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If Sul de Minas – Câmpus Muzambinho Trabalho: Indústria do Café e impactos ambientais Emmyline; Paula Ferreira – Técnico em Meio Ambiente Disciplina: Poluição Ambiental- Prof.: Raphael N. Rezende 1º Módulo

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Trabalho: Indústria do Café e impactos ambientais

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If Sul de Minas Cmpus Muzambinho

Trabalho: Indstria do Caf e impactos ambientais

Emmyline; Paula Ferreira Tcnico em Meio Ambiente

Disciplina: Poluio Ambiental- Prof.: Raphael N. Rezende

1 Mdulo

2015Tpicos:

Intruduo;

Processo de produo do caf;

Sobre a produo do caf;

Tipo de poluio causado pelo cultivo de caf;

Produo de caf sustentvel;

IntroduoO caf uma das principais atividades de produo que o Brasil exerce, desde os meados dos anos de 1727 ele cultivado, e o Brasil o maior exportador de caf h cerca de 150 anos.

Aps sua chegada a planta caf foi ganhando espao na economia brasileira, pois as condies do territrio, e as condies climticas so favorveis ao cultivo. O caf aps o fim do ciclo econmico da minerao do ouro em Minas Gerais surgiu como a grande riqueza brasileira, o que perdura at hoje, pois mesmo passando por diversas crises, como a quebra na bolsa de Nova York de 1929, o caf sempre se mantm como importante produto de exportao brasileira e responsvel por garantir empregos a vrios brasileiros.Contudo, sendo o Brasil o maior produtor em tantos anos, e caf resultou como outras atividades em um impacto ambiental grande, devido a necessidade de aplicao de pesticidas e diversos insumos agrcolas para a produo do mesmo. Neste trabalho mostraremos as causas dos impactos, danos, definir qual o tipo de poluio causada, e buscar de forma informativa novas ideias que podem ser aplicadas na indstria Cafeeira.

