trabalho costela final

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1 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ UNOCHAPECÓ COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA Lucas Tadeu Gonzatti Jaison Ghisleri Ezequiel De Villa Chapecó - SC, Março de 2013.

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Page 1: Trabalho costela final

1

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ

UNOCHAPECÓ

COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA

Lucas Tadeu Gonzatti

Jaison Ghisleri

Ezequiel De Villa

Chapecó - SC, Março de 2013.

Page 2: Trabalho costela final

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ

Área de Ciências Exatas e Ambientais

Curso: Engenharia Civil

Disciplina: Técnicas Construtivas II

Professor: Marcelo Fabiano Costella

COBERTURA DE TELHAS CERÂMICAS E FIBROCIMENTO COM ESTRUTURA DE MADEIRA

Lucas Tadeu Gonzatti

Jaison Ghisleri

Ezequiel De Villa

Chapecó - SC, Março de 2013.

Page 3: Trabalho costela final

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................4

2. ESTRUTURAS DE MADEIRAS PARA TELHADO............................................5

2.1 Estruturas de madeira de um telhado...............................................................6

2.2 Estrutura pontaletada ......................................................................................7

2.3 Tesouras em madeira ......................................................................................8

2.4 Terças em madeira ..........................................................................................9

2.5 Caibros em madeira ........................................................................................9

2.6 Ripas de madeira ...........................................................................................10

2.7 Ligações ........................................................................................................10

2.8 Ligações com pregos ....................................................................................10

3. TELHAS CERÂMICAS..............................................................................................11

3.1 Tipos de telhas ..............................................................................................12

3.2 Execução de telhados cerâmicos ...................................................................14

4. TELHADO DE FIBROCIMENTO ............................................................................16

4.1 Modelo de fibrocimento ................................................................................16

4.2 Manuseio e estocagem ..................................................................................18

4.3 Locação .........................................................................................................18

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................21

Page 4: Trabalho costela final

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1. INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje temos a construção como um meio de trabalho que mais cresce

no mundo, onde ocorre um grande aumento na geração de empregos, que assim

podemos encaixar a engenharia civil como a profissão mais importante para este

crescimento. Temos como obrigação fazer da construção um empreendimento eficaz,

tecnológico e principalmente seguro. Para tudo isso serão necessárias pesquisas, testes e

aprovação de leis e conceitos que nos fornecerem os itens necessários para uma boa

construção.

Com base em pesquisas realizadas em livros e normas construtivas, iremos neste

breve trabalho, descrever sobre telhas cerâmicas e fibro cimento, juntamente com a

estrutura de madeira para o telhado, deixando claras as leis e normas, os melhores

métodos necessários e meios construtivos para um bom desempenho desta atividade.

A cobertura é a alma da casa, da vida a construção com suas formas. Todavia

não é somente como estética a finalidade do telhado, o seu objetivo vai além da beleza,

que têm principais finalidades abrigo contra intempéries, isolante térmico,

impermeabilizante.

Entende-se que a cobertura é composta por dois elementos com fins de proteger

e assegurar a instabilidade da mesma, esses elementos são denominados estrutura

constituídas por vigas e peças metálicas ou de madeira chamadas de tesouras, e por

elementos de impermeabilização que são as telhas.

Page 5: Trabalho costela final

5

2- ESTRUTURAS DE MADEIRAS PARA TELHADOS

A estrutura de madeira é calculada e projetada para suportar os carregamentos

acidentais e permanentes, alem de esforços provenientes de ações de intempéries, como

variação de temperatura, chuva e vento.

Os materiais empregados na confecção de estrutura de madeira dependem

principalmente da região e da oferta e procura, podendo variar as características de

resistência e em alguns casos estética.

As principais madeiras utilizadas para esse fim são o Ipê, Cabriúva ou Itaúba,

porém, segundo Thomaz (1982) “Todos os elementos utilizam geralmente a peroba

como madeira padrão, por ser mais resistente ao apodrecimento e também por não ser

tão duro quanto o ipê e a cabreúva, entre outras razões.”

