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Superior de Tecnologia em Logística Empresarial O N L I N E UNIGRANRIO O N L I N E

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Superior de Tecnologia em Logística Empresarial

O N L I N EUNIGRANRIO

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Logística Reversa: conceituação e sua aplicabilidadenas organizações

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Olá, seja bem-vindo (a) a disciplina Superior de Tecnologia

em Logística Empresarial .Hoje começaremos nossa jornada.

Vamos?Boa aula!

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Logística Reversa: conceituação e sua aplicabilidade nas organizações

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Tópicos Especiais em Logística

OBJETIVOS

TÓPICOS

ABORDADOS

UN

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I. Apresentar os conceitos de logística reversa, sua aplicabilidade nas organizações empresariais e a sua importância dentro da economia de mercado atual.

I. A conceituação da logística reversa; II. A divisão da logística reversa nos canais reversos de distribuição; III. Os objetivos gerais da logística reversa; IV. A organização das empresas em função logística reversa e dos fluxos reversos dos resíduos gerados pelos seus produtos.

Introdução

Com o desenvolvimento da economia, a logística assume um papel de destaque dentro das organizações empresarias. Esta responsabilidade aumenta a cada dia, principalmente com a crescente preocupação mundial com as questões ligadas ao meio ambiente e os impactos gerados pela sociedade e seu consumo cada vez maior dos bens produzidos. Diante disto, a logística assume um papel capital no processo de desenvolvimento sustentável da economia mundial: é dela a responsabilidade pela implementação e controle da logística reversa.

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A logística empresarial é responsável pelo gerenciamento de produtos acabados ou semiacabados.

De acordo com Ballou (2001), é uma cadeia em que cada componente tem como objetivo principal alcançar a satisfação de seu consumidor final. Para isto, de acordo com Bowersox (2009), deve abastecer o seu cliente do material necessitado por ele, no tempo e locais programados, com um nível de qualidade exigido pelo cliente, porém, a um custo razoável e vantajoso para a organização. A grande missão da logística empresarial, sob este ponto de vista, finaliza no instante em que o produto é colocado à disposição de seu cliente.

O desenvolvimento da economia, nos dias atuais, de acordo com Bowersox & Closs (2009), traz um grande desafio para a logística, pois, cada vez mais, o consumidor exige mais sobre a qualidade dos produtos/serviços prestados pelas empresas e as instituições se utilizam da logística como fator diferencial para alcançar a satisfação de seus clientes ao longo da cadeia de abastecimento. Porém, neste momento surge um dilema, destacado por Leite (2009):

Origem:Geração

do pedido

Entrega ao consumidor

final

Ponto de destino

Como atender as necessidades da população nos dias atuais sem prejudicar as gerações?

Neste cenário, o desenvolvimento de uma nova cadeia logística é necessário para auxiliar no processo de reaproveitamento dos

produtos com seu ciclo de vida terminado.

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Desta necessidade, de acordo com Leite (2009), surge o conceito de LOGÍSTICA REVERSA ou LOGÍSTICA AMBIENTAL.

Diferentemente da logística empresarial, a logística reversa, segundo Leite (2009), trata das etapas, das formas, dos fluxos e dos meios em que uma parcela desses produtos, com pouco uso após a venda, com ciclo de vida útil ampliado ou após a extinção de sua vida útil, possa ser retornado ao ciclo produtivo ou de negócios, readquirindo valor de diversas naturezas, no mesmo mercado original, em mercados secundários, por meio de seu reaproveitamento, de seus componentes ou de suas matérias constituintes.

Existem dois canais de distribuição reversa: de pós-venda e pós-consumo. De acordo com Leite (2009), os canais de distribuição reversa de pós-consumo tratam do retorno ao ciclo produtivo de parte dos produtos originais descartados. Eles podem também tratar da destinação ambientalmente correta de uma parcela desses produtos que não tem mais utilidade para o reuso.

