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Instituto Brasileiro de Ensino
Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica ndash Noccedilotildees Baacutesicas de Sauacutede
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NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE SAUacuteDE
GUIA DE ESTUDO 2
PROFESSOR (A) COORDENACcedilAtildeO PEDAGOacuteGICA
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SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 01
1 SAUacuteDE NO BRASIL evoluccedilatildeo e conceitos 03
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria 08
12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988 10
2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE 21
REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS 35
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INTRODUCcedilAtildeO
Sejam bem vindos ao curso de especializaccedilatildeo em Gestatildeo de Sauacutede Puacuteblica
que tem como objetivo geral oferecer a atualizaccedilatildeo de conhecimentos teoacutericos que
levem os profissionais a atuarem multidisciplinarmente dentro das diretrizes do
Sistema Uacutenico de Sauacutede visando a melhoria da qualidade de atendimento de
sauacutede e de vida da populaccedilatildeo aleacutem de levaacute-los a refletirem sobre a atual situaccedilatildeo
da sauacutede puacuteblica contribuindo com formulaccedilatildeo de novas estrateacutegias viaacuteveis para a
soluccedilatildeo dos problemas relacionados agrave aacuterea
O conteuacutedo do curso estaacute distribuiacutedo em quatro apostilas
Apostila 1 - Noccedilotildees baacutesicas de Sauacutede que apresenta a evoluccedilatildeo da mesma
no Brasil (os primoacuterdios a reforma sanitaacuteria a descentralizaccedilatildeo e municipalizaccedilatildeo
dos serviccedilos de sauacutede) alguns conceitos baacutesicos como educaccedilatildeo e promoccedilatildeo
sistemas de vigilacircncia e indicadores de sauacutede
Apostila 2 - Sistema Uacutenico de Sauacutede relaciona os conceitos princiacutepios de
funcionamento e os niacuteveis de atenccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil
Apostila 3 - Legislaccedilatildeo poliacuteticas puacuteblicas e programas de sauacutede
Apostila 4 - Noccedilotildees de gestatildeo puacuteblica de pessoas e do conhecimento a qual
eacute de suma importacircncia para o curso uma vez que o gestor precisa adquirir noccedilotildees
baacutesicas e refletir sobre os limites e possibilidades de gestatildeo puacuteblica de pessoas e
do conhecimento
Esclarecemos dois pontos importantes
Primeiro este trabalho natildeo eacute original trata-se de uma reuniatildeo de materiais e
pensamentos de autores diversos que acreditamos fornecem o essencial para o
curso em epiacutegrafe
Segundo embora a apostila de Metodologia Cientiacutefica e as Orientaccedilotildees de
Trabalhos de Conclusatildeo de Curso tenham explicado que embora haja
controveacutersias trabalhos cientiacuteficos devem ser redigidos preferencialmente em
linguagem impessoal justificamos que nossa intenccedilatildeo eacute dialogar com o aluno
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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos
informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente
Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito
embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem
especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir
no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas
consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema
que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar
Boa leitura e bons estudos a todos
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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS
Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees
continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os
quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que
tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando
cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade
Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e
habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral
do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK
1998)
Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede
puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a
formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios
logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila
O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa
necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental
para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos
Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila
dos gestores de sauacutede
No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees
gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de
gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo
elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento
controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)
No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede
que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja
eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave
populaccedilatildeo
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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que
vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua
responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal
Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -
CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se
Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e
gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede
Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede
regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo
com sua direccedilatildeo estadual
Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves
condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho
O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar
os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a
uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para
atuaccedilatildeo
Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da
capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente
ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor
Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em
sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por
todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um
estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios
trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de
cuidados de sauacutede
Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo
mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o
conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a
utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa
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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema
de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)
devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede
da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas
para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento
desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de
fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais
informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados
natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)
A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de
profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a
sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de
profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido
agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de
recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua
responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)
Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o
Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede
puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e
Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro
Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria
miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais
adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva
tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo
resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)
sofria de um meio socialnatural insalubre
Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo
assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais
de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos
e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa
laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos
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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns
resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram
funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos
oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo
agroexportador e legitimar o Estado
Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo
vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo
De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de
1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo
Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em
final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da
assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica
Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no
interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas
incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo
brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico
assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo
ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes
elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ
1993 p 179)
A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no
campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica
Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia
e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do
Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando
uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a
municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria
ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e
participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em
oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993
p 180)
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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NOCcedilOtildeES BAacuteSICAS DE SAUacuteDE
GUIA DE ESTUDO 2
PROFESSOR (A) COORDENACcedilAtildeO PEDAGOacuteGICA
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SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 01
1 SAUacuteDE NO BRASIL evoluccedilatildeo e conceitos 03
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria 08
12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988 10
2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE 21
REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS 35
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INTRODUCcedilAtildeO
Sejam bem vindos ao curso de especializaccedilatildeo em Gestatildeo de Sauacutede Puacuteblica
que tem como objetivo geral oferecer a atualizaccedilatildeo de conhecimentos teoacutericos que
levem os profissionais a atuarem multidisciplinarmente dentro das diretrizes do
Sistema Uacutenico de Sauacutede visando a melhoria da qualidade de atendimento de
sauacutede e de vida da populaccedilatildeo aleacutem de levaacute-los a refletirem sobre a atual situaccedilatildeo
da sauacutede puacuteblica contribuindo com formulaccedilatildeo de novas estrateacutegias viaacuteveis para a
soluccedilatildeo dos problemas relacionados agrave aacuterea
O conteuacutedo do curso estaacute distribuiacutedo em quatro apostilas
Apostila 1 - Noccedilotildees baacutesicas de Sauacutede que apresenta a evoluccedilatildeo da mesma
no Brasil (os primoacuterdios a reforma sanitaacuteria a descentralizaccedilatildeo e municipalizaccedilatildeo
dos serviccedilos de sauacutede) alguns conceitos baacutesicos como educaccedilatildeo e promoccedilatildeo
sistemas de vigilacircncia e indicadores de sauacutede
Apostila 2 - Sistema Uacutenico de Sauacutede relaciona os conceitos princiacutepios de
funcionamento e os niacuteveis de atenccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil
Apostila 3 - Legislaccedilatildeo poliacuteticas puacuteblicas e programas de sauacutede
Apostila 4 - Noccedilotildees de gestatildeo puacuteblica de pessoas e do conhecimento a qual
eacute de suma importacircncia para o curso uma vez que o gestor precisa adquirir noccedilotildees
baacutesicas e refletir sobre os limites e possibilidades de gestatildeo puacuteblica de pessoas e
do conhecimento
Esclarecemos dois pontos importantes
Primeiro este trabalho natildeo eacute original trata-se de uma reuniatildeo de materiais e
pensamentos de autores diversos que acreditamos fornecem o essencial para o
curso em epiacutegrafe
Segundo embora a apostila de Metodologia Cientiacutefica e as Orientaccedilotildees de
Trabalhos de Conclusatildeo de Curso tenham explicado que embora haja
controveacutersias trabalhos cientiacuteficos devem ser redigidos preferencialmente em
linguagem impessoal justificamos que nossa intenccedilatildeo eacute dialogar com o aluno
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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos
informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente
Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito
embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem
especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir
no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas
consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema
que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar
Boa leitura e bons estudos a todos
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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS
Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees
continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os
quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que
tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando
cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade
Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e
habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral
do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK
1998)
Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede
puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a
formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios
logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila
O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa
necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental
para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos
Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila
dos gestores de sauacutede
No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees
gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de
gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo
elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento
controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)
No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede
que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja
eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave
populaccedilatildeo
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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que
vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua
responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal
Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -
CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se
Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e
gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede
Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede
regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo
com sua direccedilatildeo estadual
Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves
condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho
O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar
os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a
uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para
atuaccedilatildeo
Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da
capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente
ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor
Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em
sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por
todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um
estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios
trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de
cuidados de sauacutede
Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo
mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o
conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a
utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa
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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema
de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)
devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede
da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas
para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento
desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de
fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais
informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados
natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)
A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de
profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a
sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de
profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido
agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de
recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua
responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)
Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o
Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede
puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e
Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro
Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria
miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais
adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva
tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo
resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)
sofria de um meio socialnatural insalubre
Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo
assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais
de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos
e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa
laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos
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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns
resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram
funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos
oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo
agroexportador e legitimar o Estado
Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo
vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo
De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de
1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo
Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em
final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da
assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica
Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no
interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas
incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo
brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico
assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo
ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes
elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ
1993 p 179)
A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no
campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica
Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia
e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do
Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando
uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a
municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria
ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e
participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em
oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993
p 180)
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 01
1 SAUacuteDE NO BRASIL evoluccedilatildeo e conceitos 03
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria 08
12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988 10
2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE 21
REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS 35
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INTRODUCcedilAtildeO
Sejam bem vindos ao curso de especializaccedilatildeo em Gestatildeo de Sauacutede Puacuteblica
que tem como objetivo geral oferecer a atualizaccedilatildeo de conhecimentos teoacutericos que
levem os profissionais a atuarem multidisciplinarmente dentro das diretrizes do
Sistema Uacutenico de Sauacutede visando a melhoria da qualidade de atendimento de
sauacutede e de vida da populaccedilatildeo aleacutem de levaacute-los a refletirem sobre a atual situaccedilatildeo
da sauacutede puacuteblica contribuindo com formulaccedilatildeo de novas estrateacutegias viaacuteveis para a
soluccedilatildeo dos problemas relacionados agrave aacuterea
O conteuacutedo do curso estaacute distribuiacutedo em quatro apostilas
Apostila 1 - Noccedilotildees baacutesicas de Sauacutede que apresenta a evoluccedilatildeo da mesma
no Brasil (os primoacuterdios a reforma sanitaacuteria a descentralizaccedilatildeo e municipalizaccedilatildeo
dos serviccedilos de sauacutede) alguns conceitos baacutesicos como educaccedilatildeo e promoccedilatildeo
sistemas de vigilacircncia e indicadores de sauacutede
Apostila 2 - Sistema Uacutenico de Sauacutede relaciona os conceitos princiacutepios de
funcionamento e os niacuteveis de atenccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil
Apostila 3 - Legislaccedilatildeo poliacuteticas puacuteblicas e programas de sauacutede
Apostila 4 - Noccedilotildees de gestatildeo puacuteblica de pessoas e do conhecimento a qual
eacute de suma importacircncia para o curso uma vez que o gestor precisa adquirir noccedilotildees
baacutesicas e refletir sobre os limites e possibilidades de gestatildeo puacuteblica de pessoas e
do conhecimento
Esclarecemos dois pontos importantes
Primeiro este trabalho natildeo eacute original trata-se de uma reuniatildeo de materiais e
pensamentos de autores diversos que acreditamos fornecem o essencial para o
curso em epiacutegrafe
Segundo embora a apostila de Metodologia Cientiacutefica e as Orientaccedilotildees de
Trabalhos de Conclusatildeo de Curso tenham explicado que embora haja
controveacutersias trabalhos cientiacuteficos devem ser redigidos preferencialmente em
linguagem impessoal justificamos que nossa intenccedilatildeo eacute dialogar com o aluno
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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos
informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente
Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito
embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem
especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir
no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas
consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema
que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar
Boa leitura e bons estudos a todos
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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS
Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees
continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os
quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que
tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando
cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade
Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e
habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral
do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK
1998)
Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede
puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a
formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios
logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila
O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa
necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental
para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos
Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila
dos gestores de sauacutede
No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees
gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de
gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo
elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento
controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)
No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede
que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja
eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave
populaccedilatildeo
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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que
vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua
responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal
Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -
CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se
Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e
gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede
Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede
regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo
com sua direccedilatildeo estadual
Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves
condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho
O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar
os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a
uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para
atuaccedilatildeo
Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da
capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente
ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor
Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em
sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por
todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um
estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios
trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de
cuidados de sauacutede
Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo
mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o
conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a
utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa
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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema
de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)
devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede
da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas
para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento
desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de
fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais
informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados
natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)
A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de
profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a
sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de
profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido
agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de
recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua
responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)
Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o
Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede
puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e
Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro
Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria
miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais
adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva
tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo
resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)
sofria de um meio socialnatural insalubre
Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo
assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais
de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos
e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa
laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos
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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns
resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram
funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos
oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo
agroexportador e legitimar o Estado
Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo
vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo
De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de
1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo
Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em
final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da
assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica
Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no
interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas
incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo
brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico
assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo
ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes
elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ
1993 p 179)
A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no
campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica
Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia
e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do
Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando
uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a
municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria
ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e
participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em
oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993
p 180)
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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INTRODUCcedilAtildeO
Sejam bem vindos ao curso de especializaccedilatildeo em Gestatildeo de Sauacutede Puacuteblica
que tem como objetivo geral oferecer a atualizaccedilatildeo de conhecimentos teoacutericos que
levem os profissionais a atuarem multidisciplinarmente dentro das diretrizes do
Sistema Uacutenico de Sauacutede visando a melhoria da qualidade de atendimento de
sauacutede e de vida da populaccedilatildeo aleacutem de levaacute-los a refletirem sobre a atual situaccedilatildeo
da sauacutede puacuteblica contribuindo com formulaccedilatildeo de novas estrateacutegias viaacuteveis para a
soluccedilatildeo dos problemas relacionados agrave aacuterea
O conteuacutedo do curso estaacute distribuiacutedo em quatro apostilas
Apostila 1 - Noccedilotildees baacutesicas de Sauacutede que apresenta a evoluccedilatildeo da mesma
no Brasil (os primoacuterdios a reforma sanitaacuteria a descentralizaccedilatildeo e municipalizaccedilatildeo
dos serviccedilos de sauacutede) alguns conceitos baacutesicos como educaccedilatildeo e promoccedilatildeo
sistemas de vigilacircncia e indicadores de sauacutede
Apostila 2 - Sistema Uacutenico de Sauacutede relaciona os conceitos princiacutepios de
funcionamento e os niacuteveis de atenccedilatildeo da sauacutede puacuteblica no Brasil
Apostila 3 - Legislaccedilatildeo poliacuteticas puacuteblicas e programas de sauacutede
Apostila 4 - Noccedilotildees de gestatildeo puacuteblica de pessoas e do conhecimento a qual
eacute de suma importacircncia para o curso uma vez que o gestor precisa adquirir noccedilotildees
baacutesicas e refletir sobre os limites e possibilidades de gestatildeo puacuteblica de pessoas e
do conhecimento
Esclarecemos dois pontos importantes
Primeiro este trabalho natildeo eacute original trata-se de uma reuniatildeo de materiais e
pensamentos de autores diversos que acreditamos fornecem o essencial para o
curso em epiacutegrafe
Segundo embora a apostila de Metodologia Cientiacutefica e as Orientaccedilotildees de
Trabalhos de Conclusatildeo de Curso tenham explicado que embora haja
controveacutersias trabalhos cientiacuteficos devem ser redigidos preferencialmente em
linguagem impessoal justificamos que nossa intenccedilatildeo eacute dialogar com o aluno
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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos
informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente
Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito
embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem
especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir
no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas
consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema
que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar
Boa leitura e bons estudos a todos
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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS
Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees
continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os
quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que
tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando
cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade
Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e
habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral
do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK
1998)
Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede
puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a
formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios
logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila
O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa
necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental
para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos
Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila
dos gestores de sauacutede
No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees
gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de
gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo
elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento
controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)
No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede
que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja
eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave
populaccedilatildeo
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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que
vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua
responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal
Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -
CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se
Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e
gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede
Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede
regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo
com sua direccedilatildeo estadual
Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves
condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho
O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar
os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a
uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para
atuaccedilatildeo
Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da
capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente
ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor
Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em
sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por
todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um
estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios
trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de
cuidados de sauacutede
Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo
mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o
conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a
utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa
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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema
de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)
devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede
da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas
para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento
desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de
fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais
informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados
natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)
A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de
profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a
sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de
profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido
agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de
recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua
responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)
Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o
Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede
puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e
Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro
Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria
miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais
adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva
tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo
resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)
sofria de um meio socialnatural insalubre
Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo
assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais
de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos
e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa
laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos
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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns
resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram
funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos
oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo
agroexportador e legitimar o Estado
Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo
vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo
De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de
1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo
Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em
final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da
assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica
Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no
interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas
incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo
brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico
assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo
ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes
elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ
1993 p 179)
A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no
campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica
Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia
e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do
Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando
uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a
municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria
ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e
participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em
oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993
p 180)
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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portanto abrimos matildeo dessa regra e optamos por uma linguagem digamos
informal tentando nos aproximar e nos fazermos entender mais claramente
Questionamentos e duacutevidas podem surgir ao longo desse caminho e muito
embora tenhamos como missatildeo abrir os horizontes levaacute-los a se tornarem
especialistas na questatildeo pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir
no entanto deixamos ao final da apostila uma lista de referecircncias bibliograacuteficas
consultadas e utilizadas onde poderatildeo pesquisar mais profundamente algum tema
que tenha chamado atenccedilatildeo ou a desejar
Boa leitura e bons estudos a todos
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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS
Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees
continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os
quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que
tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando
cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade
Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e
habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral
do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK
1998)
Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede
puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a
formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios
logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila
O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa
necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental
para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos
Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila
dos gestores de sauacutede
No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees
gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de
gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo
elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento
controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)
No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede
que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja
eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave
populaccedilatildeo
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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que
vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua
responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal
Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -
CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se
Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e
gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede
Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede
regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo
com sua direccedilatildeo estadual
Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves
condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho
O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar
os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a
uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para
atuaccedilatildeo
Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da
capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente
ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor
Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em
sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por
todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um
estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios
trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de
cuidados de sauacutede
Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo
mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o
conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a
utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa
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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema
de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)
devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede
da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas
para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento
desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de
fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais
informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados
natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)
A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de
profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a
sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de
profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido
agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de
recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua
responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)
Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o
Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede
puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e
Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro
Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria
miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais
adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva
tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo
resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)
sofria de um meio socialnatural insalubre
Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo
assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais
de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos
e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa
laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos
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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns
resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram
funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos
oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo
agroexportador e legitimar o Estado
Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo
vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo
De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de
1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo
Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em
final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da
assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica
Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no
interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas
incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo
brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico
assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo
ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes
elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ
1993 p 179)
A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no
campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica
Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia
e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do
Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando
uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a
municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria
ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e
participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em
oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993
p 180)
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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1 SAUacuteDE NO BRASIL EVOLUCcedilAtildeO E CONCEITOS
Os desafios impostos pela sauacutede puacuteblica em um paiacutes de dimensotildees
continentais como o Brasil requer aleacutem de organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede os
quais devem se adaptar a um mercado que vem se tornando competitivo e que
tambeacutem passa por transformaccedilotildees em que a noccedilatildeo de cidadania vem se ampliando
cotidianamente um tipo de gerente de sauacutede adequado para essa nova realidade
Esse novo profissional deve dominar uma gama de conhecimentos e
habilidades das aacutereas de sauacutede e de administraccedilatildeo assim como ter uma visatildeo geral
do contexto em que elas estatildeo inseridas e um forte compromisso social (MALIK
1998)
Pestana (2009) ressalta que uma das questotildees essenciais para a sauacutede
puacuteblica eacute capacitar pessoas e nivelar o conhecimento tendo como objetivo a
formaccedilatildeo de novos gestores eficientes e eficazes para enfrentar os desafios
logiacutesticos tais como a atenccedilatildeo primaacuteria em cada bairro e vila
O mesmo autor ressalta que a questatildeo do cuidado com a sauacutede passa
necessariamente pela interaccedilatildeo entre as pessoas e essa formaccedilatildeo eacute fundamental
para que se alcance excelecircncia nos serviccedilos oferecidos
Enfim para que um programa tenha sucesso necessaacuterio se faz a presenccedila
dos gestores de sauacutede
No caso do Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) vigente no Brasil as funccedilotildees
gestores podem ser definidas como um conjunto articulado de saberes e praacuteticas de
gestatildeo necessaacuterios para a implementaccedilatildeo de poliacuteticas na aacuterea da sauacutede sendo
elas coordenaccedilatildeo articulaccedilatildeo negociaccedilatildeo planejamento acompanhamento
controle avaliaccedilatildeo e auditoria (SOUZA 2002 apud BRASIL 2003 p39)
No acircmbito municipal o Secretaacuterio Municipal de Sauacutede eacute o gestor da sauacutede
que precisa desenvolver habilidades e competecircncias para que sua gestatildeo seja
eficaz e eficiente atingindo os objetivos de levar sauacutede e qualidade de vida agrave
populaccedilatildeo
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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que
vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua
responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal
Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -
CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se
Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e
gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede
Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede
regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo
com sua direccedilatildeo estadual
Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves
condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho
O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar
os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a
uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para
atuaccedilatildeo
Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da
capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente
ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor
Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em
sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por
todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um
estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios
trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de
cuidados de sauacutede
Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo
mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o
conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a
utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa
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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema
de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)
devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede
da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas
para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento
desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de
fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais
informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados
natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)
A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de
profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a
sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de
profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido
agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de
recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua
responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)
Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o
Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede
puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e
Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro
Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria
miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais
adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva
tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo
resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)
sofria de um meio socialnatural insalubre
Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo
assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais
de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos
e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa
laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos
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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns
resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram
funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos
oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo
agroexportador e legitimar o Estado
Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo
vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo
De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de
1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo
Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em
final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da
assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica
Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no
interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas
incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo
brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico
assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo
ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes
elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ
1993 p 179)
A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no
campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica
Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia
e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do
Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando
uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a
municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria
ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e
participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em
oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993
p 180)
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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O seu leque de funccedilotildees eacute amplo e variado cabendo expor aqui aquelas que
vatildeo ao encontro com os objetivos dessa anaacutelise ou seja que mostram a sua
responsabilidade para consecuccedilatildeo das accedilotildees de triagem neonatal
Segundo o Manual do Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede -
CONASS (BRASIL 2003 p 45) tem-se
Planejar organizar controlar e avaliar as accedilotildees e os serviccedilos de sauacutede e
gerir e executar os serviccedilos puacuteblicos de sauacutede
Participar do planejamento programaccedilatildeo e organizaccedilatildeo da rede
regionalizada e hierarquizada do Sistema Uacutenico de Sauacutede em articulaccedilatildeo
com sua direccedilatildeo estadual
Participar da execuccedilatildeo controle e avaliaccedilatildeo das accedilotildees referentes agraves
condiccedilotildees e aos ambientes de trabalho
O componente RH eacute um fator estrateacutegico e elemento dinacircmico para enfrentar
os problemas da sua aacuterea de atuaccedilatildeo sendo que a formaccedilatildeo de RH leva a
uma equipe do Programa Sauacutede da Famiacutelia adequada e qualificada para
atuaccedilatildeo
Essa afirmativa vem confirmar as palavras de Pestana sobre a importacircncia da
capacitaccedilatildeo de gestores eficientes e eficazes e mesmo sendo somente um agente
ele em sua aacuterea de atuaccedilatildeo eacute tambeacutem um gestor
Nesse sentido Merhy (2000 apud BRASIL 2003 p 112) afirma que em
sauacutede governa desde o porteiro de uma unidade de sauacutede qualquer passando por
todos os profissionais de sauacutede mais especiacuteficos ateacute o dirigente maacuteximo de um
estabelecimento cabendo destacar a existecircncia de uma relaccedilatildeo entre usuaacuterios
trabalhadores de sauacutede e gestores no processo de produccedilatildeo e consumo de
cuidados de sauacutede
Os Conselhos Municipais de Sauacutede tambeacutem tem sua parcela de contribuiccedilatildeo
mas que natildeo pode ser confundido com o papel executivo do gestor ou seja o
conselho delibera as diretrizes da poliacutetica acompanha as accedilotildees e fiscaliza a
utilizaccedilatildeo dos recursos enquanto o gestor executa
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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema
de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)
devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede
da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas
para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento
desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de
fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais
informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados
natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)
A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de
profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a
sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de
profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido
agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de
recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua
responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)
Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o
Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede
puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e
Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro
Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria
miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais
adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva
tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo
resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)
sofria de um meio socialnatural insalubre
Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo
assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais
de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos
e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa
laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos
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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns
resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram
funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos
oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo
agroexportador e legitimar o Estado
Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo
vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo
De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de
1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo
Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em
final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da
assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica
Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no
interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas
incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo
brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico
assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo
ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes
elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ
1993 p 179)
A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no
campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica
Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia
e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do
Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando
uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a
municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria
ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e
participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em
oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993
p 180)
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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A Unidade Baacutesica de Sauacutede eacute a porta de entrada da crianccedila para o sistema
de sauacutede (BRASIL 2007) e nesse sentido os agentes comunitaacuterios de sauacutede (ACS)
devem conhecer a populaccedilatildeo da aacuterea de abrangecircncia do seu Programa de Sauacutede
da Famiacutelia (PSF) para programar e avaliar as accedilotildees de sauacutede ndash nesse caso voltadas
para o neonatal (consultas do calendaacuterio acompanhamento de crescimento
desenvolvimento imunizaccedilatildeo principalmente a triagem neonatal) aleacutem eacute claro de
fornecer subsiacutedios agrave Secretaria Municipal de Sauacutede quanto ao cadastro e demais
informaccedilotildees que constituiratildeo base estatiacutestica para planejamento afinal sem dados
natildeo haacute como planejar (GOLDBECK 2006)
A gestatildeo puacuteblica em serviccedilos de sauacutede tem chamado a atenccedilatildeo de
profissionais de diversas aacutereas por motivos variados dentre eles porque gerir a
sauacutede puacuteblica eacute um desafio cotidiano envolvendo os mais variados tipos de
profissionais ou seja com formaccedilotildees e experiecircncias diversificadas e tambeacutem devido
agraves implicaccedilotildees relativas a ldquosua capacidade de provimento e disponibilidade de
recursos financeiros sua funcionalidade sua capacidade regulatoacuteria e sua
responsabilidade ante agraves demandas assistenciaisrdquo (BRASIL 2005)
Ateacute chegar ao estaacutegio atual de descentralizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede o
Brasil percorreu um longo caminho Pode-se demarcar o iniacutecio da histoacuteria da sauacutede
puacuteblica no Brasil no comeccedilo do seacuteculo XX com Emiacutelio Ribas em Satildeo Paulo e
Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro
Adeptos de Pasteur esses cientistas tinham como meta superar a teoria
miasmaacutetica a partir da introduccedilatildeo da teoria bacterioloacutegica considerada mais
adequada para organizar a intervenccedilatildeo no campo da sauacutede Nesta perspectiva
tanto a sauacutede como a doenccedila passaram a ser vistas como um processo coletivo
resultado da agressatildeo externa que o corpo bioloacutegico (fisiologicamente harmocircnico)
sofria de um meio socialnatural insalubre
Estudos de Merhy e Queiroacutez (1993 p 178) mostram que o modelo
assistencial puacuteblico tinha na campanha e na poliacutecia sanitaacuteria seus meios principais
de efetivaccedilatildeo Para colocar em praacutetica esta poliacutetica foram organizadas leis coacutedigos
e decretos Aleacutem disso foram tambeacutem organizados institutos de pesquisa
laboratoacuterios e serviccedilos sanitaacuterios como braccedilos auxiliares Os principais aspectos
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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns
resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram
funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos
oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo
agroexportador e legitimar o Estado
Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo
vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo
De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de
1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo
Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em
final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da
assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica
Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no
interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas
incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo
brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico
assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo
ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes
elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ
1993 p 179)
A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no
campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica
Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia
e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do
Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando
uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a
municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria
ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e
participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em
oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993
p 180)
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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administrativos e programaacuteticos situavam-se no acircmbito estadual com alguns
resiacuteduos no niacutevel municipal Via de regra os pensadores da poliacutetica de sauacutede eram
funcionaacuterios puacuteblicos e como tal compartilhavam das perspectivas que os grupos
oligaacuterquicos adotavam para as questotildees sociais tendo em vista servir ao processo
agroexportador e legitimar o Estado
Os acontecimentos ou os rumos que a sauacutede puacuteblica tomou no Brasil satildeo
vaacuterios e seratildeo discutidos ao longo deste capiacutetulo
De todo modo numa breve retrospectiva histoacuterica tem-se que na deacutecada de
1910 prevaleceu um movimento em sauacutede puacuteblica chamado de ldquomeacutedico-sanitaacuteriordquo
Nos anos trinta viabilizou-se a construccedilatildeo dos serviccedilos meacutedicos previdenciaacuterios Em
final dos anos 40 observa-se uma inversatildeo dos gastos puacuteblicos e favorecimento da
assistecircncia meacutedica em relaccedilatildeo agrave sauacutede puacuteblica
Nos anos 60 a dicotomia assistecircncia meacutedica - sauacutede puacuteblica radicaliza-se no
interior de um modelo institucional que mostrava accedilotildees pontuais e desordenadas
incapazes de conter a miseacuteria e as peacutessimas condiccedilotildees de sauacutede da populaccedilatildeo
brasileira o que levou a discutir-se pela primeira vez no paiacutes um modelo teacutecnico
assistencial baseado na integraccedilatildeo das accedilotildees coletivas e individuais de sauacutede cujo
ponto de apoio seria constituiacutedo a partir de serviccedilos baacutesicos de sauacutede permanentes
elaborados de acordo com um planejamento governamental (MERHY E QUEIROacuteZ
1993 p 179)
A proposta foi derrotada e o que se viu foram investimentos maciccedilos no
campo da assistecircncia meacutedica e um verdadeiro sucateamento da sauacutede puacuteblica
Em 1974 houve uma reorganizaccedilatildeo institucional do Ministeacuterio da Previdecircncia
e Assistecircncia Social entretanto vaacuterios foram os rombos no sistema previdenciaacuterio do
Pais o que levou a se pensar numa descentralizaccedilatildeo do sistema de sauacutede utilizando
uma ldquouacutenica porta de entradardquo A partir desse momento percebeu-se que a
municipalizaccedilatildeo da sauacutede seria o caminho mais viaacutevel se natildeo o uacutenico que permitiria
ao mesmo tempo ldquomaior racionalizaccedilatildeo administrativa controle financeiro e
participaccedilatildeo democraacutetica da comunidade no gerenciamento do sistema em
oposiccedilatildeo agrave excessiva centralizaccedilatildeo do modelo anteriorrdquo (MERHY E QUEIROacuteZ 1993
p 180)
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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Natildeo se pode deixar de registrar a relevacircncia da VIII Conferecircncia Nacional de
Sauacutede realizada em 1986 que influenciou de forma definitiva as diretrizes para as
poliacuteticas de sauacutede no Brasil grande parte delas posteriormente promulgadas na
Constituiccedilatildeo de 5 de outubro de 1988 dando origem ao Sistema Uacutenico de Sauacutede
(SUS) Na nova Carta Magna foi reconhecido que a sauacutede eacute um direito de todos e
que o Estado deve garanti-la atraveacutes de poliacuteticas descentralizadas e da efetiva
participaccedilatildeo da comunidade no setor de sauacutede Finalmente em 1991 foi publicada a
Lei Orgacircnica da Sauacutede - Lei 8080 de 190990 que passou a regular as accedilotildees e
serviccedilos de sauacutede em todo o territoacuterio nacional sob os princiacutepios da universalidade
equumlidade e integralidade (FUHRMANN 1994 p 124)
Ainda segunda a autora acima no ano de 1994 o Ministeacuterio da Sauacutede lanccedilou
oficialmente o Programa Sauacutede da Famiacutelia (PSF) com o objetivo de reorganizar o
Sistema de Sauacutede vigente no Brasil O PSF passou a estimular a descentralizaccedilatildeo e
a municipalizaccedilatildeo dos serviccedilos oferecendo aos municiacutepios condiccedilotildees de definir e
gerenciar seus recursos de forma mais adequada e resolutiva atraveacutes do
fortalecimento da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede Com a implantaccedilatildeo do PSF nos
municiacutepios o Brasil enquadrou-se numa tendecircncia mundial de sauacutede puacuteblica
estimulada principalmente pela Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede que propotildee agrave
organizaccedilatildeo dos sistemas de sauacutede atraveacutes da criaccedilatildeo de sistemas locais de sauacutede
Os princiacutepios norteadores desse novo modo de realizar sauacutede puacuteblica se apoiam
nos pilares da atenccedilatildeo baacutesica agrave sauacutede ou seja na medicina de baixa complexidade
na prevenccedilatildeo das doenccedilas e na co-responsabilizaccedilatildeo da comunidade local
Na Unidade de Sauacutede da Famiacutelia atua uma equipe multidisciplinar
minimamente composta por um meacutedico generalista ou meacutedico da famiacutelia um
enfermeiro um auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitaacuterios de
sauacutede (ACS) Outros profissionais cirurgiatildeo-dentista assistentes sociais psicoacutelogos
nutricionistas ou farmacecircuticos poderatildeo ser incorporados nas Unidades de Sauacutede
da Famiacutelia ou em equipe de supervisatildeo de acordo com as possibilidades e
necessidades locais (BUFFON E RODRIGUES 2005)
Nesse contexto ldquoos gestores de sauacutede vecircm se conscientizando da
importacircncia da incorporaccedilatildeo de tecnologias apropriadas para o controle de infecccedilatildeo
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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e biosseguranccedila provendo recursos para a melhoria da assistecircncia e promovendo a
educaccedilatildeo permanente das equipes e da populaccedilatildeordquo (BRASIL 2006 p 15)
Para que o profissional da sauacutede puacuteblica seja coerente e justo em sua
atuaccedilatildeo e contribua para a concretizaccedilatildeo de propostas efetivas e integrais junto
com as comunidades para solucionar suas necessidades de sauacutede ele precisa natildeo
somente de formaccedilatildeo especiacutefica em sua aacuterea mas tambeacutem uma formaccedilatildeo
humaniacutestica assentada em bases eacuteticas e soacutelidas
11 Evoluccedilatildeo histoacuterica da sauacutede puacuteblica no Brasil e a reforma sanitaacuteria
A histoacuteria das conquistas dos avanccedilos das dificuldades e dos desafios em
relaccedilatildeo agrave promoccedilatildeo da sauacutede no Brasil vem sendo construiacuteda ao longo de deacutecadas
e perpassa por conceitos relacionados aos programas accedilotildees projetos agentes
comunitaacuterios de sauacutede dentre outros os quais formam uma imensa rede interligada
e ao mesmo tempo descentralizada
Caso o interesse deste trabalho fosse somente analisar a trajetoacuteria da sauacutede
no Brasil o correto seria remontar a 1500 quando os primeiros portugueses
aportaram em terras tupiniquins trazendo as novidades do velho continente o que
daria sem duacutevida um belo trabalho de histoacuteria da sauacutede falaremos brevemente
sobre os tempos da colocircnia fazendo um recorte no tempo e assim remontar-se-aacute
somente uns 50 anos atraacutes quando os indicadores de sauacutede comeccedilaram a registrar
progressos e mesmo quando iniciou-se o processo de implementaccedilatildeo da nova
sauacutede puacuteblica Ao longo desse meio seacuteculo dentre outros elementos encontram-se
que a esperanccedila de vida meacutedia do brasileiro aumentou consideravelmente e a taxa
de mortalidade infantil diminuiu quase quatro vezes o que mostra mudanccedilas
consideraacuteveis em termos de promoccedilatildeo de sauacutede (MEacuteDICI 2009)
A municipalizaccedilatildeo da Sauacutede no Brasil eacute fruto de um longo processo surgindo
