topografia
DESCRIPTION
civilTRANSCRIPT
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 1
TOPOGRAFIA(Topometria)
Prof. Eduardo Moreira, M. Sc.
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 2
Introdução
O que estuda a topometria? Estuda os processos clássicos de medidas de distância,
ângulos e diferença de nível (medidas lineares e angulares no plano horizontal ou vertical)
Divisão da topometria Planimetria
Estuda os métodos de medida de distância e ângulos no plano horizontal
AltimetriaEstuda os métodos de medida de distância e ângulos no
plano vertical
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 3
Introdução
Os Levantamentos Topográficos Usam como apoio
Pontos (naturais e artificiais)
Linhas
Começam pela locação de pontos, obedecendo os seguintes critériosAssinalando os pontos de interesse do terreno
Sendo preferencialmente intervisívies
Começando por um ponto conhecido
Proseguem comMedidas de distâncias
Medidas de ângulos
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 4
Instrumentos Topográficos de Campo
Diastímetros Instrumentos que medem diretamente as distâncias
lineares Exemplos: odômetro, corrente de agrimensor, trena de
lona, fitas e trenas de aço, etc. Goniômetros
Instrumentos usados para obtenção de ângulos Exemplos: clinômetro, clisímetro, bússola, teodolito,
taqueômetros ou teodolitos taqueométricos, etc Níveis
Instrumentos utilizados na operação de nivelamento
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 5
Instrumentos Topográficos de Campo Equipamentos auxiliares ou acessórios
Equipamentos que facilitam as operações a serem realizadas pelo topográfo
Exemplos: piquetes, estacas, nível de cantoneira, fio de prumo, tripés, mira, declinatórias, cadernetas de campo, etc
Fig 1: piquete e estaca (Brandalize,1999)
Fig 2: baliza (Brandalize,1999)
Fig 3: nível de cantoneira (Brandalize,1999)
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 6
Instrumentos Topográficos de Campo Equipamentos auxiliares ou acessórios
Fig 4: tripé (Brandalize,1999)Fig 5: mira (Brandalize,1999)
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 7
Instrumentos Topográficos de Campo Equipamentos Topográficos Eletrônicos
Têm o seu funcionamento baseado no princípio de reflexão de ondas
Exemplos: trena eletrônica, teodolito eletrônico, distanciômetro eletrônico, estação total, nível digital, nível a laser, GPS, etc.
Fig 6: trena eletrônica (Brandalize,1999)
Fig 7: teodolito eletrônico (Brandalize,1999)
Fig 8: teodolito eletrônico com uma trena eletrônica
(Brandalize,1999)
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 8
Instrumentos Topográficos de Campo Equipamentos Topográficos Eletrônicos
Fig 9: estação total , tripé, prisma e bastão (Brandalize,1999)
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 9
Mensuração de Distâncias
Pode-se dividir o processo de mensuração de distâncias em processos diretos e processos indiretos
Processo de Medição Direta de Distâncias As distâncias são determinadas diretamente através do
uso de diastímetros. Exemplos: passo humano, uso de trenas, etc.
Processo de Medição Indireta de Distâncias As distâncias são calculadas em função de relações
matemáticas existentes com dados colhidos por aparelhos apropriados.
Uso da taqueometria para se obter as distâncias indiretamente
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 10
Mensuração de Distâncias Grandezas Lineares
Distância Horizontal (DH): é a distância medida entre dois pontos, no plano horizontal.
Distância Vertical ou Diferença de Nível (DV ou DN): é a distância medida entre dois pontos, num plano vertical que é perpendicular ao plano horizontal.
Distância Inclinada (DI): é a distância medida entre dois pontos, em planos que seguem a inclinação da superfície do terreno.
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 11
Mensuração de Distâncias Taqueometria
É a parte da topografia que se ocupa em obter a medida indireta das distâncias horizontais e das diferenças de nível, utilizando instrumentos denominados taqueômetros.
