tomatec sistema de produçăo de tomate ecologicamente cultivado

Relatório Completo de Avaliação de Impactos_ Tomate Ecologicamente Cultivado – TOMATEC. 7/3/2013 16:37

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS

PELA EMBRAPA Data limite para o envio da Síntese do Relatório de Impactos: Data limite para o relatório completo: 04/03/2013 Nome da tecnologia: “Tomate Ecologicamente Cultivado - TOMATEC” Ano de avaliação da tecnologia: 2012 Unidade: Embrapa Solos Equipe de Avaliação: Cláudia Delaia Machado, Igor Dias, Caio Rodrigues, Júlio Roberto Pinto F. da Costa, Veramilles Faé e José Ronaldo de Macedo.

Rio de Janeiro, Março de 2013.


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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

1. - IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título

Tomate Ecologicamente Cultivado - TOMATEC 1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU Objetivo Estratégico PDE/PDU Competitividade e Sustentabilidade do Agronegócio

Inclusão da Agricultura Familiar X Segurança Alimentar – Nutrição e Saúde Sustentabilidade dos Biomas Avanço do Conhecimento Não se aplica

1.3. Descrição Sucinta A tecnologia do Tomate Ecologicamente Cultivado – TOMATEC é uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa Solos, cujo propósito básico é o melhoramento do cultivo do tomate de mesa através de práticas agroecológicas. As principais práticas que estão envolvidas na produção do Tomatec são a fertirrigação por gotejamento, o ensacamento de pencas, a utilização de fitilho nas lavouras e o manejo integrado de pragas. A fertirrigação por gotejamento é responsável por garantir uma dose constante de água para as plantas, evitando os excessos dos fluxos hídricos naturais, as chuvas. Da mesma forma, o ensacamento de pencas visa a proteger os frutos dos excessos do sol e da chuva, de forma a garantir suas características nutricionais e estéticas, o que agrega valor ao produto. A utilização de fitilhos é uma alternativa pensada pelos pesquisadores da Embrapa que tem o intuito de diminuir os impactos sociais e ergonômicos da utilização de toras de bambu parta servirem como esteio ao crescimento das plantas. Com a utilização dos fitilhos, utiliza-se menos bambu e o trabalho na lavoura se torna menos desconfortável. O manejo integrado de pragas é uma alternativa às pulverizações periódicas e sucessivas de pesticidas. O tomate é conhecido por ser uma cultura muito frágil e muito suscetível a pragas, o que faz com que muitos agricultores optem por superutilizar esses pesticidas. O Tomatec, por estar inserido dentro de um paradigma agroecológico, preconiza a utilização de pesticidas apenas nos momentos em que são criadas as condições ideais para o desenvolvimento das pragas, reduzindo drasticamente a quantidade total de aplicações ao longo de uma safra. Esta tecnologia foi avaliada anteriormente nos anos de 2005, 2006 e 2007 pelo sistema Ambitec. A tecnologia voltou a ser avaliada no ano de 2012, pois se trata de um momento de especial expansão da tecnologia, em que os conhecimentos científicos em relação ao Tomatec já estão razoavelmente sólidos e sistematizados, e no qual o cultivo passa a ser realizado em diversas regiões do país, não apenas em regiões-piloto do Estado do Rio de Janeiro. Vale ressaltar que uma produtora em Nova Friburgo/RJ está fazendo a opção pelo cultivo do


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Tomatec orgânico. Trata-se de um tomate cultivado segundo os mesmos princípios orientadores do Tomatec, exceto pelo uso de agroquímicos que, por se tratar de produto orgânico, não os utiliza. Além disso, a marca “Tomatec – Tomate Ecologicamente Cultivado” acaba de ser registrada junto ao INPI como propriedade da Embrapa. De 2012 em diante, a ideia é que a Embrapa Solos se torne uma entidade certificadora do Tomatec, atestando se um tomate de mesa é Tomatec de acordo com suas propriedades, características e técnicas utilizadas no cultivo. O papel certificador que a Embrapa pretende assumir a partir deste momento, torna o momento de adoção da tecnologia um momento diferente daquele no qual o Tomatec foi anteriormente avaliado, o que justifica um novo ciclo de avaliação. 1.4. Ano de Lançamento: 2005 1.5. Ano de Início de adoção: 2006 1.6. Abrangência Selecione os Estados onde a tecnologia selecionada está sendo adotada:

Nordeste Norte Centro Oeste Sudeste Sul AL AC DF ES PR BA AM GO MG RS CE AP MS RJ X SC MA PA MT SP X PB RO PE RR PI TO RN X SE

1.7. Beneficiários Agricultores de porte médio no estado do Rio de Janeiro, São Paulo e do Rio Grande do Norte. 2. - IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA O tomateiro é uma cultura extremamente frágil e o cultivo está a uma grande variedade de doenças e pragas e exige cuidados e manejos constantes até o momento da colheita.

O cultivo do tomate é uma das atividades da agricultura que mais utiliza produtos fitossanitários e consome cerca de US$ 791,00/ha/ano, o manejo inadequado no uso dos produtos acaba afetando a saúde física e o aumento de custos para o tomaticultor em consequência afeta o consumidor.

Com a produção espalhada geograficamente em todo o território nacional e o consumo concentrado nas regiões metropolitanas, algumas regiões do Brasil se destacam na produção de tomate no mercado interno, destacando as regiões do Sudeste, Nordeste e Centro Oeste entre as maiores produtores do mercado nacional com destaque para os estados de Goiás e


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São Paulo. Os maiores produtores mundiais são a China seguida dos Estados Unidos da América

A produção nacional de tomate segundo dados do IBGE em 2011 foi de R$ 4.425.274/toneladas com um rendimento médio de 63.847 kg/há, para o ano de 2012 as estimativas da produção são de R$ 3.665.891 toneladas e um rendimento médio de 63.231 kg/há uma redução da oferta em torno de 17%.

O processamento de tomate no Brasil iniciou na região Nordeste e em São Paulo por volta de 1940. Com produção inicial de 11 ton/ha chegou a 78,6 ton/há, o polo de produção em 1980 se deslocou para o vale do rio São Francisco (PE-BA).

A ausência de tecnologias e a incidência de pragas reduziu a produtividade para menos de 45/ton/há. Com a utilização de tecnologias adequadas nos anos de 1990 até 2011 o tomate atingiu uma produtividade de 80 ton/há.

O parque industrial de processamento de polpa concentrada possui atualmente 23 unidades distribuídas nas regiões do Centro-Oeste, sudeste e Nordeste, com capacidade de 17,8 mil/ton/dia sendo a cadeia agroindustrial composta de produtos da polpa, extratos, purês, molhos e “catchups” e suco e o mercado consumidor brasileiro é de aproximadamente 16,64 kg/ano per capita.

A cadeia produtiva envolve a produção e aquisição de insumos, produção de matéria-prima, processamento primário, secundário e a distribuição do produto final sendo o setor agrícola o produtor de polpa concentrada e o segundo representado pelas indústrias de alimentos com maior valor adicionado e o mercado consumidor.

A produção média do tomate de mesa em 2011 foi de 2,3 milhões de toneladas, a região sudeste contribuiu com 54,5%, São Paulo com 25,8% e Minas Gerais com 17,9% e Rio de Janeiro e Espirito Santo com 10,7% e a região sul com 23,6%.

O estado do Rio de Janeiro produziu no ano de 2011 a quantidade de 195.535/ton com um rendimento médio de 75.789 kg/há em 2012 a safra atingiu 195.627ton e o rendimento médio 74.695 kg/há.