Os canais de distribuição reversa de pós-venda, segundo Leite (2009), cuidam do retorno de uma parte dos produtos originais, geralmente por questões de qualidade ou garantias, retornando ao mercado de alguma maneira.As empresas devem atentar de acordo com Alvarenga & Novaes (2002), aos canais de distribuição reversos de pós-consumo, pois neste fluxo é tratado do retorno de uma parcela dos produtos ao ciclo produtivo ou ao descarte de seus resíduos de forma segura, voltada atenção aos regulamentos de proteção ao meio-ambiente.

Pós-consumo

Reaproveitamento:

Produtos e Materiais.

Revalorização ecológica.

Redução de custos.

Pós-venda

Fidelização de clientes.

Proteção à marca.

Redistribuição de estoques.

Ganho de imagem.

Aumento da competitividade.

Redução de custos.

Fluxos reversos: agregando valor. Fonte adaptado de Leite (2003, p.207)

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Os bens industriais possuem um ciclo de vida útil que depois de terminados são descartados de diversas formas pela população tornando-se resíduos sólidos de maneira geral (Bacchi & Caixeta-Filho, 2011). Atualmente, com a tecnologia avançando de forma cada vez mais rápida e o fácil acesso da população em uma diversidade de produtos que anteriormente era de difícil acesso, tem tornado o tempo de vida cada vez mais reduzido. As opções para esses resíduos, de acordo com Leite (2009) são a manufatura, a reciclagem e, para aqueles que não se enquadram nas opções anteriores, destinação final.

De acordo com Leite (2009), é denominado de canais de distribuição reversos de pós-consumo as diversas formas existentes de processamento e de coleta até a sua completa reintegração ao ciclo de produção. Esta reintegração é dada como matéria-prima secundária.

Ciclo

Indústria

Produção

Produto Final

Distribuição

Consumidores

Coleta

Limpeza e Seleção

Trituração

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De acordo com Pereira, Bruzzi & Tadeu (2012), desmanche é um processo industrial no qual um produto durável é desmontado e os componentes em condições de uso são identificados, separados e enviados à manufatura e os demais a reciclagem;

Reciclagem é o processo no canal reverso em que partes de determinado produto são extraídas e utilizadas como matéria-prima secundária ou reciclada que serão retornadas ao ciclo produtivo da cadeia de abastecimento, segundo Pereira, Bruzzi & Tadeu (2012).

A disposição final é o local para onde vão todos os resíduos restantes das etapas anteriores, o que realmente não pode mais ser revalorizado. A disposição final sob a visão da preservação do meio-ambiente é conhecida como “disposição segura”, ou seja, processos que envolvam aterros controlados ou queima e extração de energia. A disposição final não controlada, em locais e formas não apropriadas, resulta em poluição.

De acordo com Leite (2009), vem crescendo a disposição final não controlada, resultando em poluição. Por conta deste problema, o governo tem criado legislações ambientais que responsabilizam mais as empresas e suas cadeias produtivas pelos resíduos resultantes.Segundo Leite (2009), a ausência de equacionamento desses fluxos reversos pode se constituir em um grave problema e risco à imagem da empresa, à sua reputação junto ao mercado consumidor e sua visibilidade no aspecto da responsabilidade socioambiental diante da comunidade.

Sob a ótica estratégica, a logística reversa tem como principal objetivo posicionar a empresa no seu macro ambiente de negócios. Se antes visando apenas o lado econômico, agora também o ecológico.

Portanto, de acordo com Leite (2009), levará em consideração as características que garantirão competitividade e sustentabilidade às empresas nos eixos econômico e ambiental por meio de diversificados objetivos empresariais:

I. Recuperação de valor financeiro;

II. Seguimento de legislações;

III. Prestação de serviços aos clientes;

IV. Mitigação dos riscos ou reforço de

imagem de marca ou corporativa;

V. Demonstração de responsabilidade

empresarial.

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De acordo com Donato (2008), do ponto de vista operacional, caberá o uso das principais ferramentas da logística aplicadas à logística reversa definir os principais pontos desta cadeia:

Portanto, a logística reversa, de acordo com Leite (2009), por meio de sistemas operacionais diferentes em cada categoria de fluxos reversos, tem como principal meta, tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo ou de negócios.

