trabalho 87 eficiencia energetica

8

Click here to load reader

Upload: wwsom

Post on 27-Sep-2015

217 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

trabalho completo

TRANSCRIPT

  • EFICINCIA ENERGTICA DE MDULOS FOTOVOLTAICOS MONO E POLI-CRISTALINOS EM FUNO DA RADIAO SOLAR GLOBAL

    ODIVALDO JOS SERAPHIM1

    JAIR ANTONIO CRUZ SIQUEIRA2 CARLIANE DINIZ E SILVA3

    JAIR DE JESUS FIORENTINO4 JOO ALBERTO BORGES DE ARAJO5

    1Prof. Adjunto do Depto. de Engenharia Rural UNESP/FCA [email protected] 2Prof. MSc do CCET UNIOESTE/Cascavel-PR e Doutorando em Energia na Agricultura

    UNESP/FCA [email protected] 3Dra em Energia na Agricultura UNESP/FCA Campus de Botucatu.

    4 Prof. MSc do DEL UFMS/ campo Grande-MS e Doutorando em Energia na Agricultura UNESP/FCA [email protected]

    5Prof. Dr. do Depto. De Engenharia de Produo FATEC/Botucatu SP

    1. Resumo Esta pesquisa prope uma metodologia para avaliar o desempenho da converso da energia solar em energia eltrica, gerada por mdulos fotovoltaicos instalados em campo, constitudos por clulas de silcio monocristalino e policristalino. Os mdulos foram avaliados quanto sua eficincia energtica para diferentes marcas e nveis de potncia, em funo da disponibilidade de radiao solar, utilizando-se cargas dimensionadas para o nvel de potncia nominal de cada mdulo. Os valores de eficincia energtica calculada com os dados obtidos em campo, no concordaram com as informaes tcnicas apresentadas pelos fabricantes dos mdulos monocristalino, como sendo mais eficientes que os policristalino. Concluiu-se, portanto, que os mdulos das marcas avaliadas apresentaram eficincia mdia inferior a 50 % dos valores fornecidos pelos fabricantes. PALAVRAS-CHAVE: Energia Solar, Mdulos Fotovoltaicos, Eficincia

    1.1 Abstract

    This research proposes a methodology to evaluate the acting of the solar energy conversion in electric energy, generated by photovoltaics modules installed under field conditions, constituted monocrystalline and polycrystalline silicon cells. The modules were appraised with relationship to energy efficiency for different marks and potency levels, in function of the readiness of solar radiation, being used loads sizeds for the nominal potency level of each module. The energy efficiency values calculated with the data obtained in field, didn't agree with the technical information presented by the makers of the modules monocrystalline, as being more efficient than the polycrystalline. Was ended, therefore, that the modules of the appraised marks presented inferior medium efficiency at 50% of the values supplied by the makers. KEYWORDS: Solar Energy, Photovoltaics Modules, Efficiency

    2. Introduo

    Um dos requisitos bsicos para o desenvolvimento auto-sustentvel e humano de um pas o desenvolvimento de suas regies rurais, sobretudo a melhoria da qualidade de vida. O fornecimento de energia eltrica para o setor rural, atravs de mtodos convencionais, elevado, pois o transporte e a distribuio acabam se tornando mais dispendiosos do que a prpria gerao de energia. Com a escassez das fontes convencionais de produo de energia, outras opes devem ser consideradas, como a utilizao de recursos energticos renovveis, que oferecem mltiplas vantagens: possibilitam o uso da mo-de-obra local, no degradam o meio ambiente e facilitam a possibilidade econmica de energia til em pequena escala. Uma das opes para o fornecimento de energia para os usurios rurais o sistema solar fotovoltaico. Existem programas que fomentam a implantao de pequenos sistemas solares fotovoltaicos para populao mais carente. Em muitos casos, estes sistemas so instalados e no so sistematicamente acompanhados, comprometendo o seu funcionamento e, conseqentemente o seu rendimento.