O manejo correto da tecnologia Tomatec não proíbe o uso de adubos minerais e nem de agrotóxicos (proibidos em orgânicos) obtém um produto intermediário que se diferencia não só em qualidade, mas também em preço.

Uma mudança fundamental no comportamento dos produtores de tomate que passam adotar a tecnologia do Tomatec é a de incorporar uma visão mais integrada do sistema de produção, como solo, água e a vegetação e de ter um melhor produto resultado do manejo apropriado com maior qualidade e com garantias de certificação de procedência, associada à preservação da área cultivada e dos recursos naturais.

Os produtores rurais avalizam seus impactos observando além da redução dos custos nos materiais e mão de obra podem obter um produto mais saudável e mais aceito no mercado consumidor e incorporam a preocupação de produzir reduzindo a degradação evitando a aplicação de agrotóxicos e obtendo qualidade de produto contribuindo para a segurança alimentar, obtendo um selo ambiental e certificação de origem e identificação da marca Tomatec.


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3. - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS 3.1 – Avaliação dos Impactos Econômicos Se aplica: sim (X) não ( ) Tipo de Impacto: Incremento de Produtividade Tabela Aa - Ganhos Líquidos Unitários

Ano Unidade de Medida - UM

Rendimento Anterior/UM

(A)ton/ha

Rendimento Atual/UM (B)ton/ha

Preço Unitário R$/ton

Custo Adicional

R$/UM (D)

Ganho Unitário R$/UM

E=[(B-A)xC]-D 2012 ton/ha 59 105,6 2.980,00 138.868,00 Tabela Ba - Benefícios Econômicos na Região

Ano Participação da Embrapa % (F)

Ganho Líquido Embrapa R$/UM

G=(ExF)

Área de Adoção: Unidade de Medida-UM

Área de Adoção:

QuantxUM (H)ha

Benefício Econômico

I=(GxH)

2012 50% 69.434,00 ha 3 208.302,00 Tipo de Impacto: Redução de Custos Tabela Ab- Ganhos Unitários de Redução e Custos

Ano Unidade de Medida - UM Custos Anterior - (A) Custo Atual (B) Economia Obtida

R$/UM C=(B-A)

2012 ha 13.894,25 12.504,82 1.389,43 Tabela Bb- Benefícios Econômicos na Região

Ano Participação da Embrapa -

% (D)

Ganho Líquido Embrapa - R$/

E=(CxD)

Área de Adoção:

Unidade de Medida - UM

Área de Adoção/UM

(F)há

Benefício Econômico - R$ G=(ExF)

2012 50% 694,72 ha 3 2.084,15


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Tipo de Impacto: Expansão da Produção em Novas Áreas Tabela Ac - Ganhos Unitários de Renda

Ano Unidade de Medida - UM

Renda com Produto

Anterior -R$ (A)

Renda com Produto Atual -

R$ (B)

Renda Adicional Obtida R$ C=(B-A)

2012 ha 175.820,00 314.688,00 138.868,00 Tabela Bc- Benefícios Econômicos na Região

Ano Participação da Embrapa -

% (D)

Ganho Líquido

Embrapa - R$/UM

E=(CxD)

Área de Expansão: Unidade de

Medida - UM

Área de Expansão

Quant./UM (F)

Benefício Econômico - R$

G=(ExF)

2012 50% 69.434,00 ha 3 208.302,00 3.2.- Análise dos impactos econômicos Os impactos em incremento de produtividade da tecnologia Tomatec apresentam em 2012 uma variação de 70% em relação ao ano de 2011, o produtor ao adotar a tecnologia obtém uma colheita média e 105,6 ton/ha em comparação com a produção média no sistema de plantio convencional de 59 ton/ha. O preço médio de venda obtido do tomate classificado como de mesa extra AA manteve-se durante o período de 12 meses em torno R$ 2.980,00/ton, com ganho bruto de R$ 314.688,00/ha que o produtor adotante obteve, contra os R$ 175.820,00/há, auferidos no sistema de plantio convencional, tal diferença proporciona um ganho unitário anual de R$ 138.868,00 por hectare. Os benefícios econômicos regionais com a participação de 50% da Embrapa em área plantada de 3 hectares soma o valor de R$ 208.302,00. Observa-se uma leve redução dos custos/ha comparado ao sistema do plantio convencional que gira em torno de R$ 13.894,25/ha para R$ 12.504,82. O comportamento dos custos do manejo adequado do Tomatec mesmo que apresente uma elevação inicial, há uma redução significativa principalmente na aplicação de insumos, os benefícios econômicos neste impacto para uma área de 3 hectares o valor é de R$ 2.084,15. A mão de obra se reduz com a combinação do trabalho braçal que agregará duas atividades em uma, como exemplo a irrigação com mangueiras e a adubação, nos tratos culturais como a capina passa a ser química, o estaqueamento com ripas que era de bambu em V invertido, passa a ser vertical com fitilho, e a amarração e desbrota do tomate feita em duas operações passa a ser feita uma só vez. Entre alguns dos materiais utilizados na tecnologia estão: fitilho de polietileno número 10 em substituição as ripas de bambu; papel glassyne para o ensacamento dos frutos; sementes de leguminosas para a rotação de culturas; a fertirrigação como mangueiras especiais com gotejadores embutidos, conjunto de injeção de fertilizantes e adubos formulados menos solúveis. Com o sistema de plantio direto na palha, haverá a necessidade de aquisição de rolos-facas, plantadeiras-adubadeiras para a tração mecânica e animal equipamento de terraceamento. Na fase de colheita, processamento e distribuição, os produtores selecionam o tamanho dos frutos e os processam para a venda em embalagens de isopor de 1(um) kg envolto em filme plástico em caixas de 10 kg postas à venda nos mercados locais com o selo da marca.


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Os impactos do Tomatec sobre a expansão da produção são de R$ 138.868,00 como renda adicional obtida, para uma participação da Embrapa em 50% na tecnologia o benefício econômico gerado é de R$ 208.302,00 para uma área de 3 hectares. Em agregação de valor, os ganhos unitários de renda bem como benefícios econômicos não apresentam impactos. Até o momento não se verifica um valor diferenciado no preço de venda do produto no mercado, mesmo observando muita aceitação do mesmo pelos consumidores. 3.3. – Fonte de dados Entrevistas com o pesquisador responsável pelo projeto, e com os produtores rurais de Jandiara/RN e Nova Friburgo /RJ, em novembro de 2012. Tabela 3.3.1 – Número de consultas realizadas por município

Municípios Estado Produtor Familiar Produtor Patronal Total Pequeno Médio Grande Comercial

Jandaira/RN Nova Friburgo/RJ Pesquisadores

x x

- -

- -

- -

2 2 1

Total 5

4. - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS 4.1.- Avaliação dos Impactos A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC-Social (X) sim ( ) não. 4.1.1. Tabela - Impactos sociais – aspecto emprego Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Média Tipo 1

(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Capacitação Sim - 1,9 1,9 Oportunidade de emprego local qualificado Sim - 0,8 0,8 Oferta de emprego e condição do trabalhador

Sim - 0 0

Qualidade do emprego Sim - 1,0 1,0 Foram percebidos avanços no que tange aos aspectos sociais relativos ao emprego. O Tomatec, por ser uma tecnologia que demanda um manejo muito específico em relação ao cultivo do Tomatec, exige a capacitação dos funcionários que são escalados para trabalhar com a tecnologia. Estas técnicas, ou seja, manejo integrado de pragas, tutoramento por fitilhos e ensacamento de pencas fazem com que o emprego local seja um pouco mais qualificado, o que também colabora para que a qualidade do emprego dos trabalhadores seja maior. Ainda


