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Instituto Brasileiro de Ensino

Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica ndash Noccedilotildees Baacutesicas de Sauacutede

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Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica ndash Noccedilotildees Baacutesicas de Sauacutede

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NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE SAUacuteDE

GUIA DE ESTUDO 2

PROFESSOR (A) COORDENACcedilAtildeO PEDAGOacuteGICA

Instituto Brasileiro de Ensino

Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica ndash Noccedilotildees Baacutesicas de Sauacutede

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SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 01

1 SAUacuteDE NO BRASIL evoluccedilatildeo e conceitos 03

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria 08

12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988 10

2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE 21

REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS 35

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INTRODUCcedilAtildeO

Sejam bem vindos ao curso de especializaccedilatildeo em Gestatildeo de Sauacutede Puacuteblica

que tem como objetivo geral oferecer a atualizaccedilatildeo de conhecimentos teoacutericos que

levem os profissionais a atuarem multidisciplinarmente dentro das diretrizes do

Sistema Uacutenico de Sauacutede visando a melhoria da qualidade de atendimento de

sauacutede e de vida da populaccedilatildeo aleacutem de levaacute-los a refletirem sobre a atual situaccedilatildeo

da sauacutede puacuteblica contribuindo com formulaccedilatildeo de novas estrateacutegias viaacuteveis para a

soluccedilatildeo dos problemas relacionados agrave aacuterea

O conteuacutedo do curso estaacute distribuiacutedo em quatro apostilas

Apostila 1 - Noccedilotildees baacutesicas de Sauacutede que apresenta a evoluccedilatildeo da mesma

no Brasil (os primoacuterdios a reforma sanitaacuteria a descentralizaccedilatildeo e municipalizaccedilatildeo

dos serviccedilos de sauacutede) alguns conceitos baacutesicos como educaccedilatildeo e promoccedilatildeo

sistemas de vigilacircncia e indicadores de sauacutede

Apostila 2 - Sistema Uacutenico de Sauacutede relaciona os conceitos princiacutepios de

funcionamento e os niacuteveis de atenccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil

Apostila 3 - Legislaccedilatildeo poliacuteticas puacuteblicas e programas de sauacutede

Apostila 4 - Noccedilotildees de gestatildeo puacuteblica de pessoas e do conhecimento a qual

eacute de suma importacircncia para o curso uma vez que o gestor precisa adquirir noccedilotildees

baacutesicas e refletir sobre os limites e possibilidades de gestatildeo puacuteblica de pessoas e

do conhecimento

Esclarecemos dois pontos importantes

Primeiro este trabalho natildeo eacute original trata-se de uma reuniatildeo de materiais e

pensamentos de autores diversos que acreditamos fornecem o essencial para o

curso em epiacutegrafe

Segundo embora a apostila de Metodologia Cientiacutefica e as Orientaccedilotildees de

Trabalhos de Conclusatildeo de Curso tenham explicado que embora haja

controveacutersias trabalhos cientiacuteficos devem ser redigidos preferencialmente em

linguagem impessoal justificamos que nossa intenccedilatildeo eacute dialogar com o aluno

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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos

informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente

Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito

embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem

especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir

no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas

consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema

que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar

Boa leitura e bons estudos a todos

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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS

Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees

continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os

quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que

tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando

cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade

Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e

habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral

do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK

1998)

Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede

puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a

formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios

logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila

O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa

necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental

para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos

Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila

dos gestores de sauacutede

No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees

gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de

gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo

elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento

controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)

No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede

que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja

eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave

populaccedilatildeo

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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que

vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua

responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal

Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -

CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se

Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e

gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede

Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede

regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo

com sua direccedilatildeo estadual

Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves

condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho

O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar

os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a

uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para

atuaccedilatildeo

Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da

capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente

ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor

Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em

sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por

todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um

estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios

trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de

cuidados de sauacutede

Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo

mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o

conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a

utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa

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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema

de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)

devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede

da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas

para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento

desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de

fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais

informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados

natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)

A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de

profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a

sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de

profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido

agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de

recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua

responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)

Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o

Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede

puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e

Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro

Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria

miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais

adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva

tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo

resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)

sofria de um meio socialnatural insalubre

Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo

assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais

de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos

e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa

laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos

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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns

resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram

funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos

oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo

agroexportador e legitimar o Estado

Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo

vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo

De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de

1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo

Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em

final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da

assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica

Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no

interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas

incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo

brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico

assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo

ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes

elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ

1993 p 179)

A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no

campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica

Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia

e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do

Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando

uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a

municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria

ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e

participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em

oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993

p 180)

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE SAUacuteDE

GUIA DE ESTUDO 2

PROFESSOR (A) COORDENACcedilAtildeO PEDAGOacuteGICA

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SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 01

1 SAUacuteDE NO BRASIL evoluccedilatildeo e conceitos 03

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria 08

12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988 10

2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE 21

REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS 35

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INTRODUCcedilAtildeO

Sejam bem vindos ao curso de especializaccedilatildeo em Gestatildeo de Sauacutede Puacuteblica

que tem como objetivo geral oferecer a atualizaccedilatildeo de conhecimentos teoacutericos que

levem os profissionais a atuarem multidisciplinarmente dentro das diretrizes do

Sistema Uacutenico de Sauacutede visando a melhoria da qualidade de atendimento de

sauacutede e de vida da populaccedilatildeo aleacutem de levaacute-los a refletirem sobre a atual situaccedilatildeo

da sauacutede puacuteblica contribuindo com formulaccedilatildeo de novas estrateacutegias viaacuteveis para a

soluccedilatildeo dos problemas relacionados agrave aacuterea

O conteuacutedo do curso estaacute distribuiacutedo em quatro apostilas

Apostila 1 - Noccedilotildees baacutesicas de Sauacutede que apresenta a evoluccedilatildeo da mesma

no Brasil (os primoacuterdios a reforma sanitaacuteria a descentralizaccedilatildeo e municipalizaccedilatildeo

dos serviccedilos de sauacutede) alguns conceitos baacutesicos como educaccedilatildeo e promoccedilatildeo

sistemas de vigilacircncia e indicadores de sauacutede

Apostila 2 - Sistema Uacutenico de Sauacutede relaciona os conceitos princiacutepios de

funcionamento e os niacuteveis de atenccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil

Apostila 3 - Legislaccedilatildeo poliacuteticas puacuteblicas e programas de sauacutede

Apostila 4 - Noccedilotildees de gestatildeo puacuteblica de pessoas e do conhecimento a qual

eacute de suma importacircncia para o curso uma vez que o gestor precisa adquirir noccedilotildees

baacutesicas e refletir sobre os limites e possibilidades de gestatildeo puacuteblica de pessoas e

do conhecimento

Esclarecemos dois pontos importantes

Primeiro este trabalho natildeo eacute original trata-se de uma reuniatildeo de materiais e

pensamentos de autores diversos que acreditamos fornecem o essencial para o

curso em epiacutegrafe

Segundo embora a apostila de Metodologia Cientiacutefica e as Orientaccedilotildees de

Trabalhos de Conclusatildeo de Curso tenham explicado que embora haja

controveacutersias trabalhos cientiacuteficos devem ser redigidos preferencialmente em

linguagem impessoal justificamos que nossa intenccedilatildeo eacute dialogar com o aluno

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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos

informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente

Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito

embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem

especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir

no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas

consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema

que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar

Boa leitura e bons estudos a todos

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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS

Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees

continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os

quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que

tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando

cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade

Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e

habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral

do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK

1998)

Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede

puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a

formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios

logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila

O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa

necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental

para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos

Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila

dos gestores de sauacutede

No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees

gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de

gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo

elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento

controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)

No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede

que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja

eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave

populaccedilatildeo

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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que

vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua

responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal

Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -

CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se

Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e

gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede

Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede

regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo

com sua direccedilatildeo estadual

Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves

condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho

O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar

os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a

uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para

atuaccedilatildeo

Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da

capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente

ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor

Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em

sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por

todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um

estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios

trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de

cuidados de sauacutede

Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo

mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o

conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a

utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa

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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema

de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)

devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede

da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas

para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento

desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de

fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais

informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados

natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)

