trabalho bacia hidrográfica da baixada santista (1)

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1 SENAC SANTOS

BACIA HIDROGRFICA DA BAIXA SANTISTAUGRH-7Gesto e Tecnologias de Controle e Poluio das guas Moiss Silva, Patricia Mestieri, Patricia Souza 19/11/2011

CARACTERIZAO FSICA rea de Abrangncia Bacia Hidrogrfica da Baixada Santista (BHBS) drena uma rea de 2.818,40 km e extende-se por 160 km. Formado por nove municpios e com total populacional de aproximadamente de 1.4 mil habitantes, tem como principais atividades econmicas o turismo, pesca, refinarias de petrleo, indstrias qumicas, petroqumicas, fertilizantes, qumicas e siderrgicas, atividades porturias (Porto de Santos). A BHBS compreende a regio do esturio de Santos, So Vicente e Cubato, as bacias do litoral norte em Guaruj e Bertioga, e as bacias do litoral centro-sul e sul em Praia Grande, Mongagu, Itanham e Perube. Limita-se a nordeste com a UGRHI 3 (Litoral Norte), a leste e sul com o Oceano Atlntico, a sudoeste com a UGRHI 11 (Rio Ribeira de Iguape e Litoral Sul), e ao norte e noroeste com a UGRHI 6 (Alto Tiet). Grosso modo, pode-se considerar como limites fsicos a Serra do Mar e o Oceano Atlntico.

A composio geomorfolgica da Baixada Santista identificada por 2 grandes unidades morfolgicas: as escarpas da serra do mar e as plancies litorneas ou costeiras. Apresenta ainda duas importantes ilhas: a de So Vicente e a de Santo Amaro estreitamente ligadas ao continente. Seus principais cursos d gua so: Ao norte: Rios Itapanha, Itatinga e Guaratuba com seus mangues preservados

Ao centro: Rios Cubato, Mogi e Quilombo, degradados pela expanso urbana da Baixada Santista Ao sul: Rios Branco ou Boturoca e Itanham A Rede Hidrogrfica da Baixada Santista est dividida em 21 sub-bacias Mapa hidrogrfico e sub-bacias

A rede hidrogrfica da Baixada Santista constituda por rios pouco extensos que nascem na Serra do Mar e na Plancie Litornea (ou Costeira) e desguam no oceano em complexos estuarinos. Os esturios so reas especiais influenciadas simultaneamente pelos rios e guas costeiras. A amplitude mxima pode chegar a 1.175 m da serra ao nvel do mar. Os rios de gua doce so de domnio do Estado de SP e as guas salgadas (martimas) so de domnio da unio. Quanto s guas salobras (rios ou braos de rios de gua doce em confluncia com a mar) ou mesmo s reas estuarinas, no certa sua dominialidade. A delimitao destas reas ainda no foi discutida e sequer oficialmente publicada.

Enquadramento dos Recursos Hdricos Conforme o decreto n 10.755 de 22 de novembro de 1977 os corpos hdricos da regio foram classificados como mostrados a seguir: Corpos de gua pertencentes Classe 1:

a) Crrego da Moenda e todos os seus afluentes at o ponto de captao de gua de abastecimento para o Municpio de Mongagu b) Ribeiro das Furnas e todos os seus afluentes at a confluncia com o Rio Itapanha em Bertioga, no Municpio de Santos c) Rio Bichor e todos os seus afluentes at a barragem projetada no Municpio de Mongagu d) Rio Branco e todos os seus afluentes at a confluncia com o Rio Preto, no Municpio de Praia Grande e) Rio Cubato e todos os seus afluentes at a confluncia com o Rio Piles, no Municpio de Cubato f) Rio Itapanha e todos os seus afluentes at a cota 10, no Municpio de Santos g) Rio Itatinga e todos os seus afluentes at a cota 10, no Municpio de Santos h) Rio Jaguareguava e todos os seus afluentes at a cota 20, no Municpio de Santos i) todos os cursos dgua do litoral desde a divisa dos Municpios de Santos com So Sebastio at a divisa dos Municpios de Mongagu e Itanham at a cota 50

j) Rio Mineiro e todos os seus afluentes at a confluncia com o Rio Aguape, no Municpio de Mongagu k) Rio Moji e todos os seus afluentes at a confluncia com o Crrego do Bugre, no Municpio de Cubato l) Rio Piles e todos os seus afluentes at a confluncia com o Rio Cubato, no Municpio de Cubato m) Rio Quilombo e todos os seus afluentes at a cota 20, no Municpio de Santos Corpos dgua pertencentes Classe 2: todos os corpos dgua,exceto os j classificados. Corpos dgua pertencentes Classe 3: o Rio Cubato desde o ponto de captao de gua para abastecimento at a foz, no Municpio de Cubato. O Decreto n 8468 de 08 de setembro de 1976 estabeleceu o seguinte no ttulo II, captulo I, artigo 7 descreve: I - Classe 1: guas destinadas ao abastecimento domstico, sem tratamento prvio ou com simples desinfeco II - Classe 2: guas destinadas ao abastecimento domstico, aps tratamento convencional, irrigao de hortalias ou plantas frutferas e recreao de contato primrio (natao, esqui-aqutico e mergulho) III - Classe 3: guas destinadas ao abastecimento domstico, aps tratamento convencional, preservao de peixes em geral e de outros elementos da fauna e da flora e dessedentao de animais Resoluo do CONAMA 357 de 17 de maro de 2005, no entanto, estabeleceu no captulo II, artigo 4: II - classe 1: guas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, aps tratamento simplificado b) proteo das comunidades aquticas c) recreao de contato primrio, tais como natao, esqui aqutico e mergulho, conforme Resoluo CONAMA n. 274, de 2000 d) irrigao de hortalias que so consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoo de pelcula e) proteo das comunidades aquticas em Terras Indgenas III - classe 2: guas que podem ser destinadas:

a) ao abastecimento para consumo humano, aps tratamento convencional b) proteo das comunidades aquticas c) recreao de contato primrio, tais como natao, esqui aqutico e mergulho, conforme Resoluo CONAMA n 274, de 2000 d) irrigao de hortalias, plantas frutferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o pblico possa vir a ter contato direto e) aqicultura e atividade de pesca. IV - classe 3: guas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, aps tratamento convencional ou avanado b) irrigao de culturas arbreas, cerealferas e forrageiras c) pesca amadora d) recreao de contato secundrio e) dessedentao de animais.