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em relação à qualidade do emprego e do empregado, um dos produtores conta que os melhores trabalhadores da fazenda foram escalados para trabalhar no Tomatec. Não foram percebidos pelos produtores rurais aspectos da tecnologia que possuam impacto em relação à oferta de emprego e à condição do trabalhador. A maior parte deles reporta que as condições de trabalho dos agricultores estão dentro da legalidade em suas propriedades, e que não apresentam melhorias específicas que decorram da tecnologia. É importante ressaltar neste item que um dos produtores de Jandaíra/RN teve problemas em relação à mão-de-obra: o funcionário dedicado à aplicação do Tomatec apresentou falta de comprometimento em relação às suas atividades laborativas, e como o cultivo do Tomatec é muito demandante em relação aos prazos para aplicação de pesticidas, ensacamento, etc., o cultivo acabou por ficar seriamente prejudicado, de forma que o produtor teve prejuízo nesta safra referente ao presente ciclo de avaliação. 4.1.2. Tabela - Impactos sociais – aspecto renda Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Geração de Renda do estabelecimento Sim - 1,0 1,0 Diversidade de fonte de renda Sim - 0,3 0,3 Valor da propriedade Não - - - Apesar da parte que diz respeito ao valor da propriedade não se aplicar ao Tomatec, dado que um sistema de manejo da produção está geralmente vinculado ao valor do cultivo (e não ao do terreno), a tecnologia apresenta aspectos positivos nos outros impactos analisados. Quanto à diversidade de fontes de renda, alguns agricultores encaram o Tomatec como mais um produto a ser ofertado aos distribuidores, o que colabora para que o mix de produtos da fazenda seja aumentado. Quanto à geração de renda propriamente dita, há situações muito diferentes vivenciadas pelos produtores. Um dos produtores em Jandaíra/RN, que obteve sucesso com a tecnologia, afirma que a tecnologia serviu para incrementar a renda de sua propriedade. Outro produtor, no mesmo município, teve sérios problemas na utilização da tecnologia em decorrência de problemas com mão-de-obra (conforme melhor explicado no item anterior), e obteve prejuízo com o cultivo do Tomatec. 4.1.3. Tabela - Impactos sociais – aspecto saúde Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Saúde ambiental e pessoal Sim - 1,0 1,0 Segurança e saúde ocupacional Sim - 0,3 0,3 Segurança alimentar Sim - 0,8 0,8 Todos os produtores analisados manifestaram que o fato de reduzirem o uso de defensivos agrícolas no cultivo apresenta um impacto bastante positivo para a saúde dos trabalhadores, tanto ocupacional, quanto ambiental e pessoal. No entanto, alguns desses produtores obstam que essa redução já ocorria, por questões de interesse do proprietário, antes da utilização do Tomatec, de forma que este benefício nem sempre pode ser creditado diretamente à tecnologia.


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Quanto à segurança alimentar, um produtor afirma que o produto é mais limpo, o que aumenta a qualidade da alimentação. Outros dois produtores afirmam que os trabalhadores se alimentam da diversidade de cultivos existentes na propriedade, o que inclui o próprio Tomatec. O quarto produtor pondera que esses benefícios na segurança alimentar existem, mas são indiretos, e que na verdade, são decorrentes do aumento de renda proporcionado pela tecnologia. Por fim, cabe ressaltar que um dos produtores mencionou diretamente a questão da substituição do tutoramento por bambu pelo tutoramento por fitilho. As toras de bambu eram muito pesadas e seu transporte até o setor de cultivo poderia ser a causa de desconfortos e prejuízos ergonômicos para a saúde do trabalhador. 4.1.4. Tabela - Impactos sociais – aspecto gestão e administração Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Dedicação e perfil do responsável Sim - 2,2 2,2 Condição de comercialização Sim - 0,8 0,8 Reciclagem de resíduos Sim - 0,3 0,3 Relacionamento institucional Sim - 2,5 2,5 Todos os produtores escolhidos para a adoção do Tomatec possuem alto grau de escolaridade (a maior parte é agrônoma ou engenheira agrônoma), e de fato, possuem perfil para se dedicar ao cultivo. O que muitas vezes ocorre é que nem sempre existe mão-de-obra qualificada que consiga ‘tocar’ a produção. Como benefício em relação à destinação dos resíduos, a extinção do uso das toras de bambu para tutoramento faz com que a quantidade total de resíduos seja diminuída, apesar de esse benefício ter sido manifestado diretamente por apenas um produtor. Quanto às condições de comercialização, a maior parte dos produtores projeta um potencial interesse por parte dos supermercados, mas um dos produtores em Jandaíra/RN afirma que um supermercado da região já manifestou interesse em ter o Tomatec em suas gôndolas. No que tange ao Relacionamento Institucional, os produtores ressaltam a forte presença da Embrapa nas comunidades que manifestam interesse pelo Tomatec, com capacitações e assistência técnica. Em Nova Friburgo/RJ, um dos produtores apontou que há grande interesse por parte de seus vizinhos em também adotar o Tomatec, o que pode gerar um cooperativa ou um associação em longo prazo. Em Jandaíra/RN, um dos produtores ressaltou o benefício percebido pelo trabalho conjunto de capacitação e assistência realizado através da parceria da Embrapa com a Emparn.


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4.2.- Análise dos Resultados

Média Tipo 1 Média Tipo 2 Média Geral - 1,1 1,1

O índice apresentado pelo projeto de 1,1, apesar de baixo, demonstra que a tecnologia possui grandes possibilidades de avanço nas avaliações futuras, Este desempenho pode ser explicado, em parte, pelo caráter pontual dos impactos apresentados, que ocorrem quase sempre dentro das propriedades nas quais a tecnologia foi adotada. Por outro lado, problemas em uma das propriedades, com consequente prejuízo na lavoura, colaboraram para que o índica atingido não tenha sido mais alto. No que tange ao emprego, foram percebidos avanços, em especial no que tange às capacitações para as técnicas específicas do Tomatec, ou seja, manejo integrado de pragas, tutoramento por fitilhos e ensacamento de pencas. No que diz respeito à renda, um produtor obteve prejuízo e outro obteve lucro. Os outros dois, no entanto, ainda não tinham realizado a venda de seus cultivos, mas acreditam que terão lucro e que o Tomatec tem grande potencial para geração de renda. Além disso, o Tomatec aumenta a diversidade das fontes de renda para os agricultores, pois se apresenta como mais um produto a ser ofertado aos distribuidores. No que tange à saúde, o impacto tem sido positivo. Ressalta-se que os trabalhadores têm sido poupados das altas doses de defensivos agrícolas e de ter que carregar estacas de bambu para tutoramento dos tomateiros, práticas que acontecia comumente no cultivo do tomate antes do Tomatec. Quanto à gestão e à administração, pode-se dizer que todos os produtores escolhidos para a adoção do Tomatec possuem alto grau de escolaridade (a maior parte é agrônoma ou engenheira agrônoma), e de fato, possuem perfil para se dedicar ao cultivo. Todos esses produtores ressaltam a presença da Embrapa em suas propriedades, com oferecimento de capacitações, assistência técnica e apoio ao desenvolvimento do cultivo. 4.3.- Impactos sobre o Emprego Número de empregos gerados ao longo da cadeia: Zero

Atualmente, por ter sido adotado em poucas regiões do Brasil, o Tomatec ainda não foi capaz de gerar empregos. O que tem ocorrido até o momento é que alguns trabalhadores que já trabalham em propriedades rurais têm sido capacitados nas técnicas de manejo do Tomatec. A tendência em longo prazo é a de que estes trabalhadores se tornem especialistas no Tomatec e que haja uma grande demanda pelos mesmos, por conta da expansão das áreas que adotam a tecnologia. Caso isto ocorra, a quantidade de empregos gerados poderá ser corretamente estimada. 4.4. – Fonte de dados Questionários aplicados em Jandaíra/RN e Nova Friburgo/RJ com produtores rurais de porte médio que cultivam o Tomatec em suas propriedades, em novembro de 2012.