As principais funções da estrutura de madeira são de sustentar e fixar as telhas e

transmitir os esforços solicitantes para os elementos estruturais do edifício, garantindo

assim a estabilidade do telhado. A estrutura é composta por uma armação principal

(tesoura) e uma secundária, mais conhecida por trama.

2.1- Estrutura de madeira de um telhado é composta por:

• Trama: treliça de madeira que serve de apoio para a trama;

1- Ripas: são peças de madeira pregadas sobre os caibros, que servem de apoios para as

telhas cerâmicas;

2- Caibros: peças de madeira, apoiadas sobre as terças, servindo como suporte para as

ripas;

3- Cumeeira: É a parte mais alta do telhado;

4- Terças: peças horizontais de madeira colocadas na direção perpendicular à estrutura de

apoio. Elas apoiam-se geralmente sobre tesouras, pontaletes, oitões, ou paredes

intermediárias, com a função de sustentar os caibros;

5- Contrafrechal: terça da parte inferior do telhado;

6- Frechal: viga de madeira colocada em todo o perímetro superior da parede de alvenaria,

para amarração e distribuição da carga concentrada da tesoura no caso de não haver

viga;

7- Chapuz: calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoio lateral

para a terça

Page 6: Trabalho costela final

6

• Tesoura: treliça de madeira que serve de apoio para a trama;

8- Asna, perna, empena ou banzo superior: serve para resistir os esforços das terças;

9- Linha, tensor ou banzo inferior: peça de alinhamento da tesoura que recebe todos os

esforços da tesoura e pela qual é transmitida a estrutura principal da obra;

10- Montante principal ou pendural: elemento vertical de distribuição de cargas de um

telhado;

11- Diagonal ou escora: Elemento oblíquo de distribuição de cargas de um telhado

12- Tirante, pontalete ou suspensório: Peça vertical destinada ao travamento, absorvendo

os esforços de flambagem da tesoura;

13- Ferragem ou estribo: Peça metálica para reforço da tesoura;

14- Ferragem, cobrejunta ou meia-lua: Peca metálica destinada ao reforço das uniões e

das emendas, existentes em uma tesoura de madeira;

15- Testeira, aba ou tabeira: Tábua de acabamento;

16- Mão francesa: peça disposta de forma inclinada, com a finalidade de travar a estrutura.

(a)

(b)

Figura 01 – a) Vista de uma treliça, b) Corte e ripamento de uma treliça

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 2,

Page 7: Trabalho costela final

7

2.2 Estrutura pontaletada

Podemos construir uma estrutura sem o uso de tesouras para isso devemos

apoiar as terças em uma estrutura, sendo que essa é chamada de pontalete. Levando em

consideraçao que a distancia dos pontaletes deve ser a mesma a das tesouras.

As vigas principais da estrutura, a terça da cumeeira e as demais terças são

apoiadas sobre pontaletes e devem ser contraventadas com mãos francesas. Estas devem

ser colocadas dos dois lados dos pontaletes, sendo recomendável que a estrutura seja

contraventada nas duas direções.

Figura 02 – Estrutura de um pontalete

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS pag. 122

O apoio das peças de madeira (cumeeira, terça ou viga principal) sobre os

pontaletes deve ser feito por encaixe, utilizando-se ainda talas laterais de madeira, fita

ou chapas de metal.

Os pontaletes não devem apoiar-se diretamente sobre a laje de forro, mas sim

sobre placas de apoio, que podem ser constituídas por seções de pranchas ou vigas de

madeira. As vigas principais devem apoiar-se sobre coxins, cintas de amarração ou

frechais, e não diretamente sobre as paredes.

Em alguns casos as terças podem ser apoiadas nos oitões, desde que sejam

adotados reforços para garantir a estabilidade da estrutura.

Page 8: Trabalho costela final

8

2.3 Tesouras em madeira

As tesouras são muito eficientes em vencer vãos sem apoios intermediários, são

estruturas planas verticais que recebem cargas paralelamente ao seu plano,

transmitindo-as ao seu apoio.

As intersecções entre eixos de três ou mais barras da tesoura devem ocorrer em

um único ponto.