na deacutecada de 50 pautada pelas concepccedilotildees do chamado ldquosanitarismo
desenvolvimentistardquo
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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Segundo Fadul (1978) ldquoa ideia fundamental era criar uma rede flexiacutevel que a
niacutevel municipal se adequasse agrave realidade do municiacutepio e que fosse se tornando mais
complexa agrave medida que o proacuteprio municiacutepio se desenvolvesse []rdquo mas somente na
deacutecada de 70 surgiram em algumas cidades como Londrina (PR) Campinas (SP) e
Niteroacutei (RJ) experiecircncias de formulaccedilatildeo de poliacuteticas locais de sauacutede e de
organizaccedilatildeo de redes municipais baseadas nos princiacutepios da atenccedilatildeo primaacuteria
divulgada pela Conferecircncia de Alma AtaOMS e da medicina comunitaacuteria
(HEIMANN et al 2009)
De acircmbito nacional a assistecircncia meacutedica previdenciaacuteria era a principal forma
de prestaccedilatildeo de atenccedilatildeo agrave sauacutede caracterizando-se pelo atendimento cliacutenico
individual com privileacutegio da atenccedilatildeo hospitalar e especializada estando ausente
qualquer medida de sauacutede puacuteblica de promoccedilatildeo da sauacutede ou prevenccedilatildeo de
doenccedilas que por sua vez eram executadas em serviccedilos de sauacutede puacuteblica
organizados em estrutura governamental diversa e com aporte financeiro
extremamente reduzido Os serviccedilos de sauacutede puacuteblica de responsabilidade do
Ministeacuterio da Sauacutede e das Secretarias Estaduais de Sauacutede cuidavam basicamente
das doenccedilas infecciosas de caraacuteter endecircmico e epidecircmico com alguma ecircnfase na
educaccedilatildeo em sauacutede A assistecircncia meacutedica nestes serviccedilos era completamente
subordinada ao enfoque coletivo sendo oferecida com o objetivo de controlar a
incidecircnciaprevalecircncia das doenccedilas infecciosas em detrimento da demanda
espontacircnea por assistecircncia meacutedica individual
Devido agraves consequecircncias do modelo econocircmico vigente na deacutecada de 1970 e
o endividamento do paiacutes mais precisamente apoacutes a segunda metade da deacutecada o
modelo previdenciaacuterio brasileiro entrou numa aguda crise financeira que foi o
primeiro passo para a descentralizaccedilatildeo
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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12 Do nascimento ateacute a Constituiccedilatildeo de 1988
A administraccedilatildeo portuguesa no Brasil natildeo se caracterizou pelo menos ateacute a
metade do seacuteculo XVIII pela organizaccedilatildeo do espaccedilo social visando a um combate
agraves causas das doenccedilas Antes do seacuteculo XIX natildeo se encontra seja nas instituiccedilotildees
propriamente meacutedicas seja no aparelho de Estado a relaccedilatildeo expliacutecita entre sauacutede e
sociedade A atuaccedilatildeo do Estado e dos meacutedicos tem como objetivo evitar a morte
(MACHADO 1978)
O seacuteculo XIX assinala para o Brasil o iniacutecio de um processo de transformaccedilatildeo
poliacutetica e econocircmica que atinge igualmente o acircmbito da medicina inaugurando duas
de suas caracteriacutesticas que tecircm vigorado ateacute o presente a penetraccedilatildeo da medicina
na sociedade que incorpora o meio urbano como alvo da reflexatildeo e da praacutetica
meacutedica e a situaccedilatildeo da medicina como apoio cientiacutefico indispensaacutevel ao exerciacutecio
de poder do Estado Nasce um tipo especiacutefico de medicina que pode ser chamada
de medicina social (MACHADO 1978)
Efetivamente somente no seacuteculo XX iniciam-se poliacuteticas de sauacutede para
enfrentar o quadro sanitaacuterio existente no Paiacutes
A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanccedilas na
administraccedilatildeo puacuteblica colonial ateacute mesmo na aacuterea da sauacutede Como sede provisoacuteria
do Impeacuterio portuguecircs e principal porto do Paiacutes a cidade do Rio de Janeiro tornou-se
centro das accedilotildees sanitaacuterias Era necessaacuterio entatildeo criar rapidamente centros de
formaccedilatildeo de meacutedicos que ateacute entatildeo eram quase inexistentes em razatildeo em parte
da proibiccedilatildeo de ensino superior nas colocircnias Assim por ordem real foram fundadas
as Academias meacutedico-ciruacutergicas no Rio de Janeiro e na Bahia na primeira deacutecada
do seacuteculo XIX logo transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do Paiacutes
Por volta de 1829 foi criada a Junta de Higiene Puacuteblica que se mostrou
pouco eficaz e apesar de vaacuterias reformulaccedilotildees natildeo alcanccedilou o objetivo de cuidar
da sauacutede da populaccedilatildeo No entanto eacute o momento em que instacircncias meacutedicas
assumem o controle das medidas de higiene puacuteblica Seu regulamento eacute editado em
20 de setembro de 1851 e a transforma em Junta Central de Higiene Puacuteblica Tem
como objetivo a inspeccedilatildeo da vacinaccedilatildeo o controle do exerciacutecio da Medicina e a
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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poliacutecia sanitaacuteria da terra que engloba a inspeccedilatildeo de alimentos farmaacutecias armazeacutens
de mantimentos restaurantes accedilougues hospitais coleacutegios cadeias aquedutos
cemiteacuterios oficinas laboratoacuterios fabricas e em geral todos os lugares de onde
possa provir dano agrave sauacutede puacuteblica (MACHADO 1978)
Ateacute 1850 as atividades de sauacutede puacuteblica estavam limitadas a i) delegaccedilatildeo
das atribuiccedilotildees sanitaacuterias agraves juntas municipais e ii) controle de navios e sauacutede dos
portos
Verifica-se que o interesse primordial estava limitado ao estabelecimento de
um controle sanitaacuterio miacutenimo da capital do Impeacuterio tendecircncia que se alongou por
quase um seacuteculo
A Junta natildeo resolveu os problemas de sauacutede puacuteblica Mas embora natildeo tenha
destruiacutedo as epidemias ela marca uma nova etapa na organizaccedilatildeo da higiene
puacuteblica no Brasil Essa forma eacute que seraacute mantida durante o seacuteculo XIX
A fase Imperial da histoacuteria brasileira encerrou-se sem que o Estado
solucionasse os graves problemas de sauacutede da coletividade Tentativas foram feitas
mas sem os efeitos desejados
Com a proclamaccedilatildeo da Repuacuteblica em 1889 foi embalada a ideia de
modernizar o Brasil A necessidade urgente de atualizar a economia e a sociedade
escravistas ateacute pouco antes com o mundo capitalista mais avanccedilado favoreceu a
redefiniccedilatildeo dos trabalhadores brasileiros como capital humano Essa ideia tinha por
base o reconhecimento de que as funccedilotildees produtivas satildeo as fontes geradoras da
riqueza das naccedilotildees Assim a capacitaccedilatildeo fiacutesica e intelectual dos operaacuterios e dos
camponeses seria o caminho indicado para alterar a histoacuteria do Paiacutes considerado
no exterior como ldquoregiatildeo baacuterbarardquo Nesse contexto a medicina assumiu o papel de
guia do Estado para assuntos sanitaacuterios comprometendo-se a garantir a melhoria
da sauacutede individual e coletiva e por extensatildeo a defesa do projeto de modernizaccedilatildeo
do Paiacutes (BERTOLLI FILHO 2004)
Paiacutes predominantemente rural com um contingente de analfabetos estimado
em 70 no censo de 1920 ndash analfabetos e doentes como apregoou os que se
engajaram no movimento sanitarista da eacutepoca ndash este era o Brasil das trecircs primeiras
deacutecadas do seacuteculo XX Naquele contexto emergia a questatildeo social associada agraves
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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primeiras manifestaccedilotildees operaacuterias urbanas com intensos conflitos entre capital e
trabalho acompanhados de violenta repressatildeo e ausecircncia de canais legais de
articulaccedilatildeo de interesses
No acircmbito das poliacuteticas sociais pela Constituiccedilatildeo de 1891 cabia aos estados
a responsabilidade pelas accedilotildees de sauacutede de saneamento e de educaccedilatildeo
As poliacuteticas de sauacutede cujo iniacutecio efetivo pode ser indicado em fins da deacutecada
de 1910 encontravam-se associadas aos problemas da integraccedilatildeo nacional e agrave
consciecircncia da interdependecircncia gerada pelas doenccedilas transmissiacuteveis Foi o
resultado do encontro de um movimento sanitarista organizado em torno da
proposta de poliacuteticas de sauacutede e saneamento com a crescente consciecircncia por
parte das elites poliacuteticas sobre os efeitos negativos do quadro sanitaacuterio existente no
Paiacutes (LIMA 2005)
A falta de um modelo sanitaacuterio para o Paiacutes deixava as cidades brasileiras agrave
mercecirc das epidemias No iniacutecio do seacuteculo XX a cidade do Rio de Janeiro
apresentava um quadro sanitaacuterio caoacutetico caracterizado pela presenccedila de diversas
doenccedilas graves que acometiam agrave populaccedilatildeo como a variacuteola a malaacuteria a febre
amarela e posteriormente a peste Este quadro acabou gerando seacuterias
consequecircncias tanto para a sauacutede coletiva quanto para outros setores como o do
comeacutercio exterior visto que os navios estrangeiros natildeo mais queriam atracar no
porto do Rio de Janeiro em razatildeo da situaccedilatildeo sanitaacuteria existente na cidade
A incorporaccedilatildeo dos novos conhecimentos cliacutenicos e epidemioloacutegicos agraves
praacuteticas de proteccedilatildeo da sauacutede coletiva levaram os governo republicanos pela
primeira vez na histoacuteria do Paiacutes a elaborar minuciosos pIanos de combate agraves
enfermidades que reduziam a vida produtiva ou uacutetil da populaccedilatildeo Diferentemente
dos periacuteodos anteriores a participaccedilatildeo do estado na aacuterea da sauacutede tornou-se global
natildeo se limitava agraves eacutepocas de surto epidecircmico mas estendia-se por todo o tempo e a
todos os setores da sociedade
A contiacutenua intervenccedilatildeo estatal nas questotildees relativas agrave sauacutede individual e
coletiva revela a criaccedilatildeo de uma ldquopoliacutetica de sauacutederdquo
A atenccedilatildeo para as epidemias nas cidades como a de peste bubocircnica em
1899 no porto de Santos esteve na origem da criaccedilatildeo em 1900 das duas
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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principais instituiccedilotildees de pesquisa biomeacutedica e sauacutede puacuteblica do Paiacutes o Instituto
Soroteraacutepico Federal ndash transformado posteriormente em Instituto Oswaldo Cruz
(1908) e Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz (1970) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantatilde
em Satildeo Paulo Nessas instituiccedilotildees uma nova geraccedilatildeo de meacutedicos formados
segundo o paradigma da bacteriologia e influenciados pela pesquisa cientiacutefica
praticada na Franccedila e na Alemanha comeccedilaria a exercer forte influecircncia nas
concepccedilotildees sobre as doenccedilas transmissiacuteveis e nas propostas de accedilotildees em sauacutede
puacuteblica (LIMA 2005)
Aleacutem de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas Adolpho Lutz Arthur Neiva e Vital
Brasil entre outros destacaram-se na definiccedilatildeo de rumos para a sauacutede puacuteblica e na
criaccedilatildeo de instituiccedilotildees
Um ativo movimento de Reforma Sanitaacuteria emergiu no Brasil durante a
Primeira Repuacuteblica sob a lideranccedila da nova geraccedilatildeo de meacutedicos higienistas que
alcanccedilou importantes resultados Entre as conquistas destaca-se a criaccedilatildeo do
Departamento Nacional de Sauacutede Puacuteblica (DNSP) em 1920 Durante a Primeira
Repuacuteblica foram estabelecidas as bases para a criaccedilatildeo de um Sistema Nacional de
Sauacutede caracterizado pela concentraccedilatildeo e pela verticalizaccedilatildeo das accedilotildees no governo
central (CONASS 2007)
As medidas de proteccedilatildeo social e em particular a assistecircncia meacutedica soacute
viriam a ter um reconhecimento legal como poliacutetica puacuteblica com a aprovaccedilatildeo da Lei
Eloi Chaves de 1923 resultado do crescente impacto do que passou a ser definido
como a questatildeo social no Paiacutes Ateacute entatildeo muitas categorias de trabalhadores
organizavam associaccedilotildees de auxiacutelio muacutetuo para lidar com problemas de invalidez
doenccedila e morte
A Lei que regulamentou a criaccedilatildeo das Caixas de Aposentadorias e Pensotildees
(CAPs) tem sido indicada como o momento inicial da responsabilizaccedilatildeo do Estado
pela regulaccedilatildeo da concessatildeo de benefiacutecios e serviccedilos especialmente da assistecircncia
meacutedica Tratava-se de organizaccedilotildees de direito privado criadas para grupos
especiacuteficos de servidores e organizadas segundo princiacutepios de seguro social ou
seja um modelo em que os benefiacutecios dependiam das contribuiccedilotildees dos segurados
(ESCOREL NASCIMENTO EDLER 2005)
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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Surgindo na deacutecada de 1920 no bojo da industrializaccedilatildeo incipiente as Caixas
de Aposentadoria e Pensotildees (CAPs) eram organizadas pelas empresas e
administradas com a participaccedilatildeo dos trabalhadores regulamentadas por lei Elas
foram a primeira participaccedilatildeo do Estado brasileiro na assistecircncia individual agrave sauacutede
mas a acessibilidade e o alcance dessas CAPs era limitado a algumas empresas
ligadas ao comeacutercio exportador ferroviaacuterio mariacutetimo e bancaacuterio (CARPINTERO E
GARCIA 2000 apud LORA 2004)
Na deacutecada de 30 as CAPs foram substituiacutedas pelos Institutos de
Aposentadoria e Pensotildees (IAP) organizados por categoria profissional e
administrados pelo governo Na deacutecada de 60 foram unificados para criar o Instituto
Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social Esta situaccedilatildeo compotildee os
marcos administrativos nas poliacuteticas de sauacutede puacuteblica no Brasil de 1923 a 1975
periacuteodo em que eacute possiacutevel evidenciar a duplicidade assistecircnciaprevidecircncia
caracterizada pelo privileacutegio exercido pela praacutetica meacutedica curativa individual
assistencialista e especializada em detrimento da sauacutede puacuteblica bem como o
desenvolvimento de um sistema que priorizava a capitalizaccedilatildeo da medicina e a sua
produccedilatildeo privada (o que foi visto no toacutepico sobre os problemas da administraccedilatildeo
tradicional)
A Lei deveria ser aplicada a todos os trabalhadores Para que fosse aprovada
no Congresso Nacional dominado na sua maioria pela oligarquia rural foi imposta agrave
condiccedilatildeo de que este benefiacutecio natildeo seria estendido aos trabalhadores rurais Fato
que na histoacuteria da previdecircncia do Brasil perdurou ateacute a deacutecada de 1960 quando foi
criado o Funrural Assim foi aprovada contemplando somente o operariado urbano
Tratando-se de um sistema por empresa restrito ao acircmbito das grandes
empresas privadas e puacuteblicas as CAP possuiacuteam administraccedilatildeo proacutepria para os seus
fundos formada por um conselho composto de representantes dos empregados e
dos empregadores
O Estado natildeo participava propriamente do custeio das Caixas que de acordo
com o determinado pelo artigo 3deg da Lei Eloi Chaves era mantido por empregados
das empresas (3 dos respectivos vencimentos) empresas (1 da renda bruta) e
consumidores dos serviccedilos destas (CORDEIRO 2004)
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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O nascimento da sauacutede puacuteblica no Brasil deu-se na transiccedilatildeo do seacuteculo XIX
para o seacuteculo XX no periacuteodo compreendido entre o fim da monarquia e o iniacutecio da
ldquoRepuacuteblica Velhardquo Configurou-se em um processo de elaboraccedilatildeo de normas e
organizaccedilotildees sanitaacuterias e de mudanccedila nas praacuteticas dominantes ateacute entatildeo Ficou
conhecido como ldquosanitarismo campanhistardquo tendo sido marcante nos estados de Rio
de Janeiro e Satildeo Paulo visando principalmente sanear os espaccedilos de circulaccedilatildeo
das mercadorias exportaacuteveis predominando ateacute meados dos anos 60 (BRASIL
2007)
O Ministeacuterio da Sauacutede esteve desde sua origem ligado agraves accedilotildees preventivas
por meio de campanhas sanitaacuterias assumindo na aacuterea de assistecircncia meacutedica
apenas as funccedilotildees de criaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de grandes hospitais para
enfermidades crocircnicas (OIKAWA 2001 apud LORA 2004) Com o golpe militar de
1964 os institutos de previdecircncia foram unificados no Instituto Nacional de
Previdecircncia Social (INPS) sob controle estatal A criaccedilatildeo do Fundo de Assistecircncia e
Previdecircncia do Trabalhador Rural (Funrural) incluiu os trabalhadores rurais no
sistema previdenciaacuterio Posteriormente mediante contribuiccedilatildeo individual os
benefiacutecios foram estendidos aos empregados domeacutesticos e trabalhadores
autocircnomos
Desta forma ampliou-se o acesso agrave assistecircncia meacutedica da populaccedilatildeo
brasileira poreacutem apenas uma fraccedilatildeo da sociedade tinha o direito ao acesso aos
serviccedilos aqueles que contribuiacuteam previamente agrave previdecircncia
Desde o iniacutecio da deacutecada de 1970 vaacuterios estudos e pesquisas foram sendo
publicados demonstrando que o modelo de desenvolvimento que o Brasil tinha
adotado concentrava renda natildeo distribuiacutea benefiacutecios sociais e portanto tratava mal
a sauacutede de sua populaccedilatildeo
Em 1975 a Lei nordm 6229 organizou o Sistema Nacional de Sauacutede e
estabeleceu as principais competecircncias das distintas esferas de governo Essa
organizaccedilatildeo tinha forte caracteriacutestica centralizadora no niacutevel federal e niacutetida
dicotomia entre as accedilotildees coletivas (competecircncia do Ministeacuterio da Sauacutede) e
individuais (competecircncia do Ministeacuterio da Previdecircncia e Assistecircncia Social) o que