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Tabela 4.4.1 – Número de consultas realizadas por município


Jandaíra RN - 2 - - 2 Nova Friburgo RJ - 2 - - 2

Total 4 4

5. - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 5.1.- Avaliação dos impactos ambientais A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC ( X ) sim ( ) não. 5.1.1.- Alcance da Tecnologia A tecnologia do Tomatec pode ser aplicada em qualquer localidade que esteja apta para o cultivo do tomate de mesa. Desta forma, grande parte do território brasileiro pode ser beneficiada pelo cultivo do Tomatec. Atualmente, o Tomatec é cultivado nos municípios de Nova Friburgo/RJ e Jandaíra/RN, em propriedades médias de 7 hectares. 5.1.2.- Eficiência Tecnológica Tabela 5.1.2.1 - Eficiência Tecnológica Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Uso de agroquímicos/insumos químicos e ou materiais

Sim - 0,4 0,4

Uso de energia Sim - 0,2 0,2 Uso de recursos naturais Sim - 0,4 0,4 A tecnologia do Tomatec preconiza a diminuição sistemática dos agroquímicos no cultivo do tomate. Os produtores de Jandaíra/RN ressaltaram que houve diminuição no uso de defensivos agrícolas, e que esta redução poderá ser melhor identificada à medida que o cultivo avance. No que diz respeito às estratégias de fertilização, ambos os produtores de Jandaíra/RN ressaltam que antes da tecnologia e após a mesma, continuam sendo utilizadas as mesmas quantidades de fertilizantes, sendo que um deles trabalha com fertilizantes químicos e outro com biofertilização. O perfil dos agricultores de Nova Friburgo faz com que alguns dos princípios do Tomatec não se manifestem como mudanças de práticas (e que, portanto, não aparecem nesta avaliação), pois estipula práticas que os mesmos já possuem. Dessa forma, especificamente em Nova Friburgo/RJ, pode-se dizer que o Tomatec não colabora para reduzir as quantidades de defensivos agrícolas, pois os mesmos já trabalham nesta redução antes da implementação do Tomatec. Uma das produtoras em Nova Friburgo já é certificada como produtora orgânica há mais de 20 anos e a outra trabalha por conta própria para reduzir a quantidade de defensivos agrícolas desde o ano de 2009.


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Quanto ao uso de recursos naturais e de energia, dois produtores manifestam uma diminuição no uso da água a partir do cultivo do Tomatec, sendo que um deles ressalta que este uso racional também foi sentido na redução do consumo de energia elétrica. Quase todos apontam que o Tomatec contribui para uma utilização mais racional do solo e da água disponíveis, em virtude das práticas de manejo agroecológicas. Os produtores também apontam para o uso de palhada e cobertura morta como recursos para a lavoura e também para a utilização do sistema de plantio direto. A produtora que utiliza o Tomatec orgânico já utilizava irrigação por gotejamento, já possuía uma estufa e já realizava o abastecimento de água por gravidade antes do cultivo do Tomatec, o que torna mais difícil a percepção da contribuição real da tecnologia em sua propriedade. 5.1.3.- Conservação Ambiental Tabela 5.1.3.1 – Conservação Ambiental para AMBITEC Agro Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Atmosfera Não - - - Capacidade produtiva do solo Sim - 2,6 2,6 Água Sim - - - Biodiversidade Sim - 0,2 0,2 Tabela 5.1.3.2 – Conservação Ambiental para AMBITEC Agroindústria Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Atmosfera Não - Geração de resíduos sólidos Não - Água Não - Tabela 5.1.3.3 – Conservação Ambiental para AMBITEC Produção Animal Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Atmosfera Não - Capacidade produtiva do solo Não - Água Não - Biodiversidade Não - Os benefícios de conservação ambiental proporcionados pela tecnologia podem ser sentidos principalmente na capacidade produtiva do solo. A maioria dos produtores ressalta que a capacidade produtiva do solo melhorou após o cultivo do Tomatec, especialmente em virtude da utilização do sistema de plantio direto. Segundo um dos produtores, não há mais necessidade de arar o solo após a adubação. Outro produtor aponta que a utilização do Tomatec reduz as perdas de nutrientes por poeira e por processos de degradação e erosão do solo.


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No que diz respeito à biodiversidade, dois produtores (um de Jandaíra/RN e outro de Nova Friburgo/RJ) apontaram para o fato de que a tecnologia contribui para o aumento da biota do solo. Quanto aos impactos na atmosfera e na qualidade da água, os mesmos não se aplicam para a tecnologia em questão, pois este tipo de tecnologia não possui atividades que modifiquem as características da atmosfera, tampouco da qualidade da água. 5.1.4.- Recuperação Ambiental Tabela 5.1.4.1. - Recuperação Ambiental Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Recuperação Ambiental Sim - 2,2 2,2 A tecnologia, quando utilizada em sua totalidade, apresenta grande potencial para a recuperação do ambiente no qual ela está inserida. A utilização do sistema de plantio direto evita a erosão do solo e contribui para que se recuperem mais rapidamente aquelas regiões que já possuem solos em estado de degradação. A redução no uso de agrotóxicos também contribui para que o ambiente se recupere de forma mais rápida, quando comparada ao cultivo do tomate de mesa comercialmente produzido. Os produtores também manifestaram o uso racional da água como um dos elementos relevantes no tópico de recuperação ambiental, especialmente se considerarmos o cultivo em longo prazo. Um dos produtores (Jandaíra/RN) reconhece que poderia haver maiores impactos no que diz respeito à recuperação ambiental em sua propriedade, caso o cultivo em sua propriedade não precisasse ser interrompido por problemas de mão-de-obra. 5.1.5.- Qualidade do Produto Tabela 5.1.5.1. – Qualidade do Produto Indicadores Se aplica

(Sim/Não) Média

Tipo 1 (*) Média Tipo 2

(*)

Média Geral

Qualidade do produto Não - - - 5.1.6.- Capital Social Tabela 5.1.6.1. – Capital Social Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Capital Social Não - - -


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5.1.7. – Bem-estar e saúde do animal Tabela 5.1.7.1. – Bem-estar e saúde do animal Indicadores Se aplica


(*)

Média Tipo 2 (**)