Consideraes Relevantes As guas do Alto Tiet so revertidas Baixada Santista, via canal do Pinheiros/ Reservatrio Billings, para gerao de energia eltrica na Usina Henry Borden. O sistema efetua o controle de cheias na bacia do rio Pinheiros, mediante bombeamento nas elevatrias de Traio e Pedreira para o reservatrio Billings, promovendo a recuperao parcial da qualidade das guas revertidas, lanando-as no reservatrio do rio das Pedras, j na vertente martima, onde esto localizadas as tomadas dgua da Usina Henry Borden. Na vertente martima operam duas transposies aduzindo gua para reforo do Sistema Produtor do Alto Tiet: uma delas envolve a transferncia de cerca de 1,0 m/s das cabeceiras do rio Capivari-Monos, formador do rio Branco, para o reservatrio de Guarapiranga; e aproximadamente 0,5 m/s so transpostos das cabeceiras do rio Guaratuba para a bacia do rio Claro, no Alto Tiet. Alm da Usina Hidreltrica Henry Borden, existe ainda outra usina de pequeno porte, denominada Usina Hidreltrica de Itatinga, da CODESP Companhia Docas do Estado de So Paulo, com uma potncia instalada de 15 MW (aproximadamente 600 m de queda) e uma capacidade de engolimento de 3,3 m/s. CARACTERIZAO AMBIENTAL Vegetao Constata-se que 40,3% da regio ainda composta por Mata Atlntica; 10,6% por vegetao de restinga e 8,8% por manguezais. O ndice de vegetao nativa nesta rea de aproximadamente 69%, muito superior ao ndice do Estado de So Paulo, que em mdia de 14%. A regio apresenta tambm grandes reas com manguezais, pertencentes s reas de preservao permanente. Os maiores sistemas de manguezais esto localizados no Complexo Estuarino de Santos/So Vicente, no rio Itapanha e Canal de Bertioga e prximo ao rio Itanham. Esses ecossistemas esto sendo degradados paulatinamente por atividades poluidoras industriais e pela implantao de ncleos urbanos, alm dos extensos aterramentos, responsveis pela desestruturao da sua funcionalidade. O consumo de gua pela Mata Atlntica substancialmente menor, com rendimento hdrico da ordem de 70%, ou seja, volume precipitado transformado em escoamento nos corpos dgua. Alm do rendimento hdrico, um regime de vazo bastante regular

caracteriza as microbacias e a influncia da cobertura florestal na manuteno da qualidade da gua sobre os processos hidrolgicos nas suas microbacias de cabeceira.Mapa da cobertura vegetal da Bacia Hidrogrfica da Baixada Santista

Unidades de Conservao Os critrios e normas para a criao, implantao e gesto das unidades de conservao foram institudos no Brasil por meio da criao do Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza SNUC (Lei Federal n. 9.985/2000). O SNUC estabelece o uso sustentvel dos recursos naturais e a explorao do meio ambiente de forma a evitar efeitos adversos na perenidade dos recursos ambientais renovveis e dos processos ecolgicos. So objetivos das unidades de conservao ainda a manuteno da biodiversidade e os demais atributos ecolgicos, de forma socialmente justa e economicamente vivel. As reas protegidas mais importantes so: o Parque Estadual da Serra do Mar, o Parque Estadual Xixov-Japu, a rea de Proteo Ambiental Canania-Iguape-Perube, a rea de Proteo Ambiental Santos-Continente, a Estao Ecolgica Juria-Itatins, a rea Tombada da Serra do Mar, bem como a Reserva da Biosfera da Mata Atlntica caracterizada como um conjunto de diversas unidades de conservao ao redor da Grande So Paulo (Cinturo Verde).

Geomorfologia O substrato geolgico da regio composto por grande variedade litolgica, agrupada genricamente em dois grupos com caractersticas distintas: as rochas do embasamento cristalino e as coberturas cenozicas, correspondente a faixa litornea. Os dados sobre geologia so de fundamental importncia para a bacia, pois apresentam relao direta com os aqferos existentes. Essas formaes geolgicas so resultantes da evoluo de fases tectnicas combinadas com variaes do nvel mdio do mar e flutuaes climticas regionais. Na rea continental da Baixada Santista os falhamentos e as epirogneses (subida e descida de pores da crosta terrestre) produziram a escarpa da atual Serra do Mar. Na evoluo geolgica mais recente, denominado perodo cenozico, os principais eventos podem ser resumidos na formao do relevo, devido presena de um clima tropical mido, invaso marinha e deposio de seqncias sedimentares associadas, representadas pela formao Canania. Fazem partem tambm destas seqncias a formao de sedimentos continentais coluvionares indiferenciados, dos Sedimentos Marinhos e Mistos Atuais e Sub-atuais e dos sedimentos aluvionares encontrados nos terraos e nas calhas fluviais. A bacia hidrogrfica da Baixada Santista est inserida na Provncia Geomorfolgica denominada de Provncia Costeira, correspondente rea drenada diretamente para o mar, constituindo o rebordo do Planalto Atlntico, (Plano de Bacia, 2000-2003). Com relao geomorfologia, a regio heterognea, contendo desde plancies costeiras, mangues e formaes associadas, at relevos bastante acidentados de serra, englobando as escarpas de alta declividade, como a Serra do Mar, bem como a poro de Planalto, composta pelo reverso da serra e as escarpas de contato abrupto com a baixada. So encontradas ainda na Provncia, baixas vertentes suavizadas, localizadas nas zonas de contato da escarpa da Serra do Mar com a plancie costeira, sob forma de patamares, rampas e depsitos coluvionais, associados contrafortes litorneos serranos, na forma de espores e morros isolados, que incluem as ilhas do litoral paulista. Os terrenos das reas de relevo mais acidentado (relevo de morros, montanhoso e de escarpas) so potencialmente crticos em relao a movimentos de massa desencadeados por ocupaes irregulares e outras obras inadequadas para o local. A caracterizao do relevo permite fornecer elementos para o planejamento