A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de

profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a

sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de

profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido

agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de

recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua

responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)

Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o

Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede

puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e

Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro

Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria

miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais

adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva

tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo

resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)

sofria de um meio socialnatural insalubre

Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo

assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais

de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos

e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa

laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos

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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns

resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram

funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos

oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo

agroexportador e legitimar o Estado

Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo

vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo

De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de

1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo

Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em

final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da

assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica

Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no

interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas

incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo

brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico

assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo

ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes

elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ

1993 p 179)

A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no

campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica

Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia

e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do

Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando

uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a

municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria

ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e

participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em

oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993

p 180)

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 01

1 SAUacuteDE NO BRASIL evoluccedilatildeo e conceitos 03

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria 08

12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988 10

2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE 21

REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS 35

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INTRODUCcedilAtildeO

Sejam bem vindos ao curso de especializaccedilatildeo em Gestatildeo de Sauacutede Puacuteblica

que tem como objetivo geral oferecer a atualizaccedilatildeo de conhecimentos teoacutericos que

levem os profissionais a atuarem multidisciplinarmente dentro das diretrizes do

Sistema Uacutenico de Sauacutede visando a melhoria da qualidade de atendimento de

sauacutede e de vida da populaccedilatildeo aleacutem de levaacute-los a refletirem sobre a atual situaccedilatildeo

da sauacutede puacuteblica contribuindo com formulaccedilatildeo de novas estrateacutegias viaacuteveis para a

soluccedilatildeo dos problemas relacionados agrave aacuterea

O conteuacutedo do curso estaacute distribuiacutedo em quatro apostilas

Apostila 1 - Noccedilotildees baacutesicas de Sauacutede que apresenta a evoluccedilatildeo da mesma

no Brasil (os primoacuterdios a reforma sanitaacuteria a descentralizaccedilatildeo e municipalizaccedilatildeo

dos serviccedilos de sauacutede) alguns conceitos baacutesicos como educaccedilatildeo e promoccedilatildeo

sistemas de vigilacircncia e indicadores de sauacutede

Apostila 2 - Sistema Uacutenico de Sauacutede relaciona os conceitos princiacutepios de

funcionamento e os niacuteveis de atenccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil

Apostila 3 - Legislaccedilatildeo poliacuteticas puacuteblicas e programas de sauacutede

Apostila 4 - Noccedilotildees de gestatildeo puacuteblica de pessoas e do conhecimento a qual

eacute de suma importacircncia para o curso uma vez que o gestor precisa adquirir noccedilotildees

baacutesicas e refletir sobre os limites e possibilidades de gestatildeo puacuteblica de pessoas e

do conhecimento

Esclarecemos dois pontos importantes

Primeiro este trabalho natildeo eacute original trata-se de uma reuniatildeo de materiais e

pensamentos de autores diversos que acreditamos fornecem o essencial para o

curso em epiacutegrafe

Segundo embora a apostila de Metodologia Cientiacutefica e as Orientaccedilotildees de

Trabalhos de Conclusatildeo de Curso tenham explicado que embora haja

controveacutersias trabalhos cientiacuteficos devem ser redigidos preferencialmente em

linguagem impessoal justificamos que nossa intenccedilatildeo eacute dialogar com o aluno

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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos

informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente

Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito

embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem

especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir

no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas

consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema

que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar

Boa leitura e bons estudos a todos

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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS

Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees

continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os

quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que

tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando

cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade

Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e

habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral

do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK

1998)

Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede

puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a

formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios

logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila

O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa

necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental

para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos

Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila

dos gestores de sauacutede

No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees

gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de

gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo

elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento

controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)

No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede

que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja

eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave

populaccedilatildeo

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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que

vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua

responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal

Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -

CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se

Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e

gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede

Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede

regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo

com sua direccedilatildeo estadual

Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves

condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho

O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar

os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a

uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para

atuaccedilatildeo

Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da

capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente

ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor

Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em

sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por

todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um

estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios

trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de

cuidados de sauacutede

Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo

mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o

conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a

utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa

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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema

de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)

devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede

da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas

para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento

desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de

fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais

informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados

natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)