Média Geral

Bem-estar e saúde do animal Não - - - 5.2.- Índice de Impacto Ambiental

Média Tipo 1 Média Tipo 2 Média Geral 1,07 - 1,07

O índice de 1,07 de Impacto Ambiental obtido pelo Tomatec evidencia uma realidade de que esta tecnologia apresenta um impacto ambiental positivo, apesar de não expressar o pleno potencial de alcance deste índice, visto que a tecnologia está em fase inicial de adoção, considerando este novo ciclo de avaliação. De todos os aspectos levantados nesta avaliação, aqueles que apresentam maiores impactos se referem à capacidade produtiva do solo e à recuperação ambiental (especialmente no que diz respeito à recuperação do solo), ambos decorrentes da utilização do sistema de plantio direto no cultivo do Tomatec. Estes indicadores, em particular, ajudam a compreender os esforços envidados pela Embrapa Solos no desenvolvimento desta tecnologia. Ficam evidenciados também os esforços na redução do uso de agroquímicos no cultivo, em especial de defensivos agrícolas. Apesar dos índices, de forma geral, se apresentarem baixos (especialmente se considerarmos a totalidade do valor que tais indicadores podem atingir), é interessante percebermos que todos os aspectos relativos aos impactos ambientais são positivos para a tecnologia do Tomatec. Este baixo índice obtido pelos aspectos pode ser explicado, em parte, pela amplitude local destes impactos. Como o Tomatec é cultivado em cada propriedade, estes impactos ficam restritos a cada uma das propriedades e, de forma geral, há poucos impactos que sejam capazes de atingir a localidade ou o entorno destas propriedades. Além disso, um dos produtores em Jandaíra/RN teve sérios problemas de mão-de-obra ao utilizar o Tomatec em sua propriedade, o que fez com que o mesmo muitas vezes citasse o impacto que tal elemento poderia ter na sua lavoura, mas optando por marcar a opção mais realística de que o impacto não pôde ser percebido por causa desses problemas de mão-de-obra que afetaram a sua produção. Outra parte que deve ser levada em consideração é a alto grau de conscientização agroecológica dos adotantes. Este perfil, dentro dos quais se enquadram produtores certificados como orgânicos, faz com que seja difícil que a tecnologia em questão promova mudanças drásticas no que diz respeito à eficiência tecnológica, à conservação ambiental e à recuperação do ambiente, dado que muitos deles já utilizam estas práticas antes da adoção do Tomatec.


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5.3. – Fonte de dados Questionários aplicados em Jandaíra/RN e Nova Friburgo/RJ com produtores rurais de porte médio que cultivam o Tomatec em suas propriedades, em novembro de 2012. Tabela 5.3.1 – Número de consultas realizadas por município


Jandaíra RN - 2 - - 2 Nova Friburgo RJ - 2 - - 2

Total 4 4 6. - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE CONHECIMENTO, CAPACITAÇÃO E POLÍTICO-INSTITUCIONAL 6.1.- Impactos sobre o Conhecimento Tabela 6.1.1. - Impacto sobre o Conhecimento

Indicadores

Se aplica (Sim/Não)

Avaliador 1

Avaliador 2

Avaliador 3

Média

Nível de geração de novos conhecimentos Sim 3 3 3 3

Grau de inovação das novas técnicas e métodos gerados Sim 3 3 3 3

Nível de intercâmbio de conhecimento Sim 1 3 3 2,7

Diversidade dos conhecimentos aprendidos Sim 0 3 1 1,3

Patentes protegidas Não Artigos técnico-científicos publicados em periódicos indexados Sim 0 0 3 1

Teses desenvolvidas a partir da tecnologia Sim 0 3 3 2

A tecnologia do Tomatec apresenta muitos impactos positivos no que diz respeito ao conhecimento. Em primeiro lugar, pode-se citar a melhoria do sistema de produção de tomate de mesa, incluindo os benefícios em relação à qualidade do solo, da água, do ar, do fruto e à saúde do agricultor e de sua família. O avaliador 1, que é um técnico agrícola do município de Jandaíra/RN menciona que o sistema de cultivo do Tomatec é bastante inovador e que houve uma receptividade muito boa do corpo de técnicos agrícolas da comunidade no que concerne aos novos conhecimentos e inovações existentes no Tomatec. Estes conhecimentos, conforme já citado na descrição da tecnologia, incluem o ensacamento de pencas, o plantio direto, o tutoramento por fitilho e o manejo integrado de pragas. Este conjunto de conhecimento, quando devidamente aplicados, resulta em um fruto que não contém resíduos de agrotóxicos. No que concerne ao intercâmbio de conhecimentos, ressalta-se a integração e troca de experiências entre extensionistas e agricultores em várias regiões do Brasil (Nordeste, Sudeste, Centro Oeste) e também alguns eventos como a vitrine de conhecimentos da Festa do Boi e a realização de um Dia de Campo sobre o Tomatec em Jandaíra/RN.


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Os conhecimentos aprendidos durante a adoção da tecnologia possuem uma atuação em vários campos diferentes das ciências agrárias, e incluem conhecimentos em manejo de solo e água, de culturas voltadas para a rotação, adubação, irrigação e manejo integrado de pragas. Alguma parte desse conhecimento está sistematizada em algumas publicações em periódicos e dissertações / teses. Em setembro de 2012, foi publicado na Agro DBO, uma revista de transferência de tecnologia, o artigo intitulado “Tomates sem resíduo: sistema Tomatec reduz o uso de agrotóxicos, a erosão do solo e o desperdício de água, aumentando a produtividade e diminuindo custos.” Em 2007, foi apresentado o artigo “Production of tomatoes by two differents agricultural methods in Brazil: Tomatec project” em um congresso sobre avanços na análise de alimentos, em Praga, na República Tcheca. Em 2005, foi gerado um artigo no Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Solos intitulado “Análise comparativa dos custos de produção de tomate nos sistemas convencional e Tomatec no município de São José de Ubá, RJ”, que fala sobre os primórdios da implementação do Tomatec no estado do Rio de Janeiro. Atualmente, há uma tese sobre o Tomatec que está sendo desenvolvida por um pesquisador da Embrapa Solos e uma dissertação de mestrado, também em estágio de desenvolvimento, sendo realizada na UFRJ por uma pessoa externa à Unidade que se interessou pela temática. 6.2.- Impactos sobre Capacitação Tabela 6.2.1 - Impacto sobre Capacitação

Indicadores Se aplica (Sim/ Não)

Avaliador 1

Avaliador 2

Avaliador 3

Média

Capacidade de se relacionar com o ambiente externo Sim 3 3 3 3

Capacidade de formar redes e de estabelecer parcerias Sim 0 3 1 1,7

Capacidade de compartilhar equipamentos e instalações Sim 0 3 3 2

Capacidade de socializar o conhecimento gerado Sim 1 3 1 1,7

Capacidade de trocar informações e dados codificados Sim 0 3 0 1

Capacitação da equipe técnica Sim 1 3 1 1,7 Capacitação de pessoas externas Sim 1 3 3 2,3 Quanto ao impacto sobre as capacitações, a Embrapa Solos tem fornecido capacitações de caráter técnico-científico a todos os produtores rurais que têm se interessado em produzir a tecnologia. Tem sido feito um grande esforço por parte da Embrapa no intuito de encontrar produtores que aliem vontade de aplicar a tecnologia do Tomatec com capacidade produtiva. Estes agricultores têm sido encontrados em diferentes regiões do país, de forma que já houve adoção da tecnologia na região Nordeste (Jandaíra/RN) e na região Sudeste (Nova Friburgo/RJ).