fazia com que natildeo se estabelecesse um comando uacutenico em cada esfera de governo
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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No niacutevel federal aleacutem das competecircncias do Ministeacuterio da Previdecircncia e
Assistecircncia Social e do Ministeacuterio da Sauacutede tambeacutem se definiam competecircncias para
os Ministeacuterios da Educaccedilatildeo do Trabalho e do Interior
Esse sistema recebeu fortes criacuteticas de setores acadecircmicos (Universidades
Departamentos de Medicina Preventiva e Social e Escolas de Sauacutede Puacuteblica) e de
setores da sociedade civil
Jaacute na deacutecada de 80 principalmente a partir de 1985 no interior do processo
de redemocratizaccedilatildeo do paiacutes deu-se o nascimento de um consideraacutevel movimento
de muacuteltiplos atores poliacuteticos chamado Movimento da Reforma Sanitaacuteria
O grande marco histoacuterico nesse processo foi sem duacutevida alguma a VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede ocorrida em marccedilo de 1986 que contou com a
participaccedilatildeo de diversos setores organizados da sociedade
Segundo Lora (2004) houve um consenso de que para o setor da sauacutede no
Brasil natildeo era suficiente uma mera reforma administrativa e financeira mas sim uma
mudanccedila em todo o arcabouccedilo juriacutedico-institucional vigente que contemplasse a
ampliaccedilatildeo do conceito de sauacutede segundo os preceitos da reforma sanitaacuteria
Este encontro foi importante para legitimar as propostas de unificaccedilatildeo do
sistema no Ministeacuterio da Sauacutede de garantia pelo Estado de condiccedilotildees dignas de
vida e de acesso universal e igualitaacuterio agraves accedilotildees e serviccedilos de promoccedilatildeo proteccedilatildeo e
recuperaccedilatildeo da sauacutede em todos os seus niacuteveis a todos os habitantes do territoacuterio
nacional (BRASIL 1987)
O termo ldquoReforma Sanitaacuteriardquo foi usado pela primeira vez no paiacutes em funccedilatildeo da
reforma sanitaacuteria italiana A expressatildeo ficou esquecida por um tempo ateacute ser
recuperada nos debates preacutevios agrave VIII Conferecircncia Nacional de Sauacutede quando foi
usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relaccedilatildeo agraves mudanccedilas e
transformaccedilotildees necessaacuterias na aacuterea da sauacutede Essas mudanccedilas natildeo abarcavam
apenas o sistema mas todo o setor da sauacutede introduzindo uma nova ideia na qual o
resultado final era entendido como a melhoria das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo
No iniacutecio das articulaccedilotildees o movimento pela reforma sanitaacuteria natildeo tinha uma
denominaccedilatildeo especiacutefica Era um conjunto de pessoas com ideias comuns para o
campo da sauacutede Em uma reuniatildeo na Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede (Opas)
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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em Brasiacutelia esse grupo de pessoas entre os quais estava Seacutergio Arouca1 foi
chamado de forma pejorativa de ldquopartido sanitaacuteriordquo (FIOCRUZ 2009)
Apesar disso o grupo natildeo se constituiacutea como partido sua mobilizaccedilatildeo era
mais ampla sendo considerada uma accedilatildeo social Em uma dissertaccedilatildeo de mestrado
orientada por Arouca em 1986 ldquoReviravolta na sauacutede origem e articulaccedilatildeo do
movimento sanitaacuteriordquo a atuaccedilatildeo desse grupo foi chamada pela primeira vez de
movimento sanitaacuterio Surgiram tambeacutem outras denominaccedilotildees como ldquomovimento
pela reforma sanitaacuteriardquo e ldquomovimento da reforma sanitaacuteriardquo
Considerado ldquoo eterno guru da Reforma Sanitaacuteriardquo Seacutergio Arouca costumava
dizer que o movimento da reforma sanitaacuteria nasceu dentro da perspectiva da luta
contra a ditadura Existia uma ideia clara na aacuterea da sauacutede de que era preciso
integrar as duas dimensotildees ser meacutedico e lutar contra a ditadura Os departamentos
de Medicina Preventiva da Universidade de Satildeo Paulo e da Universidade de
Campinas e o Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro eram os espaccedilos adequados para isso
Esses locais abriram brechas para a entrada do novo pensamento sobre a
sauacutede lanccedilado pelo movimento da reforma sanitaacuteria Essa mudanccedila comeccedilou no
final dos anos 60 e iniacutecio dos 70 ndash o periacuteodo mais repressivo do autoritarismo no
Brasil ndash quando se constituiu a base teoacuterica e ideoloacutegica do pensamento meacutedico-
social tambeacutem chamado de abordagem marxista da sauacutede e teoria social da
medicina (FIOCRUZ 2009)
A forma de olhar pensar e refletir o setor sauacutede nessa eacutepoca era muito
concentrada nas ciecircncias bioloacutegicas e na maneira como as doenccedilas eram
transmitidas Haacute uma primeira mudanccedila quando as teorias das ciecircncias sociais
comeccedilam a ser incorporadas Essas primeiras teorias no entanto estavam muito
ligadas agraves correntes funcionalistas que olhavam para a sociedade como um lugar
que tendia a viver harmonicamente e precisava apenas aparar arestas entre
diferentes interesses A grande virada da abordagem da sauacutede foi a entrada da
teoria marxista o materialismo dialeacutetico e o materialismo histoacuterico que mostra que a
doenccedila estaacute socialmente determinada
1 Meacutedico e doutor em Sauacutede Puacuteblica foi um dos liacutederes da reforma sanitaacuteria brasileira e um ativista
pela criaccedilatildeo de um sistema de sauacutede coletivo e democraacutetico no paiacutes
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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No Brasil duas teses satildeo consideradas um marco divisor de aacuteguas que daacute
iniacutecio agrave teoria social da medicina O dilema preventivista de Seacutergio Arouca e
Medicina e sociedade de Ceciacutelia Donnangelo ambas de 1975 A partir daiacute pode-se
dizer que foi fundada uma teoria meacutedico-social para anaacutelise de como as coisas se
processam no campo da sauacutede no paiacutes Essa nova abordagem se torna
conhecimento relevante reconhecido academicamente difundido e propagado
(FIOCRUZ 2009)
Durante todo o processo de modificaccedilatildeo da abordagem da sauacutede vaacuterias
correntes se juntam como protagonistas O movimento estudantil teve um papel
fundamental na propagaccedilatildeo das ideias e fez com que diversos jovens estudantes
comeccedilassem a se incorporar nessa nova maneira de ver a sauacutede As Semanas de
Estudos sobre Sauacutede Comunitaacuteria realizadas pela primeira vez em 1974 e os
Encontros Cientiacuteficos dos Estudantes de Medicina em especial os realizados entre
1976 e 1978 foram importantes nesse sentido por serem espaccedilos praticamente
ignorados pela repressatildeo militar que natildeo identificava o caraacuteter poliacutetico de suas
discussotildees
Entre esses diversos atores do movimento sanitaacuterio destacam-se ainda os
meacutedicos residentes que na eacutepoca trabalhavam sem carteira assinada e com uma
carga horaacuteria excessiva as primeiras greves realizadas depois de 1968 e os
sindicatos meacutedicos que tambeacutem estavam em fase de transformaccedilatildeo Esse
movimento entra tambeacutem nos conselhos regionais no Conselho Nacional de
Medicina e na Associaccedilatildeo Meacutedica Brasileira ndash as entidades meacutedicas comeccedilam a ser
renovadas A criaccedilatildeo do Centro Brasileiro de Estudos de Sauacutede (Cebes) em 1976
tambeacutem eacute importante na luta pela reforma sanitaacuteria A entidade surge com o
propoacutesito de lutar pela democracia de ser um espaccedilo de divulgaccedilatildeo do movimento
sanitaacuterio e reuacutene pessoas que jaacute pensavam dessa forma e realizavam projetos
inovadores (FIOCRUZ 2009)
Entre 1974 e 1979 diversas experiecircncias institucionais tentam colocar em
praacutetica algumas diretrizes da reforma sanitaacuteria como descentralizaccedilatildeo participaccedilatildeo
e organizaccedilatildeo Eacute nesse momento que a Escola Nacional de Sauacutede Puacuteblica (ENSP)
da Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz se incorpora como espaccedilo de atuaccedilatildeo da abordagem
marxista da sauacutede Vaacuterios projetos de sauacutede comunitaacuteria como cliacutenica de famiacutelia e
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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pesquisas comunitaacuterias comeccedilaram a ser elaborados e pessoas que faziam poliacutetica
em todo Brasil foram treinadas
Quando a ditadura chegou ao seu esgotamento o movimento jaacute tinha
propostas Assim esse movimento conseguiu se articular em um documento
chamado Sauacutede e Democracia que foi um grande marco e enviaacute-lo para aprovaccedilatildeo
do Legislativo Uma das coisas mais importantes segundo Arouca era transferir o
Instituto Nacional de Assistecircncia Meacutedica e Previdecircncia Social (Inamps) para o
Ministeacuterio da Sauacutede
A ideia era fazer isso pelas conferecircncias de sauacutede (que na eacutepoca eram
espaccedilos burocraacuteticos) convidando a sociedade para discutir e participar A VIII
Conferecircncia Nacional de Sauacutede reuniu pela primeira vez mais de quatro mil
pessoas das quais 50 eram usuaacuterios da sauacutede A partir da conferecircncia saiu o
movimento pela emenda popular a primeira emenda constitucional que nasceu do
movimento social Esse eacute considerado o maior sucesso da reforma sanitaacuteria
Entre os resultados do movimento pela reforma sanitaacuteria tem-se a conquista
da universalizaccedilatildeo na sauacutede (o principio constitucional que estabelece que todo
brasileiro tem direito agrave sauacutede) definindo com clareza o dever do Estado e a funccedilatildeo
complementar da sauacutede privada a ideia de que a sauacutede deve ser planejada com
base nas conferecircncias a formalizaccedilatildeo dos Conselhos de Sauacutede como parte do
SUS tendo 50 de usuaacuterios e a formaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional da Reforma
Sanitaacuteria que transformou o texto da constituinte na Lei Orgacircnica 8080 (FIOCRUZ
2009)
Vinte anos depois de iniciado o movimento da reforma sanitaacuteria vaacuterios
autores entre eles Cohn (2009) coloca em debate a necessidade de uma reforma da
reforma sanitaacuteria ou contra-reforma por inuacutemeros motivos dentre eles o fato de que
embora seja propagado em discurso o desenvolvimento com dimensatildeo social haacute
enorme dificuldade de se reconhecer investimentos na aacuterea social como geradores
de dinacircmicas econocircmicas virtuosas quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de
empregos quer do ponto de vista de geraccedilatildeo de novos circuitos econocircmicos que
natildeo aqueles circunscritos ao grande capital em particular ao capital financeiro
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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Outro ponto que merece debate satildeo os novos conceitos que surgem
naturalmente no decorrer dos anos como por exemplo o conceito de SUS
dependente que remete agrave exclusatildeo social uma vez que se refere agravequeles sujeitos
sociais que natildeo tecircm acesso agrave atenccedilatildeo agrave sauacutede que natildeo seja por meio dos serviccedilos
puacuteblicos de sauacutede quando o SUS se propotildee a ser universal e equacircnime (COHN
2009)
Para Fleury (2009) as opccedilotildees pelo fortalecimento das poliacuteticas puacuteblicas e
construccedilatildeo das bases de um Estado do Bem-estar Social foram vistas como
prioritaacuterias unificando as demandas dos setores mais progressistas assim a
construccedilatildeo de um projeto de reforma sanitaacuteria foi parte das lutas de resistecircncia agrave
ditadura e ao seu modelo de privatizaccedilatildeo dos serviccedilos de sauacutede da Previdecircncia
Social e pela construccedilatildeo de um Estado democraacutetico social
Embora necessite de reflexotildees e debates no contexto da atualidade natildeo haacute
duacutevidas dos benefiacutecios e conquistas da reforma sanitaacuteria para a populaccedilatildeo de
maneira geral
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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2 CONCEITOS QUE PERMEIAM O CAMPO DA SAUacuteDE
SAUacuteDE A Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS 1983) definiu o conceito de
sauacutede natildeo apenas como a ausecircncia de doenccedila mas como a situaccedilatildeo de perfeito
bem-estar fiacutesico mental e social Entretanto haacute uma discussatildeo atual que alega que
esta definiccedilatildeo estaacute ultrapassada uma vez que natildeo eacute possiacutevel separar com nitidez o
fiacutesico o mental e o social Realmente temos observado que a continuidade entre
psiacutequico e somaacutetico tem sido objeto de vaacuterios estudos pois natildeo haacute uma divisatildeo
niacutetida entre ambos (BRASIL 2007)
A ORGANIZACcedilAtildeO MUNDIAL DE SAUacuteDE A OMS foi criada em 7 de abril de
1948 apoacutes a II Guerra Mundial com o objetivo de fornecer as melhores condiccedilotildees
de sauacutede para as pessoas A agecircncia eacute administrada pelos 192 paiacuteses integrantes
da ONU possuindo em sua assembleia representantes capacitados nas diferentes
aacutereas relativas agrave sauacutede que buscam a discussatildeo o estabelecimento de metas e
criaccedilatildeo de programas mundiais e especiacuteficos no que concerne a erradicaccedilatildeo de
doenccedilas e na promoccedilatildeo da sauacutede (BRASIL 2007)
ORGANIZACcedilAtildeO PAN-AMERICANA DE SAUacuteDE A OPAS que era de
controle das endemias passou a englobar tambeacutem o acesso agraves ferramentas
necessaacuterias agrave promoccedilatildeo e agrave recuperaccedilatildeo da sauacutede Ela foi criada em funccedilatildeo do
aumento do comeacutercio entre os paiacuteses das Ameacutericas do desenvolvimento cientiacutefico e
do espiacuterito humanitaacuterio Entretanto foi o primeiro fator que realmente atuou como
elemento determinante para a criaccedilatildeo desta organizaccedilatildeo O intercacircmbio comercial
promovia entre outros aspectos um meio de propagaccedilatildeo para doenccedilas o que
deixou as populaccedilotildees panamericanas vulneraacuteveis Em meados do seacuteculo XIX uma
epidemia de febre amarela se alastrou pelas Ameacutericas causando cerca de 20 mil
oacutebitos O intercacircmbio entre os paiacuteses requeria intervenccedilotildees pois a transmissatildeo da
febre amarela era extremamente perniciosa ao desenvolvimento desse comeacutercio Os
paiacuteses da Ameacuterica organizaram-se para encontrar maneiras de estabelecer um
processo de notificaccedilatildeo e mecanismos de quarentena aleacutem da identificaccedilatildeo do
vetor da doenccedila (BRASIL 2007)
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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O comeacutercio a absorccedilatildeo de avanccedilos do conhecimento cientiacutefico e a filantropia
levaram agrave criaccedilatildeo da Organizaccedilatildeo Pan-Americana de Sauacutede no dia cinco de
dezembro de 1902 tendo como objetivos implementar o saneamento dos portos
mariacutetimos incluindo melhorias sanitaacuterias das docas esgotamento drenagem do
solo pavimentaccedilatildeo eliminaccedilatildeo de infecccedilatildeo dos preacutedios e destruiccedilatildeo de mosquitos e
outras pragas
PROMOCcedilAtildeO EM SAUacuteDE eacute como uma combinaccedilatildeo de apoios educacionais
e ambientais que visam a atingir accedilotildees e condiccedilotildees de vida conducentes agrave sauacutede
Combinaccedilatildeo refere-se agrave necessidade de mesclar os muacuteltiplos determinantes da
sauacutede (fatores geneacuteticos ambiente serviccedilos de sauacutede e estilo de vida) com
muacuteltiplas intervenccedilotildees ou fontes de apoio Educacional refere-se agrave educaccedilatildeo em
sauacutede Ambiental refere-se a circunstacircncias sociais poliacuteticas econocircmicas
organizacionais e reguladoras relacionadas ao comportamento humano assim
como a todas as poliacuteticas de accedilatildeo mais diretamente relacionadas agrave sauacutede (BRASIL
2007)
EDUCACcedilAtildeO EM SAUacuteDE engloba quaisquer combinaccedilotildees de experiecircncias
de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar accedilotildees voluntaacuterias conducentes agrave
sauacutede A palavra combinaccedilatildeo enfatiza a importacircncia de combinar muacuteltiplos
determinantes do comportamento humano com muacuteltiplas experiecircncias de
aprendizagem e de intervenccedilotildees educativas A palavra delineada distingue o
processo de educaccedilatildeo de sauacutede de quaisquer outros processos que contenham
experiecircncias acidentais de aprendizagem apresentando-o como uma atividade
sistematicamente planejada Facilitar significa predispor possibilitar e reforccedilar
Voluntariedade significa sem coerccedilatildeo e com plena compreensatildeo e aceitaccedilatildeo
dos objetivos educativos impliacutecitos e expliacutecitos nas accedilotildees desenvolvidas e
recomendadas Accedilatildeo diz respeito a medidas comportamentais adotadas por uma
pessoa grupo ou comunidade para alcanccedilar um efeito intencional sobre a proacutepria
sauacutede (BRASIL 2007)
Promoccedilatildeo em sauacutede satildeo estrateacutegias que enfatizam a transformaccedilatildeo das
condiccedilotildees de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos
problemas da sauacutede demandando uma abordagem intersetorial Possui sete
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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princiacutepios que devem ser considerados na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e programas de
sauacutede concepccedilatildeo holiacutestica (sauacutede fiacutesica mental social e espiritual)
intersetorialidade empoderamento participaccedilatildeo social equidade accedilotildees
multiestrateacutegicas e sustentabilidade
Do ponto de vista praacutetico a promoccedilatildeo da sauacutede engloba duas dimensotildees a
conceitual (princiacutepios premissas e conceitos que sustentam o discurso da promoccedilatildeo