regional, avaliao de facilidades e dificuldades para urbanizao, reconhecimento pedolgico, classificao da capacidade de uso da terra e manejo agrcola, bem como a suscetibilidade a eroso e a escorregamentos. De acordo com PRIMAC (2002) Programa Regional de Identificao e Monitoramento de reas Crticas de Inundaes, Eroses e Deslizamentos, para identificar e entender os processos erosivos essencial prvio estudo do panorama geolgico e geomorfolgico da regio costeira paulista e das caractersticas gerais, bem como estudo das formas de relevos associadas, processos continentais de degradao e impactos ambientais. A eroso caracteriza-se pela remoo e pelo transporte de partculas de solo ou de rochas, sendo a gua o principal agente erosivo. Trata-se de um fenmeno modelador da paisagem e pode ocorrer naturalmente ou por foras antrpicas. Na BHBS os processos erosivos continentais so do tipo escorregamento (nas encostas e nos vales), eroso lateral (em canais de drenagem), eroso laminar (de ampla distribuio), eroso linear, na forma de sulcos e ravinas (associada a escorregamentos nas encostas e localmente em terraos marinhos). Como conseqncias dos processos de eroso, principalmente nas encostas e nos vales, resultam os assoreamentos, que so muito intensos nas regies costeiras. Os impactos dos processos erosivos, destacados no relatrio PRIMAC (2002) com ocorrncia no mbito local ou regional, podem ser representados por: Interferncia no regime hidrulico e na dinmica de sedimentao fluvial e costeira; Assoreamento de rios, reservatrios e canais de mars Aumento da intensidade das inundaes e ampliao da rea atingida por estas Comprometimento da qualidade dos mananciais Comprometimento da qualidade e do volume das guas superficiais e subterrneas Perda de solos frteis ou arveis Diminuio das atividades primrias, como a pesqueira Diminuio da largura das praias Danos s construes

Degradao dos ecossistemas.

Na Bacia Hidrogrfica da Baixada Santista, cerca de 90% da rea apresenta baixo potencial total ao desenvolvimento de processos erosivos continentais.

Aproximadamente 4% correspondem a terrenos com alto potencial total, estando os mesmos representados nas sub-bacias do Rio Cubato (Bairros Cotas), do Rio Perequ (Guara), da Ilha de So Vicente (Morros de Santos e So Vicente) e da Ilha de Santo Amaro (Morros do Guaruj). Tambm cerca de 4% da rea da Bacia correspondem a terrenos com muito alto potencial total, distribudos em alguns morros e morrotes dos municpios de Mongagu (sub-bacia do Rio Aguape), Itanham (sub-bacias do Rio Aguape e do Rio Branco) e Perube (sub-bacias do Rio Perequ e do Rio Preto Sul). Os restantes 2% apresentam terrenos com mdio potencial total, estando distribudos predominantemente nas sub-bacias do Rio Preto do Sul e do Rio Preto e, secundariamente, na sub-bacia do Rio Quilombo. Do ponto de vista hidrolgico a urbanizao acompanhada da retirada da mata ciliar, remoo da vegetao e impermeabilizao dos solos, altera o escoamento natural das guas pluviais superficiais, diminuindo a capacidade de infiltrao e reduzindo substancialmente o tempo de concentrao das bacias hidrogrficas. Como conseqncia, aumenta a vazo de cheia e o volume de escoamento. Esses fatores, aliados ausncia de gerenciamento do poder pblico, provocam srios impactos nas cidades. As principais causas de alagamentos e inundaes observadas nas reas levantadas so: Ausncia ou insuficincia de micro-drenagem com ou sem urbanizao no sistema virio; Ausncia de revestimento e/ou seo hidrulica inadequada em canais receptores de micro-drenagem; Assoreamento ou obstruo da seo hidrulica, podendo ser natural ou artificial; Ocupaes ou urbanizaes irregulares e/ou inadequadas Ausncia ou insuficincia em sistemas de controle dos efeitos da mar

Poluio das guas Todos os municpios pertencentes RMBS possuem habitao desconforme dentro das reas de preservao permanente, e que na maioria das vezes, as guas servidas oriundas dessas habitaes no so tratadas, o que contribui de forma expressiva para a deteriorao dos corpos dgua. As atividades poluidoras encontradas na regio estuarina de Santos e So Vicente, onde esto localizados o complexo industrial de Cubato e o Porto de Santos, constituem o exemplo mais importante de degradao ambiental provocada por poluio hdrica, do solo e atmosfrica, em ambientes costeiros do pas. A presena de diversas indstrias de base (siderurgia, petroqumica, fertilizantes) implantadas em meio a uma ampla rede de canais estuarinos e extensos manguezais, confinados entre o oceano e a Serra do Mar contribui para agravar este quadro. Assim como a disposio em locais inadequados de resduos industriais e domsticos, alm de freqentes acidentes com derramamentos de leo e outras substncias txicas nos corpos dgua