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Além disso, tem sido feito também um esforço no sentido de tornar o Tomatec conhecido não apenas entre os potenciais produtores, mas também entre os técnicos agrícolas. Para realizar essa sensibilização com estes técnicos, houve um Dia de Campo sobre o Tomatec em Jandaíra/RN. Este Dia de Campo incluiu a parte teórica da tecnologia e uma parte prática, com visita ás instalações produtivas de um agricultor que cultiva o Tomatec no município. Esta ação do Dia de Campo superou as expectativas de público e contribuiu para difundir os princípios e técnicas que regem o Tomatec por entre os estudantes, técnicos agrícolas e potenciais produtores. A tecnologia também se utiliza de fôlderes explicativos e inserções na mídia para capilarizar seu raio de atuação. Outra forma de capilarização e divulgação, e que também funciona como parte da busca por potenciais produtores, é a utilização da rede de parcerias que compõe o projeto, e que congrega outras unidades da Embrapa (Milho e Sorgo, Pecuária Sudeste, Semiárido, Hortaliças), bem como algumas OEPAS como a Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte) e a Pesagro (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro). Nesta rede de parcerias, são compartilhados alguns equipamentos de pesquisa, como itens de monitoramento climático. Estas organizações parceiras da Embrapa Solos também trabalham com áreas experimentais de uso compartilhado. Além dos produtores (reais e potenciais) e dos técnicos agrícolas, é importante ressaltar que o corpo técnico da Embrapa Solos vinculado ao projeto também é constantemente capacitado em tópicos como metodologias de conservação do solo, irrigação, adubação, manejo integrado de pragas, etc... 6.3. - Impactos Político-institucionais Tabela 6.3.1 - Impacto Político-institucional

Indicadores Se aplica (Sim/ Não)

Avaliador 1

Avaliador 2

Avaliador 3

Média

Mudanças organizacionais e no marco institucional Não

Mudanças na orientação de políticas públicas Não

Relações de cooperação público-privada Sim 0 3 3 2

Melhora da imagem da instituição Sim 0 3 3 2 Capacidade de captar recursos Sim 0 0 1 0,3 Multifuncionalidade e interdisciplinaridade das equipes Sim 0 3 1 1,3

Adoção de novos métodos de gestão e de qualidade Não

Em relação aos impactos político-institucionais, o Tomatec tem tido uma atuação representativa no que concerne à imagem da instituição. Este projeto tem mostrado à comunidade científica e às outras unidades da Embrapa que o tema Solos pode ser trabalhado através de sistemas de produção. Como pôde ser visto nos impactos ambientais, os maiores impactos ambientais do Tomatec são aqueles relacionados à capacidade produtiva do solo. A tecnologia também tem atuado no intuito de fomentar parcerias público-privadas, especialmente aquelas que envolvem os produtores de porte médio que adotam a tecnologia e


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os órgãos públicos como a própria Embrapa Solos e as entidades de pesquisa agropecuária estaduais como a Pesagro e a Emparn. No ano de 2012, ocorreu a Rio +20, no qual a sede do Ministério da Agricultura (MAPA) passou a ser a unidade da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro, durante todos os três dias de acontecimento do evento. A tecnologia do Tomatec foi exposta no evento através de fôlderes, e se apresentou durante a Rio +20 como mais um instrumento de promoção da imagem da Embrapa, além dos dias de campo e de outras ações de exposição da tecnologia junto ao público rural, como a vitrine de conhecimentos da Festa do Boi e o Agrishow. Em relação às expectativas de multifuncionalidade e interdisciplinaridade da equipe, a pesquisa articula a visão de pesquisadores, agricultores, e analistas de diferentes formações profissionais na Embrapa, como economistas, sociólogos bibliotecários e engenheiros de produção. Esta multiplicidade de pontos de vista é bastante enriquecedora para o desenvolvimento do trabalho e para a construção de um conhecimento plural a respeito da tecnologia. É importante ressaltar que a tecnologia não apresenta qualquer impacto no que diz respeito às mudanças organizacionais e ao marco institucional da empresa, visto que o trabalho é realizado dentro dos eixos de atuação preconizados no PDE e no PDU, de forma que tal item não se aplica à tecnologia em questão. Também não se aplicam a adoção de novos métodos de gestão e da qualidade, visto que o projeto trabalha em um paradigma de utilização dos pilares já existentes de construção, monitoramento e avaliação de projeto. Vale ressaltar que também não se aplicam a esta tecnologia a orientação de políticas públicas. Isto ocorre porque não é intenção do projeto direcionar políticas públicas em relação a estas técnicas princípios, mas sim, a elaboração de uma alternativa ao cultivo tradicional do tomate de mesa que se encaixe no paradigma do cultivo agroecológico e que seja comercialmente viável. 6.4. Análise Agregada dos Impactos sobre o Conhecimento, Capacitação e Político-institucionais. Atualmente, os impactos sobre o conhecimento, capacitação e político-institucionais se apresentam como os impactos mais significativos no que concerne à tecnologia do Tomatec. Esta tecnologia contribuiu para o avanço da fronteira do conhecimento no que diz respeito à criação de uma alternativa agroecológica ao tomate de mesa comercialmente produzido. A aplicação de técnicas como o tutoramento por fitilho, o ensacamento de pencas, a irrigação por gotejamento e o manejo integrado de pragas apresenta um impacto extremamente relevante na forma como esta alternativa agroecológica se estrutura, especialmente quando estes itens são utilizados em conjunto e apresentados sob a forma de um novo sistema produtivo, o Tomatec. No que diz respeito ás capacitações, é importante ressaltar que a Embrapa Solos tem fornecido capacitações de caráter técnico-científico a todos os produtores rurais que têm se interessado em produzir a tecnologia. Destacam-se também a sistematização do conhecimento, através de artigos técnico-científicos e a elaboração de dissertações e teses sobre a tecnologia, bem como a prospecção de novos produtores para o Tomatec, como pontos altos da avaliação global destes impactos. À parte os itens para os quais esta avaliação não se aplica, o menor valor obtido nesta avaliação é a capacidade de captação de recursos, que foi avaliada como +0,3. É importante observar que este valor é positivo, de forma que não há qualquer ação do projeto ou característica da tecnologia que cause impacto negativo ao aumento do conhecimento, à existência de capacitações ou ao impacto político-institucional.


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Especificamente em relação a este item, a tendência é que a capacidade de captação de recursos aumente ao longo dos anos, à medida que as parcerias do projeto se tornem mais robustas e o projeto ganhe visibilidade para novos produtores e capilaridade em direção a outras regiões do Brasil. A Rio +20 foi um fator a mais de projeção e visibilidade para a tecnologia ao longo do ano de 2012, e pode contribuir para que a visibilidade já alcançada pelo projeto se torne ainda maior. 6.5. – Fonte de dados Avaliador 1 – técnico agrícola que atua no município de Jandaíra / RN Avaliador 2 – pesquisador da Embrapa envolvido com o projeto Avaliador 3 – analista da Embrapa envolvido com as avaliações tecnológicas do Ambitec 7. - AVALIAÇÃO INTEGRADA E COMPARATIVA DOS IMPACTOS GERADOS Pelos dados apresentados até o momento, pode-se depreender que, ainda que pequenos, os impactos apresentados são positivos nos aspectos econômico, social e ambiental. Estes baixo índice obtido pelos aspectos pode ser explicado, em parte, pela amplitude local destes impactos. Como o Tomatec é cultivado em cada propriedade, estes impactos ficam restritos a cada uma das propriedades e, de forma geral, há poucos impactos que sejam capazes de atingir a localidade ou o entorno destas propriedades. Por outro lado, pôde ser percebido o alto impacto nos aspectos referentes ao conhecimento, capacitação e político institucionais, que não dependem do raio de atuação (pontual, local ou entorno) e que têm se mostrado, até o momento, como a grande força do projeto. Quanto à parte econômica os impactos gerados pela adoção do Tomate Ecologicamente Cultivado foram mensurados mediante a avaliação do incremento foi de 70% em produtividade por hectare. Uma colheita convencional apresenta uma média de 59/ton/há e com o sistema tecnológico a colheita pode chegar a 105,5/ton/há. Nos ganhos em redução de custos a tecnologia apresenta uma redução de 10% ao hectare que passa a custar em média R$ 12.504,82 se comparados aos custos do plantio convencional que se aproxima de uma média de R$ 13.894,25. Para a análise expansão de produção o resultado da renda adicional obtida para 2012 foi de R$ 138.868,00 e o benefício gerado de R$ 208.302,00 para uma área de 3 hectares. Quanto à parte social, o Tomatec apresenta impactos importantes no que diz respeito à capacidade de geração de renda e aos benefícios à saúde do trabalhador. Ressalta-se que os trabalhadores têm sido poupados das altas doses de defensivos agrícolas e de ter que carregar estacas de bambu para tutoramento dos tomateiros, práticas que acontecia comumente no cultivo do tomate antes do Tomatec. Quanto à parte ambiental, os elementos que apresentam maiores impactos se referem à capacidade produtiva do solo e à recuperação ambiental (especialmente no que diz respeito à recuperação do solo), ambos decorrentes da utilização do sistema de plantio direto no cultivo do Tomatec. Estes indicadores, em particular, ajudam a compreender os esforços envidados pela Embrapa Solos no desenvolvimento desta tecnologia. Além disso, ficam evidenciados também os esforços na redução do uso de agroquímicos no cultivo, em especial de defensivos agrícolas. No que concerne aos impactos referentes ao conhecimento, capacitação e político institucionais, pode-se dizer que os mesmos se apresentam como os impactos mais significativos no que concerne à tecnologia do Tomatec. Esta tecnologia tem contribuído para o avanço da fronteira do conhecimento no que diz respeito à criação de uma alternativa


