trabalho 2 geoii grupo 15

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Universidade do Minho Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil Mestrado Integrado em Engenharia Civil GEOTECNIA II 4º Ano 1º Semestre Trabalho Prático 2 Grupo 15 Diogo Sousa | João Gonçalves | Luís M. Silva | Vítor Almeida 55647 | 54212 | 51929 | 5595 Janeiro 2012

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Page 1: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

Universidade do Minho

Escola de Engenharia

Departamento de Engenharia Civil

Mestrado Integrado em Engenharia Civil

GEOTECNIA II

4º Ano – 1º Semestre

Trabalho Prático 2

Grupo – 15

Diogo Sousa | João Gonçalves | Luís M. Silva | Vítor Almeida

55647 | 54212 | 51929 | 5595

Janeiro 2012

Page 2: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

2

Enunciado

Ex. 1 - Considere a estrutura de contenção (Fig. 1) a executar em betão

armado (γ = 25 kN/m3) e inserida no projecto de construção de uma importante

via de comunicação. Para a presente situação determine, utilizando a

abordagem de cálculo 1 (EC7), a largura mínima do muro gravítico que garanta

a segurança ao derrubamento e ao deslizamento atendendo a que a estrutura

se encontra localizada numa região com elevado risco sísmico.

Considere para tal que o módulo do coeficiente sísmico horizontal kh é igual a

0.2 e do vertical kv é igual a 0.1.

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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Ex. 2 - Considere a estrutura de contenção realizada em betão (γ = 24kN/m3)

representada na Figura 2. As solicitações V e H devidas a existência do

tabuleiro e mais crítica para a estabilidade da estrutura de contenção valem

respectivamente 100 kN/m e 10 kN/m. Considere toda a solicitação H com

caracter variável e 80 % e 20% da solicitação V com caracter permanente e

variável, respectivamente. Atendendo a que a estrutura servira de contenção

dos solos e de suporte de um pequeno viaduto determine o valor de L que

garanta a segurança ao derrubamento e ao deslizamento segundo o

Eurocódigo 7 (recorra a teoria de Caquot-Kerisel para o calculo das tensões

horizontais).

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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Resolução

Exercício 1

Os Dados conhecido para a resolução do problema são:

Dados

γbetão = 25kN/m3 Kh = 0,2 Kv =+/- 0,1

Resolução com a metodologia do Eurocódigo 7 - EC7

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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A inclusão do risco sísmico obriga à utilização do método de Mononobe –

Okabe, que tem por base o método de Coulomb.

Dimensionamento ao Derrubamento estado limite último (EQU)

Utilizando o quadro de coeficientes de segurança do eurocódigo7 para o

estado limite de equilíbrio.

o peso volúmico do betão fica,

(

)

(

)

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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o angulo de atrito do maciço vem,

(

)

(

)

o peso do muro é uma acção permanente e favorável,

[ ]

Procedendo agora ao cálculo do coeficiente de impulso activo

[ (

)

]

[ (

( ) )

]

Calculando agora o estado de tensão no maciço

A tensão efectiva vertical , para o ponto A é igual ao valor da sobrecarga

instalada no maciço, para o ponto B além da sobrecarga do maciço tem de se somar a

tensão provocada pelo peso do maciço.

Page 7: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

7

A Tensão efectiva horizontal , para o ponto A e B obtém-se multiplicando a

respectiva tensão efectiva vertical pelo coeficiente de impulso activo.

O cálculo do impulso activo foi divido em duas partes a primeira respeitante a

parcela da sobrecarga e a segunda respeitante ao impulso exercido pelo maciço.

O impulso activo devido à Sobrecarga é uma acção variável desfavorável

O impulso activo devido ao terreno é uma acção permanente desfavorável

Para o cálculo do acréscimo de impulso activo devido actividade sísmica

vai ser utilizado o método de Mononobe-Okabe

Para o caso de o valor de

(

)

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(

)

[ (

)

]

[ (

)

]

[ ]

[ ]

( )

Vai então agora quantificar-se o peso próprio na presença da acção sísmica

para

[ ]

[ ]

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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A verificação ao derrubamento é assegurada para um momento estabilizador maior que o momento instabilizador, fica então:

( ) ( )

Conclui-se portanto que para não existir derrubamento o muro tenha de possuir

uma largura superior a 0,90m.

Estudando agora o caso do acréscimo de impulso activo devido a actividade

sísmica para o caso em que tem-se,

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(

)

(

)

[ (

)

]

[ (

)

]

[ ]

[ ]

( )

Vai então agora quantificar-se o peso próprio na presença da acção sísmica

para

[ ]

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[ ]

A verificação ao derrubamento é assegurada para um momento estabilizador maior que o momento instabilizador, fica então:

( ) ( )

Conclui-se portanto que para não existir derrubamento o muro tenha de possuir

uma largura superior a 1,m, o que era espectável ser um valor superior a 0,9 já que

existem mais termos a contribuir para o momento estabilizador.