A minerao no constitui normalmente, a atividade que mais agride o meio ambiente uma vez que os danos ambientais produzidos so localizados. Mesmo assim, so inquestionveis os enormes prejuzos causados ao meio ambiente, afetando em maior ou menor grau os recursos hdricos superficiais e subterrneos, dependendo do bem mineral explorado, das caractersticas das reas lavradas e do modo como so processadas as atividades de extrao. De um modo geral os principais processos que ocorrem no meio fsico em decorrncia da explorao por mtodos ou planejamento inadequados e de remoo da cobertura vegetal so: escorregamento e queda de blocos, escoamento das guas em superfcie, deposio de sedimentos e partculas em corpos dgua e atividades erosivas. As feies relacionadas a estas alteraes verificadas nas reas de extrao e seu entorno composto por: sulcos, ravinas e voorocas, assoreamento dos cursos dgua, instabilidades de encostas e aumento de turbidez nos corpos dgua. Em conseqncia dos processos gerados pelas atividades minerarias ocorre uma diminuio das calhas dos cursos dgua, causando inundaes em pocas de cheias, podendo afetar habitaes normais e subnormais (favelas), alm da infra-estrutura urbana, e as condies sanitrias de reas prximas. Ainda devido aos processos descritos pode ocorrer o turvamento das guas de drenagem afetando a biota e formao de processos de escorregamentos colocando em risco moradias e podendo atingir rodovias ou vias urbanas atividade mineraria na regio est intimamente ligada ao desenvolvimento urbano, envolvendo bens de uso na construo civil, tanto para habitao como para as obras de infra-estrutura e de atendimento da demanda de material de emprstimo.

Caracterizao dos Recursos HdricosPluviometria A classificao climtica de Koeppen da regio a Af (equatorial), correspondendo a clima quente e mido, porm, sujeito s alternncias dirias da brisa martima com o vento quente vindo do interior. Quanto ao regime de ventos, predomina o Vento Sul frio e o Vento Leste vindo do Atlntico, porm, tambm h incidncia espordica do vento Noroeste, que ocasiona grande influncia nas condies climticas. Contudo, o

vero quente, com temperaturas mximas prximas de 40C, extremamente chuvoso, enquanto o inverno relativamente frio e muito menos chuvoso. A estao chuvosa ocorre entre os meses de dezembro e maro de cada ano. Em estudo detalhado, o Relatrio Um determinou que a precipitao mdia anual na bacia hidrogrfica de 2179 mm de altura. Posto rea (km) 173,04 65,05 63,89 120,20 74,27 20,61 414,62 179,64 81,13 110,50 25,76 36,18 95,39 230,56 36,07 13,11 355,14 217,46 296,60 452,79 541,58 107,14 597,18 Municpio Precipitao Mdia Anual (mm) 2406 2259 2305 2847 3082 3462 2345 2478 3149 4415 2423 2438 2573 3012 3067 3240 2490 2975 2723 2751 2826 3392 2028

E3-043 E3-045 E3-228 E3-062 E3-066 E3-064 E2-126 E3-106 E3-040 E3-042 E3-144 E3-101 E3-038 E3-104 E3-236 E3-143 F3-002 F3-008 F3-010 F4-045 F4-048 E3-041 F4-027 Fluviometria

Guaruj Guaruj So Vicente So Vicente So Vicente So Vicente Bertioga Bertioga Bertioga Bertioga Cubato Cubato Cubato Cubato Cubato Cubato Mongagu Itanham Praia Grande Pedro de Toledo Iguape Santos Perube

Segundo a Agncia Nacional de guas ANA a regio possui cadastro de 51 postos de monitoramento, abrangendo os postos da prpria ANA, do SIGRH e postos da ELETROPAULO. O cadastro da ANA pode ser obtido por meio do Sistema de Informaes Hidrolgicas Hidroweb.

O estudo e a caracterizao do regime fluvial so recomendados para todos os corpos dgua da BHBS, devendo-se priorizar os rios principais, como: Rios Cubato, Mogi e Quilombo ao centro; Rios Itapanha, Itatinga e Guaratuba ao Norte; Rios Branco, Preto e Itanham, ao Sul. Disponibilidade Hdrica A disponibilidade hdrica da regio foi feita visando legislao sobre o enquadramento dos corpos hdricos da Bacia Hidrogrfica da Baixada Santista (Decreto 10.755/77). Para isso, foram identificados todos os pontos limitantes dos corpos hdricos classificados como classe 16 e verificou-se a disponibilidade hdrica para abastecimento no vero e no restante do ano

Utilizando-se o cadastro de outorgas do DAEE de 3 de junho de 2008, determinou se a disponibilidade hdrica nos pontos de captaes.

Observa-se que a vazo Q7,10 , calculada com os dados do ano hidrolgico, um pouco inferior demanda atual outorgada. No entanto, considerando-se apenas os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, a demanda atendida. Destaque-se que esse o perodo de maior afluncia de usurios dos diversos balnerios da bacia, o que favorece o cenrio. No entanto, desejvel que a explorao dos recursos hdricos superficiais considere vazes remanescentes, de maneira a preservar a vida nesses ecossistemas. A metodologia do CORHI recomenda a explorao limitada at 50% do Q7,10. De acordo com o cadastro de outorgas de 3 de junho de 2008 do DAEE, h 121 poos na regio, sendo que no constam poos destinados ou utilizados para o abastecimento pblico, provavelmente devido ao baixo potencial dos aqferos sedimentar e cristalino. O elevado desenvolvimento urbano, na Baixada Santista, resultou em grandes alteraes na qualidade das guas, em razo das interaes do homem com o ambiente. De acordo com o Relatrio de Qualidade das guas da CETESB (2007), o quadro a seguir representa a disponibilidade de gua na Baixada Santista.

Demanda de gua As captaes na BHBS ocorrem de 3 formas: em nascentes, superficial e subterrnea, com o predomnio das superficiais. O quadro a seguir retrata a quantidade de gua utilizada nessas captaes e o respectivo lanamento na regio.

Segundo estudos do HIDROPLAN (1995), as potencialidades de gua subterrnea na regio da Baixada Santista apresentam as caractersticas mostradas no quadro a seguir.