Desta forma, ela agrega valor econômico, de serviço, ecológico, legal e de localização ao planejar as redes reversas e as respectivas informações e ao operacionalizar o fluxo e os processos, desde a coleta dos bens de pós-consumo ou de pós-venda, por meio de sistemas logísticos de consolidação, separação e seleção, até a reintegração ao ciclo produtivo.

A Relevância do Produto

Locais de Origens e Destino

E outras questões que envolvam elementos da logística de distribuição convencional de produtos.

Transporte a ser utilizado

De acordo com Leite (2009), boa parte do lixo do país tem destino inadequado. No Brasil, cada vez mais aumenta a quantidade de lixo produzido, porém a destinação final ambientalmente correta ainda é muito pouca.

Esta informação serve como alerta, como destaca Donato (2008), para que as organizações criem uma consciência mais avançada sobre o que fazer com esses resíduos para que se diminua o impacto sobre o meio-ambiente. Neste contexto, o canal de distribuição reversa tem papel social de destaque, influenciando diretamente para a preservação do meio-ambiente. Focalizando nos objetivos sociais, pode-se citar como principal, e, de acordo com Donato (2008), cada vez mais cobrado pela sociedade em geral o crescimento sustentável, que pode ser definido, entre outros objetivos, como evitar a geração de resíduos ou procurar dar destinação adequada aos mesmos. Com isso, organizações empresariais têm se utilizado da logística reversa, neste contexto denominado de logística ambiental, como vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, que além de agregar valor à marca da organização e à sua imagem para a sociedade, também garante o cumprimento das normatizações das leis de proteção ambiental.

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De acordo com Leite (2009), as organizações, prioritariamente, desenvolvem dois modelos de logística reversa ao longo dos seus processos de canais reversos e no seu relacionamento com os diversos clientes ao longo do gerenciamento da cadeia de abastecimento:

As duas podem coexistir em uma mesma organização, utilizando, de acordo com as práticas da organização, os canais reversos.

Logística reversa de pós-consumo Logística reversa de pós-venda

Na logística reversa de pós-consumo, segundo Leite (2009), devem ser considerados não só o bem de consumo que flui pelo canal reverso, mas também seus derivados, que podem ser identificados como peças, partes e resíduos, e que os mesmos poderão inclusive retornar para cadeia de produção a fim de uma possível reutilização. Essa cadeia reversa torna-se possível por conta de fatores que implicam em elementos classificados como obrigatoriedade, interesse ou conscientização por conta das organizações. Os bens de consumo, porém são classificados pelo seu ciclo de vida útil e são considerados em três grandes categorias, de acordo com Leite (2009): duráveis, semiduráveis e descartáveis.

Os bens duráveis são produtos com vida útil podendo variar de anos a década

Os semiduráveis são produtos com via útil de meses a anos.

Os descartáveis são produtos com via útil de dia a meses.

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Os ciclos reversos dos produtos podem ser classificados em aberto e fechados (LEITE, 2009). São considerados abertos quando se constituem do retorno de diversos tipos de materiais de origem de produto de pós-consumo, tendo como objetivo a reintegração aos mesmos ao processo produtivo, focalizando na substituição da matéria-prima nova pela secundária na produção de vários outros produtos.

São considerados fechados quando as matérias-primas oriundas dos produtos descartados são selecionadas e separadas para aplicação na fabricação de um produto similar ao reutilizado como, por exemplo, aparelhos eletrônicos.

As empresas, de acordo com Donato (2008), tem se esforçado e focalizado cada vez mais nos aspectos relacionados à logística reversa de seus produtos, seja objetivando o descarte ou reutilização de seus produtos de maneira a cumprir o seu papel antes aos órgãos fiscalizadores e a sociedade. Levando-se em consideração que as empresas estão chegando a um patamar cada vez

maior de preocupação em relação a realizar uma boa gestão do ciclo de vida de seus produtos, e, tendo que avaliar e se adequar a todo avanço tecnológico e rápido fluxo dos materiais e informações, os produtos acabam ficando obsoletos por conta das recorrentes atualizações e desvalorizando seu valor de mercado.