  • No Brasil, a eletrificao rural com sistemas fotovoltaicos comeou em escala definitiva entre 1992 e 1994, mediante projetos-piloto em cooperao com outros pases, principalmente Alemanha e USA. O programa de desenvolvimento energtico dos estados e municpios (Prodeem), concebido e coordenado pelo Ministrio de Minas e Energia a partir de 1995, tem a tarefa de eletrificar as comunidades rurais no servidas pela rede convencional, atravs de fontes renovveis de energia (COSTA, 2001). Qualquer alterao na eficincia do modulo afeta a gerao de energia que, de acordo com os prprios fabricantes, baixa, mesmo nas Condies Padro de Teste (CPT). Contudo, preciso efetuar teste em condies de campo, que em algum momento se aproxima das CPT para observar-se o comportamento de sua eficincia. Pouco se estudou sobre o desempenho dos componentes e da adequao das configuraes adotadas. Para tal propsito, necessrio montar um sistema de aquisio de dados automatizado, que permita acompanhar de forma detalhada e precisa o desempenho dos componentes utilizados em um sistema fotovoltaico. A partir de ento, possvel recomendar modificaes que o torne mais eficiente e confivel (SALVIANO, 2001). Para Al-Ismaily e Probert (1998), demonstram que somente o silcio monocristalino tem chegado prximo a tenso e corrente mxima terica, fornecendo um bom balano entre custo-eficincia e confiabilidade. A eficincia das clulas policristalinas somente um menor do que as monocristalinas. Porm o silcio policristalino de fcil produo e, portanto, clulas de mais baixo custo. Embora as clulas de silcio amorfo podem alcanar uma eficincia de 10%, este valor no mantido por longo tempo diminuindo para 7%. O recorde de converso para clulas de silcio monocristalino em laboratrio atualmente de 24%, bastante prximo do mximo rendimento terico. Os melhores mdulos disponveis no mercado, porm tem eficincia aproximada de 15%, a diferena entre a eficincia da melhor clula de laboratrio e mdulos comerciais incluem perdas de interconexo entre as clulas no mdulo fotovoltaico, rea ativa do mdulo fotovoltaico entre rendimento do processo produtivo (MONTENEGRO, 1999). Progressos significativos foram alcanados recentemente com placas fotovoltaicas de silcio, onde pesquisadores e fabricantes utilizam uma estrutura de tripla-juno. Estes alcanam de incio 15,2% de eficincia e estabilizam em 13% em clulas de pequena rea, j a eficincia nas placas de 10,2% e em escala comercial a eficincia estabiliza em 8% (DENG et al., 2000). De acordo com Suzuki e Pereira (2000), a clula monocristalina, apresenta a maior eficincia de converso fotovoltaica chegando na atualidade a um valor mximo de 22,7%, sendo os valores tpicos dentro do intervalo de 12 a 15% (em laboratrio chega a 24%). O silcio policristalino, constitudo por um nmero muito elevado de pequenos cristais da espessura de um cabelo humano, dispe de uma quota de mercado de cerca de 30%. As descontinuidades da estrutura molecular dificultam o movimento de eltrons e encorajam a recombinao com as lacunas, o que reduz a potncia de sada. Por este motivo os rendimentos em laboratrio e em utilizao prtica no excedem os 18% e 12%, respectivamente. Em contrapartida, o processo de fabricao mais barato que do silcio monocristalino (CASTRO, 2003). Considerar a temperatura muito importante quanto ao uso da clula solar para gerao de energia, onde ela um fator chave na performance da clula solar por pelo menos duas razes: primeira, o rendimento da energia (e tenso) de uma clula solar diminui com o aumento da temperatura, em todo o caso depende do material da clula; em segundo, para clulas mono e policristalinas a expectativa de vida tambm diminui com o aumento da temperatura. Para um bom projeto de sistema fotovoltaico recomendvel medir sua performance no local de instalao (MALIK e DAMIT, 2000). As Condies Padro de Teste (CPT) combinam com a irradiao de dia limpo de vero (1000Wh.m-2), temperatura do mdulo/clula do dia claro de inverno (25 2oC) e espectro solar do dia claro de primavera (AM 1,5) e velocidade do vento de 2mph. Estas condies obviamente no representam as condies reais de operao do local de investigao. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo, apresentar uma metodologia para analisar e avaliar a eficincia energtica de mdulos fotovoltaicos de constituies mono e poli-cristalinos, instalados em campo, em funo da disponibilidade de radiao solar, da energia eltrica gerada, variando a inclinao em relao latitude local, para os perodos de primavera, vero, outono e inverno. Tendo tambm como finalidade, a de contribuir com a aplicao e difuso da energia fotovoltaica para ser utilizada de maneira mais eficiente no meio rural, garantindo assim, a qualidade da energia gerada.

