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A CruzEntendendo Deus e sua obra prima.Quando falamos da cruz de Cristo, todos os que são filhos de Deus

vêem algo que vai além do entendimento finito do homem mortal. Para aquelesque não são filhos de Deus, eles vêem algo que fica entre uma lenda urbana euma tentativa de um homem, de fazer algo bom e bem intencionado, mas que

deu tudo errado. Infelizmente muitos desses só vão entender a verdade dacruz tarde demais. Mas isso também não quer dizer que aqueles que vêem acruz corretamente, como um ato de Deus para salvar pecadores, consegueentender a cruz na sua plenitude. Interessante, a cruz que é a logomarca doCristianismo é uma das coisas menos ensinada na igreja moderna. Eu achoque nunca vou entender a aversão que os homens têm em gastar tempoestudando e ensinando a profundeza da cruz de Cristo. O triste hoje é que oconhecimento que as pessoas têm da cruz é bem básico, isso na melhor dahipótese. E talvez por isso tenhamos toda a confusão em relação de o que aTrindade pretendeu fazer através da cruz. Com certeza o propósito da cruznunca teve nada a ver com posses materiais. (Peço desculpas a todos osenganados pela doutrina infernal da prosperidade, mas, nada a ver).

Nós não podemos abrir mão dos ensinos da cruz, eles vão nos levar aentender melhor o caráter de Deus e quem nós éramos e somos de verdade;tudo que vai nos levar a amar Deus ainda mais e ser grato a ele como nunca.

Então a esperança dessa aula é que através da Palavra de Deus nóspossamos entender Ele, e o que Ele fez e quis com a cruz. Lutero chamou ocristianismo de teologia da cruz. Paulo decidiu de não saber nada além da cruzde Cristo. Então, eu acho que podemos seguir os seus passos.

Agora, falando da cruz de Cristo existem algumas coisas que vamos abordar.

• Qual era o propósito da cruz?

o Era uma tentativa de resgatar e salvar toda humanidade ou era umplano fixo de realizar tudo que foi pretendido?

• O que Jesus conseguiu na cruz?

o Uma possibilidade de salvação ou a garantia de salvação?

• Pra quem Cristo morreu?

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Introdução 

Na história existem quatro principais tipos de teorias acerca da cruz. A primeirafoi conhecida como Augustinianismo que hoje se chama de Calvinismo, asegunda é Pelagianismo, a terceira é Arminianismo e a quarta é Semi-Pelagianismo que é atualmente a teoria dominante e erradamente referidacomo Arminianismo.

As crenças básicas:

1. Augustinho (354-430 A.C.) dizia que o pecado original transportou comele a culpa pessoal que mereceu a condenação. Daquela crença eleestabeleceu a proposição que Deus na Sua soberania absoluta decretoua eleição de um certo número à salvação, e um certo número àcondenação.

2. Pelágio (um monge britânico do quinto século que foi a Roma)acreditava no poder e soberania do homem. Pelagianismo é a reaçãocontra a posição de Agostinho achada de ser extrema em uma direção,com uma posição igualmente extrema no sentido contrário. Ele negou adepravação natural do homem completamente e considerou que, por conseguinte, a criança nasce sem demérito natural e sem culpa pessoal,mas com a possibilidade da santidade pessoal quando ele acrescenta

atos éticos pessoais ao seu estado criado.3. O Arminianismo é um sistema teológico baseado nas idéias do pastor e

teólogo reformado holandês Jacob Harmensz, mais conhecido pelaforma latinizada de seu nome Jacobus Arminius (Jacó Armínio noportuguês). O Arminianismo (clássico) diligenciou em achar um lugar, nomeio campo, entre Augustinianismo, depois conhecido como Calvinismo,e Pelagianismo. O Arminianismo afirma a depravação total do homem,mas considera que aquela depravação não é responsável por nenhumdemérito pessoal. Eles também afirmam a soberania de Deus; mas opróprio destino do homem é determinado pelos seus próprios atos livres

e indeterminados.4. Semi-Pelagianismo, conhecido popularmente (se não erradamente)

como Arminianismo hoje, não deve ser confundido com o ArminianismoClássico do qual Jacobus Arminius ensinou. Semi-Pelagianismo comoArminianismo tentou achar um lugar entre Calvinismo e Pelagianismo.Só que diferente do Arminianismo, eles tomam uma posição mais pertodo Pelagianismo acerca da habilidade do homem de efetuar sua própriasalvação. Eles acreditam numa depravação parcial, que a naturezahumana não está nem bem nem mau, mas prejudicada. Embora Semi-Pelagianismo acredite na necessidade do homem da graça de Deus, o

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iv. A pessoa é o campo de batalha entre esses poderes: aparte boa é o espírito que é intrinsecamente bom, e a partemal é o corpo (matéria) que é intrinsecamente má.

v. Os Homens se salvam chegando ao ponto de se conhecer ese identificar com a sua alma.

f. Assim quando jovem Agostinho viveu uma vida de hedonismo,andando com os hooligans, que se gabava das suas experiênciascom o sexo oposto e encorajavam os meninos sem experiênciacomo Agostinho de procurar ter relações ou no mínimo inventar histórias para ser aceito ou evitar ser zombado pelos amigos.

g. Vivendo como um pagão intelectual, ele tomou uma amante comqual desenvolveu uma relação estável com ela por 13 anos.

i. Eles tiveram um filho, chamado Adeodato.

h. Durante os anos 373 e 374, Agostinho ensinou gramática emTagaste.

i. No ano seguinte, mudou-se para Cartago a fim de ocupar o cargode professor da cadeira municipal de Retórica, e permaneceu ládurante os próximos nove anos.

  j. 383 – mudou para Roma

k. Enquanto estava em Milão, Agostinho mudou de vida.

i. Ainda em Cartago, começou a abandonar o maniqueísmo,em parte devido a um decepcionante encontro com umchefe expoente da teologia maniqueísta, Fausto.

l. Em Roma, ele abraçou o movimento cético da AcademiaNeoplatónica.

m. Sua mãe insistia para que ele se tornasse cristão, e também seuspróprios estudos sobre o Neoplatonismo também ajudaram paraque ele se tornasse um, além do seu amigo Simplicianus que oencorajou a isso também.

n. Mas foi a oratória do bispo de Milão, Ambrósio, que teve maisinfluência sobre a conversão de Agostinho.

o. A mãe de Agostinho acabou indo para Milão onde ele estava einsistiu para que abandonasse a relação com a mulher com quemele vivia ilegalmente e procurasse outra para casar, conforme asleis do mundo e a doutrina cristã.

i. A amada foi mandada de volta para a África.

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ii. Agostinho se noivou, mas deveria esperar dois anos paracasamento legalmente, pois a sua noiva, que sua mãeescolheu, tinha somente 11 anos de idade.

iii. Logo se juntou com uma outra mulher.

p. No Verão de 386, após ter lido sobre a vida de Santo António doDeserto, de Santo Atanásio de Alexandria, que lhe inspirou muito,depois Agostinho sofreu uma profunda crise pessoal.

q. Decidiu se converter ao cristianismo católico, abandonar a suacarreira na retórica, encerrar sua posição no ensino em Milão,desistir de qualquer idéia de casamento, e dedicar-se inteiramentea servir a Deus e às práticas do sacerdócio.

r. A chave para esta transformação foi à voz de uma criançainvisível, que ouviu enquanto estava em seu jardim em Milão, quecantava repetidamente, "Tolle, lege"; "tolle, lege" ("toma e lê";"toma e lê").

s. Ele tomou o texto da epístola de Paulo aos romanos, e abriu aoacaso em 13:13-14, onde se lê: Comportem-se com decência,como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não emimoralidade sexual e depravação, nem em discussões e inveja.Em vez disso, revistam-se com o Senhor Jesus Cristo, ou seja,sua justiça e não fiquem procurando maneiras de satisfazer os

maus desejos da sua natureza pecaminosa. t. Ambrosio batizou Agostinho, juntamente com seu filho, Adeodato,

na Vigília da Páscoa, em 387, em Milão, e logo depois, em 388 eleretornou à África.

i. Em seu caminho de volta à África sua mãe morreu, e logodepois, o seu filho também morreu, o deixando sem família.

u. Após sua volta ao Norte da África, vendeu seu patrimônio e deu odinheiro aos pobres. A única coisa que ele ficou foi à casa dafamília, que se converteu em uma fundação monástica para si e

um grupo de amigos.v. Em 391 ele foi ordenado sacerdote em Hipona (hoje Annaba, na

Argélia).

w. Em 396 foi eleito bispo coadjutor de Hipona (auxiliar, com o direitode suceder o bispo corrente caso ele morresse) e pouco depoissuceder o bispo principal, permanecendo nessa posição emHipona até sua morte em 430.

x. Na Igreja Ortodoxa Oriental ele é louvado, e seu dia festivo écelebrado em 15 de junho.

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II. Agostinho e Pelágioa. Pelágio era um monge que viveu no fim do século 4 e início do

século 5 d.C.i. Pelágio ensinou que os seres humanos nasciam inocentes,

sem a mancha do pecado original e pecado herdado.

ii. Ele afirmava que todo homem nasce moralmente neutro, eque é capaz, por si mesmo, sem qualquer influênciaexterna, de converter-se a Deus e obedecer à sua vontade,quando assim o deseje.

b. No século V, Pelágio debateu ferozmente com Agostinho  sobreeste assunto.

c. Agostinho ensinava que os seres humanos, por nascerem com opecado original, são incapazes de salvarem-se a si mesmo.Segundo ele, fora da graça de Deus, é impossível que umapessoa obedeça ou até mesmo busque a Deus.

i. Com o pecado de Adão, houve uma total corrupção na raçahumana, de modo que a vontade natural do homem estáfatalmente cativa e submissa à nossa condição pecaminosa.

ii. Dessa forma, somente a graça de Deus, concedidalivremente aos Seus eleitos, é capaz de trazer salvação aos

seres humanos.d. O discurso de Pelágio era guiado por interesses morais, e sua

teologia foi feita para estimular o aprimoramento moral e social.

e. Ele concluiu de forma fatalista que a ênfase de Agostinho nanecessidade humana e na graça divina iria certamente paralisar abusca da santificação, visto que as pessoas iriam passar a pecar constante e sem medo de castigo.

f. Assim Pelágio reagiu rejeitando a doutrina do pecado original.

i. Ele ensinou que Adão foi meramente um mau exemplo, enão o autor de nossa natureza pecaminosa – somospecadores porque temos pecados – e não o contrário.

ii. Conseqüentemente, é claro, o Segundo Adão, Jesus Cristo,foi apenas um bom exemplo.

iii. A salvação, dessa forma, consiste simplesmente em seguir o exemplo de Jesus em vez do de Adão.

g. O que os homens e mulheres precisam é de uma direção moral,não de um novo nascimento; assim sendo, Pelágio viu a salvação

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em termos meramente naturais: seria o progresso do caráter humano, por seguir o exemplo de Cristo.

h. Outras crenças de Pelágio: i. Adão foi criado como um ser mortal e teria morrido ainda

que não tivesse cometido pecado.

ii. O pecado de Adão agrediu somente a ele, não toda a raçahumana.

iii. Crianças recém-nascidas estão no mesmo estado que Adãoantes da sua queda.

iv. Não é por causa da morte e do pecado de Adão que toda araça humana morre; de igual modo, ela não irá ressuscitar por causa da ressurreição de Cristo.

v. A lei oferece, assim como o evangelho, entrada no Reino doCéu.

vi. Até mesmo antes da vinda de Cristo, havia homenscompletamente sem pecado.

i. Mais tarde, Pelágio e seus seguidores negaram a doutrina dapredestinação incondicional que ensina que cada indivíduo foiincondicionalmente predestinado pelo decreto soberano de Deusantes que o mundo começasse, não tendo nada a ver com avontade, escolha, obediência, ou caráter do indivíduo.

  j. O Pelagianismo foi condenado por mais concílios da Igreja do quequalquer outra heresia na história.

i. Em 412, Coelestius, um discípulo de Pelágio, foiexcomungado no Sínodo de Cartago.

ii. Os Concílios de Cartago e Milevis condenaram Pelágio.

iii. O imperador oriental Teodósio II baniu os Pelagianos doLeste, em 430 d.C.

iv. A heresia foi repetidamente condenada pelo Concílio deÉfeso, em 431.

v. O Segundo Concílio de Orange, em 529 também condenou.

vi. De fato, o Concílio de Orange condenou até mesmo o Semi-Pelagianismo, que embora afirme que a graça é necessáriaà salvação, ensina que a vontade é livre por natureza paraescolher e cooperar com a graça oferecida.

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vii. O Concílio de Orange também condenou aqueles queensinavam que a salvação poderia ser concedida nosimples ato de se fazer uma oração. Afirmando em lugar disso, com muitíssimas referências bíblicas, ser necessárioDeus despertar o pecador e lhe conceder o dom da fé antesque ele possa até mesmo buscá-lo.

k. Qualquer doutrina que limita o conhecimento do pecado original, ocativeiro da vontade à natureza pecaminosa, e a necessidade dagraça para até mesmo aceitar o dom da vida eterna e permanecer em santidade é considerada por toda a igreja como heresia.

l. Agostinho teve sucesso refutando Pelágio, mas o pelagianismonão morreu. Várias formas de pelagianismo recorreram

periodicamente através dos séculos.m. Em 1525 Lutero escreveu um livro "A Escravidão da Vontade" em

resposta a uma diatribe de Erasmo, onde o mesmo defendiaconceitos pelagianos.

i. Lutero acreditava que Erasmo era "um inimigo de Deus e dareligião Cristã" por causa do ensino dele sobre o pecadooriginal.

ii. É bom notar que o Catolicismo medieval, sob a influência deAquino, adotou uma linha semi-pelagianismo, mesmo que

no passado houvesse rejeitado o pelagianismo puro.n. No século XVII, uma forma nova e levemente modificada de

pelagianismo apareceu; que foi o Arminianismo.

o. Existem algumas diferenças entre as duas posições, mas ambassão sinergistas (o homem coopera para sua salvação) e mantém omesmo conceito de fé (uma decisão puramente humana dereceber a Jesus Cristo, e não como um dom misericordioso deDeus).

III. Arminius, Jacobus (c.1559-1609)a. Reformador Remonstrant Holandês, nasceu Jacob Harmenszoon

em Oudewater perto do Utrecht.

b. A sua família de classe média foi desestruturada quando o seupai, um fabricante de utensílios de cozinha, morreu durante suainfância.

c. Toda a sua família foi massacrada na destruição de Oudewater em agosto de 1575. Forças espanholas tinham retaliado quandoOudewater se uniu aos que buscavam independência da Espanha.

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d. Depois disso, ele foi criado pelos amigos da família.

e. Como os eruditos humanistas na época, ele Latinizou o seu nome,

revocando o "Arminius" que tinha sido um líder germânico noprimeiro século lembrado pela sua resistência aos Romanos.

f. Estudos 

i. O Arminius começou a estudar sobre o discipulado de Bezana Genebra no Dia de Ano Novo, 1582.

ii. Beza, foi o sucessor de 62 anos de Calvino, foi respeitadopelos Reformados em todo lugar.

iii. Reajustando as ênfases de Calvino, Beza basicamenteconservou os princípios principais da teologia de Calvinoenquanto significativamente alterou o seu espírito.

iv. Calvino, por exemplo, tinha falado da grandeza de Deus e amajestade de Deus, mas não "da soberania" de Deus.

v. Beza colocou no centro do seu pensamento uma soberaniaque pareceu a Remonstrants indistinguível da afirmaçãoarbitral de um poder absoluto sem interesse nos outros.

vi. Calvino focalizou na vida do crente ou participação emCristo, com a predestinação simplesmente os meios peloqual a pessoa enfraquecida pelo pecado vem para viver "emCristo".

vii. Beza fez predestinação um princípio de controle.

viii. Formou-se da Genebra, Arminius estudou depois naBasiléia, e logo na Genebra mais uma vez.

ix. Uma viagem à Itália em 1587 foi acusado de concessãocom líderes Católicos romanos e também de ter "perdido asua [Calvinista] fé" pela exposição aos jesuítas.

g. Ministério 

i. Depois voltar à Amsterdã ele foi ordenado pastor "à VelhaIgreja", o ponto forte da vida de igreja na cidade.

ii. Em 1590 ele casou-se com Lijsbet Reael.

iii. Arminius permaneceria como pastor por praticamente toda asua vida, passando 15 anos no púlpito de Amsterdã e seisno Leiden.

iv. De 1603 até a sua morte em 1609 ele foi o professor deteologia no Leiden, onde ele também foi eleito o Reitor 

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(presidente) da universidade; mesmo que uma minoriateológica estava contra ele.

h. Suas Crenças i. A sua pregação de Romanos se tornou a ocasião de uma

controvérsia teológica que ele nunca escaparia.

ii. Enquanto as noções que pertencem ao nome de "Arminius"sugerem a rejeição exclusiva de todas as coisas de Calvino,a sua avaliação dos Comentários de Calvino são notáveis.

iii. “Eles ocupam o segundo lugar depois somente as SagradasEscrituras”.

iv. "Recomendo que os Comentários de Calvino sejam lidos.  Afirmo que a interpretação das Sagradas Escrituras deCalvino são incomparáveis, e que os seus Comentáriosdevem ser valorizados mais do que das escritas que temosrecebidos dos Pais na fé - tanto que eu lhe admita um certoespírito de profecia na qual ele está distinguido acima dosoutros, acima da maioria, de fato, acima de todos."  

i. A Redenção 

i. Arminius falou que Cristo tinha morrido (e por meio dissotinha ganhado a salvação) para todos, mas só alguns são

salvos; isto é, a cruz é suficiente por todos, mas eficaz sóem crentes.

ii. Ele tinha afirmado antes a posição Calvinista depredestinação, que considerou que os eleitos para asalvação foram escolhidos antes da queda de Adão.

iii. Ele com o tempo começou ter dúvidas sobre este ensino.Para ele a predestinação pareceu uma posição durademais, porque não deu um lugar para o exercício do livrearbítrio no processo de salvação.

iv. Embora ele não negasse a predestinação, ele considerouque Deus não decretou determinados indivíduos para ser salvo ou condenado.

v. Assim, Arminius veio para afirmar uma eleição condicional,segundo qual Deus elege à vida eterna aqueles queresponderão em fé à oferta divina de salvação.

vi. Ele pensou que assim daria uma maior ênfase àmisericórdia de Deus.

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 j. Depravação Total

i. A distinção de Arminius aqui refletiu as suas convicções

acerca da escravidão da vontade.ii. Ele insistiu que a vontade de seres humanos caídos foi

"amarrada" em que ela por si só, pode fazer a suadepravação.

iii. Ele insistiu também, contudo, que a vontade caída não énunca simplesmente "de si"; a graça assiste a todas ascriações caídas, com a conseqüência de que a vontadeadornada é permitida para afirmar ou endossar a graça queo levantou além da mera (caída) natureza.

k. Livre Arbítrio: A vontade adornada é "livre" em que ela é o atonão-coagido de um agente humano genuíno. Em outras palavras,a vontade adornada não contribui para a sua salvação aindanecessariamente concorda com ela, ou ele não é uma criaçãohumana que é salva.

l. Perseverança dos Santos:

i. A sua posição é que os crentes podem "fazer o naufrágio"da fé.

ii. Ainda assim, eles não têm de temer a realidade disso

acontecer, paradoxalmente, porque o dom da graça (e, por conseguinte da fé) inclui um dom de temor filial que fazemcrentes não-presunçosos e não-cavalheiros, mas sempreespiritualmente vigilantes e nisso “guardado” pelo poder deDeus.

m. Influência Católica 

i. Aquinas: O pensador o que é citado freqüentemente emtrabalhos de Arminius, e o único escolástico quem eledenomina como um ingrediente.

ii. Certamente ele não foi um jesuíta, ele preferiu a leitura  jesuíta de Aquinas à leitura dominicana na formaAgostiniana de Thomas.

n. A vontade e presciência de Deus 

i. Ele deveu muito scientia media de Molina que incluiu apresciência de Deus, a eficácia da graça, e uma liberdadeda vontade que é genuína em vez de parecer.

ii. Em resumo, Arminius adotou a tradição jesuíta-Thomistic dascientia media que negou determinação divina, mas que

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conservava a infinidade do intelecto divino e o alcance daliberdade humana.

iii. Outubro 19, 1609, Jacobus Arminius morreu.IV. A Origem dos “Cinco Pontos”

a. O Protesto do Partido Arminiano na Holanda.

i. Os Cinco Pontos do Calvinismo tiveram sua origem a partir de um protesto que os seguidores de Armínio apresentaramao “Estado da Holanda” em 1610, um ano após a morte deseu líder.

ii. O protesto consistia em “cinco artigos de fé”, baseados nos

ensinos de Armínio, e ficou conhecido na história como a“Remonstrance”, ou seja, “O Protesto”.

•  Eleição Condicional

Deus, por um eterno e imutável decreto em Cristo, antes da criação domundo, determinou eleger, dentre a raça humana caída e pecadora,aqueles que pela graça crêem em Jesus Cristo e perseveram na fé eobediência. Contrariamente, Deus resolveu rejeitar os não convertidos edescrentes, reservando-lhes o sofrimento eterno.

•  Expiação Universal

Em conseqüência do decreto divino, Cristo, o salvador do mundo,morreu por todos os homens, de modo a garantir, pela morte na cruz,reconciliação e perdão para o pecado de todos os homens. Entretanto,essa salvação só é desfrutada pelos fiéis.

•  Fé Salvadora

O homem não pode obter a fé salvadora por si mesmo ou pela força do

seu livre-arbítrio, mas necessita da graça de Deus por meio de Cristopara ter sua vontade e seu pensamento renovados.

•  Graça Resistível

A graça é a causa do começo, do progresso e da completude dasalvação do homem. Ninguém poderia crer ou perseverar na fé sem estagraça cooperativa. Conseqüentemente, todas as boas obras devem ser creditadas à graça de Deus em Cristo. Com relação à operação destagraça, contudo, não é irresistível.

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•  Indefinição Quanto à Perseverança

Os verdadeiros crentes têm força suficiente, por meio da graça divina,para lutar contra Satanás, contra o pecado e contra sua própria carne, epara vencê-los. Mas, se eles, em razão da negligência, podem ou nãoapostatar da fé verdadeira e vir a perder a alegria de uma boaconsciência, caindo da graça, é uma questão que precisa ser melhor examinada à luz das Sagradas Escrituras.

iii. O partido arminiano insistia que as doutrinas das Igrejas daHolanda (Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg )fossem mudadas para se conformar com os pontos de vistadoutrinários contidos no Protesto.

b. A Base Filosófica do Arminianismo

i. A teologia contida nessa “Remonstrance” segundo JI Packer “originou-se de dois princípios filosóficos”:

1. Primeiro, a soberania de Deus é incompatível com aliberdade humana, e, portanto, também com aresponsabilidade humana.

2. Em segundo lugar, habilidade é algo que limitaobrigação.

ii. Com bases nesses princípios, os arminianos extraíram duasdeduções:

1. Primeira, visto que a Bíblia considera a fé como umato humano livre e responsável, ela não pode ser causada por Deus, mas é exercidaindependentemente dEle;

2. Segunda, visto que a Bíblia considera a fé comoobrigatória da parte de todos quantos ouvem oEvangelho, a capacidade de crer deve ser universal.

iii. Portanto, eles afirmam, as Escrituras devem ser interpretadas como ensinando as seguintes posições:

1. O homem nunca é de tal modo corrompido pelopecado que não possa crer ao ponto de salvação noEvangelho, uma vez que este lhe seja apresentado.

