais persuasivas são as evidências de auditoria exigidas. Para a minoração dos riscos, o auditor deverá ter: planejamento adequado; designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho; aplicação de ceticismo profissional; e supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado. f) Fraudes e erros, conceito, e repercussão no relatório do auditor:

Fraude : ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem indevida. Erro : ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. O auditor pode aceitar registros e documentos como genuínos, a menos que tenha razão para crer no contrário. Contudo, exige-se que o auditor considere a confiabilidade das informações a serem usadas como evidências de auditoria (NBC TA 500 – Evidência de Auditoria, itens 7 a 9). Em caso de dúvida a respeito da confiabilidade das informações ou indicações de possível fraude, as normas de auditoria exigem que o auditor faça investigações adicionais e determine quais modificações ou adições aos procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto (NBC TA 240, item 13; NBC TA 500, item 11; e NBC TA 505 – Confirmações Externas, itens 10, 11 e 16). O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria de acordo com a NBC TA 705 se: (a) concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou

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(b) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes.

2 – A partir da NBC TA 200 identificar as normas seguintes que tratam dos seguintes

assuntos:

a. Testes de auditoria: classificação, conceituação e objetivos; Segundo item 10 da NBC TA 500, em relação aos testes de controles e aos testes de detalhes, o auditor deve determinar meios e itens a serem testados que sejam eficazes para o cumprimento dos procedimentos de auditoria. Quando a NBC refere-se a teste eficaz, ela pretende elencar os testes que sirvam para a evidência de auditoria, a qual será apropriada na medida em que, considerada com outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente para as finalidades do profissional. Ao escolher itens a serem testados, o item 7 exige que o profissional de auditoria indique a relevância e confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria; outro aspecto da eficácia (suficiência) é uma consideração importante na seleção de itens a serem testados. Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são: a.1.Seleção de todos os itens: O auditor pode decidir que será mais apropriado examinar toda a população de itens que integram uma classe de transações ou saldo contábil. É improvável um exame de 100% no caso de testes de controles; contudo, é mais comum para testes de detalhes. Um exame de 100% pode ser adequado em casos que a população constitui um número pequeno de itens de grande valor ou quando há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria apropriada e suficiente; ou, ainda, quando a natureza repetitiva de um cálculo ou outro processo executado automaticamente por sistema de informação torna um exame de 100% eficiente quanto aos custos. a.2. Seleção de itens específicos: A seleção de itens específicos de uma população é uma opção a ser avaliada pelo auditor. Para tanto, deverá observar fatores que podem ser relevantes, os quais incluem o entendimento da entidade pelo auditor; os riscos avaliados de distorção relevante e as características da população que está sendo testada. A seleção com base em julgamento de itens específicos está sujeita ao risco da não amostragem, para tanto pode-se selecionar:

• Itens específicos valor alto ou itens-chave. O auditor pode decidir selecionar itens específicos dentro de uma população porque eles têm valor elevado ou exibem alguma característica, por exemplo, itens suspeitos, não-usuais, particularmente propensos a risco ou que tenham histórico de erro;

• Itens acima de certo valor. O auditor pode decidir examinar itens cujos valores registrados excedam certo valor, de modo a verificar uma grande proporção do valor total de uma classe de transações ou saldo contábil;

• itens para obtenção de informação. O auditor pode examinar itens para obter informações sobre assuntos como a natureza da entidade ou a natureza de transações.

a.3. amostragem de auditoria: Possibilita conclusões a serem tiradas de uma população inteira com base no teste de amostragem extraída dela. A amostragem em auditoria é prevista na NBC TA 530.