    3. Material e Mtodos A pesquisa foi desenvolvida no Departamento de Engenharia Rural, da Faculdade de Cincias Agronmicas, da Universidade Estadual Paulista (FCA/UNESP), localizada no municpio de Botucatu, So Paulo, Brasil, com localizao geogrfica definida pelas coordenadas 22 51' Latitude Sul (S) e 48 26' Longitude Oeste (W) e altitude mdia de 786 metros, clima subtropical mido e temperatura mdia anual de 22oC.

  • A metodologia apresentada para avaliar o desempenho da converso de energia solar em energia eltrica por mdulos fotovoltaicos de constituies mono e poli-cristalina, e atender as Condies Padro de Teste (CPT), foi necessrio a instalao e montagem de um laboratrio de eficincia energtica em sistemas fotovoltaicos, dotado de equipamentos eletro-eletrnicos e de uma central de controle automatizada para medies e registros de parmetros ambientais e eltricos. O laboratrio formado por uma torre meteorolgica de 10 m e de 02 conjuntos montados com 04 mdulos de diferentes fabricantes, e foram instalados com exposio para o norte magntico, sendo denominados de conjunto CJ-1 de inclinao varivel em relao latitude local, variando proporcionalmente com as estaes do ano e conjunto CJ-2, com inclinao fixa . Inclinao dos Conjuntos CJ-1 e CJ-2 Conjunto CJ-1 ( inclinao varivel) (jan. a mar. ) 13 (Latitude local - 10); (abr. a jun.) 23 (Latitude local ); (jul. a set.) 38 (Latitude local + 15); (out. a dez. ) 23 (Latitude local ). Conjunto CJ-2 (inclinao fixa) ( jan. a dez. ) 33 (Latitude local + 10). Caractersticas Construtivas dos Mdulos dos Conjuntos CJ-1 e CJ-2

    1. Mdulo da marca A, potncia de 65Wp, de constituio monocristalina; 2. Mdulo da marca B, potncia de 70Wp,, e de constituio policristalina; 3. Mdulo da marca C, potncia de 45Wp, de constituio monocristalina; 4. Mdulo da marca D, potncias de (45 e 60 Wp,) (CJ-1 e CJ-2), de constituio policristalina.

    Os equipamentos utilizados para as medies dos parmetros meteorolgicos e eltricos instalados na torre meteorolgica e nos 02 conjuntos de mdulos fotovoltaicos, so os seguintes:

    Coletor de Dados CR23X (Campbell Scientfic Inc.); Placa Multiplexadora de 4 X 16 canais; Software de Programao e Comunicao PC208W for windows ; Sensores de Radiao Solar Global, marca Kipp & Zonen; Sensor de Temperatura e Umidade Relativa do Ar, Vaisala, modelo HMP45C-L9; Divisor de Voltagem 10:1; Resistor Shunt com relao de 15 A / 150 mV e 20 A/ 150 mV; Lmpadas CC de 21 e 48W / 12V, tipo incandescente.

    As cargas utilizadas para nos mdulos fotovoltaicos, foram lmpadas de corrente CC com potncias de 21 e 48 Watts, ligadas diretamente aos seus terminais, sendo que os mdulos de 45 e 60 W alimentam lmpadas de 48 W e os mdulos de 65 e 70 W, alimentando lmpadas de 48 e 21 W, ligadas em paralelo. Para medio e determinao da corrente e tenso de carga e da potncia dissipada pelas cargas, utilizou-se da ligao representada pelo diagrama eltrico da Figura 01 e das Equaes 01 e 02.

    mV

    ()

    (+)

    MDULO

    I C

    VC

    (-) (+)

    Figura 01. Esquema de medio da corrente de carga (IC) e da tenso de carga (VC).

  • IC= mV x FC [A] (01)

    P = VC x IC [W] (02) Onde: IC = corrente de carga, em mpere [A]; mV = tenso do resistor shunt, em [mV]; FC = fator de correo = 0,2; VC = tenso de carga, em Volt [V];

    P = potncia eltrica dissipada na carga, em Watt [W]. O sistema de comunicao para a transferncia de dados entre o Equipamento de Aquisio de dados ( Data logger CR23X) e o computador foi realizado atravs de um sistema de transmisso de dados via modem, em tempo real. Os mdulos foram submetidos s condies de campo para verificar seus desempenhos, sendo os dados coletados durante 01 ano, referente ao perodo de dezembro de 2002 a dezembro de 2003. O software utilizado nesta pesquisa foi o PC208W 3.3, interligado ao coletor de dados CR23X, com programao de uma sub-rotina de trabalho de coleta de dados, com os dados medidos a cada 10 segundos e mdia a cada 5 minutos, das grandezas meteorolgicas e eltricas. Coletaram-se os valores de irradincia, tenso e corrente de carga em cada mdulo e calculou-se a potncia eltrica gerada e os valores calculados convertidos para valores de potncia por unidade de rea e integralizados diariamente. A eficincia dos mdulos foi calculada pela razo entre a irradincia e a potncia por unidade de rea de cada mdulo, com mdias dirias e mensais, utilizando a energia solar incidente no plano do mdulo fotovoltaico (Hcol), com uma superfcie de capitao (S), e com a energia eltrica gerada (EG), pode-se calcular a Eficincia Energtica de converso do mdulo (EF), atravs das Equaes 03 e 04, adequadas das metodologias de Lorenzo (1994) e Salviano ( 2001):

    dtVIEG CCdiat

    t)(

    1

    0=

    =

    = (03)

    SHEGEFcol

    = (04)

    4. Resultados Observa-se na Tabela 01, que a variao do ngulo de inclinao dos mdulos age de maneira mais significativa nos valores da eficincia dos mdulos C e D do conjunto CJ-1, pois no total de 11 meses, teve-se 11 e 08 maiores valores de eficincia quando comparado com o conjunto CJ-2 de inclinao fixa. Enquanto os mdulos das marcas A e B tiveram os maiores valores com a inclinao fixa de 33 , com os maiores valores ocorrendo 08 vezes em 11 medies. No perodo de coleta de dados, ilustrado pela Figura 02, os maiores valores da irradincia mdia diria integralizada mensal, ocorreram sobre o conjunto CJ-1, de inclinao varivel (RIV), correspondente aos meses de dez/02, jan/03, fev/03, ago/03, set/03, out/03 e nov/03. Portanto, os mdulos instalados no conjunto CJ-1, receberam uma incidncia de radiao solar global de 30 % a mais que no conjunto CJ-2 , de inclinao fixa (RIF). Os mdulo D-1 e D-2, de constituio policristalina, apresentaram os maiores valores de eficincia mdia de converso, nos valores de 5,71 e 6,46 %, respectivamente, superior aos dados dos outros mdulos durante todo este perodo, seguido pelos mdulos da marca B e A, os quais se apresentam com gerao similar, e o mdulo da marca C, que durante todo o perodo apresentou a menor gerao de energia e menor eficincia dentre os quatro mdulos.

    Observa-se na Tabela 01 e nas Figuras a auxncia dos dados do ms de maro, isto deve-se ao fato de neste perodo foram realizados ensaios com os mdulos para medies de corrente de curto-circuito e tenso de circuito aberto, sendo os dados de carga coletados somente durante 10 dias. A Figura 02 representa a eficincia de converso mdia mensal diria, referente aos mdulos dos conjuntos CJ-1 e CJ-2, com os respectivos valores de irradincia mdia mensal diria e integralizada, em funo do ngulo de inclinao dos mdulos RIV e RIF. As Figuras 03 e 04, representam as curvas de tendncia da eficincia de converso mdia diria, referente aos mdulos dos conjuntos CJ-1 e CJ-2, em funo dos valores de irradincia diria integralizada RIV e RIF, referentes ao ms de maio de 2003.

  • Tabela 01. Eficincia energtica mdia mensal dos mdulos dos conjuntos CJ-1 e CJ-2, de DEZ/2002 a NOV/2003.

    Ms/Ano Inclinao Eficincia (%) CJ-1 Eficincia (%) C-J2

    CJ-1 CJ-2 A-1 B-1 C-1 D-1 A-2 B-2 C-2 D-2

    DEZ/02 23o 33 4,03 2,66 3,45 2,38 4,21 2,73 2,99 2,04

    JAN/03 13o 33 4,15 2,44 3,65 2,14 4,31 2,48 3,17 1,85

    FEV/03 13o 33 4,15 3,36 4,19 3,30 5,64 4,14 4,03 2,89

    ABR/03 23o 33 4,17 3,02 5,43 3,95 4,15 3,04 4,60 3,45

    MAI/03 23o 33 3,66 2,98 5,25 4,30 3,74 3,06 4,36 3,65

    JUN/03 23o 33 3,60 2,90 4,74 4,00 3,51 2,86 4,14 3,51

    JUL/03 38o 33 3,86 3,03 4,98 3,81 3,84 2,97 4,35 3,32

    AGO/03 38o 33 3,71 3,66 3,27 5,47 4,53 3,98 2,36 5,91

    SET/03 38o 33 3,81 3,76 3,34 5,71 4,67 4,21 2,36 6,46

    OUT/03 23o 33 3,80 3,67 3,34 5,67 4,44 3,96 2,27 5,83

    NOV/03 23o 33 3,73 3,74 3,13 5,36 3,46 3,59 2,10 5,05

    Ocorrncia das maiores Eficincias 03 03 11 08 08 08 00 03

    0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00

    dez/02 jan/03 fev/03 abr/03 mai/03 jun/03 jul/03 ago/03 set/03 out/03 nov/03 Ms/Ano

    Efic

    inc

    ia (%

    )

    0,00

    100,00

    200,00

    300,00

    400,00

    500,00

    600,00

    Irrad

    inc

    ia (W

    m -2)

    RIV RIF A-1 B-1 C-1 D-1 A-2 B-2 C-2 D-2

    Figura 02 Eficincia de converso mdia mensal diria, referente aos mdulos dos conjuntos CJ-1 e CJ-2, com os respectivos valores de irradincia mdia mensal diria e integralizada RIV e RIF.

  • EF_D1= -0,1124x2 + 1,7779x - 1,3199R2 = 0,9311

    EF_B1 = -0,0747x2 + 1,1736x - 0,8758R2 = 0,9341

    EF_A1_1 = -0,0723x2 + 1,1463x - 0,8764R2 = 0,9377

    EF_C1= -0,0664x2 + 1,009x - 0,7806R2 = 0,9396

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    0 1 2 3 4 5 6 7

    Radiao Solar Mdia Diria Integralizada (Wh/m2)

    Efic

    inc

    ia (%

    )

    D1

    B1A1

    C1

    8

    Figura 03 Curvas de tendncia da eficincia de converso mdia diria, referente aos mdulos dos conjuntos CJ-1, em funo dos valores de irradincia diria integralizada RIV.(Mai/03)

    EF_D2 = -0,1345x2 + 2,1498x - 1,5991R2 = 0,9395

    EF_A2= -0,1285x2 + 1,7357x - 1,1612R2 = 0,8323

    EF_B2 = -0,0823x2 + 1,3286x - 0,9829R2 = 0,9372

    EF_C2 = -0,0402x2 + 0,6809x - 0,5032R2 = 0,9278

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    0 1 2 3 4 5 6 7

    Radiao Solar Mdia Diria Integralizada (Wh/m2)

    Efic

    inc

    ia (%

    )

    D2

    A2

    B2

    C2

    8

    Figura 04 Curvas de tendncia da eficincia de converso mdia diria, referente aos mdulos dos conjuntos CJ-2, em funo dos valores de irradincia diria integralizada RIF. (Mai/03)