2. O homem nunca é de tal modo controlado por Deusque não possa rejeitá-lo.

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3. A eleição divina daqueles que serão salvos alicerça-se sobre o fato da previsão divina de que eleshaverão de crer, por sua própria deliberação.

4. A morte de Cristo não garantiu a salvação paraninguém, pois não garantiu o dom da fé para ninguém(e nem mesmo existe tal dom); o que ela fez foi criar apossibilidade de salvação para todo aquele que crê.

5. Salvação depende inteiramente dos crentesmanterem-se em um estado de graça, conservando asua fé; aqueles que falham nesse ponto, desviam-see se perdem.

iv. Dessa maneira, o arminianismo faz a salvação de oindivíduo depender, em última análise, do próprio homem,pois a fé salvadora é encarada, do princípio ao fim, comoobra do homem, pertencente ao homem e nunca a Deus.

c. A Rejeição do Arminianismo pelo Sínodo de Dort e aFormulação dos “Cinco Pontos de Calvinismo”.

i. Em 1618 foi convocado um Sínodo nacional para reunir-seem Dort, a fim de examinar os pontos de vista de Armínio àluz das Escrituras.

ii. Essa convocação foi feita pelos Estados Gerais da Holandapara o dia 13 de novembro de 1618. Foram constatados 84membros e 18 representantes seculares. Entre esses estava27 delegados da Alemanha, Suíça, Inglaterra e de outrospaíses da Europa.

iii. Durante os sete meses de duração do Sínodo houve 154sessões para tratar desses artigos.

iv. Após um exame minucioso e detalhado de cada ponto, feitopelos maiores teólogos da época, representando a maioriadas Igrejas Reformadas da Europa, o Sínodo concluiu que,

à luz do ensino claro das Escrituras, esses artigos tinhamque ser rejeitados como não bíblicos. (Sola Escriptura)

v. Isso foi feito por unanimidade. Não somente isso, mas oConcílio impôs censura eclesiástica aos “remonstrantes”, -tirando deles os seus cargos, e a autoridade civil (governo)os baniu do país por cerca de seis anos.

vi. Além de rejeitar os cinco artigos de fé dos arminianos, oSínodo formulou o ensino bíblico a respeito desse assuntona forma de cinco capítulos que têm sido, desde então,

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conhecidos como “os cinco pontos do Calvinismo”, pelo fatode Calvino ter sido grande defensor e expositor desseassunto.

vii. Embora cause dificuldade a muitos essa posição, devido àmudança teológica que as igrejas têm sofrido desde váriosséculos, os reformadores eram unânimes em condenar oarminianismo como uma heresia ou quase isso.

viii. A salvação era vista como uma obra da graça de Deus, docomeço ao fim, sem qualquer contribuição do homem.

ix. Essa posição pode ser resumida na seguinte proposição:Deus salva pecadores.

V. Os Cinco Pontos do Arminianismo (Semi-Pelagianismo dehoje) em contraste com os Cinco Pontos de Calvinismo

1. O LIVRE ARBÍTRIO OU HABILIDADE HUMANA EM CONTRASTE COM AINABILIDADE TOTAL OU DEPRAVAÇÃO TOTAL

Arminianismo: Embora a natureza humana tenha sido seriamente afetadapela queda, o homem não ficou reduzido a um estado de incapacidade total.Deus, graciosamente, capacita todo e qualquer pecador a arrepender-se ecrer, mas o faz sem interferir na liberdade do homem. Todo pecador possuiuma vontade livre (livre arbítrio), e seu destino eterno depende do modo comoele usa esse livre arbítrio. A liberdade do homem consiste em sua habilidadede escolher entre o bem e o mal, em assuntos espirituais. Sua vontade nãoestá escravizada pela sua natureza pecaminosa. O pecador tem o poder decooperar com o Espírito de Deus e ser regenerado ou resistir à graça de Deuse perecer. O pecador perdido precisa da assistência do Espírito, mas nãoprecisa ser regenerado pelo Espírito antes de poder crer, pois a fé é um atodeliberado do homem e precede o novo nascimento. A fé é o dom do pecador a Deus, é a contribuição do homem para a salvação.

Calvinismo: Devido à queda, o homem é incapaz de, por si mesmo, crer de

modo salvador no Evangelho. O pecador está morto, cego e surdo para ascoisas de Deus. Seu coração é enganoso e desesperadamente corrupto. Suavontade não é livre, pois está escravizada à sua natureza má; por isso ele nãoirá - e não poderá jamais - escolher o bem e não o mal em assuntos espirituais.Por conseguinte, é preciso mais do que simples assistência do Espírito para setrazer um pecador a Cristo. É preciso a regeneração, pela qual o Espíritovivifica o pecador e lhe dá uma nova natureza. A fé não é algo que o homemdá (contribui) para a salvação, mas é ela própria parte do dom divino dasalvação. É o dom de Deus para o pecador e não o dom do pecador paraDeus.

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2. A ELEIÇÃO CONDICIONAL EM CONTRASTE COM A ELEIÇÃO INCONDICIONAL

Arminianismo: A escolha divina de certos indivíduos para a salvação, antesda fundação do mundo, foi baseada na Sua previsão (presciência) de que elesresponderiam à Sua chamada (fé prevista). Deus selecionou apenas aquelesque Ele sabia que iriam, livremente e por si mesmos, crer no Evangelho. Aeleição, portanto, foi determinada ou condicionada pelo que o homem iriafazer. A fé que Deus previu e sobre a qual Ele baseou a Sua escolha não foidada ao pecador por Deus (não foi criada pelo poder regenerador do EspíritoSanto), mas resultou tão somente da vontade do homem. Foi deixadointeiramente ao arbítrio do homem o decidir quem creria e, por conseguinte,quem seria eleito para a salvação. Deus escolheu aqueles que Ele sabia que

iriam, de sua livre vontade, escolher a Cristo. Assim, a causa última dasalvação não é a escolha que Deus faz do pecador, mas a escolha que opecador faz de Cristo.

Calvinismo: A escolha divina de certos indivíduos para a salvação, antes dafundação do mundo, repousou tão somente na Sua soberana vontade. Aescolha de determinados pecadores feita por Deus não foi baseada emqualquer resposta ou obediência prevista da parte destes, tal como fé ouarrependimento. Pelo contrário, é Deus quem dá a fé e o arrependimento acada pessoa a quem Ele escolheu. Esses atos são os resultados e não acausa da escolha divina. A eleição, portanto, não foi determinada nem

condicionada por qualquer qualidade ou ato previsto no homem. Aqueles aquem Deus soberanamente elegeu, Ele os traz, através do poder do Espírito, auma voluntária aceitação de Cristo. Desta forma, a causa última da salvaçãonão é a escolha que o pecador faz de Cristo, mas a escolha que Deus faz dopecador.

3. A REDENÇÃO UNIVERSAL OU EXPIAÇÃO GERAL EM CONTRASTE COM A REDENÇÃO PARTICULAR OU EXPIAÇÃO LIMITADA

Arminianismo: A obra redentora de Cristo tornou possível a salvação detodos, mas na verdade não assegurou a salvação de ninguém. Embora Cristo

tenha morrido por todos os homens, em geral, e em favor de cada um, emparticular, somente aqueles que crêem nEle são salvos. A morte de Cristocapacitou a Deus a perdoar pecadores na condição de que creiam, mas naverdade não removeu (expiou) o pecado de ninguém. A redenção de Cristo sóse torna efetiva se o homem escolhe aceitá-la.

Calvinismo: A obra redentora de Cristo foi intencionada para salvar somente os eleitos e, de fato, assegurou a salvação destes. Sua morte foi umsofrimento substitucionário da penalidade do pecado no lugar de certospecadores específicos. Além de remover o pecado do Seu povo, a redençãode Cristo assegurou tudo que é necessário para a sua salvação, incluindo a fé

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que os une a Ele. O dom da fé é infalivelmente aplicado pelo Espírito a todospor quem Cristo morreu, deste modo, garantindo a sua salvação.

4. A POSSIBILIDADE DE SE RESISTIR À OBRA DO ESPIRITO SANTO EM CONTRASTE COM A CHAMADA EFICAZ DO ESPÍRITO OU GRAÇAIRRESISTÍVEL

Arminianismo: O Espírito chama internamente todos aqueles que sãoexternamente chamados pelo convite do Evangelho. Ele faz tudo que podepara trazer cada pecador à salvação. Sendo o homem livre, pode resistir demodo efetivo a essa chamada do Espírito. O Espírito não pode regenerar opecador antes que ele creia. A fé (que é a contribuição do homem para asalvação) precede e torna possível o novo nascimento. Desta forma, o livrearbítrio limita o Espírito na aplicação da obra salvadora de Cristo. O EspíritoSanto só pode atrair a Cristo aqueles que O permitem atuar neles. Até que opecador responda, o Espírito não pode dar a vida. A graça de Deus, portanto,não é invencível; ela pode ser, e de fato é, freqüentemente, resistida eimpedida pelo homem.

Calvinismo: Além da chamada externa à salvação, que é feita de modogeral a todos que ouvem o evangelho, o Espírito Santo estende aos eleitosuma chamada especial interna, a qual inevitavelmente os traz à salvação. Achamada externa (que é feita indistintamente a todos) pode ser, e,freqüentemente é, rejeitada; ao passo que a chamada interna (que é feita

somente aos eleitos) não pode ser rejeitada. Ela sempre resulta na conversão.Por meio desta chamada especial o Espírito atrai irresistivelmente pecadores aCristo. Ele não é limitado em Sua obra de aplicação da salvação pela vontadedo homem, nem depende, para o Seu sucesso, da cooperação humana. OEspírito graciosamente leva o pecador eleito a cooperar, a crer, a arrepender-se, a vir livre e voluntariamente a Cristo. A graça de Deus, portanto, éinvencível. Nunca deixa de resultar na salvação daqueles a quem ela éestendida.

5. A QUEDA DA GRAÇA EM CONSTRASTE COM A PERSEVERANÇA DOS SANTOS 

Arminianismo: Aqueles que crêem e são verdadeiramente salvos podemperder sua salvação por não guardar a sua fé. Nem todos os arminianosconcordam com este ponto. Alguns sustentam que os crentes estãoeternamente seguros em Cristo; que o pecador, uma vez regenerado, nuncapode perder a sua salvação.

Calvinismo: Todos aqueles que são escolhidos por Deus e a quem oEspírito concedeu a fé, são eternamente salvos. São mantidos na fé pelo poder do Deus Todo Poderoso e nela perseveram até o fim.

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Sumário dessas Posições:

De acordo com o Arminianismo:

• A salvação é realizada através da combinação de esforços de Deus (quetoma a iniciativa) e do homem (que deve responder a essa iniciativa).

• A resposta do homem é o fator decisivo (determinante).

• Deus tem providenciado salvação para todos, mas Sua provisão só setorna efetiva (eficaz) para aqueles que, de sua própria e livre vontade,“escolhem” cooperar com Ele e aceitar Sua oferta de graça.

• No ponto crucial, a vontade do homem desempenha um papel decisivo.

• Desta forma é o homem, e não Deus, que determina quem será o

recipiente do dom da salvação.• Este era o sistema de doutrina apresentado na “Remonstrance” dos

Arminianos e rejeitado pelo Sínodo de Dort em 1619, por não ser bíblico.

De acordo com o Calvinismo:

• A salvação é realizada pelo infinito poder do Deus Trino.

• O Pai escolheu um povo, o Filho morreu por ele e o Espírito Santo tornaa morte de Cristo eficaz para trazer os eleitos à fé e ao arrependimento,fazendo-os obedecer voluntariamente ao evangelho.

o Assim não há nenhuma crise na Trindade.• Todo o processo (eleição, redenção, regeneração, etc.) é obra de Deus

e é operado tão somente pela graça.

• Deus e não o homem determina quem serão os recipientes do dom dasalvação.

• Este sistema de teologia foi reafirmado pelo Sínodo de Dort em 1619como sendo a doutrina da salvação contida nas Escrituras Sagradas.

• É o sistema apresentado na Confissão de Fé de Westminster e em todas

as Confissões Reformadas.• Na época do Sínodo de Dort foi formulado em “cinco pontos” (em

resposta aos cinco pontos submetidos pelos arminianos à Igreja daHolanda) e têm sido, desde então, conhecidos como “os cinco pontos doCalvinismo”.

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VI. Deus é Soberano?a. As discussões teológicas se resumem em uma pergunta:

“Deus é soberano?” E se Ele é, a sua soberania tem limite? i. 2004 - INDONESIA – Um tsunami mata 230.000 pessoas.

ii. 13/09/2008 – DELHI, Índia – Dentro poucos minutos, 5bombas explodiram em shoppings diferentes matando 18 emachucando 80 pessoas.

iii. 14/09/2008 - LOS ANGELES, CA – Dois trens bateram defrente matando 25 e machucando mais do que 130 pessoas.

iv. 14/09/2008 - MOSCOU, Rússia   – Um avião pegou fogo,

explodiu e caiu matando todos os 88 passageiros.v. 18/09/2008 - PEQUIM, China – Números de bebêsmorreram devido uma formula contaminado e mais do que6.200 ficaram doentes.

b. Todo dia, pessoas inocentes morrem devido às guerras, vitimas decrimes, vitimas de motoristas embriagados.

c. O mundo está cheio de eventos que leva a maioria de nós aquestionar a existência de Deus e se ainda acreditam que existeum Deus, eles questionam a bondade Dele.

d. A pergunta mais comum dessas horas é, “Onde estava Deus eporque Ele não fez nada?”.

i. Primeiro, Deus estava bem ali.

ii. Segundo, é aqui que muitos crentes travam, “Então, por que Ele não fez nada?”. 

e. Por uma razão, nossa religião não nos deixa pensar que Deusdeixava uma coisa mal acontecer porque era a vontade Dele.

f. Se não era a vontade Dele, então era a vontade de quem?

i. Satanás? A vontade de Deus está sujeita a vontade deSatanás?

g. Falar que Deus não queria que uma coisa ruim acontecesseparece uma boa tentativa de proteger a imagem Dele comoamoroso e bondoso.

h. Mas, no final, acabamos pisando na imagem Dele como Deus, oTodo Poderoso, o Soberano.

i. Deus Altíssimo - Pela própria definição do Seu nome Ele ésoberano.

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i. Ele tem o direito e poder de mandar, decidir, reinar e julgar.

ii. Ele está completamente no controle de toda circunstância e

cada detalhe.   j. Um Deus Altíssimo, soberano, pode fazer o que Ele quer e não

deve uma resposta a ninguém por suas ações.

k. Da 4.35; Todos os povos da terra são como nada diante dele. Eleage como lhe agrada com os exércitos dos céus e com oshabitantes da terra. Ninguém é capaz de resistir à sua mão, ou dizer-lhe “O que fizeste?”. 

l. Soberania e a Natureza de Deus

i. Um Deus soberano pode fazer o que Ele quer, mas não éverdade falar que Ele quer fazer tudo.

ii. Coisas que Deus não pode fazer. Os limites do Deussoberano.

1. É impossível Deus mentir.

2. É impossível Deus quebrar uma promessa.

3. É impossível Deus negar sua existência e caráter.

iii. Deus é limitado pelos próprios limites de quem Ele é; pelasua natureza perfeita.

iv. Uma laranjeira nunca dará uvas. Assim podemos dizer quea laranjeira é limitada. E um cavalo nunca dará luz a umavaca. O cavalo está limitado pela própria natureza.

v. E assim  Deus pode ser considerado limitado pelo fatoque Ele nunca vai parar de ser Deus. Ele nunca pararáde ser santo, de ser perfeito. Ele não pode. 

vi. 2Ti 2.13;  Se somos infiéis, ele permanecerá fiel, pois elenão pode negar quem Ele é. 

vii. Ao contrario do que muitas pessoas pensam, “soberania”não significa que alguém tem a liberdade a fazer o que quer.

viii. Vamos considerar um cachorro de estimação na casa dealguém. Numa certa maneira, o dono é soberano emrelação ao cachorro, ele pode fazer o que quer e o cachorronão tem direito a reclamar. Mas, as ações do dono vãorefletir a sua natureza. Um dono bom nunca maltratará seucachorro ainda que a sua “soberania” dar ele o direito.

ix. A natureza da pessoa “limita” a sua liberdade e ações.

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x. A natureza de Deus exige que Ele continue sendo Deus.

m. A Vontade de Deus e Sua Soberania

i. Quando falamos da vontade de Deus e sua autoridadesobre a terra e tudo que está nela, falamos principalmenteem três áreas diferentes:

ii. decretado – desde eternidade Deus tem determinado tudoque há de acontecer.

1. Atos 17.26;  De um só fez ele todos os povos, paraque povoassem toda a terra, tendo determinado ostempos anteriormente estabelecidos e os lugaresexatos em que deveriam habitar. 

2. 1Pe 1.18-20; Pois vocês sabem que Deus pagou um  preço para resgatar vocês das suas antigas vidasvazias que herdaram dos seus antepassados. E Elenão pagou com coisas que perdem o seu valor comoouro ou prata. Foi com o precioso sangue de Cristo, oCordeiro de Deus, sem pecado e sem mancha. Deuso escolheu para esse objetivo antes da criação domundo, e o revelou nestes últimos tempos embenefício a vocês. 

3. Is 46.9-10; Sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, enão há outro semelhante a mim que desde o princípioanuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade,as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minhavontade. 

4. Porque Ele é soberano e a Sua vontade nunca seráfrustrada, podemos descansar sabendo que nadaacontece fora do Seu controle e que o fim de tudo nãoestá em dúvida.

iii. permissiva – “Ela deixa.” - Nada acontece fora do Seucontrole, Ele “permite” tudo que acontece.

1. Ainda quando Deus permite coisas acontecerem Elesempre tem o poder e direito de intervir e impedir asações e eventos se quiser.

2. No total ele que permite as coisas acontecer, elas sãoa Sua vontade.

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iv. disposição – Isso fala da atitude de Deus acerca da Suavontade.

1. Deus não tem prazer na morte dos pecadores, masEle sem duvida tem decretado a morte deles.

2. O prazer maior de Deus é visto na Sua justiça, Suasantidade. Ela defina o que agrada Ele. 

3. Quando Deus julga o mundo, Ele terá prazer navindicação da Sua santidade e justiça.

4. Ainda assim, Ele não será como uma criança vendoum irmão se apanhar tendo um sentimento vindicativoaos aqueles que receberão Seu julgamento e

condenação.n. Deus não é passivo acerca da Sua vontade:

i. 1Sa 2.12-17, 22-25 – Filhos de Eli

1. Era a vontade de Deus matar eles.

ii. Jos 11.20; Pois foi o próprio SENHOR que lhes endureceu o coração para que guerreassem contra Israel, para que Eleos destruísse totalmente, exterminando-os semmisericórdia, como o SENHOR tinha ordenado Moisés. 

1. Josué entrando na terra prometida – O contextodessa ordem era um mundo cheio de pecado edebaixo da maldição de Deus.

2. Se lembrarmos desse fato, a questão não é “Por queDeus exterminou essas nações?”, mas, “Por queDeus não destruiu as outras nações iguais?”. 

o. Deus é soberano!

i. Dt 32.39; Saibam todos que eu, somente eu, sou Deus; nãohá outro deus além de mim. Eu mato e eu faço viver; eu firo

e eu curo. Ninguém pode me impedir de fazer o que quero.  ii. 1 Sa 2.6-7; O SENHOR Deus é quem tira a vida e quem a

dá. É ele quem manda a pessoa para o mundo dos mortos ea faz voltar de lá. Ele faz com que alguns fiquem pobres eoutros, ricos; rebaixa uns e eleva outros. 

iii. Is 53.10; O SENHOR Deus diz: “Eu quis maltratá-lo, quisfazê-lo sofrer”. (falando de Jesus) Ele ofereceu a sua vidacomo sacrifício para tirar pecados e por isso terá uma vida

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longa e verá os seus descendentes. Ele fará com que o meuplano dê certo.

iv. Ro 9.17;  Pois as Escrituras dizem que Deus falou paraFaraó: “Eu escolhi você para mostrar o meu poder e fazer com que o meu nome seja conhecido no mundo inteiro.”  

v. Ex 4.21;  (Faraó) Mas eu vou endurecer o coração dele,para não deixar o povo ir.

vi. Ex 8.32; Mas ainda esta vez endureceu Faraó o coração enão deixou ir o povo.

vii. Is 46.9-10; Sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e nãohá outro semelhante a mim que desde o princípio anuncio o

que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas queainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade. 

viii. Deus manda e controla todas as coisas, ações humanasentre eles, de acordo com o seu propósito eterno.

ix. Não foi por acidente que Rebeca foi ao poço receber oservo de Abraão (Gê 24), nem quando José foi enviado aoEgito, ou guiou a filha do Faraó para achar Moisesescondido entre os juncos a margem do rio (Êx 2), ou que apedra lançada por uma mulher esmagou a cabeça deAbimeleque (Jz 9.53), ou que a flecha perdida acertou o reinuma juntura da sua armadura (1 Reis 22.34).

x. Depois Deus avisa que endurecerá o coração de alguém,não deve ter surpresa quando a pessoa enderece o seucoração mais tarde.

1. Ex 9.12; Porém o SENHOR endureceu o coração dofaraó, e ele se recusou a atender Moisés e Arão,conforme o SENHOR tinha dito a Moisés. 

2. Ex 14.17;  Eu, porém, endurecerei o coração dosegípcios e eles os perseguirão. Eu serei glorificadocom a derrota do faraó e de todo o seu exército, comseus carros de guerra e seus cavalheiros. 

3. Ro 9.18;  Então, você vê Deus escolhendo mostrar misericórdia a alguns, e escolhendo endurecer oscorações de outros para que eles se recusem a dar ouvidos. 

4. Ro 9.19-24; Bom então, talvez você dirá: “Então, por que Deus os culpa por não ter respondido? Eles não

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simplesmente fizeram o que Ele os fez fazer?” Não,não diga isso. Quem é você, um simples ser humano,

 para discutir com Deus? Será que a coisa criada devequestionar aquele que a fez, “Por que você me fez assim?” Quando alguém faz potes do barro, ele nãotem o direito de fazer do mesmo barro um vaso paradecoração e um outro para o lixo? Do mesmo modo,Deus, ainda tem o direito de mostrar a sua ira e

 poder, é muito paciente com aqueles que ele odeia,que são destinados à destruição. Ele faz isso paraque as riquezas do brilho da glória sejam maisbrilhantes para quem Ele mostra misericórdia, os queforam preparados para glória que virá. E nós estamosentre esses que Ele escolheu, dentre os judeus e osnão-judeus. 

5. Ro 9.14-16;  Estamos dizendo então que Deus erainjusto? Claro que não! Pois Deus falou a Moisés: “Eu mostrarei misericórdia a quem eu quiser, e mostrarei compaixão a quem eu desejar.” Então é Deus quedecide mostrar misericórdia. Não depende de nós.Nós não podemos escolher e nem trabalhar pararecebê-la. 

xi. Objeções a Soberania de Deus1. Fatalismo: “A crença que todos os acontecimentos

vêm passar através de uma força cega, nãointeligente, impessoal, não-moral que não pode ser distinguida de necessidade física, e que nos carregadesamparadamente dentro de seu aperto como um riopoderoso carrega um pedaço de madeira".

2. Em contraste a tudo isso, o Calvinismo proclama que“os acontecimentos vêm passar porque um santoDeus, infinitamente sábio e poderoso, os designou”.

