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Título VIII Capítulo II DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS

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Page 1: Título VIII Capítulo II DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS

Título VIIICapítulo IIDOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS

Page 2: Título VIII Capítulo II DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS

Art. 260 – Perigo de desastre ferroviário

Art. 260. Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro:

I – destruindo , danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea, material rodante ou de tração, obra de arte ou instalação;

II – colocando obstáculo na linha;

III – transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou interrompendo ou embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou radiotelegrafia;

IV – praticando outro ato de que possa resultar desastre:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

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1. Tipo objetivo Incolumidade pública

2. Sujeito Ativo Qualquer pessoa

3. Sujeito Passivo

Coletividade; titulares dos bens jurídicos ofendidos, quando ocorre o desastre

4. Tipo Objetivo Crime de conduta múltipla vinculadaNúcleos: impedir; perturbar o serviço ferroviárioServiço ferroviário – relacionado com transporte em estradas de ferro (§ 3º - qualquer via de comunicação, em que circulem veículos de tração mecânica, em trilhos ou por meio de cabo aéreo)Conduta pode consubstanciar-se em ação ou omissãoÉ necessário que haja a possibilidade de risco para a incolumidade de pessoas ou coisas indeterminadas, exigindo-se que haja risco de um mal de certo vulto, de grave extensão.

5. Tipo subjetivo Dolo – vontade de praticar as ações mencionadas nos incisos para impedir ou perturbar o serviço ferroviário, tendo consciência do perigo de desastre.

6. Consumação Verificação da situação de perigo efetivoCrime de perigo concreto

7. Tentativa Admissível

8. Ação Penal Pública incondicionada

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Desastre Ferroviário

§ 1º Se do fato resulta desastre:

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, e multa

1. Tipo subjetivo Dolo e preterdolo

2. Aumento de penal Arts. 263 c/c 258, CP

3. Consumação Efetiva ocorrência do desastre

4. Tentativa Inadmissível

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Desastre ferroviário culposo

§ 2º. No caso de culpa, ocorrendo desastre:

Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.

1. Tipo objetivo O agente dá causa ao desastre por negligência, imperícia ou imprudênciaExige grave dano, complexo e extenso às pessoas, ao material ferroviário e carga

2. Tipo subjetivo Culpa*É possível a punição do agente pelo crime culposo quando o desastre foi causado dolosamente por terceiro.

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Capítulo IIIDOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA

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Generalidades

Visa a lei evitar o perigo comum advindo dos fatos que podem atingir a saúde de um número indeterminado de pessoas

Arts. 267 a 285

Art. 281 – crime de comércio clandestino ou facilitação de uso de entorpecentes – revogado pela Lei 11.343/06.

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Art. 273 – Falsificação, corrupção ou adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais

Art. 273. Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais:

Pena – reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa

*A Lei nº 9.695, de 20-8-1998, incluiu no art. 1º da Lei nº 8.072/25-07-1990, como crime hediondo, a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput, §§ 1º, 1º-A e 1º-B.

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1. Tipo objetivo Saúde pública

2. Sujeito Ativo Qualquer pessoa

3. Sujeito Passivo

Coletividade

4. Tipo objetivo Objeto material: produto destinado a fins terapêuticos ou medicinaisNúcleos: falsificar; corromper; adulterar; alterar

5. Tipo subjetivo

Dolo

6. Consumação Prática da ação típica, independentemente de qualquer outro resultado (Crime de perigo abstrato)

7. Tentativa Admissível

8. Formas Equiparadas: §§ 1º e 1º-BCulposa: § 2ºQualificada pelo resultado: art. 285 c/c 258

9. Ação penal Pública incondicionada

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Importação, venda, exposição à venda, depósito, distribuição e entrega de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado.

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Importação, venda, exposição à venda, depósito, distribuição e entrega de produto com violação de disposição regulamentar

§ 1º-B. Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições:

I – sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente;

II – em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior;

III – sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização;

IV – com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade;

V – de procedência ignorada;

VI – adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente.

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Art. 283 - Charlatanismo

Art. 283. Inculcar ou anunciar cura por meio secreto e infalível:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa

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1. Objeto Jurídico Saúde pública

2. Sujeito Ativo Qualquer pessoa

3. Sujeito Passivo Coletividade

4. Tipo Objetivo Núcleos: inculcar; anunciarMeios de execução: secreto; infalívelCrime de perigo abstratoNão exige habitualidade

5. Tipo Subjetivo DoloNão se exige a finalidade de lucro ou qualquer outra finalidade específica

6. Consumação Conduta de inculcar ou anunciar

7. Tentativa Admissível

8. Ação Penal Pública incondicionada

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Art. 284 - Curandeirismo

Art. 284. Exercer o curandeirismo:

I – prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;

II – usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;

III – fazendo diagnóstico;

Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.

Parágrafo único. Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa.

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1. Objeto Jurídico Saúde pública

2. Sujeito Ativo Qualquer pessoa

3. Sujeito Passivo Coletividade

4. Tipo objetivo Conduta mista alternativaModalidades de ações: prescrever, ministrar ou aplicar habitualmente qualquer substância; gestos, palavras ou qualquer outro meio; fazer diagnósticoHabitualidade

5. Tipo subjetivo Dolo

6. Consumação Reiteração dos atos (crime habitual)Crime de perigo abstrato

7. Tentativa Inadmissível

8. Forma qualificada Parágrafo único – pena de multaArt. 285 c/c 258

9. Ação Penal Pública incondicionada