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 12
Mensuração de Distâncias Uso da taqueometria para se obter a distância horizontal a partir de uma
visada horizontal
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 13
Mensuração de Distâncias
Uso da taqueometria para se obter a distância horizontal a partir de uma visada horizontal
A relação f/h é a constante estadimétrica do instrumento denominada de constante multiplicativa. Essa constante normalmente é igual a 100
O termo (f + c) é chamada de constante aditiva (C). Essa constante normalmente é igual a 0.
Tem-se que AB=H=(fs-fi) e a’b’=h
DH = d + f + c
a b
f
AB
d
' ' d
AB
a bf
' '.
Hh
fd .
DH = 100 X H
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 14
Mensuração de Distâncias Uso da taqueometria para se obter a distância horizontal a partir de uma
visada inclinada
DH = 100 . H . cos2 + C
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 15
Mensuração de Distâncias Uso da taqueometria para se obter a distância vertical a partir de uma
visada inclinada ascendente
DN = 50 . H . sen 2 - FM + I
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 16
Mensuração de Distâncias Uso da taqueometria para se obter a distância vertical a partir de uma
visada inclinada descendente
DN = 50 . H . sen 2 + FM - I
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 17
Erros Cometidos na Medição Indireta de Distâncias
Imprecisão da definição da constante estadimétrica Erros na leitura da mira que podem ser provocados
pelas condições atmosféricas do local Erro de leitura das divisões da mira Erro devido à falta de verticalidade da mira Erro de nivelamento do teodolito Erro de centralização do teodolito Leitura incorreta dos ângulos
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 18
Erros Cometidos na Medição Direta de Distâncias
Erro devido à elasticidade
É o alongamento provocado pelo esforço superior à tensão que o diastímetro suporta para manter o seu comprimento de fabricação
Cf = coeficiente de dilatação linear
l = comprimento do diastímetro
F = força padrão de fabricação
Fo = força aplicada no diastímetro
Erro devido à dilatação
Erro que ocorre quando os diastímetros são utilizados numa temperatura diferente da temperatura de aferição
= coeficiente de dilatação linear
l = comprimento do diastímetro
T = temperatura padrão de aferição
T0 = temperatura ambiente
ofc FFlcE 0TTlEc
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 19
Erros Cometidos na Medição Direta de Distâncias
Erro devido ao desvio de baliza
Erro que ocorre devido ao posicionamento da baliza fora da vertical do ponto topográfico
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 20
Erros Cometidos na Medição Direta de Distâncias
Falta de horizontalidade na trenada
É o erro cometido quando o diastímetro não é colocado em nível e ocorre principalmente devido a inclinação do terreno
Desvio de alinhamento É o eero cometido quando o
diastímetro não é colocado sobre o alinhamento
A
B
a
c
22
22
baaE
bac
caE
22
22
baaE
bac
caE
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 21
Erros Cometidos na Medição Direta de Distâncias
Erro devido à catenária
2
3
2
24
8
F
l
F
plfe
2
2
c
pEc
3.