A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de

profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a

sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de

profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido

agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de

recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua

responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)

Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o

Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede

puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e

Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro

Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria

miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais

adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva

tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo

resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)

sofria de um meio socialnatural insalubre

Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo

assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais

de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos

e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa

laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos

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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns

resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram

funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos

oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo

agroexportador e legitimar o Estado

Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo

vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo

De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de

1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo

Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em

final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da

assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica

Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no

interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas

incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo

brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico

assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo

ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes

elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ

1993 p 179)

A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no

campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica

Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia

e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do

Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando

uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a

municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria

ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e

participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em

oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993

p 180)

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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INTRODUCcedilAtildeO

Sejam bem vindos ao curso de especializaccedilatildeo em Gestatildeo de Sauacutede Puacuteblica

que tem como objetivo geral oferecer a atualizaccedilatildeo de conhecimentos teoacutericos que

levem os profissionais a atuarem multidisciplinarmente dentro das diretrizes do

Sistema Uacutenico de Sauacutede visando a melhoria da qualidade de atendimento de

sauacutede e de vida da populaccedilatildeo aleacutem de levaacute-los a refletirem sobre a atual situaccedilatildeo

da sauacutede puacuteblica contribuindo com formulaccedilatildeo de novas estrateacutegias viaacuteveis para a

soluccedilatildeo dos problemas relacionados agrave aacuterea

O conteuacutedo do curso estaacute distribuiacutedo em quatro apostilas

Apostila 1 - Noccedilotildees baacutesicas de Sauacutede que apresenta a evoluccedilatildeo da mesma

no Brasil (os primoacuterdios a reforma sanitaacuteria a descentralizaccedilatildeo e municipalizaccedilatildeo

dos serviccedilos de sauacutede) alguns conceitos baacutesicos como educaccedilatildeo e promoccedilatildeo

sistemas de vigilacircncia e indicadores de sauacutede

Apostila 2 - Sistema Uacutenico de Sauacutede relaciona os conceitos princiacutepios de

funcionamento e os niacuteveis de atenccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil

Apostila 3 - Legislaccedilatildeo poliacuteticas puacuteblicas e programas de sauacutede

Apostila 4 - Noccedilotildees de gestatildeo puacuteblica de pessoas e do conhecimento a qual

eacute de suma importacircncia para o curso uma vez que o gestor precisa adquirir noccedilotildees

baacutesicas e refletir sobre os limites e possibilidades de gestatildeo puacuteblica de pessoas e

do conhecimento

Esclarecemos dois pontos importantes

Primeiro este trabalho natildeo eacute original trata-se de uma reuniatildeo de materiais e

pensamentos de autores diversos que acreditamos fornecem o essencial para o

curso em epiacutegrafe

Segundo embora a apostila de Metodologia Cientiacutefica e as Orientaccedilotildees de

Trabalhos de Conclusatildeo de Curso tenham explicado que embora haja

controveacutersias trabalhos cientiacuteficos devem ser redigidos preferencialmente em

linguagem impessoal justificamos que nossa intenccedilatildeo eacute dialogar com o aluno

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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos

informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente

Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito

embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem

especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir

no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas

consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema

que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar

Boa leitura e bons estudos a todos

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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS

Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees

continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os

quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que

tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando

cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade

Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e

habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral

do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK

1998)

Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede

puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a

formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios

logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila

O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa

necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental

para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos

Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila

dos gestores de sauacutede

No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees

gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de

gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo

elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento

controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)

No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede

que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja

eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave

populaccedilatildeo

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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que

vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua

responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal

Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -

CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se

Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e

gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede

Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede

regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo

com sua direccedilatildeo estadual

Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves

condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho

O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar

os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a

uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para

atuaccedilatildeo

Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da

capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente

ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor

Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em

sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por

todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um

estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios

trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de

cuidados de sauacutede

Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo

mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o

conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a

utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa

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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema

de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)

devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede

da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas

para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento

desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de

fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais

informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados

natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)