Desta forma, de acordo com Leite (2009), acaba aumentando a necessidade de substituição dos mesmos. Alguns já são considerados commodities e assim geram a necessidade de descarte de resíduos em suas variadas formas: Sólido

Gasoso

Líquido

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I. Benefícios ao meio ambiente, II. Aumento do emprego, III. Aumento da rentabilidade financeira da organização e vantagem competitiva diante dos concorrentes, além de melhorar a visão da organização perante os consumidores e a sociedade em geral.

Esses resíduos, de acordo com Donato (2008), são tratados de maneira diferente, pois a sua separação é feita de forma específica e constante, sendo classificados e separados também por natureza e tipo de material. Este processo permite que este resíduo seja transformado em matéria-prima secundária.

De acordo com Leite (2009), algumas condições básicas necessitam ser observadas para que haja sucesso na organização da logística reversa em canais de reuso de bens de pós-consumo, conforme descrito abaixo:

I. Remuneração de todas as etapas reversas;II. Qualidade e integridade dos materiais reciclados;III. Escala e economia da atividade;IV. Existência do mercado consumidor competitivo para produtos/matéria-prima de reciclados;

De acordo com Donato (2008), deve-se levar em consideração as condições que devem existir para que o fluxo reverso funcione adequadamente. Estas condições são classificadas como financeiras, tecnológicas, logísticas, ecológicas e legais. Isto se torna um fator crítico de sucesso, pois, para o andamento e continuidade constante do processo, eles visam o retorno financeiro aos agentes envolvidos (ponto de vista financeiro).

Sobre o apoio tecnológico, pode-se afirmar, de acordo com Donato (2008), ele se estabelece no uso de métodos e equipamentos para manutenção das matérias e também fatores logísticos que implica na estratégia para coletar, selecionar e reintegrar os materiais no processo produtivo de maneira inteligente.

As organizações industriais em seus segmentos produzem diversos tipos de resíduos e rejeitos. Esses resíduos, em várias situações, são processados dentro da própria indústria, conforme descreve Leite (2009), com o objetivo de reuso como matéria-prima para a própria empresa ou para outra empresa, até mesmo em outro segmento de produção. Este tipo de prática e processo, auxilia a diminuir a extensão de matéria-prima na fonte do momento em que a empresa reutiliza os recursos excedentes do processo produtivo como matéria-prima secundária. Tendo como benefícios:

Terminamos por aqui nossa primeira unidade, em breve você estudará na unidade 2: “Objetivos da Logística Reversa de Pós-consumo”. Saia

na frente, pesquise sobre o assunto. Até logo!

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Nesta unidade de estudo foram abordados tópicos essenciais à conceituação e planejamento da logística reversa. Dentre eles, o papel da logística reversa nas organizações empresariais e no crescimento da economia nacional, o aumento do interesse das organizações na logística reversa, a preservação do meio ambiente como fator de vantagem competitiva e fomento à logística reversa, os modelos desenvolvidos pelas organizações na utilização de logística reversa e os canais de distribuição reversos de pós-consumo.

LEITE, P.R. Canais De Distribuição Reversos: Fatores na Influência sobre as Quantidades Recicladas de Materiais. III

SIMPOI – Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais – Fundação Getúlio Vargas. 2000

ANIP - Associação Nacional de Indústrias de Pneumáticos. Disponível em: <http://www.anip.com.br>..

ALVARENGA, Antônio Carlos; NOVAES, Antônio Galvão N., Logística Aplicada: suprimento e distribuição física. 2ª. edição. São Paulo. Ed. Edgard Blücher. 2002.

BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. São Paulo. Ed. Atlas. 2001.

BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. 2ª. edição. São Paulo. Ed. Saraiva. 2009.