de sauacutede) e a metodoloacutegica (que se refere agraves praacuteticas planos de accedilatildeo estrateacutegias
formas de intervenccedilatildeo e instrumental metodoloacutegico) A promoccedilatildeo ganha destaque
no campo da sauacutede puacuteblica uma vez que resgata a concepccedilatildeo da sauacutede como
produccedilatildeo social e busca desenvolver poliacuteticas puacuteblicas e accedilotildees de acircmbito coletivo
que extrapolem inclusive o enfoque de risco (campo da prevenccedilatildeo) (BRASIL 2007)
A educaccedilatildeo em sauacutede busca as mudanccedilas de comportamento individual
enquanto a promoccedilatildeo em sauacutede visa mudanccedilas de comportamento organizacional
capazes de beneficiar a sauacutede de camadas mais amplas da populaccedilatildeo A educaccedilatildeo
em sauacutede estaacute incluiacuteda nesse uacuteltimo processo Para tal ela utiliza no diagnoacutestico
administrativo modelos que englobam os conhecimentos atitudes habilidades e
praacuteticas da populaccedilatildeo-alvo bem como crenccedilas em sauacutede oportunidades de
aprendizagem entre outros podendo ser realizado tanto em ambientes formais de
ensino (creches escolas universidades) como em espaccedilos natildeo formais (hospitais
ONGs museus e outros) (BRASIL 2007)
SAUacuteDE COLETIVA Os movimentos sociais e os debates acerca do direito
constitucional agrave sauacutede faz com que o paiacutes repense as praacuteticas de sauacutede Em
inuacutemeros espaccedilos elaboram-se propostas de reorientaccedilatildeo da assistecircncia meacutedica
geradoras de projetos que resultariam em poliacuteticas de extensatildeo de serviccedilos de
atenccedilatildeo primaacuteria visando agrave nova organizaccedilatildeo das praacuteticas mediante a busca de
integraccedilatildeo da assistecircncia meacutedica individual agraves accedilotildees de sauacutede puacuteblica como a
sauacutede da mulher a sauacutede mental e a sauacutede do trabalhador ndash frutos de processos
nos quais tiveram (e ainda tecircm) um papel decisivo o movimento feminista a luta
antimanicomial e a luta sindical exemplos de um fenocircmeno mais amplo de
participaccedilatildeo da sociedade civil na formulaccedilatildeo de propostas para a sauacutede abrindo
novas possibilidades para aleacutem da medicina Segundo Brasil (2007) vaacuterios satildeo os
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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fatores que contribuem para a construccedilatildeo da Sauacutede coletiva entre eles elencaremos
alguns que se relacionam agraves Poliacuteticas Puacuteblicas Saudaacuteveis
As PPS se definem como aquelas que tecircm uma grande repercussatildeo nas
condiccedilotildees de sauacutede das populaccedilotildees Segundo a Carta de Adelaide de 1988
caracterizam-se pelo interesse e preocupaccedilatildeo expliacutecitos de todas as aacutereas das
poliacuteticas puacuteblicas em relaccedilatildeo agrave sauacutede e a equidade e pelo compromisso com o
impacto de tais poliacuteticas sobre a sauacutede da populaccedilatildeo criando um ambiente
favoraacutevel para que as pessoas possam viver vidas saudaacuteveis e facilitando opccedilotildees
saudaacuteveis de vida para os cidadatildeos Desta forma pretendem criar ambientes sociais
e fiacutesicos que promovam a sauacutede Para formular poliacuteticas puacuteblicas saudaacuteveis os
setores da agricultura comeacutercio educaccedilatildeo induacutestria e comunicaccedilatildeo devem levar
em consideraccedilatildeo a sauacutede como um fator essencial responsabilizando-se pelas
consequecircncias de suas decisotildees poliacuteticas sobre sauacutede da populaccedilatildeo
Um outro fato a ser pensado dentro da sauacutede coletiva e das PPS eacute a
discussatildeo sobre desenvolvimento humano que expande o diaacutelogo sobre o
desenvolvimento pois trata-se de uma ampliaccedilatildeo de um debate e questiona em
torno das finalidades do crescimento econocircmico mais aleacutem do que os seus meios
(crescimento do Produto Interno Bruto - PIB) Sob esta oacutetica interessa tanto os
ingressos econocircmicos quanto sua distribuiccedilatildeo tanto as necessidades baacutesicas como
o espectro total das aspiraccedilotildees humanas dos paiacuteses O conceito de
desenvolvimento natildeo comeccedila a partir de um modelo preacute-determinado ele se inspira
nas metas de longo prazo de uma sociedade posto que diz respeito ao
desenvolvimento em torno das pessoas e natildeo das pessoas em torno do
desenvolvimento
Para o estudo do desenvolvimento jaacute se dispotildee de um indicador o IDH
(Iacutendice de Desenvolvimento Humano) que combina os diferentes indicadores agrave
esperanccedila de vida agrave educaccedilatildeo e agrave renda O IDH representa na atualidade uma
medida uacutetil para enfocar os problemas do desenvolvimento de uma perspectiva mais
humana social e sustentaacutevel Para a OPASOMS a situaccedilatildeo das condiccedilotildees do meio
ambiente fiacutesico-bioloacutegico e suas repercussotildees sobre a sauacutede humana eacute
preocupante
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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O enfoque da promoccedilatildeo da sauacutede nos serviccedilos de sauacutede implica o resgate da
perspectiva integral na abordagem da atenccedilatildeo Essa integralidade se reflete em
mudanccedilas em diversos campos
- Gestatildeo intersetorial promoccedilatildeo da sauacutede como uma estrateacutegia mais ampla
de intervenccedilatildeo para o enfrentamento dos problemas sociais que incidem sobre a
sauacutede das populaccedilotildees e que desafiam os diferentes setores a uma accedilatildeo
compartilhada visando a construccedilatildeo coletiva de uma nova forma de compreender e
abordar sauacutede tendo a qualidade e a melhoria das condiccedilotildees de vida e sauacutede da
populaccedilatildeo como seu eixo norteador
- Intersetorialidade accedilatildeo que se materializa nas potencialidades do trabalho
no territoacuterio de atuaccedilatildeo que guarda a possibilidade da definiccedilatildeo conjunta do
problema de sauacutede Este processo por sua vez requer a identificaccedilatildeo e co-
responsabilizaccedilatildeo dos parceiros utilizando-se de instrumentais epidemioloacutegicos e
narrativos para construir com a comunidade o diagnoacutestico de sauacutede base para a
intervenccedilatildeo intersetorial local (BRASIL 2007)
- Autonomia uma perspectiva de qualificaccedilatildeo da atenccedilatildeo que reconheccedila a
autonomia enquanto uma capacidade que se tem de governar a si proacuteprio Esta
autonomia se aplica ao indiviacuteduo agrave comunidade e agrave sociedade Ela implica reflexatildeo
e tomada de decisatildeo Ela se manifesta na forma como se lida com necessidades e
potencialidades com as impressotildees sentidos e significados que vatildeo sendo dados
ao mundo de uma maneira mais geral e agraves condiccedilotildees materiais que se dispotildee de
uma forma mais especiacutefica
- Cura e cuidado o cuidado implica na compreensatildeo do ser humano nos seus
direitos na sua especificidade na sua integralidade Orientar-se pelo cuidado eacute
romper com a loacutegica de formaccedilatildeo excessivamente baseada na hegemonia
biomeacutedica no autoritarismo das relaccedilotildees no poder construiacutedo a partir de um saber
que silencia outros e coisifica os sujeitos
- Mobilizaccedilatildeo da comunidade uma estrateacutegia de promoccedilatildeo da sauacutede que vise
a mobilizaccedilatildeo e o incremento da accedilatildeo comunitaacuteria precisa considerar este
imaginaacuterio e trabalhar as representaccedilotildees sociais sobre sauacutede e doenccedila da
populaccedilatildeo de forma a minimizar a distacircncia entre os saberes populares e os
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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cientiacuteficos entre as concepccedilotildees leiga e teacutecnica sobre sauacutede Ela precisa partir da
construccedilatildeo de um projeto que se volta para a melhoria das condiccedilotildees materiais de
vida e de sauacutede das comunidades que se implementaraacute cotidianamente
concretamente na organizaccedilatildeo e no fortalecimento dos setores populares
governamentais e da sociedade civil e no fortalecimento da relaccedilatildeo participativa da
comunidade com o serviccedilo de sauacutede A promoccedilatildeo da sauacutede visa trabalhar atraveacutes de
accedilotildees comunitaacuterias concretas e efetivas no desenvolvimento de prioridades na
tomada de decisatildeo na definiccedilatildeo de estrateacutegias e na sua implementaccedilatildeo visando a
melhoria das condiccedilotildees de sauacutede
Segundo Brasil (2007) um dos fatos da promoccedilatildeo da sauacutede estaacute relacionado
a sustentabilidade das cidades o maior desafio de sauacutede ambiental que os paiacuteses
das Ameacutericas teratildeo que enfrentar no proacuteximo seacuteculo o que faz com que a sauacutede da
populaccedilatildeo e a qualidade ambiental do planeta sejam vistos e abordados de maneira
indissociaacutevel
A estrateacutegia eacute a de valorizar os esforccedilos de cidadania e orientar o
desenvolvimento de uma nova cultura que reconheccedila os direitos ambientais e da
sauacutede como reivindicaccedilotildees sociais e necessaacuterios para melhorar o bem estar da
populaccedilatildeo Cidades e comunidades saudaacuteveis permitem fortalecer a execuccedilatildeo das
atividades de promoccedilatildeo da sauacutede como a mais alta prioridade dentro de uma
agenda poliacutetica local Uma cidade saudaacutevel na definiccedilatildeo da OMS ldquo eacute aquela que
coloca em praacutetica de modo contiacutenuo a melhoria de seu meio ambiente fiacutesico e social
utilizando todos os recursos de sua comunidaderdquo Portanto considera-se uma
cidade ou municiacutepio saudaacutevel aquele em que os seus dirigentes municipais
enfatizam a sauacutede de seus cidadatildeos dento de uma oacutetica ampliada de qualidade de
vida Os principais pilares de uma iniciativa de municiacutepios cidades saudaacuteveis satildeo a
accedilatildeo intersetorial e a participaccedilatildeo social
INDICADORES BAacuteSICOS PARA A SAUacuteDE NO BRASIL Em termos gerais
os indicadores satildeo medidas-siacutentese que contecircm informaccedilatildeo relevante sobre
determinados atributos e dimensotildees do estado de sauacutede bem como do
desempenho do sistema de sauacutede Vistos em conjunto devem refletir a situaccedilatildeo
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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sanitaacuteria de uma populaccedilatildeo e servir para a vigilacircncia das condiccedilotildees de sauacutede A
construccedilatildeo de um indicador eacute um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doenccedila ateacute o caacutelculo de
proporccedilotildees razotildees taxas ou iacutendices mais sofisticados como a esperanccedila de vida
ao nascer
A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulaccedilatildeo (frequecircncia de casos tamanho da populaccedilatildeo em risco
etc) e da precisatildeo dos sistemas de informaccedilatildeo empregados (registro coleta
transmissatildeo dos dados etc) O grau de excelecircncia de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir o que se pretende) e
confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condiccedilotildees
similares) Em geral a validade de um indicador eacute determinada pelas caracteriacutesticas
de sensibilidade (medir as alteraccedilotildees desse fenocircmeno) e especificidade (medir
somente o fenocircmeno analisado)
Outros atributos de qualidade de um indicador satildeo sua mensurabilidade
(basear-se em dados disponiacuteveis ou faacuteceis de conseguir) relevacircncia (responder a
prioridades de sauacutede) e custo-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos) Eacute desejaacutevel que os indicadores possam ser analisados e
interpretados com facilidade e que sejam compreensiacuteveis pelos usuaacuterios da
informaccedilatildeo especialmente gerentes gestores e os que atuam no controle social do
sistema de sauacutede
Para um conjunto de indicadores satildeo atributos de qualidade importantes a
integridade (dados completos) e a consistecircncia interna (valores coerentes e natildeo
contraditoacuterios) (RIPSA 2002)
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de sauacutede podem ser
asseguradas pela aplicaccedilatildeo sistemaacutetica de definiccedilotildees operacionais e de
procedimentos padronizados de mediccedilatildeo e caacutelculo A seleccedilatildeo do conjunto baacutesico de
indicadores ndash e de seus niacuteveis de desagregaccedilatildeo ndash pode variar em funccedilatildeo da
disponibilidade de sistemas de informaccedilatildeo fontes de dados recursos prioridades e
necessidades especiacuteficas em cada regiatildeo ou paiacutes A manutenccedilatildeo desse conjunto
depende tambeacutem da simplicidade dos instrumentos e meacutetodos utilizados de modo a
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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facilitar a operaccedilatildeo regular dos sistemas de informaccedilatildeo Tambeacutem eacute necessaacuterio
monitorar a qualidade dos indicadores para manter a confianccedila dos usuaacuterios na
informaccedilatildeo produzida O mesmo com relaccedilatildeo agrave poliacutetica de disseminaccedilatildeo da
informaccedilatildeo para assegurar a oportunidade e frequecircncia da compilaccedilatildeo dos dados
Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinacircmico os
indicadores de sauacutede constituem ferramenta fundamental para a gestatildeo e avaliaccedilatildeo
da situaccedilatildeo de sauacutede em todos os niacuteveis Um conjunto de indicadores de sauacutede tem
como propoacutesito produzir evidecircncia sobre a situaccedilatildeo sanitaacuteria e suas tendecircncias
inclusive documentando as desigualdades em sauacutede Essa evidecircncia deve servir de
base empiacuterica para determinar grupos humanos com maiores necessidades de
sauacutede estratificar o risco epidemioloacutegico e identificar aacutereas criacuteticas Constitui assim
insumo para o estabelecimento de poliacuteticas e prioridades melhor ajustadas agraves
necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo (RIPSA 2002)
Aleacutem de prover mateacuteria prima essencial para a anaacutelise de sauacutede a
disponibilidade de um conjunto baacutesico de indicadores tende a facilitar o
monitoramento de objetivos e metas em sauacutede estimular o fortalecimento da
capacidade analiacutetica das equipes de sauacutede e promover o desenvolvimento de
sistemas de informaccedilatildeo de sauacutede intercomunicados (RIPSA 2002)
Esperamos que tenha fica bem claro como eacute importante o gestor conhecer os
indicadores e como funcionam pois dependendo deles o municiacutepio estado e Uniatildeo
teratildeo maiores possibilidade de controlar prevenir epidemias e oferecer sauacutede de
qualidade agrave populaccedilatildeo
Abaixo estatildeo elencados os indicadores utilizados no Brasil mas sugerimos
que leiam o material elaborado pela Rede Interagencial de Informaccedilotildees para a
Sauacutede - RIPSA (2002)2 o qual apresenta detalhadamente a composiccedilatildeo dos
indicadores
Indicadores demograacuteficos
Populaccedilatildeo total
Razatildeo de sexos
2 Indicadores baacutesicos de sauacutede no Brasil conceitos e aplicaccedilotildees disponiacutevel no site
wwwopasorgbrsistemaarquivosmatrizpdf
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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Taxa de crescimento da populaccedilatildeo
Grau de urbanizaccedilatildeo
Taxa de fecundidade total
Taxa especiacutefica de fecundidade
Taxa bruta de natalidade
Mortalidade proporcional por idade
Mortalidade proporcional por idade em menores de um ano
Taxa bruta de mortalidade
Esperanccedila de vida ao nascer
Esperanccedila de vida aos 60 anos de idade
Proporccedilatildeo de menores de cinco anos de idade na populaccedilatildeo
Proporccedilatildeo de idosos na populaccedilatildeo
Iacutendice de envelhecimento
Razatildeo de dependecircncia
Indicadores socioeconocircmicos
Taxa de analfabetismo
Niacuteveis de escolaridade
Produto Interno Bruto (PIB) per capita
Razatildeo de renda
Proporccedilatildeo de pobres
Taxa de desemprego
Taxa de trabalho infantil
Indicadores de mortalidade
Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade neonatal precoce
Taxa de mortalidade neonatal tardia
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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Taxa de mortalidade poacutes-neonatal
Taxa de mortalidade perinatal
Taxa de mortalidade materna
Mortalidade proporcional por grupos de causas
Mortalidade proporcional por causas mal definidas
Mortalidade proporcional por doenccedila diarreacuteica aguda em menores de cinco anos de
idade
Mortalidade proporcional por infecccedilatildeo respiratoacuteria aguda em menores de cinco anos
de idade
Taxa de mortalidade por doenccedilas do aparelho circulatoacuterio
Taxa de mortalidade por causas externas
Taxa de mortalidade por neoplasias malignas
Taxa de mortalidade por acidente de trabalho
Taxa de mortalidade por diabete melito
Taxa de mortalidade por cirrose hepaacutetica
Taxa de mortalidade por aids
Taxa de mortalidade por afecccedilotildees originadas no periacuteodo perinatal
Indicadores de morbidade e fatores de risco
Incidecircncia de sarampo
Incidecircncia de difteria
Incidecircncia de coqueluche
Incidecircncia de teacutetano neonatal
Incidecircncia de teacutetano (exceto o neonatal)
Incidecircncia de febre amarela
Incidecircncia de raiva humana
Incidecircncia de hepatite B
Incidecircncia de coacutelera
Incidecircncia de febre hemorraacutegica do dengue
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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Incidecircncia de siacutefilis congecircnita
Taxa de incidecircncia de aids
Taxa de incidecircncia de tuberculose
Taxa de incidecircncia de dengue
Taxa de detecccedilatildeo de hanseniacutease
Iacutendice parasitaacuterio anual (IPA) de malaacuteria
Taxa de incidecircncia de neoplasias malignas
Taxa de incidecircncia de doenccedilas relacionada ao trabalho
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (tiacutepicos)
Taxa de incidecircncia de acidentes de trabalho (de trajeto)
Taxa de prevalecircncia de hanseniacutease