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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Dimensionamento ao deslizamento para estado limite último (GEO)

Utilizando a abordagem de cálculo 1 do eurocódigo7, temos duas

combinações, as quais se enumeram de seguida:

1) – Combinação 1

2) . – Combinação 2

Começando agora pela Combinação 1 vamos efectuar as majorações/minorações

utilizando o quadro do eurocódigo7 para o estado limite (GEO)

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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o peso volúmico do betão fica,

(

)

(

)

o angulo de atrito do maciço vem,

(

)

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(

)

o peso do muro é uma acção permanente e favorável,

[ ]

[ (

)

]

[ (

( ) )

]

A Tensão efectiva horizontal , para o ponto A e B obtém-se multiplicando a

respectiva tensão efectiva vertical pelo coeficiente de impulso activo.

O cálculo do impulso activo foi divido em duas partes a primeira respeitante a

parcela da sobrecarga e a segunda respeitante ao impulso exercido pelo maciço.

O impulso activo devido à Sobrecarga é uma acção variável desfavorável

Page 15: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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O impulso activo devido ao terreno é uma acção permanente desfavorável

Para o cálculo do acréscimo de impulso activo devido actividade sísmica

vai ser utilizado o método de Mononobe-Okabe

Para o caso de o valor de

[ (

)

]

[ (

)

]

[ ]

[ ]

( )

Vai então agora quantificar-se o peso próprio na presença da acção sísmica

para

[ ]

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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[ ]

A verificação ao deslizamento faz-se através da análise das forças que actuam

paralelamente á base do muro ficando então:

( )

Conclui-se portanto que para a Combinação 1 para Kv>0, para que não ocorra

deslizamento do muro este necessita de ter uma espessura superior a 0,49m.

Estudando agora o caso do acréscimo de impulso activo devido a actividade

sísmica para o caso em que tem-se,

(

)

(

)

[ (

)

]

[ (

)

]

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[ ]

[ ]

( )

Analisando então agora o peso próprio na presença da acção sísmica para

[ ]

[ ]

A verificação ao deslizamento faz-se através da análise das forças que actuam

paralelamente á base do muro ficando então:

( )

Pode-se portanto que para a Combinação 1 para Kv<0, para que não ocorra

deslizamento do muro este necessita de ter uma espessura superior a 0,58m.

Analisando agora a Combinação 2 vamos efectuar as majorações/minorações

utilizando o quadro 2.2, retirado do eurocódigo7 para o estado limite (GEO).

o peso volúmico do betão fica,

(

)

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(

)

o angulo de atrito do maciço vem,

(

)

(

)

o peso do muro é uma acção permanente e favorável,

[ ]

[ (

)

]

o valor do coeficiente de impulso é,

A tensões verticais efectivas instaladas nos pontos A e B são respectivamente,

A Tensão efectiva horizontal , para o ponto A e B obtém-se multiplicando a

respectiva tensão efectiva vertical pelo coeficiente de impulso activo.

O cálculo do impulso activo foi dividido em duas partes a primeira respeitante a

parcela da sobrecarga e a segunda respeitante ao impulso exercido pelo maciço.

O impulso activo devido à Sobrecarga é uma acção variável desfavorável

O impulso activo devido ao terreno é uma acção permanente desfavorável

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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Para o cálculo do acréscimo de impulso activo devido actividade sísmica

vai ser utilizado o método de Mononobe-Okabe

Para o caso de o valor de

(

)

(

)

[ (

)

]

[ ]

Vai então agora quantificar-se o peso próprio na presença da acção sísmica

para

[ ]

[ ]

A verificação ao deslizamento faz-se através da análise das forças que actuam

paralelamente á base do muro ficando então:

( )

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Conclui-se portanto que para a Combinação 2 para Kv>0, para que não ocorra

deslizamento do muro este necessita de ter uma espessura superior a 0,72m.

Estudando agora o caso do acréscimo de impulso activo devido a actividade

sísmica para o caso em que tem-se,

(

)

(

)

[ (

)

]

[ ]

Analisando então agora o peso próprio na presença da acção sísmica para

[ ]

[ ]

A verificação ao deslizamento faz-se através da análise das forças que actuam

paralelamente á base do muro ficando então:

( )

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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Pode-se portanto que para a Combinação 2 para Kv<0, para que não ocorra

deslizamento do muro este necessita de ter uma espessura superior a 0,85m.

Conclusão:

Derrubamento

( )

Deslizamento

Combinação 1

Combinação 2

Para que o muro satisfaça o estado limite ultimo GEO e não exista

derrubamento (EQU), o muro deve adoptar, como espessura mínima, o maior dos seis

valores da tabela, neste caso 1,00m.

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Exercício 2

Areia siltosa Saibro Gravítico

Dimensionamento ao Derrubamento estado limite último (EQU)

Utilizando o quadro de coeficientes de segurança do eurocódigo7 para o

estado limite de equilíbrio, presentes no quadro 2.3

o peso volúmico do betão fica,

(

)

(

)

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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o angulo de atrito do maciço vem,

(

)

(

)

(

)

o peso do muro é uma acção permanente e favorável,

[ ]

[ ]

[ ]

o peso devido é uma acção permanente e favorável,

[ ]

o peso devido é uma acção variável e favorável,

[ ]

o peso devido é uma acção variável e desfavorável,

[ ]

Calculando agora o estado de tensão no maciço

A tensão efectiva vertical , fica:

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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Consultando tabela formulário Coeficiente de impulso activo (Caquot-Kerisel)

Interpolando para

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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Interpolando para

A Tensão efectiva horizontal , obtém-se multiplicando a tensão efectiva

vertical pelo coeficiente de impulso activo.

O cálculo do impulso activo foi divido em duas partes a primeira respeitante a

parcela da sobrecarga e a segunda respeitante ao impulso exercido pelo maciço.

O impulso activo devido à Sobrecarga é uma acção variável desfavorável

O impulso activo devido ao terreno é uma acção permanente desfavorável

Page 26: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

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A verificação ao derrubamento é assegurada para um momento estabilizador maior que o momento instabilizador, fica então:

(

) (

) (

)

(

) (

) (

)

[ (

)]

[ (

)]

( ) [ ]

[ ]

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[ (

)]

[ (

)]

[ ]

[ ]

Conclui-se portanto que para não existir derrubamento o muro tenha de possuir

uma largura superior a 1,41m.

Dimensionamento ao deslizamento para estado limite ultimo (GEO)

Utilizando a abordagem de cálculo 1 do eurocódigo7, temos duas

combinações, as quais se enumeram de seguida:

3) – Combinação 1

4) . – Combinação 2

Começando agora pela Combinação 1 vamos efectuar as majorações/minorações

utilizando o quadro 2.2, retirado do eurocódigo7 para o estado limite (GEO).

o peso volúmico do betão fica,

(

)

(

)

o angulo de atrito do maciço vem,

(

)

(

)

(

)

Page 28: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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o peso do muro é uma acção permanente e favorável,

[ ]

[ ]

[ ]

o peso devido é uma acção permanente e favorável,

[ ]

o peso devido é uma acção variável e favorável,

[ ]

o peso devido é uma acção variável e desfavorável,

[ ]

Calculando agora o estado de tensão no maciço

A tensão efectiva vertical , fica:

Page 29: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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Consultando tabela formulário Coeficiente de impulso activo (Caquot-Kerisel)

Interpolando para

para

A Tensão efectiva horizontal , obtém-se multiplicando a tensão efectiva

vertical pelo coeficiente de impulso activo.

Page 30: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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O cálculo do impulso activo foi divido em duas partes a primeira respeitante a

parcela da sobrecarga e a segunda respeitante ao impulso exercido pelo maciço.

O impulso activo devido à Sobrecarga é uma acção variável desfavorável

O impulso activo devido ao terreno é uma acção permanente desfavorável

A verificação ao deslizamento faz-se através da análise das forças que actuam

paralelamente á base do muro ficando então:

(

)

Page 31: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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(

)

Pode-se portanto que para a Combinação 1, para que não ocorra deslizamento

do muro este necessita de ter uma espessura superior a 0,78m.

Analisando agora a Combinação 2 vamos efectuar as majorações/minorações

utilizando o quadro 2.2, retirado do eurocódigo7 para o estado limite (GEO).

o peso volúmico do betão fica,

(

)

(

)

o angulo de atrito do maciço vem,

(

)

(

)

(

)

o peso do muro é uma acção permanente e favorável,

[ ]

[ ]

[ ]

Page 32: Trabalho 2 GeoII Grupo 15

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o peso devido é uma acção permanente e favorável,

[ ]

o peso devido é uma acção variável e favorável,

[ ]

o peso devido é uma acção variável e desfavorável,

[ ]

Calculando agora o estado de tensão no maciço

A tensão efectiva vertical , fica:

Consultando tabela formulário Coeficiente de impulso activo (Caquot-Kerisel)

(calculado atrás)

(calculado atrás)

A Tensão efectiva horizontal , obtém-se multiplicando a tensão efectiva

vertical pelo coeficiente de impulso activo.

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Mestrado Integrado Engenharia Civil 2011/2012

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O cálculo do impulso activo foi divido em duas partes a primeira respeitante a

parcela da sobrecarga e a segunda respeitante ao impulso exercido pelo maciço.

O impulso activo devido à Sobrecarga é uma acção variável desfavorável

O impulso activo devido ao terreno é uma acção permanente desfavorável

A verificação ao deslizamento faz-se através da análise das forças que actuam

paralelamente á base do muro ficando então:

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(

)

(

)

Pode-se portanto que para a Combinação 2, para que não ocorra deslizamento

do muro este necessita de ter uma espessura superior a 0,91m.

Conclusão:

Derrubamento ( )

Deslizamento

Combinação 1

Combinação 2

Para que o muro satisfaça o estado limite ultimo GEO e não exista

derrubamento (EQU), o muro deve adoptar, como espessura mínima, o maior dos três

valores da tabela, neste caso 1,40m.