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Todos os direitos em língua portuguesa reservados por

© 2009, BV Films Editora Ltdae-mail: [email protected] Visconde de Itaboraí, 311 – Centro – Niterói – RJCEP: 24.030-090 – Tel.: 21-2127-2600www.bvfilms.com.br / www.bvmusic.com.br

É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

Copyright © 2008 by Norma Pantojas Publicado em espanhol por Editorial Unilit1360 NW 88th Avenue, Miame, Florida 33172, USALos 30 Horrores que Cometen Los Hombres y que Toda Mujer Debe SaberAll Rights Reserved

Editor Responsável: Claudio RodriguesCoeditor: Thiago RodriguesCapa e editoração: GuilTradução: Marco Antonio CoelhoRevisão de Texto: Daiane Rosa Ribeiro de Oliveira Marcus Vinícius Cardoso

ISBN 978-85-61411-22-01ª edição – Janeiro/2010Impressão: Imprensa da FéClassificação: Moral Cristã e Teologia Devocional

Impresso no Brasil

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Índice

Erros 5

Agradecimentos 11

Dedicatória 13

Introdução 15

1 EXPECTATIVAS ERRADAS 23Da cegueira da paixão ao amor racional

2 FALTA DE SENSIBILIDADE 61Do egoísmo ao conhecimento de Deus

3 ATITUDES INCORRETAS 89Da frieza emocional ao calor do amor

4 CARÊNCIA DE DIGNIDADE 119Da violência à paz

5 PENSAMENTOS ERRADOS 149Da irresponsabilidade à maturidade

6 DESCONHECIMENTO 175DA IDENTIDADEDa ignorância ao conhecimento da verdadeira espiritualidade

7 INSTABILIDADE EM CASA 211Do desamor ao vínculo emocional

8 VALORES FUNDAMENTAIS 241Da inconsciência moral à consciência espiritual

Conclusão 273

Bibliografia 276

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erros

ERRO 1Casar-se somente porque a mulher

lhe atrai fisicamente.

ERRO 2Depois de ter uma experiência negativa com uma mu-lher, concluir que todas as mulheres são iguais: brigonas, infiéis, desorganizadas, péssimas mães, péssimas admi-nistradoras de dinheiro, etc. E querer se vingar na próxi-ma mulher a má experiência que teve com a anterior.

ERRO 3Comparar sua esposa à sua mãe e querer que seja

como ela: que cozinhe, lave e passe da mesma forma. Enfim, que tenha os mesmos costumes que ela.

ERRO 4Crer que é melhor morar junto sem se casar, porque é mais fácil sair correndo se não der certo.

ERRO 5Pensar que ser sensível, falar de seus sentimentos e

cultivar a vida espiritual é coisa de mulher.

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ERRO 6Maltratar sua esposa e, finalmente, quando ela cansar e lhe abandonar, dar-se conta de que não compreendia o

verdadeiro significado do amor e como se deve tratar a quem se ama.

ERRO 7Crer que depois de uma mágoa ou de um episódio de maltrato, tudo pode se resolver com sexo.

ERRO 8Crer que ser infiel à sua esposa não faz mal porque é

uma questão masculina, hormonal, física e cultural. Além disso, como dizem por aí, “todos os homens

fazem isso”.

ERRO 9Pensar que conversar com sua esposa é uma perda de tempo. Muitos homens dizem: “Para que falar tanto?”

ERRO 10Achar que a educação dos filhos é responsabilidade da

mãe e que o seu papel é somente ser um bom provedor.

ERRO 11Considerar que o trabalho é a coisa mais importante da sua vida e que é a única que define o seu sucesso. E por isso, crer que tem que dedicar todo o seu tempo dispo-nível ao trabalho para conseguir se destacar, e os poucos momentos que lhe restam livres são para descansar e distrair a mente.

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ERRO 12Crer que deve ser carinhoso com seus filhos e brincar com eles somente quando são crianças, esquecendo que o amor, as brincadeiras, o carinho e a intimidade emocional não têm idade e são indispensáveis no desenvolvimento de todo indivíduo durante toda a vida.

ERRO 13Crer que tudo o que não dá certo em casa ou na família é por “culpa” da mulher e que todos os êxitos e triunfos

que vocês alcançam são graças a você.

ERRO 14Permitir que os problemas de disciplina com seus filhos afetem a relação com sua esposa.

ERRO 15Pensar que você se casa só com sua namorada e não com

a história familiar ou bagagem emocional que ela traz pelas experiências que viveu em sua casa.

ERRO 16Apaixonar-se por uma mulher geniosa, ciumenta e imatu-ra e acreditar que o seu amor a mudará.

ERRO 17Abandonar a relação sem dar uma explicação: fugir da

situação por medo de enfrentar a realidade.

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ERRO 18Exigir direitos sem cumprir seus deveres. Esperar que a

mulher lhe respeite sem ter a mínima consideração por ela.

ERRO 19Casar-se e continuar levando uma vida de solteiro.

ERRO 20Crer que falar de suas experiências sexuais com outras

mulheres lhe faz parecer um homem interessante e experiente.

ERRO 21Considerar que a impotência sexual acaba por completo com sua vida; com seu valor como homem.

ERRO 22Pensar que quando a relação com sua esposa se esfria é impossível voltar a reavivá-la e que a melhor solução é namorar uma outra mulher para voltar a sentir paixão.

ERRO 23Crer que deve ter relações sexuais antes do casamento porque é homem e que deve aproveitar todas as “oportu-nidades” que são apresentadas a você.

ERRO 24Pensar que ser irresponsável com as finanças não é tão

importante porque, afinal de contas, como dizem por aí: “todo mundo tem contas atrasadas”.

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ERRO 25Pensar que somente tem que falar sobre aquilo que não lhe agrada na sua esposa e que se não disser palavras de elogio, é porque está tudo bem.

ERRO 26Gritar e dizer palavras rudes ou ser forte e autoritário,

crendo que desta maneira ganhará mais respeito e mante-rá sua esposa sob seu controle.

ERRO 27Noivar ou casar com uma mulher com uma diferença grande de idade, para logo tratá-la como se fosse sua filha.

ERRO 28Crer que a pornografia é uma boa técnica para melhorar

sua vida sexual.

ERRO 29Pensar que é uma boa decisão abandonar sua esposa e filhos por causa de uma amante, crendo que a “outra” não vai ter problemas.

ERRO 30Apaixonar-se por uma mulher casada, divorciar-se de sua

esposa para casar-se com ela e pensar que pode confiar nela por completo.

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AgrAdecimentos

Obrigada a minha irmã Celi Marrero, que junto de seu esposo, Jorge Rivera, se encarregou de organizar todos os meus eventos profissionais de maneira criativa. Ela sempre tem uma ideia nova e um projeto em mente, e em cada oportunidade me diz “te amo”.

Obrigada a toda minha família pelas recomendações que me fizeram e pelas ricas experiências que me deram. Ape-sar de meus 56 anos, sempre me mimaram e nunca prepa-ram o café até que eu chegue à reunião. Eles também têm sido minha maior riqueza e meu melhor recurso natural.

Obrigada a Gizelle F. Borrerom, a editora de meu primeiro livro Os 30 erros que as mulheres cometem, da agenda Sementes de amor para florescer o ano todo e agora de Os 30 erros que os homens cometem. Ela tem uma sensibilidade extraordinária e sabe ler não só o manuscrito, mas também meu coração. Foi muito exigente ao revisar o texto original e, através de suas perguntas inquisitivas, extraiu de meu interior experi-ências que foram transcendentais para enriquecer a men-sagem que eu desejava transmitir ao leitor. Foram muitas horas de um trabalho árduo entre risos e alegrias, enquanto encontrávamos a palavra exata para um pensamento que eu queria expressar. Obrigada a suas filhas Anya e Bianca, que tiveram tantas mostras de amor e serviço durante todo o tempo que estivemos editando o livro.

Obrigada a Gisel Laracuente, que leu o texto depois de ter sido editado; por seus conselhos certos, pela correção final e por se esmerar para que as correções fossem entregues a tempo.

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Graças a Deus por haver colocado todas essas pessoas, que enriquecem minha vida com seu amor e conhecimento, em meu caminho. Todos unidos conseguimos nossa meta: preparar uma mensagem capaz de chegar ao coração do homem e da família.

Norma Pantojas5 de maio de 2008

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dedicAtóriA

Aos homens mais importantes da minha vida...

Ao meu pai, Rafael Marrero, que me amou e ensinou a ser responsável em todas as áreas da minha vida.

Ao meu esposo, Jorge Pantojas, por haver me amado incon-dicionalmente e por todo o amor e atenção que tem tido com minha família. Por conhecer cada pedaço da minha alma e dar valor aos meus sentimentos, ainda que nem sempre veja as coisas como eu vejo.

Ao meu filho, Jorge Isaac Pantojas, meu técnico de som e fotógrafo fiel, que sempre me presenteia com um beijo e um abraço cada vez que passa ao meu lado. Esteve em to-das as minhas atividades desde que tinha três anos e, desde muito pequeno, gravou em seu cérebro todas as habilidades manuais de seu pai. Sempre que algo quebrava em nossa casa, ele e suas irmãs diziam: “Não se preocupe. Papai sabe consertar tudo.”

Ao meu irmão, Antonio Marrero, que tem sido o meu maior exemplo de honra e integridade.

A Alejandro Amigón, meu genro amado, meu mexicano, que tem sido muito especial em nossa vida e a quem nossa família nomeou como um especialista em serviço aos ou-tros. Ele é especial!

A Wilfredo Vélez, meu genro querido, que aos 30 anos – e com uma linda bebê de um ano e seis meses – foi privado da vida durante um assalto, por um homem inconsciente que por não haver experimentado o amor de Deus em seu coração, não soube valorizar sua vida nem a dos demais.

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Sempre amarei Wilfredo. Recordo-me com carinho de cada instante que vejo o lindo presente que ele me deixou: mi-nha linda neta, Patricia.

Ao meu sobrinho, Anthony Marrero, que tem sido o exem-plo máximo de superação em todas as áreas de sua vida. Sinto-me muito orgulhosa por ele e por demonstrar que “para aquele que crê, nada é impossível”.

Ao meu sobrinho Jorge Andrés Rivera, que com apenas oito anos de idade tem-nos confirmado que quando cul-tivamos a área espiritual de nossos filhos desde que são pequenos, eles crescem com convicções firmes e nos pre-senteiam a cada dia com lições de amor.

Ao meu sobrinho David Bonilla, que se comprometeu e conseguiu ser um excelente esposo, pai e médico, mas aci-ma de tudo, um grande ser humano.

Aos meus cunhados, Rafael Bonilla e Jorge Rivera, que têm sido pais que dedicam tempo de quantidade e qualidade aos seus filhos e têm visto os frutos de seus esforços.

A todos os homens do mundo que dia após dia se esforçam para aprender e dar o melhor de si para o bem estar da família.

A todos eles um beijo, um abraço e que a bênção de Deus os cubra hoje e sempre.

Norma Pantojas5 de maio de 2008

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introdução

A figura do homem tem sido de grande importância em minha vida. Meu pai foi um homem maravilhoso a quem amei com todas as minhas forças em meu coração. Admi-rei seu amor pela família, sua dedicação ao trabalho e seu grande sentido de responsabilidade. Estou consciente de que ele cometeu erros em seu caminhar pela vida, mas as mostras de amor, dedicação e exemplo ultrapassaram seus erros. Hoje em dia, 32 anos após sua morte, ainda posso sentir seu amor, seu carinho, seus abraços e até suas pala-vras no mais profundo do meu ser. O mais belo de tudo isso é que o tempo não pôde apagar nem destruir esta doce lembrança.

A grande influência que meu pai exerceu em minha vida contribuiu para que eu crescesse com uma imagem digna

de como um homem deve ser. Assim, quando cheguei a adolescência, como

quase todas as mulheres, sonhava com esse grande homem com quem me casaria. O modelo de meu pai foi vital na concepção deste ideal de homem que eu havia idealizado. Essa pessoa não

tinha rosto nem corpo, mas sim, as características daquele a quem

eu anelava compartilhar toda minha existência.

Ainda me emociono ao recordar deste momento. Aos 17 anos de idade conheci o segundo homem mais importante da minha vida, meu esposo, Jorge Pantojas. Este homem excepcional, com quem me casei há 33 anos, reuniu os re-quisitos que eu havia fixado na adolescência. Aquele prín-

O modelo de meu pai foi vital na

concepção deste ideal de homem que eu havia idealizado em minha

adolescência.

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cipe encantado com quem sonhei em minha juventude, tinha, no final das contas, uma imagem definida; era real: possuía características que o distinguiam entre o grupo de amigos que estudavam comigo. Hoje, quando me pego olhando para ele, me sinto orgulhosa e vivo agradecida a Deus pelo grande presente que Ele guardou para mim.

Mas, minha grande história de amor não significa que conheci um homem perfeito, nem que a perfeita seja eu; de forma alguma significa que em nossa relação não temos diferenças. Como todo casal, temos passado pelo verão e pelo outono no qual temos perdido folhas, mas nosso amor e compromisso nos têm direcionado a florescer e a perma-necer nesta bela primavera que é o casamento.

Meu querido amigo, sou uma mulher muito feliz e que anela que você conheça a alegria de se sentir feliz e realiza-do. Ao longo dos anos tenho compreendido que a felicida-de não cai do céu automaticamente; é preciso trabalhar por ela. Ser feliz implica se esforçar, dedicar, aceitar e respeitar, e também implica corrigir desde o princípio de qualquer relação todo aquele que atente contra a dignidade daqueles que compõem o núcleo familiar.

Tanto as mulheres como os homens necessitam avaliar a bagagem espiritual e emocional, para destacar nossas debilidades e forças, e fazer o propósito de modificar tudo aquilo que entristece a nós e aqueles que estão a nossa volta.

A maioria das pessoas quer ser feliz, mas muitas vezes, inconscientemente, atua e toma decisões que levam à infelicidade. Muitas pessoas tratam de mudar os outros ou esperam que situações particulares de sua vida mudem para alcançar felicidade, de forma que, se não acontecem essas mudanças, elas se sentem afundando em infelicidade. Que fascinante seria se, em lugar de querer mudar primeiro os outros de acordo com o nosso molde, elas decidissem

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imitar nossa conduta! Praticar o que ensinamos aos outros é o que, verdadeiramente, nos dá autoridade.

A verdadeira felicidade se experimenta quando Deus é o centro de nossa vida e, com isso, nossos pensamentos e nossas ações vão de acordo com seus princípios. O resulta-do desta fórmula é uma vida íntegra que caminha sempre para aquilo que é excelente e cada dia se afasta mais da-quilo que causa danos. Implica se aproximar mais daquilo que edifica um caráter firme, que não se deixa levar pela maioria, que muitas vezes busca a gratificação imediata. Um dos segredos para alcançar a felicidade é atuar de acor-do com os princípios divinos, porque estes não só fazem com que você se valorize, mas também valorize os demais. Se você entende isso e pratica, você aprenderá a ser feliz apesar das circunstâncias, porque não importa quão gran-de seja a adversidade, você está em harmonia com Deus e consigo mesmo.

Você aprenderá que todas as circunstâncias da vida são mutáveis e se sua felicidade depende delas, você viverá todo o tempo levando tombos pela vida entre um estado de felicidade e outro de infelicidade. Eu decidi que vou

ser sempre feliz apesar das circunstâncias. Aprendi que o que chega a nossa vida são

momentos tristes que serão passagei-ros, porque decidi não deixar que eles fizessem ninho em meu coração. Apren-di que a esperança sempre vai estar presente em minha vida lembrando-me que amanhã será melhor. Isto me permi-

te clareza mental e emocional para ana-lisar os problemas e encontrar as soluções,

além da paciência para esperar resultados positivos. Faço o possível e deixo o impossível para Deus. Ele prometeu estar conosco todos os dias de nossa vida. Com esta grande promessa, como vou me desesperar?

A felicidade não cai do céu

automaticamente. Você tem que trabalhar por

ela.

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Ao longo do meu caminhar pela vida vi muita infelicidade e tristeza em pessoas que não compreenderam o segredo de ser feliz. Através dos aconselhamentos, conheci muitos jovens e adultos que não recordam dos vestígios de amor deixados em seus corações por seus pais. Pais que, por sua vez, foram maltratados e continuam sendo um elo na triste cadeia do maltrato. Homens que não souberam valorizar a si mesmos e, portanto, não sabem valorizar sua esposa e filhos. Homens que não assumem responsabilidade, que se deixam levar por aquilo que podem ver e pelo prazer, que não atuam por convicção, segundo valores definidos e por aquilo que Deus estabeleceu para que o homem fosse feliz e pudesse formar uma família maravilhosa.

Muitos homens pensam que seus êxitos provêm da com-petência, de alcançar uma grande posição em seu trabalho e de ter uma mulher que satisfaça seus desejos sexuais no momento em que eles os tiverem. Dedicam horas ao tra-balho e às aventuras amorosas sem se darem conta de que o relógio da vida marca fortemente e sem compaixão. O seu tic, tac, tic, tac não para um minuto. Quando passam os segundos, os minutos, as horas, os dias, os meses e os anos, eles se dão conta de que inverteram suas forças e suas ener-gias em relações e trabalhos que o tempo foi destruindo a seu passo. Homens que não firmaram raízes em nenhuma relação porque tudo foi superficial; não criaram vínculos emocionais, não semearam amor, nem ternura e segurança em seus filhos. Para esses, o relógio agora diz: “o tempo acabou para você e não há mais chance de voltar atrás”. O tempo é como o vento; arrasta e destrói tudo o que não está bem enraizado, deixando a área deserta e vazia. A alma fica exatamente assim: desolada e sem esperança.

Homem, é tempo de tomar decisões, mas decisões que representem vida para você. Coloque seu olhar em tudo aquilo que não se pode comprar com dinheiro. Distancie-se da disputa pelo poder; compita consigo mesmo, consciente de que cada dia você quer se superar em relação ao homem

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que você foi ontem. Situe-se na linha dos que trabalham para edificar relacionamentos de amor com sua família; relacionamentos que transcendem o tempo e a distância. O amor, a ternura e a presença de Deus em nossa vida perdu-ram acima das circunstâncias e até mesmo sobre a morte. Uma vez que interiorizar a importância daquilo que não se pode comprar com dinheiro, você poderá ter sucesso nas demais áreas de sua vida.

Lembro-me sempre de uma canção em que o cantor argen-tino Alberto Cortés narra a história de um homem chama-do Juan Comodoro, que buscando água encontrou petró-leo, mas morreu de sede. A água, monetariamente falando, vale menos que o petróleo; sem dúvida, a água é essencial pela vida. O petróleo não deixou Juan Comodoro rico

porque sua sede podia somente ser saciada com água. A riqueza do petróleo não

lhe serviu para nada, porque ele morreu de sede.

A cada dia morrem esposos, esposas, filhos e irmãos porque morrem de sede de amor, de ternura, de atenção; por falta de um abraço e um carinho; simplesmente porque muitos homens e mulheres gastaram

suas vidas buscando o petróleo deste século: o dinheiro, o poder,

o reconhecimento ou a posição social. No final do caminho da vida se

dão conta de que investiram todo seu esforço naquilo que não rende fruto. A Bíblia nos diz algo muito importante: “A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores.” (Provérbios 10:22).

Homem, decida valorizar aquilo que você não pode com-prar com o dinheiro. O dinheiro e o trabalho não podem

A verdadeira felicidade se

experimenta quando Deus é o centro da nossa vida e, com isso, nossos pensamentos e nossas

ações vão de acordo com seus princípios

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saciar a necessidade de amor, apoio, aceitação e seguran-ça. Decida cultivar sua vida interior, seu relacionamento pessoal com Deus e com sua família e, mesmo após a sua morte, isto transcenderá na vida dos seus. Não há dinhei-ro, fama ou trabalho que possa substituir uma maravilhosa vida em família na qual você, como homem, seja capaz de expressar os sentimentos mais nobres aos seus amados. Plante amor e tolerância em sua família e colherá amor e aceitação. Quando você alcança o sucesso nesta área de sua vida, o sucesso profissional está garantido e tudo o que fizer prosperará.

Igual ao homem, mulher, decida reconhecer e atuar de acordo com esse grande valor que Deus já deu a vocês, des-de que os formou. Não deve haver nenhuma competição pelo poder entre o homem e a mulher, mas ambos devem se completar e ajudar a superar as debilidades e alcançar suas metas. Todo este processo nos leva a fortalecer os laços familiares e a conseguir vidas satisfeitas e felizes. Lembrem-se ambos que a felicidade e a moral andam de mãos dadas.

Que lembranças vocês querem deixar no coração dos seus amados? Desfrutem e apliquem a leitura deste livro que escrevi com todo meu amor, para que descubram toda a capacidade de amar que existe em vocês, e sejam homens e mulheres maravilhosos, com uma grande sensibilidade para amarem a vocês mesmos e para dirigir e proteger suas famílias.

Por último, para você homem, não se deixe levar por aquilo que os outros fazem. Faça você a diferença: ame e respeite sua esposa e assuma sua responsabilidade de ser um grande líder em seu lar. A você mulher, eu peço que respeite e ame o seu esposo.

Sigamos em frente! Sempre! Não tenhamos medo porque Deus nos sustenta e levanta quando caímos. Somente assim seremos felizes.

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Este livro é dirigido para toda a família, mas o dedico a você homem, para que

identifique suas debilidades e forta-lezas e seja o líder responsável que leva sua família ao sucesso.

Desejo ensinar a você, mulher, como resolver sabiamente os problemas que se apresentam em sua casa, sem perder sua dignida-de e sem fazer o papel de vítima.

Você descobrirá como ganhar o respeito sem gritar, sem dizer pala-

vras vulgares, sem brigar pelo poder, sem ser rude, mas firme em suas exposi-

ções e capaz de praticar o mesmo que é exigido aos demais. Lembremo-nos sempre que o que nos dá autoridade é a coerência existente entre o que falamos e o que praticamos.

Amo muito vocês e os desejo prosperidade espiritual, men-tal, emocional e física.

Norma Pantojas

Decida cultivar sua

vida interior, seu relacionamento pessoal

com Deus e com sua família e, mesmo quando você estiver morto, isto transcenderá na vida

dos seus.

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1expectAtivAs errAdAs

Da cegueira da paixão ao amor racional

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erros

ERRO 1Casar-se somente porque a mulher

lhe atrai fisicamente.

ERRO 2Depois de ter uma experiência negativa com uma mu-lher, concluir que todas as mulheres são iguais: brigonas, infiéis, desorganizadas, péssimas mães, péssimas admi-nistradoras de dinheiro, etc. E querer se vingar na próxi-ma mulher a má experiência que teve com a anterior.

ERRO 3Comparar sua esposa à sua mãe e querer que seja

como ela: que cozinhe, lave e passe da mesma forma. Enfim, que tenha os mesmos costumes que ela.

ERRO 4Crer que é melhor morar junto sem se casar, porque é mais fácil sair correndo se não der certo.

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O homem, ao longo do tempo, tem sido definido socialmente como alguém superficial, de poucos sentimentos e incapaz de sentir a dor e a solidão dos outros. Ele tem sido visto como um ser interessado somente em conquistar mulheres e alcançar o poder por meio de seu trabalho. Por sua vez, a mulher tem sido vista como a pobre vítima indefesa que veio a este mundo dar o seu amor e sofrer desen-ganos sem poder sair desta situação. Este falso conceito tem sido aceito por homens e mulheres e perpetuado de geração em geração. Os lares que formam homens sensíveis e expressivos são es-cassos. Por outro lado, precisamos criar homens que, quando chegada a hora do casamento, pos-sam escolher uma mulher que reúna as caracte-rísticas indispensáveis para conseguir uma boa relação matrimonial para a vida inteira, baseada no compromisso, no respeito e no amor.

Não é nenhuma descoberta o fato de que os homens se preocupam muito com a aparência, mas sim, é surpreendente que sendo tão racio-nais, eles tomem decisões erradas na hora de comprometer suas vidas para sempre, simples-mente porque, ao se apaixonarem, ficam cegos por causa das impressionantes curvas, dos lindos olhos e do busto extraordinário de uma mulher. Quantas vezes temos visto cartazes com fotogra-fias de belas mulheres com minúsculos trajes de banho, exibindo seus corpos deslumbrantes em negócios que, em sua maioria, são vistos por ho-mens? Poderíamos até pensar que o que vendem são peças para consertar as mulheres: músculos, formas, busto... porque focam mais na anatomia feminina do que nos artigos que estão sendo vendi-dos na loja.

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Constantemente, o que se vê é um culto ao corpo mani-festado nas revistas, na televisão, na música e no cinema. É impressionante a quantidade de canções e vídeos com letras que incitam a violência sexual e a degeneração dos mais nobres sentimentos de amor. Estas imagens cruas nas quais se vê o sexo, não como a consumação de uma linda relação de amor, mas vista como um veículo para se alcan-çar o máximo de prazer sexual, tem desumanizado tanto o homem quanto a mulher. Inclusive, chegou-se a medir a masculinidade de muitos por sua agressividade sexual. Este modelo de atuação é passado para os rapazinhos desde pe-quenos e é cultivado como um costume que em nada ajuda a desenvolver um homem de verdade. Pelo contrário, con-tinuam acrescentando peças à cadeia de máquinas sexuais que se deslocam pela vida diariamente com uma aparência de felicidade, mas emocional e espiritualmente vazios.

Cabe assinalar que ser bela não é um delito, nem um pe-cado, mas tão pouco implica que por uma mulher ser bela, reúna todos os requisitos necessários para formar um lar feliz. Os lares felizes se constroem com materiais que não se podem ver, nem se podem comprar, mas que podem ser sentidos e desfrutados de uma maneira espetacular, e seu valor é incalculável.