A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de

profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a

sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de

profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido

agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de

recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua

responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)

Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o

Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede

puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e

Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro

Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria

miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais

adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva

tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo

resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)

sofria de um meio socialnatural insalubre

Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo

assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais

de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos

e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa

laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos

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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns

resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram

funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos

oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo

agroexportador e legitimar o Estado

Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo

vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo

De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de

1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo

Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em

final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da

assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica

Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no

interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas

incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo

brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico

assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo

ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes

elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ

1993 p 179)

A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no

campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica

Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia

e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do

Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando

uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a

municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria

ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e

participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em

oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993

p 180)

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos

informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente

Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito

embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem

especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir

no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas

consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema

que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar

Boa leitura e bons estudos a todos

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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS

Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees

continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os

quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que

tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando

cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade

Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e

habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral

do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK

1998)

Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede

puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a

formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios

logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila

O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa

necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental

para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos

Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila

dos gestores de sauacutede

No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees

gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de

gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo

elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento

controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)

No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede

que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja

eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave

populaccedilatildeo

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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que

vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua

responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal

Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -

CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se

Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e

gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede

Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede

regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo

com sua direccedilatildeo estadual

Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves

condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho

O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar

os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a

uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para

atuaccedilatildeo

Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da

capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente

ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor

Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em

sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por

todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um

estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios

trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de

cuidados de sauacutede

Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo

mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o

conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a

utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa

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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema

de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)

devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede

da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas

para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento

desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de

fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais

informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados

natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)

A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de

profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a

sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de

profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido

agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de

recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua

responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)

Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o

Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede

puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e

Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro

Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria

miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais

adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva

tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo

resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)

sofria de um meio socialnatural insalubre

Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo

assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais

de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos

e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa

laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos

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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns

resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram

funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos

oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo

agroexportador e legitimar o Estado

Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo

vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo

De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de

1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo

Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em

final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da

assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica

Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no

interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas

incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo

brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico

assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo

ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes

elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ

1993 p 179)

A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no

campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica

Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia

e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do

Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando

uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a

municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria

ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e

participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em

oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993

p 180)

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS

Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees

continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os

quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que

tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando

cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade

Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e

habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral

do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK

1998)

Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede

puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a

formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios

logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila

O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa

necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental

para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos

Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila

dos gestores de sauacutede

No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees

gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de

gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo

elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento

controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)

No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede

que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja

eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave

populaccedilatildeo

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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que

vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua

responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal

Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -

CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se

Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e

gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede

Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede

regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo

com sua direccedilatildeo estadual

Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves

condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho

O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar

os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a

uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para

atuaccedilatildeo

Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da

capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente

ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor

Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em

sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por

todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um

estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios

trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de

cuidados de sauacutede

Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo

mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o

conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a

utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa

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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema

de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)

devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede

da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas

para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento

desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de

fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais

informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados

natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)

A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de

profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a

sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de

profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido

agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de

recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua

responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)

Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o

Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede

puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e

Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro

Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria

miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais

adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva

tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo

resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)

sofria de um meio socialnatural insalubre

Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo

assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais

de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos

e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa

laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos

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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns

resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram

funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos

oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo

agroexportador e legitimar o Estado

Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo

vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo

De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de

1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo

Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em

final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da

assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica

Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no

interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas

incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo

brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico

assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo

ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes

elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ

1993 p 179)

A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no

campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica

Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia

e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do

Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando

uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a

municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria

ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e

participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em

oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993

p 180)

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que

vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua

responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal

Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -

CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se

Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e

gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede

Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede

regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo

com sua direccedilatildeo estadual

Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves

condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho

O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar

os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a

uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para

atuaccedilatildeo

Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da

capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente

ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor

Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em

sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por

todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um

estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios

trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de

cuidados de sauacutede

Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo

mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o

conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a

utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa

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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema

de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)

devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede

da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas

para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento

desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de

fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais

informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados

natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)