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b. Procedimentos de Auditoria: identificação dos procedimentos e conceito: Os procedimentos de auditoria podem incluir : inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução, procedimentos analíticos e indagação. b.1. Inspeção: caracteriza-se por ser exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização. Alguns documentos representam evidência de auditoria direta da existência de um ativo, por exemplo, um documento que constitui um instrumento financeiro, como uma ação ou título. A inspeção de tais documentos pode não fornecer necessariamente evidência de auditoria sobre propriedade ou valor, mas evidencia sua existência. Além disso, a inspeção de um contrato executado pode fornecer evidência de auditoria relevante para a aplicação de políticas contábeis da entidade, tais como reconhecimento de receita. Assim, a inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação dos ativos. A inspeção de itens individuais do estoque pode acompanhar a observação da contagem do estoque. b.2. Observação: consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado. b.3. Confirmação Externa: representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como resposta de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outros tipos de suporte. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Os procedimentos de confirmação externa também são utilizados para a obtenção de evidência de auditoria a respeito da ausência de certas condições como, por exemplo, a ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o reconhecimento da receita. b.3. Recálculo: consiste na verificação da exatidão quantitaiva de documentos ou registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. b.4. Reexecução: envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. b.5. Procedimentos Analíticos: consistem em avaliações das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam

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inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. b.6. Indagação: consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação. c. Amostragem: Conceito, tipos de amostra, risco da amostra: A amostragem caracteriza-se por ser a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem não estatística como a estatística. Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso de seleção aleatória, seleção sistemática e seleção ao acaso. Riscos da amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:

• no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não apropriada.

• no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas.

1.3.– NBC TA 700 – O relatório do auditor – modelo de relatório de “Opinião não

Modificada” ou “Opinião sem modificações”: RELATÓRIO DO(S) AUDITOR(ES) INDEPENDENTE(S) SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (Destinatário apropriado) Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia XYZ, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de

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demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas precisam do cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Entidade XYZ em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. [Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório) e data do relatório do auditor independente)] [Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)] [Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)] [Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório) [Assinatura do auditor independente] 1.4. – NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente: RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS [Destinatário apropriado]

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Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia XYZ, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração da Companhia sobre as demonstrações contábeis A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Base para opinião com ressalva Os estoques da Companhia estão apresentados no balanço patrimonial por $ X. A administração não avaliou os estoques pelo menor valor entre o custo e o valor líquido de realização, mas somente pelo custo, o que representa um desvio em relação às práticas contábeis adotadas no Brasil. Os registros da Companhia indicam que se a administração tivesse avaliado os estoques pelo menor valor entre o custo e o valor líquido de realização, teria sido necessária uma provisão de $ Y para reduzir os estoques ao valor líquido de realização. Consequentemente, o lucro líquido e o patrimônio líquido teriam sido reduzidos em $ Z e $ K, respectivamente, após os efeitos tributários. Opinião com ressalva

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Em nossa opinião, exceto pelos efeitos do assunto descrito no parágrafo Base para opinião com ressalva, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia XYZ em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. [Local (localidade do escritório de auditoria que emitiu o relatório)] [Data do relatório do auditor independente] [Nome do auditor independente (pessoa física ou jurídica)] [Nome do profissional (sócio ou responsável técnico, no caso de o auditor ser pessoa jurídica)] [Números de registro no CRC da firma de auditoria e do profissional que assina o relatório] [Assinatura do auditor independente] 1.5. – NBC TA 706 – Parágrafos de ênfase e parágrafos de outros assuntos no Relatório

do Auditor Independente:

a. Tipos de Relatório de Auditoria:

Relatório do Auditor com Opinião Modificada: Esta Norma trata da responsabilidade do auditor de emitir um relatório apropriado nas circunstâncias em que, ao formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis de acordo com a NBC TA 700, o auditor conclui que é necessária uma modificação em sua opinião sobre as demonstrações contábeis. Modificação da opinião significa emitir um relatório diferente do “limpo”, ou seja, observando um dos tipos a seguir : Relatório do Auditor com Parágrafo de Ênfase: Se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, segundo seu julgamento, tem tal importância e é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis, ele deve incluir parágrafo de ênfase no relatório, desde que tenha obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada, de que não houve distorção relevante do assunto nas demonstrações contábeis. Tal parágrafo deve referir-se apenas a informações apresentadas ou divulgadas nas demonstrações contábeis (ver itens A1 e A2). Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no relatório, ele deve: (a) incluí-lo imediatamente após o parágrafo de opinião no relatório do auditor; (b) usar o título “Ênfase” ou outro título apropriado; (c) incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis; e (d) indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado (ver itens A3 e A4). Parágrafo de outros assuntos no Relatório do Auditor: Se o auditor considera necessário comunicar outro assunto, não apresentado nem divulgado nas demonstrações contábeis, e que de acordo com seu julgamento é relevante para o entendimento, pelos usuários, da auditoria, da responsabilidade do auditor ou do relatório de auditoria, e não for proibido por lei ou regulamento, ele deve fazê-lo em um parágrafo no relatório de auditoria, com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado. O auditor deve incluir esse parágrafo imediatamente após o parágrafo de opinião e de qualquer parágrafo de ênfase, ou em outra parte do relatório, se o conteúdo do parágrafo de outros assuntos for relevante para a seção Outras Responsabilidades de Relatório.

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b. Distorções – conceito, classificação para fins de emissão de relatório de auditoria:

Distorção é a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. As distorções podem originar-se de erro ou fraude. Quando o auditor expressa uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, as distorções também incluem os ajustes de valor, classificação, apresentação ou divulgação que, no julgamento do auditor, são necessários para que as demonstrações contábeis estejam apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes. c. Ausência de evidência de auditoria apropriada e suficiente – conceito, tipos de

limitação - classificação para fins de emissão do relatório de auditoria: O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de auditoria de acordo com a NBC TA 705 se não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes. Limitação inerente de uma auditoria: O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido a fraude ou erro. Isso por que uma auditoria tem limitações inerentes, e, como resultado, a maior parte das evidências de auditoria de que o auditor extrai suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de conclusivas. As limitações inerentes de uma auditoria originam-se de: • a natureza das informações financeiras; • a natureza dos procedimentos de auditoria; e • a necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo razoável e a um custo razoável. Circunstâncias em que um parágrafo de ênfase pode ser necessário: A1. Exemplos de circunstâncias em que o auditor pode considerar necessário incluir um parágrafo de ênfase são: - existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória. - aplicação antecipada (quando permitido) de nova norma contábil (por exemplo, nova prática contábil introduzida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC)) com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis, antes da sua data de vigência. - grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade. A2. O uso generalizado de parágrafos de ênfase diminui a eficácia da comunicação de tais assuntos pelo auditor. Além disso, incluir mais informações no parágrafo de ênfase do que aquelas que foram apresentadas ou divulgadas nas demonstrações contábeis pode sugerir que o assunto não foi apropriadamente apresentado ou divulgado, portanto, o item 6 desta norma limita o uso de parágrafos de ênfase a assuntos apresentados ou divulgados nas demonstrações contábeis. Inclusão de parágrafo de ênfase no relatório de auditoria:

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A3. A inclusão de parágrafo de ênfase no relatório não afeta a opinião do auditor. Um parágrafo de ênfase não substitui: (a) a expressão pelo auditor de uma opinião com ressalva, adversa, ou abstenção de opinião, quando exigido pelas circunstâncias de trabalho de auditoria específico (ver NBC TA 705 - Modificações na opinião do auditor independente); ou (b) as divulgações nas demonstrações contábeis exigidas de acordo com a estrutura de relatório financeiro adotada pela administração. A4. O relatório apresentado no Apêndice 3 inclui exemplo de parágrafo de ênfase em um relatório de auditoria que contém opinião com ressalva. Parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente (ver item 8)

Circunstâncias em que pode ser necessário um parágrafo de outros assuntos: Caso em que é relevante para o entendimento pelos usuários sobre a auditoria