As tesouras devem ser contraventadas com mãos francesas e diagonais cruzadas

entre as tesouras centrais, ou com diagonais cruzadas entre todas as tesouras. Esse

contraventamento deve ser feito para deixar a estrutura mais rígida.

Figura 03 – Tesoura de madeira com contraventamento

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS pag. 115

2.4 Terças em madeira

As terças devem ser posicionadas sobre os nós da tesoura, para que assim

transmitam a carga diretamente sobre eles, ou sobre os pontaletes das estruturas

pontaletadas. Devem ser apoiadas e fixadas às empenas de tesouras ou às vigas

principais de estruturas pontaletadas, com o emprego de chapuzes de madeira,

cantoneiras metálicas, tarugos de madeira, parafusos passantes ou outros dispositivos

similares.

2.5 Caibros em madeira

Page 9: Trabalho costela final

9

Os caibros são colocados em uma direção perpendicular as terças, portanto

paralela as tesouras. São inclinados sendo que a sua inclinação é que determina o

caimento do telhado. Eles são colocados a uma distancia máxima de 0,5 m de eixo a

eixo.

Os caibros devem ser pregados as terças, sendo que a penetração do prego na

terça deve equivaler no mínimo à metade do comprimento do prego.

Figura 04 – Fixação do caibro à terça

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 29

Orienta-se evitar a emenda de caibros. Quando houver necessidade, a emenda

sobre caibros deve ser feita sobre a terça, seguindo os seguintes critérios:

Quando a espessura da terça for maior ou igual a 5 cm:

Figura 05 – Emenda de caibros

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30

Quando a espessura da terça for menor que 5 cm os caibros devem

Figura 06 – Emenda de caibros

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 30

Page 10: Trabalho costela final

10

2.6 Ripas de madeira

As ripas são a ultima parte da trama, o espaçamento entre ripas é dado em

função das dimensões da telha cerâmica e do recobrimento longitudinal. Para um

espaçamento constante o carpinteiro prepara uma guia (galga), conforme a seguinte

imagem.

Figura 07 – Guia (galga) para espaçamento entre ripas

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 39

As ripas são pregadas nos caibros, sendo que a penetração do prego no caibro

deve ser pelo menos igual à metade do seu comprimento

2.7 Ligações

Todas as operações de corte e furação das peças de madeira devem ser feitas

com ferramentas apropriadas, a fim de evitar quaisquer tipos de danos à maneira e

garantir a perfeita ajustagem das superfícies em contato na ligação.

As partes das peças de madeira na região da ligação devem ser isentas de

qualquer defeito, como nós, rachaduras, etc.

2.8 Ligações com pregos

Recomenda-se que sejam rebatidas as pontas dos pregos que eventualmente

atravessarem as peças pregadas. Quando forem pregadas conjuntamente três peças de

madeira, recomenda-se que os pregos atravessem pelo menos duas delas.

Figura 08 – Pregação conjunta de três justapostas

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 23

Page 11: Trabalho costela final

11

As ligações sujeitas a esforços de tração devem ser efetuadas com o auxilio de

cobre-juntas. Não sendo deve ser feita a pregação de topo.

Figura 09 – Aplicação de pregos em ligações sujeitas a esforço de tração

COBERTURA COM. ESTR. DE MAD. E TELHADO COM TELH. CER. Pag. 33

2.8 Detalhe de dimensões usuais

Page 12: Trabalho costela final

12

3-TELHA DE CERÂMICA

As coberturas de telhas cerâmicas constituem um elemento tradicional na

paisagem brasileira, que de alguma forma, fazem parte da cultura, identificando assim

uma forma de viver adaptada para cada região em que se inserem.

A telha cerâmica tem sua fabricação semelhante ao processo empregado para os

tijolos comuns. O barro porem deve ser mais fino e homogêneo, não muito magro e não

muito gordo, a fim de ser mais impermeável sem grande deformação no cozimento.

Características de um telhado de boa qualidade:

- O som emitido ao bater na peça deve ser metálico;

- Não apresentar fissuras, esfoliações, quebras e rebarbas que dificultem o acoplamento

entre elas e que prejudiquem a estanqueidade do telhado;

- Não devem possuir manchas, superfícies esbranquiçadas com sais solúveis ou nódulos

de cal;

- Resistentes o suficiente para suportar as solicitações e impactos;

- Deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico;

- Deve ter regularidade de forma, dimensões e coloração, fraca absorção de água e

impermeabilidade, baixa porosidade, resistência a flexão.

Outras características, como impermeabilidade, absorção de água, resistência a

flexão, tolerâncias dimensionais e empenamento, devem estar de acordo com o conjunto

de Normas Técnicas Brasileiras (NBR).

3.1 Tipos de telhas

São basicamente dois tipos de telhas cerâmicas existentes, com uma grande

variedade de formas. Uma delas é a telha de encaixe, conhecida comercialmente como

telha francesa, romana e termoplan, que apresenta em suas bordas, saliências e

reentrâncias que permitem o encaixe entre elas. A outra chamada telha de capa e canal

conhecida como telha colonial, paulista e plan, esta telha caracteriza-se por apresentar o

mesmo tipo de peça para a capa e o canal (largura iguais), ou seja, capa e bica iguais.

Segue uma tabela com a descrição de diversos tipos de formas de telhas.

TELHA DESCRIÇÃO ESPECIFICACÕES PESO

Telha Francesa São planas, com

encaixes laterais e nas

extremidades, com

Comprimento: 40 cm

Largura: 24 cm

Espessura: 14 mm

2,6 kg

Page 13: Trabalho costela final

13

agarração para

fixação às ripas.

Caimento: 36 %

17 Peças / m²

Telha Romana

Esta telha apresenta

uma capa e um canal

interligados.

Comprimento: 41,5

cm

Largura: 21,6 cm

Espessura: 10 mm

Caimento: 30 %

16 Peças / m²

2,6 kg

Telha Portuguesa

Tem a evolução da

antiga e tradicional

telha colonial. É

composta por apenas

uma peça.

Comprimento: 38 cm

Largura: 20 cm

Espessura: 18 mm

Caimento: 30 %

16 Peças / m²

2,4 kg

Telha Termoplan

Esta apresenta uma

camada interna de ar,

projetada com intuito

de reforçar o

desempenho térmico

da telha.

Comprimento: 45 cm

Largura: 21,4 cm

Espessura: 26 mm

Caimento: 30 %

15 Peças / m²

3 kg

Telha Colonial

Não há distinção

entre a capa e o canal,

pois podem ser

usadas

indistintamente.

Comprimento: 46 cm

Largura: 15 cm

Espessura: 13 mm

Caimento: 25 %

25 Peças / m²

2,25

kg

Telha Paulista

Tem seção circular

que vai afunilando em

direção a uma das

extremidades,

apresenta a capa com

largura ligeiramente

Comprimento: 46 cm

Largura capa: 13 cm

Largura canal: 15 cm

Espessura: 13 mm

2 kg

Page 14: Trabalho costela final

14

inferior à largura do

canal

Caimento: 25 %

25 Peças / m²

Telha Plan

Apresenta as formas

acentuadas retas. O

canal é de seção

retangular e mais

ampla. São telhas

muito pouco

empregadas, pois são

difíceis de cortar e

encontrar peças no

mercado para

substituição

Comprimento: 46 cm

Largura capa: 13 cm

Largura canal: 15 cm

Espessura: 13 mm

Caimento: 25 %

24 Peças / m²

2,2 kg

3.2 - EXECUÇÃO DE TELHADOS CERÂMICOS

O telhado deve ser executado sempre com telhas de dimensões padronizadas,

com tolerâncias dimensionais que atendam a sua respectiva especificação, dessa forma,

haverá perfeito encaixe entre as telhas, facilitando a colocação e garantindo a

estanqueidade à água do telhado

É recomendado adquirir uma quantidade de telhas aproximadamente 5%

superior à quantidade calculada para o telhado, como margem de folga, para suprir as

perdas ou qualquer outro interveniente.

Colocação das telhas:

A colocação das telhas deve ser feita da

esquerda para a direita, da parte mais baixa do

telhado seguindo em direção a cumeeira. As telhas

devem ser colocadas com um pequeno ângulo de

Page 15: Trabalho costela final

inclinação, para garantir um perfeito alinhamento, verificando se os dois pontos da telha

estão encaixados na ripa. É necessário conferir o

de telha.

É apropriado que, telhados com

esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com

inclinação maior que 100%,

apoio, a cada cinco telhas uma é fixada.

45% e 100%

Para telhados que possuem

devem estar fixados à estrutura de apoio, e as capas devem s

alternada, a cada cinco telhas uma é fixada.

Durante a execução do telhado, devem

nos cruzamentos dos caibros com as ripas, evitando que o mont

na mão sobre a parte já coberta. Para a distribuição das telhas pode

tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os

montadores possam caminhas sobre elas.

Beiral: O beiral é a última fileira de

constituindo a parte avançada deste sobre o corpo do

provocar a queda das águas pluviais (águas da chuva) de modo que estas não escorram

pela fachada do edifício ou residência.

deve ter duas ripas sobrepostas ou por testeiras.

Em beirais desprotegidos, recomenda

as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais

devem ser fixados às ripas, c

inclinação, para garantir um perfeito alinhamento, verificando se os dois pontos da telha

estão encaixados na ripa. É necessário conferir o alinhamento a cada 3 fiadas e 3 faixas

de telha.

que, telhados com a inclinação entre 45% e 100%, devem ter

esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com

inclinação maior que 100%, é recomendado amarrar todas as telhas na estrutura de

apoio, a cada cinco telhas uma é fixada.

25% e 100%

s que possuem declividades entre 25% e 100%, todos os canais

fixados à estrutura de apoio, e as capas devem ser fixadas de maneira

alternada, a cada cinco telhas uma é fixada.

Durante a execução do telhado, devem-se dispor pilhas de telhas sobre a trama,

nos cruzamentos dos caibros com as ripas, evitando que o montador caminhe com telhas

na mão sobre a parte já coberta. Para a distribuição das telhas pode-se dispor algumas

tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os

montadores possam caminhas sobre elas.

O beiral é a última fileira de telhas que forma a aba do telhado,

constituindo a parte avançada deste sobre o corpo do edifício. Tem a finalidade de

provocar a queda das águas pluviais (águas da chuva) de modo que estas não escorram

pela fachada do edifício ou residência. O primeiro apoio da primeira fiada de telhas

deve ter duas ripas sobrepostas ou por testeiras.

is desprotegidos, recomenda-se amarrar as telhas de encaixe às ripas. Já

as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais

fixados às ripas, caso haja platibanda ou caso seja empregado forro no beiral,

15

inclinação, para garantir um perfeito alinhamento, verificando se os dois pontos da telha

alinhamento a cada 3 fiadas e 3 faixas

de telha.

entre 45% e 100%, devem ter um

esquema de amarração como o mostrado na figura a seguir. Para telhados com

s telhas na estrutura de

, todos os canais

er fixadas de maneira

se dispor pilhas de telhas sobre a trama,

ador caminhe com telhas

se dispor algumas

tabuas longitudinais (direção da água) sobre o madeiramento, de forma que os

que forma a aba do telhado,

. Tem a finalidade de

provocar a queda das águas pluviais (águas da chuva) de modo que estas não escorram

primeiro apoio da primeira fiada de telhas

se amarrar as telhas de encaixe às ripas. Já

as telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas com a argamassa e os canais

aso haja platibanda ou caso seja empregado forro no beiral,

Page 16: Trabalho costela final

16

as telhas não necessitarão ser fixadas à estrutura de madeira, já nos beirais laterais o

emboçamento de peças cerâmicas apropriadas (cumeeiras ou capas de telhas do tipo

capa e canal).

Cumeeira: deve ser executadas com peças cerâmicas denominadas “cumeeiras”,

ou podem ser utilizar capas de telhas do tipo capa e canal. Essas peças devem ser

colocadas obedecendo-se um sentido de colocação contrario ao dos ventos dominantes.

Primeiramente, com a colher de pedreiro coloca-se o emboço nas extremidades

das telhas, de forma a criar duas linhas contínuas, em toda extensão da cumeeira

também se deve colocar o emboço no rebaixo da telha anterior. Então se encaixam as

peças, sendo que é preciso observar ainda um recobrimento longitudinal mínimo de 60

mm entre as peças.