Homem, eu sei que você quer ser feliz. Por isso é tão im-portante que você se libere da influência social machista que pensa em músculos, formas ou em um busto GG e transcenda o que podem ver seus olhos físicos, porque esta decisão lhe afetará de forma positiva ou negativa para toda a vida. Não considere em uma mulher só o que lhe atraia fisicamente, mas o que na verdade vá contribuir para es-treitar os laços de amor, paz e equilíbrio no futuro lar que você pensa em formar com ela. A vida é mais do que se vê superficialmente. Quando você fica somente na atração física e não aprofunda naquelas qualidades que são as que de verdade enriquecem uma relação, sofrimento e angústia lhe esperam.

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No curso da vida, você precisa parar e pensar. Pergunte a si mesmo com que materiais você

deseja construir sua relação. Estou cons-ciente de que é visual, mas tenho a certeza de que, ao mesmo tempo, você é um ser bem inteligente, criado por Deus a Sua imagem e semelhança. Um ser que pode exercer sua vontade, que desenvolveu do-mínio próprio e que de nenhuma maneira

vai se deixar levar pela atração física que uma mulher possa exercer.

Em vez de permanecer no êxtase que o contemplar a be-leza física pode lhe provocar, desperte o seu pensamento para que você avalie bem quais são as qualidades que está buscando. Não tome decisões precipitadas, baseadas nas características físicas que podem ser modificadas de forma radical por uma enfermidade, um acidente ou simplesmen-te pelo passar do tempo. Quando as circunstâncias acabam com a beleza externa, você só ficará com a essência desta mulher.

Os bons relacionamentos e os lares que se alimentam emocional e espiritualmente se formam com fé, esperan-ça, amor, tolerância, respeito, compreensão, comunicação, temperança, fidelidade, sensibilidade e entrega. Essa mu-lher que lhe atrai reúne estes valores?

Há muitos anos chegou em meu escritório um rapaz cha-mado Manuel. Este homem demonstrava estar cheio de ira e coragem ao narrar-me quantas coisas havia passado. Enquanto seguiu abrindo seu coração, foram expostas mui-tas debilidades, inseguranças, frustrações e medo do aban-dono; características que alguns especialistas em conduta humana identificam como típicas dos homens sexualmente promíscuos. Refugiou-se em mulheres, sexo e trabalho. Sentia-se poderoso porque estava muito estável economi-camente, mas em seu interior havia muita dor e ele queria cobrir isso com o verniz e o glamour do sexo.

A vida é mais do que se vê

superficialmente

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Contou-me que há muitos anos tinha passado por um di-vórcio que o deixou sem dinheiro, nem propriedades e por isso teve que começar a reconstruir sua economia do zero. Por conta da raiz que essa terrível experiência deixou, ele decidiu que não se casaria jamais, para assegurar-se de que nenhuma mulher ficaria com absolutamente nada. Viveu com uma mulher por dez anos com quem teve uma filha. Enquanto moraram juntos, foi infiel a sua companheira por incontáveis vezes, o que provocava brigas entre eles. Quando quis separar-se dela pensou que ia ser muito fácil porque não haviam se casado legalmente. Sem dúvidas, não foi assim. Quando pediu para que ela fosse embora de casa e voltasse a morar na casa mais simples que ela pos-suía antes de ir morar com ele, foi iniciada uma briga legal que se estendeu por dois anos, pois ela negava-se a sair da casa. Finalmente, o tribunal determinou que sua filha já estava acostumada a certo nível de vida; portanto, a mu-lher pôde permanecer em casa até que sua filha alcançasse a maioridade.

O curioso do caso é que este homem que nunca em sua vida havia sido fiel e, já tinha inclusive começado outro relacionamento amoroso, estava indignado porque ela começou um relacionamento com um antigo namorado. Não estou defendendo a postura dela, porque não é bom começar uma nova relação assim que se acaba outra. O que desejo destacar é como uma pessoa exige qualidades de fi-delidade que ela mesma não cumpre. Quando lhe assinalei isto, ele começou a mencionar tudo o que havia comprado para ela e a bela casa onde ela estava vivendo. É como se os presentes e a casa suprissem o que esta mulher realmente necessitava: qualidade e quantidade de tempo, mais com-preensão e compromisso.

Quando veio se aconselhar comigo, Manuel tinha três fi-lhos de relacionamentos anteriores e estava apaixonado por outra mulher que conhecera. É uma ilusão terrível pensar que trocando de mulher tudo vai ser maravilhoso. Este ho-

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mem não reconheceu seus erros e continuou equivocando---se quando, logo após separar-se da mãe de sua filha mais nova, voltou a apaixonar-se loucamente por uma mulher que – segundo ele – parecia um anjo. Cada vez que falava dela, os olhos dele se iluminavam. Dizia com frequência: “é um mulherão.” Não sabia onde colocá-la. Parecia que havia comprado uma peça de porcelana e não encontrava um lugar para exibi-la. Caminhava com ela como se estivesse mostrando um troféu que só ele tinha o privilégio de ter conquistado.

Passaram-se três meses nessa nuvem de atração física que homens e mulheres

confundem, muitas vezes, com amor, e o homem decidiu casar-se com ela o quanto antes porque já estava mui-to seguro de que ela era a pessoa ideal para ele. Estava tão seguro que rompeu com o juramento que havia feito de não se casar mais. Tomou essa decisão na pior etapa de uma relação: a paixão. Nesta etapa, os

apaixonados não veem defeitos nem fraquezas; tudo é perfeito. Ela aceitou

a proposta de casamento e muito logo chegou o tão aguardado dia da cerimônia

nupcial. A boda contou com todo o esplendor dos contos de fadas, mas a famosa frase “e foram felizes para sempre”, eles nunca puderam viver.

Durante as primeiras semanas tudo foi lindo, mas com o passar dos meses, quando o vento da novidade passou, o que ficou foi a essência nua, aquele “mulherão” não satis-fazia outras áreas de sua vida. Sentia-se muito sozinho. Ela era uma mulher pouco empreendedora, imatura, irrespon-sável com tarefas domésticas, que investia muito tempo e dinheiro em seu aspecto físico e foi muito insensível com as necessidades de seu marido e do lar.

O casamento

não é uma vacina contra os problemas,

mas representa compromisso e um ato valioso. Tudo o

que é valioso se justifica.

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Enquanto Manuel falava da necessidade de economizar para conseguir alcançar metas, ela ficava furiosa e até violenta. Então, começava a atirar no chão o que tinha em mãos. Ele chegava cansado do trabalho e queria jantar com ela em casa, mas ela queria ir para um restaurante, pois falava que estava muito cansada para cozinhar. Chegou a sentir-se entediado de repetir mais de uma vez o que ela precisava mudar em sua conduta, e caiu no erro de criticá---la constantemente e compará-la a sua mãe. Assim, eles alimentavam mutuamente sua frustração e seus níveis de fúria.

Aquela mulher que fora tão atraente a seus olhos no come-ço da relação, agora era amarga, pois a maioria das conver-sas terminava em discussão. O problema não consistia na beleza da mulher e sim, no fato de ela não ter cultivado sua área emocional e espiritual com a mesma intensidade de que cuidava de seu físico. Sua falta de maturidade não lhe permitia estabelecer prioridades.

A visão pode nos enganar de forma extraordinária. Por isso, em meus aconselhamentos e conferências insisto, tanto com homens quanto com mulheres, sobre a importância de se aprofundarem naquilo que vai mais além do que vemos superficialmente, se é que queremos alcançar uma relação profunda e duradoura que nos leve a experimentar o verda-deiro significado do amor.

Além desta experiência negativa, no meio de sua solidão e frustração, este homem cometeu outros erros ao chegar a conclusão errada de que já não existiam mulheres que podiam igualar-se a sua mãe e que por isso, e pelo aspecto econômico, era melhor voltar a namorar sem casar. Comen-tava que se ele só namorasse e não desse certo, ele simples-mente saía da relação. Esquecia dos filhos de suas relações anteriores que iam ficando sozinhos.

O casamento legal não é uma vacina contra os problemas, mas representa um compromisso e um ato valioso. Tudo

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o que é valioso se justifica. Ninguém quando vai comprar uma casa, comenta: “para que legalizar, se isso é só um papel?”, como dizem muitas pessoas ao se referirem ao ma-trimônio. Os papéis adquirem valor quando são legalizados e tem o carimbo de um advogado. Desta forma, as relações de casais se legalizam. Os escritores e conselheiros Dennis McCallum e Gary Delashmutt comentam em seu livro O Mito do Romance, que o “morar junto” diminui a probabi-lidade de sucesso no casamento. Explicam que, de acordo com um estudo feito pela Universidade Johns Hopkins e pela Universidade de Wisconsin, as uniões que começam com pessoas que decidem morar juntas são menos estáveis que as do que começam casando-se, pois estes casais estão menos comprometidos com a instituição do casamento e mais inclinados ao divórcio.

Manuel se arrependeu de ter se casado porque pensava er-roneamente que o problema estava em casar-se legalmente. Por que não teve a valentia de dizer “me apressei, escolhi mal, me deixei levar pela vista, me casei sem conhecê-la... O que posso fazer agora para resolver essa situação? O que estou fazendo de errado que, até agora, tenho escolhido mal? Que áreas de minha vida preciso trabalhar?”

Finalmente, manteve essa relação por um ano até que esta se pareceu uma prisão perpétua. Aquela beleza, que em um momento tinha cultivado, agora era repugnada por ele, pois havia visto características interiores que antes havia esquecido, porque o vento da ilusão o cegava.

Na jornada até o casamento, a paixão é a fase inicial e superficial porque tem a ver com uma atração meramente física e passional. Dennis McCallum explica que a cada dia mais pessoas se casam durante esta etapa. Neste momen-to não se veem debilidades e, se elas são vistas, tem-se a esperança de que tudo mudará com a força do amor. Este homem descobriu muito tarde que havia se casado apressa-damente sem se aprofundar na relação.

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Homens e mulheres, devemos ter bem claro que para nos unirmos a alguém não deve haver pressa. Devemos esperar um tempo razoável que não deve ser menos de um ano, para poder observar detalhadamente como esta pessoa que nos atrai e de quem gostamos tanto se comporta nas dife-rentes situações da vida. Mas esse período de espera que se chama noivado não inclui relações sexuais. Quando você incorpora esta prática no noivado, elimina uma caracterís-tica fundamental no desenvolvimento do verdadeiro amor: o amor desinteressado.

Não devemos perder de vista que a maioria dos apaixo-nados se esmera em mostrar seu melhor perfil durante o noivado. Quando os apaixonados se esquecem que estão sendo observados, demonstram quem são de verdade pois atuam sem fingir. Por outro lado, há alguns que fingem conscientemente.

Lembro-me de um homem que frequentava regularmente a igreja com sua namorada, se mostrando como alguém mui-to religioso, mas no dia em que se casaram e saíram para a lua de mel, disse: “de agora em diante você não volta mais à igreja.” Outro exemplo foi de um homem que quando visitava sua namorada, só tomava o café oferecido por sua sogra para agradá-la. Quando este casal se casou, a esposa fez o café com muito entusiasmo e, para sua surpresa, ele lhe disse: “ah não, não gosto de café.” Graças a Deus que esta não foi nenhuma situação transcendental – como a de uma mulher que se casou com um homem pensando que ele não tinha filhos e, aos três anos de casada, descobriu que ele tinha cinco – caso contrário, ela teria “morrido com o impacto”.

Manuel também contribuiu, ainda que em menor grau, com o rompimento da relação porque tinha uma ideia ou uma expectativa falsa do que significava ser mulher.

A medida ideal era sua mãe. Não podemos negar que em nossa vida, tanto o pai quanto a mãe são os primeiros mo-

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delos de homem e mulher, mas esses modelos não podem, jamais, se tornar um ideal, e não podemos exigir que os demais sejam cópias fiéis e exatas deste ideal. Para ele, sua parceira não cozinhava como sua mãe; não era prendada como ela. Quando o homem se casa, ele necessita compre-ender que agora quem cozinha o feijão não é sua mãe, mas sua esposa. Têm sabores diferentes, mas são feijões. Elogiar o que sua esposa cozinha, falando com amor sobre aqui-lo que ela prepara, a motivará a cada dia a se aperfeiçoar mais. Está certo que esta mulher era indiferente às ativida-des do lar, mas também está certo que necessitamos apren-der a respeitar a individualidade das pessoas e a dirigi-las com amor para que consigam aquelas coisas que são im-prescindíveis para manter uma boa convivência no lar. As comparações geram ódio e não acrescentam em nada para melhorar uma relação. As críticas frequentes dele, somadas à imaturidade dela, ao invés de provocar mudanças positi-vas, fizeram com que esta mulher retivesse muita ira e ti-vesse sérias discussões com seu esposo. Dia após dia, entre as duras críticas e a falta de compreensão um com o outro, a relação foi se convertendo em uma convivência violenta.

No geral, a crítica tira o pior do ser humano, porque oculta a importância e o valor ao bem que ele faz e destaca o que não satisfaz à pessoa que critica. A aceitação e o ensina-mento com amor realçam o melhor de cada indivíduo.

É indubitável que a primeira atração sentida pelo homem, geralmente, é visual. O problema surge quando se perma-nece nesta primeira fase e se casa sem transcender a atra-ção puramente física. O homem necessita ir mais além do que sê vê com o olhar humano. Estas características inter-nas, que são as que perduram ao tempo, são as que, de ver-dade, vão acrescentar à relação; essas qualidades são as que muitos ignoram na hora de tomar a decisão de comparti-lhar com alguém para toda vida. Fico fascinada ao recordar a história do médico que presenteou sua esposa com um anel de casamento onde se lia: “envelheceremos juntos”. São

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palavras tão ternas que jamais poderiam ser esquecidas. É importante ressaltar que havia 25 anos que este homem tinha dado o anel a sua esposa. Ele envelheceu, mas ela comenta que ainda se emociona ao ver sua sensibilidade quando trata de seus pacientes e ao sentir o amor que ema-na de seus olhos pelo próximo e por ela mesma.

Quando nos casamos devemos estar bem conscientes do que esse passo representa em nossa vida. Os homens não são exceção. Casar-se é fazer um compromisso fiel de amor até a morte. Aquele que conhece o que significa esta trans-cendental decisão de se casar merece ser chamado “homem excelente”; aquele que vai além do homem comum para se transformar em alguém consciente do valor de uma relação permanente.

O homem excelente seleciona o melhor e sabe que nem todas as mulheres são iguais. Há muitas mulheres que ainda mantêm nossa dignidade, nossa integridade, a sen-sibilidade para amar e respeitar um homem e a sabedoria para sustentar um lar em harmonia. Para poder ver esta classe de mulheres, você precisa abrir os olhos espirituais e concentrar-se nas qualidades que fazem a grande diferença entre uma mulher e outra. Ninguém pode buscar no outro aquilo que não tem em si mesmo. O homem não pode buscar sensibilidade se não sabe o que significa ser sensí-vel, nem pode buscar a mulher ideal se ele não é o homem ideal.

Aprenda a eleger ao invés de ser eleito. Use sua inteligên-cia emocional e procure sempre alcançar o excelente. Não podemos selecionar bem se não temos um mapa que nos oriente para a direção que devemos ir. Por isso, para alcan-çar a excelência, você precisa saber quais são essas caracte-rísticas que definem uma mulher extraordinária.

Por outro lado, em nossos aconselhamentos percebemos que a mulher também anela e aspira ter um lugar