3. A diferença entre os dois é a diferença entre noite edia. A única coisa que eles têm em comum é quesupõem a certeza absoluta de todos osacontecimentos futuros.

4. Fatalismo veja o universo como uma máquina e oshomens como robôs com nenhuma motivação aresponsabilidade moral.

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5. Calvinismo afirma que todos os acontecimentos sãoelaborados por um Deus pessoal que reage comcriaturas pessoais.

6. Nossas escolhas são feitas como pessoas reais eelas são "escolhas reais”.

a. Em outras palavras, nosso destino eternodepende de se cremos e arrependemos ou não.

7. Calvinismo é o oposto de fatalismo em que elapermite o homem escolher enquanto Deus permanecesoberano.

8. Arminianismo: Ou semi-pelagianismo declara que a

soberania absoluta de Deus é incompatível com aliberdade humana.

9. O ponto de vista do Arminianismo acerca dorelacionamento entre a soberania de Deus e o livrearbítrio do homem é melhor entendido nas palavrasde James Arminius, "A soberania de Deus ésubordinado a criação; e é, portanto, necessárioque não age contra a criação, que faria, se inibiriaou impediria o uso do livre arbítrio do homem". 

a. Neste ponto de vista, a soberania do Deus é"subordinada” a vontade do homem.

xii. Deus é soberano. Isso deve ser uma doutrina que nós, osobjetos da Sua misericórdia, os objetos da Sua compaixão,devemos abraçar, pois ela fala de um Deus que, enquantoainda éramos pecadores, os seus inimigos, enviou seuúnico Filho para morrer no nosso lugar, tomando sobre si aira do Seu Pai, para nos salvar.

1. Ele fez isso porque queria, era Sua vontade.

xiii. Deus é soberano. Por isso podemos falar que “o mesmoDeus que começou essa boa obra em vocês, vai continuar até que ela esteja completa naquele dia quando JesusCristo voltar” (Fp 1.6). E “Ele os manterá firmes até o fim, demodo que vocês serão irrepreensíveis no dia de nossoSenhor Jesus Cristo” (1Co 1.8).

xiv. Deus é soberano. Por isso podemos dormir comtranqüilidade, pois nosso Deus não dorme e nada nos tirada Sua mão.

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xv. João 10.27-30;  As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.

 Eu lhes dou a vida eterna, e

elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar daminha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do quetodos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai. “Eu eo Pai somos um”.

VII. O Mito do Livre Arbítrioa. É um dos argumentos mais violentos que vai encarar quando

apresenta o plano Bíblico de salvação ao um homem. “E meu livrearbítrio? Eu tenho um direito a escolher”.

b. Hoje em dia, o assunto da soberania de Deus é algo tão

esquecido e mal entendido que quando você o aborda você logoencara resistência. A primeira coisa que as pessoas falam não é,“Que bom Deus está no controle de tudo” , mas “O que?!? Tame dizendo que eu sou um robô? E o meu livre arbítrio?”  

c. A questão do livre arbítrio, liberdade moral, a autonomia dohomem é uma das coisas filosóficas mais debatidas na história dohomem. E quando chega na arena de religião, é uma briga entrequem é soberano, Deus ou o homem?

d. Por que o homem tem tanta dificuldade em aceitar um Deussoberano sobre ele?

e. Porque ele quer ser o autor do seu destino?

i. Ele quer ser aquele que escreve sua história e não quer queninguém se meta lá, nem Deus.

f. Um Deus soberano insulta a soberba do homem e infringe na suaidéia de justiça.

i. “Se Deus é soberano, como Ele pode me culpar?”

g. Eis a pergunta: “O homem tem um livre arbítrio? O homem é livrede determinar o seu futuro?”.

h. Como você pensa nesse assunto vai determinar como você se vê,e como vê Deus, como vê sua salvação, e como leva sua vidacristã.

i. Não é uma questão trivial, mas uma de grande importância.

  j. Existem três realidades do homem:

i. A realidade de como o homem se ver.

1. “Eu não sou tão mal, eu não mato ninguém.”

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VIII. O Pecado Originala. Gê 3.1-24; Jr 17.9; Ro 3.10-26; Ro 5.12-19;

b. Tito 1.15; Tudo é puro para aqueles que têm corações puros. Masnada é puro para aqueles que são impuros e incrédulos por quesuas mentes e consciências estão contaminadas pelo pecado. 

c. É comum ouvirmos a afirmação: "As pessoas são basicamenteboas". Embora se admita que ninguém seja perfeito, essaafirmação minimiza a impiedade humana.

d. Se as pessoas são basicamente boas, por que o pecadouniversal?

e. Freqüentemente, alguém sugere que todas as pessoas pecamporque a sociedade exerce urna influência muito negativa sobrenós. O problema é visto como algo que tem a ver com o meioonde vivemos e não com nossa natureza.

f. Essa explicação da universalidade do pecado levanta a pergunta:“Como a sociedade se tornou corrupta no inicio?”.

g. Se as pessoas nascem boas e inocentes, poderíamos esperar quepelo menos uma parte delas permanecesse boa e impecável.

h. Poderíamos encontrar sociedades não corrompidas, nas quais omeio em que elas vivem tenha sido condicionado pela pureza enão pela pecaminosidade.

i. Entretanto, nas comunidades mais comprometidas com a justiça,descobrimos que elas ainda têm problemas com a culpa dopecado.

  j. Visto que o fruto é universalmente corrupto, procuramos à raiz doproblema na árvore.

k. A Bíblia ensina claramente que nossos pais originais, Adão e Eva,caíram em pecado. Subseqüentemente, todo ser humano temnascido com uma natureza pecaminosa e corrupta.

i. Quando Adão foi colocado no jardim do Éden, foi advertidopara não comer do fruto da árvore do conhecimento do beme do mal, sob pena de imediata morte espiritual:

ii. Gê 2.16; Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: Detoda árvore do jardim podes comer livremente; mas daárvore do conhecimento do bem e do mal, dessa nãocomerás; porque no dia em que dela comeres, certamentemorrerás. 

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iii. Adão desobedeceu e comeu do fruto proibido comoconsequência, trouxe morte espiritual sobre si mesmo esobre a toda a raça humana:

iv. Rm 5.12;  O pecado entrou no mundo por meio de um sóhomem, e através do pecado entrou a morte, e assim amorte se espalhou para todos os homens, pois todos

 pecaram, 

l. A queda refere-se ao que chamamos pecado original. Pecadooriginal não indica o primeiro ou original pecado cometido por Adão e Eva. O pecado original refere-se ao resultado do primeiropecado — a corrupção da raça humana.

m. Pecado original refere-se á condição caída em que nascemos.

i. Sl 51.5; Sei que sou pecador desde que nasci, sim desdeque minha mãe me concebeu.

ii. Sl 58.3; O ímpios erram o caminho desde de o ventre, andaerrado desde que nasceram, falando mentiras.

IX. A Depravação Humana (é uma questão de natureza)a. Quando Adão caiu, ele levou toda a humanidade com ele.

i. Ro 5.12;  Quando Adão pecou e desobedeceu a Deus, o

 pecado entrou no mundo. O pecado de Adão trouxe consigoa morte, e assim a morte atinge todas as pessoas, poistodas pecaram. 

b. Devido o pecado de Adão, todos nós nascemos com umadisposição natural ao pecado.

i. Faz parte da nossa natureza, não é uma escolha.

ii. Um leão escolhe carne, POR NATUREZA.

c. Nascemos pecadores, nascemos condenados, nascemos odiandoDeus e o seu desejo de reinar sobre nós, nascemos inimigos Dele,

nascemos corruptos e sem poder de escolher o que é bom. Nofim, nascemos escravos.

d. O homem por natureza é mal e deseja o que é contrário a Deus.

i. Gê 6.5; O SENHOR viu que a perversidade do homem tinhaaumentado na terra e que toda a inclinação dos

 pensamentos do seu coração era sempre e somente para omal. 

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ii. Gê 8.21;  Nunca mais amaldiçoará a terra por causa dohomem, pois o seu coração é inteiramente inclinado para omal desde a infância. 

iii. Ro 8.7; Pois a mente controlada pela natureza pecaminosaé inimiga de Deus, pois não obedece a lei de Deus, e defato, nem pode. 

e. O interessante é que uma criança não precisa ser ensinada fazer o que é errado, ela naturalmente faz o que é errado.

f. Imagine as coisas terríveis que o homem faria se pensasse quepodia fazer, sem ter conseqüência. Não é a bondade que seguramuitas pessoas, mas o medo do castigo.

g. Nisso temos que perguntar por questão de argumento, “Os sereshumanos são basicamente bons ou basicamente maus?”. 

i. A base sobre a qual o argumento se move é a palavrabasicamente.

ii. É um consenso praticamente universal que ninguém éperfeito. Aceitamos a frase que diz que "errar é humano".

h. A Bíblia diz que " Pois todos pecaram e não têm em si mesmos a glóriade Deus." (Rm 3.23).

i. A respeito da verdade da falência humana, em nossa culturadominada pelo humanismo ainda persiste a idéia de que o pecadoé algo periférico à nossa natureza; algo de fora.

i. De fato, somos manchados pelo pecado. Nossa condutamoral é repreensível.

ii. Mesmo assim, de alguma maneira pensamos que nossasobras más residem na extremidade ou na periferia do nossocaráter e que as pessoas são inerentemente boas.

 j. A Bíblia ensina a depravação total da raça humana.

i. Temos de ter cuidado para ver a diferença entre depravaçãototal e depravação absoluta.

ii. Ser completamente depravado significa ser o maisdepravado possível. Hitler era extremamente depravado,mas ainda poderia ter sido pior do que era.

iii. Eu sou pecador. Mas poderia pecar com mais freqüência ecom mais gravidade do que faço.

iv. Não sou absolutamente depravado, mas sou totalmentedepravado.

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k. Depravação total significa que eu e todas as demais pessoassomos depravados ou corrompidos na totalidade do nosso ser.Não existe nenhuma parte de nós que não tenha sido tocada pelopecado.

i. Nossa mente, nossa vontade e nosso corpo estão afetadospelo mal.

ii. Falamos palavras pecaminosas, praticamos atospecaminosos e temos pensamentos impuros.

iii. Nosso próprio corpo sofre a destruição do pecado.

l. Nosso problema com o pecado é que ele está enraizado no centrodo nosso ser. Permeia todo nosso coração.

i. O Pecado está no nosso coração e não simplesmente noexterior da nossa vida, e por isso a Bíblia diz:

m. O Coração do homem.

i. O mundo nos fala que o homem tem um bom coração.

ii. Ec 9.3;  A mesma coisa acontece com todos; e isso é o pior de tudo o que acontece neste mundo. O coração das

 pessoas está cheio de maldade e de loucura; e, de repente,elas morrem. 

iii. Mt 15.19; Porque do coração procedem maus desígnios,homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsostestemunhos, blasfêmias. 

n. A Mente do homem.

i. Tito 1.15;  Tudo é puro para aqueles que têm corações  puros. Mas nada é puro para aqueles que são impuros eincrédulos por que suas mentes e consciências estãocontaminadas pelo pecado. 

ii. Ef 4.17-18; Com a autoridade do Senhor eu falo isto: “Não

vivam mais como os que não tem Deus vivem!”, porque elesestão totalmente confusos. As suas mentes estão cheias deescuridão; eles estão longe da vida de Deus porque elestêm fechado suas mentes e endurecido os seus corações.

iii. 1Co 2.14; Mas as pessoas que não tem o Espírito nãoaceitam as coisas que vem do Espírito de Deus, pois sãoloucura para eles e eles não podem entender. Porquesomente aqueles que têm o Espírito podem entender o queo Espírito quer dizer. 

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o. Os Desejos do homem.

i. O homem deseja Deus?

ii. 2Ti 3.2-4; Os homens amarão a si mesmos e ao seu dinheiro. Serão egoístas e orgulhosos, falarão mal de Deus,serão desobedientes aos seus pais, e ingratos. Viverãovidas de pecado por não temerem a Deus. Serão sem amor 

 para com os outros e incapazes de perdoar; falarão mal dosoutros e não terão domínio próprio. Serão cruéis e odiarão oque é bom. Eles trairão seus amigos, agirão sem pensar,cheios de orgulho, e amarão o prazer ao invés de amarem aDeus. 

iii. Pr 21.10;   A alma do perverso deseja o mal; nem o seu vizinho recebe dele compaixão. 

iv. Jn 3.19; O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e oshomens amaram mais as trevas do que a luz; porque assuas obras eram más. 

p. A Incapacidade da Natureza

i. O problema do homem não é escolhas erradas, mas, danatureza e a incapacidade que acompanha.

ii. Jr 13.23; Será que o etíope pode mudar a sua pele? Ou o

leopardo, as suas manchas? Assim também vocês sãoincapazes de fazer o bem, vocês, que estão acostumados a praticar o mal. 

iii. Ro 8.7-8; Pois a mente controlada pela natureza pecaminosa éinimiga de Deus, pois não obedece a lei de Deus, e de fato, nem

  pode. Aqueles que ainda estão debaixo do controle da suanatureza pecaminosa nunca podem agradar a Deus. 

iv. A Bíblia não fala que eles somente não querem, é pior doque isso, eles não podem, eles são incapazes.

v. “Livre” e “incapazes” são palavras sinônimas?q. Escravos

i. O homem é livre? A Bíblia fala que fomos escravos.

ii. Ro 6.17-19;   Antes vocês eram escravos do pecado, masagora vocês obedecem com todo seu coração às coisas quetemos ensinado. Agora vocês estão livres da escravidão do

  pecado e tornaram-se escravos da justiça de Deus. Por causa da fraqueza da sua carne estou usando essailustração sobre escravidão para ajudar vocês a entenderem

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tudo isso. Antes vocês se entregaram inteiramente comoescravos da imoralidade e da maldade para servir o mal. 

iii. Ro 3.9;  Bom então, nós devemos concluir que nós judeussomos melhor do que outros? Não, de jeito nenhum, pois jámostramos que todas as pessoas, sejam judeus ou não-

 judeus, estão sob o poder de pecado. 

iv. estamos “vendidos à escravidão do pecado”  (Rm 7.14) 

v. Jn 8.34; "Em verdade, em verdade vos digo: todo o quecomete pecado é escravo do pecado.” 

vi. 2 Pe 2.19; Pois uma pessoa é escrava de qualquer coisaque a controle. 

vii. Tito 3.3; Uma vez, também fomos tolos e desobedientes.Fomos enganados e nos tornamos escravos de muitos

 paixões e prazeres. 

viii. Gal 4.8-9;   Antes que vocês que não são judeusconhecessem a Deus, vocês eram escravos de deusesfalsos que nem existem. Mas agora que vocês têm achado aDeus (ou melhor, Deus achou vocês), por que vocêsquerem voltar e ser escravos daqueles poderes espirituaisfracos e sem valor? 

ix. Ro 6.20; Quando vocês eram escravos do pecado, estavamlivres em relação à justiça, sem nenhum desejo de fazer oque é certo. 

x. 2Ti 2.25-26; Com tranqüilidade corrija aqueles que estãocontra a verdade. Na esperança que Deus dê a elesarrependimento, para que conheçam a verdade. E assimvoltarão a pensar direito e escaparão da armadilha do diabo,que fez deles prisioneiros pra fazer tudo que ele quer. 

xi. Um escravo não é livre.

xii. Libertação não é uma questão de desejo ou vontade, masde limitação, incapacidade.

r. Livre?

i. A Bíblia nos fala que a natureza do homem o leva a pecar,que o coração dele é podre, que a mente dele é ignorante,que ele somente deseja o que é mal, que ele não quer fazer o que é bom ou agradar a Deus, e pior, ele não pode, ele éincapacitado, ele é um escravo.

ii. Isso parece com liberdade para você?

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iii. Como podemos dizer que o homem é livre?

iv. Como podemos dizer que ele tem um livre arbítrio?

v. O homem age em acordo com seus desejos, suasdisposições, e inclinações.

vi. A vontade dele está influenciada e controlada por todasessas coisas.

vii. Ele não é livre, mas, sujeito.

viii. E não vamos esquecer que o diabo tem levado ele cativo,como escravo, para fazer sua vontade.

ix. De novo eu te pergunto, “Em qual sentido ele é livre?”. 

x. A bíblia em nenhum lugar nos ensina que o homem, antesde ser salvo, é livre.

xi. João 8.36; Se o Filho os libertar, vocês serão, de fato,livres.

xii. Se ele já está livre, do que Jesus liberta ele?

xiii. A doutrina infernal do livre arbítrio tem exaltado o homem,tem feito dele um tipo de deus com controle do seu destino.

xiv. Era a tentação de Adão e Eva, o desejo de ser livres docontrole de Deus, de não ser mandados, de poder tomar suas próprias decisões, de ser como Deus.

1. “Eu quero ser como Deus!”

2. E esse é o grito daqueles que defendem a doutrina delivre arbítrio, “Eu quero ser como Deus!”. 

xv. Os homens odeiam os ensinos sobre a soberania de Deus ea incapacidade e depravação total do homem.

xvi. O homem não quer se ver como Deus vê ele. Ele não quer admitir que está limitado, que ele não é o autor da sua

história.xvii. O problema não está em ver que a limitação do homem é

bíblica, o problema é que o homem não gosta de falar doque ele não pode fazer.

1. “Eu tenho uma vontade e eu faço o que eu quero!”

xviii. A bíblia não ensina “livre arbítrio”, mas pode crer que infernodeclara.

xix. O homem quer ser livre de Deus e suas influências.

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xx. No mesmo tempo, ele vive se contradizendo:

1. “Eu tenho um livre arbítrio.”

2. “Deus tem um plano para sua vida.”

xxi. Como pode ser os dois? Os dois são opostos.

1. Se Deus tem um plano para sua vida e Ele ésoberano, o plano Dele pode ser frustrado? (Não.)Então, o que adianta o meu livre arbítrio?

s. As Escolhas do Homem

i. Todo homem faz escolhas e toda escolha que faz emotivada, faz por alguma razão.

ii. Nossas decisões são baseadas sobre o que parece bompara nos no momento, considerando-se todas asimplicações.

1. Fazemos algumas coisas movidas por intenso desejo.

2. Fazemos outras sem termos consciência de nenhumdesejo.

iii. Mesmo assim, o desejo esta lá, ou então não escolheríamosfazer tais coisas.

iv. Essa e a própria essência do livre-arbítrio - escolher deacordo com nossos desejos.

v. Nós sempre escolhemos segundo nossa inclinação maisforte no momento em que fazemos à escolha.

vi. Eu creio que o homem tem um livre arbítrio. Ele é livre defazer o que ele quer e isso por natureza é pecar.

1. Tem liberdade natural, mas não liberdade moral.

vii. O homem deixado no seu estado natural não pode fazer oque agrada Deus, ele está incapacitado e ele nem quer.

viii. Assim o livre arbítrio do homem condena ele.

X. A Salvaçãoa. Ez 36.26-27; Darei a vocês um coração novo e porei um espírito

novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente àsminhas leis. 

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b. Jo 3.16-17; Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mastenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não

 para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meiodele. 

c. Rm 1.16-17; Pois eu não tenho vergonha das Boas Notícias sobreCristo. Elas são o poder de Deus para salvar todo aquele que crê,os judeus primeiro e também os que não são judeus. Essas BoasNotícias nos revelam de como Deus nos faz justos aos seus olhos,

 por meio da justiça que vem dele. E isso é realizado do princípioao fim pela fé. Como as Escrituras dizem: "O justo viverá pela fé". 

d. 1Co 1.26-31; Irmãos, lembrem-se de que poucos de vocês eram

sábios aos olhos do mundo ou poderosos ou nasceram emfamílias com posições sociais importantes quando Deus oschamou. Pelo contrário, Deus escolheu as coisas que o mundoconsidera loucas para envergonhar aqueles que pensam que sãosábios. E ele escolheu as pessoas fracas para envergonhar asfortes. Deus escolheu coisas desprezadas pelo mundo, coisasconsideradas como absolutamente nada e as usou para reduzir anada o que o mundo considera importante. Como resultado,ninguém jamais pode se orgulhar na presença de Deus. É por causa dele que vocês estão em Jesus Cristo que se tornou para

nós, a sabedoria de Deus, justiça, santidade e redenção.Portanto, como as Escrituras dizem, "Quem quiser se gloriar quese glorie no Senhor". 

e. 1Ts 1.6-10;  Vocês se tornaram imitadores nossos e do Senhor;embora tenham sofrido muito, receberam a mensagem de braçosabertos e com a alegria dada pelo Espírito Santo. E assim, vocêstêm se tornado exemplos para todos os que crêem, tanto naMacedônia quanto na Acaia. Pois vocês sabem que a mensagemdo Senhor partiu de vocês e se espalhou pela Macedônia e Acaia,e as noticias sobre a sua fé em Deus chegaram a todos os

lugares. Portanto, sobre isso não e preciso falar mais nada, porque eles mesmos falam para nós da maneira como vocês nosreceberam. Eles nos falam de como vocês deixaram seus ídolos

 para seguir a Deus, o verdadeiro e vivo Deus. E como vocês estãoesperando por seu Filho Jesus, o qual ressuscitou dos mortos, eque vai voltar do céu. É esse Jesus vai nos salvar da ira de Deusque está vindo. 

f. A questão sobre estar salvo é a suprema questão da Bíblia. Otema principal das Sagradas Escrituras é a salvação.

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g. Jesus, quando foi concebido no ventre de Maria, foi anunciadocomo o Salvador. Salvador e salvação caminham junto. O papeldo Salvador é salvar.

h. Perguntamos, salvos de que? O significado bíblico de salvação éamplo e variado. Em sua forma mais simples, o verbo salvar significa "ser resgatado de uma situação perigosa ouameaçadora".

i. Quando Israel escapava das derrotas nas mãos de seusinimigos em batalhas, dizia-se que fora salvo.

ii. Quando as pessoas se recuperam de uma enfermidadegrave, experimentam salvação.

iii. Quando a colheita é poupada das pragas e das secas, osresultados se chamam salvação.

iv. Usamos a palavra salvação de maneira semelhante.Dizendo que um boxeador foi "salvo pelo gongo" se oassalto termina antes que o juiz possa fazer a contagem quedetermina o nocaute.

i. Salvação significa ser resgatado de alguma calamidade.Entretanto, a Bíblia também usa o termo salvação num sentidoespecifico para referir-se a nossa redenção do pecado e a nossareconciliação com Deus.

  j. Neste sentido, somos salvos da pior de todas as calamidades - o juízo de Deus.

k. A salvação suprema é concretizada por Cristo, o qual "vai nossalvar da ira de Deus que está vindo" (1Ts 1.10).

l. A Bíblia anuncia claramente que haverá um dia de julgamentoquando todos os seres humanos prestarão contas diante dotribunal de Deus. Para muitos, este "dia do Senhor" será um dia detrevas, sem luz alguma.

m. Será o dia quando Deus derramara sua ira sobre o ímpio eimpenitente. Será o holocausto supremo, a hora mais triste, a pior calamidade da historia da humanidade.

n. Salvação significa ser poupado da ira divina que certamente virasobre o mundo.

o. Esta é a operação que Cristo realiza por seu povo como seuSalvador.

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p. É importante notar outro aspecto central no conceito bíblico desalvação. A salvação procede do Senhor. Salvação não e umempreendimento humano.

i. Os seres humanos não podem salvar a si próprios.

ii. A salvação e uma obra divina; é concretizada e aplicada por Deus.

iii. A salvação pertence ao Senhor e vem do Senhor.

iv. É o Senhor quem nos salva da ira do Senhor.

q. Na regeneração, Deus muda a disposição de nosso coração eimplanta em nós o desejo por ele.

r. Para escolhermos a Cristo, Deus tem que mudar nosso coração,e é precisamente isto que ele faz. Ele muda nosso coração por nós. Da-nos um desejo por ele, que de outra maneira nãoteríamos. Então o escolhemos a partir do desejo que esta dentrode nós. Nós o escolhemos livremente porque queremos escolhê-lo. Está é a maravilha de sua graça.

XI. O Chamado do Evangelhoa. Qual e a mensagem do evangelho? Como ele se torna eficaz?

b. Quando Paulo fala a respeito do modo em que Deus traz salvação

a nossa vida, ele diz: “E aos que predestinou, também chamou;aos que chamou, também justificou; aos que justificou, tambémglorificou ” (Rm 8.30).

c. Aqui Paulo ressalta uma ordem definida na quais as bênçãos dasalvação vem a nós.

d. Embora muito tempo atrás, quando o mundo ainda não havia sidofeito, Deus nos tenha predestinado para que fossemos seus filhose para que nós fossemos feito à imagem de seu Filho.

e. Aqui Paulo mostra o fato de que, no desenvolvimento real do seu

propósito em nossa vida, Deus nos “chamou”.f. Então Paulo imediatamente cita a justificação e a glorificação,

mostrando que essas coisas vêm apos o chamado eficaz.

g. O chamado eficaz.

i. Quando Paulo diz: “aos que predestinou, também chamou;aos que chamou, também justificou ” (Rm 8.30), ele mostraque o chamado é um ato divino.

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ii. De fato, é especialmente um ato de Deus Pai, pois é elequem predestina às pessoas “ para serem parecidos com seu Filho” (Rm 8.29).

iii. Esse chamado é antes um tipo de “convocação” vinda daparte do Rei do universo e tem tal poder que exige umaresposta dos corações humanos.

iv. É o ato divino que garante a resposta, porque Pauloespecifica em Romanos 8.30 que todos os que foramchamados foram também justificados.

v. Esse chamado tem a capacidade de retirar-nos do reino dastrevas e de transportar-nos ao Reino de Deus, atraindo-nospara a plena harmonia com ele: “Pois Deus, que chamou vocês para viver em união com seu Filho Jesus Cristo nossoSenhor, é fiel e sempre cumpre aquilo que diz.” (1Co 1.9).

vi. Esse poderoso ato de Deus é muitas vezes chamadovocação eficaz, para distinguir ele do convite geral doevangelho que se dirige a todas as pessoas e que algumasrejeitam.

1. Isso não significa que a proclamação humana doevangelho não esteja envolvida.

2. De fato, o chamado eficaz de Deus vem por intermédio da pregação humana do evangelho,porque Paulo diz: “Ele os chamou para isso atravésdas Boas Notícias, para que vocês possam participar na glória do nosso Senhor Jesus Cristo.” (2Ts 2.14).

vii. Naturalmente há muitos que ouvem o chamado geral damensagem do evangelho e não respondem.

viii. Mas em alguns casos o chamado do evangelho torna-seeficaz pela ação do Espírito Santo no coração das pessoas,de forma que elas respondem; podemos dizer que elas

receberam a “vocação eficaz”.ix. Podemos definir a vocação eficaz da seguinte maneira:

Vocação eficaz e o ato de Deus Pai, falando por meio daproclamação humana do evangelho, pelo qual ele convocaas pessoas para si mesmo de tal modo que elas respondemcom fé salvadora.

x. É importante não dar a impressão de que as pessoas serãosalvas pelo poder dessa vocação independentemente daresposta deliberada delas ao evangelho.

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xi. Embora seja verdade que a vocação eficaz desperta eproduz a resposta em nós, devemos sempre insistir em queessa resposta ainda tem de ser voluntária, uma respostadeliberada na qual o individuo coloca sua confiança emCristo.

xii. Essa e a razão por que a oração e tão importante para aevangelização eficaz. A menos que Deus opere no coraçãodas pessoas para tornar a proclamação do evangelhoeficaz, não haverá nenhuma resposta salvadora genuína.

1. Jesus disse: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, queme enviou, não o atrair ” (Jn 6.44).

2. Quando Lídia ouviu a mensagem do evangelho, “oSenhor abriu seu coração para atender a mensagemde Paulo” (At 16.14).

h. Ao contrario da vocação eficaz, que é inteiramente um ato deDeus, podemos falar a respeito do chamado do evangelho emgeral, que vem por meio da linguagem humana.

i. Esse chamado do evangelho é oferecido a todas as pessoas,mesmo as que não o aceitam. Às vezes esse chamado doevangelho refere-se ao chamado externo ou chamado geral.

  j. O chamado do evangelho é geral e externo e muitas vezesrejeitado; a vocação eficaz é particular, interna e sempre é eficaz.

k. Contudo, isso não significa diminuir a importância do chamado doevangelho — que é o meio pelo qual a vocação eficaz acontecerá.

l. Sem o chamado do evangelho, ninguém poderá responder e ser salvo! “E como podem crer nele se nunca ouviram falar   dele?”  (Rm 10.14).

XII. A Soberania de Deus e a Salvação do Homema. Como funciona salvação?

i. Você crê e como resultado Deus te faz uma nova criaturacom uma nova natureza?

ii. OU, Deus te faz uma nova criatura com uma nova naturezaque resulta em você crendo?

iii. Você, morto, pode crer, e se fazer vivo?

iv. Ou, Deus te faz vivo e você crer.

b. No tempo da Reforma, todos os reformadores concordaram numponto: a inabilidade moral do homem caído de poder se

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inclinar a direção das coisas de Deus; que todas as pessoas,para ser salvos, são totalmente dependente, não 99%dependente, mas 100% dependente da obra monergística deregeneração para poder ter fé, e que fé em si é um presente deDeus.

c. Não é que somos oferecidos salvação e que nascemos de novo seescolhemos a crer . Mas que nós não podemos crer até Deus naSua graça e misericórdia mude à disposição das nossas almasatravés da obra soberana de regeneração - a condição necessáriapara fé e salvação. E isso depende de Deus.

i. Jonas 2.9;  Ao SENHOR pertence à salvação!  

ii. Ro 9:16; Então não depende da vontade ou do esforço dealguém, mas de Deus que decide mostrar misericórdia. 

iii. 1Co 1.30;  É por causa dele que vocês estão em JesusCristo. 

iv. Fp 2.13;  Pois Deus está trabalhando em vocês, dando odesejo de obedecer e o poder de fazer o que o agrada. 

v. Ro 5:6;  De fato, quando ainda éramos fracos, Cristo veio notempo certo e morreu pelos incrédulos. 

vi. Jn 3.8;  Assim como ouves o vento, mas não sabes donde

vem nem para onde vai, assim se passa com aquele que énascido do Espírito. 

vii. Col 2.13;  Quando estavam mortos por causa dos seus pecados e suas naturezas humanas com seus desejos pelo  pecado ainda não tinham sido cortadas, Deus deu vida avocês com Cristo e perdoou todos os seus pecados. 

viii. Ef 2;1-5; No passado, vocês estavam espiritualmentemortos, condenados para sempre por causa dos seus

  pecados. Vocês viveram exatamente como o resto domundo, cheios de pecados, obedecendo ao grande príncipedo ar, satanás. Ele é o espírito que trabalha nos coraçõesdaqueles que se recusam a obedecer a Deus. Todos nósvivíamos assim no passado, seguindo as paixões e desejosda nossa natureza maligna. Nós nascemos com essanatureza, e estávamos embaixo da ira de Deus como todosos outros. Mas Deus é rico em misericórdia, e nos amou tanto que ainda quando estávamos espiritualmente mortos

 por causa dos nossos pecados, Ele nos deu a vida quando

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ressuscitou Cristo dos mortos (É somente pelo favor especial de Deus, sua graça, que vocês são salvos!). 

ix. Ez 11.19-20; Eu lhes darei um coração novo e uma novamente. Tirarei deles o coração de pedra, desobediente, elhes darei um coração humano, obediente. Assim elescumprirão as minhas leis e obedecerão fielmente a todos osmeus mandamentos. Eles serão o meu povo, e eu serei oDeus deles. 

x. Ez 36.26-27; Eu lhes darei um coração novo e porei emvocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de

  pedra, desobediente, e lhes darei um coração bondoso,obediente. Porei o meu Espírito dentro de vocês e farei com

que obedeçam às minhas leis e cumpram todos osmandamentos que lhes dei. 

xi. 2 Co 5.17-18; Se alguém está ligado a Cristo transforma-senuma nova pessoa; as coisas antigas passaram; tudo nelese fez novo! Tudo isso é obra de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo, através daquilo que Cristo fez por nós enos confiou à missão de anunciar essa mesmareconciliação. 

xii. Ef 2.8-10; Pois é pela graça de Deus, seu favor especial,

que vocês são salvos por meio da fé. E isso não vem devocês, é um presente dado por Deus. Salvação não é oresultado das coisas boas que nós fazemos, e isso é paraque ninguém possa se orgulhar por ter conseguido pelo seu 

  próprio esforço. Pois foi Deus quem nos fez o que somosagora. Ele nos fez novos em Cristo Jesus para que

 pudéssemos fazer as coisas boas que Ele planejou há muitotempo atrás. 

d. Mc 3.1-5;  Jesus foi de novo à sinagoga e ali estava um homemcom uma mão deformada. Sendo sábado, os inimigos de Jesus

ficaram de olho nele. “Será que ele vai curar a mão do cara nosábado?”. Se ele fizesse isso, eles teriam um motivo para poder condenar ele. Jesus falou ao homem: “Vem cá. Fique na frente detodo mundo”. Ele se virou na direção dos seus inimigos e

 perguntou: “É certo fazer coisas boas no sábado ou é um dia defazer coisas más? Hoje é um dia de salvar vidas ou de destruir?”.Eles ficaram quietos e não responderam. Ele, zangado, olhou paraeles porque estava perturbado com seus corações duros. Olhou 

 para o homem e falou: “Estende a tua mão”. E ele estendeu suamão e ela voltou a ser normal!  

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e. Entendendo limitações: “Estende a sua mão.”.

i. Que tipo de ordem é essa? Estende sua mão?

ii. Se fosse qualquer outra pessoa poderia ser entendido comouma brincadeira de mal gosto, porque estamos falando paraum coxo, “Levante se e anda”.

iii. O homem no seu poder não podia. É bem provável que eletenha tentando mil vezes, e bem aqui na frente dele, tem umhomem falando para ele fazer o que ele já sabia que nãopodia fazer.

iv. Se Jesus não faz algo, o homem não estende nada.

v. “E ele estendeu sua mão e ela voltou a ser normal!”

vi. Os amigos, “Parabéns cara! Você conseguiu! Você fez!”.

f. Estendendo a sua mão era marca da cura não a razão dela.

g. Hoje em dia, os pregadores nos falam, “Entregue a sua vida aJesus.” “Aceite Jesus como seu Senhor e Salvador.” “Vem, Eleestá te chamando. Ele está esperando por você.”.

h. Só que o homem está sendo enganado em pensar que pode, quesua fé, sua crença, é a razão da sua salvação. Ele estáconvencido que está no seu poder de “estender sua mão.”.

i. O Apelo – “a decisão dos pés”i. Hoje o ponto principal de qualquer culto evangélico é o fim,

quando o pastor abaixa sua voz e começa fala suave, quasechorando, e a música começa bem baixa, fazendo aquelefundo emocional, enquanto o pastor implora o individual defazer uma decisão por Jesus e vir à frente.

ii. A impressão dado ao pecador é que seu destino eterno estácom ele, ligado com seus pés, com sua decisão de ir afrente.

iii. “Vir a Cristo”. – “Vir à frente”. Nós sabemos que “vindo aCristo” não é sinônimo de “vindo à frente”.

  j. Houve multidões seguindo Jesus fisicamente, com seus pés. Eleaté falou duras verdades para eles de vez em quando dizendopara elas o deixarem.

i. Jn 6.66; Será que vocês também querem ir embora? 

k. Eles vieram com seus pés, mas não era o fato de ir até Ele queassegura a salvação.

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l. Jn 6.37; Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o quevem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 

m. Jn 6.44; Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não otrouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 

i. Isto não tem a ver com movimento dos pés.

ii. Isto tem a ver com algo que o pecador não pode fazer.

n. Mas, com esses apelos baseados na tal capacidade do homem,os pastores estão tentando ajudar Deus a alargar a porta do céu.

o. E assim nós temos muitas pessoas vindo a frente só para sair pelaporta no fundo nenhum pouco mais salvo do que entraram.

i. Eles tomam uma decisão do corpo que não tem efeito naalma, que não salva e em muitos casos engana.

ii. O pecador sair com uma confiança falsa de que possuí algoque não tem.

p. Aqui na frente da igreja é onde nós vemos o fruto da doutrina do“livre arbítrio”, a crença que o homem é livre para decidir o que elequer; que ele é o autor da sua história, que ele é soberano.

i. E o resultado disso é muitas conversões falsas.

q. Uma oração ou uma caminhada a frente da igreja não garante a

salvação de ninguém.i. O que o físico pode fazer nem sempre representa algo feito

no interior e vemos isso na maioria dos casos de quemresponde ao apelo.

r. Cada semana que passa milhares de homens está comprandouma esperança falsa.

s. Homens estão sendo levados a um altar, em vez de Cristo e osdois não são a mesma coisa.

t. Pregando a palavra de Deus se tornou uma vocação de decepçãoe manipulação, tentando fechar o negócio, só falta oferecer ummicroondas aos 10 primeiros que responderem ao apelo.

u. O Homem Morto

i. O evangelho é representado assim: um cara doente nohospital precisando tomar um remédio.

ii. Existe só um problema, nós esquecemos que ele estámorto.

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1. Col 2.13; Vocês estavam mortos por causa dos seus pecados.

2. Ef 2.1-5; No passado, vocês estavam espiritualmentemortos. 

iii. “Vem. Entregue sua vida a Jesus.”

iv. O homem naturalmente não pode, ele é morto. Ele não vairesponder nunca, ele nem pode.

v. O homem erradamente acha que se Deus pede algo ele écapaz de fazer.

1. Obviamente isso não é sempre o caso. “Lazaro,Venha pra fora”.

v. O suposto livre arbítrio e a decisão que salva.

i. É aqui que vemos a raiz da doutrina do livre arbítrio emrelação da salvação do homem. 

1. Suponhamos que o homem pode responder aochamado do evangelho independente das Escriturasque falam ao contrário.

ii. Mas, isso não é um problema, pois desde o início, a doutrinado “livre arbítrio” nunca esteve preocupada com as

Escrituras, mas com a soberania do homem.iii. Livre arbítrio enche o coração do homem com orgulho. Ele

se gloria na suposta capacidade de poder se salvar: Suadecisão. 

iv. A doutrina do livre arbítrio nos fala que o homem natural ésoberano sobre sua escolha para aceitar ou rejeitar Cristo.

v. Por isso, os pregadores trabalham tanto para fechar onegócio.

vi. Assim nós temos um homem exaltado e um Deus ansioso,

tentando converter pecadores, mas que não pode influenciar ou exercer seu poder por medo de violar seu “livre arbítrio”.

w. A decisão do homem se torna a dobradiça de qual vira a portade salvação.

i. A salvação do homem está dependente da sua decisão eseu arrependimento e não de Deus e o que Ele fez.

ii. Segundo essa linha Deus fez tudo que Ele podia para todomundo e espera a reação do homem. Isso é heresia!!!!!

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iii. O homem na sua natureza pecaminosa tem uma só vontadeem relação do evangelho que é de rejeitar a Cristo.

1. Ro 3.11;  Não há ninguém que entenda; não háninguém que busque a Deus. 

2. Jn 5.40; Mas vocês não querem vir para mim a fim deter vida.

iv. O homem natural odeia Deus a ponto que qualquer apeloque você faz nunca terá efeito verdadeiro. Pode falar deinferno, pode falar do céu, pode falar de amor, pode falar do

 julgamento, mas, nada terá efeito. Ele ficará na sua frente erejeitará a sua mensagem, uns até vão rir na sua cara.

v. Somente a graça de Deus e o poder do Espírito Santoquebram o coração do homem pecador e faz ele querer ser salvo.

vi. Se você já evangelizou você sabe que isso é verdadeiro.

XIII. Os Presentes de Arrependimento e Féa. Atos 2.38; Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em

nome de Jesus Cristo para que os seus pecados sejam perdoados. 

b. Atos 16.31; Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. 

c. A responsabilidade do homem é de se arrepender e crer, mas elenão pode, e até essas vontades são dadas por Deus.

i. Atos 11.18; Ouvindo isso, não apresentaram mais objeçõese louvaram a Deus, dizendo: “Então, Deus concedeuarrependimento para a vida até mesmo aos gentios!”  

ii. Atos 5.31; Deus o exaltou, colocando-o à sua direita comoPríncipe e Salvador, para dar a Israel arrependimento e

 perdão de pecados. 

iii. Ef 2.8; Pois é pela graça de Deus, seu favor especial, quevocês são salvos por meio da fé. E isso não vem de vocês,é um presente dado por Deus. 

iv. Fp 1.29;  Pois Ele tem dado a vocês não somente o  privilégio de crer em Cristo, mas também o privilégio desofrer por ele. 

v. Hb 12.2; Olhando firmemente para Jesus, pois é por meiodele que nossa fé começa, e é ele também que aaperfeiçoa. 

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d. O novo nascimento, regeneração, é a obra milagrosa e invisívelque acontece antes de tudo, habilitando o homem de ver e crer emJesus Cristo.

e. O homem não crê para nascer de novo, mas nasce de novo parapoder crer.

f. Salvação é um ato de Deus do começo até o fim; é Deus queescolheu, é Deus que morreu na cruz e ressuscitou, é Deus quepagou o preço para libertar escravos, é Deus que abre olhoscegos e faz de carne os corações de pedra, é Deus que dá vidaaos mortos espirituais e coloca neles um desejo nos seuscorações por ele, é Deus quem da a fé e o arrependimento.

g. Ele é o autor e consumador da nossa salvação. 

XIV. A Soberania de Deus e A Responsabilidade do Homema. Parece injusto se Deus é soberano e tudo acontece como Ele

quer, como ele ainda pode cobrar do homem a responsabilidadede fazer algo que já foi determinado que somos incapazes defazer.

b. O homem tem um costume de rejeitar tudo que não faz sentido aele.

c. Tudo que você acredita é racional?

i. Deus fez tudo do nada, somente falou e “puf”, mundo?

ii. A arca de Noé e todos os animais vindo sozinho?

iii. Jonas e a baleia?

iv. Josué e as muralhas de Jericó?

v. Sansão e tudo que ele fez somente porque era cabeludo?

vi. Daniel e uma noite com os leões?

vii. Moisés e o mar vermelho?

viii. Uma mulher virgem tenho um filho?ix. Um homem andando sobre as águas?

d. Porque você acredita nessas coisas?

i. Será que devemos acreditar em tudo que a Bíblia fala aindaque não entendamos?

ii. Então as verdades ensinadas na Bíblia devem ser acreditadas independentes se entendemos ou não?

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iii. E se duas verdades claramente ensinadas parecem secontradizer?

e. Um dos grandes problemas hoje na igreja é que as pessoassomente querem acreditar no que podem entender.

i. Elas têm uma noção exaltada da lógica humana que fala"Se eu não o posso entender, eu não o acreditarei".

ii. Elas têm uma dificuldade em se submeter à verdade dasEscrituras.

iii. O que acreditamos deve vir das Escrituras e não doraciocino humano.

f. Duas grandes verdades: Deus é Soberano e o Homem éresponsável pelas suas decisões.

i. A minha intenção não é de tentar reconciliar os dois, masmostrar que um é verdadeiro tanto quanto o outro; são duaslinhas paralelas indo na mesma direção, mas nuncacruzando.

ii. Spurgeon quando foi questionado sobre o fato que asoberania de Deus e a responsabilidade do homemparecem de ser incompatíveis, respondeu, “Eu não tentoreconciliar amigos.” 

g. Deus é Soberano e o homem é responsável.i. A coisa que o homem mais defende é ele mesmo, a sua

capacidade, a sua liberdade, a sua vontade que não podeser violada, até Deus revelar a ele a sua verdadeiracondição.

ii. Logo depois o homem ouve que Deus é soberano e que eleestá preso, e o negócio de livre arbítrio é uma mentira, e eleconcluí que ele então não é responsável.

iii. Como que é que Deus é soberano e no mesmo tempo ohomem é responsável?

iv. Ele é responsável?

v. Gê 3:9;  Mas o SENHOR Deus chamou o homem e perguntou: - Onde é que você está? 

1. O homem acabou de cair, e Deus aparece cobrandoele sobre o que ele tinha feito. A responsabilidade écobrada do homem.

vi. Gê 4.10; E disse Deus: Que fizeste? 

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1. Caim acabou de matar seu irmão e Deus aparececobrando ele pelo assassinato do seu irmão. Aindaque ele enrole e finja não saber, Deus não deixa eleescapar da sua responsabilidade.

vii. Ro 14.12; Cada um de nós prestará contas de si mesmo aDeus.

viii. Por quê? Porque cada um de nós é responsável.

ix. Gal 6.7-8; Não sejam enganados. Lembrem-se de quevocês não podem ignorar a Deus e escapar. Vocês semprecolherão o que vocês semearam. Aqueles que vivem parasatisfazer os seus próprios desejos através do pecado, vãocolher destruição e morte. Mas aqueles que vivem paraagradar o Espírito vão colher do Espírito, a vida eterna.

1. Mas uma vez, a ênfase está bem onde deveria. Ohomem não colhe o que Deus semeia. Ele colhe oque ele mesmo semeou.

h. Como criatura, o homem natural é responsável por amar,obedecer, e servir a Deus; e como pecador, ele é responsável por se arrepender e crer nas Boas Notícias.

i. Mas assim, nós somos confrontados com a verdade que o homemnatural não é capaz de amar e servir a Deus, e que o pecador emsi não pode se arrepender ou crer.

  j. Agora, vamos deixar bem claro que quando falamos da inabilidadedo homem, nós não estamos falando que se desejasse vir a Cristofaltaria a ele o poder necessário de vir. Não, nós estamos falandoque a inabilidade do pecador ou falta de poder é por causa da faltado seu desejo de vir a Cristo, essa falta de desejo é o fruto de umcoração depravado.

k. O homem não quer vir; isso é sua vontade.

l. Mas a depravação do coração do homem não destrói aresponsabilidade do homem em relação de Deus.

m. Se um pecador diz: “Eu não sou culpado de ter nascido nestemundo com um coração depravado, e, portanto eu não souresponsável pela minha inabilidade moral e incapacidade espiritualque é resultado dele”.

i. A resposta seria, “Culpa e responsabilidade sãoencontradas na indulgência de pecado, a indulgência livre,pois Deus não obriga ninguém pecar.”

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n. Se eu explodir de raiva, os homens podem ter pena de mim, maseles certamente não aceitaria como desculpas o fato que “herdei”esse temperamento do meu pai.

i. O próprio bom senso deles seria suficiente para guiar osseus julgamentos num caso como esse. Eles falariam quesou responsável controlar meu temperamento e raiva.

o. Da mesma maneira, o pecador enquanto falta à capacidade morale espiritual, ele possui capacidade natural, e esta é que deixa eleresponsável a Deus.

p. Os homens têm as mesmas faculdades naturais para amar Deuscomo têm para odiar Ele, os mesmos corações para crer comoque tem para não crer, e na sua falta de amar e crer éencontrada a sua culpa.

q. O homem normal tem racionalidade e uma consciência que écapaz de distinguir entre certo e errado, fazendo ele responsável.E é porque ele possui estas faculdades que ele irá "prestar contasde si a Deus".

r. Aqui então está à base da responsabilidade humana — aposse de racionalidade, mais o dom da consciência.

s. É porque o pecador tem estas faculdades naturais que ele é umacriatura responsável; porque ele não usa seus poderes naturaispara a glória de Deus, constitui sua culpa.

t. Deve ser falado que Deus não perdeu Seu direito, mesmo que ohomem perdeu seu poder.

i. A impotência da criatura não cancela sua obrigação.

ii. Um servo bêbado é servo ainda, e é contrário todo bomraciocínio de argumentar que seu mestre perde seus direitospor causa da condição do servo.

u. José

i. Gê 50.15;  Depois da morte do pai, os irmãos de Josédisseram: - Talvez José tenha ódio de nós e vá se vingar detodo o mal que lhe fizemos. 

ii. Por que José estaria bravo com eles ainda?

iii. José foi um filho fiel e obediente ao seu pai. Mas ele foidesprezado e odiado por seus irmãos que um dia chegaramao ponto de decidir matar ele, mas no último instantedecidirem não matar, e venderam ele como escravo ementiram para o seu pai que um bicho tinha matado ele.

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iv. Ele foi vendido ao Potifar, um dos ofícios do Faraó, ocapitão da guarda. Ele foi fiel a Potifar, trabalhando bem etudo que ele fez na sua casa prosperou, até Potifar colocoutudo aos cuidados dele. E lá vem a esposa de Potifar, umamulher safada sem mascara. José rejeitou ela, fugiu semsuas roupas. Ela, rejeitada, acusa ele de ter tentadoestuprar ela, então ele acaba na prisão.

v. José era fiel ao homem responsável na prisão e dentro depouco tempo foi colocado responsável para cuidar de tudona prisão. Ele acabou interpretando o sonho de um homemque seria colocado de volta no seu cargo com o rei. Essehomem promete a José que vai falar dele para o rei, mas

esquece por dois anos.vi. Finalmente Faraó teve um sonho e o prisioneiro antigo

lembrou de José e falou ao rei que então chamou ele parainterpretar o sonho do Faraó, depois disso José se tornougovernador do Egito, sendo o segundo homem maisimportante. Até que seus irmãos vieram procurar ajudaquerendo comprar comida por causa da fome na terra deCanaã.

vii. Mais do que 10 anos de uma vida ruim. Por que ele estariacom raiva?

viii. Gê 45.1-8

ix. Enquanto seus irmãos imploram por misericórdia, José dáuma notícia a eles, “Não foram vocês que me mandaram pracá, mas Deus.”

x. Como Deus estava no meio:

xi. Se não fosse pela túnica que Jacó deu a José, que levou osseus irmãos a vender ele como escravo, não teria um Potifar na história, e sem Potifar não teria a esposa de Potifar, e

sem ela, ele não ficaria um tempo na prisão que acaboulevando ele a ser o homem da mão direita de faraó. Nadaaconteceu por acaso, mas tudo foi orquestrado por um Deussoberano.

xii. Deus, sabendo que teria uma fome na terra de Canaã,mandou seu servo na frente para salvar a nação.

xiii. Gê 50.19-20; Mas José respondeu: - Não tenham medo; eu não posso me colocar no lugar de Deus. É verdade quevocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus

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mudou o mal em bem para fazer o que hoje estamos vendo,isto é, salvar a vida de muita gente. 

xiv. José reconheceu que Deus estava no controle de tudo, mas,no mesmo tempo, isso não desculpou as intenções erradasdos seus irmãos.

xv. Os homens são livres, mas, eles não são autônomos,soberano.

xvi. Eles tomam decisões seguindo os seus desejos e as suasvontades.

xvii. Os irmãos de José venderam ele como escravo, fizeramexatamente o que queriam. Ninguém obrigou eles a fazer. E

assim seriam cobrados.v. Jesus

i. Qualquer um que aceita a Bíblia como a palavra de Deusaceita, sem duvida, que a crucificação de Jesus — oacontecimento mais pecaminoso em toda história — foipredestinado.

ii. Atos 4.27-28; De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios

 e com o povo de Israel nesta cidade, para

conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste.

Fizeram o que o teu poder e a tua vontade haviam decididode antemão que acontecesse. 

iii. Atos 2.23;  Este homem lhes foi entregue por propósitodeterminado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com aajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o nacruz. 

iv. Atos 3.18;  Mas foi assim que Deus cumpriu o que tinha  predito por todos os profetas, dizendo que o seu Cristohaveria de sofrer. 

v. Atos 13.27-29;  O povo de Jerusalém e seus governantesnão reconheceram Jesus, mas, ao condená-lo, cumpriramas palavras dos profetas, que são lidas todos os sábados.Mesmo não achando motivo legal para uma sentença demorte, pediram a Pilatos que o mandasse executar. Tendocumprido tudo o que estava escrito a respeito dele, tiraram-no do madeiro e o colocaram num sepulcro. 

vi. E não somente a crucificação foi predestinada, muitos doseventos dentro dela também foram.

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Entendendo a Cruz

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1. Sl 22.18; Eles repartem entre si as minhas roupas efazem sorteio da minha túnica. 

2. Sl 69.21;  quando estava com sede, me ofereceramvinagre. 

3. Is 53.12; Pois ele deu a sua própria vida e foi tratadocomo se fosse um criminoso. Ele levou a culpa dos

  pecados de muitos e orou pedindo que eles fossem perdoados. 

4. Sl 34.20; Preserva-lhe todos os ossos, nem um delessequer será quebrado. 

5. Zc 12.10;  Eles olharão para aquele a quem

atravessaram com a lança e chorarão a sua mortecomo quem chora a morte do filho único. Chorarãoamargamente, como quem chora a morte do filhomais velho. 

vii. Escuta o que o povo falou para Jesus antes e durante acrucificação e me responda se eles não eram livres fazendoo que queriam!

viii. Mas, também leia todas as passagens e profecias que falabem antes de tudo isso acontecer, e me responda que nãofoi predestinado ou preordenado.

ix. Esses eventos não podiam ter acontecido com detalhes pre-falados pelos profetas se não fizessem parte de um planopredeterminado de Deus.

x. Mas, ainda predeterminado, o plano foi cumprido por pessoas que não sabiam quem Jesus era, e desconheciamo fato que estavam cumprindo decretos divinos.

1. Atos 13.27; O povo de Jerusalém e seus governantesnão reconheceram Jesus, mas, ao condená-lo,cumpriram as palavras dos profetas, que são lidastodos os sábados. 

2. Atos 13.29;  Tendo cumprido tudo o que estavaescrito a respeito dele, 

3. Atos 3.17;   Agora, irmãos, eu sei que vocês agiram  por ignorância, bem como os seus líderes. Mas foi assim que Deus cumpriu o que tinha predito por todosos profetas, dizendo que o seu Cristo haveria desofrer. 

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Entendendo a Cruz

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4. Atos 2.23; Este homem lhes foi entregue por  propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; evocês, por mãos de iníquos, o mataram, pregando-ona cruz. 

xi. Foi à vontade de Deus, Jesus ser crucificado. Mas, aquelasmãos que crucificaram Ele são chamados de “iníquos” queem si já é um julgamento.

xii. Deus não é o autor do pecado, mas, Ele pode determinar que atos malignos sejam usados para avançar seuspropósitos justos.

w. Numa mão temos a Soberania de Deus, na outra temos, aResponsabilidade do Homem.

i. Duas Grandes Verdades correndo lado ao lado em duaslinhas separadas e paralelas por toda a Palavra de Deus,capa a capa; duas linhas paralelas que nunca cruzam enunca discordam.

x. O homem é responsável. Ele crerá, ou ele irá ao Inferno.

i. O homem é um livre agente moral, mas ele não tem um livrearbítrio. Como dissemos, a vontade do homem está presana escravidão da sua natureza, da sua depravação total, ouno cativeiro do diabo, e ele está livre de escolher somente oque é mal.

ii. Ainda assim, ele é responsável por manter a lei moral deDeus, e sua incapacidade não acaba com suaresponsabilidade.

iii. Sou responsável por pagar minha dívida, se posso ou não.

iv. Deus vai manter cada pecador responsável a Ele, se podecumprir os requisitos santos ou não.

v. O pecador é responsável!

y. Deus é soberano, mas o pecador também é responsável.

XV. Se Deus é Soberano, por que Orar?a. Da 4.35; Todos os povos da terra são como nada diante dele. Ele

age como lhe agrada com os exércitos dos céus e com oshabitantes da terra. Ninguém é capaz de resistir à sua mão, ou dizer-lhe “O que fizeste?”. 

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Entendendo a Cruz

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b. A Bíblia nos ensina que Deus é soberano, que Ele está no controlede tudo. Então, a pergunta mais racional é “Por que orar? O queadianta?”

c. A acusação contra a doutrina da soberania de Deus é que ela fazas pessoas não orar, que mata a motivação de orar. DUVÍDO –MUITO!

i. Primeiro, o povo já não ora achando que eles são a razõespara as coisas acontecem.

1. Será que é possível orar menos.

ii. Segundo, eu quero saber então, “Por que você ora?” “Qualé sua razão ou motivo?”

d. Tg 5.16;  A oração sincera de uma pessoa justa tem grande poder e produz resultados maravilhosos. (é eficaz)

e. Atos 15.18; É isto que diz o Senhor, e ele realiza os seus planos,feitos desde a eternidade. 

f. Então, qual é? As minhas orações vão efetuar muito ou Deus já sabe do que vai fazer e acabou?

g. Como a oração de alguém pode ser considerada efetiva, funcional,se Deus já sabe tudo que Ele vai fazer, e se tudo que ele jamaisfará será somente em acordo com Sua vontade, e ninguém podequestionar?

h. Se Deus é soberano, por que orar? 

i. Vamos mudar a perguntar: Se Deus não é soberano por que orar?

  j. Vamos pensar que Deus não é soberano. Agora, você temmotivação em orar para alguém que não está no controle? Oque Ele pode efetuar?

k. E se Deus não é aquele que controla tudo, seria melhor achar alguém melhor e orar para ele.

l. Oração só faz sentido é se Deus é soberano!m. Se Ele não é, tenho pouca esperança que minha oração seria

efetiva ou vai produzir resultados como a Bíblia fala.

n. A parada real não é se Deus é soberano, a gente já sabe que é,as Escrituras falam disso. O negócio é como oração se encaixa nasoberania de Deus administrando tudo no universo.

o. “Oração tem o poder de mudar a mente de Deus?” 

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Entendendo a Cruz

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i. Se eu acredito nisso, tenho que perguntar mais uma coisa:“Se a minha oração pode mudar o plano de Deus, o queé que eu acho que está errado no Seu plano oupensamento que deve ser corrigido através da minhaoração?”

ii. Agora entramos num lugar complicado, pois temos queexplicar como chegamos ao ponto de achar que os Seusplanos e pensamentos estão errados, e como achamos quepodemos corrigir Ele, lembrando que Ele é perfeito e nósnão. 

p. Se Deus não é soberano, não tem por que orar!

i. Se pensarmos que ninguém está no controle o queachamos que a oração vai fazer?

ii. Oração para efetuar algo teria de ser igual mágica; o poder está nas palavras “Abracadabra”.

q. E bem aqui nós achamos multidões dos crentes confusos queacham que tem poder nas suas palavras e a forma que usam.

i. “A PALAVRA CRIATIVA” (Vai num quarto e cria uma luz)

ii. Por isso existe formulas de oração,

1. “A oração de Jabez”.

2. “No nome de Jesus” no fim.

3. “Declarando sua benção”.

r. É uma maneira de pensar que se falarem as palavras certas naordem certa, que os resultados vão aparecer. Esse é um conceitode oração pagão e também o conceito comum na igreja hoje:

i. Se eu oro alto suficiente (gritar);

ii. Se eu oro tempo suficiente (mais do que 5 minutos);

iii. Se eu uso certo tom de voz;

iv. Se a minha voz vibra;

v. Isto é o que vai fazer a minha oração funciona.

s. E isto é o ponto de tudo, o foco, fazendo a minha oraçãofuncionar. Mas nenhuma dessas coisas é a verdade!

t. O poder da oração não está no ato e nem nas palavras independente de como você oferece elas. O poder está Naquelepara quem oramos. Ele faz as nossas orações funcionarem. E

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Entendendo a Cruz

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até nós entendermos isso, vamos continuar buscando comomanipular a Mão de Deus lá no céu para agir em nosso favor.

u. Se Deus é soberano, por que orar?i. A Primeira Razão de Orar: Obediência

1. Ef 6.18;  Orem sempre e em cada oportunidade no poder do Espírito Santo. Fiquem alertas e perseveremnas suas orações por todos os Cristãos em todos oslugares. 

2. Col 4.2;  Se dediquem à oração, vigiando e dandograças a Deus. 

3. Sei que isso não é a resposta que queriam ouvir, mas,existe uma razão melhor?

4. Aquele que deu Sua vida para nos salvar, que nosama mais do que qualquer um nos mandou orar, enós respondemos como uma criança, “Por quê?”

5. A primeira razão (e se fosse a única deveria ser suficiente) é obediência.

ii. A Segunda Razão de Orar: Comunhão

1. Mt 6.6; Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto

e, fechada à porta, orarás a teu Pai, que está emsecreto. 

2. Oração nos leva a um lugar de comunhão sozinhocom Deus.

3. Oração gera relacionamento.

iii. A terceira razão de orar: Mudança

1. Mt 26.39; Ele foi um pouco mais adiante, ajoelhou-se,encostou o rosto no chão e orou: - Meu Pai, se é

  possível, afasta de mim este cálice de sofrimento! 

Porém que não seja feito o que eu quero, mas o quetu queres. 

2. “Não a minha vontade, mas a Sua.”

3. Por isso oração é importante, é a rendição da nossavontade a Dele, não a imposição a nossa vontadeNele.

4. A frustração com a nossa vida de oração é baseadano fato que não conseguimos fazer a cabeça de

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Deus, em outras palavras, Ele não responde asnossas orações, a nossa vontade declarada.

5. Sempre queremos que Ele mude os outros, mas achave de oração é “me mudar ”. Deus quer mudar você! 

iv. A quarta razão de orar: Compaixão

1. Tg 5.16; Confessem seus pecados uns aos outros eorem uns aos outros para que vocês possam ser curados. 

2. Mc 1.40-41; Um leproso se aproximou de Jesus e seajoelhou diante dele, implorando para ser curado: “Se

você quiser, pode me curar”. Jesus cheio decompaixão pelo cara, tocou nele e falou: “Amigo, eu quero. Seja curado”. 

3. Nós devemos orar para aprender ter compaixão dosoutros.

4. Temos que aprender a se identificar com a dificuldadedos outros reconhecendo que poderíamos estar nolugar daquela pessoa, e assim implorar a Deus pelooutro, COMPAIXÃO.

v. A quinta razão: Perdão1. Nossos pecados impedem intimidade com Ele.

2. Sl 66.18; Se eu tivesse guardado a iniqüidade no meu coração ele não me teria ouvido. 

3. Cada dia devemos estar na presença de Deuspedindo perdão. Isso faz parte para manter um bomrelacionamento com Ele, e deixa nosso coraçãosensível.

4. “Mas eu tenho vergonha de estar sempre voltandopedindo perdão pelas mesmas coisas”.

5. Pedro uma vez que perguntou, “Quantas vezes eudevo perdoar um cara se volta no mesmo dia pedindoperdão, sete?” E Jesus falou, “Não, setenta vezessete.”

6. Caraca, que tipo de maluco peca sete vezes nomesmo dia e continua voltando para pedir perdão?VOCÊ E EU!

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7. Nossa necessidade Dele e de perdão está semprediante de nós em oração verdadeira.

vi. A Sexta Razão: Gratidão1. Col 4:2;  Se dediquem a oração, vigiando e dando

graças a Deus. 

2. Nós oramos porque é certo de agradecer Deus.

3. A primeira razão que nosso tempo de oração é chatoé porque nós não gastamos tempo agradecendo Elepor tudo que tem feito.

4. Em vez de agradecer, nós ficamos lá constantementepedindo, com nossa lista de compras, e isso é chato.

5. Nós esquecemos de tudo que Ele tem feito efocalizamos no que Ele não fez segundo as nossasorações.

a. Nada matará um relacionamento mais rápido.

6. Imagine eu com Lisa; ela cozinha, limpa a casa, cuidados filhos, e eu chego em casa e vejo o jantar prontoe logo pergunto, você já passou a minha camisa?Pode falar jejum?

7. É isso que fazemos com Deus quando nãoreconhecemos o que Ele tem feito por nós e nãoagradecemos ele por essas coisas.

vii. A Sétima Razão de Orar: Humildade

1. Oração nos humilha.

2. Todo homem acredita na soberania de Deusquando ora. 

a. “Deus, por favor, faz”

b. “Deus, por favor, abre os olhos dele para ver averdade na Sua palavra.”

c. “Deus, salva ele, abre seu coração paraentender e amar você.”

3. Eu nunca vi um arminiano na oração. Aqueles quesão os maiores defensores do “livre arbítrio” dohomem mostram a sua hipocrisia na hora que dobramseus joelhos.

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4. Pois, se o homem tem nele a habilidade de crer, searrepender, e se salvar, deixe Deus em paz, e pare deencher Seu saco pedindo Ele para fazer algo que opróprio homem pode e deve fazer.

5. Ninguém ora, “Deus, por favor, não mexe com o livrearbítrio dele. Deixe ele te escolher por que ele quer”.

6. Tudo mundo ora, “Deus faça o que é necessário parasalvar ele, mas não deixa ele ir ao inferno!”

7. A verdade é que algo em nós nos fala que tudodepende de Deus. Por isso pedimos Ele para fazer oque sabemos que somente Ele pode.

viii. A Oitava Razão de Orar: Ansiedade1. Oração nos ensina de lidar com ansiedade.

2. Ansiedade é o sentimento que temos quandoreconhecemos que a situação está fora do nossocontrole; quando nosso orgulho está confrontado comuma impossibilidade.

3. Fp 4.6-7;  Não se preocupem com nada; pelocontrário, orem por tudo. Falem para Deus o quevocês precisam e agradeçam a Ele por tudo que ele

tem feito. Se vocês fizerem isso, vocês vãoexperimentar a paz de Deus que é muito maior do quea mente humana pode entender. A sua paz vai guardar seus corações e suas mentes enquantovocês viverem em Cristo Jesus. 

4. “Não se preocupem com nada” - Como fazemos isso?ORAR

5. Interessante, a passagem não fala que Deus vaimudar a situação. Ele falou que guardará os nossoscorações e mentes, mas não falou nada garantindouma mudança.

6. Talvez Ele mude a situação, talvez não, mas, podecrer, Ele vai nos mudar dentro da situação.

ix. A Nona Razão de Orar: Deus se agrada.

1. Pr 15.8; O SENHOR detesta o sacrifício dos ímpios,mas a oração do justo o agrada. 

2. Nós oramos porque Deus se agrada de nossasorações. Ele gosta.

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3. Eu não sei como explicar como o Deus santo, oCriador do Universo, gosta que eu venha paraconversar com Ele. É um grande mistério. Mas, a SuaPalavra nos fala que Ele se agrada.

4. Eu não tenho nada a oferecer, nada esperto ou sábioa falar. Nada de que posso dizer, “Olha aqui, sei queisso vai te agradar”. 

5. Mas Ele tem prazer em ouvir a voz dos seus filhos. Ésimplesmente isso. E se fosse nenhuma outrarazão, isto seria uma boa. 

x. A Décima Razão de Orar: Nossas Necessidades

1. Mt 7.7; Peçam, e receberão o que pedirem. 2. Tg 4.2; Não têm o que querem porque não pedem a

Deus. 

3. Nós oramos para receber.

4. Eu não pretendo entender como isso funciona, mas,Deus disse que nos ajudaria em todas as nossasnecessidades através da oração.

xi. A Décima Primeira Razão: Parceria com Ele

1. Mt 9.35-38; Jesus ia passando por todas as cidades e  povoados, ensinando nas sinagogas, pregando asboas novas do Reino e curando todas asenfermidades e doenças. Ao ver as multidões, tevecompaixão delas, porque estavam aflitas edesamparadas, como ovelhas sem pastor.

 Então

disse aos seus discípulos: “A colheita é grande, masos trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a suacolheita”. 

2. Orando, nós se tornamos parceiros com Ele naexecução da Sua vontade e plano, especialmentequando referimos ao evangelho.

3. Ele nos deixa trabalhar com Ele.

4. “Vem e me ajudar.” Como? ORAR

v. Deus em relação das Nossas Orações

i. A vontade de Deus será feita se você ora ou não? Comcerteza!

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ii. Deus vai entrar em crise se você não ora? De jeito nenhum!

w. Nós em relação da Falta de Nossas Orações:

i. Você conhecerá a alegria de fazer o que Ele te criou prafazer? Não!

ii. Você crescerá espiritualmente? Não!

iii. Você terá intimidade com Ele? Não!

iv. Você crescerá na graça? Não!

v. Vai honrar Ele? Não!

vi. Será útil na igreja? Não!

vii. Terá o grande privilégio de trabalhar com Ele? Não!

x. Por isso nós oramos. Para que todas essas coisas acontecem.

XVI. PREDESTINAÇÃO (ELEIÇÃO INCONDICIONAL)a. Devido o pecado de Adão, seus descendentes entram no mundo

como pecadores culpados e perdidos.

b. Como criaturas caídas, eles não têm desejo de ter comunhão com

o seu Criador. Ele é santo, justo e bom, e eles são pecaminosos,perversos e corruptos.

c. Deixados à sua própria escolha, eles inevitavelmente seguem odeus deste século e fazem à vontade do seu pai, o diabo.

d. Consequentemente, os homens têm se desligado do Senhor doscéus e têm perdido todos os direitos de Seu amor e favor.

e. Teria sido perfeitamente justo para Deus ter deixado todos oshomens em seus pecados e miséria e não ter demonstradomisericórdia a quem quer que seja.

f. É neste contexto que a Bíblia apresenta a doutrina da eleição.g. A doutrina da eleição declara que Deus, antes da fundação do

mundo, escolheu certos indivíduos dentre todos os membrosdecaídos da raça de Adão para ser o objeto de Seu não merecidoamor. Esses, e somente esses, Ele propôs salvar.

h. Deus poderia ter escolhido salvar todos os homens (pois Ele tinhao poder e a autoridade para fazer isso), ou Ele poderia ter escolhido não salvar ninguém (pois Ele não tem a obrigação de

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mostrar misericórdia a quem quer que seja), porém não fez nemuma coisa nem outra. Ele escolheu salvar alguns e excluir outros.

i. Sua eterna escolha de determinados pecadores para a salvaçãonão foi baseada em qualquer ato ou resposta prevista da partedaqueles escolhidos, mas foi baseada tão somente no Seufavorecimento e na Sua soberana vontade.

  j. Desta forma, a eleição não foi condicionada nem determinada por qualquer coisa que os homens iriam fazer, mas resultouinteiramente do propósito determinado pelo próprio Deus.

k. A doutrina da eleição deve ser vista e estudada em conexão como Eterno Pacto ou acordo feito entre os membros da Trindade.

i. O Pai escolheu desse mundo de pecadores perdidos umnúmero definido de indivíduos e deu-os ao Filho para seremo Seu povo.

ii. O Filho, através desse pacto, concordou em fazer tudoquanto era necessário para salvar esse povo escolhido eque lhe foi concedido pelo Pai.

iii. A parte do Espírito na execução desse pacto foi e é a deaplicar aos eleitos à salvação adquirida para eles pelo Filho.

l. A eleição, portanto, é apenas um aspecto (embora muito

importante) do propósito salvador do Deus Triuno, e dessa formanão deve ser vista como salvação.

m. O ato da eleição em si mesmo não salvou ninguém. O que ele fezfoi destacar (marcar) alguns indivíduos para a salvação.

n. Desta forma, a doutrina da eleição não deve ser divorciada dasdoutrinas da culpa do homem, da redenção e da regeneração,pois de outra forma ela será distorcida e deturpada.

o. Se quisermos manter em sua perspectiva bíblica, e corretamenteentendido, o ato da eleição do Pai deve ser relacionado com a

obra redentora do Filho, que Se deu a Si mesmo para salvar oseleitos e com a obra renovadora do Espírito, que traz o eleito àfé em Cristo.

p. Antes da fundação do mundo, Deus escolheu determinadosindivíduos para a salvação. Sua escolha não foi baseada emqualquer resposta ou ato previsto, a ser cumprido pelosescolhidos.

i. A fé e as boas obras são o resultado e não a causa daescolha divina.

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q. Deus fez a escolha:

i. Mc 13.20;  O fato é, que se Deus não diminuísse aqueles

dias, a raça humana inteira seria destruída. Mas, por causado povo que Deus escolheu, ele diminuiu aqueles dias. 

ii. 1Ts 1.4; Pois nós sabemos irmãos, que Deus os ama e osescolheu para serem dele. 

iii. 2Ts 2.13; Mas, nós devemos sempre agradecer a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque desde o inícioele os chamou para serem salvos através da obra doEspírito santificando vocês e através da fé na verdade. 

r. A escolha divina foi feita antes da fundação do mundo:

i. Ef 1.4; Muito tempo atrás, até antes da criação do mundo,Deus nos amou e nos escolheu em Cristo para sermossantos e sem culpas aos Seus olhos. 

ii. 2Ts 2.13; Mas, nós devemos sempre agradecer a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque desde o inícioele os chamou para serem salvos através da obra doEspírito, santificando vocês e através da fé na verdade. 

iii. 2Tm 1.9;  Pois Deus nos salvou e nos chamou paravivermos vidas santas. Ele fez isso não porque merecemos,

mas porque o seu plano, mesmo antes do inicio dos tempos,era de nos mostrar sua graça através de Cristo Jesus. 

iv. Ap 13.8; E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra,esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiroque foi morto desde a fundação do mundo. 

v. Ap 17.8;  A besta que viste era e já não é; todavia está parasubir do abismo, e vai-se para a perdição; e os que habitamsobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro davida desde a fundação do mundo se admirarão, quandovirem a besta que era e já não é, e que tornará a vir. 

s. Deus escolheu determinados indivíduos para a salvação - seusnomes foram escritos no livro da vida antes da fundação domundo: Ap 13.8; 17.8. [acima].

t. A escolha divina não foi baseada em qualquer mérito previsto daqueles que Ele escolheu, nem foi baseada em quaisquer obras previstas, realizadas por eles:

i. Rm 9.11-13;  mas antes deles nascerem ou terem feitoqualquer coisa boa ou má, para que ficasse firme o fato que

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Deus escolhe de acordo com o propósito dele, não por causa das obras, mas por causa daquele que chama. E foi dito a ela: “Seu filho mais velho vai servir seu filho mais

 jovem.”. Como está escrito nas Escrituras: “Amei Jacó, masodiei Esaú.”  

ii. Rm 9.16; Então não depende da vontade ou do esforço dealguém, mas de Deus que decide mostrar misericórdia. 

iii. Rm 10.20; Mais tarde Isaías falou com coragem sendousado por Deus: "Fui achado pelas pessoas que não me

 procuravam. Me revelei para aqueles que não perguntavam pedindo por mim". 

iv. 1Co 1.27-29; Pelo contrário, Deus escolheu as coisas que omundo considera loucas para envergonhar aqueles que

 pensam que são sábios. E ele escolheu as pessoas fracas  para envergonhar as fortes. Deus escolheu coisasdesprezadas pelo mundo, coisas consideradas comoabsolutamente nada e as usou para reduzir a nada o que omundo considera importante. Como resultado, ninguém

 jamais pode se orgulhar na presença de Deus. 

v. 2Tm 1.9;  Pois Deus nos salvou e nos chamou paravivermos vidas santas. Ele fez isso não porque merecemos,

mas porque o seu plano, mesmo antes do inicio dos tempos,era de nos mostrar sua graça através de Cristo Jesus. 

u. A eleição não é a salvação, mas é para a salvação.

i. Assim como o presidente eleito não se torna o presidente defato até o dia da sua posse (instalação), assim aqueles quesão eleitos para a salvação não são salvos até que sejamregenerados pelo Espírito e justificados pela fé em Cristo:

ii. Em Ef 1:4 Paulo mostra que os homens foram eleitos “emCristo” antes que o mundo existisse. Em Rm 16:7 ele

mostra que os homens não estão realmente “em Cristo” atéque se convertam.

iii. Rm 11.7;  O que dizer então? Israel não conseguiu aquiloque tanto buscava, mas aqueles que Deus escolheu conseguiram. Os demais tiveram os corações endurecidos, 

iv. 2Tm 2.10; E por isso, eu estou disposto a encarar qualquer coisa para que aqueles que Deus tem escolhido possamobter a salvação que está em Cristo Jesus com glóriaeterna. 

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v. Atos 13.48;  Os gentios, ouvindo isto, alegravam-se eglorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantoshaviam sido destinados para a vida eterna. 

vi. 1Ts 2.13-14; Existe outra razão para agradecermos a Deussem parar, porque receberam a palavra de Deus faladaatravés de nós. Mas não a aceitaram como palavras dehomens, mas como palavra que vem de Deus, o que de fatoela é. Pois Deus esta agindo em vocês, os que crêem. 14Pois vocês, irmãos, se tornaram imitadores das igrejas deDeus na Judéia que estão em Cristo Jesus: Vocês sofreramnas mãos do seu próprio povo as mesmas coisas queaquelas igrejas sofreram dos judeus, 

vii. Ef 1.4; como também nos elegeu nele antes da fundação domundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele emamor; 

viii. Rm 16.7; Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes emeus companheiros de prisão, os quais são bemconceituados entre os apóstolos, e que estavam em Cristoantes de mim. 

v. A eleição foi baseada na misericórdia soberana e especial deDeus. Não foi a vontade do homem, mas a vontade de Deus que

determinou que pecadores iriam ser alvos da misericórdia e ser salvos:

i. Ex 33.19; Respondeu-lhe o Senhor: Eu farei passar toda aminha bondade diante de ti, e te proclamarei o meu nomeJeová; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, eme compadecerei de quem me compadecer. 

ii. Dt 7.6-7;  Porque tu és povo santo ao Senhor teu Deus; oSenhor teu Deus te escolheu, a fim de lhe seres o seu 

 próprio povo, acima de todos os povos que há sobre a terra.O Senhor não tomou prazer em vós nem vos escolheu 

  porque fôsseis mais numerosos do que todos os outros povos, pois éreis menos em número do que qualquer povo;

iii. Mt 20.15; Não me é lícito fazer o que quero do que é meu?Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? 

iv. Rm 9.10-24;

v. Rm 11.4-6; E você lembra da resposta do Deus? Ele falou:"Guardei para mim  outros  sete mil que não dobraram os

  joelhos a Baal!". É o mesmo hoje, existem alguns do povo

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de Israel que permaneceram fiéis, pois foram escolhidos pela graça de Deus. E se é pela graça de Deus, não é então pelas suas boas obras. Pois se fosse pelas obras, a graçanão seria mais graça, mas algo merecido. 

vi. Rm 11.33-36;  Oh, como são grandes as riquezas, asabedoria e o conhecimento de Deus! Como é impossível 

 para nós entender suas decisões e suas maneiras! 34 Poisquem poderia saber os pensamentos do Senhor? Quemsabe o suficiente para dar conselhos para ele? 35 Quem jádeu alguma coisa a Deus para receber dele algum

 pagamento? 36 Pois tudo vem Dele e existe por seu poder,e criado para sua glória. Toda glória a ele para sempre! 

 Amém. vii. Ef 1.5;  Em amor nos predestinou para sermos adotados

como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, 

w. Resumindo, nenhuma pessoa caída jamais escolheria a Deus por iniciativa própria. Pessoas caídas ainda têm livre-arbítrio e podemescolher o que desejam. O problema e que não tem nenhumdesejo por Deus e não escolherão a Cristo a menos que sejamantes regeneradas. A fé e um dom que procede do novonascimento. Somente aqueles que foram eleitos responderão comfé ao Evangelho. Os eleitos escolhem a Cristo somente porqueantes foram escolhidos por Deus. Como no caso de Esaú e Jacó,o eleito foi escolhido exclusivamente com base no favorecimentosoberano de Deus e não com base em algo que tivessem feito oudesejado fazer.

x. O problema que mais incomoda envolvendo a predestinação é queDeus não escolhe ou elege salvar todas as pessoas. Ele reservapara si o direito de ter misericórdia de quem quer ter misericórdia.

i. Alguns membros da humanidade caída recebem a graça e a

misericórdia da eleição. Deus ignora o restante, deixando-osem seus pecados.

ii. Os não-eleitos recebem justiça. Os eleitos recebemmisericórdia.

iii. Ninguém e tratado com injustiça. Deus não e obrigado a ser misericordioso igualmente com todos. É decisão dele oquanto será misericordioso. Mesmo assim, nunca pode ser acusado de ser injusto com qualquer pessoa.

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y. Rm 9.14-15; O que vamos dizer então, que Deus é injusto? Claroque não! Pois Deus falou a Moisés: “Eu mostrarei misericórdia aquem eu quiser, e mostrarei compaixão a quem eu desejar.”  

XVII. A Cruz de Cristoa. O apostolo Paulo declarou que estava determinado a não saber 

nada, exceto Cristo, e este crucificado. Esta foi sua maneira deenfatizar a extrema importância da Cruz para o cristianismo.

b. A morte de Jesus tratava de duas áreas: Propiciação e Expiação. 

c. Propiciação é a obra sacerdotal de Cristo em que ele tomousobre si a ira de Deus devido os nossos pecados e os cobrindoatravés da sua morte no nosso lugar nos fazendo aceitáveis diante

de Deus.d. Jacó, Esaú e propiciação.

i. Jacó roubou o direto de primogenitura de Esaú e fugiu.Agora depois de muitos anos ele está voltando.

ii. Ge 32.1-21

iii. Esaú tinha razão de estar irado com Jacó e teria matado elemesmo, se não tivesse fugido.

iv. Esaú estava indo para encontrar com ele com 400 homens.

v. Vs 20; E não esqueçam de dizer isto: "O seu criado Jacóvem vindo aí atrás." É que Jacó estava pensando assim:"Vou acalmar  (propiciar) Esaú com os presentes que irãona minha frente. E, quando nos encontrarmos, talvez ele me

 perdoe."  

vi. Reconciliação foi possível somente porque Jacó propiciou aira de Esaú.

e. Vemos no caso de propiciação:

i. Tem duas ou mais pessoas envolvidas.

ii. Uma pessoa foi ofendida e está irada com a outra.

iii. A pessoa que ofendeu tenta propiciar, acalmar, ou tirar a irada ofendida para poder entrar na sua presença e ser aceita.Reconciliação só é possível por causa de propiciação. 

f. No velho Testamento vemos o exemplo de propiciação nossacrifícios.

i. Lev 4.35; Retirará toda a gordura, como se retira a gordurado cordeiro do sacrifício de comunhão; o sacerdote a

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queimará no altar, em cima das ofertas dedicadas aoSenhor, preparadas no fogo. Assim o sacerdote fará emfavor dele propiciação pelo pecado que cometeu, e ele será

 perdoado. 

ii. Lev 16.30; Porquanto nesse dia se fará propiciação por vocês, para purificá-los. Então, perante o Senhor, vocêsestarão puros de todos os seus pecados. 

iii. No caso dos sacrifícios vemos:

1. É em referência ao pecado que propiciação acontece.

2. É “diante” do Senhor e “para” o Senhor quepropiciação acontece. Deus é aquele propiciado.

3. O propósito e efeito da propiciação são de cobrir ospecados e trazer perdão, reconciliação e aceitaçãocom de Deus.

4. A propiciação acha aceitação em Deus por causa dasua maneira substitutiva em que o sacrifício, em vezdo pecador, é consumido pelo fogo da ira de Deus.

g. Quando olhamos para o Novo Testamento, vemos o cumprimentodo conceito de propiciação do Velho Testamento na obra deCristo.

i. 1Jn 4.10; Este é o amor verdadeiro, não que tenhamosamado a Deus, mas que Ele nos amou e enviou Seu Filho

 pra ser um sacrifício, tomando sobre si a ira de Deus paratirar os nossos pecados. 

ii. Hb 2.17; Por isso era necessário que ele fosse igual a nós,seus irmãos, em tudo, para que pudesse ser um SacerdoteSuperior misericordioso e fiel diante de Deus, para poder oferecer um sacrifício que tomaria sobre ele a ira de Deus

 pelos pecados. 

iii. 1Jn 2.2; Foi ele que tomou sobre si a ira de Deus por causados nossos pecados e não só pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. 

iv. Ro 3.25-26; Pois Deus enviou Jesus pra tomar sobre ele ocastigo dos nossos pecados e satisfazer a ira de Deuscontra nós. Somos justificados quando cremos que Jesussacrificou sua vida por nós, derramando seu sangue. Estesacrifício mostra que Deus foi justo quando suportou  e não

  puniu os que pecaram no passado, pois ele fez isto para

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demonstrar sua justiça no tempo presente, para ser justo eaquele que justifica aqueles que têm fé em Jesus. 

v. Jesus removeu a ira de Deus, cobrindo nossos pecados por meio do sacrifico dele no nosso lugar.

h. Por causa da propiciação de Jesus podemos ter reconciliaçãocom Deus. Reconciliação está baseada e devido à propiciação.

i. Ro 5.8-10; Mas Deus nos mostrou o seu grande amor enviandoseu filho pra morrer por nós enquanto ainda éramos pecadores. E agora, justificados aos olhos de Deus através do sangue deCristo, sem dúvida, seremos salvos da ira de Deus. Pois sequando éramos inimigos de Deus nosso relacionamento com elefoi restaurado através morte de seu filho, quanto mais agora

depois de termos sido reconciliados, seremos salvos pela suavida. 

ii. 2Co 5.18-19; Tudo isso provém de Deus, que nosreconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu oministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristoestava reconciliando consigo o mundo, não levando emconta os pecados dos homens, e nos confiou à mensagemda reconciliação. 

i. Na obra de Reconciliação, o homem é reconciliado com Deus.

i. Até esse ponto somos inimigos separados de Deus.  j. Assim a reconciliação primeiramente não se refere à mudança de

atitude do homem em relação a Deus, mas a mudança de atitudede Deus em relação do homem.

i. Mt 5.23-24; Portanto, se você estiver apresentando suaoferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão temalgo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá

  primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte eapresente sua oferta. 

ii. O ofendido não é você, mas o outro.iii. A mudança de atitude tem que estar no outro para ter 

reconciliação.

iv. No caso de salvação, Deus é aquele que é justamenteofendido por causa dos nossos pecados provocando a iradele. Por isso somos reconciliados a Deus.

v. Ro 5.10; 2Co 5.18-19 [acima]

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vi. Col 1.19-22;  Pois Deus teve prazer em colocar toda suanatureza dentro dele, e através dele, Deus reconciliou tudoa si mesmo. Ele a trouxe a paz por meio do sangue do seu Filho derramado na cruz, e assim trouxe de volta para si mesmo todas as coisas, tanto na terra como no céu. E istoinclui vocês que no passado estavam muito longe de Deus.Vocês eram os inimigos Dele, separados pelos seus

 pensamentos impuros e suas ações erradas, mas agora eletrouxe vocês de volta como amigos. Ele fez isso através doseu corpo humano morrendo na cruz. 

k. Redenção: a obra sacerdotal de Cristo por meio da qual fomoslibertos da nossa escravidão a Lei, pecado e Satanás através do

pagamento pela redenção da sua obediência em vida e na morteno nosso lugar como substituto.

i. A missão e propósito de Cristo ter vindo a terra era a obrade redenção.

1. Mt 20.28; como o Filho do homem, que não veio paraser servido, mas para servir e dar a sua vida emresgate por muitos. 

2. Gal 4.4-5;  Mas quando o tempo certo chegou, Deusmandou seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito a

lei. Deus o enviou para comprar a liberdade para nósque éramos escravos da lei, para que ele pudessenos adotar como seus próprios filhos. 

3. Tito 2.14; Ele deu sua vida para nos libertar de todaculpa e poder do pecado, nos purificar para si mesmo,um povo totalmente dedicado a fazer boas obras. 

ii. Redenção é realizada por Cristo e seguro em Cristo.

1. Ro 3.24;  nós somos justificados gratuitamente pelasua graça, seu favor que não merecemos, e por meio

do sangue de Jesus Cristo a dívida por nossos pecados foi paga. 

2. 1Co 1.30; É por causa dele que vocês estão emJesus Cristo que se tornou para nós, a sabedoria deDeus, justiça, santidade e redenção.

3. Ef 1.7; Ele é tão rico em graça que comprou nossaliberdade com o sangue do seu Filho, e agora nossos

 pecados são perdoados. 

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4. Col 1.14; Ele comprou nossa liberdade com o seu sangue, perdoando todos nossos pecados. 

iii. A definição básica de redenção é libertação por meio de umpreço pago.

1. Atos 20.28; Cuidem de vocês mesmos e de todo orebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos para pastorearem a igreja de Deus queele comprou com o seu próprio sangue. 

2. 1Co 6.20; pois Deus os comprou e pagou um preço. 

3. 1Pe 1.18-19; Pois vocês sabem que Deus pagou um  preço para resgatar vocês das suas antigas vidas

vazias que herdaram dos seus antepassados. E Elenão pagou com coisas que perdem o seu valor comoouro ou prata. Foi com o precioso sangue de Cristo, oCordeiro de Deus, sem pecado e sem mancha. 

l. A Expiação (Sacrifício): a obra sacerdotal de Cristo pelo que Eletirou o nosso pecado e culpa se oferecendo a Deus no nossolugar.

i. Expiar é fazer emendas, e acertar as coisas.

ii. Rm 3.21-28

iii. Rm 5.17-19; Se por causa do pecado desse único homem, Adão, a morte começou a reinar nesse mundo, muito maisaqueles que recebem uma grande quantidade de graça e o

  presente da justificação reinarão em vida através de umúnico homem, Jesus Cristo. Como o resultado de um

 pecado gerou condenação para todos, também, um ato de justiça gerou a justificação que traz vida a todos os homens.Por causa de uma pessoa que desobedeceu a Deus, muitasse tornaram pecadoras. Mas também por causa de umaoutra pessoa que obedeceu a Deus, muitas serão

 justificadas. iv. Ef 1.7; Ele é tão rico em graça que comprou nossa

liberdade com o sangue do seu Filho, e agora nossos pecados são perdoados. 

v. Fp 3.8-9; Sim, o resto não tem valor comparado com agrandeza de conhecer Cristo Jesus meu Senhor. Eu tenho

  jogado o resto fora, considerando tudo como bosta, paraque eu possa ter Cristo 9 e ser unido com ele. Eu já não

 procuro mais ser justificado por Deus por causa da minha

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obediência à lei. Pois agora é por meio da minha fé emCristo que eu sou justificado, essa justifica vem Deus pelafé. 

vi. Tito 3.1-7

vii. A doutrina da expiação é central em toda a teologia cristã.

viii. O conceito de expiação vem do Antigo Testamento, ondeDeus estabeleceu um sistema pelo qual o povo de Israelpudesse fazer expiação por seus pecados.

ix. O sacerdote colocava suas mãos sobre o sacrifício“transferindo” o pecado para o animal.

1. A vítima tomou o lugar do culpado como substituto.

x. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento deixam bemclaro que todos os seres humanos são pecadores.

xi. Como nossos pecados são contra um Deus santo e infinitoque não pode nem mesmo olhar para o pecado, a expiaçãotem efeito a fim de podermos ter comunhão com Deus.

xii. O pecado afeta até mesmo nossos melhores atos, e por issosomos incapazes de fazer sacrifício satisfatório.

xiii. Mesmo nossos sacrifícios são corrompidos e exigiriam um

outro sacrifício para corrigir essa imperfeição, e vai embora.xiv. Não temos nenhuma oferta suficientemente valiosa,

nenhuma obra suficientemente justa para fazer expiação por nossos próprios pecados.

xv. Somos devedores que não tem como pagar nossa divida.

xvi. A CAUSA DA EXPIAÇÃO

1. O amor de Deus

a. João 3.16; Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, paraque todo o que nele crê não pereça, mas tenhaa vida eterna. 

2. A justiça de Deus

a. Rm 3.25-26; Pois Deus enviou Jesus pra tomar sobre ele o castigo dos nossos pecados esatisfazer a ira de Deus contra nós. Somos

 justificados quando cremos que Jesus sacrificou sua vida por nós, derramando seu sangue. Estesacrifício mostra que Deus foi justo quando

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suportou   e não puniu os que pecaram no passado, pois ele fez isto para demonstrar sua  justiça no tempo presente, para ser justo eaquele que justifica aqueles que têm fé emJesus.

b. A justiça de Deus exigia que ele encontrasseum meio pelo qual a pena pelos nossospecados fosse paga.

c. Deus perdoava os pecados no A.T., masnenhuma pena havia sido paga.

d. Deus não seria justo se perdoasse os pecadossem nenhum castigo; por isso Cristo recebeu ocastigo pelos nossos pecados.

xvii. Ao receber a ira de Deus na cruz, Cristo pode fazer expiação por seu povo. Ele carregou, ou recebeu sobre si ocastigo pelos pecados da humanidade.

1. Is 53.4-6; Certamente, ele tomou sobre si as nossasenfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nóso reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões emoído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos

traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisadurasfomos sarados. Todos nós andávamos desgarradoscomo ovelhas; cada um se desviava pelo caminho,mas o SENHOR fez cair sobre ele à iniqüidade de nóstodos. 

2. Jn 1.29;  No dia seguinte João viu Jesusaproximando-se e disse: “Vejam”! É o Cordeiro deDeus, que tira o pecado do mundo!  

3. 2Co 5.21;  Deus tornou pecado por nós àquele que

não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus. 

4. 1Pe 2.24;  Ele mesmo carregou nossos pecados emseu corpo na cruz para que pudéssemos estar mortos

 para o pecado e vivermos para o que é certo. Pelassuas feridas vocês estão curados. 

xviii. Jesus fez expiação por eles aceitando o justo castigo devidopor seus pecados.

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xix. A Aliança do Antigo Testamento pronunciou uma maldiçãosobre qualquer pessoa que quebrasse a Lei de Deus.

xx. Na cruz, Jesus não somente tomou essa maldição sobre si,mas tornou-se "ele próprio maldição em nosso lugar"

1. Gal 3.13; Mas Cristo nos resgatou da maldiçãoimposta pela lei. Quando ele foi colocado na cruz, eletomou sobre ele mesmo a maldição que era nossa,

 por causa nossos atos errados. Pois está escrito nasEscrituras: ”Amaldiçoado seja todo aquele que for 

 pendurado numa cruz.”  

xxi. Foi abandonado pelo Pai e experimentou a plena medida doinferno na cruz.

xxii. A expiação envolve substituição e satisfação.

1. Tomando a maldição de Deus sobre si, Jesus satisfezas exigências da santa justiça.

2. 1Ts 1.10; É esse Jesus vai nos salvar da ira de Deusque está vindo. 

xxiii. Uma frase-chave na Bíblia, concernente a expiação, é "emnosso favor". Jesus não morreu por si mesmo, mas por nós.Seu sofrimento foi no nosso lugar (vicário); ele foi o nosso

substituto. Ele tomou nosso lugar assumindo o papel doCordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

xxiv. Pai e Filho queriam a salvação dos eleitos e trabalharam juntos para sua concretização.

xxv. 2Co 5.19;  Isto é, Deus estava em Cristo reconciliandoconsigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e

 pôs em nós a palavra da reconciliação. 

m. O foco da cruz

i. Propiciação tem em foco a ira de Deus.

ii. Reconciliação tem em foco a separação de Deus.

iii. Redenção tem em foco nossa escravidão a Lei, pecadoe Satanás.

iv. Expiação tem em foco remover nosso pecado culpa eresponsabilidade a Deus.

n. É pela expiação que propiciação, reconciliação e redençãoacontecem.

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o. Quando nosso pecado e culpa são removidos, a ira, separação deDeus, e a nossa escravidão a Lei, pecado e Satanás também sãoremovidos.

XVIII. REDENÇÃO PARTICULAR OU EXPIAÇÃO LIMITADAa. Como já foi observada, a eleição em si não salva ninguém; apenas

separa alguns pecadores para a salvação. Os que foramescolhidos pelo Pai e dados ao Filho precisam ser redimidos paraserem salvos.

b. Para assegurar sua redenção, Jesus Cristo veio ao mundo etomou sobre Si a natureza humana para que pudesse identificar-Se com o Seu povo e agir como seu representante ou substituto.

c. Cristo, agindo em lugar do Seu povo, guardou perfeitamente a Leide Deus e dessa forma produziu uma justiça perfeita a qual éimputada ao Seu povo ou creditada a ele no momento em quecada um é trazido à fé nEle.

i. Através do que Ele fez, esse povo é constituído justo diantede Deus.

d. Os que são constituídos justos são libertos da culpa e condenaçãocomo resultado do que Cristo sofreu por eles.

i. Através do sacrifício substitutivo que Ele sofreu, ele

removeu a penalidade dos nossos pecados e assimremoveu nossa culpa para sempre.

e. Por consequência, quando Seu povo é unido a Ele pela fé, écreditada uma perfeita justiça pela qual ficamos livre da culpa econdenação do pecado.

f. São salvos não pelo que fizeram ou irão fazer, mas tão somentena base da obra redentora de Cristo.

g. O Calvinismo histórico tem mantido de modo consistente aconvicção de que a obra redentora de Cristo foi definida em 

desígnio e realização; isto é, foi intencionada para render completa satisfação em favor de certos pecadores específicos eque, de fato, assegurou a salvação a esses indivíduos e aninguém mais.

i. A salvação que Cristo adquiriu para o Seu povo inclui tudoque está envolvido no processo de trazê-lo a um corretorelacionamento com Deus, incluindo os dons da fé e doarrependimento.

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h. Cristo não morreu simplesmente para tornar possível a Deusperdoar pecadores. Nem deixa Deus aos pecadores a decisão sea obra de Cristo será ou não efetiva.

i. Pelo contrário, todos aqueles por quem Cristo morreu serãoinfalivelmente salvos.

 j. A redenção, portanto, foi designada para cumprir o propósitodivino da eleição.

k. Suficiência e Eficácia

i. Suficiência: Todos os calvinistas concordam que aobediência e o sofrimento de Cristo são de valor infinito, eque, se fosse o propósito de Deus, a satisfação rendida por 

Cristo teria salvado todos os membros da raça humana. Nãoseria requerido de Cristo mais obediência nem sofrimentomaior para assegurar a salvação de todos os homens doque foi requerido para a salvação apenas dos eleitos.

ii. Eficácia: Cristo veio ao mundo para representar e salvar apenas aqueles que foram dados a ele pelo Pai.

iii. A obra salvadora de Cristo foi limitada no sentido em que foidesignada para salvar uns e não outros, mas não foilimitada em valor, pois seu valor é infinito. Ela teriaassegurado à salvação de todos, se essa tivesse sido aintenção de Deus.

l. Os arminianos acreditam que a obra salvadora de Cristo foidesignada para tornar possível a salvação de todos os homens,desde que eles creiam, e de que a morte de Cristo, em si mesma,não assegura ou garante a salvação para ninguém.

i. O contraste: A expiação foi designada para assegurar asalvação para certos pecadores e não para outros, ou elafoi limitada no sentido em que não foi intencionada paraassegurar a salvação de ninguém, mas apenas para tornar 

possível a Deus perdoar os pecadores na condição da fé.ii. O Arminiano tanto O Calvinista acredita em redenção

limitada. Em outras palavras, a limitação deve ser colocada,em desígnio, na sua extensão, (não foi intencionada paratodos), ou na sua eficácia (ela não assegura a salvaçãopara ninguém).

iii. Como Boettner adequadamente observa, "para o calvinistaa expiação é como uma ponte estreita que atravessa todo o

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rio; para o arminiano, é como uma grande e larga ponte quevai apenas até a metade do caminho".

iv. Desta forma, são os arminianos que impõem uma limitaçãomaior à obra de Cristo.

m. As Escrituras descrevem o fim intencionado e realizado pela obrade Cristo como a salvação completa do Seu povo. (reconciliação,

 justificação e santificação).

n. As Escrituras declaram que Cristo veio, não para capacitar oshomens a se salvarem a si mesmos, mas para salvar pecadores:

i. Mt 1.21; ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 

ii. Lc 19.10; Porque o Filho do homem veio buscar e salvar oque se havia perdido. 

iii. 2Co 5.21;   Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez   pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça deDeus. 

iv. Gal 1.3-4; Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, edo Senhor Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau,segundo a vontade de nosso Deus e Pai, 

v. 1Tm 1.15; Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação;que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores,dos quais sou eu o principal; 

vi. Tito 2.14; que se deu a si mesmo por nós para nos remir detoda a iniqüidade, e purificar para si um povo todo seu,zeloso de boas obras. 

vii. 1Pe 3.18; Porque também Cristo morreu uma só vez pelos  pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus;sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no

espírito; o. As Escrituras declaram que, como resultado do que Cristo fez e

sofreu, Seu povo é reconciliado com Deus, justificado, e recebe oEspírito Santo que o regenera e santifica. Todas essas bênçãosforam asseguradas por Cristo mesmo, ao Seu povo.

p. Jesus foi enviado ao mundo pelo Pai para salvar o povo que o PaiLhe deu. Os que o Pai Lhe deu vêm a Ele e nenhum deles seperderá:

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i. João 6.35-40; Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida;aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quemcrê em mim jamais terá sede. Mas como já vos disse, vósme tendes visto, e contudo não credes. Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhumao lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer aminha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E avontade do que me enviou é esta: Que eu não percanenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu oressuscite no último dia. Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vidaeterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 

q. Jesus, como o bom Pastor, dá a Sua vida pelas Suas ovelhas.Todos os que são Suas ovelhas são trazidos por Ele ao aprisco,levadas a ouvir a Sua voz e a seguí-lo. Notemos que o Pai temdado as ovelhas a Cristo!

i. João 10.11;  Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a suavida pelas ovelhas. 

ii. João 10.14-18;  Eu sou o bom pastor; conheço as minhasovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai meconhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelasovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são desteaprisco; a essas também me importa conduzir, e elasouvirão a minha voz; e haverá um rebanho e um pastor. Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar.Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou;tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade pararetomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.

iii. João 10.24-29;  Rodearam-no, pois, os judeus e lhe  perguntavam: Os judeus se reuniram ao redor dele e perguntaram: “Até quando nos deixará em suspense? Se évocê o Cristo, diga-nos abertamente”.Jesus respondeu: “Eu 

 já lhes disse, mas vocês não crêem. As obras que eu realizoem nome de meu Pai dão testemunho por mim, mas vocêsnão crêem, porque não são minhas ovelhas. As minhasovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas meseguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão;ninguém as poderá arrancar da minha mão. Meu Pai, que asdeu para mim, é maior do que todos;ninguém as podearrancar da mão de meu Pai.

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r. Jesus, em Sua oração sacerdotal, ora não pelo mundo, mas por aqueles que o Pai lhe dera. Em cumprimento à tarefa dada peloPai, Jesus realizou a Sua obra. Essa obra era tornar Deusconhecido do Seu povo e dar-lhe a vida eterna:

i. João 17.1-11 

ii. João 17.20;  E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; 

iii. João 17.24-26;  Pai, desejo que onde eu estou, estejamcomigo também aqueles que me tens dado, para verem aminha glória, a qual me deste; pois que me amaste antes dafundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu,mas eu te conheço; conheceram que tu me enviaste; e eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer ainda;

  para que haja neles aquele amor com que me amaste, etambém eu neles esteja. 

s. Paulo declara que todas as "bênçãos espirituais" que os santosherdam, tais como filiação, redenção, perdão de pecados, etc.,resultam do fato de estarem "em Cristo", e liga essas bênçãos àsua fonte última - o eterno conselho de Deus - onde repousa agrande bênção de terem sido escolhidos em Cristo antes dafundação do mundo para serem filhos de Deus, por meio dEle:.

i. Ef 1.3-12t. O paralelo que Paulo estabelece entre a obra condenatória de

Adão e a obra salvadora de Jesus Cristo, o "segundo Adão", podeser melhor explicado na base do princípio de que ambosfiguravam numa relação pactual com o "seu povo".

i. Adão figurava como a cabeça federal da raça e Cristo comoa cabeça federal dos eleitos.

ii. Assim como Adão envolveu o seu povo na morte econdenação pelo seu pecado, assim também Cristo trouxe

 justiça e vida ao Seu povo através de Sua justiça (retidão):iii. Rm 5.12;  O pecado entrou no mundo por meio de um só

homem, e através do pecado entrou a morte, e assim a morte seespalhou para todos os homens, pois todos pecaram, 

iv. Rm 5.17-19; Se por causa do pecado desse único homem, Adão, a morte começou a reinar nesse mundo, muito maisaqueles que recebem uma grande quantidade de graça e o

  presente da justificação reinarão em vida através de umúnico homem, Jesus Cristo. Como o resultado de um

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Entendendo a Cruz

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 pecado gerou condenação para todos, também, um ato de justiça gerou a justificação que traz vida a todos os homens.Por causa de uma pessoa que desobedeceu a Deus, muitasse tornaram pecadoras. Mas também por causa de umaoutra pessoa que obedeceu a Deus, muitas serão

 justificadas. 

u. Algumas passagens falam de Cristo morrendo por "todos" oshomens e de Sua morte como salvando "o mundo"; todavia, outrasfalam de Sua morte como sendo definida em desígnio, isto é, paraassegurar a salvação de um povo específico.

i. Há duas classes de textos que falam da obra salvadora deCristo em termos gerais: (1) As que contém a palavra

"mundo" (João 1:9, 29;3:16,17; 4:42; 2Co 5:19; 1João 2:1,2;4:14 e (2) As que contêm a palavra "todos" (Rm 5:18; 2Co5:14,15; 1Tm 2:4-6; Hb 2:9; 2Pe 3.9.

ii. Uma das razões para o uso dessas expressões era corrigir a noção falsa de que a salvação era apenas para os judeus.Frases como "o mundo", "todos os homens", "todas asnações", "toda criatura”, eram usadas para corrigir esseerro.

iii. Essas expressões eram usadas para mostrar que Cristo

morreu para todos os homens sem distinção (i.e., Elemorreu tanto para judeus como para gentios), mas elas nãopretendem indicar que Cristo morreu por todos os homens,sem exceção (i.e., Ele não morreu com o propósito desalvar todo e qualquer pecador perdido).

v. Há outras passagens que falam de Sua obra salvadora emtermos definidos e mostram que ela foi intencionada para salvar infalivelmente um determinado povo, a saber, aqueles que Lheforam dados pelo Pai:

i. Mt 1.21; ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 

ii. Mt 26.28;   pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, oqual é derramado por muitos para remissão dos pecados. 

iii. João 10.11;  Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a suavida pelas ovelhas. 

iv. João 11.50-53; nem considerais que vos convém que morraum só homem pelo povo, e que não pereça a nação toda.Ora, isso não disse ele por si mesmo; mas, sendo o sumo

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Entendendo a Cruz

GB Treinamento Ministerial 83

sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus havia demorrer pela nação, e não somente pela nação, mas também

  para congregar num só corpo os filhos de Deus que estãodispersos. Desde aquele dia, pois, tomavam conselho parao matarem. 

v. Atos 20.28;  Cuidai pois de vós mesmos e de todo orebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos,

 para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu comseu próprio sangue. 

vi. Ef 5.25-27;  E vocês maridos devem amar suas esposascom o mesmo amor que Cristo mostrou a igreja. Eleentregou a sua vida por ela 26 para fazê-la santa, havendo

a purificado, lavando com água pela palavra. 27 Ele fez isso  para que ela fosse apresentada a ele como uma igrejagloriosa, sem manchas, rugas ou qualquer outro defeito.Pelo contrário, ela será santa e sem culpa. 

vii. Rm 8.32-34;  Ele nem poupou seu próprio Filho, mas oentregou a morte em nosso favor, será que ele também nãovai nos dar tudo que precisamos? Quem tem a coragem deacusar aqueles que Deus escolheu para pertencerem a ele?Ninguém, pois foi o próprio Deus que nos justificou. Quementão vai nos condenar? Ninguém, pois Jesus Cristo morreu e foi ressuscitado por nossa causa, e ele está sentado nolugar de honra ao lado direito de Deus intercedendo por nós. 

viii. Hb 2.17; Por isso era necessário que ele fosse igual a nós,seus irmãos, em tudo, para que pudesse ser um SacerdoteSuperior misericordioso e fiel diante de Deus, para poder oferecer um sacrifício que tomaria sobre ele a ira de Deus

 pelos pecados. 

ix. Hb 3.1;  Então, santos irmãos, que pertencem a Deus efazem parte daqueles que foram chamados para céu,

  pense bem sobre esse Jesus, o Mensageiro de Deus eSacerdote Superior da fé que professamos. 

x. Hb 9.15; É por essa razão que Cristo é o mediador de umanova aliança entre Deus e as pessoas, para que todos quesão chamados possam receber a herança eterna que Deus

  prometeu a eles. Pois Cristo morreu para libertá-los docastigo que deveriam receber pelos pecados que tinhamcometido embaixo da primeira aliança. 

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Entendendo a Cruz

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xi. Hb 9.28; da mesma forma Cristo também morreu uma vez só como um sacrifício para tirar os pecados de muitas

  pessoas. Ele voltará, não para se oferecer pelos nossos  pecados, mas para trazer salvação a todos aqueles queansiosamente esperam por ele. 

xii. Ap 5.9; E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és detomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, ecom o teu sangue compraste para Deus homens de todatribo, e língua, e povo e nação; 

w. A doutrina da expiação definida focaliza a questão no desígnio deCristo. Isso tem a ver com o propósito de Deus em enviar Jesus àcruz. Qualquer um que não seja universalista (aqueles que crêem

que todos os homens do universo podem ser salvos) está dispostoa concordar que o efeito da obra de Cristo na cruz é limitado aosque crêem.

i. Isto é, a expiação de Cristo não tem validade para os nãocrentes. Nem todas as pessoas são salvas através de suamorte.

x. Todos também concordam que o mérito da morte de Cristo ésuficiente para pagar pelos pecados de toda a humanidade.

i. A expiação de Cristo e suficiente para todos, mas é eficiente

somente para alguns.ii. A expiação foi uma obra real de redenção e não

simplesmente potencial.

iii. Nesta visão, não há possibilidade de que o desígnio eintenção de Deus para a expiação sejam frustrados.

iv. O propósito de Deus na salvação e infalível.

XIX. CHAMADA EFICAZ DO ESPÍRITO OU GRAÇAIRRESISTÍVEL

a. Cada membro da Trindade - Pai, Filho e Espírito Santo -participa e contribui para a salvação de pecadores.

i. O Pai, antes da fundação do mundo, escolheu aqueles queiriam ser salvos e deu-os ao Filho para serem o Seu povo.

ii. Na época oportuna o Filho veio ao mundo e assegurou aredenção desse povo.

iii. Mas esses dois grandes atos - a eleição e a redenção - nãocompletam a obra da salvação, pois está incluída no plano

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Entendendo a Cruz

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divino para a recuperação do pecador perdido a obrarenovadora do Espírito Santo, pela qual os benefícios daobediência e da morte de Cristo são aplicados ao eleito.

iv. A doutrina da Graça Irresistível ou Eficaz está relacionadacom essa fase da Salvação.

b. Declarada de modo simples, esta doutrina afirma que oEspírito Santo nunca falha em trazer à salvação aquelespecadores que Ele pessoalmente chama a Cristo.

c. Ele aplica inevitavelmente a salvação a todo pecador que Elepretendeu salvar, e é Sua intenção salvar todos os eleitos.

d. O apelo do evangelho estende uma chamada à salvação a todo

que ouve a mensagem.i. Ele convida a todos os homens, sem distinção, a beber da

água da vida e viver.

ii. Ele promete salvação a todo que se arrepender e crer.

e. Mas essa chamada geral externa, estendida igualmente ao eleito eao não eleito, não trará pecadores a Cristo.

i. Por quê? Porque os homens estão, por natureza, mortos empecado e debaixo de seu poder.

1. Eles são, por si mesmos, incapazes de abandonar osseus maus caminhos e se voltarem a Cristo, parareceber misericórdia.

2. Nem podem e nem querem fazer isso.

ii. Consequentemente, o não regenerado não vai responder àchamada do evangelho para arrepender-se e crer.

iii. Nenhuma quantidade de ameaças ou promessas externasfará um pecador cego, surdo, morto e rebelde se curvar perante Cristo como Senhor e olhar somente para Ele para

a salvação.1. Tal ato de fé e submissão é contrário à natureza do

homem perdido.

iv. Por isso, o Espírito Santo, para trazer o eleito de Deus àsalvação, estende-lhe uma chamada especial  interna emadição à chamada externa contida na mensagem doevangelho.

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v. Através dessa chamada especial, o Espírito Santo realizauma obra de graça no pecador que, inevitavelmente, o trazà fé em Cristo.

vi. A mudança interna operada no pecador eleito o capacita aentender e crer na verdade espiritual.

vii. O pecador que antes estava morto, é atraído a Cristo pelachamada interna e sobrenatural do Espírito, a qual, atravésda regeneração, o vivifica e cria nele a fé e oarrependimento.

f. A chamada interna e especial do Espírito nunca deixa deproduzir a conversão naqueles a quem ela é feita.

g. Essa chamada especial não é feita a todos os pecadores, mas éestendida somente aos eleitos.

h. O Espírito não depende em nenhuma maneira da ajuda oucooperação do pecador para ter sucesso em Sua obra de trazê-loa Cristo.

i. É por essa razão que os calvinistas falam da chamada do Espíritoe da graça de Deus em salvar pecadores como sendo "eficaz","invencível" ou "irresistível".

  j. A graça que o Espírito Santo estende ao eleito não pode ser 

resistida, nem recusada; ela nunca falha em trazê-lo à verdadeirafé em Cristo.

k. Através da regeneração ou novo nascimento, os pecadoresrecebem a vida espiritual e são feitos filhos de Deus.

i. A Bíblia descreve esse processo como uma ressurreiçãoespiritual, uma criação, o recebimento de um novo coração,etc.

l. A mudança interna, que é operada através do Espírito Santo, éfruto do poder e da graça de Deus e de forma nenhuma depende

da ajuda do homem para a operação do Espírito ser bemsucedida.

i. João 1.12-13; Mas, a todos quantos o receberam, aos quecrêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhosde Deus; os quais não nasceram do sangue, nem davontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. 

ii. João 3.3-8; Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdadete digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver oreino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um

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homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar aentrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu:Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. Oque é nascido da carne é carne, e o que é nascido doEspírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito:Necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer,e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem paraonde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. 

iii. Tito 3.5;  não por causa das coisas justas que tínhamosfeito, mas por causa da sua misericórdia, ele nos salvou,nos lavando dos nossos pecados, fazendo com que

nascêssemos de novo, nos renovando pelo Espírito. iv. 1 Pe 1.3; Todo louvor a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus

Cristo. É pela sua grande misericórdia que Ele tem nos dadoo privilégio de nascer outra vez. Agora nós vivemos comuma esperança viva, porque Jesus Cristo ressuscitou dosmortos. 

v. 1 Pe 1.23;  Pois vocês nasceram outra vez, mas não parauma vida que rapidamente acabará. Sua nova vida durará

 para sempre porque vem da palavra viva, eterna, de Deus. 

vi. 1João 5.4;   porque todo o que é nascido de Deus vence omundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.  

m. Através da obra do Espírito o pecador morto recebe um novocoração (uma nova natureza) e é levado a andar na lei de Deus.Em Cristo ele torna-se uma nova criação:

i. Dt 30.6;  Também o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, a fim de queames ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda atua alma, para que vivas. 

ii. Ez 36.26-27; Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne ocoração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda

 porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nosmeus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e asobserveis. 

iii. Gal 6.15;  Agora, não faz nenhuma diferença se nós somoscircuncidados ou não. O que é importante é se nósrealmente temos sido transformados em pessoas novas ediferentes. 

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iv. Ef 2.10; Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora. Elenos fez novos em Cristo Jesus para que pudéssemos fazer as coisas boas que ele planejou há muito tempo atrás. 

v. 2Co 5.17-18;  Pelo que, se alguém está em Cristo, novacriatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Mas todas as coisas provêm de Deus, que nosreconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou oministério da reconciliação; 

n. O Espírito Santo ergue o pecador de seu estado de morteespiritual e o vivifica:

i. João 5.21; Pois, assim como o Pai levanta os mortos e lhesdá vida, assim também o Filho dá vida a quem ele quer.

ii. Ef 2.1, 4-5;  No passado, vocês estavam espiritualmentemortos, condenados para sempre por causa dos seus

  pecados... Mas Deus é rico em misericórdia, e nos amou tanto 5 que ainda quando estávamos espiritualmente mortos

 por causa dos nossos pecados, ele nos deu a vida quandoressuscitou Cristo dos mortos (É somente pelo favor especial de Deus, sua graça, que vocês são salvos!). 

iii. Col 2.13;  Quando estavam mortos por causa dos seus pecados e suas naturezas humanas com seus desejos pelo

  pecado ainda não tinham sido cortadas, Deus deu vida avocês com Cristo e perdoou todos os seus pecados. 

XX. PERSEVERANÇA DOS SANTOS OU SEGURANÇA DOSCRENTES

a. Os eleitos não são apenas redimidos por Cristo e regeneradospelo Espírito; eles são mantidos na fé pelo infinito poder de Deus.

i. Todos os que são unidos espiritualmente a Cristo, atravésda regeneração, estão eternamente seguros nEle.

ii. Nada os pode separar do eterno e imutável amor de Deus.iii. Foram predestinados para a glória eterna e estão, portanto,

assegurados para o céu.

b. A doutrina da perseverança dos santos não mantém que todosque professam a fé cristã estão garantidos para o céu.

c. São os santos - os que são separados pelo Espírito - os queperseveram até o fim.