A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de

profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a

sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de

profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido

agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de

recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua

responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)

Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o

Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede

puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e

Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro

Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria

miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais

adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva

tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo

resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)

sofria de um meio socialnatural insalubre

Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo

assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais

de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos

e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa

laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos

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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns

resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram

funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos

oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo

agroexportador e legitimar o Estado

Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo

vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo

De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de

1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo

Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em

final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da

assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica

Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no

interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas

incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo

brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico

assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo

ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes

elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ

1993 p 179)

A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no

campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica

Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia

e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do

Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando

uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a

municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria

ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e

participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em

oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993

p 180)

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema

de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)

devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede

da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas

para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento

desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de

fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais

informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados

natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)

A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de

profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a

sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de

profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido

agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de

recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua

responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)

Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o

Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede

puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e

Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro

Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria

miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais

adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva

tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo

resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)

sofria de um meio socialnatural insalubre

Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo

assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais

de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos

e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa

laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos

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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns

resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram

funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos

oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo

agroexportador e legitimar o Estado

Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo

vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo

De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de

1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo

Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em

final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da

assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica

Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no

interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas

incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo

brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico

assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo

ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes

elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ

1993 p 179)

A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no

campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica

Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia

e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do

Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando

uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a

municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria

ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e

participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em

oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993

p 180)

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns

resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram

funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos

oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo

agroexportador e legitimar o Estado

Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo

vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo

De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de

1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo

Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em

final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da

assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica

Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no

interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas

incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo

brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico

assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo

ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes

elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ

1993 p 179)

A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no

campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica

Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia

e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do

Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando

uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a

municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria

ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e

participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em

oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993

p 180)

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de

Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as

poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na

Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e

que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva

participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a

Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e

serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade

equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)

Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou

oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o

Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e

a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e

gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do

fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos

municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica

estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave

organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede

Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam

nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade

na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local

Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar

minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um

enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de

sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos

nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede

da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e

necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)

Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da

importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a

educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)

Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua

atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto

com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo

somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo

humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas

11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria

A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em

relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas

e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes

comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada

e ao mesmo tempo descentralizada

Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede

no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses

aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que

daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente

sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute

somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar

progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova

sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se

que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa

de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas

consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)

A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo

na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo

desenvolvimentistardquo

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a

niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais

complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na

deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e

Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de

organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria

divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria

(HEIMANN et al 2009)

De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma

de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico

individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente

qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de

doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica

organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro

extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do

Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente

das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na

educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente

subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a

incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda

espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual

Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e

o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o

modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o

primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988

A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a

metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate

agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees

propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e

sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte

(MACHADO 1978)

O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo

poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas

de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina

na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica

meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio

de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada

de medicina social (MACHADO 1978)

Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para

enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes

A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na

administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria

do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se

centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de

formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte

da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas

as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada

do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes

Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou

pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar

da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas

assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em

20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem

como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens

de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos

cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde

possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)

Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo

das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos

portos

Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de

um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por

quase um seacuteculo

A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha

destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene

puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX

A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado

solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas

mas sem os efeitos desejados

Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de

modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade

escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a

redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por

base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da

riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos

camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado

no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de

guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria

da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo

do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)

Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado

em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se

engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras

deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e

trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de

articulaccedilatildeo de interesses

No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados

a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo

As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada

de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave

consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o

resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da

proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por

parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no

Paiacutes (LIMA 2005)

A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave

mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro

apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas

doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre

amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias

consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do

comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no

porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade

A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves

praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela

primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves

enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente

dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global

natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a

todos os setores da sociedade

A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e

coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo

A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em

1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto

Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz

(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde

em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados

segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica

praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas

concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede

puacuteblica (LIMA 2005)

Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital

Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na

criaccedilatildeo de instituiccedilotildees

Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a

Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que

alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do

Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira

Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de

Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo

central (CONASS 2007)

As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute

viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei

Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido

como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores

organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez

doenccedila e morte

A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees

(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado

pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia

meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos

especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou

seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados

(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas

de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e

administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas

foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede

mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas

ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E

GARCIA 2000 apud LORA 2004)

Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de

Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e

administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto

Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os

marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975

periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia

caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual

assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o

desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua

produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo

tradicional)

A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada

no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave

condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato

que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi

criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano

Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes

empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus

fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e

dos empregadores

O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo

com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados

das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e

consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX

para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da

ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e

organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou

conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio

de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo

das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL

2007)

O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas

por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica

apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para

enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de

1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de

Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e

Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no

sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os

benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores

autocircnomos

Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo

brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos

serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia

Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo

publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha

adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal

a sauacutede de sua populaccedilatildeo

Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e

estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa

organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida

dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e

individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que

fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e

Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para

os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior

Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades

Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de

setores da sociedade civil

Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo

de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento

de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria

O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a

participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade

Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no

Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma

mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a

ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria

Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do

sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de

vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e

recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio

nacional (BRASIL 1987)

O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da

reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser

recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi

usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e

transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam

apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o

resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo

No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma

denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o

campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi

chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)

Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era

mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado

orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do

movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de

movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento

pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo

Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava

dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta

contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso

integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos

de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de

Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso

Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a

sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no

final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no

Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-

social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da

medicina (FIOCRUZ 2009)

A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito

concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram

transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais

comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito

ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar

que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre

diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da

teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a

doenccedila estaacute socialmente determinada

1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista

pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute

iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e

Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se

dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se

processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna

conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado

(FIOCRUZ 2009)

Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias

correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel

fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes

comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de

Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os

Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre

1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente

ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas

discussotildees

Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os

meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma

carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os

sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse

movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de

Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser

renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976

tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o

propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento

sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos

inovadores (FIOCRUZ 2009)

Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em

praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo

e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)

da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem

marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica

em todo Brasil foram treinadas

Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha

propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento

chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo

do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o

Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o

Ministeacuterio da Sauacutede

A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram

espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII

Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil

pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o

movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do

movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria

Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista

da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo

brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo

complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com

base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do

SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma

Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ

2009)

Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios

autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da

reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que

embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute

enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores

de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de

empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que

natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem

naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS

dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos

sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos

puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN

2009)

Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e

construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como

prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a

construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave

ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia

Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social

Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute

duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de

maneira geral

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE

SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de

sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito

bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que

esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o

fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre

psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo

niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)

A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de

1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees

de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes

da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes

aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e

criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de

doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)

ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de

controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas

necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do

aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e

do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como

elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial

promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que

deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma

epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil

oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da

febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os

paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um

processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do

vetor da doenccedila (BRASIL 2007)

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia

levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de

dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos

mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do

solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e

outras pragas

PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais

e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede

Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da

sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com

muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em

sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas

organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim

como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL

2007)

EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias

de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave

sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos

determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de

aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o

processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham

experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade

sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar

Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo

dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e

recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma

pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria

sauacutede (BRASIL 2007)

Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das

condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos

problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de

sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)

intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees

multiestrateacutegicas e sustentabilidade

Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a

conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo

de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias

formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque

no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como

produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo

que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)

A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual

enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional

capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo

em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico

administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e

praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de

aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de

ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais

ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)

SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito

constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em

inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica

geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de

atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de

integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a

sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos

nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta

antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de

participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo

novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos

alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis

As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas

condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988

caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das

poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o

impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente

favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees

saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais

e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os

setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar

em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas

consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo

Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a

discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o

desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em

torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios

(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os

ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como

o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de

desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira

nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao

desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do

desenvolvimento

Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH

(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave

esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma

medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais

humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio

ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute

preocupante

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da

perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em

mudanccedilas em diversos campos

- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla

de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a

sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo

compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e

abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da

populaccedilatildeo como seu eixo norteador

- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho

no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do

problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-

responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e

narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a

intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)

- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a

autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta

autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo

e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e

potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados

ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de

uma forma mais especiacutefica

- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus

direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute

romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia

biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber

que silencia outros e coisifica os sujeitos

- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise

a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este

imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da

populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da

construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de

vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente

concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares

governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da

comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de

accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na

tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a

melhoria das condiccedilotildees de sauacutede

Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado

a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses

das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da

populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira

indissociaacutevel

A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o

desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da

sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da

populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das

atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma

agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que

coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social

utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma

cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais

enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de

vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a

accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social

INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais

os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre

determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do

desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A

construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a

simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de

proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida

ao nascer

A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes

utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco

etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta

transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser

definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e

confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees

similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas

de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir

somente o fenocircmeno analisado)

Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade

(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a

prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento

de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e

interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da

informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do

sistema de sauacutede

Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a

integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo

contraditoacuterios) (RIPSA 2002)

A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser

asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de

procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de

indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da

disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e

necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto

depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio

monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na

informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da

informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os

indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo

da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem

como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias

inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de

base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de

sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim

insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves

necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)

Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a

disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o

monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da

capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de

sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)

Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os

indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo

teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de

qualidade agrave populaccedilatildeo

Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos

que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a

Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos

indicadores

Indicadores demograacuteficos

Populaccedilatildeo total

Razatildeo de sexos

2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site

wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo

Grau de urbanizaccedilatildeo

Taxa de fecundidade total

Taxa especiacutefica de fecundidade

Taxa bruta de natalidade

Mortalidade proporcional por idade

Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano

Taxa bruta de mortalidade

Esperanccedila de vida ao nascer

Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade

Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo

Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo

Iacutendice de envelhecimento

Razatildeo de dependecircncia

Indicadores socioeconocircmicos

Taxa de analfabetismo

Niacuteveis de escolaridade

Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Razatildeo de renda

Proporccedilatildeo de pobres

Taxa de desemprego

Taxa de trabalho infantil

Indicadores de mortalidade

Taxa de mortalidade infantil

Taxa de mortalidade neonatal precoce

Taxa de mortalidade neonatal tardia

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal

Taxa de mortalidade perinatal

Taxa de mortalidade materna

Mortalidade proporcional por grupos de causas

Mortalidade proporcional por causas mal definidas

Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de

idade

Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos

de idade

Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio

Taxa de mortalidade por causas externas

Taxa de mortalidade por neoplasias malignas

Taxa de mortalidade por acidente de trabalho

Taxa de mortalidade por diabete melito

Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica

Taxa de mortalidade por aids

Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal

Indicadores de morbidade e fatores de risco

Incidecircncia de sarampo

Incidecircncia de difteria

Incidecircncia de coqueluche

Incidecircncia de teacutetano neonatal

Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)

Incidecircncia de febre amarela

Incidecircncia de raiva humana

Incidecircncia de hepatite B

Incidecircncia de coacutelera

Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita

Taxa de incidecircncia de aids

Taxa de incidecircncia de tuberculose

Taxa de incidecircncia de dengue

Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease

Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria

Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas

Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)

Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)

Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease

Taxa de prevalecircncia de diabete melito

Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas

Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna

Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer

Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de

idade

Prevalecircncia de aleitamento materno

Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo

Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)

Indicadores de recursos

Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante

Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante

Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar

Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial

Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar

Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB

Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total

Indicadores de cobertura

Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante

Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)

Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante

Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade

Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal

Proporccedilatildeo de partos hospitalares

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos

Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)

Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados

Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados

Cobertura vacinal no primeiro ano de vida

Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos

Cobertura do setor de sauacutede suplementar

Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar

Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua

Cobertura de esgotamento sanitaacuterio

Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo

Fonte RIPSA (2002)

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997

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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002

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