Espigão: também pode ser executado com peças de cumeeiras ou capas de

telhas de capa e canal. As peças são colocadas da mesma forma que na cumeeira sendo

que devem ser colocadas no beiral em direção à cumeeira.

As telhas das águas do telhado são cortadas no seu encontro com o espigão, de

forma que o recobrimento entre as peças de espigão e as telhas seja no mínimo 30 mm.

Rincão ou água furtada: é constituído por uma calha metálica fixada na

estrutura de madeira do telhado, elas devem ser cortadas na direção do mesmo,

recobrindo a calha metálica em pelo menos 60 mm de cada lado. A largura livre da

calha deve ser de aproximadamente 150 mm, também pode ser executado com peças

especiais com recobrimento longitudinal mínimo de 60 mm.

Arremates: com fim de garantir a estanqueidade do telhado, os encontros dos

telhados com paredes paralelas ou transversais ao comprimento das telhas devem ser

executados empregando-se rufos metálicos ou componentes cerâmicos.

Page 17: Trabalho costela final

17

4. TELHADOS DE FIBROCIMENTO

As telhas de fibrocimento são utilizadas tanto nas coberturas residenciais como

nas industriais. São telhas maiores que as cerâmicas, de sorte que, alguns modelos são

utilizados diretamente sobre as paredes. Constituídas por uma mistura homogênea de

fibras de amianto e cimento portland, estas telhas são fabricadas em diversos modelos,

tamanhos e espessuras.

O fibrocimento é composto basicamente de água, cimento e amianto, uma fibra

mineral presente em abundancia na crosta terrestre. Esses elementos, quando usados em

conjunto proporcional à cobertura: durabilidade, estanqueidade, resistência mecânica,

baixo peso, trabalhabilidade, versatilidade, incombustibilidade, isolamento acústico, são

bastante utilizadas em edifícios habitacionais de padrão popular, inclusive unifamiliares,

embora não proporcionem adequado conforto, sobretudo térmico. Devem atender às

disposições da norma “NBR 7581 – Telha ondulada de fibrocimento – Especificações”.

4.1 MODELOS DE FIBROCIMENTO

Telha ondulada

Nas telhas de fibrocimento, a trama fica reduzida as terças sendo uma opção

muito utilizada para telhados residenciais, depósitos, galpões e edificações rurais.

Possui características adequadas para a aplicação em indústria, sendo usada tanto em

coberturas com em fechamentos laterais.

As telhas de fibrocimento possuem caso das espessuras padrões, são elas: 5 mm,

6 mm e 8 mm, sendo que as mais utilizadas são as de 6 e 8 mm. O peso do telhado em

fibrocimento varia conforme a espessura das peças, sendo de 15 Kg/m² para as de 5

mm, 18 Kg/m² para as de 6 mm e 24 Kg/m² para as de 8 mm.

Peças complementares

Existem peças complementares para as telhas onduladas de fibrocimento com as

seguintes finalidades:

Page 18: Trabalho costela final

18

• Arremate entre duas ou mais águas de uma cobertura (Cumeeira normal, cumeeira universal, cumeeira articulada ondulada, espigão).

• Arremate entre uma água de cobertura e uma parede ou fechamento lateral (Cumeeira shed, rufo); Cumeeira shed: Cumeeira shed simétrica: Rufo:

• Proporcionar recursos de ventilação e arejamento à área coberta (telha de ventilação, telha com claraboia);

• Arremate entre dois ou mais fechamentos laterais (cantoneira e aresta). Cantoneira: Aresta:

Além destes ainda existe uma ampla gama de peças complementares que

resolvem detalhes de arremate, ventilação e iluminação.

4.2 Manuseio e estocagem

• O corte, lixamento e furação dos produtos devem ser feitos em locais abertos, com boa

ventilação e, se possível, separados das demais tarefas.