As reservas permanentes correspondem ao volume de gua subterrnea contido no interior do aqfero, abaixo dos nveis potenciomtricos mnimos. O quadro de densidade de usos foi produzido a partir do cadastro de outorgas do DAEE (03/06/2008). Foram quantificados os usos e divididos pela rea da bacia, havendo destaque para: captao superficial, lanamento superficial e captao subterrnea. As captaes e os lanamentos foram levantados a partir do cadastro de outorgas fornecido pelo DAEE em 03/06/2008. Com esses dados pde-se quantific-los e discrimin-los por tipos de usos

A presena de teores elevados de ferro foi apontada como fator limitante para o uso industrial da gua subterrnea para finalidades onde a concentrao no deve ultrapassar 0,1 mg/l. Outros teores elevados de determinados sais, como clcio,dureza, sulfato e cloretos, que ocorrem nos aqferos sedimentar e cristalino na regio da Baixada Santista podem inviabilizar o seu uso para atividades industriais especficas em locais especficos. O quadro a seguir resumiu o elaborado de acordo com o Relatrio de Qualidade das guas da CETESB (2007), representa a demanda global de gua na BHBS.

Qualidade dos Corpos Hdricos A Cetesb utiliza, desde 2002, ndices especficos que refletem a qualidade das guas para os seguintes usos: IQA ndice de Qualidade das guas IAP ndice de qualidade das guas para fins de abastecimento pblico. IVA ndice de qualidade das guas para preservao da vida aqutica. Esse ndice complementado pelos ndices de comunidades aquticas.

Ressalta-se que, para o clculo do IQA, so consideradas variveis de qualidade que indicam o lanamento de esgoto domstico sem tratamento no corpo dgua, enquanto que para o clculo do IAP, alm das variveis consideradas no IQA, so avaliadas tambm as substncias txicas e as variveis que afetam a qualidade organolptica8 da gua, que so advindas, principalmente, de fontes difusas. A ilustrao a seguir representa o IAP, IQA e IVA relativos aos postos de monitoramento da CETESB:

Caracterizao Socioeconmica As primeiras vilas coloniais e portos da regio instalaram-se no incio do sculo XVI, em reas estuarinas e baas, por serem reas menos expostas aos movimentos do mar e ataques de inimigos. Com o processo de urbanizao do sculo XX, esses ncleos transformaram-se em importantes cidades. E a partir da segunda metade do sculo XX, as aglomeraes urbanas passaram a conjugar-se extensos balnerios que se

expandiram junto s praias. Assim, a urbanizao foi ocorrendo de maneira extensiva e linear junto s praias. Outro vis importante da regio a caracterstica industrial, pois com a construo da ferrovia unindo So Paulo a Santos houve um forte desenvolvimento econmico, concomitante ao de So Paulo e do interior, inicialmente com o escoamento do caf e posteriormente com o complexo industrial de Cubato. Demografia Os 9 municpios com sedes localizadas na Bacia da Baixada Santista apresentaram em 2008 uma populao de 1,66 milhes de habitantes, sendo 99,6% residentes na rea urbana. Quanto densidade demogrfica, a bacia concentra 687,20 hab/km. O quadro a seguir representa esses dados:

A partir da anlise desses dados, pde-se concluir que os municpios de Guaruj, So Vicente, Praia Grande e Santos possuem densidade demogrfica elevada perante os demais municpios. O SEADE tambm determinou para a regio o grau de urbanizao, ndice de envelhecimento e a taxa de crescimento (2000-2008), representados no quadro a seguir:

Quanto ao ndice de envelhecimento, destaca-se favoravelmente o municpio de Santos em comparao com os outros municpios. Esse ndice tambm pode ser visto como um indicador de qualidade de vida elevada. O Quadro mostra os valores de IDH por municpio e a posio dos municpios da Baixada Santista no ranking do Estado de So Paulo.

O municpio de Santos, em 2000, estava em 3 lugar no ranking estadual do IDH. O municpio com pior colocao era Cubato, seguido por Itanham estando na posio 378 e 322, respectivamente. O grau de urbanizao dos municpios superior a 97% em todos os municpios, indicando pequena concentrao de habitantes nas reas rurais. Evidentemente, os municpios com menor densidade demogrfica, possuem uma maior taxa de crescimento vegetativo.

Os quadros a seguir apresentam o ndice Paulista de Vulnerabilidade Social, de acordo com os diversos grupos para os municpios da Baixada Santista e regio de governo de Santos, segundo dados da Fundao SEADE.

A maior parte da populao da Baixada Santista, aproximadamente 35%, est concentrada no Grupo 2 Vulnerabilidade Muito Baixa, neste grupo as dimenses scio-econmicas so classificadas como mdia ou alta e o ciclo de vida familiar caracterizado por famlias idosas. A partir deste quadro, foram calculadas, no Relatrio Um (2006), as propores entre os estabelecimentos por setor resultando no grfico a seguir, que mostra a predominncia dos setores comercial e de servios.

Uso e Ocupao do Solo A Baixada Santista considerada predominantemente industrial segundo

caracterizao do PERH, 2004-2007, que dispe de um percentual razovel de seu territrio com cobertura vegetal nativa. Os Municpios de Itanham, Mongagu, Perube, Praia Grande, Santos e So Vicente apresentavam no ano de 1988 percentuais de cobertura vegetao nativa igual ou superiores a 60%. O ndice de vegetao nativa na Baixada Santista de aproximadamente 69% muito superior ao ndice do Estado de So Paulo que em mdia 14%. O percentual de cobertura na Baixada Santista superado apenas pelo Litoral Norte com 80% de cobertura por vegetao nativa. A vocao ambiental algo incontestvel nessa regio. Predomina a cobertura vegetal nativa, em funo da existncia das matas da Serra do Mar, ainda razoavelmente preservadas. A urbanizao significa um pouco mais de 10% da rea total, mas ocupa uma rea nfima.