  • A Tabela 01 e as Figuras 02, 03 e 04, ilustraram a eficincia de converso dos mdulos, onde pode-se notar que a maior eficincia dos mdulos da marca D de 45 e 60Wp, de constituio policristalino, seguindo de maneira alternada pelos mdulos das marcas B de 65Wp, de constituio monocristalino, e da marca A de 70Wp, de constituio policristalino, e sempre a menor eficincia o mdulo da marca C 45Wp, de constituio monocristalino. Os grficos dos valores mdios dirios da eficincia esto ordenados com valores crescentes, acrescidos com as respectivas curvas de tendncia, podem ser observadas atravs das Figuras 03 e 04, mostrando uma correlao bastante acentuada com a radiao, onde prevalecem equaes de potncia do segundo grau, com coeficiente de determinao R2, superiores a 0,92. Portanto, pode-se deduzir que para os mdulos das marcas A e B, no houve vantagens em variar a inclinao, visto que os maiores valores de eficincia ocorreram no conjunto CJ-2 com ngulo de inclinao fixo de 33 ( Latitude Local + 10 ), indicando portanto que para os mdulos das marcas C e D, a mudana de inclinao no perodo foi correta, confirmando para estes mdullos que h vantagens na mudana de inclinao dependendo da poca do ano, atingindo ganhos em eficincia e na energia gerada, indicando assim que se adotem inclinaes de 23 na primavera, 13 no vero, e 33 no outono e inverno. 5. Concluses Os dados obtidos em campo, atravs da metodologia utilizada, no concordando com as informaes tcnicas que apresentam os mdulos monocristalinos, como sendo mais eficientes que os policristalinos, verificando-se para ambos os mdulos, baixos valores de energia gerada e de eficincia, em funo de suas potncias. Os mdulos das marcas avaliadas apresentaram eficincia mdia inferior a 50 % dos valores, quando comparados com os dados fornecidos pelos fabricantes. O comportamento da eficincia de converso de energia solar em energia eltrica, diretamente dependente da irradincia mdia diria e integralizada no perodo de maior incidncia, do ngulo de inclinao dos mdulos e tambm varia com o tipo e o fabricante dos mdulos fotovoltaicos. Existem ganhos de energia gerada e eficincia de converso na mudana de inclinao dos mdulos, dependendo da poca do ano, indicando assim que se adotem inclinaes de 23 na primavera, 13 no vero, e 33 no outono e inverno. 6. Referncias Bibliogrficas AL-ISMAILY, H.A., PROBERT, D. Photovoltaic electricity prospects in Oman. Applied Energy. ELSEVIER, v. 59, n. 2-3, p. 97-124, 1998. Disponvel em: acesso restrito. Acesso em: 06 set. 2002. CASTRO, R.M.G. Introduo energia fotovoltaica. Disponvel em: Acesso em: 25 juh. 2003, as 16:16. CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELTRICA/CENTRO DE REFERNCIA PARA ENERGIA SOLAR E ELICA SRGIO DE SALVO BRITO (CEPEL/CRESESB). Sistemas fotovoltaicos: manual de engenharia. 1. ed. Rio de Janeiro, RJ, 1995. 238 p. CERAGIOLI, P.C. Manual de energia solar fotovoltaica. So Jos dos Campos: Siemens, RC Com Sistemas Ltda., 1999. COSTA, H.S. A qualidade de energia de sistemas fotovoltaicos domsticos em reas rurais. Energia Rural, So Paulo, v.31, n. 5, p.172-81, set. 2001. DENG, X., LIAO, X., HAN, S., POVOLNY, H., AGARWAL, P. Amorphous silicon and silicon germanium materials for high-efficiency triple-junction solar cells. Solar Energy Materials & Solar Cells. ELSEVIER, n. 62, p. 89-95, 2000. acesso restrito. Acesso em: 06 set. 2002. GREEN, M.A., ZHAO, J., WANG, A., WENHAM S.R. Progress and outlook for high-efficiency crystalline silicon solar cells. Solar Energy Materials & Solar Cells. ELSEVIER, n. 65, p. 9-16, 2001. LORENZO, E. Eletricidade solar: ingenieria de los sistemas fotovoltaicos. Espanha: Artes Grficas Galas, 1994.

  • MALIK, A.Q., DAMIT, .SJ.B.H. Outdoor testing of single crystal silicon solar cells. Renewable Energy. ELSEVIER, n. 28, p. 1433-45, 2000. Disponvel em: acesso restrito. Acesso em: 23 set. 2002. MONTENEGRO, A.A. Fontes no convencionais de energia. 2.ed. Florianpolis: Ed. UFSC, 1999. PALZ, W. Power for the World: A Global Photovoltaic Action Plan, 12 th European Photovoltaic Solar Energy Conference, pp 2086 - 2088, Amsterdam - The Netherlands, April - 1994. SALVIANO, C.J.C. Eletrificao rural a partir da tecnologia fotovoltaica. Eletricidade Modernas, So Paulo, n. 327, p. 184-200, jun 2001.

    Agradecimentos

    FAPESP - Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo, pelo Auxlio ao Projeto de

    Pesquisa o qual originou este artigo. Coordenao do Programa de Ps-Graduao em Energia na Agricultura da UNESP Faculdade

    de Cincias Agronmicas / Campus de Botucatu-SP.