Taxa de prevalecircncia de diabete melito
Iacutendice CPO-D aos 12 anos de idade
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por grupos de causas
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por causas externas
Proporccedilatildeo de nascidos vivos por idade materna
Proporccedilatildeo de nascidos vivos de baixo peso ao nascer
Prevalecircncia de deacuteficit ponderal para a idade em crianccedilas menores de cinco anos de
idade
Prevalecircncia de aleitamento materno
Prevalecircncia de aleitamento materno exclusivo
Prevalecircncia de pacientes em diaacutelise (SUS)
Indicadores de recursos
Nuacutemero de profissionais de sauacutede por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares por habitante
Nuacutemero de leitos hospitalares (SUS) por habitante
Gasto puacuteblico com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com sauacutede como proporccedilatildeo do gasto federal total
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Despesa familiar com sauacutede como proporccedilatildeo da renda familiar
Gasto meacutedio (SUS) por atendimento ambulatorial
Gasto meacutedio (SUS) por internaccedilatildeo hospitalar
Gasto puacuteblico com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do PIB
Gasto federal com saneamento como proporccedilatildeo do gasto federal total
Indicadores de cobertura
Nuacutemero de consultas meacutedicas (SUS) por habitante
Nuacutemero de procedimentos complementares por consulta meacutedica (SUS)
Nuacutemero de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por habitante
Proporccedilatildeo de internaccedilotildees hospitalares (SUS) por especialidade
Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
Proporccedilatildeo da populaccedilatildeo feminina em uso de meacutetodos anticonceptivos
Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
Cobertura de serviccedilos de coleta de lixo
Fonte RIPSA (2002)
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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Proporccedilatildeo gestantes com acompanhamento preacute-natal
Proporccedilatildeo de partos hospitalares
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos
Proporccedilatildeo de partos cesaacutereos (SUS)
Razatildeo entre nascidos vivos informados e estimados
Razatildeo entre oacutebitos informados e estimados
Cobertura vacinal no primeiro ano de vida
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Cobertura do setor de sauacutede suplementar
Cobertura de planos e seguros privados de sauacutede suplementar
Cobertura de redes de abastecimento de aacutegua
Cobertura de esgotamento sanitaacuterio
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REFEREcircNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ABRUacuteCIO Fernando Luiz Reformas do Estado na Ameacuterica Latina trajetoacuterias e perspectivas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrdownloadsec43ea4fGestaopublicaadministracaoburocraticapdfgt Acesso em 10 abr 2010 AGUIAR Raquel Mayra Van Tol de Poder e Cultura Organizacional Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2005 ALVES Bianca Motivaccedilatildeo Humana e as organizaccedilotildees uma abordagem fenomenoloacutegica-existencial (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwexistencialismoorgbrgt Acesso em 10 abr 2010 ANVISA Agecircncia de Vigilacircncia Sanitaacuteria Os Serviccedilos de Sauacutede - 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwanvisagovbrgt Acesso em 10 abr 2010 BANDEIRA DE MELLO Celso A Curso de direito administrativo 12 ed Satildeo Paulo Malheiros1999 BERTOLLI FILHO C Histoacuteria da sauacutede puacuteblica no Brasil Satildeo Paulo Aacutetica 2004 BOM SUCESSO Edina de Paula Trabalho e qualidade de vida 1 ed Rio de Janeiro Dunya 1997 BONATO Vera Luacutecia Gestatildeo em Sauacutede programas de qualidade em hospitais Satildeo Paulo Iacutecone 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Lei nordm 8080 de 19 de Setembro de 1990 Dispotildee sobre as condiccedilotildees para a promoccedilatildeo proteccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede a organizaccedilatildeo e o funcionamento dos serviccedilos correspondentes e daacute outras providecircncias BRASIL Lei Nordm 8142 de 28 de Dezembro de 1990 Dispotildee sobre a participaccedilatildeo da comunidade na gestatildeo do Sistema Uacutenico de Sauacutede - SUS e sobre as transferecircncias intergovernamentais de recursos financeiros na aacuterea da sauacutede e daacute outras providecircncias BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo Municipal de Sauacutede leis normas e portarias atuais Rio de Janeiro Brasil Ministeacuterio da Sauacutede 2001 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo Agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica Poliacutetica Nacional de Atenccedilatildeo Baacutesica 4 ed ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2007 68 p ndash (Seacuterie E Legislaccedilatildeo de Sauacutede)
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria Executiva Departamento de Apoio a Descentralizaccedilatildeo Gestores do SUS olhares e vivecircncias Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2005 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Gestatildeo da Sauacutede Puacuteblica Disponiacutevel em lthttpportalsaudegovbrportalsaudeprofissionalareacfmid_area=1407gt Acesso em 10 abr 2010 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede Relatoacuterio de gestatildeo Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 19982001 Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Assistecircncia agrave Sauacutede 2 ed revista e modificada Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria-Executiva Secretaria de Gestatildeo do Trabalho e da Educaccedilatildeo na Sauacutede Glossaacuterio temaacutetico gestatildeo do trabalho e da educaccedilatildeo na sauacutede Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie A Normas e Manuais Teacutecnicos) BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede ndash 3 ed ndash Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 (Seacuterie F Comunicaccedilatildeo e Educaccedilatildeo em Sauacutede) BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Assistecircncia de Meacutedia e Alta Complexidade no SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Vigilacircncia em Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Sistema Uacutenico de Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede ndash Brasiacutelia CONASS 2007 BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede O SUS de A a Z garantindo sauacutede nos municiacutepios Ministeacuterio da Sauacutede Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sauacutede 3 ed Brasiacutelia Editora do Ministeacuterio da Sauacutede 2009 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Para entender a gestatildeo do SUS Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2003 BRASIL Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Atenccedilatildeo Primaacuteria e Promoccedilatildeo da Sauacutede Conselho Nacional de Secretaacuterios de Sauacutede Brasiacutelia CONASS 2007 BUFFON Marilene da Cruz M RODRIGUES Cathleen Kojo A sauacutede da famiacutelia como enfoque estrateacutegico para a organizaccedilatildeo da atenccedilatildeo primaacuteria em sauacutede Visatildeo Acadecircmica Curitiba v6 n2 Jul - Dez2005
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CABREIRA Luiz Carlos de Queiroz Administraccedilatildeo de pessoal recursos humanos e gestatildeo estrateacutegica Rio de Janeiro FGV 2004 CARVALHO Seacutergio Resende GASTALDO Denise Promoccedilatildeo agrave sauacutede e empoderamento uma reflexatildeo a partir das perspectivas criacutetico-social poacutes-estruturalista Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2008 vol13 suppl2 pp 2029-2040 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv13s2v13s2a07pdfgt Acesso em 10 abr 2010 CATAtildeO Adrualdo de Lima O serviccedilo puacuteblico no Direito brasileiro Breves comentaacuterios acerca de sua natureza juriacutedica Jus Navigandi Teresina ano 6 n 54 fev 2002 Disponiacutevel em lthttpjus2uolcombrdoutrinatextoaspid=2606gt Acesso em 10 abr 2010 CHIAVENATO Idalberto Como transformar RH (de um centro de despesa) em um centro de lucro Satildeo Paulo Makron Book 1996 CHIAVENATO Idalberto Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Campus 2000 CHIAVENATO Idalberto Administraccedilatildeo de Recursos Humanos fundamentos baacutesicos 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2003 CHIAVENATO Idalberto Comportamento Organizacional a dinacircmica do sucesso das organizaccedilotildees Satildeo Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 CONASS Atenccedilatildeo primaacuteria eacute foco da sauacutede em Minas Disponiacutevel em lthttpwwwconassorgbrpage=noticias_estadosampestado=17ampcodigo=4197ampi=0 mesAtual=11ampanoAtual=2008gt Acesso em 10 abr 2010 COHN Ameacutelia A reforma sanitaacuteria brasileira apoacutes 20 anos do SUS reflexotildees Cad Sauacutede Puacuteblica [online] 2009 vol25 n7 pp COTTA Rosacircngela MInardi Mitre MENDES Faacutebio Faria MUNIZ Joseacute Norberto Descentralizaccedilatildeo das Poliacuteticas Puacuteblicas de Sauacutede do imaginaacuterio ao real Viccedilosa Editora UFV 1998 CRUZ Patriacutecia Nassif da Desenvolvimento de pessoas no setor puacuteblico novo modelo de gestatildeo Disponiacutevel em lthttpwwwjfestaciobrrevistaartigospatricia_desevpespdfgt Acesso em 10 abr 2010 DI PIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo Satildeo Paulo Atlas 2003 DUTRA Joel Souza HIPOacuteLITO Joseacute Antocircnio Monteiro SILVA Cassiano Machado Gestatildeo de Pessoas por Competecircncias o Caso de uma Empresa do Setor de Telecomunicaccedilotildees Revista RAC v 4 n 1 JanAbr 2000 161-176
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ESCOREL S NASCIMENTO D R EDLER F C As origens da reforma sanitaacuteria e do SUS In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 59-81 FADUL Wilson Minha poliacutetica nacional de Sauacutede Sauacutede em Debate n 78 67-76 abrjun 1978 FELIPPE Maria Inecircs Entrevista por competecircncia (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwmariainesfelippecombrgt Acesso em 10 abr 2010 FERREIRA Aureacutelio Buarque de Holanda Dicionaacuterio Aureacutelio Eletrocircnico Seacutec XXI Versatildeo 30 Nov1999 FIOCRUZ Reforma Sanitaacuteria Biblioteca Virtual Seacutergio Arouca Fundaccedilatildeo Oswaldo Cruz Disponiacutevel em lthttpbvsaroucaicictfiocruzbrsanitarista05htmlgt Acesso em 12 abr 2010 FLEURY Sonia Reforma sanitaacuteria brasileira dilemas entre o instituinte e o instituiacutedo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2009 vol14 n3 pp 743-752 FUHRMANN Nadia Lucia A recente reorganizaccedilatildeo do Sistema Puacuteblico de Sauacutede no Brasil Civitas Porto Alegre v 4 nordm 1 jan-jun 2004 GOLDBECK Ana Stela A triagem neonatal na rede de atenccedilatildeo baacutesica de sauacutede do Rio Grande do Sul representaccedilotildees sociais e qualificaccedilatildeo do processo comunicacional Porto Alegre UFRS 2006 (Especializaccedilatildeo em Administraccedilatildeo) HEIMANN Luiza Sterman et al A descentralizaccedilatildeo do Sistema de Sauacutede no Brasil uma proposta de investigaccedilatildeo sobre o impacto de poliacuteticas Disponiacutevel em lthttpidrccagt Acesso em 12 abr 2010 HENNINGTON Eacutelida Azevedo Gestatildeo dos processos de trabalho e humanizaccedilatildeo em sauacutede reflexotildees a partir da ergologia Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2008 vol42 n3 pp 555-561 Epub Apr 18 2008 HOCHMAN Gilberto ARRETCHE Marta MARQUES Eduardo (orgs) Poliacuteticas Puacuteblicas no Brasil Rio de Janeiro Fiocruz 2007 LACAZ Francisco Antocircnio de Castro O sujeito n(d)a sauacutede coletiva e poacutes-modernismo Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 2001 vol6 n1 pp 233-242 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv6n17039pdfgt Acesso em 10 abr 2010 LIMA N T A sauacutede na construccedilatildeo do estado nacional no Brasil reforma sanitaacuteria em perspectiva histoacuterica In LIMA N T GERSCHMAN S EDLER F C SUAacuteREZ J M (Orgs) Sauacutede e democracia histoacuteria e perspectivas do SUS Rio de Janeiro Fiocruz 2005 p 27-58
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LONGO Francisco A hora e a vez das pessoas (2007) Disponiacutevel em lthttpwwwrevistafundapspgovbrgt Acesso em 10 abr 2010 LORA Adriano Peres Acessibilidade aos Serviccedilos de Sauacutede Campinas Unicamp 2004 MACHADO R Danaccedilatildeo da norma medicina social e constituiccedilatildeo da psiquiatria no Brasil Rio de Janeiro Graal 1978 MALIK Ana Maria Gestatildeo de Recursos Humanos volume 9 Satildeo Paulo Faculdade de Sauacutede Puacuteblica da Universidade de Satildeo Paulo 1998 (Seacuterie Sauacutede amp Cidadania) MARINONI Luiz Guilherme BECKER Laeacutercio A A influecircncia das relaccedilotildees pessoais sobre a advocacia e o processo civil brasileiros Jus Navigandi Teresina ano 8 n 286 19 abr 2004 MEacuteDICI Andreacute Cesar Sauacutede indicadores baacutesicos e poliacuteticas governamentais (2009) Disponiacutevel em lthttpwwwmregovbrcdbrasilitamaratywebportpolsocsaudeapresentapresenthtm Acesso em 12 abr 2010 MEIRELLES Hely Lopes Direito Administrativo Brasileiro 30 ed Satildeo Paulo Editora Saraiva 2005 MERHY E E amp QUEIROZ M (1993) Sauacutede puacuteblica rede baacutesica e o sistema de sauacutede brasileiro Cadernos de Sauacutede Puacuteblica 9 (2) 177-184 MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Sauacutede Atenccedilatildeo agrave Sauacutede da Crianccedila Maria Regina Viana et AL (orgs) Belo Horizonte SASDNAS 2004 MINAS GERAIS Manual para o Gestor Municipal de Sauacutede Belo Horizonte 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwrimviverorgbrpdfsuspdfgt Acesso em 10 abr 2010 MINISTEacuteRIO DA SAUacuteDE Portaria no 267GM de 6 de marccedilo de 2001 Dispotildee sobre normas e diretrizes da inclusatildeo da sauacutede bucal na estrateacutegia do Programa Sauacutede da Famiacutelia Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2001 MONTEIRO Jorge V Os niacuteveis de anaacutelise das poliacuteticas puacuteblicas In Fundamentos da poliacutetica puacuteblica Rio de Janeiro IPEA 1982 cap II1 NOB-SUS nordm 01 de 06 de novembro de 1996 Norma Operacional Baacutesica do Sistema Uacutenico de Sauacutede Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 1997 NOGUEIRA Arnaldo Joseacute Franccedila Mazzei Relaccedilotildees de trabalho e sindicalismo entre o puacuteblico e o privado no Brasil XXIX Encontro Anual da ANPOCS ndash 25 a 29 de
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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outubro GT nordm 26 ldquoTrabalho e sindicato na sociedade contemporacircneardquo Satildeo Paulo 2005 NOVAES H M D Pesquisa em sobre e para os serviccedilos de sauacutede panorama internacional e questotildees para a pesquisa em sauacutede no Brasil Caderno Sauacutede Puacuteblica 2004 vol20 supl2 NUPAD ndash Nuacutecleo de Accedilotildees e Pesquisa em Apoio Diagnoacutestico Triagem Neonatal Disponiacutevel em lthttpwwwnupadmedicinaufmgbrtriagemtriagem_neonatalhtmlgt Acesso em 10 abr 2010 OLIVEIRA Ricardo de BUENO Julio Apresentaccedilatildeo do livro do professor Mark H Moore Disponiacutevel em lthttpwwwenapgovbrindexphpoption=contentamptask=viewampid=266gt Acesso em 10 abr 2010 PAIM Jairnilson Silva TEIXEIRA Carmen Fontes Poliacutetica planejamento e gestatildeo em sauacutede balanccedilo do estado da arte Rev Sauacutede Puacuteblica [online] 2006 vol40 nspe pp 73-78 PEPE Benito S Ambiente de trabalho e as relaccedilotildees interpessoais (2008) Disponiacutevel em lthttpwwwcalabriaveiculoscombrgt Acesso em 10 abr 2010 PEREIRA Luis Carlos Bresser Gonccedilalves SPINK Peter Kevin Reforma do Estado e Administraccedilatildeo Puacuteblica Gerencial 7 ed Rio de Janeiro FGV 2008 PESTANA Marcus Entrevista Canal Minas Sauacutede estreacuteia com Curso de Gestatildeo da Cliacutenica Disponiacutevel em lthttpwww2senacnetcombrnoticiasphpc=7gt Acesso em 10 abr 2010 PESTANA Maria Claacuteudia et al Desafios da sociedade do conhecimento e gestatildeo de pessoas em sistemas de informaccedilatildeo Revista Digital de Biblioteconomia e Ciecircncia da Informaccedilatildeo Brasiacutelia v 32 n 2 p 77-84 maioago 2003 QUEZINI Rosileia A FRANCISCO Antonio C de PILATTI Luiz A A evoluccedilatildeo do termo competecircncia Disponiacutevel em httpwwwadmpgcombr2007anais2004artigosT03-01pdf Acesso em 10 abr 2010 ROSSI JR Luis Rodovil A Gestatildeo para Resultados como Ferramenta Administrativa nas Organizaccedilotildees do Terceiro Setor Mimeografado 16 p [sd] SANTANA Milena Lopes CARMAGNANI Maria Isabel Programa Sauacutede da Famiacutelia um enfoque sobre seus pressupostos baacutesicos operacionalizaccedilatildeo e vantagens Revista Sauacutede e sociedade V 10 n 1 janjul2001 SOUZA R R O Sistema puacuteblico de sauacutede brasileiro Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2002
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Instituto Brasileiro de Ensino
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SPINK Mary Jane Paris (org) A psicologia em diaacutelogo com o SUS praacutetica profissional e produccedilatildeo acadecircmica Belo Horizonte Casa do Psicoacutelogo 2007 TAMBELLINI Anamaria Testa CAMARA Volney de Magalhatildees A temaacutetica sauacutede e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da sauacutede coletiva aspectos histoacutericos conceituais e metodoloacutegicos Ciecircnc sauacutede coletiva [online] 1998 vol3 n2 pp 47-59 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcscv3n27150pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TAVARES Fernanda Pereira Motivaccedilatildeo e desmotivaccedilatildeo sob o enfoque organizacional Recife Faculdade Santa Helena 2004 Disponiacutevel em ltwwwconvibracombrpdf31pdfgt Acesso em 10 abr 2010 TOLEDO Flaacutevio de O que satildeo Recursos Humanos Satildeo Paulo Brasiliense 2003 (Coleccedilatildeo Primeiros Passos) ZARIFIAN Philippe Objetivo Competecircncia Satildeo Paulo Atlas 2000 WHO (World Health Organization ndash Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede) Novos Protagonistas para uma Nova Era Orientando a Promoccedilatildeo da Sauacutede no Seacuteculo XXI Indoneacutesia WHO 1997
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