• Recomenda-se realizar o trabalho com ferramentas manuais, que provocam menor

desprendimento de poeira fina no ambiente;

Page 19: Trabalho costela final

19

• É preciso umidificar o piso ao redor do local de trabalho e as peças que estão sendo

trabalhadas, reduzindo a possibilidade de geração de poeira;

• A retirada de rebarbas e a limpeza das peças, ferramentas e demais equipamentos

deverá ser feita utilizando um pano ou esponja umedecidos, ou sistema de aspiração;

• Os equipamentos fixos – furadeira de bancada, serra circular etc. – deverão possuir

necessariamente um sistema de captação de poeira;

• A lavagem das peças de trabalho será feita separadamente das demais peças de uso

diário;

• Durante o trabalho, o operador deve usar máscara específica (descartável do tipo P2

para poeira);

• Terminado o trabalho, o operador deve tomar banho no serviço antes de trocar de

roupa;

• A aplicação dessas recomendações garante ao usuário dos produtos de fibrocimento

uma utilização segura e sem riscos à saúde.

4.3 Colocação

O melhor aproveitamento das telhas se dá com a inclinação de 15° (27%) e

procurar utilizar esta inclinação sempre que possível, porém devem-se seguir as

especificações do fabricante para cada tipo de telha de fibrocimento.

Na montagem da primeira fiada as chapas precisam ser fixadas com um parafuso

por chapa (colocado na crista da 2° onda), necessitando a última chapa ser fixada com

dois parafusos (na crista das 2° e 5° ondas). Nas chapas das fiadas intermediárias, terão

de serem aplicados dois ganchos chatos na cava da 1a e 4a onda. As cumeeiras deverão

ser fixadas com um parafuso de cada lado, sendo a última delas com dois parafusos de

cada lado. O caimento mínimo a ser empregado é de 10º, ou seja, 17,6% (abaixo desse

limite, estar-se-á arriscando infiltração de água através da junção das telhas).

Parafusos para fixação de telhas de fibro cimento:

Page 20: Trabalho costela final

20

A superposição das chapas varia conforme sua inclinação, sendo, portanto:

• Para telhados com menos de 15º de inclinação, usar recobrimento longitudinal mínimo

de 20 cm;

• Para caimentos maiores de 15º, pode-se usar recobrimento longitudinal de 14 cm.

O espaçamento máximo entre as terças é de 1,69 m. Por essa razão, a chapa mais

econômica é a de 1,83 m, já que para as telhas maiores se torna indispensável à

colocação de terça intermediária (para telhas de 6 mm de espessura). Quanto aos beirais,

os comprimentos das chapas, máximo e mínimo, em balanço são:

• Beirais sem calha: máximo 40 cm e mínimo 25 cm;

• Beirais com calha: máximo 25 cm e mínimo 10 cm.

• Beiral lateral: 10 cm

Page 21: Trabalho costela final

21

A montagem das telhas deverá ser iniciada a partir do beiral para a cumeeira.

Para uma montagem e utilização do sistema de cobertura em telhas onduladas de

fibrocimento eficientes, precisam ser seguidas as seguintes recomendações:

• Não se pode pisar diretamente sobre as telhas; usar tábuas apoiadas em três terças, em

coberturas muito inclinadas, amarrar as tábuas;

• Utilizar ferramentas manuais (serrote, arco de pua, etc.). Se houver a necessidade de

utilização de serras elétricas, recomendam-se as de baixa rotação para evitar a dispersão

do pó de amianto;

• Procurar sempre realizar o trabalho ao ar livre;

• Umedecer as peças de fibrocimento antes de cortá-las ou perfurá-las.

5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Pini Web – Telhas Cerâmicas – Bianca Antunes. Disponível em: http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/telhas-ceramicas-80046-1.asp Acesso em: 13 mar. 2013. COMO Construir. Fev. 2002. Disponível em: http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/como-construir-81765-1.asp. Acesso em: 15 mar. 2012. ESCOLHA sua Telha. Disponível em: http://www.hinkel.arq.br/hhtelhas.html. Acesso: 15mar. 2018. TELHADO, Caibros, Ripas e Galga em:

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PAULO S.A. Cobertura com Estrutura de Madeira e Telhados com Telhas

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YAZIGI, Walid. A TÉCNICA DE EDIFICAR. PINI. 1997, 442pag.