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i. São os crentes - aqueles que recebem a verdadeira e vivafé em Cristo - os que estão seguros e salvos nEle.

d. Muitos que professam a fé cristã caem, mas eles não caem dagraça, pois nunca estiveram na graça.

e. Os crentes verdadeiros caem em tentações e cometem gravespecados, às vezes, mas esses pecados não os levam a perder asalvação ou a separá-los de Cristo.

f. Boettner certamente está correto em afirmar que "essa doutrinanão se manifesta isoladamente, mas é uma parte necessária dosistema calvinista de teologia. As doutrinas da Eleição e da GraçaEficaz implicam logicamente na salvação certa daqueles querecebem essas bênçãos. Se Deus escolheu homens de modoabsoluto e incondicional para a vida eterna, e se o Seu Espíritoefetivamente aplica-lhes os benefícios da redenção, a conclusãoinevitável é que essas pessoas serão salvas".

g. Os seguintes versículos mostram que o povo de Deus recebe avida eterna no momento em que crê. Estes são guardadospelo poder de Deus mediante a fé e nada os pode separar doSeu amor . Foram selados com o Espírito Santo que lhes foi dadocomo garantia de sua salvação e, desta forma, estão asseguradospara uma herança eterna:

i. Jer 32.40;  e farei com eles um pacto eterno de não medesviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim. 

ii. Mt 18.12-14;  Que vos parece? Se alguém tiver cemovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará as noventa enove nos montes para ir buscar a que se extraviou? E, seacontecer achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por esta do que pelas noventa e nove que não seextraviaram. Assim também não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que venha a perecer um só destes

 pequeninos.iii. João 3.16; Porque Deus amou o mundo de tal maneira que

deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crênão pereça, mas tenha a vida eterna. 

iv. João 3.36;  Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.

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v. João 5.24;  Em verdade, em verdade vos digo que quemouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem avida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte

 para a vida.

vi. João 6.35-40; Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida;aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quemcrê em mim jamais terá sede. Mas como já vos disse, vósme tendes visto, e contudo não credes. Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhumao lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer aminha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E avontade do que me enviou é esta: Que eu não perca

nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu oressuscite no último dia. Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vidaeterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

vii. João 6.47; Em verdade, em verdade vos digo: Aquele quecrê tem a vida eterna. 

viii. João 10.27-30;  As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eeu as conheço, e elas me seguem; eu lhes dou a vidaeterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará daminha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do quetodos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um.

ix. João 17.11-12;  Eu não estou mais no mundo; mas elesestão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os noteu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assimcomo nós. Enquanto eu estava com eles, eu os guardava noteu nome que me deste; e os conservei, e nenhum deles se

 perdeu, senão o filho da perdição, para que se cumprisse aEscritura.

x. João 17.15; Não rogo que os tires do mundo, mas que osguardes do Maligno. 

xi. Rm 5.8-10;  Mas Deus nos mostrou o seu grande amor enviando seu filho pra morrer por nós enquanto aindaéramos pecadores. E agora, justificados aos olhos de Deusatravés do sangue de Cristo, sem dúvida, seremos salvosda ira de Deus. Pois se quando éramos inimigos de Deusnosso relacionamento com ele foi restaurado através mortede seu filho, quanto mais agora depois de termos sidoreconciliados, seremos salvos pela sua vida. 

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xii. Rm 8.1; Portanto, Agora já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidos Cristo Jesus. 

xiii. Rm 8.29-30;  Pois aqueles que já tinham sido conhecidosantes por Deus, ele também o predestinou para serem parecidos com seu Filho. Ele fez isso para que o Filho fosseo primeiro entre muitos irmãos. E aqueles que ele

  predestinou, ele também os chamou. E aqueles que elechamado, eles também justificou. E aqueles que ele

 justificou, ele também glorificou. 

xiv. Rm 8.35-39;  Quem pode nos separar do amor de Cristo?Problemas, dificuldades, perseguições, fome, nudez, perigoou ameaças de morte? Como as Escrituras falam: “Por 

causa de ti estamos em perigo de morte o dia inteiro; somostratados com ovelhas que vão ser mortas.” Mas, em todasessas situações, a vitória completa é nossa através deCristo que nos amou.  E eu estou convencido que nada

 poderá nos separar do amor de Deus. Nem a morte nem avida, nem anjos, nem principados, nem poderes, nemnossos medos de hoje, ou nossas preocupações sobre oamanhã, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outracriatura poderá nos separar do amor de Deus que estárevelado em Cristo Jesus nosso Senhor. 

xv. 1Co 1.7-9; Vocês têm cada dom espiritual que necessitamenquanto esperam   pelo retorno do nosso Senhor JesusCristo. Ele manterá vocês firmes até o fim para que sejamlivres de toda culpa no dia quando nosso Senhor JesusCristo retornar. Pois Deus, que chamou vocês para viver emunião com seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor, é fiel esempre cumpre aquilo que diz. 

xvi. 1Co10.13;  As tentações nas suas vidas não são diferentesdo que as que outros experimentam. Deus é fiel. Ele não

  permitirá que a tentação seja maior do que possamsuportar. Quando vocês forem tentados, ele providenciaráuma saída, para que possam suportar. 

xvii. 2Co 4.14;  sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitará a nós com Jesus, e nos apresentaráconvosco.

xviii. 2Co 4.17;  Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória;

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xix. Ef 1.5;  Em amor nos predestinou para sermos adotadoscomo filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom

 propósito da sua vontade. 

xx. Ef 1.13-14; E agora, vocês também têm ouvido a verdade,as Boas Notícias que Deus os salva . E que quando vocêscreram em Cristo, ele marcou vocês como um dono marcasua propriedade, dando o Espírito Santo que prometeu hámuito tempo atrás. O Espírito de Deus garante que ele vai nos dar tudo o que prometeu, e que nos comprou parasermos seu próprio povo. Esta é mais uma razão para olouvor da sua gloria. 

xxi. Ef 4.30;  E não entristeçam o Santo Espírito de Deus por 

causa da maneira que vocês vivem. Lembrem-se, Ele éaquele que está marcando vocês como propriedade deDeus, garantindo que vocês vão ser salvos no dia daredenção. 

xxii. Col 3.3-4; Porque vocês já morreram e sua vida está agoraescondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a suavida, aparecer, vocês também aparecerão com ele, emglória. 

xxiii. 1Ts 5.23-24;  Que próprio Deus da paz, santifique vocês

completamente. Que seus espíritos, almas e corpos sejamconservados sem culpa para o dia em que nosso Senhor Jesus Cristo irá voltar. Aquele que chamou vocês é fiel e elevai fazer isso. 

xxiv. 2Tm 4.18;  Sim, o Senhor me livrará de cada obra domaligno ele me levará seguro para entrar no seu Reinocelestial. Toda glória seja dada a Deus para sempre esempre! Amém. 

xxv. Hb 9.12;  Com o próprio sangue, não com o sangue deanimais sacrificados, como bodes e bezerros, ele entrou noSanto dos Santos de uma vez por todas e conseguiu nossaredenção eterna, a salvação. 

xxvi. Hb 9.15; É por essa razão que Cristo é o mediador de umanova aliança entre Deus e as pessoas, para que todos quesão chamados possam receber a herança eterna que Deus

  prometeu a eles. Pois Cristo morreu para libertá-los docastigo que deveriam receber pelos pecados que tinhamcometido embaixo da primeira aliança. 

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xxvii. Hb 10.14;  Através daquela única oferta ele fez eternamente perfeitos aqueles que estão sendo santificados. 

xxviii. Hb 12.28;  Desde que estamos recebendo um Reino quenão pode ser destruído, retenhamos a graça, pela qual servimos a Deus agradavelmente com reverência e temor aele. 

xxix. 1Pe 1.3-5;  Todo louvor a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. É pela sua grande misericórdia que Ele temnos dado o privilégio de nascer outra vez. Agora nósvivemos com uma esperança viva, porque Jesus Cristoressuscitou dos mortos. Pois Deus tem reservado umaherança  que não tem preço para seus filhos. E ela está

guardada no céu para vocês, pura e sem defeito, jamais  perderá seu valor ou se estragará. Por isso vocês são protegidos pelo poder de Deus, que opera pela fé, para querecebam a salvação que ira se revelar no fim dos tempos. 

xxx. 1João 2.19; Eles saíram do nosso meio, mas na realidadenão eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriamficado conosco; o fato de terem saído já mostra que nenhumdeles era dos nossos. 

xxxi. 1João 2.25; E ele nos prometeu a vida eterna. 

xxxii. 1João 5.4;  Pois todo filho de Deus vence este mundo; é pela fé que ele tem essa vitória. 

xxxiii. 1João 5.11-13; E este é o testemunho: Deus nos deu a vidaeterna, e essa vida está no seu Filho. Quem tem o Filho temvida; quem não tem o Filho de Deus não tem vida. Escrevoestas coisas para vocês que crêem no nome do Filho deDeus, para que saibam que têm a vida eterna. 

xxxiv. 1João 5.20;  E nós sabemos também que o Filho de Deusveio e ele nos deu entendimento para que possamos

conhecer ao Deus verdadeiro. E agora vivemos emcomunhão com o Deus verdadeiro porque vivemos emcomunhão com seu Filho, Jesus Cristo. Ele é o único Deusverdadeiro, e ele é a vida eterna. 

xxxv. Judas 1.24-25;  Agora toda glória seja dada a Deus, Aqueleque é capaz de guardar vocês de caírem e trazê-los à suagloriosa presença, inocentes do pecado e com grandealegria. Toda glória seja dada a Ele que é o único Deus,nosso salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, ao qual 

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  pertence à glória, a majestade, o poder e a autoridade,desde sempre, agora e por toda a eternidade. Amém. 

h. A doutrina da preservação não se baseia em nossa capacidadepara perseverança, mesmo sendo regenerados.

i. Pelo contrario, descansamos na promessa de Deus de nospreservar.

i. Paulo escreve aos Filipenses: "Tendo por certo isto mesmo, queaquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao diade Jesus Cristo;" (Fp 1.6). 

 j. E pela graça, e tão-somente pela graça, que o cristão persevera.

i. Deus termina o que começa.

k. “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrara no Reinodos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai queesta nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não

  profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamosdemônios e não realizamos muitos milagres? ’ Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que

 praticam o mal!”  (Mt 7.21-23). 

i. Embora essas pessoas tenham profetizado, expelidodemônios e feito muitos milagres no nome de Jesus, a

capacidade de fazer tais obras não era garantia de quefossem cristãos.

ii. Jesus diz: “Nunca os conheci”. Ele não diz: “Eu conhecivocês por um tempo, mas agora não os conheço mais”, ou“Eu conheci vocês por um tempo, mas vocês se extraviaramde mim”.

iii. Antes, ele diz: “Eu nunca conheci vocês”. Eles nunca foramcrentes genuínos.

XXI. Se Deus é soberano, por que evangelizar?a. Como oração, muitos acusam a doutrina da soberania de Deus de

tirar a motivação e razão de evangelizar?

b. Bom, deixe me perguntar, “VOCÊ JÁ ESTÁ EVANGELIZANDO?”.

i. Eu vejo tão poucas pessoas evangelizando hoje que duvidoque faz alguma diferença. A acusação é vazia.

ii. Eu me lembro quando eu estava crescendo a pergunta era,“Quantas pessoas você ganhou pra Jesus esse ano?” Agora

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é mais tipo, “Quantas pessoas você evangelizou esseano?”.

c. A realidade é que nós não estamos evangelizando? Por quê?i. Porque descobrimos que Deus é soberano e pensamos com

os fatalistas que quem será salvo será salvo independentede mim?

ii. Eu acho que tem mais a ver com a falta de uma motivaçãocerta.

d. Por que você evangelizar? Qual é a motivação?

i. A maior motivação é culpa.

ii. Quem já ouviu, “Se você perde uma oportunidade deevangelizar alguém e ele vai para inferno, é sua culpa?”.

iii. Quem acreditou? Quem ainda vive com essa culpa?

e. Ez 3.18-19; Se eu anunciar que um homem mal vai morrer, e vocênão avisar esse homem para que pare de fazer o mal e assimsalve a sua vida, ele morrerá como pecador, e você será oresponsável pela morte dele ( seu sangue será sobre suasmãos ). Se você avisar um homem mau, e ele não deixar de pecar,ele morrerá ainda pecador, mas você não morrerá. 

f. Este é o versículo mais usado para nos motivar a evangelizar.g. Vamos considerar o texto no seu contexto.

i. Ezequiel era uma “atalaia”. O trabalho de uma atalaia era deficar na muralha e avisar a cidade de perigo chegando.

ii. Ezequiel estava falando para Israel da chegada deBabilônia.

iii. Ele estava falando para os maus tanto os justos. Ez 18 falade um avô, filho, e neto. O avô é moral, o filho é mal e

 julgado, e o neto aprendeu olhando para os dois e escolheu

certo.iv. “Você prestará contas para o que você faz.”

v. Ezequiel estava fazendo o que Deus mandou ele a fazer.Ele era uma atalaia. Nós não somos as atalaias namuralha. 

h. A mensagem de uma atalaia é para tudo mundo, bom e mal.

i. Evangelismo é uma mensagem para os perdidos, não para ossalvos, os bons. Esse versículo não é sobre evangelismo! 

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Entendendo a Cruz

GB Treinamento Ministerial 96

  j. A culpa de sangue referido aqui é que se Ezequiel não fala, eleserá culpado de assassinato, pois as pessoas morreriam.

i. Quantos de nós evangelizamos porque não queremos osangue de alguém em nossas mãos?

k. Quando nós não evangelizamos a única coisa que perdemos égalardão. Mas Deus não vai nos acusar de assassinato. 

l. A CULPA NÃO É SUA! Quem vai para inferno vai por causa dosseus próprios pecados contra Deus.

i. Nós avisamos homens do julgamento chegando porqueamamos eles, mas a salvação de ninguém está dependentedo que você faz ou não faz.

m. Lembra se da condição natural do homem: ele é cego, surdo, nãopode entender, todo desejo do seu coração é mal, ele é totalmentedepravado, não tem nenhum desejo a reconciliar com Deus, e nãose esquece, ele é morto.

n. Jesus não morreu para fazer bons homens melhor, mas parafaz homens mortos vivos.

o. Deus tem escolhido quem Ele vai salvar. Nunca era a intençãoDele de salvar o mundo inteiro.

i. A Redenção de Deus é limitada aos que Ele escolheu eassim a obra da cruz também é limitada. Não no sentido quenão pode fazer algo, mas, limitado pelo que foi feito parafazer.

ii. A cruz de Cristo muito bem podia salvar o mundo inteiro,mas isso não era a intenção da cruz. A sua intenção eraparticular.

iii. Jesus deu sua vida pelas ovelhas, não os bodes.

p. Agora se você não concorda com essa interpretação dosversículos sobre predestinação e eleição, vamos olhar para asopções.

i. Primeira: Tirar todos os versículos que falam de eleito ouescolhido ou predestinado na bíblia.

ii. Segunda: Falar que Deus é um Deus de amor quepretendia salvar o mundo inteiro e tem feito o seu melhor,mas não está dando tão certo como Ele gostaria.

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Entendendo a Cruz

GB Treinamento Ministerial 97

1. Para dizer isso, temos que admitir que Deusfracassou. Ele pretendeu uma coisa, mas nãorealizou.

2. Isso falaria que Deus não é soberano, que Ele nãotem o poder de efetuar a sua própria vontade.

3. Isto faria o homem soberano, pois foi ele quefrustrou os planos de Deus de salvar o mundo.

4. Faria o diabo igual a Deus. Deus vota em favor dasalvação do homem, o diabo vota contra, e o homemtem o voto final que decide.

5. Quantas gotas do sangue de Jesus foram

desperdiçadas?iii. Falar que o amor de Deus é condicional no homem.

1. “Todo mundo é filho de Deus.” Isto é a verdade?

2. Jesus não falou isso. Ele falou para uns que seu pai éo diabo.

3. Esse evangelho falso que fala que tudo mundo é filhode Deus também fala que Ele aceita você baseadoem o que você faz.

4. “Se você se arrepender, se você crer, se você viveem santidade, então eu aceitarei você como Meu filhoe eu serei seu Pai.” – AMOR CONDICIONAL

5. Seria igual eu olhando para um dos meus filhos efalando, “Se você me obedece e faz tudo que euquero, eu serei seu pai e te amarei”.

iv. QUAL É? Deus está no controle e tudo está exatamentecomo Ele quer, ou Ele fez Seu melhor e está esperando ver o que vai acontecer com a possibilidade de falhar?

q. A Bíblia fala que Ele está no controle e que Ele salva todos queEle pretende salvar.

r. Deus escolheu baseado na Sua boa vontade, antes da fundaçãodo mundo, quem Ele salvaria e quem deixaria na suaincredulidade, pecado, e rebelião.

s. Jesus morreu em particular pelos eleitos, sendo o autor econsumador da nossa fé e por mais ninguém.

t. Se dizemos que Ele morreu pelos pecados de todo o mundotemos que perguntar então, por que as pessoas irão pro inferno?

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Entendendo a Cruz

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i. Qual é a razão da sua condenação? 

ii. Se o preço por todos seus pecados já foi pago por que será

condenado? Por rejeitar Jesus? Mas isso não seria umpecado? Um pecado pelo qual o preço já foi pago?

iii. Deus é um juiz justo e Ele não vai exigir punição duas vezespelo mesmo pecado.

iv. Se Jesus já pagou, está pago.

u. Em tudo isso, Deus não pode ser acusado de injustiça.

i. O pecador que rejeita Deus e acaba no inferno nunca quisEle. Não era homem individual esperando algo que foinegado a ele por um Deus velho e mal.

ii. É errado deixar alguém ter o que ele quer? Todos ospecadores querem pecado e inferno; eles não querem Deus.

iii. No outro lado, Deus vendo que o homem na sua própriacondição natural nunca aceitaria Ele entrou e deu a alguns avontade de desejar Ele. Isso é injusto? 

iv. Ele está errado em causar em alguém o desejo de querer algo que é para seu bem em vez de deixar ele no seuestado de ignorância e morrer por falta de conhecer averdade.

v. “Se Deus é soberano, se tudo já está predeterminado, por que evangelizar?”

w. A Primeira Razão de Evangelizar: Deus nos mandou!

i. Mc 16.15; Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a todacriatura.

ii. É uma questão de obediência. Se você não evangeliza fiquesabendo já da sua desobediência.

iii. Deus nos chama a evangelizar, mas se você não

evangeliza, Deus ainda está no controle.iv. Nosso trabalho é de falar. Se as pessoas rejeitam ou

aceitam não é da nossa conta.

v. Jn 16.8; Quando ele (O Espírito Santo) vier, convencerá omundo do pecado, da justiça e do juízo: 

vi. Nossa responsabilidade é de falar, de ser obediente.

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vii. Ec 12.13;  Esta é a minha conclusão final: tema a Deus eobedeça aos seus mandamentos; este é o dever de todohomem.

x. A Segunda Razão

i. Deus trabalha por meios. Deus tem determinado o fim e osmeios pelos quais vai chegar aquele fim.

ii. “Multiplique e enche a terra.” Quem falou isso? Para quem?O fim era a terra cheia de homens. O que era o meio?(sexo)

iii. Ro 10:14-15; Mas como podem chamar aquele em quemnão creram? E como podem crer nele se nunca ouviram

sobre Ele? E como podem ouvir sobre Ele sem ao menosque alguém os conte? E como alguém irá e contará sem ser enviado? Essa é a razão pela qual as Escrituras dizem:"Como são belos os pés dos mensageiros que trazem boasnotícias!”. 

iv. Evangelismo é o meio pelo qual Deus trabalha para chegar ao seu desejado fim, a salvação dos Seus filhos.

v. Deus usará as nossas palavras para salvar alguns.

vi. É uma oportunidade de servir Deus e ser usado por Ele.

y. Deus está no controle de salvação desde o primeiro passo:i. O Pai elegeu e predestinou.

ii. O Filho morreu na cruz pagando o preço pela salvação doseleitos

iii. O Espírito Santo faz eficaz a eleição do Pai e a morte eressurreição do Filho através da loucura da pregação daPalavra fazendo o homem vivo e dando ele o desejo por Deus, fé, e arrependimento.

iv. Jn 6.37-39;  Todo aquele que o Pai me der virá a mim, equem vier a mim eu jamais rejeitarei. Pois desci dos céus,não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontadedaquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que meenviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, masos ressuscite no último dia. 

z. Em vez de evangelizar motivado por culpa, vamos evangelizar motivados pelo amor de Deus, amor pelos homens correndo nadireção de inferno, e pela loucura de ser convidado por Deus departicipar da sua grande obra de salvação.

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XXII. Conclusão

O coração da fé Reformada – o coração de Cristianismo Bíblico – estácentrado em Deus; a convicção que Deus mesmo é a coisa mais importante.Nós definimos toda nossa doutrina numa maneira centrada em Deus. Pecado éhorrível porque é um afronta a Deus. Salvação é maravilhosa porque traz glóriaa Deus. Céu é céu porque é um lugar onde Deus é tudo em tudo. Inferno éinferno porque é o lugar onde Deus manifesta a sua ira justa. O foco centradoem Deus é a característica distintiva da fé Reformada. Um cristão pode dizer muitas coisas verdadeiras, digamos, sobre o pecado (o pecado danifico, opecado leva à miséria, etc.), mas se não houver uma perspectiva centrada emDeus, ou Deus centrado, a ênfase mais importante de todos foi perdido. 

Podemos pregar coisas que são verdadeiras — podemos até crer nos cincopontos de Calvinismo, mas se perdermos o foco, que " tudo vem Dele e existe por seu poder, e é criado para sua glória" (Ro 11.36), então perdemos o coração deCristianismo.

Doutrina centrada em Deus deve realizar-se em piedade centrada em Deus.De novo, isto é a característica distintiva do Cristianismo Reformado. Somosobcecados pelo o próprio Deus. Somos sem palavras, superados pela suamajestade, a sua beleza, a sua santidade, a sua graça. Buscamos a sua glória,desejamos a sua presença, modelamos as nossas vidas nos seus atributos.

Outros Cristãos podem dizer que o evangelismo, ou a missão, ou areavivamento, ou a restauração são o seu grande interesse. Mas temossomente um interesse, no próprio Deus, em conhecer Ele, refletir Ele, ver Eleglorificado. Recusamos a fazer o centro de qualquer outro objetivo. A salvaçãodo perdido é somente importante para nós à medida que ela leva o nome deDeus a ser honrado, glorificado, e reconhecido como santo e que traz o seuReino. A purificação da sociedade é importante para nós somente à medidaque ele leva a vontade de Deus ser feito aqui na terra como no céu. O estudoda Bíblia e a oração são somente importantes para nós à medida que eles nos

levam a ter comunhão com Deus.

Isto tem sido o grande carimbo do Cristianismo Reformado durante os séculos.Se você está lendo os escritos dos Reformadores, Lutero, Zuínglio, Knox,Wycliff ou Calvino; ou os Puritanos, Baxter, Bunyan, Owen, Rutherford ouWatson; ou os Avivalistas, Edwards, Whitefield, ou Harris; ou dos grandeshomens de Deus como Spurgeon, Brainerd, e Mueller, ou os missionários,Taylor, Judson, Livingston, Carey, ou Elliot, isto é a nota que permanecepulsando. Eles são obcecados pelo o próprio Deus. Eles vivem as suas vidas efazem a sua teologia e cumprem o seu ministério na admiração apaixonada

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pelo próprio Deus. Todo o resto escorre da sua adoração reverente a Deus e oseu grande amor por ele.

Todas as teologias não são iguais.

Soli Deo Gloria