A5. Nas raras circunstâncias em que não for possível ao auditor renunciar ao trabalho, embora o possível efeito de uma insuficiência de obter evidência de auditoria apropriada esteja disseminado de forma generalizada, devido a uma limitação do alcance da auditoria imposta pela administração (ver item 13(b)(ii) da NBC TA 705 para discussão dessa circunstância), o auditor pode considerar necessário incluir parágrafo de outros assuntos no relatório para explicar porque não é possível renunciar ao trabalho. Caso em que é relevante para o entendimento pelos usuários da responsabilidade do auditor ou do seu relatório A6. Lei, regulamento ou prática geralmente aceita pode exigir ou permitir que o auditor detalhe assuntos que forneçam explicação adicional de suas responsabilidades na auditoria das demonstrações contábeis ou do relatório sobre estas. Quando relevante, podem ser usados um ou mais subtítulos que descrevam o conteúdo do parágrafo de outros assuntos. A7. O parágrafo de outros assuntos não trata de circunstâncias em que o auditor tenha outras responsabilidades no relatório de auditoria além da sua responsabilidade segundo as normas de auditoria para apresentar o relatório sobre as demonstrações contábeis (ver a seção “Outras responsabilidades de relatório” na NBC TA 700 - Formação da opinião e emissão do relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis, itens 38 e 39) ou em que se peça a ele que execute e apresente relatório sobre procedimentos adicionais especificados, ou que expresse uma opinião sobre assuntos específicos. d. Parágrafos que compõem cada tipo de Relatório; Se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuários para um assunto apresentado ou divulgado nas demonstrações contábeis que, segundo seu julgamento, tem tal importância e é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis, ele deve incluir parágrafo de ênfase no relatório, desde que tenha obtido evidência de auditoria suficiente e apropriada, de que não houve distorção relevante do assunto nas demonstrações contábeis. Tal parágrafo deve referir-se apenas a informações apresentadas ou divulgadas nas demonstrações contábeis. Quando o auditor incluir um parágrafo de ênfase no relatório, ele deve: (a) incluí-lo imediatamente após o parágrafo de opinião no relatório do auditor; (b) usar o título “Ênfase” ou outro título apropriado;

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(c) incluir no parágrafo uma referência clara ao assunto enfatizado e à nota explicativa que descreva de forma completa o assunto nas demonstrações contábeis; e (d) indicar que a opinião do auditor não se modifica no que diz respeito ao assunto enfatizado. Parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente Se o auditor considera necessário comunicar outro assunto, não apresentado nem divulgado nas demonstrações contábeis, e que de acordo com seu julgamento é relevante para o entendimento, pelos usuários, da auditoria, da responsabilidade do auditor ou do relatório de auditoria, e não for proibido por lei ou regulamento, ele deve fazê-lo em um parágrafo no relatório de auditoria, com o título “Outros assuntos” ou outro título apropriado. O auditor deve incluir esse parágrafo imediatamente após o parágrafo de opinião e de qualquer parágrafo de ênfase, ou em outra parte do relatório, se o conteúdo do parágrafo de outros assuntos for relevante para a seção Outras Responsabilidades de Relatório.

Comunicação com os responsáveis pela governança Se o auditor espera incluir um parágrafo de ênfase ou parágrafo de outros assuntos no relatório, ele deve comunicar-se com os responsáveis pela governança no que se refere a essa expectativa e à redação proposta desse parágrafo. e.Características que diferenciam um relatório do outro.

O Relatório de Auditoria é classificado segundo a natureza da opinião, a saber: opinião com ressalva; opinião adversa; e abstenção de opinião. A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriada depende da natureza do assunto que deu origem à modificação e da opinião do auditor sobre a disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos do assunto sobre as demonstrações contábeis (NBC TA 705 e NBC TA 706).

Opinião com ressalva: o auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando:

(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou

(b) ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes, mas não generalizados.

Opinião adversa: o auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.

Abstenção de opinião: o auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas. O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, o auditor conclui que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das

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incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis.