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Português Prof. Carlos Zambeli Transcrição | Aula 03 TJ-RS

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PortuguêsProf. Carlos Zambeli

Transcrição | Aula 03

TJ-RS

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AULA 03

Oi, pessoal!

Hoje é a nossa aula 3 e a gente vai corrigir o tema que era a transitividade dos verbos. Vamos só lembrar o que a gente estava estudando antes, a gente estava pensando em Análise Sintática que é a principal matéria da gramática. Que a análise sintática dizia que a primeira coisa da fra-se era catar o sujeitinho e que a segunda coisa da frase era a transitividade.

Vamos lembrar isso aqui, sujeitinho a gente tem 5. Que é o simples, que só tem um núcleo, e se a gente pensar na Faurgs essa ideia de composto e de simples, a Faurgs tem questões que eles pedem assim: Qual das frases tem sujeito composto? O sujeito de tal é composto? É uma das poucas bancas que cobra essa relação de simples e composto e aí lembra que o simples é aquele que tem um núcleo e que o composto é aquele que tem dois ou mais núcleos. Aí vinha o indeterminado, o indeterminado tem dois casos que é a 3ª pessoa do plural, lembra que é igual a eles só que não? E a relação de um se, mas não é qualquer se é o famoso índice de indetermi-nação do sujeito.

Aí vem os inexistentes e o principal é o verbo haver, que é o que mais cai disparado. Verbo ha-ver no sentido de existir, verbo fazer, tempo, temperatura, e mais alguns outros casos só que esses dois são os a Faurgs.

E vem também o oracional e o oracional se destaca por ter um verbo como núcleo, é legal a gente se dar conta que o sujeito simples, o sujeito composto, esses caras vão ter substantivos como núcleo e o oracional vai ter verbo como núcleo.

A segunda coisa é a transitividade. E o que a gente espera de uma transitividade? A gente espe-ra assim: a gente espera um VI, que é aquele verbo sem complemento, a gente espera um VTD que é aquele verbo que a gente pergunta O quê? ou Quem? E a resposta se chama OD. Existe um VTI que é um cara que na pergunta vem uma preposição e ele pode ser um OI, e aí só para a gente amarrar, para não deixar solta, a gente tem que lembrar que essas coisas podem vir em forma de pronome, então por exemplo, assim, quando eu penso no o e no a, eles representam um OD e o lhe um OI, mas aí te dá conta que o lhe não vai ter a preposição né? Quando eu digo que: “Ele lhe obedece”, isso aqui eu acho legal porque às vezes a gente fala sempre, fica deco-rando e não se dá conta que assim, ah o VTI sempre tem preposição, de maneira geral sim, mas eu posso pegar esse OI e transformá-lo num pronome e aí não vai ter preposição, mas nem por isso ele deixou de ser VTI. Então o que eu estou te dizendo é que de maneira geral eu diria as-sim: “Ele obedece a você”, então quem obedece, obedece a, então está aqui a preposição, en-tão tudo isso é um OI. Só que eu posso pegar esse OI e transformá-lo num pronome e aí adeus preposição, mas ainda é, então ele tem preposição.

Eu tenho verbos bitransitivos, VTDI, que é um OD e um OI, lembra que a ordem dos fatores não interferem nos catetos? Tanto faz.

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E tem um cara chamado de VL que é o diferentex. O VL tem uma coisa chamada de predicativo, esse VL atribui estados ou características, é isso. era isso que a gente estava estudando na outra aula.

Bom, a primeira coisa é o tipo de sujeito e a segunda coisa é a transitividade. E qual é a terceira coisa? Os adjuntos adverbiais.

Os adjuntos adverbiais são muito importantes se a gente pensar na análise sintática, porque eles vão trabalhar com a ideia e aí a ideia é semântica.

Lembra a primeira aula que eu falei da diferença de morfologia, sintática e semântica? O que eu estou falando é de sintático, é estrutural. Agora eu estou falando de sentido, do que eu in-terpreto.

O adjunto adverbial é a ideia de lugar, de tempo, de modo, de intensidade, dos advérbios. Bele-za! De maneira geral é isso, a gente está falando das grandes estruturas e essas grandes estru-turas se apoiam nessa ideia.

Então vamos fazer o tema, eu acho que o tema vai ser o resumo dessa brincadeira toda.

Botei a melhor roupa pra esconder os meus defeitos. Começo por onde uma análise dessa fra-se? Pelo sujeito, acabei de te dizer que é pelo sujeito. Quem é o sujeito de botei? Eu, beleza, o sujeito está garantido, o sujeito sou eu.

Agora, oi pessoal, sabia que eu botei? Botou o quê? O que ele botou? A melhor roupa, então esse verbo é um VTD.

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No futuro a gente vai estudar uma coisa chamada de orações subordinadas, lembram de uma oração subordinada chamada de oração subordinada com a ideia de finalidade? Adverbial fi-nalidade, é isso. Pra que ele botou a melhor roupa? Para esconder os seus defeitos, então eu tenho uma oração subordinada na sequência, claro que eu já estou falando de um nível muito mais avançado, mas é só legal para a gente começar a amarrar assim, porque eu acho que vocês já tiveram algumas aulas de português na vida, de concurso, então já dá para a gente co-meçar a pensar assim que o resto a frase é uma oração subordinada, não é a toa que tem outro verbo, oração.

Exagerei no perfume pra te impressionar. O que é no perfume? Vocês já ouviram uma coisa chamada de OD preposicionado? O que é o OD preposicionado? Existem vários casos, mas um deles é quando a gente põe uma preposição para valorizar o cara, por exemplo, se eu bebesse um vinho e aí eu diria para vocês assim: hmmm, tô bebendo do vinho. Tu não está bebendo do vinho, tu está bebendo o vinho, só que tu põe aquela preposição.

Vamos fazer outra, já viram uma que é um subtítulo de uma igreja? Que está escrito: Ame ao Senhor. Já viram? Eu amo. Quem? O que? Então amar é um VTD só que o cara diz: Ame ao se-nhor, ele põe uma preposição para dar uma ênfase. Essa preposição que é a balaca, introduz um OD preposicionado. Aí tu vai dizer assim: Tá, mas se o cara é um OD como é que ele tem uma preposição? Mas é que essa preposição não é dele, é só para valorizar.

Bebi da água. Eu não bebi da água, eu bebi a água. Entenderam? É a balaca.

Exagerei no perfume pra te impressionar. Ele exagera o perfume, eu exagerei as palavras, eu exagerei o tratamento, eu exagerei o tapa na cara. Tu entendeu que esse verbo é VTD? Só que ele põe uma preposição para dar uma ênfase, esse cara é um VTD. Então, exagerei é um OD preposicionado, isso não vai cair na prova, mas o impressionar dá para rolar hein.

Oi, sabia que eu impressionei. A pergunta qual é? Quem? O quê? Quem que eu impressionei? Te. Então esse cara também é um VTD, porque te é o nosso OD.

Cheguei mais cedo pra te ver chegar. Quem chega, chega, então esse verbo é um VI.

E você chegou atrasadinha, mas tava linda. Esse tava atribui o quê? Uma característica e essa ca-racterística ganha o nome de predicativo, então esse verbo é um VL porque linda é um predicativo.

Minha boca calou, mas meu coração gritou por cima. Se minha boca calou, já era, é um VI.

Gritou o quê? Vai na fé, aposta nela … Então esse verbo é VTD. Isso é importante da gente per-ceber que é sempre de ponto a ponto que a gente analisa uma frase, eu não posso olhar ape-nas o verbo, eu tenho que olhar até onde a frase segue, então aparece o que ele gritou.

Pra gente aprender o que é a transitividade depende do contexto: Oi, Pessoal, eu tomei, o quê? Café. Tomei é VTD, café é objeto direto. E aí tu me responde: Eu não tomei. O meu tomei é VTD, eu tomei café, OD e tu diz: eu não tomei, o mesmo verbo só que é outra frase é outro contexto, VI.

Meu coração gritou por cima, VI.

Meu coração gritou por cima, vai na fé, aposta nela, VTD

Claro que aqui não tem pontuação porque é vida louca, é internet.

Vai na fé, aposta nela. Aqui a gente tem um rolo turma, porque a gente fica assim, quem apos-ta, aposta em alguém ou em alguma coisa e a gente poderia pensar que nela é um lugar né?

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Mas fica estranho, e eu acho que isso aqui tem mais cara de VTI, eu não diria que ele é um VI, eu acho que quem aposta, aposta em alguém.

Eu aposto no concurso, e o concurso não é o lugar, entende? É no que eu aposto. É essa a forma que eu interpreto, então eu diria que isso é VTI, se a banca dissesse ao contrário eu entraria com recurso.

Que ela é uma boa menina. Faz sentido que ele dá uma característica? Ele está dando a caracte-rística, então isso aqui é um VL.

E aí olha a frase: Vamos pular a parte que eu peço aquele vinho do bom. Sujeito de vamos pu-lar? Nós, está na desinência do verbo. Vamos pular o quê? A parte que eu peço… Então aqui é VTD.

E eu, sujeito peço. O que tu pede? Peço é VTD, porque a transitividade depende do contexto.

A taça não merece tirar seu batom. Quem é que não merece? A taça é o sujeito. Não merece tirar, o quê? Seu batom, VTD.

Deixa comigo, que para isso eu tenho o dom, VTD.

Pra quem já foi meu aluno eu tenho certeza que eu já falei disso, pra quem não foi já deve ter ouvido também se já teve aula com um bom professor. Olha só, pra, da frase, oração subordi-nada de finalidade.

E vocês já estudaram o que um dia na vida, que ele pode ser um pronome relativo, uma con-junção integrante? Vamos pular a parte a qual eu peço aquele vinho do bom. O que introduz uma oração adjetiva, essas orações adjetivas se dividem em duas, as que restringem e as que explicam. É qualquer parte que eles vão pular? Não, ele restringe a parte que eles vão pular, é a parte que eu peço aquele vinho do bom. Não é a parte que eu digo: Oi como é que tu tá. Essas outras partes vão ter, as que eles vão pular é a parte que ele pede o vinho, entenderam a via-gem? Restringe a parte.

Aí, aqui aparece um outro que, só que esse outro que já não entra na nóia de conjunção inte-grante e pronome relativo, porque tu tem uma ordem aqui.

Deixa comigo, é uma ordem, é um verbo no imperativo e aí ele explica, pois para isso eu tenho o dom, então esse que já é uma explicativa, aí é outra oração. Sempre tem um verbo na sequência e esse verbo não está solto lá, ele está se relacionando, por isso que é difícil a gente fazer a análise sintática.

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Ele gostou que ela chegou atrasadinha? Ele não gostou, porque ele compensa, ele diz assim: Chegou atrasadinha, mas tava linda. Entenderam? Ele não gosta. Porque não é assim: Chegou atrasadinha e tava linda. E é a conjunção que me dá a ideia a frase.

Agora a gente vai ver uma matéria chamada de Concordância Verbal, agora vai começar a aula 3 então.

Se eu pegasse a análise sintática para fazer a explicação de toda a gramática, do que que são as derivações eu diria assim: Concordância verbal é a relação de sujeito. Então olha só, quando a gente estudar a concordância verbal pensando na Faurgs em especial a 1ª coisa a frase é o sujeito, por que a regra geral que é a que mais cai é: Se trocarmos a palavra vinho por vinhos, quantas outras palavras a frase deveriam mudar para fins de concordância? Todo mundo já fez essa questão, essa questão significa na teoria isso aqui:

E o que a banca pede? A banca pede o núcleo do sujeito. E traduzindo para português, tá? Troca o núcleo do sujeito e diz quem trabalha para ele, então é a regra geral, o verbo concorda com o núcleo do sujeito.

Lembra que o núcleo do sujeito é a parte mais significativa do sujeito. Porque quando eu digo assim: O vinho a Argentina estava maravilhoso. De quem que eu estou falando? De vinho ou de Argentina? De vinho. Vinho é o núcleo e Argentina não é, mas está dentro do sujeito.

Olha essa frase do Freud:

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Como é que isso cai na prova, como é que eu vou encontrar isso lá na prova? Vão perguntar quem é o las. Vão perguntar quem é o elas.

Aí a prova pergunta assim, o referente do pronome las e do pronome elas é o mesmo a linha 19?

Eu vou falar um negócio, se prepare para se arrepiar. Vai ser muito afu** o que eu vou falar. No texto, palavras, a que classe de palavras pertence, aula 1? Substantivo.

Substantivo ganha o nome de nome, todo o substantivo é um nome. E que classe de palavras é las? Pronome. E elas? Pronome. Cara o nome do bagulho é pronome, ele se refere ao nome, é fantástico. E a prova não vai te perguntar: Ah, e esse pronomezinho ali qual é que é? Não vai, eles vão entrar por essa referência. A quem ele se refere e aí só tem uma forma de saber que é lendo o bagulho.

Vamos destacar algumas orações então para a gente se começar:

Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e, por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente não diz, apenas sente.

Qual é a primeira coisa que eu vou fazer? O de sempre, sujeitinho.

Olha só como é fácil de errar isso se tu não seguir essa ordem de primeiro o sujeito e depois a transitividade, porque daí ele diz assim: Existem momentos na vida e aí a gente pensa assim, existem, o quê? Perdeu a frase porque se eu perguntar o quê? Eu estou buscando um VTD, faz sentido? Só que eu não tenho que perguntar o quê? Primeiro que tenho que catar o sujeito.

Então o sujeito é, quem é que existe? Momentos, momentos existem. Porque que ideia dá para vocês na vida a gente? Ideia de quê? De lugar. Então sujeito é momentos.

Quem é que perde o sentido? As palavras, e aí quando a regra diz assim: O verbo concorda com o núcleo do sujeito. Que, é o núcleo do sujeito? As palavras.

Aí diz assim: As palavras perdem o sentido ou parecem inúteis. Quem é que parece inútil? As palavras. Olha que legal, pode dois verbos ter o mesmo sujeito? Cada verbo no seu quadrado, cada verbo no seu quadrado, lembra dessa frase? O que é cada verbo no seu quadrado? Meu, apareceu um verbo, quem é o sujeito? Qual é a transitividade? Apareceu outro verbo, quem é o sujeito? E qual é a transitividade? Ah, mas tem uma intersecção entre esses caras é o mesmo sujeito, cada verbo no seu quadrado, azar, essas frases vão se fundir. E aí para quem está mais avançado, já ouviram falar a conjunção ou? Alternativa? A conjunção não liga orações coordenadas sindéticas alternativas? Tudo é a mesma coisa, só que agora a gente está focado no sujeito, daqui a pouco vamos falar das orações, daqui a pouco vamos falar do tempo do verbo. Entenderam a lógica? Isso é português.

Olha se eu sou o cara a prova eu ia perguntar isso aqui: Na frase “As palavras perdem o sentido ou parecem inúteis”. Esses verbos destacados possuem o mesmo sujeito? Sim. Possuem a mesma transitividade? Não, porque olha só, As palavras perdem, o quê? O sentido, OD. Parecem, eu não posso perguntar o quê? Porque parecem atribui uma característica, inúteis, predicativo, VL. Cada verbo é uma análise nova.

E ai o mais bonito, a prova pergunta assim: O sentido e inúteis exercem a mesma função sintática? ... em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis…

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Se a prova perguntar isso vocês começam por onde? Pelo sujeito, não importa a ordem na frase, importa a ordem na busca, então a primeira coisa é o sujeito. Então eles não são a mesma coisa, porque o sentido é um OD e o inúteis é um predicativo.

O que eu estou tentando é encher o saco de vocês para quem está muito perdido é que eu estou batendo na ideia de: pega o sujeito primeiro, depois tu pega a transitividade, método de busca, e não sai buscando qualquer coisa.

...por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir.… Quem pense? A gente, sujeito de pense. Quem parece não servir? Elas. Elas parecem não servir, agora o elas se refere a palavras? Isso, se referem, mas o sujeito é elas.

E agora eu vou falar uma coisa que vai ser muito bonito, para amarrar com a primeira aula, lembra que um dia eu falei que existem os pronomes retos e os pronomes oblíquos? Que os oblíquos exercem função de complemento, OD, OI. E os retos exercem a função de sujeito.

Tá, mas não entendi! O cara é pronome ou o cara é sujeito? É que são duas análises diferentes né? Uma coisa é o que ele é e a outra coisa é o que ele faz. Ele é um pronome, só que um é pronome oblíquo e o outro é um pronome reto, então o oblíquo completa e o reto, sujeito. Só para a gente amarrar com a primeira aula que a gente estudou isso.

Então a gente não diz, apenas sente. Quem é que não diz? A gente. E quem é que sente? A gente.

Olha que legal, aproveitando a pontuação, vocês já ouviram falar de uma regra de pontuação que diz que nunca separa sujeito do verbo? Mas nessa frase o sujeito é a gente, vai ter uma vírgula e vai ter um verbo dele. É que daí não entra pelo rolo a ordem simples, entra pelo rolo de tu enumerar as orações, então é: a gente não diz, a gente sente, a gente estuda. Tu não vai ficar repetindo, tu diz: a gente estuda, sente, pula, dança. Tu tira o sujeito e só repete o verbo, então ele fez isso, ele deu o sujeito do cara e em seguida está subentendido que o sujeito é a gente, para não precisar repetir.

Então não é separar sujeito do verbo, é coordenar. Já ouviram falar das orações coordenadas assindéticas? É isso.

Vamos falar do cara então: Verbos Impessoais

Os verbos impessoais são aqueles que são sem sujeito.

Quando mais de um verbo se associar ao verbo haver, no sentido de existir, acontecer, passa a impessoalidade para ele. Então: Deve haver. Está havendo. Vai haver.

Se o haver está na locução ele contamina o cara e fica todo mundo sem sujeito, é isso que está escrito ali. Mas eu vou te mostrar na prática.

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Olha estas frases aqui:

Quantas orações eu tenho aqui? Duas, comentam e vai haver (locução), cada verbo no seu qua-drado.

Quem é que comenta? Eles, só que não. Porque eu não tenho referência, então o sujeito aqui é indeterminado.

A prova vai te perguntar assim: O sujeito de comentam é inexistente? Falso, é indeterminado, ele existe. Tem sujeito essa frase? Tem. Quem? Não sei, mas tem.

...que vai haver trocas, posso dizer que vão existir, vão ocorrer? Então ele contamina o verbo do lado, traduzindo, formando uma locução com outro verbo a ele estenderá a impessoalidade. A prática diz assim: quando o haver for o último verbo, todo mundo que estiver para traz dele não tem sujeito, ele contamina a locução, quando ele for o último.

Vocês já ouviram falar de verbo auxiliar e verbo principal? O último sempre é o principal , os de trás, dentro a locução. Vou traduzir essa regra: quando ele for o principal ele contamina os auxiliares, também é uma forma a gente pensar.

Se esse cara é o principal e ele não tem sujeito então a oração é sem sujeito. E como é que isso cai na prova? Cai na prova assim:

19 Comentam que vai haver trocas na direção!

Na linha 19 os verbos destacados têm o mesmo tipo de sujeito? Não.

Comentam é indeterminado e vai haver é inexistente.

19 Comentam que vai haver trocas na direção!

Vamos para uma forma mais avançada agora, se concentra. Já ouviram falar de pronome rela-tivo e conjunção integrante? Só hoje eu já falei umas 5 vezes, lembra que ele é o final a nossa aula 1? E eu falei que vai aparecer em todas as aulas, agora vai fazer sentido.

Pronome relativo eu troco por o, por a qual. Conjunção integrante eu troco por isso. E na frase ele é pronome ou ele é conjunção? Conjunção, porque eu digo: Comentaram isso.

Lá na aula 6 ou 7, eu vou dizer assim: as conjunções integrantes introduzem uma coisa chama-da de oração substantiva, repara que agora a pouco eu falei que os pronomes relativos introdu-ziam as adjetivas e agora eu estou dizendo que as integrantes introduzem as substantivas.

Vou forçar um pouco mais, alguém tem o livro a primeira aula? Tem um quadrinho que eu falei que vai aparecer a vida toda, página 12. Tem o pronome relativo e a conjunção e a integrante, se for pronome relativo troca por o ou por a qual, se for conjunção integrante troca por isso. Que foi o que a gente fez agora. Eu perguntei: troca por isso ou troca por o qual? Isso, beleza.

Aí agora vem as coisas que eu queria que vocês soubessem, lá na aula 6, o pronome relativo retoma, busca. A conjunção integrante completa.

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Presta atenção no que tu está lendo: completa, completa. E aí eu falei: A pergunta fo** pergunta que oração que ela põe? Porque ela introduz uma oração.

19 Comentam que vai haver trocas na direção!

Primeira coisa é o sujeito, segunda coisa é a transitividade. Oi, sabia que comentam? O quê? ...que vai haver trocas na direção! Conjunção integrante faz o quê mesmo? Complementa, conjunção integrante completa.

19 Comentam que vai haver trocas na direção!

Lá na prova se os caras surtarem eles vão te perguntar assim: A oração sublinhada é uma oração subordinada substantiva objetiva direta? Já ouviram falar nesse trem? Tu atalha isso de várias formas. Uma delas é: É conjunção integrante? É, é o que está escrito na página 12 ali, oração subordinada substantiva. Substantiva porque é uma conjunção integrante e aí tu dá a função dela. Qual a função? De OD. Por isso que a análise sintática é a principal matéria do português. Porque quando tu domina a análise sintática as outras coisas fazem sentido. Agora tu entende que se eu estou te falando e tu não sabe o que é sujeito e OD tu não vai saber o que é oração.

Agora olha essa:

Vou te mostrar como é que a Faurgs faz: Dá para trocar esse havia por existia sem prejuízo para o sentido e para a correção? Não, cada verbo é uma nova frase e se aparecer o existir o que tu vai fazer? Buscar o sujeito, é um novo verbo. Quem é que existia? Dez interessados. Dez inte-ressados existiam, concorda, essa é a pergunta, se vocês pegarem 20 provas a Faurgs vai ter em 10, 15 a mesma pergunta.

Poderíamos trocar houve por ocorreu sem prejuízo para o sentido e para a correção? Não, por-que ocorreram.

Olha essa, aí a prova pergunta assim: Na frase “Havia dez interessados” poderíamos trocar ha-via por tinham sem prejuízo para o sentido e correção? Não pode, porque tinham não é sinôni-mo. Essa é a pergunta, a prova resolveu nivelar a galera mete o ter ali que vai embananar todo mundo. Na vida vida, no boteco, no dia a dia, segue a vida, na prova não.

Na prova é assim: Verbo haver a primeira troca que tu vai fazer com ele é por existir e ocorrer, se couber é porque o haver é sem sujeito. Agora, se não rolar aí tu trocá pelo ter, aí o haver é com sujeito. Já vou te mostrar, olha só, vamos entender a regra agora.

Está havendo promoções.

Havia comprado tudo.

Locução verbal nas duas frases, fato, quem é o principal? Sempre o último.

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Está havendo promoções, nessa frase o último é o haver então ele é o existir, ele é sinônimo de existir.

Havia comprado tudo, quem é o principal nessa frase? Comprado, então o haver é o auxiliar, então aqui ele é ter.

Quando o haver não for o principal, ou seja, auxiliar, aí ele é ter. Tanto é que aqui “Havia com-prado tudo” a prova me pergunta, posso trocar por tinham comprado? Sim.

Poderíamos trocar por Está havendo promoções por está tendo promoções? Não, porque ali ele é o principal.

Vamos tentar traduzir mais ainda, se o haver está sozinho não pode ser ter, exemplo, há 20 pes-soas, não pode ser tem 20 pessoas, porque só tem um verbo ali.

Olha só:

I – Está havendo promoções.

II -Havia comprado tudo.

A frase I e a frase II tem o mesmo tipo de sujeito?

Na frase I o sujeito é inexistente, porque não tem sujeito, o havendo é o principal, ele não tem sujeito, ele contamina a locução, essa frase não tem sujeito.

Na frase II, quem havia comprado? Eles, só que não. Então tem sujeito nessa frase? Sim, só que eu não sei quem é.

Essas frases não têm o mesmo tipo de sujeito, a frase I é sujeito inexistente e a frase II é sujeito indeterminado.

O sujeito das frases não é o mesmo, e a transitividade? Sim, a transitividade é igual, mas o su-jeito não.

Olha só que tri:

Havia concursos.

Existiam concursos.

Primeira coisa é o sujeito, na frase “Havia concursos” não tem sujeito, e a segunda coisa a frase é a transitividade, havia o quê? Concursos, OD e havia é VTD.

vamos para a outra frase: Existiam concursos. Quem é que existia? Concursos, faz sentido con-cursos existir? Sim, então isso aqui é o sujeito. E se concursos existem, existem, VI. Olha que louco, dizem a mesma coisa, o sentido é o mesmo, mas se organizam de coisas diferentes. O que está sendo dito nessas duas frases é a mesma coisa, mas eles se organizam com coisas dife-rentes, um usa o OD e o outro usa o sujeito.

Então quando a gente estudou isso lá na aula 2 eu falei para vocês assim: O verbo haver não tem sujeito, mas tem OD. Existir e ocorrer tem sujeito, mas não tem OD, dizem a mesma coisa e se organizam com coisas diferentes.

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Por que nem todo verbo na 3ª pessoa é sujeito indeterminado? Essa é uma pergunta legal, va-mos fazer aqui rapidinho.

Tomaram café. Fica evidente que numa frase desse tipo que café não é o teu sujeito, porque se o verbo concorda com o núcleo do sujeito, esse cara está no singular e o outro está no plural, ou a frase está errada ou ele não é o sujeito, não tem muita opção. Então quem é que tomou? Eles, só que não, sujeito indeterminado, então café é o nosso OD. tomaram é VTD.

Fizeram concursos. Nessa outra oração esse cara já está no plural, então agora a gente vai pen-sar de novo, fizeram concursos, quem é que fez? Eles, só que não, sujeito indeterminado, fize-ram o quê? Concursos, OD. Fizeram é VTD

Aconteceram concursos. Que é que aconteceu? Concursos, sujeito. Concursos acontecem, en-tão eu preciso me apoiar na semântica, então não é porque está na 3ª pessoa que é sempre indeterminado, e se concursos aconteceram é isso aí, VI. não é porque é 3ª pessoa, a gente fica com essa tendência porque os exemplos guiam para isso, mas às vezes a gente vai ter que bus-car no sentido.

Bora turma, olha quem é que vem aqui: SE

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Aula 2, tudo que eu vou te mostrar a gente já viu na aula 2, só que agora a gente tem mais base para entender o que tem de mais disfarçado dentro disso.

Lembra do sujeito indeterminado? Lembra a primeira coisa que é de catar o sujeito? E eu falei: Se tiver o SE joga o SE na pergunta, que é que se + verbo.

Então a gente vai falar do SE.

A primeira relação que eu vou falar do SE tem haver com isso aqui: Pronome apassivador. Não sei se vocês já ouviram em falar de voz passiva, já ouviram falar em voz passiva? Voz passiva acontece com verbos que podem ser apassivados ou seja VTD e VTDI, a gente vai ter uma aula sobre isso, mas eu já quero te adiantar que são os caras que tem OD que podem ser apassiva-dos.

Está bem detalhado isso, olha só que legal:

Então qual é o erro? E aí esse erro eu já estou preparando vocês a um tempo já, não pergunta o quê para o verbo antes de perguntar que é que + verbo. E como aqui a gente tem o SE, a gente põe o SE na pergunta: Que é que se vende? Casas, então isso é o sujeito da frase, porque senão a gente sempre vai errar perguntando: vende-se o quê? E erramos achando que aquilo é um OD.

Então: Vendem-se casas. Casas são vendidas. Isso aqui vai ser a nossa aula 9 ou 10 e o que eu vou te falar nessa aula: A voz passiva, ela pode ser sintética ou analítica.

Qual é a diferença de uma sintética para uma analítica? A sintética tem o SE e a analítica tem um verbo ser + um verbo no particípio.

E o nome da matéria é voz passiva e o nome do SE é pronome apassivador. Olha as frases aqui então:

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Qualquer pessoa normal no planeta vai pensar que alguém está alugando bicicletas, só que a gramática pensa: Uma bicicleta é alugada. Então que é que se aluga? Uma bicicleta, sujeito.

Que é que se aluga? Duas bicicletas. E de quem que a gente está falando? Bicicletas, então verbo no plural. Por isso que em ambas frases tem concordância, porque tem sujeito.

Que é que se conserta? Motores. Plural, verbo no plural. No pronome apassivador tem concordância porque a gente tem sujeito. Pronome apassivador eu sei quem é o sujeito.

No índice de indeterminação eu não sei quem é o sujeito, mas tem. Então olha só:

Agora olha que legal esse tipo de frase:

E a gente pensa: Quem é que se acredita? E a resposta em milagres. Tu viu que esse cara veio preposicionado? Não pode ser o teu sujeito, então nesse caso o verbo vai para o singular.

Vocês entenderam isso? Então eu vou mostrar só uma coisa que a gente pode se atrapalhar aqui então.

Nessa os caras podem me perguntar assim: Quem é que acredita? Não sei, a gente não sabe. Aí os caras me perguntam assim: Eu posso colocar no plural esse cara aqui então? Partindo para uma relação de 3ª pessoa do plural, igual a eles só que não? Para dizer que eu não sei quem é o sujeito? E aí eu diria a frase: Naquele setor bagunçado ainda se acreditam em milagres. Não, aí você tem que tirar o SE, se tu enfiar o SE. Não sei se vocês lembram do caso A e o caso B? O que era o caso A? Era igual a eles só que não, caso B era o SE, índice de indeterminação. Então tu

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tem que escolher, tu não tem como fazer A, B. Ou tu usa eles só que não ou tu usa SE. Manter o SE e botar o cara no plural é erro.

A questão não vai te falar que é índice de indeterminação, se o cara é pronome apassivador, isso é teoria.

A prova vai te perguntar assim: dá para trocar se acredita a frase por acreditam sem prejuízo para o sentido e para a correção? Aí sim, se eu trocar o caso B pelo caso A, igual a ele só que não, sujeito indeterminado nos dois casos, eu não sei quem é o sujeito, diz a mesma coisa, se organiza a mesma coisa. Só que um verbo fica no singular e o outro verbo vai para o plural.

Que é que se precisa? Olha a resposta, de materiais.

Como é que essa frase pode ser reescrita? Se eles pegarem o verbo e o SE e perguntarem as-sim: Dá para trocar Precisa-se por Precisam de? Sim, essa é a desgraça do negócio, eles dizem a mesma coisa, apesar de um no singular e do outro no plural, porque um é o caso A e o outro é o caso B, então tem que tomar cuidado, eu não sei quem é que precisa de materiais, alguém precisa, mas eu não sei quem.

Por isso que aqui, quando eu tenho:

Olha só, quem é que se veja? As luzes. E que é que se ouçam? Os berros dos alunos, aí ele concorda com berros que é o núcleo do sujeito. Por isso que o cara (ouçam) concorda, porque esse SE é pronome apassivador. No pronome apassivador tem concordância e o índice é sempre no singular, quando tem o SE.

Quem é que vive melhor no litoral? Não sei, alguém. Sujeito é indeterminado.

Assistir no sentido de ver pede preposição a, quem assiste vendo, assiste a. Se assistiu a no sentido de ver eu não sei quem é.

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Quem é que fica nervoso? Alguém. Existe sujeito? Existe, mas eu não sei quem ele é, sujeito indeterminado.

Pessoal, vamos retomar, página 15. Sujeito indeterminado, vou só retomar o que estava acon-tecendo nesse período, a gente não sabia a transitividade ainda, estava começando a ficar difí-cil a matéria. Caso A, verbo na 3ª pessoa do plural, que é o que a gente já revisou hoje. Aí vem o caso B, olha a plantação que eu fiz nesse caso B, e ele diz assim: Verbo na 3ª pessoa do singular + SE. Aí nós puxamos uma seta nesse SE e anotamos índice de indeterminação do sujeito que é o carinha sobre o qual estamos falando. E aí ele diz assim: Essa construção ocorre com verbos transitivos indiretos, verbos intransitivos e verbos de ligação. Eu nem tinha dado essa parte a matéria e eu falei anota aí VTI, VI e VL. Isso foi o nosso passado, nosso presente é essa tragédia que estamos vivendo e o futuro eu vou dizer assim: Só pode ser apassivado quem tem OD.

E agora eu já mostrei ali antes, quem é que tem pronome apassivador? O VTD e o VTDI. São os caras que tem OD, eles podem ser apassivados. Lembra que são 5 tipos de verbos? 2 podem ser apassivados, esses que podem ser apassivados quando se relacionarem com o SE, pronome apassivador, os outros 3, da página 15, VI, VTI e VL, os que não tem OD, índice de indetermina-ção do sujeito, análise sintática é a base de tudo.

Vamos de novo, a aula 2 amarra a nossa aula 9. Eu estou olhando lá na aula 9 e a gente está na aula 3, quando eu falar de voz passiva vai ter uma questão na prova que vai falar assim: Qual das frases abaixo pode ser apassivada? Essa vai ser uma questão a prova. O que tu vai buscar? OD porque só pode ser apassivada quem tem OD. Por isso que o pronome apassivador trabalha com quem pode ser apassivado que são só 2 verbos, os que têm OD, VTD e VTDI. O índice de indeterminação não.

Então a gente vai anotar um negócio:

Pronome apassivador – VTD / VTDI.

Índice de indeterminação – VI, VL e VTI.

Olha só os exemplos: Lembra do fica-se nervoso durante as aulas? Ficar nervoso não é uma característica, um estado? VL.

Vive-se melhor no litoral, quem vive, vive. VI

Quem precisa, precisa de. VTI

São os 3 tipos de verbos que trabalham com o índice de indeterminação, VL, VI, VTI.

Aqui o verbo pode ficar no singular ou ficar no plural, ele pode ficar no singular ou no plural.

E aí a gente se perde um pouco:

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A gramática diz tanto faz porque não são todos os acidentes é a maioria dos acidentes. Então a gramática diz que ele pode concordar com maioria ou concordar com acidentes. E a loucura é que aí o cara ficaria preposicionado o núcleo, mas a gramática diz azar. Isso funciona muito para jogar a atenção do consumidor. Por exemplo, tu quer falar hoje do celular na estrada, que as pessoas ficam mexendo no celular e dirigindo. Tá, então tu vai dizer que a maioria desses acidentes é causado pelo celular ou a maioria desses acidentes são causados? Qual que tu fala para impactar o ouvinte? ...são causados. Porque aí tu pensa que acidentes são e não a maioria é. Tu joga com a atenção do cara. É para isso que existe essa regra.

Olha a maldade, sempre que for partitiva ou fracionária tanto faz. Não, tu tem que ter condição para isso porque olha só: três quintos dos testes, só pode ser foram. Tu não tem opção singular. Entenderam o rolo? Não é assim, bati o olho é partitiva ou fracionária já tô ligado, calma tem que ter condição, tem que ter um cara no singular e um cara no plural, um cara no plural e um cara no singular. Agora os dois no singular ou os dois no plural não dá.

Tanto faz.

Mas essa regra é bem na tangente, a regra geral é a regra da Faurgs por exemplo, que a Faurgs vai te perguntar: Se trocarmos a palavra parede por paredes quantas outras vão mudar? Regra geral, aí se tem o SE já entra no índice, mas essa daqui não aparece, essa daqui não obrigatoriamente irá mudar.

Quando cai essa questão eles perguntam assim: Qual das alternativas abaixo o verbo pode ficar tanto no singular quanto no plural? Aí tu nem precisa ler, tu só passa o olho e procura a expressão partitiva ou fracionária, não tem erro, é sempre essa.

E aí o Sujeito Oracional e adivinha o que o ele tem? Verbo, oração.

Quem é que constitui seu projeto? Estudar e aprovar, só que aí a gente pensa assim: são duas coisas, então essas duas coisas constituem. Só que são duas coisas verbos, então verbo ficará no singular.

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Que é que falta? Ver a aula do Zambeli, então este verbo ficará no singular. Porque é o verbo que tem sujeito oracional.

Quem é que não adianta esconder? São conteúdos, tem uma oração aqui dentro.

É bem difícil de cair essa regra, quando cai, cai assim, cai com a oração subordinada que é assim: Convém que você acorde. Que é que convém? Que você acorde, então esse cara fica no singular, por que que você acorde é uma oração. E aí eles apoiam no que? No que né? Conjunção integrante, isso convém, mas é mais difícil, pensando na Faurgs é mais difícil.

Concordância nominal

O que é a concordância dos nomes? Não está preocupada com a concordância dos verbos, isso é uma concordância de nome.

E aí eu peguei a palavra banco, se eu colocar um artigo, qual vai ser o artigo? O banco, não poderia ser a, porque o artigo concorda com o nome. Se eu colocar um pronome, este banco. Se eu botar um numeral, um banco. Se eu colocar um adjetivo, banco cheio. Então fica claro que todas aquelas palavras concordaram com o substantivo.

Vamos olhar o quadrinho que vimos no início das aulas:

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Vamos colocar também em banco uma locução adjetiva, exemplo: Este Banco a vida é impor-tante.

Então eu criei agora uma oração,porque eu enfiei um verbo ali dentro. Então vamos fazer uma análise sintática, quem é que é importante? Este banco a vida, sujeito. É é o VL e importante é o predicativo. Todo mundo chega junto aqui? Análise sintática, primeiro o sujeito, tipo de verbo. E aí a gente está chegando perto a concordância nominal, olha a concordância nominal, quem é o núcleo? Banco, esse aqui é o núcleo, mas a gente já sabia né? Porque ele é o nome e a vida é dividida entre nomes e verbos, lembra? Se banco é um nome, os artigos, os pronomes e os numerais exercem uma função sintática, a função sintática de ficar juntos, juntos de um nome, isso é sintaticamente um adjunto adnominal.

Tudo isso não é o sujeito? Sim, tudo isso é o sujeito, mas dentro desse sujeito há pequenas es-truturas e essas pequenas estruturas são chamadas de adjuntos adnominais.

Eu falei para vocês da teoria do Subway? Perfeito, agora vai ficar claro. Tudo isto aqui é o pão: O Banco cheio. Este Banco cheio. Um Banco cheio. O que está em negrito é adjunto adnominal, agora vamos amarrar com a concordância, olha o que a gente está estudando, fica olhando, o verbo está no singular porque ele está concordando com Banco que é o núcleo do sujeito, lem-bra da regra geral? Verbo concorda com o núcleo do sujeito, nessa concordância existe verbo? Sim, isso se chama concordância verbal.

Agora, o O concorda com Banco? Sim. O Este concorda com Banco. Todo mundo concorda com ele, tem verbo nessa relação? Não, então se chama concordância nominal.

Mas o que concordância nominal tem a ver com análise sintática? Tudo, assim como a concor-dância verbal, porque a relação é a mesma, só que agora eu vou falar a Faurgs, essa questão é de oficial de justiça. A Faurgs vai perguntar assim lá no dia: Se trocarmos a palavra Banco pela palavra Bancos quantas outras palavras a frase deveriam trocar para fins de concordância? Aí vai ser assim: Se a frase for Estes Bancos cheios são importantes, mudou 4 palavras. Agora olha: Estes Bancos da vida são importantes, 3 palavras mudaram. Quem é que concorda? Artigo, pro-nome, numeral e adjetivo, traduzindo, a locução adjetiva não concorda, essa é a pegadinha a Faurgs, é isso que cai na prova.

Mas eu não posso dizer: ...das vidas? Não, é porque da vida é uma locução adjetiva, são duas palavras.

Quando eu falei de adjunto adnominal eu estava falando de função sintática, isso é função sin-tática, ficar junto do nome, quando eu pensar em concordância esses caras que estão junto vão concordar, menos a locução adjetiva, porque é locução e a locução não está descrita na regra geral. Então não é por que é interpretação, é porque é locução adjetiva.

Tem umas coisas aqui que são mais difíceis de cair.

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Bastante – Quando cai não é para te derrubar, porque concurseiro já manja disso. Assim, a pa-lavra bastante pode ser um adjetivo e pode ser um advérbio, e tu: Jesus, o que é isso? É assim, lá na aula 1 eu falei que os adjetivos concordam, ele concorda. O advérbio não.

A palavra bastante pode ser um e pode ser outro, se essa palavra for igual a muitos, ele concor-da, se ele for igual a muito, ele não concorda. Então, olha que viagem, quando eu digo assim: “Eu tenho bastantes mandados para cumprir” e está certo, porque tem muitos mandados, en-tão tem bastantes mandados. Claro né, pessoal, isso é só para a prova.

Agora: Estudei bastante. Estudei muito, então é bastante. Agora: Estudei bastantes matérias. Estudei muitas matérias. Quando tu puder concordar o muito tu pode usar bastantes, é isso.

Meio – Esse aqui é o tenso, esse aqui é o rolo, se for metade é adjetivo, se for mais ou menos é advérbio. Então, agora é onze e meia ou onze e meio? Onze e meia. Então por que quando for meio-dia as pessoas dizem que é meio-dia e meio? Não faz sentido, porque a gente está falan-do a metade a hora e não a metade do dia. Então ele concorda com a hora, meio dia e meia.

Quando falam assim: E aí como é que tu está para a prova? Ah, não to me aguentando, eu ando meia ansiosa, eu ando meia nervosa. Eu sempre penso põe o outro lado para fazer a prova então, que é o lado que está calmo, que é o lado que está sereno, porque meia ansiosa, meia nervosa é só metade e não é o caso né? Então tu está mais ou menos nervosa, tu está meio ner-vosa, meio ansiosa, meio estressada. Nunca meia. Ah, que hoje eu to meia atucanada. Ainda há uma esperança então, porque o outro lado está de boas.

E aí uma treta muito legal, que é isso aqui:

O que acontece quando tu tem gêneros diferentes? Ou seja, masculino e feminino e um adjeti-vo depois.

Então tu vai dizer assim: Temos alunas e alunos compreensivos. Só para vocês entenderem onde que a gente estava e onde que a gente está. Quem é o sujeito? Nós. Oi, pessoal, nós temos, o que nós temos? ...alunos e alunas compreensivas, OD. Te dá conta que eu to falando de verbos, quem é o sujeito? Pergunta para o verbo. Qual é a transitividade? Pergunta para o verbo, isso era verbos. Só que agora a gente está falando de concordância nome, então a gente não está mais pensando no verbo, a gente está dentro das estruturas que têm nomes. E na frase eu te-nho o masculino e tenho o feminino. Então, ...alunas compreensivas.

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Temos alunos e alunas compreensivos. Nessa outra estrutura é a mesma frase, só que são alunos compreensivos, fica claro para todo mundo que na frase de cima é só as gurias que são compreensivas e que na debaixo todo mundo é compreensivo.

Temos alunas e alunos compreensivos. Aqui eu inverti, temos o feminino primeiro e o masculino depois, então a regra diz assim: Ou ele concorda com o mais próximo ou no masculino plural. Ou vai para o masculino plural ou concorda com o mais próximo e isso é muito legal a gente pensar, porque às vezes a gente diz que é uma montoeira de regras, mas as regras traduzem o que a gente faz na vida.

Amanhã vai estar na sala o Gabriel, o câmera, hoje só tem mulher na sala. Amanhã vai estar o Gabriel e o gabriel está estudando, tem um cara, pela regra eu teria que dizer assim: Vocês ficaram indignados né? Olha como a regra não bate hoje, se a gente pensar pela lógica só vai ter o Gabriel aqui e o resto vai ser 20 gurias e o Gabriel e eu vou ter que dizer pela regra Vocês ficaram indignados né? Porque a regra diz que se tiver um cara, generaliza a relação e generalizar é masculino plural. Claro que amanhã eu vou dizer: Vocês ficaram revoltadas. Porque ele é um e tem 20, que vença a maioria, mas a concordância diz que se tiver um é masculino plural. A regra não acompanha o mundo né?

Vamos fazer esse tema aí então, vamos fazer até a letra i.

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Vamos corrigir:

Na letra a, que é que se precisa? de uma boa resposta. Pediu preposição é índice de indetermi-nação do sujeito. Precisa-se é VTI.

Na letra b, que é que não se perdoa? certas palavras, respondeu bem bonitinho, sem preposi-ção. É partícula apassivadora.

Na letra c, índice de indeterminação. Anda-se é VI.

Na letra d, que é que se come? Bergamota, é partícula apassivadora.

Na letra e, aqui se vive em paz, que é que se vive? Quem vive, vive, é índice de indeterminação do sujeito. Vive é VI.

Na letra f, que é que se discutiu? Esse projeto, então isso aqui é pronome apassivador.

Na letra g,que é que se aluga? Quartos para estudantes, pronome apassivador.

Na letra h, que é que se repreendia? O aluno, então isso é um adjunto adverbial, partícula apas-sivadora.

Na letra i, que é que se necessita? De novas soluções, saiu do verbo, então é índice de indeter-minação do sujeito.

Pessoal, a gente segue com as nossas aulas, não desiste, é muito difícil, mas vai dar certo. A gente está construindo para poder fazer questões bem mais elaboradas, estamos juntos e até a nossa próxima aula.