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agroecológica ao tomate de mesa comercialmente produzido. No que diz respeito ás capacitações, é importante ressaltar que a Embrapa Solos tem fornecido capacitações de caráter técnico-científico a todos os produtores rurais que têm se interessado em produzir a tecnologia. Destacam-se também a sistematização do conhecimento, através de artigos técnico-científicos e a elaboração de dissertações e teses sobre a tecnologia, bem como a prospecção de novos produtores para o Tomatec, como pontos altos da avaliação global destes impactos. É importante frisar que esta tecnologia foi avaliada anteriormente nos anos de 2005, 2006 e 2007 pelo sistema Ambitec. A tecnologia voltou a ser avaliada no ano de 2012, pois trata-se de um momento de especial expansão da tecnologia, em que os conhecimentos científicos em relação ao Tomatec já estão razoavelmente sólidos e sistematizados, e no qual o cultivo passa a ser realizado em diversas regiões do país, não apenas em regiões-piloto do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, a marca “Tomatec – Tomate Ecologicamente Cultivado” acaba de ser registrada junto ao INPI como propriedade da Embrapa. Considerando os próximos ciclos de avaliação, a ideia é que a Embrapa Solos se torne uma entidade certificadora do Tomatec, atestando se um tomate de mesa é Tomatec de acordo com suas propriedades, características e técnicas utilizadas no cultivo. O papel certificador que a Embrapa pretende assumir a partir deste momento, torna o momento de adoção da tecnologia um momento diferente daquele no qual o Tomatec foi anteriormente avaliado, o que justifica este novo ciclo de avaliação. 8. CUSTOS DA TECNOLOGIA 8.1 - Estimativa dos Custos Tabela 8.1.1. – Estimativa dos custos Ano Custos de Custeio Depreciação Custos de Transferência Total

Pessoal Pesquisa de Capital Administração Tecnologia 2005 18.824,08 0 0 11.174,00 29.998,08 2006 58.183,79 0 0 5618,51 63.802,30 2007 61.092,97 0 0 5899,43

66.992,40

2008 94.420,94 7.000,00 0 6.194,40 3.000,00 110.615,34 2009 140.601,33 9.000,00 0 6.504,12 5.000,00 161.105,45 2010 187.468,44 15.000,00 0 6.829,32 8.000,00 217.297,76 2011 234.335,54 23.000,00 0 7.170,79 9.000,00 273.506,33 2012 290.198,81 10.000,00 0 7.529,33 44.000,00 351.728,14

8.2 - Análise dos Custos Os custos de pessoal do projeto são resultado das estimativas das várias classes funcionais que trabalham na equipe, os cálculos se baseiam em percentuais de participação dos pesquisadores, técnicos e assistentes em combinação com o tempo de dedicação vezes o salário referência, o adicional de tempo de serviço, a titularidade e seus respectivos encargos sociais. Em custeio de pesquisa relacionam-se todos os materiais específicos para o desenvolvimento do projeto insumos, reagentes químicos e outros. Em depreciação de K,


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temos a depreciação dos equipamentos, em custos de administração despesas anuais administrativas, custos indiretos energia elétrica, telefone e material de escritório. Para despesas com transferência de tecnologia estimaram-se valores com despesas de viagem como diárias e hospedagem, passagens aéreas, combustível e outras despesas específicas para a divulgação e transferência. Os custos estimados para o ano de 2005 para pessoal são de R$ 18.824,08, não houve despesas em: custeio de pesquisa; depreciação de capital e nem transferência, os custos de administração foram de R$ 11.174,00 totalizando para o ano R$ 29.998,08. Em 2006 do total dos R$ 63.802,30 uma parcela de R$ 5.618,51 foram para custos de administração, R$ 58.183,79 para custos de pessoal. Para o ano de 2007 os custos com pessoal foram de R$ 61.092,97 e R$ 5.899,43 os administrativos e no total do ano ficou em R$ 66.992,40. Em 2008 o valor dos custos foi de R$ 110.615,34 com um valor de R$ 7.000,00 para custeio em pesquisa R$ 94.420,94 para pessoal, R$ 6.194,40 custos administrativos e R$ 3.000,00 em transferência de tecnologia. Os custos para o ano de 2009 na rubrica de pessoal foram de R$ 140.601,33 em custeio de pesquisa R$ 9.000,00 não há depreciação de capital, os custos administrativos são de R$ 6.504,12 e de transferência R$ 5.000,00. Para o ano de 2010 em pessoal o valor de R$ 187.468,44 custeio R$ 15.000,00 administração R$ 6.829,32 e R$ 8.000,00 em transferência, totalizando o valor de R$ 217.297,76. Em 2011 o projeto apresentou um custo de pessoal de R$ 234.335,54 o custeio de pesquisa ficou em R$ 23.000,00 os custos administrativos foram de R$ 7.170,79 e a transferência custou R$ 9.000,00 totalizando no ano o valor de R$ 273.506,33. No exercício de 2012 o custo de pessoal ficou em R$ 290.198,81 o custeio de pesquisa em R$ 10.000,00 e os custos administrativos em R$ 7.529,33 e os de transferência R$ 44.000,00 totalizando R$ 351.728,14. Os custos para o período de 2005 até 2012 apresentam um movimento de ascendência em custos de pessoal, o custeio de pesquisa que inicia somente no ano 2008 apresenta uma queda em 2012 nos custos de administração há um incremento inicial decresce em 2006 e se mantém constante com leve alta até 2012, os custos em transferência aumentam significativamente a partir do ano de 2010. 8.3 - Estimativa da TIR(Taxa Interna de Retorno)

23,6%

8.4 - Análise da TIR (Taxa Interna de Retorno)

A Taxa Interna de Retorno é uma taxa de descontos que iguala o Valor Presente Líquido dos fluxos de caixa de um projeto ao momento “zero”, faz com que o fluxo de receitas e dos benefícios futuros se iguale ao fluxo dos custos do investimento. A função da taxa TIR é anular o valor atual do fluxo de caixa provocando um empate entre os custos e benefícios, se for maior do que a Taxa Mínima de Atratividade, significa que o investimento é economicamente viável, se for igual, o investimento torna-se indiferente e se for maior, economicamente o projeto não se torna atrativo.