Distribuio das Categorias de uso do solo na Bacia Hidrogrfica da Baixada Santista

Mesmo com esta configurao de grandes remanescentes de vegetao, a expanso urbana vem pressionando e levando a transformaes radicais da dinmica natural e da paisagem. H, portanto, um panorama em que conflita grande quantidade de reas nativas florestadas com a especulao imobiliria associada implantao de padres

de assentamento que muitas vezes acarretam em uma transformao total das caractersticas locais.

reas de Ocupao Desconforme De acordo com PRIMAHD (2006), todos os municpios pertencentes RMBS, possuem ocupao urbana desconforme dentro das reas de preservao permanente. Na maioria das vezes, as guas servidas oriundas das habitaes no so tratadas, o que contribui de forma expressiva para a deteriorao dos corpos dgua. O estudo aponta um nmero expressivo de reas invadidas, tanto pblicas quanto particulares, demonstrando a necessidade de fiscalizao das reas vazias e monitoramento de locais invadidos, bem como, a regularizao e/ou remoo da populao, principalmente quando se assentam em reas de preservao permanente, parques e encostas. De um modo geral, o estudo aponta que a maior concentrao de ocupaes irregulares da Baixada Santista ocorre nos municpios de Cubato e Guaruj.

Economia Complexo Industrial de Cubato A indstria o principal setor de atividade econmica da regio. A produo e o refino de petrleo, na Refinaria de Presidente Bernardes, em Cubato, constituem duas das principais atividades da indstria da regio. A metalurgia bsica, referente produo da Companhia Siderrgica Paulista (Cosipa), em Cubato, est tambm entre as mais importantes atividades industriais da regio.

Mapa Plano de Zoneamento Diretor do municpio de Cubato

A indstria da Baixada Santista caracterizada pela grande concentrao em alguns poucos setores. Alm dos dois j citados, possui relativa expresso o segmento qumico, enquanto as demais atividades industriais da regio ocorrem em menor proporo. A metalurgia bsica e a indstria de petrleo so importantes no s para a regio, mas tambm pelo que representam para o Estado. No conjunto, a indstria da RMBS participa com 4,4% do total do estado, segundo dados referentes ao valor adicionado (VA) industrial, em estudo do IEME (Instituto de Estudo Metropolitanos). crescente o nmero de indstrias que esto adotando polticas orientadas s diretrizes globais de desenvolvimento sustentvel. Em pesquisa realizada pela FIESP em 2003, sobre a Responsabilidade Social Empresarial, em termos de prticas de responsabilidade ambiental adotadas pelas indstrias paulistas na conduo de seus negcios, mais de 70% das empresas amostradas informaram adotar algum tipo de procedimento para a reduo do consumo de insumos energia, gua, matriasprimas e produtos txicos.

Porto de Santos O marco oficial da inaugurao do Porto de Santos foi 2 de fevereiro de 1892, quando a ento Companhia Docas de Santos - CDS, entregou navegao mundial os primeiros 260 m de cais, na rea, at hoje denominada, do Valongo. Entretanto, o incio da operao ocorreu em 1867, com a implantao da empresa So Paulo Railway, ligando, por via ferroviria, a regio da Baixada Santista ao Planalto, envolvendo o esturio, estimulando o comrcio e o desenvolvimento da regio e do Estado de So Paulo. A cultura do caf estendia-se, na ocasio, por todo o Planalto Paulista, atingindo at mesmo algumas reas da Bacia Hidrogrfica da Baixada Santista (BHBS), o que sinalizava s autoridades a necessidade de ampliao e modernizao das instalaes porturias. Afinal, o caf poderia ser exportado em maior escala e rapidez. Conforme So Paulo (s.d.), o porto de Santos foi inaugurado em 1892 e no parou de se expandir, atravessando todos os ciclos de crescimento econmico do pas, surgimento e desaparecimento de tipos de carga, at chegar ao perodo atual de amplo uso de contineres. Acar, caf, laranja, algodo, adubo, carvo, trigo, sucos ctricos, soja, veculos, granis lquidos diversos tm feito o cotidiano do porto, que j movimentou mais de um bilho de toneladas de cargas diversas, desde 1892, at hoje. Em 1980, com o trmino do perodo legal de concesso da explorao do porto pela Companhia Docas de Santos, o Governo Federal criou a Companhia Docas do Estado de S. Paulo - CODESP, empresa de economia mista, de capital majoritrio da Unio. Atualmente, o Porto de Santos movimenta por ano mais de 80 milhes de toneladas de cargas diversas. Com 12 km de cais, entre as duas margens do esturio de Santos, o porto entrou em nova fase de explorao, conseqncia da Lei Federal n 8.630 de 25/02/93, com arrendamento de reas e instalaes iniciativa privada, mediante licitaes pblicas.

PrognsticoA priorizao dos usos dos recursos hdricos nos corpos dgua da bacia hidrogrfica da Baixada Santista relaciona-se fortemente situao consolidada de ocupao do solo. Na Baixada Santista no se espera significativa alterao dessa situao ao longo dos anos, com exceo da proposta de expanso porturia em Santos continental e, eventualmente em Perube, alm do aumento das reverses de gua da Baixada Santista para o Alto Tiet com a finalidade de abastecimento pblico. A priorizao dos usos, portanto, no dever distanciar-se dos usos atuais e previstos dos corpos dgua.

Proposta de reenquadramento dos corpos dgua, quando houver necessidade

O enquadramento dos corpos dgua da BHBS foi definido no Decreto 10.755/77, entretanto h algumas informaes desatualizadas em relao situao atual. Cita-se como exemplo, a localizao dos rios Itatinga, Jaguareguava e Itapanha que na lei constavam no municpio de Santos, mas em virtude da emancipao do municpio de Bertioga, passam a localizar-se neste ltimo. Em vista disso e dos estudos de disponibilidade hdrica foi proposta uma ao para estudos indicando a atualizao do enquadramento dos corpos hdricos da regio.

Projeo populacional Praia Grande e Guaruj destacam-se com maior crescimento populacional no perodo.