Processo de produo do cafTudo comea com a seleo para as sementes de caf, que so plantada e mantidas em viveiros especiais, que daro origem s mudas, onde as mesmas so plantas durante a primavera (setembro a dezembro); Durante o processo de desenvolvimento do cafeeiro, a planta deve receber cuidados, sendo irrigada, adubada e protegida contra pragas e ervas daninha.O cafezal atinge o ponto mximo de sua produo aps o stimo ano da plantao. A partir da, os cafeeiros comeam a ter boas colheitas ano-sim, ano-no. Isso acontece porque os frutos surgem em substituio s folhas. A ausncia delas desgasta excessivamente a planta, por isso, na safra seguinte, ela direciona toda sua energia para a recomposio do verde, deixando a produo de gros em segundo plano. As flores brancas e perfumadas possuem cinco delicadas ptalas e aparecem entre setembro e novembro. Elas daro origem aos gros de caf assim que o vero brasileiro der as caras. As flores que forem fecundadas se transformaro em pequenos frutos que, inicialmente, possuem a cor verde. Quando amadurecem, adquirem tons de vermelho ou amarelo, conforme a variedade da planta. Neste momento, hora dos gros serem colhidos. O processo de colheita acontece entre os meses de maio e agosto, quando a maioria dos frutos est madura. importante saber o ponto certo de colheita para que no haja desperdcio por conta do apodrecimento natural do caf. No Brasil, existem trs tipos bsicos de colheita: derria, a dedo e mecnica. Durante o processo de derria, um plstico colocado embaixo da planta. Os gros so arrancados e depositados sobre a lona, evitando o contato com a terra. O processo pode ser feito com a ajuda de mquinas ou at mesmo com as mos. J a colheita feita a dedo exige muita mo de obra e consiste na escolha apenas dos gros maduros. Por ser um processo caro e demorado, pouco utilizado nas fazendas brasileiras. Enquanto isso, a colheita mecnica feita rapidamente por uma mquina que acumula os gros em sacas, que depois so despejadas em caminhes para transporte. Depois da colheita, os gros devem ser preparados para serem levados fbrica de caf. Primeiramente, feita a lavagem e separao dos gros. Nesta etapa, so eliminadas impurezas tpicas da roa: folhas, torres, paus, terra e pedrinhas. Colocados na gua, os melhores cafs boiam, enquanto os frutos verdes - no indicados para a produo afundam e so descartados. Aps o mergulho, feito o despolpamento. Em mquinas apropriadas, so retiradas as cascas e polpa do fruto. Aps isso, o caf passa por um processo de fermentao, que d conta de retirar toda a sua parte mida, deixando a semente pronta para a secagem. Aps o processamento, os gros de caf so levados fbrica, que os transformar no p que conhecemos. A fbrica Master Blenders, em Jundia, que produz o caf Pilo, recebe uma mdia de 500 toneladas por dia, o que corresponde a cerca de 20 caminhes. Quando os gros chegam fbrica, so despejados em uma cmara. A partir da, so encaminhados para os compartimentos chamados silos, que armazenaro o produto at o momento da secagem. Caso os gros no tenham destino certo, ficam armazenados em sacas. No passado, os cafs eram espalhados em um terreiro e, devido ao calor oferecido pelos raios de sol, secavam. O processo era demorado e durava quase trs semanas. Hoje, a secagem feita por meio de secadores mecnicos: o caf entra em um compartimento a 140C, com 12,5% de umidade, e sai quase totalmente seco. Neste momento, o caf comea a ficar amarelado. Ento, a temperatura para de subir e ele levado para o processo de torra; Este procedimento todo controlado por operadores distncia. Quando o caf alcana a temperatura de 140C, acontecem interaes entre as protenas, gorduras e acares presentes nele. O processo, chamado pirolise, se prolonga at que o caf atinja os 240C. Nesta temperatura, ele misturado a litros e litros de gua. O lquido abaixa a temperatura at que ela chegue aos 65C, corta os processos de interao molecular e reidrata o produto, deixando-o com at 5% de umidade. Cada caf possui uma curva de torra, ento, a temperatura e o tempo podem variar. Secos, os gros descansam por trs horas e perdem gs carbnico. Em seguida, esto prontos para serem pesados e armazenados.Quando uma nova marca desenvolvida, ela feita atravs da combinao de diversos tipos de caf. Esta mistura varia de acordo com o perfil do consumidor, podendo ser um produto gourmet, que leva toques mais suaves; do tipo forte, que mais amargo e menos cido; ou at mesmo aromtico, que conta com sabores adicionais. A mistura preparada mecanicamente. Ento, ela encaminhada para um rolo mecnico, que quebrar os gros, at chegar granulometria ideal do produto. Depois da moagem, o caf deve descansar por trs horas para liberar mais gs carbnico; classificao: Para que os gros sejam armazenados, eles passam por testes, que os classificaro de acordo com a qualidade. Depois de modos, os gros so colocados em um aparelho que ir enviar raios infravermelhos ao p de caf. De acordo com a luminescncia refletida, o produto classificado em nmeros, que apontam uma variedade mais fraca ou mais forte.Paralelo a isso, Antnio Carlos Pereira, o master blender da fbrica, prova todos os cafs que chegam ao local. Eles so torrados e modos na hora e, depois, so preparados para que o especialista consiga sentir os aromas de cada um. A partir da, ele desenvolve novas combinaes para as diversas marcas de cafs. A linha de produo da fbrica, que fica em Jundia, funciona 24 horas por dia e embala caf durante todo esse tempo, produzindo mais de 400 toneladas por dia.O caf modo encaminhado para uma mquina responsvel por colocar o p nos pacotes. Durante o processo, o saquinho recebe quatro levas de caf e pesado aps cada depsito para garantir que a embalagem saia com o peso certo. Se o caf for embalado a vcuo, ele comprimido e passa por uma pr-selagem. Em seguida, o pacote encaminhado para a cmara de vcuo, que retirar todo o ar da embalagem. Para finalizar a produo, a embalagem de caf passa por um teste para saber se no h oxignio dentro dela e tambm submetida marcao de validade feita a laser. Ento, os pacotes so automaticamente colocados em uma caixa de papelo e esto prontos para hegarem ao ponto de venda. Depois, s colocar em prtica o processo que voc j conhece: passar o p pelo coador e degustar uma das bebidas mais tradicionais do Brasil, o famoso cafezinho.

Nota: A humanidade adotou o caf como bebida matinal porque ele estimula o crebro.

Mas caf em excesso pode causar insnia e palpitao cardaca, alm de irritar o estmago, deixando a pessoa nervosa.

Sobre a produo do caf

A plantao insustentvel da cafeicultura que perdurou no Brasil por mais de dois sculos trouxe consequncias para o meio ambiente:

Contaminao do lenol fretico, pela utilizao de agrotxicos e de fertilizantes;

Escassez de gua por irrigaes sem autorizao;

Diminuio da rea florestal: devido as queimadas, e qualquer outra forma de desmatamento a fim de limpar a terra para o plantio de caf;

Profundas alteraes no clima do planeta, poluio atmosfrica;

Intoxicao pelo uso de agrotxicos, degradao do patrimnio gentico;

Espcies em extino;

Deslizamento dos morros (plantaes de caf sem realizar as curvas de nvel), poluio dos mananciais;

Tipo de poluio causado pelo cultivo de caf:

O caf, quando plantado em conflito com a natureza, de forma insustentvel, causa enormes danos ambientais como os mencionados, causando os tipos de poluies:

Dispersa e txica, atingindo ar, solo e gua, sendo que a utilizao de agrotxicos/pesticidas se espalha pelo ar; e atinge diretamente o lenol fretico; juntamente com a escassez dos recursos hdricos atravs das embalagens de agrotxicos que os cafeicultores indevidamente jogam no leito dos rios, dos equipamentos de aplicao destes produtos que so lavados nas guas, fazendo com que os resduos de agrotxicos contaminem os leitos dos rios, e pela destruio das matas ciliares. Com esta poluio consequentemente ocorre a diminuio do fornecimento da gua de boa qualidade, os agrotxicos tambm atingem as vias respiratrias e pele do produtor, podendo ocorrer o acmulo na cadeia alimentar pelo excesso de pesticidas/agrotxicos escoando pelo lenol fretico, agredindo assim a fauna e flora, a utilizao dos venenos acelera a contaminao do solo, empobrecendo-o, ao impedir a proliferao de microrganismos fundamentais para a sua fertilidade, e com mais facilidade eroso, devido a ocorrncia de solo exposto. Esse tipo de atividade de poluio denominado como atividade antrpica, causada pela interferncia do homem para com o ambiente em que vive e cultiva certo tipo de cultura que degrada o meio ambiente.

Nota: A cafeicultura depende do meio ambiente, e deve respeit-lo, para que assim seja sustentvel, utilizando para produo, porm, visando um meio pelo qual no degrade tanto.

Produo de caf sustentvel

Na busca por maior conscientizao dos envolvidos na cadeia produtiva do caf quanto importncia da produo sustentvel, vem sendo implementadas aes para a utilizao das boas prticas agrcolas, com o objetivo de ter-se uma cafeicultura ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente vivel. Parte- se do princpio que para uma atividade ser sustentvel, ela deve promover crescimento econmico e, ao mesmo tempo, respeitar o meio ambiente e satisfazer as necessidades e aspiraes humanas. Neste contexto, o foco da cafeicultura capixaba sustentvel passa por trs dimenses:A DIMENSO SOCIAL:respeito fora de trabalho, representada pelos trabalhadores rurais contratados, parceiros e meeiros, expresso por intermdio do cumprimento integral da legislao trabalhista, da remunerao justa e da moradia digna, bem como pela possibilidade de acesso educao, sade e recreao, com relaes justas e humanas entre o capital e o trabalho. A organizao e a participao social devem ser promovidas.A DIMENSO AMBIENTAL:a utilizao da gua, do solo e dos recursos naturais deve ser racional, planejada e definida pela adoo de tecnologias e procedimentos simples, ao alcance de todos os produtores. A promoo da adequao ambiental das propriedades por meio da proteo de nascentes e mananciais de gua, da conservao das matas ciliares junto s nascentes e no topo dos morros, da correta destinao dos esgotos domsticos e das guas residuais do despolpamento de caf e de criatrios animais deve ser estimulada. A degradao dos solos no interior das lavouras, nas estradas e nos corredores de acesso deve ser sistematicamente combatida mediante o uso de tcnicas adequadas, com a roada das ervas espontneas e a construo de caixas secas para evitar a eroso. Deve haver diversificao nos cultivos e adoo de tecnologias que eliminem o uso de agrotxicos, como o manejo integrado de pragas e a produo orgnica. Ademais, preciso que se mantenham ntegras as reas de reserva legal, enquanto aquelas degradadas devem ser recuperadas, favorecendo a conservao da biodiversidade e o estabelecimento de corredores ecolgicos.A DIMENSO ECONMICA: necessrio ao produtor rural assegurar a sobrevivncia financeira, o bem- -estar e a segurana alimentar das famlias sob sua dependncia, monitorando seus gastos e receitas, evitando desperdcios com o uso timo das sinergias entre os sistemas de produo animal e vegetal, agregando valor aos produtos agrcolas, diversificando as atividades produtivas, bem como as fontes de renda, e buscando, por fim, a autogesto da propriedade. Deve ser facilitado o acesso aos canais de comercializao, ao crdito e assistncia tcnica.O Incaper iniciou os trabalhos de pesquisa com caf conilon em 1985 e com caf arbica em 1998. Nos ltimos dez anos, trabalhos importantes vm sendo realizados nas reas de melhoramento gentico, poda e adensamento, nutrio, manejo e conservao de solo, manejo de pragas e doenas, manejo da colheita, destinao de gua residuria e qualidade do caf.

Nota: Trabalho baseado nas aulas de Poluio Ambiental; e em pesquisas de sites sobre produo de caf. FIM