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No caso da tecnologia do Tomate Ecologicamente Cultivado – Tomatec a TIR encontrada é de 23,6% bem superior à Taxa Mínima de Atratividade, sinaliza que o investimento no projeto é viável superando as taxas de juros do mercado. 8.5 – Estimativa de Sensibilidade da TIR(Taxa Interna de Retorno)

SENSIBILIDADE BENEFÍCIOS SENSIBILIDADE CUSTOS SENSIBILIDADE B/ C.

BENEF.VAR. TAXA CUST, VAR. TAXA VARIAÇÃO TAXA CUSTOS INTERNA DE BENEFICIOS INTERNA DE CUSTOS E INTERNA DE

FIXOS (%) RETORNO (%) FIXOS(%) RETORNO (%) BENEFÍCIOS RETORNO (%)

+25% 28,1% +25% 19,5% -25%C; +25%B 34,3%

+20% 27,3% +20% 20,2% -20%C; +20%B 32,0%

+15% 26,4% +15% 21,0% -15%C; +15%B 29,8%

+10% 25,5% +10% 21,8% -10%C; +10%B 27,6%

+ 5% 24,6% + 5% 22,7% - 5%C; + 5%B 25,6%

0% 23,6% 0% 23,6% FLUXO REAL 23,6%

- 5% 22,7% - 5% 24,6% + 5%C; - 5%B 21,7%

-10% 21,6% -10% 25,7% +10%C; -10%B 19,9%

-15% 20,6% -15% 26,9% +15%C; -15%B 18,0%

-20% 19,5% -20% 28,1% +20%C; -20%B 16,3%

-25% 18,3% -25% 29,4% +25%C; -25%B 14,5%

8.6- Análise da Sensibilidade da TIR (Taxa Interna de Retorno)

A análise da sensibilidade fornece informações sobre as probabilidades das faixas de intervalos pelo qual o projeto de investimento permanece viável em custos distintos para benefícios iguais, vice versa, e variações ambas. Para a tecnologia da do Tomatec a sensibilidade TIR dos benefícios variáveis e custos fixos há uma estimativa de 28,1% em +25% e 18,3% em -25%. Ao analisarmos a sensibilidade dos custos variáveis e benefícios fixos observa-se uma TIR de 19,5% para +25% e 29,4% para -25%. Quanto à sensibilidade da taxa TIR dos benefícios/custos observa-se uma variação de 34,3% em -25% custos e +25% benefícios e de 14,5% para +25%Custos e -25%Benefícios. Os percentuais demonstram as possibilidades e as variações em torno da TIR encontrada ou Fluxo Real de 28,4%. 8.7 - Estimativa de Benefício/Custo

Relação B/ C

1,94

8.8 - Análise de Benefício/

O critério consiste em obter o fluxo das receitas ou benefícios e o fluxo dos custos e calcular o resultado do quociente obtendo a Relação B/C, se os custos estiverem abaixo do retorno esperado considera-se o projeto é viável.


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A relação encontrada entre os benefícios da tecnologia do Tomatec e a comparação com os seus custos é de 1,94 significa dizer que o fluxo dos benefícios é quase duas vezes maior do que o fluxo dos custos. Portanto demonstra que a opção pelo investimento é economicamente favorável. 8.9 – Estimativa do VPL (Valor Presente Líquido)

---------------------- -------------------------- VALOR PRESENTE LÍQUIDO (em Mil reais) ------------------------------- ---------------------------

4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18%

R$2.400 R$1.732 R$1.245 R$888 R$625 R$431 R$286 R$178 8.10 - Análise do VPL (Valor Presente Líquido) O Valor Presente Líquido conduz ao momento zero os valores dos investimentos passados e as projeções futuras demonstrando qual é a melhor taxa de juros e a partir de que valor se torna atrativo investir. Um investimento onde o resultado da TIR é maior que as Taxas Mínimas de Atratividade o Valor Presente Líquido - VAL também é positivo até uma determinada combinação de taxa de juros, que para o caso de financiamento de projetos a prerrogativa técnica aconselhável é a de observar a menor taxa de juros de mercado.

A tecnologia do Tomatec apresenta um fluxo de índices de taxas de juros favoráveis aos investimentos a partir das seguintes combinações: 4% até o montante de R$ 2.400 mil e torna-se inviável a partir de 18% para um valor de R$ 178 mil.

9 – AÇÕES SOCIAIS Tabela 9.1. – Ações Sociais Tipo de ação Ações de filantropia Agricultura familiar Apoio Comunitário Comunidades Indígenas Educação e formação profissional externa Educação e formação profissional interna Meio ambiente e educação ambiental Participação no Fome Zero Reforma Agrária Saúde, segurança e medicina do trabalho Segurança Alimentar

O Tomatec não é uma tecnologia social, portanto as informações relativas ao mesmo não constam do Balanço Social.


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10 - BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, J. L. P.; CORREIA, R. C.; RAMALHO, P. J. P. Análise dos custos de prdução e rentabilidade da cultura do tomateiro na região do Submédio São Francisco. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 46. p. 305 – 308. ÁVILA, A. F. D.; RODRIGUES, G. S.; VEDOVOTO, G. L. Avaliação dos Impactos de Tecnologias Geradas pela Embrapa: Metodologia de Referência. Brasília: Embrapa, 2008. BRANDÃO. E. S. Análise comparativa dos custos de produção de tomate nos sistemas convencional Tomatec no município de São José de Ubá, RJ. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2005. 32 p. il. color. CAMPOS, M. A. de. Custos de produção. [snt]. 8f. CAMARGO, F. P. De ; CAMARGO FILHO, W. P. de. Desenvolvimento da cadeia produtiva do tomate industrial no Brasil: antecedentes históricos e contribuições do governo para a organização. [snt]. 23p. COTAÇÕES: preço no mercado. Disponível em: http://www.ceagesp.gov.br/cotacoes/?none+Tomate&submit=Filtr... Acesso em 28 jan. 2013. 3p. CUSTO DE PRODUÇÃO DO TOMATE DE MESA. Disponível em: http:// www.almanaquedocampo.com.br. DG POLÍTICA REGIONAL. Manual de análise de custos e benefícios dos projetos de investimento. Comissão Europeia, 2003. FREIRE, P. Extensão ou comunicação? 11. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001. 93 p. GRUPO DE COORDENAÇÃO DAS ESTATÍSTICAS AGROPECUÁRIAS DO RIO DE JANEIRO. Levantamento sistemático da produção agrícola: comentários sobre o desempenho das lavouras: safra 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado. Disponível em: http://www.calculator.com.br/tabela/igp-m. Acesso em: 29 jan. 2013. LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA: prognóstico da produção agrícola nacional para 2013: situação em dezembro de 2012. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. 21p. MOTA, D. M.; SCHMITZ, H.; VASCONCELOS, H. E. M. (Org.) Agricultura Familiar e Abordagem Sistêmica. Aracaju: Sociedade Brasileira de Sistemas de Produção, 2005. 398p. PETERSEN, P. ROMANO, J. O. (Org.) Abordagens participativas para o desenvolvimento local. Rio de Janeiro: AS-PTA/ Actionaid-Brasil, 1999. 144 p. SAZONALIDADE DOS PRODUTOS COMERCIALIZADOS NO ETSP (Seção de Economia e Desenvolvimento da CEAGESP). São Paulo: CEAGESP, [s.d], [8 f.] THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo: Cortez, 2002. 112 p. TOMATES agroecoecológicos: redução do custo de produção. Disponível em http://www.organicsnet.com.br/2011/04/tomates-acoecologicos-red.... Acesso em: 25 jan. 2013.


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tomatec sistema de produçăo de tomate ecologicamente cultivado

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