8.f =E
f = flecha
l = comprimento do diastímetro
P = peso por metro linear de corrente
F = força de tensão, em quilogramas
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 22
Exercícios(Mensuração de Distância)
Calcular os erros parciais e total na medição de uma distância de 20 m efetuada com uma trena de aço aferida a uma temperatura de 22º C sob uma força de aplicação de 15 kg. Para esse levantamento as condições de campo eram as seguintes: Comprimento da trena = 20 m Temperatura de trabalho = 38º C Força de aplicação nas extremidades = 13 kg Desvio lateral ocorrido = 0,10 m Diferença de cotas entre as extremidades = 0,25 m Peso da trena por metro linear = 40 g/m Seção transversal da trena = 0,025 cm2
Módulo de elasticidade do material = 2.100.000 kg/cm2
Coeficiente de dilatação do aço = 1,2 x 10-5º C-1
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 23
Mensuração Angular
Goniometria É a parte da topografia onde se estudam os instrumentos, métodos
e processos utilizados na avaliação numérica de ângulos (Garcia & Piedade, 1987)
Tipos de ângulos Horizontal (formados entre os alinhamentos ou por estes e uma
linha de referência)
Vertical (entre planos horizontais)
Ângulo zenital: ângulo em relação à vertical (direção norte/sul)
Ângulo nadiral: ângulo em relação à vertical (direção sul/norte)
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 24
Mensuração Angular
Rumo
Rumo de uma linha é o ângulo horizontal entre a direção norte-sul e a linha, medido a partir do norte ou do sul na direção da linha, porém, não ultrapassando 90 º ou 100 grd (Borges, 1977)
Azimute
Azimute de uma linha é o ângulo que essa linha faz com a direção norte-sul e a linha, medido a partir do norte ou do sul, para a direita ou para a esquerda, e variando de 0º a 90º ou de 0 a 400 grd. (Borges, 1977)
N
S
EW
Az
P
S
N
S
EW
P
S
rr
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 25
Mensuração Angular Sentidos a Vante e a Ré na medida dos Rumos e Azimutes
Sentido a Vante: sentido percorrido em um caminhamento de sucessão de linhas cujas estacas estão numeradas (Ex: 1, 2, 3, 4, 5, 6 etc.)
Sentido a Ré: sentido contrário ao da numeração das estacas
Rumo de vante de uma linha Ângulo que o alinhamento A-B forma com a linha N-S ou S-N.
N
N
S
W
60º NE
AE
W
S
E
BE
W
S
E50º SE
B
N
S
W
60º A
N
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 26
Mensuração Angular Rumo a ré de uma linha
Azimute a vante de uma linha
N
N
S
W 60º
SW AE
W
S
E
BE
W
S
E
50ºNW
B
N
S
W
60º A
N
N
N
S
W
60º
AE
W
S
E
BE
W
S
E
B
N
S
W
120º A
N
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 27
Mensuração Angular Azimute a ré de uma linha
Exercício: o azimute à direita de AB é 288º 30’e o rumo de CB é 18º 40’NE. Calcular o ângulo ABC medido com sentido à direita (sentido horário).
Ângulo ABC à direita = (360º -288º30’) + 18º 40’
N
N
S
W 240º
AE
W
S
EB
E
W
S
E
B
N
S
W
300º
AN
A
B
C
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 28
Mensuração Angular(Exercícios)
Dados os rumos de vante das linhas da tabela abaixo, encontrar os azimutes a vante e a ré, à direita.
Linha Rumo a vante
Azimute a direita
Vante Ré
AB 45º30’NW 314º30’ 134º30’
BC 30º 50’SW 210º50’ 30º50’
CD 22º20’SE 157º40’ 337º40’
DE 75º 10’SE 104º50’ 284º50’
EF 25º 15’NE 25º15’ 205º15’
A
E
D
C
B
F
45º 30’
30º 50’
22º 20’
75º 10’
25º 15’
Notas de Aula de Topografia da Profa. Suelly Barroso 29
Exercício PROVÃO (2001). O rádio foi o meio escolhido para estabelecer a comunicação
entre a sede da empreiteira e uma usina de processamento de mistura betuminosa, montada às margens de uma rodovia federal e destinada a fornecer este material para as obras de recuperação do pavimento desta estrada.
O projeto de radiocomunicação especifica para a estação da usina uma antena dipolo de meia onda que deve ser sustentada por dois postes distanciados horizontalmente 50 m um do outro e disposto segundo uma direção correspondente ao azimute de 86 º.
Foi instalado um poste no ponto P, cujas as coordenadas encontram-se abaixo. Determine as coordenadas do outro poste, de modo que o mesmo fique dentro dos limites da área reservada para a usina que, em planta, é um terreno quadrangular limitado pelos vértices A, B, C e D, dados abaixo.
Dados/Informações Adicionais Coordenadas cartesianas (X, Y) dos pontos citados, dadas em metro em um
sistema cujo o eixo dos YY coincide com a direção norte: P (250,210); A (100, 100); B (120, 310); C (270, 350) e D (260, 130).
Sen 86º = 0,9976 e cos 86º = 0,0698