Projeo dinmica da populao total pra ao perodo 2000-2030

Abastecimento Projees do ndice de atendimento por agua(%)

Na BHBS, o maior problema relativo aos sistemas pblicos de abastecimento de gua refere-se ao fato de que devem atender, alm de sua populao fixa, populao flutuante, o que ocasiona ociosidade do sistema em parte do ano e insuficincia na alta temporada A populao flutuante um fator complicador no vero na RMBS, pois o aumento da populao causa falta de gua em alguns municpios. O Sistema Produtor de gua Rio Branco Regio Sul da BHBS est sendo implantado pela SABESP (Consrcio SerecHidroconsult-Engevix) e ampliar a oferta de gua tratada no Sistema Integrado de Abastecimento de gua da Baixada Santista para atender s demandas de Perube, Itanham, Mongagu, Praia Grande e So Vicente rea Continental. Este reforo do abastecimento beneficiar uma populao aproximada de 1.200.000 habitantes.

Indstria Praticamente a totalidade da demanda de gua para uso industrial suprida por fontes prprias em mananciais superficiais. crescente o nmero de indstrias que esto adotando polticas orientadas s diretrizes globais de desenvolvimento sustentvel. Em pesquisa realizada pela FIESP em 2003, sobre a Responsabilidade Social Empresarial, em termos de prticas de responsabilidade ambiental adotadas pelas indstrias paulistas na conduo de seus negcios, mais de 70% das empresas amostradas informaram adotar algum tipo de procedimento para a reduo do consumo de insumos energia, gua, matrias-primas e produtos txicos.

Uso Industrial da Baixada Santista Captaes Superficiais e Subterrneas em m3/s

Agrcola As reas com cultivos agrcolas na regio so mnimas. Em razo disso, as projees de uso de recursos hdricos nesse setor so insignificantes se confrontadas com as projees de abastecimentos pblicos e industriais da regio.

Esgotamento Quanto coleta de esgotos, a SABESP conta com o Programa Onda Limpa (2008-2011). Aps a sua concluso, os ndices de atendimento com rede d coleta de esgotos passaro de 62% para 95%. ndice de atendimento por coleta de esgoto (%)

Tratamento ndice de atendimento por tratamento de esgoto (%)

Em relao disponibilidade hdrica, os mananciais da regio j so considerados crticos. Em vista disto importante que se faa um estudo sobre a viabilidade de novos mananciais e caracterizar sua disponibilidade hdrica com foco no abastecimento urbano e de reas porturias e retroporturias. Outra forma para melhoria da disponibilidade hdrica na regio identificar novos mananciais e caracterizar sua disponibilidade hdrica com foco no abastecimento urbano e de reas porturias e retro-porturias Para o uso racional da gua na Baixada Santista necessrio aplicar prticas de reuso de gua, elaborar sistemas para captao de gua de chuva e combater as perdas. Prope-se para recuperao dos cursos dgua at o ano de 2011 a regularizao dos parmetros desconformes. As medidas necessrias so: Coletar, interceptar, tratar e destinar corretamente os efluentes dos sistemas de saneamento bsico; Conter reas de eroses e deslizamentos na Baixada Santista; Estudos, projetos e obras para o controle de cargas poluidoras difusas. Identificar ligaes cruzadas (guas pluviais e esgoto).

Criticidades

Principais pontos crticos da Bacia hidrogrfica de Santos:

O alto consumo no vero ocasionando a falta de gua; A perda de gua no processo como um todo; A falta de um uso racional dgua, reuso; Qualidade : cursos dgua; A coleta no ser prxima de 100%, estimado 95% onda limpa; O tratamento do esgoto de 100% em toda bacia , Itanham 81% onda limpa; Problemas com resduos slidos, Itanham e Mongagu; Eroso e assoreamento dos rios e canais, grande numero de ocupaes irregulares e desconforme; Inundaes foram pontuadas pelo PRIMAC 228 reas criticas; Ocupao desconforme em geral e principalmente em reas de preservao Perdas Atravs desse quadro, podemos avaliar as perdas no sistema de abastecimento na BHBS

REAS POTENCIALMENTE PROBLEMTICAS PARA A GESTO DA QUANTIDADE EQUALIDADE DOS RECURSOS HDRICOS

De acordo com PRIMAC (2002), na Baixada Santista, os processos de degradao, como eroso, assoreamento e inundaes so causados, principalmente, por agentes naturais e antrpicos. O PRIMAC quantificou as reas crticas nos municpios da bacia hidrogrfica da Baixada Santista, resumidas no Quadro 55:

Problemas com a Coleta e o tratamento do esgoto: Como visto anteriormente a rede coletora da BHBS ainda tem muito a desenvolver, para poder atingir a cota de 95% almejada pelo projeto Onda Limpa, como podemos verificar nos quadros abaixo:

Santos o nico dentro da bacia que se aproxima mais da meta estipulada, deixando claro que municpios como Itanham, Mongagu, Peruibe, Bertioga e Cubato ainda necessitam de muito investimento de infraestrutura, e de um estudo maior dos pontos crticos em cada um.

Com relao ao tratamento a maioria dos municpios tem se empenhado mais em atingir a cota de 100%, como podemos observar o ponto critico se encontra no municpio de itanham:

Problemas Ambientais:

Atualizado dia 18/11/20/11- http://www.sisflor.org.br/D_Baia_T1.asp?fBacia=4 Alem obviamente da contaminao por parte de efluentes lanados nos corpos de gua, na regio do plo industrial de Cubato e nos terminais porturios:

Eroso e assoreamento Segundo Relatrio de Situao da Baixada Santista (2006), os processos erosivos ocorrem predominantemente em Guaruj, sendo que dos 20 pontos identificados 15 encontram-se neste municpio. Os 5 pontos restantes esto distribudos em Bertioga, Itanham, Santos e So Vicente. Nos municpios de Guaruj e So Vicente as eroses encontradas so de causa pluvial, em Bertioga um local apresenta eroso pluvial e outro fluvial, e em Itanham um local tem eroso fluvial e outra martima. Os registros relativos aos Municpios de Bertioga, So Vicente, Guaruj e Praia Grande, mostram a baixa ocorrncia de acidentes que, na maioria das vezes tm por fonte os transportes martimo, rodovirio ou por duto. A suscetibilidade eroso de acordo com CETESB (2006), nos municpios pertencentes ao CBH-BS, est descrita no Quadro 62:

Assoreamento Conforme o Relatrio de Situao de 2006, as sub-bacias mais crticas quanto aos processos de assoreamento so Rio Preto Sul, Rio Itanham, Rio Boturoca, Rio Cubato, Rio Piaabuu, Ilha de So Vicente, Rio Mogi, Ilha de Santo Amaro, Rio Cabuu, Rio Jurubatuba, Rio Quilombo e Rio Itapanha. Os Rios Cubato (principalmente), Mogi, Perequ, Quilombo e Jurubatuba possuem sedimentos slticos a sltico-arenosos. Estes so capturados pela circulao interna do esturio e depositados de preferncia nos seus trechos superiores e mdios, a uma taxa mdia de cerca de 1.500.000 m3/ano, dependendo do ano hidrolgico e da ocorrncia de cheias; Nas Baas de Santos e So Vicente os sedimentos areno-siltosos so transportados para o interior do esturio e depositados nos seus trechos mais a jusante, a uma taxa mdia de 300.000 m3/ano, dependendo das condies ambientais das baas e em particular do regime de atuao de frentes frias. Inundaes

De acordo com o DAEE, as reas urbanas dos nove municpios so assoladas pela alta vulnerabilidade de enchentes, devido a chuvas convectivas 1 e orogrficas2, persistentes e chuvas de intensidades moderadas com duraes prolongadas, combinadas, com o efeito das mars. Bertioga: Est vulnervel a um potencial de enchentes na bacia do Rio Itapanha. A prefeitura solicitou o financiamento FEHIDRO para a elaborao de "Plano Diretor de Macrodrenagem". Cubato: Ocorrem freqentes enchentes em diversas regies do municpio, mas as bacias mais prejudicadas so dos Rios Cubato e Mogi. Guaruj: As inundaes concentram-se nos bairros mais populosos, localizados nas bacias do Rio Santo Amaro e Rio do Meio, alm de inmeros canais. H um financiamento FEHIDRO para a execuo do "Plano Diretor de Macrodrenagem de Guaruj", e, em carter emergencial a execuo das obras de "Implantao das Galerias de Drenagem da Rua urea G. de Castro (Enseada/Guaruj)". Itanham: Ocorrem freqentes alagamentos em diversas regies do municpio, entretanto elas se concentram na Bacia do Rio Branco. Solicitao do projeto FEHIDRO do "Plano Diretor de Macrodrenagem", e, em carter emergencial, a elaborao do "Projeto Executivo das Obras de Regularizao do Rio do Poo e Campininha". Mongagu: Possui graves problemas de enchentes, em bairros de alta densidade populacional, nas bacias dos Rios Aguape e Bichor. A prefeitura solicitou financiamento FEHIDRO de "Diretrizes para Macrodrenagem", e, em carter emergencial, a execuo da obra de "Revestimento do Canal-2 de Mongagu". Perube: Possui enchentes alarmantes na bacia do Rio Preto Praia Grande: Ocorrem freqentes alagamentos em diversas regies do municpio, sendo que os bairros Trevo e Melvi so os mais impactados, provocadas pelos Rios Preto e Branco (ou Boturuca). Est em andamento o projeto FEHIDRO intitulado "Plano Diretor de Macrodrenagem e Projetos Bsicos de Canalizaes", do qual, tem como resultados parciais, a necessidade de investimentos da ordem de R$ 65.000.000,00 para 38 rios e canais, e, da ordem de R$ 40.000,00 mensais para fins de manuteno permanente destes canais. Santos: Na rea nobre da Zona Leste e Centro ocorrem alagamentos com freqncia anual. Na Zona Noroeste a freqncia e o nvel de enchente so generalizados para todos os 12 bairros da regio. So Vicente: Vrias vezes por ano a cidade submersa, tanto na parte insular quanto na continental, requerendo vultuosos investimentos para a emerso destas reas. H uma maior ocorrncia em So Vicente, Praia Grande, Santos, Guaruj e Perube, considerando que a soma dos pontos identificados nestes municpios abrange 83% do total de reas sujeitas a inundao. Habitaes subnormais e ocupao irregular: A habitao desconforme dentro das reas de preservao permanente, e que na maioria das vezes, as guas oriundas dessas habitaes no so tratadas, o que contribui de forma expressiva para a deteriorao dos corpos dgua. Os municpios de Cubato e Guaruj so os que mais se observam este tipo irregular de ocupao.

No quadro abaixo podemos observar os tipos de ocupao na regio da BHS:

Os principais ncleos de habitaes precrias, sem infra-estrutura, especialmente com falta de condies sanitrias, so encontradas nas sub bacias do Rio Boturoca (8), Rio Cubato (9), Ilha de So Vicente (11) e Ilha de Santo Amaro (13). O Quadro 70 mostra um resumo da situao das habitaes subnormais nos municpios de Santos, So Vicente, Cubato e Guaruj, (Young e Fusco, 2006). Observar quadro abaixo:

Referencias PRIMAC-2002 PROGRAMA REGIONAL DE IDENTIFICAO E MONITORAMENTO DE REAS CRTICAS DE INUNDAES, EROSES E DESLIZAMENTO/REGIO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA

PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS DO ESTADO DE SO PAULO PLANO DE BACIA HIDROGRFICA PARA O QUADRINIO 2008-2011 DO COMIT DA BACIA HIDROGRFICA DA BAIXADA SANTISTA

RELATRIO DE SITUAO DOS RECURSOS HDRICOS DA BACIA HIDROGRFICA DA BAIXADA SANTISTA RELATRIO I -2007